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ROGERIO TELES TEREZA ALVES

OAB RO 9374 OAB RO 10436


_______________________________________________________________________________________________________
DOUTO JUÍZO DO TRABALHO DA___VARA DO TRABALHO DA COMARCA
DE PORTO VELHO/RO.

ÁTILA FELIPE OLIVEIRA BRASIL, brasileiro, desempregado,


inscrito no CPF sob o n. 004.129..682-66, e portador do RG n. 1045438, SSP/RO,
residente e domiciliado à Rua Jaime P. de Alencar n. 4959, Bairro Nova Esperança,
CEP 78900-000, Porto Velho-RO, representado por seus advogados, abaixo
subscritos, endereço profissional constante nos instrumentos de mandato anexos,
vem à presença de Vossa Excelência, com fulcro nos artigos 840, caput e § 1º, da
Consolidação das Leis do Trabalho, c/c o artigo 319 do Código de Processo Civil,
por força do artigo, 769 da CLT, propor a presente:

RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Em face de SUPERATACADO CENTRONORTE COMÉRCIO DE


ALIMENTOS LTDA, pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ sob
n.09.505.601/0004-73 localizado na Avenida dos Imigrantes n°5186, Bairro Rio
Madeira, CEP: 76.821-302, em Porto velho/RO, pelas razões de fato e de direito
que seguem:

Endereço: Rua Salgado Filho, n. 2996 A, CEP: 76.803- 754 Bairro São João Bosco, Porto Velho/RO
ROGERIO TELES TEREZA ALVES
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I- DA GRATUIDADE DA JUSTIÇA

O Reclamante faz jus ao benefício da Assistência Judiciária Gratuita,


tendo em vista que está DESEMPREGADO, se configura pobre na acepção da
palavra nos termos do artigo 790 § 3º e § 4 º da CLT.

Ademais, a Justiça Gratuita, como Desdobramento da Garantia de


Acesso à Justiça e sua Aplicação do artigo 5º da Constituição Federal, inciso
LXXIV, determina que "o Estado prestará assistência judiciária integral e gratuita
aos que comprovarem insuficiência de recursos”.

Tendo em vista os argumentos jurídicos a seguir apresentados,


interpõe-se a presente Reclamação Trabalhista no intuito de serem satisfeitos todos
os direitos do Reclamante.

Requer o Reclamante, ante o aqui esposado, seja julgado procedente


o pedido de Gratuidade da Justiça, abstendo-o de toda e qualquer despesa advinda
desta lide, nos termos dos artigos supracitados.

II- DOS FATOS


DO CONTRATO DE TRABALHO

O Reclamante informa que iniciou seu pacto laboral em favor da


Reclamada em 06/11/2017 como auxiliar de serviços gerais, até a data de
31/07/2018, com horário das 12h. as 21h20, com intervalo das 14h. as 16h. para
descanso e refeição, que em 10/08/2018 passou a exercer a função de auxiliar de
padeiro, aonde permaneceu até a data de sua demissão por justa causa em
21/10/2019, com horário das 6h30 às 16h. com intervalo das 11h30 às 13h30 para
descanso e refeição percebendo um salário mensal de R$ 1.400,00 ( um mil e
quatrocentos reais).

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O reclamante relata que durante o período que laborou para a
reclamada faltou as suas atividades laborais por 3 (três) vezes, sendo uma falta em
2018, contudo em outubro de 2019 o reclamante faltou duas vezes, porém não
consecutivas.

Relata o reclamante que sofreu uma advertência na primeira falta,


sendo punido com suspensão pela segunda falta.

E ainda medida de punição na terceira falta FOI DEMITIDO POR


JUSTA CAUSA EM 21/10/2019,

Indagando a seus superiores sobre essa demissão que considera


injusta, a Reclamada alegou que os motivos da justa causa seriam suas faltas.

Ainda afirma o reclamante que possui várias marcas de


queimaduras devido o manuseio com o forno, que embora trabalhasse sobre o calor
excessivo não recebia adicional de insalubridade, que a reclamada havia prometido
verbalmente que esse ano o reclamante teria uma mudança em sua classificação
passando a exercer a função de padeiro pois, embora o mesmo já exercesse tal
função ainda não era reconhecido.

Relata o reclamante que foi cobrado na rescisão um vale no valor


de R$ 131.00 (cento e trinta e um reais) mais 2 parcelas no mesmo valor referente
aos descontos de 3 caixas de frango que havia estragado, tendo a reclamada
efetuado tais descontos com o valor do frango assado pronto para consumo.
Assim em data já mencionada o Reclamante foi demitido por justa
causa, sem aviso prévio, sob o motivo de faltas no trabalho tampouco recebeu as
verbas rescisórias nem a documentação necessária para o seguro desemprego.
Diante dessa narrativa, o Reclamante não encontrou alternativa, se
não buscar a tutela judicial, para reverter a injustiça que sofreu.

