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UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA

FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CUSTOS DE ALIMENTAÇÃO PARA


BOVINOS NELORE TERMINADOS EM SISTEMA DE
CONFINAMENTO E SEMI-CONFINAMENTO

JEAN FELIPE BRANDT GUEDES

Brasília, DF

2011
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CUSTOS DE ALIMENTAÇÃO PARA


BOVINOS NELORE TERMINADOS EM SISTEMA DE
CONFINAMENTO E SEMI-CONFINAMENTO

JEAN FELIPE BRANDT GUEDES

Trabalho de conclusão de curso de graduação


apresentado à Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária da Universidade de Brasília, como
requisito parcial para a obtenção do grau de
Engenheiro Agrônomo.

Orientador: Professor Dr. RODRIGO VIDAL OLIVEIRA

Brasília, DF
Julho/2011

ii
FICHA CATALOGRÁFICA

Guedes, Jean Felipe Brandt.

“AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CUSTOS DE ALIMENTAÇÃO PARA


BOVINOS NELORE TERMINADOS EM SISTEMA DE CONFINAMENTO E SEMI-
CONFINAMENTO.”/ Jean Felipe Brandt Guedes; Rodrigo Vidal Oliveira. – Brasília 2011 –
33p: il.

Monografia de Graduação (G) – Universidade de Brasília / Faculdade de Agronomia e


Medicina Veterinária, 2011.

Cessão de direitos

Nome do Autor: JEAN FELIPE BRANDT GUEDES

Título da Monografia de Conclusão de Curso : AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CUSTOS


DE ALIMENTAÇÃO PARA BOVINOS NELORE TERMINADOS EM SISTEMA DE
CONFINAMENTO E SEMI-CONFINAMENTO.

Grau: 3o Ano: 2011

É concedida à Universidade de Brasília permissão para reproduzir cópias desta monografia de


graduação e para emprestar ou vender tais cópias somente para propósitos acadêmicos e
científicos. O autor reserva-se a outros direitos de publicação e nenhuma parte desta
monografia de graduação pode ser reproduzida sem autorização por escrito do autor.

JEAN FELIPE BRANDT GUEDES.


CPF: 012.677.591-517
QI 10, Conjunto D, Casa 64.
CEP: 71010-047 Guará-DF, Brasil.
Telefones (61) 8102.5027 / (61) 3964.4803.

iii
UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINÁRIA

AVALIAÇÃO ECONÔMICA DE REGIMES


ALIMENTARES DE BOVINOS NELORES EM
CONFINAMENTO E SEMI-CONFINAMENTO

JEAN FELIPE BRANDT GUEDES


Matrícula – 10/0031714

Monografia de graduação apresentada à Faculdade de Agronomia e Medicina


Veterinária da Universidade de Brasília, como parte dos requisitos necessários para
obtenção de grau de Engenheiro Agrônomo.

APROVADA EM BRASÍLIA, ____ DE _____________ DE 2011 POR:

______________________________________
RODRIGO VIDAL OLIVEIRA (ORIENTADOR)
Dr. em Zootecnia (UNESP, Jaboticabal) e Professor da Faculdade de Agronomia e Medicina
Veterinária da UnB

______________________________________
SERGIO LÚCIO SALOMON CABRAL FILHO (EXAMINADOR INTERNO)
Dr. em Ciências (USP) e Professor da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária da
UnB

_______________________________________
ITIBERÊ SALDANHA SILVA (EXAMINADOR INTERNO)
Dr. em Ciência Animal e Pastagens (USP) e Professor da Faculdade de Agronomia e
Medicina Veterinária da UnB

iv
Dedico a todos que fizeram parte da minha vida, em especial
desse trabalho, minha família, meus amigos, meus colegas de
curso e a minha namorada.

OBRIGADO!

v
AGRADECIMENTOS

Ao meu orientador, Professor Doutor Rodrigo Vidal Oliveira, pelos ensinamentos,


pela amizade e dedicação, ajuda e compreensão no momento de finalização de mais um
projeto em minha vida.
Aos Professores Dr. Sergio Lúcio Salomon Cabral Filho e Dr. Itiberê Saldanha, pela
participação na banca de monografia, pela amizade construída e por toda a ajuda prestada.
Ao Professor Doutor Fabiano Alvim Barbosa pela amizade, dedicação,
companheirismo, exemplo de pessoa e profissionalismo.
A todos os professores da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária, muitos já
se foram, outros continuam, novos vieram, mas todos contribuíram para nosso crescimento,
obrigado pelo conhecimento transmitido e por estarem sempre dispostos a nos atender.
A todos os funcionários da Fazenda Água Limpa, pela amizade e companheirismo ao
longo dos dias e pelo auxílio na condução do experimento.
Aos alunos: Guilherme Firmino, Raphael Mandarino, Daniel Barcelos, Gustavo
Carneiro, Juliano Vilela, Diego Melara e Camila Eufrásio pela amizade e ensinamentos ao
longo dessa jornada, por estarem juntos em todos os momentos da realização desse projeto.
Aos amigos da faculdade, alguns mais próximos, outros nem tanto, mas que, de
alguma forma contribuíram para que eu chegasse até aqui.
A Deus pela oportunidade oferecida na minha vida, por mais uma vez poder fazer
parte deste mundo, interagindo com ele e pela luz nos momentos de desafio. Meu refúgio e
força, onde sempre encontrei respostas para os problemas e por sempre me fortalecer durante
os difíceis caminhos.
Aos meus pais, Joel Antônio e Cleudes Maria, pela dedicação constante em me
mostrar o caminho do bem, os bons valores e virtudes que me deram condições de estar aqui
hoje e por me apoiarem em todas as escolhas.
As minhas irmãs, Juliana Guedes e Katiana Guedes, pelo carinho recebido em casa
durante todos esses anos, pela ajuda nas tarefas mais simples do cotidiano e pelo apoio dado
na vida pessoal.
À minha namorada Mara Rúbia, pela ajuda nos momentos difíceis e entediantes, por
acreditar nas minhas convicções, pelo companheirismo e afeto em todos os momentos, por
fazer parte da minha vida. Você é e sempre será mais que especial. Eu te amo!

vi
Aos meus sogros Rubens Silva e Magna Barbosa por me receberem na família de
braços abertos e por me tratarem como filho.
A minha família, que apesar da distância torcem por mim, e acredita no sucesso e nas
conquistas da minha vida.
A todas as pessoas que direta ou indiretamente possam ter contribuído para realização
deste projeto. A todos meu carinho e muito obrigado.

