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PREQUESTIONAMENTO, ADUZINDO QUE O ACÓRDÃO É OMISSO,
NA MEDIDA EM QUE “O PEDIDO DE CANCELAMENTO PELA PARTE
SE DEU EM 11.11.2016”, E O ACÓRDÃO PROFERIDO NA AÇÃO CIVIL
PÚBLICA Nº 0136265-83.2013.4.02.5101, QUE FUNDAMENTA O
DESPROVIMENTO DE SEU RECURSO, TRANSITOU EM JULGADO
APENAS EM 08/10/2018. MATÉRIA DEVIDAMENTE ENFRENTADA
QUE ADMITE PREQUESTIONAMENTO IMPLÍCITO. EMBARGANTE
QUE, MESMO QUE PARA FINS DE PREQUESTIONAMENTO, DEVE
DEMONSTRAR EM QUE PONTO MERECE ESCLARECIMENTO OU
INTEGRAÇÃO A DECISÃO EMBARGADA. O ACÓRDÃO NÃO PADECE
DA OMISSÃO APONTADA, VISTO QUE, NÃO OBSTANTE O
CANCELAMENTO DO PLANO DE SAÚDE PELA EMBARGADA TENHA
OCORRIDO ANTERIORMENTE AO TRÂNSITO EM JULGADO DA AÇÃO
CIVIL PÚBLICA Nº 0136265-83.2013.4.02.5101, MOVIDA PELO
PROCON-RJ EM FACE DA AGÊNCIA NACIONAL DE SAÚDE
SUPLEMENTAR, O RESPECTIVO ACÓRDÃO SE FUNDAMENTA NO
ART. 6º, INCISOS II E IV, DO CDC, NORMA COGENTE, APLICÁVEL À
HIPÓTESE DOS AUTOS. SENDO ASSIM, NA FORMA DO ART. 6º, II E
IV, DO CDC, É ABUSIVA A CLÁUSULA DE FIDELIDADE, QUE LIMITA
A LIBERDADE DE CONTRATAR E APLICA MULTA PENITENCIAL POR
RESCISÃO ANTECIPADA DO CONTRATO. ACLARATÓRIOS
REJEITADOS.
ACÓRDÃO
RELATÓRIO
É o relatório.
VOTO
Da análise dos autos, vê-se que a embargante pretende obter, por via
oblíqua, a reversão da decisão colegiada, cuja fundamentação foi
exaustiva, sendo, inclusive, desnecessária a oferta dos aclaratórios
unicamente para fins de prequestionamento.
Refira-se:
(...)
III. "O STJ admite o prequestionamento implícito nas hipótese
em que os pontos debatidos no Recurso Especial foram
decididos no acórdão recorrido, sem explícita indicação dos
artigos de lei que fundamentam a decisão" (AgRg no REsp
1.398.869/PB, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, SEGUNDA
TURMA, DJe de 11/10/2013).
(...)
Confira-se:
(...)
(grifei)
(...)
Veja-se:
0005926-56.2016.8.19.0014 - APELAÇÃO
0086777-24.2016.8.19.0001 - APELAÇÃO
Relatora
Do Descumprimento a Princípios Consumeristas
a) O Princípio da Boa-fé
Da ilegalidade da conduta da ré
Inequívoco que a ré, ao não entregar o bem adquirido no seu site www.lojasguapore.com.br ,
obrigando o consumidor a entrar em contato inúmeras vezes com a empresa, que informa
inúmeros prazos de entrega e descumpre todos, sem se vislumbrar qualquer solução para o
problema, infringiu diversos dispositivos da Lei n° 8.078/90 (Código de Defesa do
Consumidor), merecendo, pois, a efetiva reparação e prevenção dos danos materiais e
morais, coletivos e/ou individuais, daí advindos, conforme se demonstrará a seguir. Neste
sentido, a ré, ao não cumprir com o prazo de entrega da mercadoria pactuado com o
consumidor, atenta, a princípio, contra o que estabelece o artigo 6°, inciso III, do CDC, que
garante como direito básico do consumidor a informação clara e adequada sobre os
diferentes produtos e serviços, in verbis: “Art. 6°. São direitos básicos do consumidor: (...) III
– a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação
correta de quantidade, características, composição, qualidade e preço, bem como sobre os
riscos que apresentem;” Como se vê, a ré, prevalecendo-se da hipossuficiência do
consumidor e de sua manifesta vulnerabilidade no mercado de consumo, adotou método
comercial desleal ao não cumprir com o prazo de entrega do produto adquirido, bem como
nem ao menos cumpriu os prazos subsequentes informados ao consumidor para solucionar
a questão, em discordância com o estabelecido no artigo 6°, inciso IV, do CDC, in verbis:
“Art. 6°. São direitos básicos do consumidor: (...) IV – a proteção contra a publicidade
enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, como contra práticas e
cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;”
1. O artigo 13, parágrafo único, II, da Lei n° 9.656/98, que veda a resilição unilateral dos
contratos de plano de saúde, não se aplica às modalidades coletivas, tendo incidência
apenas nas espécies individuais ou familiares. Precedentes das Turmas da Segunda Seção
do STJ. 2. A regulamentação dos planos coletivos empresariais (Lei n° 9.656/98, art. 16, VII)
distingue aqueles com menos de trinta usuários, cujas bases atuariais se assemelham às
dos planos individuais e familiares, impondo sejam agrupados com a finalidade de diluição
do risco de operação e apuração do cálculo do percentual de reajuste a ser aplicado em
cada um deles (Resoluçoes 195/2009 e 309/2012 da ANS).