III - DO DIREITO
DA DESPEDIDA E INEXISTÊNCIA DE JUSTA CAUSA

O reclamante foi demitido segundo a reclamada, por justa causa,


que data vênia, não existiu, vez que não estão presentes no caso a alegada desídia,
bem como quaisquer dos atos faltosos elencados no art. 482, alínea “E” do Estatuto

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Consolidado que possibilitariam a despedida motivada, pois a reclamada tinha
ciência de suas crises de enxaqueca.

Todas as faltas devem estar devidamente configuradas, com


documentos e, principalmente com a ciência do empregado, devendo ser
possibilitada a sua defesa, ademais como afirma o reclamante somente foram
documentadas 2 (duas) de suas faltas.

De outro modo, no caso dos autos, todas as punições foram


aplicadas ao reclamante de forma arbitrária, sem sequer lhe ser possibilitado o
exercício de seu direito de ampla defesa.

Outrossim, para justificar a ruptura do contrato de trabalho pela


motivação alegada, é imprescindível além da prova cabal do cometimento das
faltas, é necessário a comprovação falta grave do reclamante a atualidade da falta
imputada, sob pena de desconstituição da justa causa.

Ora, pois, a conduta da empresa nada mais é que uma tentativa de


se exonerar do pagamento das verbas trabalhistas devidas ao empregado, pois em
momento algum o reclamante cometeu falta grave que justificasse a sua demissão
motivada.

Em momento algum a reclamada logrou êxito em demonstrar a


prática de qualquer infração grave apta a justificar a aplicação da pena máxima da
“justa causa”, a não ser as faltas injustificadas do reclamante.

Portanto, as faltas do reclamante não podem ser consideradas


como motivo relevante para configurar desídia ou ausência de comprometimento
para com o trabalho, capaz de ensejar a aplicação da pena máxima “justa causa”.

Até porque pode-se depreender perfeitamente pelo que dispõe o


artigo 130 da CLT, que as faltas injustificadas NÃO CONFIGURAM JUSTA CAUSA
sendo já penalizadas através do escalonamento para menor do direito às férias,
bem como enseja desconto direto no contracheque.

Logo, não podem ser consideradas como motivo de demissão por


justa causa, a não ser que ultrapassem 30 dias consecutivos ou intercalados, pois
somente neste caso é que se caracterizaria a justa causa ou abandono de
emprego, diferentemente DO CASO VERTENTE.

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Ainda que a possibilidade da despedida por justa causa decorra do
poder disciplinar do empregador que, por sua vez, tem fundamento nos poderes de
mando e gestão a ele inerentes, também há que se impor limite a esse poder, pois
o tratamento do empregado com rigor excessivo é rechaçado pelo ordenamento
jurídico.

Isso porque, a justa causa representa punição extrema ao


empregado que é privado de praticamente todos os direitos resultantes da
dispensa, O empregador deve sinalizar para o empregado, por meio de punições
disciplinares e de forma gradativa, que sua conduta deve ser emendada, o que não
foi observado pela reclamada, que puniu o reclamante da forma mais gravosa
possível.

JUSTA CAUSA. DESÍDIA. A configuração da justa causa por


desídia exige o comportamento reiterado do trabalhador,
caracterizado por repetidas faltas que deixem patente a sua
omissão no exercício de suas atividades para o empregador.
(RO 0103000-65-2009-5-03-0107, TRT 4ª R, 10ª Turma, Rel.
Taísa Maria Macena de Lima, DP.

Assim, inexistindo motivação à mesma, há que se ter a rescisão


como sem justa causa.

Logo, requer desde já a anulação da rescisão por justa causa, nos


termos do artigo 9º da CLT, condenando-se a Reclamada ao pagamento do aviso
prévio, 13º salário proporcional, férias proporcionais acrescidos de um terço
constitucional, adicional de insalubridade e multa de 40% do FGTS incidente sobre
os depósitos havidos bem como liberação dos mesmos e entrega das respectivas
guias, como também as guias do seguro desemprego ou a sua indenização pelos
prejuízos que causou ao Reclamante.

DA NULIDADE DA JUSTA CAUSA

No momento da assinatura do termo de rescisão do contrato de


trabalho, o reclamante foi surpreendido pela demissão por justa causa, embora ter
exercido sua função com zelo durante sua relação empregatícia, e jamais ter
provocado qualquer ato que desabonasse sua pessoa ou atividade laborativa.