vii
“Bom mesmo é ir à luta com determinação,
abraçar a vida com paixão,
perder com classe e vencer com ousadia,
pois o triunfo pertence a quem se atreve...
A vida é muita para ser insignificante.”
Charles Chaplin

viii
SUMÁRIO

Página
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CUSTOS DE ALIMENTAÇÃO PARA BOVINOS
NELORE TERMINADOS EM SISTEMA DE CONFINAMENTO E SEMI-
CONFINAMENTO ............................................................................................................ xi
RESUMO ............................................................................................................................. xi
ECONOMIC EVALUATION OF DIET NELORE CATTLE IN FEEDLOT AND
FREE-RANGE SYSTEM ................................................................................................. xii
ABSTRACT ....................................................................................................................... xii
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................. 13
2. REVISÃO DE LITERATURA ...................................................................................... 15
2.1 A Terminação de Bovinos de Corte no Brasil ..................................................... 15
2.2 Características dos sistemas de terminação de bovinos ....................................... 16
2.3 Adoção de tecnologias de produção x viabilidade econômica ............................. 17
2.4 Análise econômica e financeira da terminação .................................................... 18
3. MATERIAL E MÉTODOS ............................................................................................ 20
3.1. Sistema confinado ................................................................................................. 20
3.2. Sistema semi-confinado ......................................................................................... 22
3.3. Índices de consumo alimentar ................................................................................ 24
3.4. Índices econômicos da ração.................................................................................. 24
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO..................................................................................... 26
5. CONCLUSÕES .............................................................................................................. 32
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 33

ix
LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Composição percentual (%) das rações do confinamento de acordo com os


tratamentos TRAT 85 e TRAT 70, em base matéria seca......................................21

Tabela 2. Composição bromatológica das rações na base da matéria seca...............................21

Tabela 3. Composição percentual do concentrado usado nos tratamentos SCONF 1 e SCONF


2, em base na matéria seca.......................................................................................22

Tabela 4. Composição bromatológicas do concentrado experimental (SCONF 1 e SCONF2),


em base na matéria seca...........................................................................................23

Tabela 5. Composição bromatológica da forragem experimental............................................23

Tabela 6. Valores médios de peso vivo inicial (PVI), peso final (PF), ganho médio diário
(GMD), rendimento de carcaça quente (RCQ) e ganho em arroba (@) de
carcaça......................................................................................................................26

Tabela 7. Consumo total da silagem e do concentrado ofertado, ração total ofertada, ração
total ofertada após adaptação (para sistema confinado), sobra total da ração
ofertada, ração total consumida, consumo em matéria seca natural por
animal/dia...............................................................................................................27

Tabela 8. Preço da silagem e concentrado ofertada/animal/dia, preço da silagem, preço do


concentrado, custo da silagem e custo do concentrado oferto/animal/dia, custo da
silagem e do concentrado total ofertado/animal, custo da silagem e do concentrado
total ofertado/@ produzida, custo da silagem e do concentrado total ofertado/kg
carcaça produzido.....................................................................................................28

Tabela 9. Preço do concentrado, concentrado ofertado/animal/dia, custo do concentrado


ofertado/animal/dia, custo do concentrado total ofertado/animal, custo da
pastagem/animal/mês, custo total da pastagem/animal, custo ração/animal, custo
ração/@ produzida, custo ração/kg carcaça produzida..........................................29

Tabela 10. Custo da @ produzida (R$), custo alimentar/kg carcaça produzido (R$)..............30

x
AVALIAÇÃO DE DIFERENTES CUSTOS DE ALIMENTAÇÃO PARA
BOVINOS NELORE TERMINADOS EM SISTEMA DE
CONFINAMENTO E SEMI-CONFINAMENTO

RESUMO
Objetivou-se com o presente estudo avaliar o custo de diferentes regimes alimentares
para terminação de bovinos Nelore inteiros em sistema de confinamento e semi-confinamento
na época seca do ano. Foram utilizados 60 novilhos Nelore inteiro, com peso vivo inicial
médio (PVI) de 339,00 kg divididos em dois experimentos, sendo 30 animais submetidos ao
confinamento em currais coletivos e 30 em semi-confinamento de pastagem de Brachiaria
brizantha cv. Marandu na região do cerrado. No confinamento, os tratamentos foram: TRAT
85 na proporção de 85:15 concentrado e volumoso na ração total e TRAT 70 na proporção de
70:30. Os tratamentos do sistema semi-confinamento foram: SCONF 1 – suplementação com
ração concentrada com ingestão média diária de 1,8% do peso vivo (PV) na matéria seca
(MS) e SCONF 2 – com ingestão ad libitum. O delineamento utilizado para avaliação do
ganho de peso foi de blocos ao acaso. O custo do concentrado total ofertado por animal
apresentou uma diferença de R$ 15,33 entre os tratamentos do confinamento e o custo
referente à ração total para produzir 1 kg de carcaça foi 3,83% inferior para TRAT 70 em
relação ao TRAT 85. O custo da arroba produzida para os animais semi-confinados foi de R$
87,48 e R$ 65,82 para SCONF 2 e SCONF 1 respectivamente, sendo que a diferença nos
valores da arroba produzida pode ter sido ocasionada pela variação observada no consumo de
concentrado dos tratamentos. A utilização de sistemas de confinamento e/ou semi-
confinamento visando à terminação de bovinos de corte na época seca do ano representam
uma tecnologia viável para aumentar a viabilidade econômica da atividade agropecuária.

Palavras-chave: bovinos de corte, custo, pasto, sistemas de produção, suplementação.

xi
ECONOMIC EVALUATION OF DIET NELLORE CATTLE IN
FEEDLOT AND FREE-RANGE SYSTEM

ABSTRACT
The objective of this study to evaluate the cost of different diets for finishing Nellore
whole in free-range and feedlot system the dry season. A total of 60 Nellore round, with
initial weight (PVI) of 339.00 kilograms divided into two experiments, 30 animals subjected
to feedlot in collective corrals and 30 in free-range of Brachiaria brizantha cv. Marandu in
savanna region. In feedlot, the treatments were: TRAT 85 in the proportion of 85:15
concentrate to forage in the total ration and TRAT 70 in the proportion of 70:30. The
treatments of free-range were SCONF 1 - concentrate diet supplementation with average daily
intake of 1.8% body weight (BW) in dry matter (DM) and SCONF 2 – with ad libitum intake.
The experimental design for evaluation of weight gain was a randomized block design. The
total cost of concentrate offered per animal showed a difference of R$ 15.33 between the
treatments and the cost of feedlot on the total feed to produce 1 kg of carcass was 3.83%
lower to 70 TRAT 85 of the treaty. The cost of the at sign for the animals produced free-range
to R$ 87.48 and R$ 65.82 SCONF SCONF 1 and 2 respectively, and the difference in values
arroba produced at sign may have been caused by the observed variation in consumption
concentrate treatments. The use of feedlot and/or free-range system order to the termination of
beef cattle in the dry season represent a viable technology to increase the economic viability
of farming.

