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2008 - 08ceaop - Nicolaevskiisy
2008 - 08ceaop - Nicolaevskiisy
OBRAS DE RECUPERAÇÃO DE
ESTRADAS COM REVESTIMENTO
TERROSO: MODELO PARA ANÁLISE DE
PLANILHAS ORÇAMENTÁRIAS DE
CONTRATOS ORIUNDOS DE DISPENSA
DE LICITAÇÃO MOTIVADA POR
EMERGÊNCIA
MONOGRAFIA
RIO DE JANEIRO
JANEIRO DE 2009
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Curso de Especialização em Auditoria de Obras Públicas
Isy Nicolaevski
João Carlos Reichmann Mader
José Jorge da Silva Franco
Abstract
The existence of a relevant unpaved road network in the Rio de Janeiro State, its
relevance for the social and economic development, the necessary cost for the
conservation and maintenance works, attached to a great amount of emergency
contractual arrangements, with the accomplishment of simplified basic projects,
done by the cities administrations under the jurisdiction of the Court of Accounts
of the Rio de Janeiro State (TCE-RJ), justify the need of developing a model for
the examination of budget spreadsheets, aim the selection and identification of
attributes to verify the location of resources. This work, by means of bibliographic
research and the examination of inspections reports and contract analysis drawn
by the TCE-RJ, raises the relevant basic concepts to be considered, and also
introduces a model of checking to be applied, in a way to make possible the
examination of the intrinsic coherence among the items of service of the budget
spreadsheets concerned with their quantities and quality.
Sumário
Agradecimentos................................................................................................... 2
Resumo ............................................................................................................... 3
Abstract ............................................................................................................... 3
Lista de tabelas.................................................................................................... 7
Lista de acrônimos............................................................................................... 8
1. Introdução........................................................................................................ 9
1.1. O Problema................................................................................................... 9
1.2. O Objetivo do Trabalho ............................................................................... 10
1.3. As Delimitações do Trabalho ...................................................................... 11
8. Referências Bibliográficas.............................................................................. 91
1. Introdução
1.1. O Problema
O entorno da cidade do Rio de Janeiro, por esta ter sido capital do Brasil,
foi precursor nas ligações por estradas no país. A primeira estrada de rodagem
brasileira foi inaugurada em 23 de junho de 1861 por Dom Pedro II, compreendia
a ligação entre Petrópolis e Juiz de Fora, denominada Estrada União e Indústria.
3.2. Tipologia
• Argila;
• Areia;
• Saibro;
• Cascalho;
• Pedregulho;
• Piçarra.
b) Tráfego da região.
O tipo e a intensidade do tráfego têm influência direta, quanto à
determinação da largura da faixa de rolamento, da resistência necessária
para a superfície de rolamento, e da capacidade de suporte das camadas
do solo.
c) Condições Geométricas.
A classificação de rodovias, segundo o DNIT, não faz qualquer
enquadramento relativo ao tipo de revestimento superficial, nem entre as
estradas pavimentadas e não pavimentadas. Contudo, no Manual de
Projeto Geométrico de Rodovias Rurais, atualizado em 1999, no seu item
3.2.2 – Classes de projeto, consta a seguinte transcrição:
Classe IV
Rodovia de pista simples, com características técnicas suficientes
para atendimento a custo mínimo de tráfego previsto no seu ano de
abertura. Geralmente não é pavimentada e faz parte do sistema
local, compreendendo as estradas vicinais e eventualmente rodovias
pioneiras. Dependendo do comportamento dos volumes de tráfego,
a rodovia poderá ser enquadrada em uma das classes
convencionais. Em função do tráfego previsto, são definidas duas
subclasses:
Classe IV-A: Tráfego Médio Diário de 50 a 200 veículos no ano de
abertura
Classe IV-B: Tráfego Médio Diário inferior a 50 veículos no ano de
abertura
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Obs.: (*) Enquanto não pavimentada, a taxa mínima de elevação deve limitar-se a 4%.
(**) Extensão limitada a 300 metros contínuos.
(***) Comprimento mínimo da curva vertical para variação de 1% da rampa.
d) Manutenção.
Em razão do uso normal, do uso sazonal em função das épocas de
colheita, e da vulnerabilidade natural às intempéries, os serviços de
manutenção são importantes para a preservação da boa trafegabilidade
de uma estrada com revestimento terroso. Para tal devem ser
observados o tipo de manutenção (preventiva ou corretiva), a
periodicidade de sua execução, a qualidade do corpo técnico, dos
materiais e dos equipamentos utilizados na sua execução.