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Verdade, a dispensa do Reclamante pela alegação de justo motivo,
foi planejada pela empresa Reclamada com o único propósito de ser ver livre dos
encargos trabalhistas que a dispensa sem justa causa acarretaria, tais como: aviso
prévio, 13º salário e férias proporcionais, multa de 40% sobre o saldo do FGTS,
liberação das guias de seguro desemprego.

Essa atitude arbitrária e ilícita deixou o reclamante totalmente


desamparado financeiramente, primeiro, porque não recebeu integralmente as
verbas rescisórias, segundo, porque lhe obstou de receber o seguro-desemprego,
décimo terceiro, férias proporcional, vedou-lhe de levantar o saldo existente do
FGTS, a fim de amenizar as despesas corriqueiras do ser humano, tais como
alimentação, água, luz, medicamentos.

Ora, pois, o reclamante foi despedido imotivadamente e sem pré-


aviso em 21/11/2016, sem pagamento das verbas rescisórias a que faz jus,
observando-se, destarte, o prazo estabelecido no § 6º do art. 477 da CLT, pelo que
torna-se devida a multa prevista no § 8º do mesmo artigo consolidado.

Faz-se necessária, portanto, a demonstração de forma robusta,


cabal e concludente das causas determinantes da penalidade máxima aplicada
pelo empregador ao trabalhador.

TRT-PR-28-03-2017 EMENTA: RESCISÃO CONTRATUAL.


REVERSÃO DA JUSTA CAUSA. DESÍDIA. A justa causa se
revela pela ação do empregado contrária aos deveres
normais impostos pelas regras de conduta que disciplinam as
obrigações resultantes da relação de emprego. Entretanto, a
ruptura do contrato de trabalho por justo motivo não pode
ocorrer de forma indiscriminada, pois a perda do emprego
pode atingir não apenas a subsistência do empregado, mas,
também, a de sua família e de seus dependentes econômicos.
Comprovado em Juízo que o ato faltoso atribuído ao
empregado não se revela proporcional para aplicação da
dispensa por justa causa por desídia (art. 482, e, da CLT),
impositiva a manutenção da sentença. Recurso ordinário da
primeira reclamada conhecido e não provido... TRT-PR-
39856-2015-013-09-00-7-ACO-10599-2017 - 7A. TURMA.
Relator: ALTINO PEDROZO DOS SANTOS. Publicado no
DEJT em 28-03-2017.

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TRT-PR-21-02-2017 EMENTA. RESCISÃO CONTRATUAL.
FALTA GRAVE. ATO DE IMPROBIDADE. ÔNUS DA PROVA.
A justa causa, apontada como motivo ensejador da rescisão
do contrato de trabalho, por constituir exceção ao princípio da
continuidade da relação de emprego, exige prova robusta, a
cargo do empregador, nos termos do que dispõem os artigos
818 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e 373, inciso
II, do Código de Processo Civil de 2015. Não comprovado em
Juízo os fatos que legitimam a dispensa do empregado pelo
cometimento de falta grave, fundamentada em ato de
improbidade, impositiva a reversão da justa causa e o
reconhecimento de que o contrato foi rescindido por ato
unilateral imotivado do empregador. Recurso ordinário da
reclamada de que se conhece e a que se nega provimento.
TRT-PR-05391-2015-005-09-00-6-ACO-05640-2017 - 7A.
TURMA. Relator: ALTINO PEDROZO DOS SANTOS.
Publicado no DEJT em 21-02-2017.

Outrossim, para justificar a ruptura do contrato de trabalho pela


motivação alegada, é imprescindível além da prova cabal do cometimento de falta
grave, a atualidade da falta imputada, sob pena de desconstituição da justa causa.

Em momento algum o reclamado logrou êxito em demonstrar a


prática de qualquer infração grave apta a justificar a aplicação da pena máxima da
“justa causa”.

Repise-se, houve a aplicação de uma penalidade de advertência


disciplinar e uma suspensão ao reclamante, portanto, as raras faltas do reclamante
no período de um ano, não podem ser consideradas como motivo relevante para
configurar desídia ou ausência de comprometimento do reclamante para com o
trabalho, capaz de ensejar a aplicação da pena máxima “justa causa”.

DAS VERBAS RESCISÓRIAS DECORRENTE DO RECONHECIMENTO


DA DISPENSA IMOTIVADA

Os pagamentos das verbas rescisórias deveriam ser pagos,


contudo isso não aconteceu tamanha ilegalidade, haja vista o disposto no artigo
477 § 4º qual prevê como deve ser efetuado o pagamento dessas verbas, “in
verbis”:

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Art. 477. Na extinção do contrato de trabalho, o empregador
deverá proceder à anotação na Carteira de Trabalho e
Previdência Social, comunicar a dispensa aos órgãos
competentes e realizar o pagamento das verbas rescisórias
no prazo e na forma estabelecidos neste artigo. ”
[...] “§ 4º O pagamento a que fizer jus o empregado será
efetuado: I- em dinheiro, depósito bancário ou cheque visado,
conforme acordem as partes; [...]

