Brasília-DF.
Elaboração
Produção
APRESENTAÇÃO.................................................................................................................................. 4
INTRODUÇÃO.................................................................................................................................... 7
UNIDADE I
ELETROTERAPIA....................................................................................................................................... 9
CAPÍTULO 1
INTRODUÇÃO À ELETROTERAPIA................................................................................................ 9
CAPÍTULO 2
ELETROTERAPIA BÁSICA FACIAL E CORPORAL........................................................................... 12
UNIDADE II
ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL...................................................................................................... 27
CAPÍTULO 1
ELETROLIPÓLISE....................................................................................................................... 27
CAPÍTULO 2
PRESSOTERAPIA....................................................................................................................... 36
UNIDADE III
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL................................................................................. 44
CAPÍTULO 1
CARBOXITERAPIA.................................................................................................................... 44
CAPÍTULO 2
RADIOFREQUÊNCIA................................................................................................................ 63
CAPÍTULO 3
ELETROTERAPIA AVANÇADA CORPORAL.................................................................................. 74
REFERÊNCIAS................................................................................................................................... 91
Apresentação
Caro aluno
Conselho Editorial
4
Organização do Caderno
de Estudos e Pesquisa
A seguir, uma breve descrição dos ícones utilizados na organização dos Cadernos de
Estudos e Pesquisa.
Provocação
Textos que buscam instigar o aluno a refletir sobre determinado assunto antes
mesmo de iniciar sua leitura ou após algum trecho pertinente para o autor
conteudista.
Para refletir
Questões inseridas no decorrer do estudo a fim de que o aluno faça uma pausa e reflita
sobre o conteúdo estudado ou temas que o ajudem em seu raciocínio. É importante
que ele verifique seus conhecimentos, suas experiências e seus sentimentos. As
reflexões são o ponto de partida para a construção de suas conclusões.
Atenção
5
Saiba mais
Sintetizando
Exercício de fixação
Atividades que buscam reforçar a assimilação e fixação dos períodos que o autor/
conteudista achar mais relevante em relação a aprendizagem de seu módulo (não
há registro de menção).
Avaliação Final
6
Introdução
O presente caderno tem como objetivo enriquecer seus conhecimentos relativos aos
tratamentos estéticos e aos recursos aplicados ao tratamento.
O cuidado com a beleza tem gerado um grande impacto na área da estética, pois
um dos principais fatores é o cuidado excessivo com o corpo, que, por sua vez,
estabelece uma complexa interação do indivíduo na busca do corpo perfeito.
A partir dos novos conhecimentos a respeito da interação de uma equipe
multidisciplinar, as condutas estéticas poderão ser cada vez mais personalizadas
e, por isso, mais eficazes.
7
Objetivos
»» Conhecer e aplicar os equipamentos estéticos relacionados às patologias
indicadas.
8
ELETROTERAPIA UNIDADE I
CAPÍTULO 1
Introdução à eletroterapia
Quando um profissional da área da estética recebe um cliente pela primeira vez, existem
vários procedimentos a serem seguidos: realizar uma anamnese; definir o diagnóstico;
realizar a avaliação do diagnóstico e, por último, elaborar um programa de tratamento
personalizado. Para isso, é necessário um vasto conhecimento dos equipamentos de
estética. O profissional da área deverá saber responder as seguintes perguntas sobre
cada equipamento, para que ele saiba escolher o melhor recurso a ser aplicado no seu
cliente.
9
UNIDADE I │ELETROTERAPIA
Irradiação é qualquer energia que se propaga pelo espaço. Exemplos: som e luz.
Desincruste
Nesta função, ocorre uma fonte de tensão contínua e constante, que circula entre dois
eletrodos condutores, permitindo a penetração “muito superficial” de substâncias
iônicas encontradas em produtos cosméticos (soluções desincrustantes) (SILVA, 1988).
Nas literaturas antigas, a técnica de desincruste era aplicada numa única fase, sendo a
sua aplicação realizada com o aparelho na mesma polaridade do produto. Esta técnica
de aplicação não era eficaz, o que a fez cair em desuso.
Nas últimas décadas, a técnica começou a ser aplicada em duas fases, sendo a primeira
fase denominada de saponificação. Nesta fase, o aparelho deve estar na mesma
polaridade do produto que é denominado de loção desincrustante. Aplicar o aparelho
de desincruste, revestido com algodão embebido na loção. Sua aplicação deverá ser de
cinco minutos.
A segunda fase foi denominada de fase da retirada e deve ser aplicada logo após a
primeira, sem que haja intervalo entre elas, utilizando-se do algodão embebido em
água, com o aparelho na polaridade contrária da primeira fase, durante três minutos.
11
CAPÍTULO 2
Eletroterapia básica facial e corporal
Alta frequência
O equipamento de alta frequência utilizado na estética nada mais é do que um
equipamento capaz de produzir faiscamento.
Toda faísca elétrica transporta energia elétrica, que será absorvida pela pele. O tecido
transforma essa energia em calor, elevando a temperatura da pele. Portanto, a alta
frequência produz efeito térmico.
Para se obter um grande efeito térmico, o faiscamento deve transportar altas doses de
energia elétrica, o que não ocorre na prática, uma vez que o faiscamento transportando
altas doses de energia elétrica produziria um incômodo insuportável para o cliente.
Por isso, o efeito térmico é, em geral, discreto. Esse efeito térmico produzido pelos
equipamentos de alta frequência não é evidente nos equipamentos de alta frequência
da estética, e ele só deixaria de ser discreto se o extremo do eletrodo fosse pontiagudo,
concentrando toda a energia num único ponto da pele. Esse tipo de eletrodo pontiagudo
é chamado cauterizador e, nesse caso, temos um grande efeito térmico, no qual é
necessário que haja cuidado para que não ocorra queimadura na pele do cliente.
Existem três tipos de aplicação por meio do equipamento de alta frequência: a fluxação,
a aplicação direta ou a aplicação indireta. A aplicação chamada fluxação ocorre por
meio do deslizamento do eletrodo sobre a pele limpa e íntegra; na aplicação direta, o
eletrodo é encostado na pele e segue afastado por várias vezes; e na aplicação indireta,
o cliente segura com uma mão o eletrodo de vidro, chamado saturador, e com a outra
mão segura a bobina de alta frequência, enquanto o profissional aplica sobre a pele do
cliente uma loção tônica sem álcool e realiza pinçamentos na pele.
12
ELETROTERAPIA│ UNIDADE I
a ligação covalente das moléculas de oxigênio (O2), liberando seus átomos. Esses
átomos tentarão se recombinar para voltar a compor estruturas moleculares e essa
recombinação não pode ser feita na forma O2, uma vez que o faiscamento não permite,
restando, então, apenas uma alternativa: eles se recombinarem na forma O3 (ozônio).
