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FUNÇÕES INSTITUCIONAIS (Luis Cláudio)

Funções essenciais a justiça- funções institucionais públicas e judiciário .

O que são funções essenciais a justiça: são as instituições que movimentam o aparato
jurisdicional diante da inércia do poder judiciário. São as quatro (art.127 a 135, CF):
Ministério Público, Advocacia pública, Defensoria Pública (funções de natureza
pública) e Advocacia privada (função de natureza privada).

EX: Quem vai julgar ato praticado pelo BNDS? Justiça federal, porque é órgão federal.
Petrobrás, quem julga? Justiça Estadual, porque é de economia mista, não se encaixa no 109, I,
cf. Sumula 42 do STJ

Judiciário da união x Judiciário dos Estados

Quem compõe judiciário da união? Federal, militar, trabalho e eleitoral.

Quem compõe a justiça especializada? Militar, trabalho e eleitoral. A federal e a


estadual, são comuns.

O MP, DP e advocacia publica também seguem exatamente a mesma lógica, se


divide em união e dos estados. Lógica de simetria.

O MP da união se divide em algumas classes, MPF, MPE, MPM, e MPDF e


terriórios art. 128, I, cf. Não existe estrutura de MP próprio para eleitoral. Nas funções
do MPF, existe a função eleitoral. Só que essa função eleitoral é delegada, por lei
complementar, ao MP estadual, que atua na prática.

O MP DF territórios, faz parte do MP da União. O que parecer estranho pelo fato do


judiciário do DF é muito próximo do judiciário estadual. Ambos são custeados pela
união. Justiça e MP do DF.

PGR – É o chefe do MPU (art.128, §1°, cf), se o PGR é o chefe da união, é estranho
pensar que seria o chefe do MPDF, por isso o art. 128§3°, MP do Estado e do DF tem
chefes próprios. O PGR não é chefe do MPDF.

OBS: Territórios são autarquias territoriais federais, logo faz sentido estar no MP da
união (art.18,§2° cf).

Judiciário:

A idéia central do judiciário é a independência. Ela é dividida em dois tipos

Independência Externa: isso é, aquela que tem uma relação do poder/instituição do


judiciário em relação a outros poderes e outros órgãos. Tanto em relação ao executivo e
legislativo, como também em relação a outras instituições, como mídia, sociedade.
Através da autonomia orçamentária financeira e da autonomia administrativa, que se
encontram no plano constitucional principalmente nos arts. 96 e 99, cf, ou seja, o
judiciário tem poder de gerir e propor seu orçamento, bem como autonomia de gestão
da sua estrutura.

Independência interna: ela trabalha relação dos magistrados em relação ao próprio poder
judiciário. Como se garante constitucionalmente essa independência? Através de
garantias previstas no art.95 incisos da CF. Vitaliciedade, inamovibilidade e
irredutibilidade de subsídios (art.39,§4°). (garantia de independência)

O subsídio é remuneração paga em parcela única, vedado de acréscimos remuneratórios.


Pode somar verbas de conteúdo indenizatório.

Art. 37, XI, A remuneração e subsídio: não pode exceder o subsídio mensal em espécie
do ministro do STF. §11: não serão computadas parcelas de caráter indenizatório.

OBS: cargos distintos, tetos distintos.

ADIN 3854: o subteto de 90,25 é inconstitucional. Ou seja, aplica-se ao


desembargadores, o teto do supremo. Se aplicando a DP, MP e magistrados.
Art.96: STF a criação de tribunais inferiores.

Outros direitos dos magistrados:

Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias:

I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício,
dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver
vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado;

II - inamovibilidade, salvo por motivo de interesse público, na forma do art. 93, VIII;

III - irredutibilidade de subsídio, ressalvado o disposto nos arts. 37, X e XI, 39, § 4º, 150, II,
153, III, e 153, § 2º, I.  

Parágrafo único. Aos juízes é vedado:

I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de magistério;

II - receber, a qualquer título ou pretexto, custas ou participação em processo;


III - dedicar-se à atividade político-partidária.