Keywords: beef cattle, cost, pasture, production systems, supplementation.

xii
1. INTRODUÇÃO

A cada ano que passa, o agronegócio brasileiro consolida sua importante posição na
economia, como resultado do avanço tecnológico, do incremento na produtividade e da
ocupação de novas áreas. Com o processo de globalização da economia e a abertura dos
novos mercados grandes mudanças ocorreram em diversos setores do agronegócio. A
produção de carne no Brasil tem crescido significativamente, a partir de 1990, em decorrência
do aumento da competitividade, desafiando os produtores a estabelecer sistemas de produção
que sejam capazes de produzir, de forma eficiente, carne de boa qualidade a baixo preço
(Euclides, 2001; Fernandes et al., 2007).
No atual contexto econômico, verifica-se interesse crescente em estratégias que
proporcionem melhores resultados de eficiência produtiva e qualidade dos produtos, pois a
atividade pecuária tende a ser mais uma atividade empresarial, afastando-se do modelo
extrativista e aproximando-se da intensificação total (Euclides Filho, 2004). Estes sistemas
têm de ser competitivos, sustentáveis e capazes de produzir animais para abate com menos de
42 meses de idade que é a média nacional (Euclides, 2001).
Nas situações de baixa produtividade, a busca por aumento da eficiência produtiva e
econômica é necessária. O aumento da produtividade, normalmente, provoca redução do
custo operacional total unitário. O custo de produção deve ser entendido de maneira global
dentro do sistema de produção e não isoladamente em segmentos do sistema de produção
(adubação e irrigação de pastagens, confinamento, etc.), procurando sempre maximizar o
lucro da atividade (Barbosa & Vilela, 2009).
Nos últimos trinta anos, a pesquisa agropecuária no Brasil tem gerado expressivo
número de alternativas tecnológicas aplicáveis aos vários segmentos do setor produtivo, com
efetivo incremento na produtividade (Anualpec, 2000).
Diferentes aspectos da terminação de bovinos de corte têm sido estudados, tais como a
nutrição, os cruzamentos, idade inicial dos animais utilizados e a escala de produção (Resende
Filho, 2008).
Por outro lado, não tem sido dada a devida importância aos aspectos econômicos
desses novos processos, o que, a priori, parece ter reflexo direto na adoção de novas
tecnologias. Isto sugere que tal fato decorre do princípio de que nem sempre uma tecnologia
de produção que gera melhor desempenho, sob o ponto de vista produtivo, resulta em
aumento de lucratividade, devido aos custos oriundos de sua implementação (Rodrigues Filho
et al., 2002).

13
Santos et al. (2002) ressaltaram que, em razão da nova ordem econômica, os negócios
agropecuários atingiram um grau de complexidade semelhante aos demais setores da
economia. Exigindo do produtor uma nova visão da administração dos seus negócios, e o
controle dos custos é uma ferramenta que vem a auxiliar a análise econômica do
confinamento e seqüencialmente da vida do empreendimento.
Desta maneira, como qualquer atividade do setor pecuário, para se manter competitiva,
deve ser constantemente avaliada, principalmente no que tange aos aspectos econômicos.
Neste contexto, os custos de produção da atividade, a receita obtida e a rentabilidade do
capital investido são fatores importantes para o sucesso de qualquer sistema de produção
(Silva et al., 2009). Entretanto, poucos estudos têm focado sobre a viabilidade econômica
dessa atividade e os fatores que influenciam sua rentabilidade. Dentre tais fatores está o ganho
ótimo de peso diário para animais em confinamento (Resende Filho, 2008).
Diante desse contexto, objetivou-se com o presente estudo avaliar o custo de
diferentes regimes alimentares de bovinos Nelore terminados em sistema de confinamento e
semi-confinamento na época da seca.

14
2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 A Terminação de Bovinos de Corte no Brasil


Michels et al. (2001) relataram que a terminação, também chamada de engorda, se
estende do fim da recria até o momento em que o animal atinge idade e peso ideal para o
abate. Segundo Marques et al. (2003), a terminação pode ser feita através de três sistemas de
produção:
a) Sistema extensivo: os animais são engordados a campo recebendo como alimento
somente o pasto, com suplementação de sal mineral;
b) Sistema semi-intensivo ou semi-confinado: neste sistema, há uma associação entre os
sistemas extensivos e intensivos, de modo sucessivo ou simultâneo;
c) Sistema intensivo ou em confinamento: os animais são reunidos em pequenos lotes e
recebem alimentação controlada de volumosos e concentrados.

No Brasil foram abatidos em 2007 mais de 53 milhões de bovinos, destes 5,4 milhões
foram terminados em sistema de confinamento, semi-confinamento ou pastagens de inverno,
enquanto mais de 47,1 milhões de cabeças foram terminadas em pastagens tropicais, no
sistema extensivo (Anualpec, 2007).
Nos trópicos existe elevada flutuação qualitativa e quantitativa dos pastos, decorrente
da duas estações bem definidas no Brasil central, o que resulta em ganhos de peso no período
das águas e perda de peso no período seco (Silva et al., 2009). Segundo Euclides et al. (1998),
a sazonalidade na produção dos pastos, faz com que ocorram baixos índices de produção
bovina nos trópicos, devido a inadequação no atendimento das exigências nutricionais dos
animais.
Paulino & Ruas (1988) mencionaram que o aumento da eficiência na produção de
bovinos no Brasil está incondicionalmente relacionado à melhoria das condições de
alimentação, sendo a suplementação uma das alternativas mais práticas para adequar o
suprimento de nutrientes aos requerimentos dos animais, especialmente durante a seca.
No período em que os pastos apresentam baixa produtividade, a suplementação é uma
recomendação favorável à ampliação produtiva. A ração concentrada, fornecida no cocho,
sistema semi-confinado, constitui-se em uma estratégia que visa suprir as exigências
nutricionais de animais criados em sistemas de produção a pasto (Peres et al., 2005). A
correção das deficiências nutricionais do pasto via suplementação permite melhores

15
desempenhos e propicia a redução do ciclo de produção e da idade de abate dos animais
(Moraes et al., 2010).
De 70 a 80% da produção forrageira se dá no período chuvoso e somente 20 a 30%
ocorre no outono e inverno. Devido a essa baixa disponibilidade das forrageiras no período
seco, outras estratégias são adotadas, como o confinamento. O objetivo do confinamento é
alcançar elevados ganhos de peso, afim de que o animal seja terminado e abatido o mais
rápido possível ainda na entressafra, quando as cotações da arroba do boi tendem a ser um
pouco melhores (Peixoto et al., 1989).