Dizemos, então, que por meio do equipamento de alta frequência produzimos um efeito
químico, transformando moléculas de oxigênio (O2) em moléculas de ozônio (O3).
O efeito químico produz o ozônio que possui três propriedades: bactericida, germicida
e fungicida.
Podemos, então, utilizar esse ozônio para promover a assepsia tópica do tecido.
Essa assepsia só ocorrerá se o ozônio atingir o tecido e, para que isso aconteça,
não poderá existir nenhuma oclusão sobre a pele, uma vez que a molécula de
ozônio é instável. Para se aplicar o equipamento de alta frequência, a pele deverá
estar limpa e sem nenhum produto, ou seja, íntegra. Ainda não existe nenhuma
padronização quanto ao tempo de aplicação. Em média utiliza-se de 5 a 10 min
de aplicação em cada área.
»» após a depilação;
»» terapias capilares;
13
UNIDADE I │ELETROTERAPIA
»» manicure;
»» podologia;
»» foliculite;
»» tratamentos de acne;
»» pós-operatório;
»» queimaduras;
»» úlceras;
As contraindicações são:
»» febre;
»» gravidez;
»» cardiopatias/disritmias;
»» epilepsia;
»» câncer.
Iontoforese
Consiste na introdução de substâncias medicamentosas através da corrente galvânica.
É conhecida como penetração transdérmica de princípios ativos, ou seja, introdução de
princípios ativos através da pele.
14
ELETROTERAPIA│ UNIDADE I
Neste recurso, uma fonte de corrente gera uma corrente contínua, constante e de
baixa intensidade (corrente galvânica), que circula entre dois eletrodos condutores,
transmitindo calor ao tecido dérmico e permitindo a permeação de substâncias iônicas
encontradas em produtos cosméticos (SILVA, 1988).
Experimento de LeDuc
LeDuc utilizou dois coelhos unidos entre si por eletrodos embebidos com água para
fechar o circuito, em um dos coelhos aplicou o ânodo (+) e no outro coelho o cátodo
(-). No ânodo, adicionou a estricnina (+) e ao cátodo adicionou o cianureto (-) e em
seguida aplicou a corrente galvânica. Em poucos minutos, os dois coelhos morreram
com sintomas característicos de envenenamento: um, por estricnina, e o outro, por
cianureto. Isso significa que as substâncias foram introduzidas dentro dos coelhos.
Posteriormente, a experiência foi repetida com mais dois coelhos unidos entre si por
eletrodos embebidos com água para fechar o circuito, tendo aplicado, em um dos
coelhos, o ânodo (+) e no outro, o cátado (-). Desta vez, no coelho com o ânodo foi
aplicado o cianureto e no coelho com o cátodo (-) foi aplicado a estricnina. Neste caso,
nenhum dos coelhos morreu e foi detectado que as substâncias permaneceram nos
eletrodos.
Com esse experimento de LeDuc, pode-se observar que polos iguais se repelem e que
polaridades contrárias se atraem.
Portanto, a polaridade do polo ativo varia de acordo com o produto empregado, sendo
sempre a mesma polaridade dos íons que se pretende introduzir. E a polaridade do polo
passivo é sempre a polaridade contrária a do polo ativo.
15
UNIDADE I │ELETROTERAPIA
A via mais fácil de permeação dos íons medicamentosos na pele são os orifícios
glandulares sudoríparos, uma vez que a epiderme é uma barreira pouco permeável
para sua introdução. Alguns fatores podem influenciar no mecanismo de transporte
das drogas por meio da iontoforese, sendo eles: o comportamento dos íons do soluto
em solução incluindo a condutividade; a resistência do transporte do íon através da
pele; a composição do veículo utilizado (AGNES, 2013).
Figura 5.
»» aplicação indolor;
»» efeito localizado;
16
ELETROTERAPIA│ UNIDADE I
»» hidratação;
»» nutrição;
»» acne;
»» rejuvenescimento;
»» discromia;
»» estrias;
»» celulite;
»» lipodistrofia;
»» flacidez dérmica.
As contraindicações são:
»» cicatrizes recentes;
»» próteses metálicas;
17
UNIDADE I │ELETROTERAPIA
»» gravidez;
»» cardiopatias / disritmias;
»» epilepsia;
»» câncer;
»» afecções dermatológicas;
»» processos inflamatórios;
»» febre;
»» alteração de sensibilidade.
Microcorrente
Na literatura especializada, encontramos diferentes e contraditórios conceitos sobre as
microcorrentes. A denominação MENS para as microcorrentes é imprópria, já que, pela
baixa intensidade que produzem, são incapazes de estimular as inervações sensoriais e
motoras. Wood, em 1992, relata que “a aplicação de microcorrentes não produz ativação
de fibras nervosas sensoriais cutâneas e não ocorre percepção de sensibilidade durante
a estimulação” (LACRIMANTI, 2008).
A maioria dos equipamentos de microcorrente possui vários tipos de ondas, sendo elas:
onda leve ou Gentle; onda moderada ou Mild; onda forte ou Sharp; onda vibratória ou
Pulse.
18
ELETROTERAPIA│ UNIDADE I
Agnes (2009) relata que, pelas propriedades físicas e biológicas das microcorrentes,
podemos afirmar que essas correntes praticamente não apresentam contraindicações,
podendo ser utilizadas em diferentes pacientes, bem como em tecidos com alterações
morfológicas e sensoriais. Assim, a microcorrente é indicada por suas diversas razões:
maior compatibilidade biológica com efeitos de cura a nível subumbral; neutraliza
com mais eficiência a polaridade oscilante das células lesadas; correntes menores que
600μA aumentam disponibilidade de ATP; aumenta a permeabilidade celular; aumenta
a capacidade local de síntese de proteínas e permite maior movimento de moléculas
(difusão).
»» no processo inflamatório;
»» na recuperação de queimadura.
Figura 7. Eletrotermofototerapia.
19
UNIDADE I │ELETROTERAPIA
»» na flacidez dérmica;
»» no rejuvenescimento;
As contraindicações são:
Endermologia
Em torno do ano de 1990, as clínicas de estética introduziram no Brasil equipamentos
com bombas eletromecânicas que produziam sistema a vácuo.
20
ELETROTERAPIA│ UNIDADE I
21
UNIDADE I │ELETROTERAPIA
Nos tratamentos faciais, a vacuoterapia é indicada nos casos de acne, sequelas de acne,
envelhecimento cutâneo, pré e pós-operatório de cirurgia plástica, dermotonificação
facial, drenagem linfática condutiva e auxilia na extração de comedões.
Para a aplicação da dermotonia facial, a pressão máxima utilizada deverá ser 80mmHg.