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• Trator de esteiras;
• Pá-carregadeira ou escavadeira hidráulica;
• Caminhões basculantes;
• Motoniveladora pesada;
• Trator agrícola com arados e grade de discos e/ou pulvimisturador;
• Caminhão-tanque irrigador;
• Rolo compactador estático ou vibratório, liso ou de pé-de-carneiro e
pneumático.
4.1.3. Aterro
Para o corpo dos aterros, a umidade ótima deve permanecer entre mais ou
menos 3%, até se obter a massa específica aparente seca correspondente a
95% da massa específica aparente seca máxima.
Por outro lado, para o reforço do subleito, são exigidos solos com
expansão máxima de 1%, ou até de 0,5%, como é o caso do DER-PR, e ISC
maior ou igual ao ISC do subleito ou o ISC estipulado no projeto.
5.1. Introdução
Unidade em m²
Unidade em m²
Unidade em m³
Unidade em m³
Unidade em t.km
Unidade em t
Unidade em t
Unidade em m³
Unidade em m³
Unidade em m³
Para a sua execução, são utilizados vários itens de serviço que devem
apresentar coerência entre seus quantitativos. Primeiramente, é necessária a
escavação do material em jazida (item 4), que após o carregamento em
caminhão basculante, é transportado até a obra (item 5) e descarregado ao
longo da estrada (item 6). Após o seu espalhamento, por toda a extensão, é
efetuada a sua compactação (item 3). Esse processo ainda prevê um item
referente ao pagamento, ao proprietário da jazida, pelo material extraído (item 7).
5.4.1. Fase 1
5.4.2. Fase 2
Através dessa fórmula, é possível obter a medida que nos interessa, que é
a distância média considerada na previsão da planilha orçamentária.
De onde se obtém:
Para cumprir o objetivo deste modelo, deve-se avaliar qual foi o valor do
peso específico adotado para o item relativo ao recebimento de carga, na
planilha orçamentária a ser analisada. Tal tarefa deve ser realizada pela
aplicação da equação abaixo:
5.4.3. Fase 3
Para tanto, deve ser efetuada a divisão entre o volume total previsto para a
recomposição do revestimento primário pela área total prevista para ser
recuperada, obtida no item 2, relativo à regularização e compactação do subleito.
FASE 1
FASE 2
{ (item 20.05 X 1,21) – (item 03.01) – (não há) – (item 04.03 X 1,7) } ⇒
(item 04.02 X 1,7)
FASE 3
FASE 2
FASE 3
FASE 2
FASE 2
FASE 3
FASE 1
Comentário: O valor indicado pelo Sistema de Custos da EMOP, para esse tipo
de material, é de 1,7 t/m³. Desse modo, o quantitativo de carga e descarga,
medido para o material retirado da pista e encaminhado ao bota-fora, encontra-
se abaixo do necessário para o volume de escavação medido.
FASE 2
FASE 3
Observação: Na presente análise, não será abordado o fato de ter sido utilizado
um item de escavação (item 03.03) que embute um alto coeficiente de
dificuldades de execução (vala escorada, com pedras, instalações prediais e
outros redutores de produtividade), não encontrado em áreas rurais, o que
resulta em um expressivo valor unitário do serviço.
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FASE 1
FASE 2
Comentário: O valor indicado pelo Sistema de Custos da EMOP, para esse tipo
de material, é de 1,7 t/m³.
FASE 3
Caso Especial:
FASE 2
FASE 1
FASE 2
Comentários: Esse número obtido deve ser comparado com o número a ser no
tópico seguinte, “Distância em que o custo do material obtido em jazida passa a
ser maior que o custo do saibro fornecido”
FASE 3
FASE 1
Comentário: O valor indicado pelo Sistema de Custos da EMOP, para esse tipo
de material, é de 1,7 t/m³. Portanto, o peso específico considerado na planilha é
excessivo.
FASE 2
FASE 3
FASE 2
FASE 3
Comentários: O valor previsto para esse caso é de 1,36. Desta forma, o volume
de escavação é superdimensionado para o reforço do subleito medido.
7. Considerações Finais
Pela análise introduzida pelo modelo, também foi constatado que alguns
itens de serviço eram desnecessários, pois sua execução já se encontrava
incluída nos custos de outros itens. Podemos citar, como os mais recorrentes, a
previsão de item de escavação mecânica com trator de lâmina associado a item
de fornecimento de saibro (posto em obra), ou de item de carga e descarga
associado a item de escavação mecânica com trator de lâmina, que inclui a
carga, como, também, item de espalhamento de material associado a item de
execução de aterro, que já inclui espalhamento e irrigação.
8. Referências Bibliográficas