2.2 Características dos sistemas de terminação de bovinos


O aumento da eficiência produtiva é primordial para a lucratividade da pecuária de
corte, sendo que, as atividades produtivas devem ser entendidas e manejadas dentro de um
enfoque sistêmico, em busca da maximização dos lucros. Os sistemas de produção de gado de
corte são complexos e diversificados, não havendo fórmulas e recomendações únicas.
Portanto, cada produtor deve desenvolver seu sistema de produção, combinando suas metas às
condições ambientais e mercadológicas (Hembry, 1991; citado por Abreu et al., 2003).
O sistema tradicional de produção agropecuária tem se mostrado economicamente
pouco eficiente, obrigando os produtores à busca por alternativas que aumentem a
lucratividade da propriedade. Nesse sentido, a utilização de tecnologias como o semi-
confinamento e confinamento, promovem a redução da idade de abate, proporcionando maior
giro do capital investido, liberando áreas na propriedade para novas explorações (Missio et
al., 2009).
De acordo com Paulino (1999), nos sistemas de semi-confinamento os animais são
engordados à pasto recebendo suplementação especialmente quando terminados durante à
seca. Os suplementos são fornecidos em quantidades equivalentes de 0,8 a 1,0% do PV, e a
conseqüência é a produção de carne da melhor qualidade, proveniente de novilhos jovens.
O sistema de confinamento de bovinos tem como principal característica a formação
de lotes de animais em currais de engorda com área restrita. O fornecimento de alimentos
ocorre via cocho, tanto a parcela concentrada (farelos e grãos) quanto a volumosa (silagens,
cana-de-açúcar, capineiras ou feno), tendo assim um controle total sobre o fornecimento da
alimentação dos animais (Peixoto et al., 1989).

16
Neves et al (1993) ressaltaram que o confinamento de bovinos implica no uso
intensivo de capital, conseqüência da necessidade de se ter disponível uma infra-estrutura
adequada em termos de instalações e equipamentos, da necessidade de compra do boi magro e
dos gastos advindos do fornecimento de toda a alimentação dos animais em forma de ração.
No Brasil, predomina-se o confinamento de terminação com a formação de lotes de
entrada com animais entre 2,5 e 3,5 anos de idade com peso entre 12 e 13 arrobas (@) ou 350
Kg e 390 Kg respectivamente, permanecendo confinados em currais de engorda por um
período entre 60 e 120 dias, dependendo da eficiência de conversão alimentar de cada animal,
e indo para o abate pesando entre 16 e 17 arrobas ou 480 Kg e 510 kg respectivamente
(Agroanalysis, 2004).
O importante a se ressaltar nos sistemas de terminação, principalmente no
confinamento, é que após o planejamento e a implantação da intensificação não é possível
retornar ao sistema convencional sem perdas financeiras. O surgimento de imprevistos de
ordem econômica, climática, sanitária ou quaisquer outros que interfiram no desempenho
animal programado, podem acarretar, no aumento do período de alimentação e onerar os
investimentos (Missio et al., 2009).

2.3 Adoção de tecnologias de produção x viabilidade econômica


Tão importante quanto avaliar a eficiência produtiva do tipo de terminação adotado, é
o impacto econômico desta prática no sistema de produção. A utilização de tecnologias que
possibilitem a intensificação da produção e o avanço dos índices de produtividade geralmente
aumentam os custos de produção (Santos et al., 2004).
É necessário avaliar economicamente o impacto do uso das tecnologias disponíveis
para aumentar os índices zootécnicos nas fases de produção de bovinos para que possa ser
indicada, técnica e economicamente, as tecnologias. O uso das tecnologias tem que ser
gradativo e coerente com os objetivos de produção, com coletas precisas dos dados para gerar
as informações necessárias (Barbosa et al., 2006).
Novas tecnologias encontram restrições à sua adoção, quando aumentam os custos
diretos da empresa rural. Muitas vezes, os resultados produtivos não cobrem estes custos,
devido à má escolha da alternativa a ser usada ou por sua utilização ineficiente. Trabalhos de
pesquisa, muitas vezes, buscam melhorar o potencial biológico do sistema de produção
empregado, não sendo a sua viabilidade econômica o fator determinante para avaliar o

17
sucesso dos resultados obtidos (Pilau et al., 2003). Portanto, uma vez definidos os aspectos
técnicos e estratégicos da suplementação, torna-se necessária também a avaliação dos custos
com alimentação.
A terminação de bovinos em confinamento já foi uma tecnologia usada para
aproveitamento das características sazonais do mercado, permitindo altas rentabilidades pelas
diferenças de preço da arroba entre a safra e a entressafra que chegavam a mais de 40%.
Atualmente, essa diferença não é superiore a 20%, sendo assim, o confinamento deve ser
encarado como uma estratégia para aumentar a escala de produção com a retirada da categoria
de engorda das pastagens para entrar a recria, e produzir novilhos precoces (Mandarino et al.,
2010).
Os programas de terminação de bovinos podem ser definidos em função de
oportunidades comerciais, da classe animal, do ambiente e do sistema de produção (Paulino,
1999).

2.4 Análise econômica e financeira da terminação


Existem duas formas básicas de interferir no ganho financeiro real de uma atividade:
aumentando seu preço de venda, mas com algumas consequências em relação à demanda, ou
implementando uma política de redução de custos e aumento de produtividade, que também
favoreceria o aumento da margem sem, contudo, depender diretamente do fator demanda
(Figueiredo et al., 2007).
A análise de custos de produção de empresas rurais tem assumido importância
crescente, pois é através da análise que o produtor passa a conhecer os resultados financeiros
de sua empresa. Ter esse controle não é tarefa simples, mas vai ajudar o produtor a tomar
decisões corretas e a encarar o seu sistema de produção como uma empresa. No entanto é
preciso ter conhecimento do tipo de empresa e do ambiente em que ela está inserida (Lopes &
Carvalho, 2002).
O controle dos custos e despesas nos sistemas de produção permite fazer uma análise
econômica acerca dos fatores mais dispendiosos da propriedade, localizando dessa forma os
pontos de estrangulamento da atividade. A análise econômica da terminação de gado de corte,
dentro da dinâmica de uma propriedade agrícola, facilita a gestão gerencial e tecnológica para
a maximização dos lucros ou minimização dos custos (Lopes & Magalhães, 2005).