22
ELETROTERAPIA│ UNIDADE I
O nível de vácuo é muito importante, pois o tratamento não deve ser doloroso, de
forma geral, as sessões iniciais devem ser feitas com um nível baixo de sucção, que
deve ser aumentado gradativamente à medida que o paciente vai se acostumando
com a intensidade do vácuo. Nos casos de pacientes em que a tolerância ao sistema de
vácuo terapia é menor, é preferível manter um nível mais baixo de sucção e prolongar o
número de sessões. Além disso, durante o tratamento de vácuo terapia, é preciso haver
contração da musculatura- contração isométrica, na área a ser tratada por pelo menos
40 segundos, essa pode ser introduzida a partir da 2a ou 3a sessão, isso ajuda os pacientes
que tem maior sensibilidade ao aparelho a suportar um nível mais elevado do vácuo. E
por fim, os tipos de aplicadores, os aplicadores maiores são utilizados no abdome, coxas,
flancos, nádegas e dorso. Já os menores, que em geral apresentam algumas variações
quanto à forma são destinados a áreas como panturrilha, parte superior das costas,
ombros, braços e parte interna do joelho. Os aplicadores não devem ser aplicados em
áreas como: pescoço, mamilo, aréola da mama.
23
UNIDADE I │ELETROTERAPIA
24
ELETROTERAPIA│ UNIDADE I
Corrente russa
A corrente “Russa” é uma corrente excitomotora de média frequência utilizada para o
fortalecimento muscular e foi aplicada pela primeira vez pelo fisiologista russo YadovKots.
Os benefícios da eletroestimulação por corrente russa são: ativar de 30% a 40% a mais
de unidades motoras; gerar uma troca específica da frequência da modulação; modificar
potencialmente a composição da fibra muscular; e, num curto prazo, desenvolver uma
excelente força muscular.
Média frequência
É toda corrente pulsada e intervalada, acima de 1000Hz de frequência, capaz de gerar
contração muscular. Sua atuação é mais confortável e atinge planos mais profundos da
musculatura, por permitir atuar com intensidades maiores.
A colocação dos eletrodos deve ser de acordo com o sentido da fibra muscular. Para o
profissional estar apto a operar este equipamento, é necessário um curso prático, pois
é necessário conhecer origem, inserção e ponto motor de cada musculatura, para não
gerar lesões nas fibras musculares. Segue a seguir algumas colocações de placa.
25
UNIDADE I │ELETROTERAPIA
»» tratamentos faciais;
»» pós-emagrecimento;
»» pré e pós-lipoaspiração;
»» pós- parto;
»» reeducação postural;
26
ELETROTERAPIA UNIDADE II
BÁSICA CORPORAL
CAPÍTULO 1
Eletrolipólise
Estas duas denominações não podem ser confundidas com a eletroforese, que é uma
forma de utilização da corrente galvânica sem a adição de princípios ativos e que se
constitui em um mecanismo e ação complementar aos tratamentos estéticos.
A célula e a eletroterapia
A célula é um elemento vivo que possui a capacidade de reagir aos estímulos elétricos,
da mesma forma que reage a estímulos de natureza hormonal, térmica, mecânicas e
fotoquímicas. A diferença básica é que as células usam átomos carregados, ou seja,
íons, para o movimento das cargas. Quando falamos da eletricidade em circuitos não
humanos, temos a movimentação de elétrons.
eletrodos provoca, no local da aplicação, uma série de modificações fisiológicas que são
responsáveis pelo fenômeno da eletrolipólise.
Efeitos fisiológicos
Efeito joule
O efeito joule ocorre quando a corrente elétrica, ao circular por um condutor, realiza
um trabalho que produz calor ao atravessar esse mesmo condutor. O aumento de
temperatura que é produzida na eletrolipoforese não atinge os tecidos orgânicos, visto
que se trata de uma corrente com uma intensidade muito pequena, porém suficiente
para contribuir para a instalação de uma vasodilatação com aumento de fluxo sanguíneo
local. Desta forma, é estimulado o metabolismo celular local, facilitando a queima de
calorias e melhorando o trofismo celular.
Efeito eletrolítico
Em condições normais, a membrana celular é semipermeável e separa dois meios
de composição iônica diferente, sendo o meio intracelular é eletronegativo e o meio
extracelular é eletropositivo.
Efeito neuro-hormonal
O tecido adiposo representa a principal reserva energética do organismo. Longe de um
simples reservatório, o adipócito possui uma intensa atividade metabólica, pois ele
forma triglicerídeos (liposíntese) e os armazena, decompondo-os (lipólise), segundo
a demanda do organismo. A mobilização das gorduras de reserva, ou seja, a lipólise,
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ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL│UNIDADE II
ocorre graças a uma enzima hormônio dependente, o triglicerídeo lipase. Esta enzima
desintegra os triglicerídeos em ácidos graxos e em uma molécula de glicerol. Os ácidos
graxos assim produzidos são, em grande parte, expulsos da célula, a menos que estejam
em um local com excesso de glicose e que voltem a formar triglicerídeos.
Ao contrário, o glicerol liberado não pode ser usado novamente e é captado pelo fígado
que o metaboliza em glicose.
Correntes elétricas
Corrente Galvânica
Corrente Farádica
29
UNIDADE II │ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL
Para se obter êxito na aplicação, bem como no direcionamento das formas de onda,
temos que nos preocupar com o ajuste da frequência, que determina o direcionamento
e ação específica a cada forma de onda.
30
ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL│UNIDADE II
A corrente farádica flui, troca de sentidos, promovendo a repolarização dos íons e para
por alguns instantes. É essa parada, esse repouso, que dá tempo para a energia térmica
se dissipar e também para os íons se equilibrarem e reagirem quimicamente.
Método de aplicação
31
UNIDADE II │ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL
Nesta área tratada, normalmente, pinçamos o tecido com uma das mãos, comprimindo
a pele intensamente, procurando dar a angulação necessária para a colocação da agulha.
Com a outra mão, seguramos a agulha, a uma distância máxima de 0,5 cm da ponta
do bisel, evitando-se que, no ato da penetração, a agulha fique fletida e perca o seu
direcionamento. Devem ser introduzidos pares de agulhas de forma paralela, de acordo
com a saída dos cabos no aparelho. As agulhas são separadas por aproximadamente 4
cm, de modo que cubram toda a área a tratar. Inicia-se a sessão com uma intensidade
mais baixa, aumentando-a gradativamente, até o limiar suportável do cliente.
Caso o cliente sinta dor durante a introdução da agulha, significa que ela está mal
posicionada e que, ao entrar em contato com as aponeuroses da pele – que são estruturas
ricamente inervadas – respondem com os sinais da dor. As agulhas devem ser introduzidas
sobre o tecido cutâneo, até o panículo adiposo. A inexistência de sangramento e de dor
irá garantir que a introdução da agulha no tecido adiposo foi efetuada de forma correta.
Para não manchar a pele, o paciente não pode se expor ao sol, após o tratamento, caso
surjam hematomas e equimoses.