IV - receber, a qualquer título ou pretexto, auxílios ou contribuições de pessoas físicas,


entidades públicas ou privadas, ressalvadas as exceções previstas em lei; 

Art. 95, CF: ,

Vitaliciedade: X Estabilidade

Vitaliciedade diferente de estabilidade. Vitalício : Magistratura, MP (128) e tribunal de


contas (art73, p.3). Os demais servidores, são estáveis. Não há vitaliciedade.

Em 1° grau, Após 2 anos de exercício. A estabilidade, se dá com 3 anos.

Em grau superior, quinto, ministros, desembargadores é direto.

Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores
nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso
público.

§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo:      

I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado;      

II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada


ampla defesa;     

III - mediante procedimento de avaliação periódica de


desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla
defesa.

§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor


estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização,
aproveitado em outro cargo ou posto em disponibilidade com
remuneração proporcional ao tempo de serviço.     

§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o


servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento
em outro cargo.  

§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é


obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão
instituída para essa finalidade.   

O estável pode perder o cargo por decisão transitada em julgado, PAD e avaliação
periódica.
O juiz só perde o cargo por sentença condenatória judicial transitada em julgado.

Art. 92, CP: São também efeitos da condenação: 

I - a perda de cargo, função pública ou mandato eletivo:

a) quando aplicada pena privativa de liberdade por tempo igual ou


superior a um ano, nos crimes praticados com abuso de poder ou
violação de dever para com a Administração Pública; (Incluído pela
Lei nº 9.268, de 1º.4.1996)
b) quando for aplicada pena privativa de liberdade por tempo
superior a 4 (quatro) anos nos demais casos. (Incluído pela Lei nº
9.268, de 1º.4.1996)

Pro juiz ser aposentado compulsoriamente: pena administrativa.

Antes de vitaliciar, pode-se perder o cargo também, bastando deliberação do tribunal.

O juiz pode responder ação cível, o magistrado em si, art.143 CF.

O estado responde objetivamente pelos atos praticados pelos magistrado, ou seja,


independe de comprovação de culpa.

Art. 95 CF: Independencia interna dos magistrados

II- Inamovibilidade por motivo de interesse público: o juiz não pode, a priori, ser
removido de ofício. Ele pode ser removido a pedido. – art. 93,VIII – para remover o juiz
por interesse pub – voto maioria absoluta do tribunal ou cnj – é pena disciplinar – art.
26 da lei org na magistratura (LOMAN– lei complementar 35/1979)

A remoção é aberta (nacional ou estadual/municipal) – e concorrem por


antiguidade/classificação.

Garantias de imparcialidade

Art. 95 Paragrafo único traz várias restrições para o juiz não ser contaminado, para
garantir imparcialidade:

I) Exercer outro cargo ou função, salvo uma de magistério. – não pode ter
outro cargo, salvo de professor. Essa restrição não impede que o juiz
funcione cedido para tribunais superiores, tribunais e no STF – resolução cnj
209/2015 – atuação por período máx de 2 anos, podendo ser prorrogado pelo
mesmo tempo.
Ainda que em disponibilidade (licença, sem salário) – ainda sim mantém
vínculo com tribunal.
Uma de magistério: só pode ter um cargo de professor. A questão é que os
magistrados tem mais de 1. A leitura que se tem feito é “salvo “O”
magistério”. Teto de professor é independente ao teto do juiz. (teto por
cargo)
Resolução 336: revogada em abril, dispunha igual a constituição, apena uma
de magistrado. ADIN 3126 suspendeu “UMA” – permite que exerça mais de
uma atividade de magistério
Resolução 34 CNJ: art.1° “salvo o magistério”
II) Receber custa ou participação em processo: as custas revertem pro tribunal,
não pro juiz. “você não pode receber mais por exercer sua função”
III) Dedicar-se a atividade político-partidário: ter filiação partidária. Resolução
do CNJ, resolução 305/2019 – estabelece parâmetros em redes sociais pelos
magistrados.
IV) Receber a qualquer título auxílios de PF ou PJ- ressalvado o previsto em lei,
lei não criada. A ausência de lei permitiria o recebimento? Seminários pagos,
congressos. Lacuna legal.
V) Exercer advocacia no juízo que se afastou, antes de decorridos três anos do
afastamento do cargo por aposentadoria ou exoneração. Quarentena de 3
anos. – Não tem mais função pública – mesma para MP – âmbito territorial
ao que ele atuava, pode atuar em outros estados. Exceção a regra: art.92,§2°:
ministros tribunais superiores – 3 anos sem advogar.