18
A determinação do custo de produção é uma prática indispensável a qualquer
administrador, e com a correta apuração destes custos pode-se: planejar e controlar as
operações do sistema; analisar a rentabilidade da atividade; determinar o preço de venda;
diminuir os custos controláveis; e identificar o ponto de equilíbrio do sistema de produção
(Figueiredo et al., 2007).
O resultado da análise de custos verifica “se” e “como” os recursos estão sendo
empregados, possibilitando analisar a rentabilidade da atividade. Para tanto, deve-se fazer a
contabilização da empresa, e esta exige o conhecimento de vários termos que em muitos casos
são utilizados de forma inadequada (Fontoura Jr. et al., 2007).
A viabilidade da pecuária de corte depende diretamente da economia em escala, pois
opera com margens de lucro mais reduzidas. Desta forma, a busca pela redução dos custos de
produção deve depender não apenas do menor custo de alimentação, mas também de
estruturas mais simples, como no transporte e ns distribuição dos suplementos (Moraes et al.,
2010).
O resultado econômico dos sistemas de terminação dependente de variáveis como o
preço de venda dos animais terminados (preço do boi gordo), preço de aquisição do boi magro
para animais confinados e da taxa de juros. Isso porque a terminação de bovinos em
confinamento é uma atividade de curta duração que compete assim com outras formas de
investimento em ativos reais e financeiros (Neves et al., 1993).

19
3. MATERIAL E MÉTODOS

O experimento foi realizado na Fazenda Água Limpa que pertence à Fundação


Universidade de Brasília, localizada no Núcleo Rural da Vargem Bonita, no Distrito Federal
cujas coordenadas geográficas são: 15º55’12.55’’ latitude sul e 47º55’12.55’’ latitude oeste. A
altitude é de aproximadamente 1.000 metros e o clima é tipo tropical, caracterizado por
apresentar chuvas de verão e o inverno relativamente frio e seco.
O presente trabalho foi dividido em duas partes, sendo a primeira baseada no sistema
de produção de animais confinados e a segunda no sistema semi-confinado.

3.1. Sistema confinado


O experimento foi realizado entre 30 de julho e 30 de novembro de 2010, tendo
duração de 100 dias, sendo que 14 dias compreenderam ao período de adaptação dos animais
às rações experimentais, assim como as instalações e ao manejo.
As instalações experimentais eram formadas por currais coletivos com área total de
200 m2, com 24 m2 de cobertura de telhas galvanizadas sobre os comedouros de concreto,
além de bebedouros de aço galvanizado.
Foram utilizados nesse experimento 30 animais machos não-castrados da raça Nelore,
aos 22 meses de idade média inicial, com peso vivo médio inicial de 348,23 kg, divididos em
dois grupos, com 15 animais cada. Cada grupo correspondia a um tratamento, sendo divididos
em função da proporção de concentrado e volumoso na matéria seca. O grupo TRAT 85
recebia concentrado (grão de milho, casca de soja, farelo de girassol, uréia e suplemento
mineral) e silagem de milho na proporção de 85:15 na matéria seca. O grupo experimental
TRAT 70 recebia concentrado (grão de milho, casca de soja, farelo de girassol, uréia e
suplemento mineral) e silagem de milho na proporção de 70:30 na matéria seca (MS). As
proporções dos ingredientes em cada ração podem ser observadas na Tabela 1.

20
Tabela 1. Composição percentual (%) das rações do confinamento de acordo com os
tratamentos TRAT 85 e TRAT 70, em base matéria seca.
TRAT 85 TRAT 70
Silagem de milho 15,00 30,00
Milho moído 40,00 43,27
Casca de soja 35,75 13,18
Farelo de girassol 6,37 10,80
Uréia 1,18 1,05
Núcleo confinamento 1,00 1,00
Calcário 0,70 0,70
Total 100 100

A ração total fornecida aos animais, concentrado mais volumoso, foi analisada em
laboratório de acordo com as metodologias descreveram por Silva & Queiroz (2002), podendo
ser observado na Tabela 2 os valores quanto à sua composição bromatológica.

Tabela 2. Composição bromatológica das rações na base da matéria seca


TRAT 85 TRAT 70
Matéria seca total (%) 67,05 49,88
Proteína bruta (%) 13,54 13,63
Fósforo (%) 13,54 13,63
Fibra detergente neutro (%) 38,14 28,41
Fibra detergente ácido (%) 33,63 30,02
Nutrientes Digestíveis Totais (%) 78,00 76,00
Cinzas (%) 5,87 5,48

Os animais eram submetidos ao jejum de sólidos e líquidos por 16 horas, para que
fosse obtido o peso dos animais em jejum. A pesagem dos animais foi realizada a cada 28 dias
para acompanhamento do desempenho, e no final do experimento para obtenção do peso final
em jejum.
Durante a fase experimental, o alimento foi fornecido no cocho três vezes ao dia,
procurando manter sobras em torno de 5 a 10% do peso total do alimento fornecido

21
diariamente. Para determinar o consumo alimentar durante o período experimental, foi
registrada diariamente a quantidade de ração completa ofertada e rejeitada.
Ao término do experimento de desempenho, os animais foram abatidos em frigorífico
comercial, seguindo a legislação brasileira, obtendo o peso e o rendimento da carcaça quente.

3.2. Sistema semi-confinado


O experimento foi realizado entre 30 de julho de 2010 a 31 de janeiro de 2011, tendo
duração de 170 dias, sendo que 14 dias compreendem ao período de adaptação dos animais às
rações experimentais e ao manejo.
A área experimental foi formada por 6 piquetes de 2 hectares (ha) cada, estabelecidos
com Brachiaria brizantha cv. Marandu, compostos de bebedouros e cochos de suplementação
concentrada.
Foram utilizados 30 animais machos inteiros da raça Nelore, com idade média inicial
de 22 meses, divididos em dois grupos de 15 animais, correspondendo a dois tratamentos e
três repetições. O peso vivo médio inicial dos animais foi de 285 kg.
Foi utilizado o sistema de pastejo contínuo, sendo que cada piquete continha 5 animais
com taxa média de lotação de 2,22 unidade animal/hectare (UA/ha). Utilizando o
delineamento de blocos ao acaso, os animais de um mesmo bloco de tratamento a cada 28 dias
eram rotacionados nos piquetes, para que fosse eliminado qualquer possível efeito do pasto.
Os tratamentos adotados foram: SCONF1 – suplementado com concentrado composto
de milho inteiro, casca de soja, farelo de girassol, uréia e suplemento mineral, com ingestão
média diária de 1,8% do peso vivo (PV) médio na matéria seca (MS); e SCONF2 –
suplementado com concentrado composto de milho inteiro, casca de soja, farelo de girassol,
casca de soja, uréia e suplemento mineral, com ingestão média diária ad libitum. As
proporções de cada ingrediente podem ser observadas na Tabela 3.