Figura 13.
Os eletrodos são tiras de silicone, que são acopladas com gel de contato e fixadas
com micropore. Essas tiras são colocadas paralelamente na área a ser tratada, a uma
distância de 4cm.
32
ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL│UNIDADE II
As sessões podem ser semanais, com o número mínimo de 6e podendo alcançar até 10
sessões, devendo-se levar em conta que os efeitos se prolongam durante umas semanas
a mais e que os resultados devem ser aguardados por até 45 dias após o término do
tratamento. Normalmente, os resultados tornam-se mais significativos a partir da 3a
sessão.
Indicações:
»» tratamento de celulite;
Contraindicações:
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UNIDADE II │ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL
»» neoplasias;
»» epilepsia.
Função da eletrolipoforese
A corrente bidirecional de baixa frequência, com fraca intensidade e tempo de repouso,
veiculada entre os pares de eletrodos implantados no tecido subcutâneo, estimula a
lipólise sem causar esteatonecrose.
Impulsos elétricos, assim como íons, caminham através dos dutos das glândulas
sebáceas e sudoríparas e se espalham através da derme, na qual se acumulam. Ali, os
íons são drenados pelo sistema circulatório local. O transporte dos íons é facilitado pela
vasodilatação local devida à corrente elétrica.
34
ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL│UNIDADE II
35
CAPÍTULO 2
Pressoterapia
Definição de pressoterapia
É um recurso indispensável nos tratamentos corporais e pós-cirúrgicos que proporciona
a ativação da circulação de retorno, estimulando a reabsorção dos líquidos intersticiais
e das toxinas retidas.
Alterações circulatórias
Quando falamos de sistema de retorno, a circulação fica alterada, ocasionando
transtornos cada vez mais frequentes. Alguns problemas podem surgir, como:
»» ortostatismo;
»» sedentarismo;
»» obesidade;
»» temperatura;
»» fatores mecânicos.
36
ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL│UNIDADE II
Indicações:
»» celulite;
»» obesidade;
»» edemas;
»» prevenção de varizes;
»» pré e pós-cirúrgico.
Como usar?
Contraindicações:
»» feridas;
»» cicatrizes recentes;
»» próteses metálicas;
»» marca-passos;
»» gravidez;
»» cardiopatias;
»» epilepsia;
37
UNIDADE II │ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL
»» câncer;
»» afecções dermatológicas;
»» processos inflamatórios;
»» febre;
»» alteração de sensibilidade;
»» problemas renais.
Figura 15. Enchimento dos artefatos pneumáticos em forma de cinta para a região abdominal e enchimento dos
38
ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL│UNIDADE II
Ultrassom
Ultrassom é uma onda mecânica que consiste em vibrações de alta frequência. As
frequências das ondas ultrassônicas variam de 20.000 a 20.000.000 de ciclos, que
são inaudíveis ao ouvido humano. Essas frequências podem variar de 1MHz (US
fisioterápico), 3MHz e 5 MHz (US estético). Atualmente, a frequência utilizada na
estética é a de 3MHz.
Cavitação
Cavitação estável
É uma forma pouco agressiva, estando associada à vibração dos corpos gasosos que
oscilam geralmente de forma não linear. Quando tais oscilações estão estabilizadas,
as bolhas de gás produzem um fluxo ou ondulações no meio, conhecidas como micro-
ondulações acústicas ou correntes acústicas.
Cavitação instável
O colapso dessas bolhas libera energia que pode romper as ligações moleculares,
provocando a produção de radicais livres, íons hidrogênio e íons hidroxila, que são
altamente reativos.
39
UNIDADE II │ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL
Mecanismos físicos
Efeitos fisiológicos
Efeito térmico
O ultrassom é uma energia que se propaga pelo tecido e, durante a propagação, essa
energia é absorvida.
Efeito mecânico
40
ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL│UNIDADE II
Efeito químico
»» lipodistrofia compactada;
»» fibroses;
»» aderências;
»» pós-operatório.
Contraindicações do ultrassom
»» útero gravídico e gônadas;
»» câncer;
»» área cardíaca;
»» coluna vertebral;
41
UNIDADE II │ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL
»» olho;
»» crânio;
»» hemofílico;
»» implantes metálicos.
Aplicação do ultrassom
A maneira mais utilizada para aplicar o US é o método direto. Esta técnica é utiliza por
um meio de acoplamento (gel), sem propriedades medicamentosas e/ou cosméticas.
Este método permite um perfeito contato de toda a superfície do cabeçote com a área a
ser tratada.
Jamais podemos deixar o transdutor parado, para que não ocorra queimaduras e
também a superposição de ondas, as chamadas ondas estacionárias.
Figura 16.
42
ELETROTERAPIA BÁSICA CORPORAL│UNIDADE II
Com todos esses cuidados, evitamos alguns tipos de lesões, principalmente os riscos
de queimaduras, preservando sempre a integridade do cliente, bem como a vida útil do
aparelho.
43
ELETROTERAPIA
AVANÇADA FACIAL UNIDADE III
E CORPORAL
CAPÍTULO 1
Carboxiterapia
CO2
O gás carbônico pode ser encontrado na natureza, sob diferentes formas, como água
mineral, água termal, gás termal e lama termal. A terapêutica com o CO₂, por meio
dos recursos naturais, para o tratamento de doenças de etiologia diversas e alterações
morfológicas da pele e tecido adiposo, utiliza água termal, gás termal e lama termal.
A terapêutica com o CO₂ industrial é obtida por meio de reações químicas ou por
combustão de diferentes elementos químicos.
44
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
O CO2 fornece uma aparência incolor ao gás, com sabor levemente ácido, inerte, atóxico
e não inflamável.
O fluxo e volume total do gás injetado durante o tratamento estão abaixo do volume
produzido pelo organismo em repouso, que é de 200cc por minuto. Durante o exercício
físico, esse volume pode aumentar 10 vezes.
O volume injetado
O volume total injetado gira em torno de 500 ml a 2.000ml, podendo atingir 3.000ml
em casos de grandes depósitos de gordura. Em média, nos tratamentos de celulite,
gordura localizada, estrias ou pós-operatório, injetamos 1.500ml por sessão em cada
paciente, de acordo com o tamanho da região a ser tratada.
Efeitos adversos
›› náusea;
›› vômito;
›› dificuldade respiratória.
»» Locais:
›› Punção:
›› dor;
›› equimose;
45
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
›› hematoma;
›› sangramento.
›› gás;
›› ardência;
›› queimação ou dor;
›› crepitação;
Figura 17. Equimose (A) na pálpebra inferior e (B) no braço, após a infusão controlada com CO₂. (C) distensão
Indicações da carboinsuflação
»» fibroedemageloide;
»» lipodistrofia;
46
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
»» estrias;
»» cicatrizes de acne;
»» microvarizes;
»» feridas crônicas;
»» psoríase;
»» alopécia ou cálvice;
»» úlcera na perna;
»» olheiras;
»» fibroses;
»» queimados.