Diante disso, uma vez sendo nula ajusta causa o Reclamante, faz
jus ao pagamento de todas as verbas rescisórias quais sejam, férias proporcional
constituído de um terço constitucional,13º salário proporcional, liberação do FGTS
com adicional da multa de 40%, adicional de insalubridade, liberação das guias do
seguro desemprego.

DAS FÉRIAS PROPORCIONAL COM ADICIONAL DE 1/3 CONSTITUCIONAL

O reclamante tem direito a receber as férias proporcionais do ano


incompleto trabalhado, acrescido do terço constitucional, em conformidade com o
art. 146, parágrafo único da CLT e art. 7º, XVII da CF.

O parágrafo único do art. 146 da CLT, prevê o direito do empregado


ao período de férias na proporção de 11/12 por mês trabalhado ou fração superior
a 14 dias acrescidos de 1/3 constitucional.

Sendo assim, como a justiça permite, o reclamante faz jus as férias


proporcionais acrescidas do terço constitucional no valor de R$ 1.866,67(um mil
oitocentos e sessenta e seis reais e sessenta e sete centavos), mais férias sobre o
aviso no valor de 116,67(cento e dezesseis reais e sessenta e sete centavos),
totalizando um montante de R$ 1.983,34 (um mil novecentos e oitenta e três reais
e trinta e quatro centavos.

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DO 13º SALÁRIO PROPORCIONAL

As leis 4090/62 e 4749/65 preceituam que o décimo terceiro salário


será pago até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo ainda certo que a fração
igual ou superior a 15 dias de trabalho será havida como mês integral para efeitos
do cálculo do 13º salário.

O reclamante faz jus a receber o seu 13º salário na proporção de


11/12, haja vista ter sido sua saída datada do mês outubro de 2019, no valor de R$
1.166,67(um mil cento e sessenta e seis reais e sessenta e sete centavos),
acrescidos de 13º sobre aviso no valor de 116,67(cento e dezesseis reais e
sessenta e sete centavos).

DO AVISO PRÉVIO INDENIZADO

Tendo em vista a inexistência de justa causa para a rescisão do


contrato de trabalho, surge para o Reclamante o direito ao Aviso Prévio indenizado,
uma vez que o § 1ºdo art. 487, da CLT, estabelece que, a não concessão de aviso
prévio pelo empregador dá direito ao pagamento dos salários do respectivo
período, integrando-se ao seu tempo de serviço para todos os fins legais.

Como a demissão por justa causa sofrida pelo Reclamante é


NULA, é devido o pagamento do aviso prévio e seu cômputo no tempo de trabalho
para todos os fins de direito.

O art. 487, § 10 da CLT, art. 7º, XXI da Constituição Federal e ainda


a lei 12.506/2011, estabelecessem o dever do empregador de indenizar o
empregado quando aquele deixa de cumprir o aviso prévio, deve a Reclamada ser
condenada ao pagamento do Aviso Prévio e seus reflexos que totaliza a
importância de R$ 1.672,23 (um mil, seiscentos e setenta e dois e vinte e três
centavos).

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DA DESCRIÇÃO DAS VERBAS E VALORES DEVIDOS

Como já demonstrado as verbas rescisórias não foram pagas ao


Reclamante, sendo lhe devidos valores conforme especificado na planilha abaixo:

Data da Admissão: 06.11.2017


Data do Desligamento: 21/10/2019
Motivo do afastamento: Dispensa sem justa causa
Remuneração Percebida: R$ 1.200,00

DESCRIÇÃO VALOR FGTS

Aviso Prévio indenizado: 1.400,00 112,00

- 13º sobre aviso 116,67 9,33

- Férias sobre aviso, acrescido de 1/3 155,56 --

13º salário (01.01.19 a 21.10.19) – 10/12): 1.166,67 93,33

Férias (06.11.18 a 21.10.19) – 12/12): 1.400,00 --

- 1/3 férias ((06.11.18 a 21.10.19) 466,67 --

TOTAL: 4.705,57 214,66

Dessa forma é devido ao Reclamante o valor de R$ 4.705,57


(quatro mil, setecentos e cinco reais, e cinquenta e sete centavos), a título de verbas
rescisórias.