Estruturação da Magistratura/do Poder Judiciário

Ingresso: Concurso público – 3 anos de atividade jurídica

Art.93, CF – lei complementar disporá sobre - LONAM

I - ingresso na carreira, cujo cargo inicial será o de juiz substituto, mediante concurso
público de provas e títulos, com a participação da Ordem dos Advogados do Brasil em
todas as fases, exigindo-se do bacharel em direito, no mínimo, três anos de atividade
jurídica e obedecendo-se, nas nomeações, à ordem de classificação;

Sum 266 STJ: na posse - O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve
ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público.

É aplicável a todos, menos à magistratura, o supremo afastou ao julgar a ADIN 3460,


que os 3 anos são computados na inscrição e não na posse.

O que se considera atividade jurídica:

Advocacia: Se comprova prática por ano do peticionamento, da primeira petição como


advogado. Com no mínimo 5 atos privativos de advogado por ano. Resolução 75 CNJ –
art.59,II c/c art.5 do regulamento geral do estatuto da OAB.

Pós: O art. 3° da resolução 11 da magistratura – a princípio permite a pós como tempo


de prática. – não está mais válida
A OAB propôs adin que pós não é atividade jurídica. Pra MP pós é prática. Resolução
75/2009 – art.90, revoga a resolução 11/2006.

Magistério: na área jurídica pode ser considerado como prática.

Auditor fiscal e delegado, também conta.

Pedido de providência 1438, CNJ: Auditor fiscal é atividade jurídica para fins de
magistratura.

Quinto constitucional e órgão especial

Art.94 CF: Um quinto dos lugares dos Tribunais Regionais Federais, dos Tribunais dos
Estados, e do Distrito Federal e Territórios será composto de membros, do Ministério
Público, com mais de dez anos de carreira, e de advogados de notório saber
jurídico e de reputação ilibada, com mais de dez anos de efetiva atividade
profissional, indicados em lista sêxtupla pelos órgãos de representação das
respectivas classes.

É 1/5 dos tribunais vai ser compostos por membros do MP e advogados (10 de cada).

O quinto se aplica para TJ e TRF, TRT (art.115,I,CF), TST também se aplica (art.111-
A,I).

Aos demais tribunais, tem-se outras regras e não o quinto.

STJ: art.104,II, CF: ao STJ não se aplica o quinto é 1/3. Tem 33 ministros, 1/3 de 33 é
no mínimo 11.

Ao STF (art.101,CF), STJ(art.104,II), TSE(art.119,CF), TRE(art.120,CF) e STM (art.


123,CF) não se aplicam a regra do quinto.

Sempre que o número for fracionado, o n° do quinto, joga-se pra cima: 101, 21 serão do
quinto.

Quais os pressupostos para disputar o quinto?

Em relação ao MP, o pressuposto é objetivo, 10 anos de carreira. Já em relação a


advogados, tem como pressuposto objetivo de 10 anos de atividade profissional, mas
tem também pressuposto subjetivo, de notório saber jurídico e reputação ilibada
(conceitos jurídicos indeterminados, tem indicativos, mas nada que o determine).

A indicação se dará com lista sêxtupla pelos órgãos de representação das respectivas
classes. (§único) Recebidas as indicações, o tribunal formará lista tríplice,
enviando-a ao Poder Executivo, que, nos vinte dias subseqüentes, escolherá um de
seus integrantes para nomeação. Não é obrigatório escolher o primeiro nome

MS 23789 – o STF admitiu que o tribunal mandasse para o executivo uma única lista
quadrupla ao invés de lista sêxtupla, ou 2 triplice, quando tivesse duas posições vagas.
Tinham 2 posições no tribunal, duas vagas para advogados, por exemplo, enviar uma
única lista com 4 nomes. 2 listas tríplices têm 6 nomes. É restritivo.

Não pode o tribunal distinguir os desembargadores do quinto com os demais, é


inconstitucional.