Contraindicação da carboinsuflação
»» quelóide e lúpus;
»» doenças infecciosas;
»» acne pustulosa;
»» gravidez;
»» cardiopatias;
»» doenças pulmonares;
»» distúrbios psiquiátricos;
47
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
»» processos neoplásicos;
»» febre.
Mecanismo de ação
»» vasodilatação;
»» neoangiogênese;
Trabalhos comprovaram o aumento da pressão parcial de O2, por meio do exame Dopller,
devido à potencialização do efeito Bohr, pela redução da afinidade da hemoglobina
pelo O2.
48
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Efeito Bohr
Maior afinidade da hemoglobina pela molécula de CO₂ do que pelo O2. O aumento de
fluxo sanguíneo chega com hemácias cheias de O2 e liberam esse O2 para capturar o CO₂
que serão eliminadas pelo organismo aumentando, consequentemente, o O2 na região
tratada.
Figura 18. Efeito Bohr dentro da hemácia, após a infusão controlada do dióxido de carbono – ou carboxiterapia.
49
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Figura 19.
Efeitos fisiológicos
Aplicações clínicas
O fluxo e o volume total de gás infiltrado são controlados com equipamentos apropriados.
O fluxo de CO₂ infundido pode ser de 20 até 300 ml/min, sendo que a maioria dos
equipamentos vai até 150 mL/min.
50
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Técnica de aplicação
Planos anatômicos
São três planos anatômicos: plano profundo, plano intermediário e plano superficial.
O plano intermediário é indicado para que haja um descolamento desse tecido, das
eventuais traves fibrosas que cursam com o aparecimento das celulites e para maior
homogenização dessa pele, alisamento das estruturas, diminuição das irregularidades.
Figura 20. (A) Aplicação do gás carbônico no abdômen, área de atuação do CO2 – II. (B) Aplicação do gás na
51
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Figura 21.
Medida de precaução
Fluxo de gás
kaffer (Ano) mencionou que o fluxo entre 80mL/min e 150mL/min é o ideal para
promover lipólise e estímulo para a formação de tecido conjuntivo.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Material descartável
O equipo deverá ser descartável, trocado a cada paciente e a cada sessão. A agulha
também deve ser descartável.
Antes de iniciar o tratamento, “esgote” 20 mL de gás, pois isso garantirá que todo o
circuito até o paciente esteja preenchido com o CO₂ medicinal, a fim de que não se corra
risco de ter ar parado no equipo.
Celulite
Aplicar um fluxo acima de 80ml/min respeitando o limiar de dor, com uma frequência
de aplicação, 2X ou 3X/semana, no plano profundo hipodérmico.
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Figura 22. (A) Celulite estética caracterizada por ondulações na pele. (B) Recuperação parcial das ondulações
Lipodistrofia
Após a demarcação da área a ser tratada e com o auxílio de uma seringa, injeta-se em
torno de 1mL de soro fisiológico por ponto, distribuído por toda a área aleatoriamente
e, em seguida, aplica-se o gás carbônico.
Esta técnica de associação do soro fisiológico com a carboxiterapia tem sido chamada
de Hidrolipocarboxiterapia.
Nos casos das lipodistrofias, o fluxo ideal a ser aplicado é entre 80ml/min e 150ml/min,
com frequência de 2 a 3 x/semana , no plano profundo (hipodérmico), com agulha numa
54
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Estrias
Figura 23. Estrias da parede abdominal anterior, acompanhadas por lipodistrofia dos flancos e adiposidade
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Pós-lipoaspiração
A cicatriz caracteriza-se por uma lesão na camada dérmica. Após uma incisão da
pele, dá-se início ao processo de reparo, o que se faz à custa da proliferação do tecido
conjuntivo.
Flacidez dérmica
Baseado no fato de que a flacidez cutânea é caracterizada por uma atrofia da pele e
perda da elasticidade, devido à diminuição da capacidade de produção de colágeno que
dá sustentação à pele, a terapia com gás carbônico torna-se um recurso viável para
seu “tratamento” tendo em vista, estimular a produção de novas fibras de colágeno
e, com isso, prover uma maior sustentabilidade à pele flácida. Por meio de estudos
histológicos com a carboxiterapia, comprovou-se um aumento da espessura da derme,
evidenciando estímulo à neocolagênese, bem como um evidente rearranjo das fibras
colágenas. Portanto, a carboxiterapia, ao estimular a formação de colágeno, torna-se
um recurso valioso para o tratamento de estrias e da flacidez cutânea.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
O fluxo aplicado deve ser entre 60ml/min e 80ml/min, com intervalo mínimo de 21
dias, e o volume máximo deve ser até a visualização de um microdescolamento da área.
No plano de aplicação dérmico, usar agulha inclinada a 25°. O objetivo é de estimular a
formação de um novo tecido conjuntivo.
Figura 24. Aplicação superficial do CO2 para o tratamento da flacidez cutânea cervical.
Figura 25. (A) e (C) Flacidez cutânea cervical. (B) e (D) Contorno cervical após a infusão do CO2.
57
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Sequelas de acnes
O fluxo aplicado deve ser entre 60ml/min e 100ml/min, com frequência realizada de 15
em 15 dias ou de 30 em 30 dias, no plano dérmico profundo. Objetivo é de estimular o
colágeno.
Rejuvenescimento facial
Figura 26. Infusão controlada do CO2 para a correção de ritides da pálpebra inferior. (A) Antes e (B) após a
aplicação.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Figura 27. Correção de flacidez cutânea pela infusão controlada do CO2. (A) Antes e (B) após a aplicação.
Olheiras
O fluxo aplicado deve ser entre 80ml/min e 150ml/min, com frequência mensal, e sua
aplicação deve ser feita de forma a promover um descolamento da pálpebra superior e
inferior. Em pacientes que não obtiverem um mínimo de melhora até a terceira sessão,
o tratamento deverá ser suspenso.
Ciclo de 10 sessões, com aplicação a cada 72h. No mínimo, deverá ser aplicado
dois ciclos de 10 sessões, com intervalos de 120 dias.
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Figura 28.
Figura 29.
Alopecia
60
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Figura 30. Infusão controlada do CO2, no couro cabeludo. (A) Inclinação de 45° para a agulha na linha anterior
do cabelo e manobra digital de proteção. (B) Inclinação de 90° no restante do couro cabeludo.
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Local de data:
62
CAPÍTULO 2
Radiofrequência
A radiofrequência (RF) é um tipo de corrente de alta frequência, que gera calor por
conversão. O aumento da temperatura no interior do tecido cutâneo desencadeia uma
sequência de reações fisiológicas que promovem a contração das fibras existentes de
colágeno, elastina e estimula a formação de novas fibras.