Tabela 3. Composição percentual do concentrado usado nos tratamentos SCONF 1 e SCONF


2, em base na matéria seca.
SCONF 1 SCONF 2
Milho moído 43,50 43,50
Casca de soja 10,50 10,50
Núcleo protéico 46,00 46,00
Total - % 100 100

22
A composição bromatológicas do concentrado experimental, como matéria seca total
(MS) e proteína bruta (PB), em cada ração, pode ser observada na Tabela 4. As análises do
concentrado usado nas rações foram realizadas em laboratório de acordo com as metodologias
descritas por Silva & Queiroz (2002).

Tabela 4. Composição bromatológicas do concentrado experimental (SCONF 1 e SCONF2),


em base na matéria seca.
SCONF 1 SCONF 2
Matéria seca (%) 88,20 88,20
Proteína bruta (%) 18,50 18,50
Nutrientes digestíveis totais (%) 55,52 57,13

Na primeira semana do período experimental e a cada rotação dos animais foram


realizadas coletas de forragem para cálculo da disponibilidade total de matéria seca/ha, por
meio da utilização de um quadrado de 1m² e cortes rentes ao solo. Simultaneamente foi realizado
o pastejo simulado para realização das análises bromatológicas do pasto. Os valores nutricionais
médios da forrageira podem sem observados na Tabela 5.

Tabela 5. Composição bromatológica da forragem experimental.


Média
Proteína bruta (%) 5,65
Fibra detergente neutro (%) 74,13
Fibra detergente ácido (%) 42,27

O consumo foi registrado diariamente por meio da pesagem dos alimentos fornecidos
e das sobras, para posteriores análises de consumo médio diário e levantamento de dados para
as análises econômicas.
As pesagens dos animais, para obtenção do peso inicial, acompanhamento do
desempenho e peso final foram realizadas em jejum de sólidos e líquidos por 16 horas. As
pesagens de acompanhamento foram realizadas a cada ciclo de pastejo de 28 dias.
Ao término do experimento de desempenho, os animais foram abatidos em frigorífico
comercial. Após o mesmo, foram obtidos o peso e o rendimento da carcaça quente.

23
3.3. Índices de consumo alimentar
Os cálculos de consumo alimentar foram realizados através do levantamento das
anotações diárias durante os períodos experimentais dos dois experimentos, que eram
realizadas no momento do fornecimento das rações. As anotações constaram da ração que era
fornecida aos animais durante cada trato realizado durante o dia e das sobras que eram
encontradas na manhã seguinte ao último trato.
Ao final das atividades experimentais no campo, os dados levantados durante todo o
período experimental foram tabulados e computados.
No confinamento, o consumo total de silagem e de concentrado ofertados aos animais
foi levantado somando as ofertas diárias de silagem e concentrado, respectivamente, mesmo
durante o período de adaptação. Não houve oferta de silagem para animais semi-confinados,
pois estes se encontravam em regime de pastejo.
A ração total ofertada foi resultado do somatório do consumo total de silagem com o
consumo total de concentrado, isso para animais confinados. No semi-confinamento essa
variável é composta apenas pelo consumo total do concentrado.
A ração total ofertada menos a quantidade total fornecida durante a adaptação resultou
na ração total ofertada após adaptação. O cálculo só foi necessário para animais confinados,
pois no semi-confinamento não foi preciso fazer período de adaptação.
O consumo em matéria natural/animal/dia foi calculado dividindo a ração total
ofertada após adaptação pelo número de animais presente no tratamento, e posteriormente
pela duração em dias do período experimental.

3.4. Índices econômicos da ração


O preço da silagem (R$ 0,085/kg) foi calculado através dos gastos referentes ao
plantio, tratos culturais e colheita do milho, e preparo da silagem, realizado na Fazenda Água
Limpa (FAL). O preço do concentrado (R$ 0,32/kg) foi calculado através do levantamento
dos custos de compra dos insumos. Os levantamentos desses custos foram realizados pela
diretoria da FAL e fornecidos para as análises de custo alimentar.
O custo da silagem ofertada/animal/dia (R$) e do concentrado ofertado/animal/dia
(R$) foi calculado pela multiplicação da quantidade de silagem ou de concentrado
ofertado/animal/dia com os respectivos preços, ambos fornecidos pela Direção da FAL.

24
O custo da silagem total ofertada/animal (R$) e do concentrado total ofertado/animal
(R$) foi calculado multiplicando o custo da silagem ou do concentrado ofertado/animal/dia
com o total de dias que teve o experimento.
O custo da silagem total ofertada/arroba (@) produzida (R$) e do concentrado total
ofertado/@ produzida (R$) foi obtido pela divisão do custo total da silagem ou do
concentrado total ofertada/animal pela quantidade de arrobas (@) produzidas durante o
experimento.
O custo da silagem total ofertada/kg de carcaça produzida (R$) e do concentrado total
ofertado/kg de carcaça produzida (R$) foi obtido dividindo o custo da silagem ou do
concentrado total ofertado/@ produzido pelo valor da arroba (@) em quilogramas, que é igual
a 30 kg.
No semi-confinamento a quantidade de concentrado ofertado/animal/dia (kg), o custo
do concentrado ofertado/animal/dia e o custo do concentrado total ofertado/animal seguiram
os mesmo princípios quando calculados para silagem e concentrado.
O custo da pastagem por mês (R$) foi obtido através de levantamento feito na região
para arrendamento, nesse caso foi encontrado o valor de R$ 15,00 animal/mês. Esse preço
multiplicado pelo número de dias do experimento resultou no custo total da pastagem por
animal (R$).
O custo alimentar/animal (R$) resultou do somatório do custo do suplemento total
ofertado/animal com o custo total do pasto/animal.
O custo alimentar/@ produzida (R$) e o custo alimentar/kg de carcaça produzido (R$)
foi calculado pelos mesmos métodos usados para calcular o custo da silagem ou do
concentrado total ofertado/@ produzida ou por kg de carcaça produzido.