DA MULTA DO ARTIGO 467 DA CLT

Diante da falta de justificativa na conduta do reclamante para que


fosse demitido, o reclamante faz jus ao pagamento da multa do art. 467 da CLT .

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O Total devido ao Reclamante em verbas R$ 4.705,57 (quatro mil,
setecentos e cinco reais, e cinquenta e sete centavos), logo o valor da multa é de
R$ 2.352,78 (dois mil, trezentos e cinquenta e dois reais, e setenta e oito
centavos), caso não sejam as verbas pagas no dia da audiência.

DA MULTA DO ARTIGO 477, § 8º DA CLT.

Afastada a dispensa por justa causa e, por consequência,


reconhecida a dispensa imotivada e deferidas as verbas rescisórias, deverá a
reclamada ser condenada ao pagamento da multa prevista no artigo 477, § 6º e §
8º, da CLT em que se dispõe.

§ 6º A entrega ao empregado de documentos que comprovem


a comunicação da extinção contratual aos órgãos
competentes bem como o pagamento dos valores constantes
do instrumento de rescisão ou recibo de quitação deverão ser
efetuados até dez dias contados a partir do término do
contrato.

§ 8º - A inobservância do disposto no § 6º deste artigo


sujeitará o infrator à multa de 160 BTN, por trabalhador, bem
assim ao pagamento da multa a favor do empregado, em valor
equivalente ao seu salário, devidamente corrigido pelo índice
de variação do BTN, salvo quando, comprovadamente, o
trabalhador der causa à mora.

Nesse tocante, como perfeitamente relatado pela Excelentíssima


Desembargadora VIVIANE COLUCCI, em:

Acórdão proferido no RO 00153-2011-015-12-00-1-22, em


que foi acompanhada a unanimidade, tem-se que:
A multa prevista no § 8º do art. 477 da CLT é passível de
aplicação nas hipóteses de reconhecimento judicial do vínculo

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de emprego. A não aplicação da penalidade, além de premiar
o empregador que não procede à formalização da contratação
de seus empregados, é destituída de justificativa de ordem
legal.

Ainda nesse sentido decidiu eis um julgado do TST:

AGRAVO DE INSTRUMENTO – MULTA DO ART. 477, §8º,


DA CLT – REVERSÃO JUDICIAL DA DISPENSA POR
JUSTA CAUSA – A multa prevista no artigo 477, § 8º, da CLT
é devida ainda que as verbas rescisórias sejam deferidas em
juízo. Precedentes. Agravo de Instrumento a que se nega
provimento.” (TST – AIRR 440-21.2012.5.15.0070. Rel. Min.
João Pedro Silvestrin – DJe 05.11.2013 – p. 407).

Afastada a dispensa por justa causa e, por consequência,


reconhecida a dispensa imotivada e deferidas as verbas rescisórias, deverá a
reclamada ser condenada ao pagamento da multa prevista no artigo 477, § 8º, da
CLT, Visto que o prazo para pagamento das verbas rescisórias previsto do artigo
477 § 6º, da CLT, não foi observado, condenando a Reclamada ao pagamento da
multa em valores equivalentes ao salário do reclamante, com os acréscimos legais
no valor de R$ 1.400,00(um mil e quatrocentos reais).

DO FGTS + MULTA DE 40%

Diz o art. 15 da lei 8036/90 que todo empregador deverá depositar


até o dia 7 de cada mês na conta vinculada do empregado a importância
correspondente a 8% de sua remuneração devida no mês anterior.

Consoante o Extrato do FGTS, encontra-se retido na Caixa


Econômica Federal a importância de R$ 2.469.98 (dois mil, quatrocentos e
sessenta e nove, e noventa e oito reais).

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No entanto, conforme os cálculos realizados, o valor correto do
FGTS a ser depositado pelo empregador é de R$ 2.557,33 (dois mil, quinhentos e
cinquenta e sete reais e trinta e três centavos).

Considerando a conversão de dispensa por justa causa em


dispensa sem motivo justo, deve a Reclamada der condenada a complementar
esse valor, e liberar os depósitos correspondentes todo o período da relação de
emprego desde seu início até o final, acrescido da multa de 40% sobre o valor total
depositado a título de FGTS, de acordo com § 1º do art. 18 da lei 8036/90 c/c
art. 7º, I, CF/88.