As altas frequências (27,12 MHz) não aquecem por indução de corrente, mas sim pela
oscilação de moléculas de água.
A RF pode ser ablativa e não ablativa. Na RF ablativa, sua aplicação é invasiva e são
empregadas para tratamento de dor crônica e câncer. Esta modalidade é empregada
somente por médicos. Ela é utilizada para realizar incisões, destruir ou até remover
tecidos orgânicos (eletrocirurgia e cauterização). A RF não ablativa, pode ser aplicada
por todos os profissionais da área da estética. Sua aplicação não é invasiva e tem por
finalidade elevar a temperatura tecidual a níveis que possam favorecer respostas
fisiológicas perfeitamente controláveis, pois as células do corpo não interpretam
corrente de alta frequência como energia elétrica, mas sim, é tratada como uma fonte
de energia.
63
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Acima de 100ºC acontece a transição para vapor da água intra e extracelular (o tecido
rapidamente se desseca e a glicose tem um efeito adesivo após a dessecação).
Frequência
O efeito da energia eletromagnética no corpo humano depende da frequência aplicada.
Em baixa frequência, a energia causa convulsão muscular, como por exemplo, o uso
do desfibrilador elétrico. Nas frequências mais elevadas, a energia induz corrente que
causa aquecimento nos tecidos que estão em contato com o eletrodo, como no uso do
bisturi elétrico.
»» capacitivas;
»» resistivas;
»» indutivas.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
O modo de emissão das radiofrequências pode ser de diversos tipos, sendo que as mais
encontradas são: monopolar, bipolar, tripolar e hexapolar.
RF Monopolar (unipolar)
Refere-se a um dispositivo que tem apenas um polo no hand piece. Gera aquecimento
da derme profunda e no subcutâneo (até 20 mm). O polo ativo é o positivo ou negativo,
e o poo passivo (dispersivo) deve ser uma placa de condução a terra. A energia é mais
dispersa ao longo dos tecidos e, se necessita de maiores potências, torna a técnica mais
perigosa. Destaca-se para os tratamentos de tendões, músculos e articulações, porém
também pode ser utilizada em tratamentos estéticos.
RF Bipolar
Refere-se a um dispositivo que tem os dois polos no mesmo hand piece, com menor
penetração no tecido (2 a 6 mm), porém com a energia muito mais concentrada neste
campo próximo. Necessita de menores potências, o que torna a técnica mais segura. As
ponteiras podem ser bipolar concêntrica ou bipolar longitudinal.
Fonte: <http://pt.slideshare.net/HtmEletronica/4-radiofrequncia-multifrequencial-e-multipolar-nos-tratamentos-corporais-e-
faciais> acesso em:26/6/15.
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
ação mais superficial. O contato com a área tratada é maior, atendendo regiões maiores
de tratamento, devendo-se utilizar a ponteira concêntrica quando se desejar uma maior
percepção da RF.
Figura 32.
Fonte: <http://www.institutosaopaulo.com.br/isp/produto/limine-htm-radiofrequencia-multifrequencial/ME00806A>.
Acesso:26/5/2015.
É utilizada para aplicações mais precisas como região periorbicular, perilabial, sulco
nasogeniano, pontos álgicos (costas), regiões bem localizadas de fibroses, cicatrizes,
aderências e estrias. A percepção de aquecimento é menor comparada à ponteira
bipolar concêntrica.
Figura 33.
Fonte: <http://www.institutosaopaulo.com.br/isp/produto/limine-htm-radiofrequencia-multifrequencial/ME00806A>.
Acesso:26/6/2015.
RF tripolar
Refere-se a um dispositivo que tem três polos no mesmo hand piece, com uma penetração
média. Bastante indicada para os tratamentos corporais.
66
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Fonte:<http://pt.slideshare.net/HtmEletronica/4-radiofrequncia-multifrequencial-e-multipolar-nos-tratamentos-corporais-e-
faciais>. Acesso em: 26/6/2015.
RF hexapolar
Refere-se a um dispositivo que possui seis polos no mesmo hand piece. A percepção
do aquecimento é maior, devido à área ser maior. É utilizada somente nos tratamentos
corporais.
Figura 35.
Fonte:<http://www.institutosaopaulo.com.br/isp/produto/limine-htm-radiofrequencia-multifrequencial/ME00806A>.
Acesso: 26/6/2015.
Mecanismo de ação da RF
O mecanismo de ação da RF deve alcançar uma temperatura de 40°C na superfície da
pele, enquanto a temperatura na profundidade desejada alcança 60°C.
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Figura 36.
Figura 37.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Figura 38.
A energia gerada pela RF deve ocorrer com segurança nas distintas camadas da pele
para efetiva contração do colágeno e formação do novo colágeno.
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Atuação da RF na flacidez
A RF gera um aquecimento da área a ser tratada, que leva à desnaturação do colágeno,
desencadeia a reparação e a proliferação dos fibroblastos, ocorrendo a neocolanogênese
e a contração tecidual e, consequentemente, a melhora do tecido.
Figura 39.
Fonte: <http://www.almalasers.com/white_papers/Novel_RF_Device.pdf>.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
»» indolor.
Indicações da radiofrequência:
»» redução de celulite;
»» remodelagem corporal;
»» tratamento pós-lipoaspiração;
»» tratamento de lipoma;
»» cicatrizes de acne;
»» estrias.
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Contraindicações da radiofrequência:
»» aparelhos auditivos;
»» marca-passos e cardiopatas;
»» implantes metálicos;
»» neoplasias;
»» glândulas;
»» infecções;
»» acne e fístulas;
»» hepatopatias e neuropatias;
»» preenchimentos;
»» doenças vasculares:
›› flebites;
›› varizes;
›› tromboflebites.
»» uso de isotretinoína;
Existem alguns fatores que comprometem o aquecimento da RF; são eles: radiações
prévias; condições autoimunes; tabagismo e falta de água.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Antes de iniciar a terapia, o paciente deve retirar todo objeto metálico (anéis, pulseiras,
brincos, piercings etc...) e o profissional deve, caso indicado, efetuar uma limpeza facial
anterior ao tratamento, ajustar o equipamento e utilizar gel condutor neutro ou gel
glicerinado.
Podem ocorrer algumas complicações como: hiperemia, que pode durar minutos ou
horas; queimaduras por falta de gel condutor ou falha técnica; hiperpigmentação
causada por sequelas de queimadura e atrofia do tecido conjuntivo.
Figura 40.
73
CAPÍTULO 3
Eletroterapia avançada corporal
Ultrassom cavitacional
Cavitação
A implosão das microbolhas provoca um jato potente de gás (energia), com pressões de
100 atm/cm2.