25
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As médias do peso vivo inicial para animais confinados foram 351,61 e 344,86 kg para
o tratamento TRAT 85 e TRAT 70, respectivamente. O peso final foi de 441,77 e 444,66 kg, e
o ganho de peso médio diário de 1,04 e 1,16 kg/cabeça/dia para tratamento TRAT 85 e TRAT
70, respectivamente. Os resultados encontrados indicam que não houve diferença estatística
quanto ao ganho de peso, em animais de um mesmo sistema, independente da ração (P>0,05).
As médias do peso vivo inicial para animais semi-confinados foram 328,92 e 331,92
kg para tratamento SCONF 1 e SCONF 2, respectivamente. O peso final foi de 476,46 e
479,43 kg para tratamento SCONF 1 e SCONF 2, respectivamente. O ganho médio diário de
0,868 kg/cabeça/dia foi observado nos dois tratamentos.
Quando os resultados referentes ao desempenho são comparados entre sistemas de
terminação são observadas diferenças significativas quanto ao ganho de peso médio diário. Os
animais terminados confinados apresentaram um ganho de peso superior quando comparado
aos animais semi-confinados. A resposta ao fornecimento da ração total no cocho foi 232 gramas
em média a mais em ganho de peso médio por animal em comparação ao semi-confinamento.

Tabela 6. Valores médios de peso vivo inicial (PVI), peso final (PF), ganho médio diário
(GMD), rendimento de carcaça quente (RCQ) e ganho em arroba (@) de carcaça.
TRAT 85 TRAT 70 SCONF 1 SCONF 2
PVI (kg) 351,61 344,86 328,92 331,92
PF (kg) 441,77 444,66 476,46 479,43
GMD (kg/cabeça/dia)* 1,04 1,16 0,868 0,868
RCQ (%) 57,04 57,26 56,00 56,03
Ganho em @ de carcaça 3,43 3,81 5,51 5,51

O maior ganho em arrobas observado para os animais semi-confinados não é


decorrente do ganho médio diário (GMD), e sim do tempo que os animais permaneceram no
experimento. Os animais semi-confinados no final do período estipulado para o término do
experimento, mês de novembro, não apresentavam peso ideal para abate, necessitando
estender o experimento até final de janeiro.
Os dados referentes ao consumo alimentar dos dois sistemas de terminação podem ser
observados na Tabela 7. Observa-se que os dados são influenciados pela concentração de cada
componente previamente determinado para cada ração.

26
Quando comparada a sobra total da ração ofertada no confinamento, entre os
tratamentos TRAT 85 e TRAT 70, 1.965,22 e 2.694,05 kg respectivamente, foi observado
maior quantidade de sobra da ração que apresentava maior composição de volumoso (TRAT
70). Já no sistema de semi-confinamento, foi observado maior quantidade de sobra no
tratamento onde a oferta de concentrado (%PV) por animal foi ad libitum.

Tabela 7. Consumo total da silagem e do concentrado ofertado, ração total ofertada, ração
total ofertada após adaptação (para sistema confinado), sobra total da ração
ofertada, ração total consumida, consumo em matéria natural/animal/dia.
TRAT 85 TRAT 70 SCONF 1 SCONF 2
Consumo total silagem ofertada (kg) 8.255,91 16.969,15 - -
Consumo total concentrado ofertado (kg) 16.822,80 14.184,06 10.297,10 15.990,64
Ração total ofertada (kg) 25.078,71 31.1153,21 10.297,10 15.990,64
Ração total ofertada após adaptação (kg) 19.289,12 26.737,10 - -
Sobra total ração ofertada (kg) 1.965,22 2.694,05 10,3 464,51
Ração total consumida (kg) 17.323,90 24.043,05 10.286,80 15.526,13
Consumo matéria natural/animal/dia (kg) 14,38 17,42 4,015 5,65

O custo das rações usadas no sistema confinado pode ser analisado na Tabela 8. O
preço da silagem foi igual para os dois tratamentos, pois foram produzidas no mesmo local e
nas mesmas condições. No entanto, o custo do concentrado variou de acordo com a
quantidade (%) de cada ingrediente na sua formulação, proporcionando assim maior preço
para o concentrado do tratamento TRAT 70.
O custo do concentrado total ofertado por animal apresentou uma diferença de R$
15,33 entre os tratamentos (Tabela 8), sendo que o tratamento contendo menor quantidade de
concentrado (TRAT 70) foi o que apresentou o menor custo total, mesmo apresentando preço
superior por kg de concentrado produzido (R$ 0,37) quando comparado ao TRAT 85 (R$
0,32). Pode-se aferir que a utilização de forrageiras conservadas é importante para diminuir os
custos com a alimentação de ruminantes em sistema de confinamento.
Observa-se na Tabela 8 que o custo referente à ração total para produzir 1 kg de
carcaça foi 3,83% inferior para TRAT 70 em relação ao TRAT 85. Essa informação pode ser
considerada de suma importância para que o produtor possa escolher a relação
volumoso:concentrado que proporcionará menor custo de produção e consequentemente
maior rentabilidade da atividade.

27
Tabela 8. Preço da silagem e concentrado ofertada/animal/dia, preço da silagem, preço do
concentrado, custo da silagem e custo do concentrado oferto/animal/dia, custo da
silagem e do concentrado total ofertado/animal, custo da silagem e do concentrado
total ofertado/@ produzida, custo da silagem e do concentrado total ofertado/kg
carcaça produzido.
TRAT 85 TRAT 70
Silagem ofertada/animal/dia (kg) 5,27 10,56
Concentrado ofertado/animal/dia (kg) 10,75 8,82
Preço silagem (R$/kg) 0,085 0,085
Preço concentrado (R$/kg) 0,32 0,37
Custo silagem ofertada/animal/dia (R$) 0,45 0,90
Custo concentrado ofertado/animal/dia (R$) 3,44 3,26
Custo silagem total ofertada/animal (R$) 38,53 77,19
Custo concentrado total ofertado/animal (R$) 295,84 280,51
Custo silagem total ofertada/@ produzida (R$) 11,24 20,26
Custo concentrado total ofertado/@ produzida (R$) 86,29 73,63
Custo silagem total ofertada/kg carcaça produzido (R$) 0,37 0,68
Custo concentrado total ofertado/kg carcaça produzido (RS) 2,88 2,45
Custo da ração fornecida/kg carcaça produzido (R$) 3,25 3,13

Na tabela 9 são apresentados os custos com a alimentação no sistema semi-


confinamento.
O preço do concentrado fornecido para SCONF 1 e SCONF 2 (R$ 0,36/kg) foi igual
para os dois tratamentos, pois a porcentagem dos ingredientes na formulação é a mesma,
sendo que o que diferiu os tratamentos foi a quantidade de concentrado fornecido (% peso
vivo) na matéria seca, sendo para SCONF 1 1,8% e SCONF 2 ad libitum. Esses valores são
responsáveis pela grande diferença no custo do concentrado total ofertado por animal,
SCONF 1 R$ 264,51 e SCONF R$ 372,62. Outro fator a ser considerado foi a grande
quantidade de sobras que ocorreram no tratamento SCONF 2, e conseqüentemente, o custo
alimentar por quilograma de carcaça produzido foi maior para SCONF 2 (R$ 2,85), enquanto
SCONF 1 apresentou custo de R$ 2,19 por quilograma de carcaça produzido.