Dessa forma, a reclamada faz jus, além do valor depositado (R$


2.469.98 (dois mil, quatrocentos e sessenta e nove, e noventa e oito reais), a
importância de R$ 1.511,81 (um mil, quinhentos e onze reais, e oitenta e um
centavo), conforme descrição abaixo:

DESCRIÇÃO VALOR

DIFERENÇA DE FGTS não depositado: 87,34

MULTA DE 40%: 1.108,80

FGTS s/ Verbas: 214,67

Total: 1.511,81

DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Durante todo o período em que perdurou o contrato de trabalho, o


Reclamante trabalhou na função de auxiliar de padeiro, estando o tempo em
exposição ao calor excessivo do forno, desse modo o Reclamante manteve contato
permanente com determinados agentes insalubres previstos na NR 15, jamais
tendo recebido o adicional correspondente, restando, assim, violados os artigos
189, 192 e 200 da CLT, bem como os incisos XXII e XXIII do art. 7º da Constituição.

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Art. 189 - Serão consideradas atividades ou operações
insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou
métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes
nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em
razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de
exposição aos seus efeitos

Segundo se depreende da exegese do art. 189 da CLT, são


atividades insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de
trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos acima dos limites de
tolerância fixados pela Norma Regulamentadora nº 15.
Logo, o reclamante se enquadra no dispositivo legal supracitado,
ainda complementando esse artigo, o mesmo diploma estabelece em seguida:

Art. 190 da CLT. O Ministério do Trabalho aprovará o quadro


das atividades e operações insalubres e adotará normas
sobre os critérios de caracterização da insalubridade, os
limites de tolerância aos agentes agressivos, meios de
proteção e o tempo máximo de exposição do empregado a
esses agentes.

Art. 192 da CLT. O exercício de trabalho em condições


insalubres, acima dos limites de tolerância estabelecidos
pelo Ministério do Trabalho, assegura a percepção de
adicional respectivamente de 40% (quarenta por cento), 20%
(vinte por cento) e 10% (dez por cento) do salário-mínimo da
região, segundo se classifiquem nos graus máximo, médio e
mínimo.

Para a caracterização do adicional de insalubridade, inclusive, não


é necessária a atuação permanente e ininterrupta durante o labor, configurando-se
ainda que seja intermitente, de acordo com a Súmula 47 do TST.

Súmula 47 TST: O trabalho executado em condições


insalubres, em caráter intermitente, não afasta, só por
essa circunstância, o direito à percepção do respectivo
adicional.

Mesmo o fornecimento de apenas alguns equipamentos, entregues


de forma esparsa, não afasta o direito ao adicional pleiteado, da Súmula n. 289 do TST.

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Súmula n. 289 do TST: O simples fornecimento do aparelho
de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do
adicional de insalubridade. Cabe-lhe tomar as medidas que
conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, entre as
quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo
empregado.

Por fim, requer desde já a condenação da reclamada ao


pagamento de adicional de insalubridade por todo período em que o reclamante
laborou para a reclamada no grau máximo de 40% (quarenta por cento), sobre o
salário mínimo no valor de R$ 9.181,60 (nove mil cento e oitenta e um reais e
sessenta centavos).

DO SEGURO DESEMPREGO

A não entrega das respectivas guias do seguro desemprego foi


motivada pelo ato unilateral da reclamada.

Uma vez descaracterizada a justa causa, são devidas ao


reclamante tais guias e em sendo isto impossível, o correspondente pagamento de
indenização do respectivo valor de cada parcela pelo montante do conjunto
remuneratório devido inclusive face os pleitos da presente no valor de R$
5.600,00(cinco mil e seiscentos reais), conforme o item II da Súmula 389 do TST.

DO DANO MORAL E DA OBRIGAÇÃO DE INDENIZAR

O Reclamante foi demitido, arbitrariamente pela Reclamada, por


justa causa, com a justificativa de faltas consecutivas.

Ocorre que a demissão ilegal cometida pela Reclamada causou, e


ainda causa, imenso prejuízo e constrangimento ao Reclamante, que teve sua
honra ofendida, objetiva e subjetivamente.

Com efeito, o artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal,


assegura o pagamento de indenização a todo aquele que vier sofrer agressão ou

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violência em seus valores morais, devendo a indenização ser prestada pelo
causador da lesão.

Art. 5º - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de


qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e
estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à
vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
[...]
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento
desumano ou degradante [...]
[...]
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao
agravo, além da indenização por dano material, moral ou à
imagem;
[...]
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação.

Outrossim, dispõe a Constituição Federal/88, que a ordem social


tem como base o primado do trabalho, e como objetivo o bem-estar e a justiça
social.
O dito popular “o trabalho dignifica o homem”, demonstra o valor
social do reconhecimento profissional, e como ele fica a margem da sociedade em
tendo negada esta tutela.
A Reclamada, ao aplicar ao Reclamante, a pena máxima
permitida na legislação trabalhista, qual seja, a demissão por justa causa, ofendeu
o trabalhador, violando os seus sentimentos íntimos e profundos, fato que irá
marcar sua personalidade para o resto de sua vida, inclusive, causando-lhe
prejuízos irreparáveis no tocante à recolocação no mercado de trabalho, em face
da marca negativa em seu currículo profissional.