As células do tecido adiposo têm uma membrana muito delicada para a pressão criada
pelas microbolhas. Com a cavitação, ocorre microrupturas na membrana celular e
fragmentação do conteúdo intracelular.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Os macrófagos são atraídos para a área tratada para fagocitose dos fragmentos celulares
restantes.
O tecido conjuntivo subcutâneo (TCSC) da área tratada sofre realocação com o tempo
(redimensionamento), resultando em redução do volume.
De acordo com Low e Red, 2001; Starkey, 2001; Ter Har, 1998, a cavitação estável
forma bolhas que oscilam de um lado para outro, aumentam e diminuem de tamanho
sem alterar a suas formas, permanecendo as bolhas intactas. E, na cavitação instável,
o volume das bolha se alteram rapidamente, implodem causando pressão e aumento
de temperatura, rompem ligações moleculares, produzem radicais livres, liberam H+ e
OH-, levando a danos teciduais, através das ondas estacionárias, que são a superposição
de ondas.
O ultrassom cavitacional focalizado é uma técnica não invasiva indicada para redução
de gordura localizada.
Figura 42. Gráfico ilustrando a modalidade cavitacional do ultrassom: baixa frequência e grande amplitude
ocasionando estiramento e contração dos adipócitos levando ao colapso.
75
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Em média a sessão tem duração de 30 minutos e deve ser aplicada uma vez por semana,
para que o organismo tenha tempo de eliminar todos os metabólitos da sessão anterior.
O número de sessões é muito relativo, uma vez que depende do metabolismo de cada
indivíduo e do objetivo do paciente. Geralmente, a média é de 6 a 10 sessões.
As áreas em que o US cavitacional pode ser aplicado são: abdome, flancos, coxa anterior
e posterior, glúteos, joelhos, panturrilhas, braços e papada.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Figura 43.
Criolipólise
É uma técnica não invasiva indicada para redução de medidas.
A palavra Crio é derivada do grego Kryos, que significa gelo, frio, e constitui, na
atualidade, uma das mais modernas técnicas de redução de medida corporal.
Esta técnica é uma opção para pessoas que tenham gordura localizada em algumas
regiões corporais, o famoso pneuzinho, e que não querem se submeter a cirurgias. De
77
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
acordo com os fabricantes, o procedimento elimina até mesmo aquela gordura incapaz
de ser combatida com dieta e exercícios físicos.
Vários estudos têm sido realizados para a eliminação de gorduras localizadas. Para
diminuir os efeitos dos acúmulos de gorduras, a propriedade metabólica do tecido
adiposo tem sido a procura de estudos e grandes avanços de pesquisas (FONSECA et
al., 2006).
Gordura localizada
Quando se consome mais energia que se gasta, a energia adicional é reservada sob
forma de gordura.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Figura 44.
Lipídeos
A criolipólise é uma técnica não invasiva de redução de gordura localizada, por meio
do resfriamento controlado e localizado, o qual promoverá uma paniculite (inflamação
do tecido adiposo subcutâneo adiposo) (AVRAM et al., 2009; NELSON et al., 2009).
79
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
De acordo com Coleman et al. (2009); Mulholland, Paul, Chalfoun (2011), após a
exposição do tecido ao frio por um período de 40 a 60 minutos, a resposta inflamatória
pode causar dano adicional aos adipócitos, não imediatamente afetados pela a exposição
ao frio.
O termo apoptose é derivado do grego apoptwsiz, que se refere à queda das folhas das
árvores no outono – um exemplo de morte programada fisiológica e apropriada, que
também implica em renovação.
Figura 45.
80
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
O estudo relata que a criolipólise é uma técnica não invasiva que promete
resultados satisfatórios na redução de gordura localizada, cerca de 20% a 25%,
tornando-se, portanto, uma alternativa ideal à lipoaspiração convencional para
pacientes que necessitam de remoção de pequena ou moderada quantidade de
tecido adiposo.
A apoptose ocorre como parte de um processo normal e muitas vezes é um benefício para
o organismo, tendo em vista que atua como um mecanismo de defesa. A célula recebe
um sinal para se autodestruir, reduz seu tamanho, quebra a cromatina em pedaços
e se torna facilmente fagocitada (PAROLIN; REASON, 2001; GRIVICICH; REGNER;
ROCHA, 2007; PAULA; VIEGAS; SILVA, 2002).
A apoptose das células gordurosas (adipócitos) é iniciada quando essas células são
resfriadas à temperaturas de 0°C. Entretanto, a destruição dos adipócitos não afeta de
forma significativa os níveis séricos de lipídeos ou testes de função hepática.
81
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
SOLISH; DESILETS, 2011; FERRARO et al., 2012; ZELICKSON et al., 2009; AVRAM
et al., 2009; NELSON et al. 2009; MULHOLLAND; CHALFOUN, 2011).
Trata-se de uma técnica segura e sem grandes efeitos adversos. O tratamento é indolor,
não necessita de anestesia, além de não causar limitações na vida pessoal e profissional
dos indivíduos a ele submetidos.
Aplicação da criolipólise
82
ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Figura 46.
2 à 3 cm -5ºC 45 min
DICA: em contrapartida, não basta apenas congelar a gordura; tem que derretê-la.
Estudos têm comprovado a eficácia clínica do ultrassom cavitacional, enquanto recurso
redutor de medidas corporais, justificando a utilização deste recurso antes ou após o
congelamento das células de gordura.
Protocolo de tratamento
No dia da criolipólise, antes de iniciar o tratamento, fazer a cavitação para ativar o TNFα
(ativar os macrófagos). O pico dos macrófagos ocorre no 14o dia e o pico da redução
ocorre em torno de 60 dias, sendo que a redução dá-se num período aproximado de até
90 dias.
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
No 2o dia, no 7o dia, no 14o dia e no 21o dia, aplicar a RF + cavitação + RF, isso irá
potencializar o resultado da criolipólise.
Figura 47.
Peeling
Peeling de cristal
A prática terapêutica demonstra que seu manuseio consiste na aplicação direta sobre
a pele por meio de um equipamento mecânico gerador de pressão negativa e pressão
positiva simultâneas, em que são utilizados micro grânulos de óxido de alumínio (ou
outro material similar), quimicamente inertes, jateados pela pressão positiva sobre a
superfície cutânea numa velocidade controlada pelo profissional e ao mesmo tempo
sendo sugado pela pressão negativa do equipamento (BORGES, 2010).
É um peeling mecânico muito abrasivo, que consiste em fazer incidir no tecido óxido de
alumínio misturado com o ar que se desloca em alta velocidade.
O óxido de alumínio entra em contato com a pele por meio de um orifício. Nesse contato,
devido a sua alta velocidade, o óxido de alumínio provoca um processo de raspagem do
extrato córneo, removendo células mortas e promovendo o peeling.