28
Tabela 9. Preço do concentrado, concentrado ofertado/animal/dia, custo do concentrado
ofertado/animal/dia, custo do concentrado total ofertado/animal, custo da
pastagem/animal/mês, custo total da pastagem/animal, custo ração/animal, custo
ração/@ produzida, custo ração/kg carcaça produzida.
SCONF1 SCONF2
Preço concentrado (R$/kg) 0,36 0,36
Concentrado ofertado/animal/dia (kg) 4,015 5,65
Custo concentrado ofertado/animal/dia (R$) 2,03 1,45
Custo concentrado total ofertado/animal (R$) 264,51 372,62
Custo pastagem/anima/mês (R$) 15,00 15,00
Custo total pastagem/animal (R$) 97,50 97,50
Custo ração/animal(R$) 362,01 470,12
Custo ração/@ produzida (R$) 65,82 85,48
Custo ração/kg carcaça produzida (R$) 2,19 2,85

A tabela 10 demonstra o custo da @ produzida e custo alimentar/kg carcaça produzido


(R$). Observa-se que o custo da arroba produzida para os animais confinados foi R$ 97,53 e
R$ 93,89, para TRAT 85 e TRAT 70, respectivamente. Esses valores representam importante
diferença no custo alimentar por animal e conseqüentemente no custo total com alimentação
do sistema produtivo.
O custo da arroba produzida para os animais semi-confinados foi R$ 87,48 e R$ 65,82
para SCONF 2 e SCONF 1 respectivamente (Tabela 10). A diferença nos valores da arroba
produzida pode ter sido ocasionada pela variação no consumo do concentrado dos
tratamentos, sendo que o tratamento 1,8% apresentou um consumo de MS de 0,91% PV e o
tratamento ad libitum foi de 1,42% PV. Essa diferença encontrada no consumo pré-
estabelecido em relação ao consumo dos animais após o período experimental resultou em
maior quantidade de sobra de ração, conferindo assim um desperdício de alimento e,
consequentemente, um maior custo da arroba produzida. Nas condições do presente estudo,
esses resultados demonstram que a quantidade máxima de concentrado a ser utilizado para a
suplementação de animais em sistema a pasto sem proporcionar desperdício é na ordem de
0,9% do PV, corroborando informações citadas por Paulino (1999) sobre o fornecimento de
concentrados nas quantidades equivalentes de 0,8 a 1,0% do PV para animais em sistema de
semi-confinamento.

29
Ao comparar os dois sistemas de terminação do presente estudo, confinamento e semi-
confinamento, observou-se que o custo da arroba produzida em confinamento foi superior que
a produzida em semi-confinamento. A maior diferença ocorre quando se compara as rações
TRAT 85 e SCONF 1, sendo a segunda R$ 31,71 mais barata que a primeira. Essa mesma
diferença pode ser observada quando comparado o custo alimentar por quilograma de carcaça
produzido.

Tabela 10. Custo da @ produzida (R$), custo alimentar/kg carcaça produzido (R$).
TRAT 85 TRAT 70 SCONF 1 SCONF 2
Custo da ração total fornecida (R$) 334,37 357,70 362,01 470,12
Custo da arroba produzida (R$) 97,53 93,89 65,82 87,48
Custo alimentar/kg carcaça produzido (R$) 3,25 3,13 2,19 2,85

Os ganhos médios diários em kg de PV observado no presente trabalho dos animais


em confinamento apresentaram valores (Tabela 6) abaixo dos encontrados na literatura. Além
disso, o elevado custo da ração total fornecida faz com que o custo da arroba produzida em
relação ao custo alimentar em confinamento seja mais elevado que o observado em outros
trabalhos, por exemplo, Lopes & Magalhães (2003) ao trabalharem com animais da raça
Nelore e cruzados (½ Holandês e ½ zebu) com peso vivo inicial de 357 kg, em confinamento
de 100 dias, recebendo ração constituída de 56% de concentrado e 44% de volumoso,
encontraram um ganho médio 3,57 arrobas por animal, com consumo médio diário de 19,60
kg de volumoso e 6,89 kg de concentrado por animal na matéria natural. O custo total da
ração fornecida para esses animais foi de R$ 256,82 e o custo da arroba produzida levando em
conta apenas o custo alimentar foi de R$ 71,93, valores inferiores que os encontrados no
presente trabalho. Vale ressaltar que os baixos valores de ganho de peso dos animais
experimentais do presente estudo, tanto os do sistema confinado quanto os do semi-
confinamento, pode ter ocorrido por estarem com adequada condição corporal no início do
experimento e, consequentemente, não havendo assim o efeito do ganho compensatório que é
corriqueiramente obtido quando os animais entram na fase de terminação.
Segundo Carvalho et al. (2003), os ganhos em peso adicionais convertidos em R$
(reais) da suplementação para bovinos a pasto, em relação ao tratamento sem suplementação,
variam de R$ 3,44 a 44,39/animal/ período, durante a época da seca. A variação ocorre devido
às diferenças de raças de animais, tempo de suplementação, forrageiras, quantidade e valor
nutricional do suplemento.

30
A escolha do sistema de terminação a ser adotado, além de levar em conta os custos
operacionais tais como: alimentação, mão-de-obra, insumos, dentre outros, deve considerar
que o animal suplementado sairá mais rápido da propriedade, reduzindo o custo de
permanência (diárias) e disponibilizando espaço para a entrada de nova categoria, com
aumento de giro de capital.

31
5. CONCLUSÕES

Nas condições em que o experimento foi conduzido, o sistema de terminação em


confinamento com relação volumoso:concentrado de 30:70 foi economicamente mais viável
do que a utilização de ração contendo 85% de concentrado.

A utilização de concentrado permitindo um consumo em torno de 1% de PV é o mais


indicado para a terminação de bovinos em sistema de semi-confinamento.

A utilização de sistemas de confinamento e/ou semi-confinamento visando à


terminação de bovinos de corte na época seca do ano representam uma tecnologia viável para
aumentar a viabilidade econômica da atividade agropecuária.

32
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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