Órgão especial: art. 93 XI, os tribunais com número superior a vinte e cinco
julgadores, poderá ser constituído órgão especial, com o mínimo de onze e o
máximo de vinte e cinco membros, para o exercício das atribuições administrativas
e jurisdicionais delegadas da competência do tribunal pleno, provendo-se metade
das vagas por antiguidade e a outra metade por eleição pelo tribunal pleno;

- o plenário são os 200 – o todo

- o órgão especial: é criado pela dificuldade de presença do plenário. Ele atua como se o
pleno fosse. Atua de forma delegada. A criação é facultativa. A variação entre 11 e vinte
cinco é proporcional ao tamanho do tribunal.

- Metade das vagas é por antiguidade e a outra por eleição.

ESTRUTURA DO PODER JUDICIÁRIO

Art. 92 da CF: trata dos órgãos que integram o poder judiciário.

Art. 92. São órgãos do Poder Judiciário:

I - o Supremo Tribunal Federal;

I-A o Conselho Nacional de Justiça;         

II - o Superior Tribunal de Justiça;

II-A - o Tribunal Superior do Trabalho;        

III - os Tribunais Regionais Federais e Juízes Federais;

IV - os Tribunais e Juízes do Trabalho;

V - os Tribunais e Juízes Eleitorais;

VI - os Tribunais e Juízes Militares;

VII - os Tribunais e Juízes dos Estados e do Distrito Federal e Territórios.

§ 1º O Supremo Tribunal Federal, o Conselho Nacional de Justiça e os Tribunais Superiores têm sede
na Capital Federal.         
§ 2º O Supremo Tribunal Federal e os Tribunais Superiores têm jurisdição em todo o território
nacional.

O CNJ é órgão do poder judiciário, sem função jurisdicional. As funções dele são de
controle, disciplinar, correcional e sancionatória, sem nenhuma possuir cunho
jurisdicional.

O art.98,I: traz como órgão do poder judiciário, também, os juizados especiais. E a


regulamentação é feita pela lei 9.099/95, lei juizados especiais, no caso dos federais,
10259/2001 – remete para lei geral.

Nos juizados especiais estaduais: 40 salários/ Federal: 60 salários. Até 20 salários é sem
advogados.

Art. 98, II: Justiça de paz, eleição de juiz de paz

Quem sana conflito entre tribunal federal e estadual é o STJ (justiças comuns/para
justiças especializadas tem-se tribunais superiores próprios). Agora, se for da justiça do
Trabalho, considerando que é o primeiro tribunal comum, é o STF.

Nos juizados, quando há recursos, vai para turmas recursais, e após, caberá único
recurso ao STF, já que é última análise dentro dos tribunais. Não passará pelo STJ, nem
pelos tribunais de justiça.

HC – se alguém impetra HC em turma recursal, quem julga é, nos termos do art.102,


alínea i. A turma recursal tá ligada diretamente ao supremo, o Hc seria p ele. SUM 690
foi superada, porém está valida. Caiu em desuso pela mudança de entendimento, sofreu
reinterpretação. A preocupação é que o juiz é julgado no crime pelo tribunal, assim
como quem julga ele é o tribunal, será o TJ. Quem julga HC é TJ ou TRF.

*quem julga juiz por crime praticado é o tribunal de justiça. Quem julga
desembargador, é ministro do STJ. Quem julga ministro STJ é o STF.

STF

O Supremo tribunal federal foi criado com a constituição da república de 1891 tendo em
nível infraconstitucional a previsão do STF ocorrida um ano antes pelo decreto 848 de
1890. Contudo, a carta do império de 1824 já tratava de um supremo tribunal de justiça.

O supremo tem papel de corte constitucional (se propõe ação autônoma para julgar
em abstrato se norma viola ou não a constituição- ADI) e de suprema corte (por
recurso extraordinário – vira suprema corte, porque é a última instancia de recurso).

Estrutura, competência e composição


Composição: art. 101, CF: Art. 101. O Supremo Tribunal Federal compõe-se de onze
Ministros, escolhidos dentre cidadãos com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e
cinco anos de idade, de notável saber jurídico e reputação ilibada.

Parágrafo único. Os Ministros do Supremo Tribunal Federal serão nomeados pelo


Presidente da República, depois de aprovada a escolha pela maioria absoluta do Senado
Federal.