Mecanismo de ação
Ocorre uma ejeção de cristais (pressão positiva) associada à sucção (pressão negativa),
afinando o tecido epitelial.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Esta técnica apresenta algumas vantagens como: não precisar de preparo pré-peeling, da
utilização de ponteiras descartáveis ou autoclaváveis (prevenção de acidente biológico);
de possuir menor risco de hipocromia residual total e ocorrer uma regeneração tecidual
mais rápida.
Técnica de aplicação
Ajustar o botão de pressão entre 200 a 250mmHg; promover o estiramento da pele com
o objetivo de facilitar os movimentos de varredura da cânula e evitar ptose tegumentar; a
quantidade de movimentos deverá ser de acordo com a abrasão desejada; a velocidade/
lentidão deve ser de acordo com a abrasividade desejada; e é necessário manter os
olhos do cliente fechados e com algodão embebido em loção calmante.
Áreas de aplicação: face, braços, antebraços, dorso das mãos, glúteos, interno de coxa. O
tempo de aplicação será de 10 a 30 minutos, com intervalo de sete dias, sendo realizada
a aplicação uma vez por semana, sendo a média das aplicações de 6 a 12 sessões por
tratamento. Finalizar a sessão com antissepsia básica e fotoprotetor solar.
85
UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Peeling de diamante
Mecanismo de ação
O mecanismo de ação ocorre por meio da abrasividade das ponteiras, com a pressão
negativa do vácuo. As células mortas da superfície são removidas e aumenta a circulação
local, estimulando a produção de colágeno e elastina, renovando o tecido epitelial e
deixando a pele fina e macia.
As vantagens dessa técnica são: o cliente apresenta uma rápida recuperação; não há
necessidade de interrupção dos tratamentos estéticos do dia a dia; é indolor e não
invasiva; e prepara a pele para qualquer tipo de tratamento.
O profissional, ao utilizar essa técnica, deve estar muito atento a todos os parâmetros,
principalmente, à granulometria da ponteira de diamante, pois há grande risco de
provocar lesões cutâneas, gerando sangramento. A sucção produz forte aderência do
tecido à superfície diamantada.
Figura 41.
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
Escleroterapia
A palavra escleroterapia vem do grego scleros, que significa endurecimento, representa
uma forma de tratamento que obtêm a fibrose da veia pela irritação do endotélio,
provocando trombose, reorganização e consequente desaparecimento do vaso. Essa
irritação por ser desencadeada por vários agentes: térmicos, irradiantes, elétricos e
químicos que são os mais utilizados hoje em dia como agentes terapêuticos pelo seu
custo e eficácia, incluindo diversas substâncias que conhecidamente possuem tal ação.
História da Escletoretapia
O cirurgião francês Pravatz desenvolveu, em 1852, a seringa hipodérmica e fez uso dela
injetando em uma veia varicosa solução de cloreto de ferro e, a seguir, começaram a
surgir as soluções esclerosantes iodadas, em 1854. Após a Primeira Guerra Mundial,
Linser descreveu o uso de solução salina hipertônica para injeção venosa. Sicard
também realizou escleroterapia utilizando solução de bicarbonato de sódio. Em 1930,
descreveu-se o uso de glicerina crômica e, em 1937 o de oleato de etanolamina. Em
1944, Orbach introduziu a técnica do bloqueio de ar para evitar o extravasamento de
agentes esclerosantes no espaço extravascular.
Indicações
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UNIDADE III │ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL
Quando as telangiectasias e microvarizes ocorrem associadas a varizes, que são veias salientes
e visíveis, com alterações definitivas e não reversíveis de suas propriedades anatômicas,
causando elevação da pele, deve-se proceder primeiramente à erradicação cirúrgica das
varizes para depois realizar a escleroterapia, potencializando os efeitos da cirurgia.
Contraindicações
Soluções Esclerosantes
Aplicação
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ELETROTERAPIA AVANÇADA FACIAL E CORPORAL│ UNIDADE III
indicada é a de 3 ml descartável, com agulha 27Gx1/2”. A injeção deve ser lenta, com
o mínimo de pressão, diretamente sobre o vaso. A quantidade de líquido esclerosante
a ser injetado varia de 0,1 a 0,3 ml por punção. Quando o vaso é ramificado, deve-se
aplicar o agente esclerosante em vários pontos, evitando-se, assim, a hiperpressão e a
consequente necrose. Deve-se porém, evitar múltiplas punções em uma mesma área
reduzida, pois isso provoca hiperpigmentação. A injeção deve ser interrompida quando
a pele em torno da punção fica pálida ou quando a queixa álgica importante. Ao término
de cada punção coloca-se uma tira de fita adesiva com uma pequena bolinha de algodão
sobre o local puncionado para promover a hemostasia. O enfaixamento só se justifica
após a escleroterapia em varizes de grande porte ou vasos residuais de cirurgias de
erradicação de varizes prévias.
Intervalos semanais ou quinzenais entre as sessões têm se mostrado ser o ideal, pois
se evita o risco de irritação de pele e é possível avaliar melhor o resultado. Além da
possibilidade de intervenção em casos de complicações.
Para ajudar na aplicação, existem métodos que diminuem a dor, como o gelo, ou então
anestésicos que podem ser inseridos juntamente com a medicação, ou então, feito uma
anestesia local de 90 a 120 min antes da aplicação.
Efeitos Colaterais
Hoje em dia esta cada vez mais raro a ocorrência de tromboflebite superficial,
troboembolismo pulmonar e escaras cutâneas, que na maioria dos casos decorrem de
imperícia do profissional.
89
Para (não) finalizar
Como visto até o momento, a apostila traz muitos dados recentes e atualizados no âmbito
de procedimentos estéticos mais modernos na parte de Eletroterapia. Contudo, com
base na leitura, é nítido que o processo de mudança e evolução é natural e necessário
para a humanidade e, consequentemente, para nossa evolução. Deste modo, esta
apostila é apenas o começo do aprendizado, expanda o conhecimento, busque o saber.
Principalmente nesta nossa área que anseia pela prática e pelo novo, o atual.
Para não finalizar, eu “finalizo” somente a escrita, mas não minha colaboração com seu
estudo “dizendo”: “não seja mais um. Seja o diferencial para a sociedade que o cerca”.
90
Referências
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infrared light and mechanical tissue manipulation device. Journal of Cosmetic and
Laser Therapy. 2005; 7:81-5.
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terapêuticas nas disfunções estéticas. São Paulo: Phorte, 2006. pp. 213-7.
BARTOLETTI, G.A. Mesoterapia nel trattamento della cellulite. In: RIBUFFO, A.;
BARTOLETTI, C.A (eds.). La cellulite. Roma: Ed. Sa-It15 Internazlonale, 1983.
BORGES, Fábio dos Santos. Dermato-funcional. São Paulo: Ed. Phorte, 2006.
91
REFERÊNCIAS
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