É indubitável que a demissão de forma arbitrária do trabalhador,


indevidamente por justa causa, gerou profundas sensações negativas no
Reclamante, tais como: constrangimento, vexame, desgosto, angústia bem como
causou ofensa à sua personalidade e à sua dignidade do Reclamante, maculando
sua honra objetiva e subjetiva.

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Há que se destacar que as decisões judiciais reconhecem a lesão
pretérita de direitos, moldando as relações de trabalho, tanto as novas como
aquelas em curso, por intermédio da consolidação da jurisprudência, em respeito
ao princípio da dignidade da pessoa humana, um dos fundamentos da República,
insculpido no art. 1º da Constituição Federal.

Nessa esteira, a Justiça do Trabalho vem condenando


reiteradamente os atos discriminatórios, independentemente de regulamentação
jurídica expressa, apenas com fulcro nos princípios maiores insculpidos nos artigos
1º, inciso III, 3º, inciso IV e 5º, inciso XLI e § 1º, 7º, incisos VI e XXX, todos da
Constituição Federal.

Finalmente, conforme lição de Sandra Negri Cogo:

A dignidade é uma qualidade inerente à essência do ser


humano e para o ordenamento se apresenta como um bem
jurídico absoluto, inclinável, irrenunciável, inegociável. Bem
Jurídico que pertence a todos indistintamente, guardado e
conservado para todos, oponível contra todos os seus
agressores. Um bem indisponível, consequentemente, um
bem fora do comércio.

A Reclamada justificou a rescisão motivada utilizando argumento


vazio e desprovido de comprovação, submetendo o Reclamante ao
constrangimento de ter sido dispensado por justa causa, afetando negativamente a
honra e a personalidade do Reclamante.

Dessa forma, encontram-se presentes os requisitos da


responsabilidade civil, previstos no artigo 186 do CC, quais sejam: culpa, dano e
nexo.

Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária,


negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a
outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.

O dano, por sua vez, está configurado no constrangimento sofrido


pelo Reclamante uma vez que a conduta da Reclamada é a causa do mencionado

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constrangimento sofrido pelo Reclamante, desta forma, também resta demonstrado
o nexo causal.

Destaca-se, ainda, que a atitude da Reclamada não pode ser


amparada no poder diretivo e fiscalizador do empregador, tendo em vista que o
poder de direção patronal encontra limites constitucionais, in casu, o artigo 5º, X,
CF, que sustenta a inviolabilidade da intimidade, da honra e da imagem das
pessoas, sendo-lhes assegurado o direito a indenização pelo dano material ou
moral decorrente de sua violação.

Tal situação enseja a reparação por dano moral conforme


preceitua a legislação e farta jurisprudência.

O Código Civil (CC) em seu art. 932, inciso III, dispõe que o
empregador também é responsável pela reparação civil, por seus empregados,
quando no exercício do trabalho que lhes competir ou em razão dele. E além dele
o art. 927 desse Código determina:

8
Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar
dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano,
independentemente de culpa, nos casos especificados em lei,
ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor
do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de
outrem

Diante da comprovação da responsabilidade civil da Reclamada,


requer a sua, requer a condenação da Reclamada ao pagamento de dano moral, no
valor a ser arbitrado pelo Juízo, consoante o disposto no art. 223-G, §1º, inciso III da
CLT considerando ofensa de natureza grave.
Assim considerando tal ofensa de natureza grave requer, a
condenação da reclamada ao valor de R$ 28.000,00(vinte e oito mil reais).

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DOS HONORÁRIOS SUCUMBENCIAIS

A teor do que estabelece o artigo 791-A da CLT, que trata dos


honorários de sucumbência, dispõe.

"Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria,


serão devidos honorários de sucumbência, fixados entre o
mínimo de 5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze
por cento) sobre o valor que resultar da liquidação da
sentença, do proveito econômico obtido ou, não sendo
possível mensurá-lo, sobre o valor atualizado da causa.”

Assim, diante do exposto no artigo 791-A da CLT, requer o


pagamento de 15% de honorários advocatícios sucumbenciais de 15% do valor da
condenação, ao advogado parte autora no valor de R$ 8.283,26 (oito mil,
duzentos e oitenta e três reais, e vinte seis centavos).