Pressuposto etário (objetivo) : + que 35 anos e menos que 65 anos

Pressuposto subjetivo: notório saber jurídico e reputação ilibada – conceitos


indeterminados.

O modelo brasileiro de ingresso na corte é inspirado no modelo americano. Tendo


diferença na quantidade e não tendo previsão constitucional de maioria absoluta para
aprovação. As votações por tradição seguiam os 2/3. Mas não é escrito.

Historicamente desde que o supremo foi criado na constituição brasileira de 1891, nós
sempre tivemos um número de 11 ministros. Na verdade, esse número de 11 ministros
foi definido em 1931, tendo sofrido uma alteração para 16 ministros, por meio do AI2
de 65, e volta pra 11 com o AI 6 de 69. Ou seja, mudança de número de ministros
geralmente estão ligados a modelos antidemocráticos.

O mesmo problema foi observado nos EUA, por meio do fenômeno do court- packing
plan, em 1937. (empacotamento da corte) – vedação implícita mudança -judicial
Procedures Reform Bill de 1937

STJ

É órgão de sobreposição, órgão de cúpula, que trabalha com função de uniformizar a


interpretação da legislação federal. STJ foi criado pela CF de 88, por meio da absorção
de parte das funções do antigo TFR (art. 27, ADCP constitucional).

Composição: art. 104, CF: O Superior Tribunal de Justiça compõe-se de, no mínimo,
trinta e três Ministros.

Parágrafo único. Os Ministros do Superior Tribunal de Justiça


serão nomeados pelo Presidente da República, dentre brasileiros
com mais de trinta e cinco e menos de sessenta e cinco anos, de
notável saber jurídico e reputação ilibada, depois de aprovada a
escolha pela maioria absoluta do Senado Federal,
sendo:         (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de
2004)   

I - um terço dentre juízes dos Tribunais Regionais Federais e um


terço dentre desembargadores dos Tribunais de Justiça, indicados em
lista tríplice elaborada pelo próprio Tribunal;

II - um terço, em partes iguais, dentre advogados e membros do


Ministério Público Federal, Estadual, do Distrito Federal e Territórios,
alternadamente, indicados na forma do art. 94.
Pressuposto etário (objetivo) : + que 35 anos e menos que 65 anos

Pressuposto subjetivo: notório saber jurídico e reputação ilibada – conceitos


indeterminados.

1/3 entre juízes do TRF (desembargadores federais)

1/3 desembargadores do Estado

1/3 de advogados e membros do MP, meio a meio

A escolha é basicamente a mesma do supremo. Presidente indica, e o senado aprova ou


não o nome por maioria absoluta, e se aprovado, o presidente nomeia.

O desembargador que entra pelo quinto, pode ir pro supremo, e disputará como
desembargador, não mais como advogado.

O STJ tem competência nacional: Art. 92, §2°, CF. Tem jurisdição em todo território
nacional.

O Supremo tem 3 competências básicas:

a primeira, competência orginária: ADI, a ação se inicia no tribunal, se origina na corte.


Quem julga o governador do Estado, art. 105, é o STJ. Ações que se originam na corte

a segunda, competência recursal ordinária: a ação chega na corte. ROC – recurso


ordinário constitucional

ROC STF: art. 102, II, CF – é utilizado no caso de remédio constitucional delegado por
tribunal superior atuando em sua competência originária, quando denegatória a decisão.

HC para STJ, no caso do governador. Se negado, recurso é p STF. – ROC O certo, só


que usam o HC substitutivo de recurso – impetra novo HC contra STJ por negarem o
HC. O HC tem prioridade de pauta. SUM 691:cabe roc não novo hc, mas na pratica tem
admitido .

Crimes políticos: juiz federal julga, da decisão cabe o ROC.

ROC STJ: Art. 105, II. HC decidido em única ou ultima instância pelo TJ ou TRF. Ou
MS que se inicie no TJ ou TRF. Casos que envolvem estados estrangeiros e municípios
ou residentes, art. 109, II.

a terceira, competência recursal extraordinária: a ação chega na corte. É a comp p julgar


recurso extraordinário do STF ou recurso especial do STJ. – Art. 102, III e art. 105, III.
Discutir controle de constitucionalidade difuso – RE STF. Uniformizar interpretação de
legislação – RE STJ.

