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A função central da DFC é registrar a conversão de lucros em caixa.

De acordo com o regime de competência, os lucros podem divergir do caixa


em virtude, principalmente, das diferentes velocidades de
pagamento, recebimento e estocagem.

Vamos a um exemplo!

Uma empresa de alimentos tem a


seguinte DRE resumida:
Receitas 100

(-) Custos e despesas (70)

Lucro Líquido 30

Dois cenários extremos podem se refletir no caixa dessa empresa.

Um primeiro cenário é aquele em que todas as vendas são recebidas à vista e


todos os gastos são a prazo, de forma que a entrada líquida de caixa no
mesmo período seria de 100.

O outro cenário, menos atrativo, é o inverso: todas as vendas foram a


prazo, enquanto todos os gastos foram à vista, de forma que, nesse período, o
caixa teve uma saída líquida de (70).

Em resumo:

Cenário extremo 1 Cenário extremo 2


Entradas de caixa 100 Entradas de caixa 0
(-) saídas de caixa 0 (-) saídas de caixa (70)
Fluxo de caixa 100 Fluxo de caixa líquido (70)
líquido no período

Ainda há uma infinidade de outros cenários intermediários que poderiam se


concretizar no caixa da empresa, a depender das velocidades de pagamento e
recebimento.

No cenário 1, apesar de o caixa não ter saído no período, a empresa tem uma
dívida com seu fornecedor que está destacada em seu passivo circulante no
BP.

No cenário 2, o caixa ainda não entrou, mas esse recebível está apresentado
no Contas a Receber, como um ativo circulante da empresa em seu BP.
Em suma, para qualquer empresa, é importante:

1) gerar lucros;
2) converter lucros em caixa, por meio da gestão dos prazos em seus negócios.

Essa visão dos fluxos de caixa é encontrada na Demonstração dos Fluxos de


Caixa (DFC).

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