IV - DOS PEDIDOS

Ante todo o exposto, o Reclamante vem perante Vossa


Excelência, requer o que segue:

1.A concessão do benefício da assistência judiciária gratuita nos termos do art. 5º,
Inciso LXXIV da CF, e nos termos do art. 4º da lei nº 1.060/50 e 7.510/86, por ser
pobre no sentido da lei, não podendo dispor de recursos para demandar sem
prejuízo do sustento próprio e da família;

2. A reversão da dispensa por justa causa em dispensa sem justa causa e a


condenação da reclamada ao pagamento das verbas rescisórias, tais como, Férias
proporcional com 1/3 constitucional, 13º salário proporcional, e demais verbas
rescisórias, conforme especificado na planilha a seguir, que totalizam a importância
de R$ 4.705,57 (quatro mil, setecentos e cinco reais, e cinquenta e sete centavos);

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DESCRIÇÃO VALOR

Aviso Prévio indenizado: 1.400,00

- 13º sobre aviso 116,67

- Férias sobre aviso, acrescido de 1/3 155,56

13º salário (01.01.19 a 21.10.19) – 10/12): 1.166,67

Férias (06.11.18 a 21.10.19) – 12/12): 1.400,00

- 1/3 férias ((06.11.18 a 21.10.19) 466,67

TOTAL: 4.705,57

3. A anotação da data de saída na CTPS do reclamante, considerando o aviso-


prévio indenizado e constar a data de sua saída, qual seja dia 21/11 /2019;

4. A condenação do Reclamado ao pagamento das multas previstas no art. 467 da


CLT, no importe R$ 2.352,78 (dois mil, trezentos e cinquenta e dois reais), e
setenta e oito centavos), caso não sejam as verbas pagas no dia da audiência, e
do art. 477, § 8º da CLT, na importância de R$ 1.400,00(um mil e quatrocentos
reais);

5. A condenação da Reclamada a liberação das guias do FGTS para recebimento


da importância de R$ 2.469.98 (dois mil, quatrocentos e sessenta e nove, e
noventa e oito reais), valor disponível na Caixa Econômica Federal;

6. A condenação da Reclamada na complementação do valor devido do FGTS,


bem como ao pagamento da multa dos 40% ante a reversão da justa causa, na
importância de R$ 1.511,81 (um mil, quinhentos e onze reais, e oitenta e um
centavo), conforme descrição abaixo:

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DESCRIÇÃO VALOR

DIFERENÇA DE FGTS não depositado 87,34

MULTA DE 40% 1.108,80

FGTS s/ Verbas: 214,67

Total: 1.511,81

7. a condenação da reclamada ao pagamento de adicional de insalubridade por


todo período em que o reclamante laborou para a reclamada no grau máximo de
40% (quarenta por cento), sobre o salário mínimo no valor de R$ 9.181,60 (nove
mil cento e oitenta e um reais e sessenta centavos);

8. A liberação das guias para o ingresso ao Seguro desemprego, e no caso do não


fornecimento, que seja a Reclamada condenada ao pagamento de indenização
no valor de R$ 5.600,00 (cinco mil e seiscentos reais), conforme o item II da
Súmula 389 do TST;

9. A condenação do Reclamado ao pagamento de indenização por danos morais


de valor a ser arbitrado pelo Juízo, consoante o disposto no art. 223-G, §1º, inciso
I da CLT no valor de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais).

10. A condenação do Reclamado ao pagamento de honorários de sucumbência


desde já requeridos em 15% do valor da condenação no valor de R$ 8.283,26 (oito
mil, duzentos e oitenta e três reais, e vinte seis centavos).

V - REQUERIMENTOS FINAIS

Em conformidade com o artigo 837 e demais aplicáveis ao caso, da


CLT, o recebimento da presente Reclamação Trabalhista para determinar
notificação da reclamada para que no dia e hora marcada compareça a audiência

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de conciliação e julgamento e querendo, apresente Resposta à presente sob pena
de revelia.

A produção de todas as provas em direito admitidas, em especial o


depoimento pessoal do representante legal da reclamada, a oitiva de testemunhas,
prova pericial, e juntada de novos documentos.

A procedência TOTAL dos pedidos formulados, com a condenação


da reclamada ao pagamento de todas as verbas postuladas, acrescidas de juros e
correção monetária, bem como de honorários sucumbenciais.

Dá se o valor da causa o valor de R$ 55.221,74 (cinquenta e cinco


mil, duzentos e vinte um reais, e setenta e quatro centavos), para que se cumpra
as formalidades legais.

Nesses Termos,
Pede Deferimento.

Porto Velho/RO 05 de dezembro de 2019.

TEREZA ALVES DE OLIVEIRA


Advogada - OAB RO 10436
(Assinado Digitalmente)

ROGERIO TELES DA SILVA


Advogado - OAB RO 9374

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