Competência STJ – 105, incisos


Tem comp originária do STJ que não está no 105. Tá no 109, §5°: incidente de
deslocamento de competência-IDC. Ele exige que haja demora no julgamento,
parcialidade ou incapacidade da justiça estadual julgar a questão. Quem suscita o IDC é
o PGR, perante o STJ, porque a justiça estadual esta atuando de maneira demorada,
parcial ou não tem capacidade p julgar a questão. Se o STJ for favorável ao IDC,
desloca-se a competência de julgamento para o STJ.

DH X Dfundamentais: os dh trabalho em âmbito supranacional, a tutela de


dfundamentais trabalham em âmbito interno, nacional.

OBS: O idc foi criado pela emenda constitucional 45/2004, com proposito de evitar que
o brasil respondesse por violações aos DH perante tribunais internacionais.
Especialmente a corte interamericana de DH.

IDC viola o principio do juiz natural. Já que tira a capacidade do juiz estadual de julgar
a demanda. Foram propostas duas ADINS contra o IDC. Mas o supremo entende pela
sua constitucional.

JUSTIÇA FEDERAL

A CF, no art. 109, esclarece o que julga a JF.

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

I - as causas em que a União, entidade autárquica ou empresa pública federal forem


interessadas na condição de autoras, rés, assistentes ou oponentes, exceto as de falência, as
de acidentes de trabalho e as sujeitas à Justiça Eleitoral e à Justiça do Trabalho;

São 3 entes que vão litigar na JF.

Quem está na estrutura direta da ADM Pública? União, Estados, Municípios e DF

Indireta? Autarquia, fundação, empresa pub e economia mista.

Exemplo de empresa pub: BNDS, Caixa, Correios.

Mista: Petrobras, JE julga, por ser de economia mista. A economia Mista não está no
109, é competência residual, estadual. Tem exceções, demandas que envolvam relações
de trabalho na Petrobrás (regime celetista, mesmo que entrada por concurso, não tem
relação). Outra exceção é RE 726035, quando se impetra MS contra diligente da
sociedade de economia mista federal, esse mandado de segurança vai ser impetrado na
J. Federal. Lei 12.016, Lei que disciplina MS, art. 2°.

OBS: Caso haja ação ordinária, justiça estadual, discutindo licitação. Depois que ela
está correndo, se a mesma pessoa impetra MS contra diligente, ele é direcionado a
justiça federal. Se o MS tratar de fraude na mesma licitação pelo diligente, atrai o MS a
ação ordinária para a Federal. Desloca a competência.
O servidor público federal se submete a lei geral 8112. Relação entre empresa e
empregado é celetista, clt.

Sumula: 517, 556 Supremo. Sum 42 do STJ.

Lei 9.469, regulamenta AGU. No art. 5°,§1°, a intervenção da União, não tem interesse
jurídico direto, o que a lei permite é q a pessoa de direito público, intervenha apenas por
interesses jurídicos indiretos ou econômicos. Intervindo, vira parte, deslocando-se a
competência para a justiça federal. INTERVENÇÃO ANOMOLA.

Art.40 e ss, CC.

Territórios são autarquias territoriais federais, logo faz sentido estar no MP da união
(art.18,§2° cf).

Decreto lei 200/67: conceitua os entes de adm pub indireta.

Ações contra Entidade autárquica, são de competência da JF: Autarquia e fundação pub
de direito público, universidades públicas (são autárquicas ou fundacionais), agências
reguladoras e executivas (anvisa, ans),

Os conselhos de profissões regulamentadas (quem trabalha para conselhos é CLT). Lei


9649, art.58, fala que os serviços de fiscalização têm natureza de caráter privado. ADIN
17176, julgou inconstitucional, e possuem natureza autárquica. Assim, colocando como
direito privado, pela lei, seria justiça estadual. Contudo, com a ADIN, a justiça
competente seria a Federal. Contudo, quem trabalha para autarquias é em regime
estatutário, não celetista. Autarquia tem orçamento da união, os conselhos, não. A
anuidade dos conselhos tem natureza tributária, contribuição especial de interesse de
categoria profissional, art. 149, CF, RESP 928272 e 1235676. O não pagamento é
cobrado por meio de execução fiscal.

A lei, diz que não se aplica a OAB.

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