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INTRODUÇÃO
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Graduanda do curso de Farmácia.
Av. Brasília, 5926 Capão Raso. 80020-010 Curitiba – PR
Telefone: (041) 99012622
E-mail: paula.biancadb@gmail.com
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Professora e coordenadora do curso de Farmácia da Unibrasil, Doutora em Ciências
Farmacêuticas - UFPR
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DESENVOLVIMENTO
naquela época. Procurou, então, uma lei racional de cura tendo como base
estudos de mestres antigos como Hipócrates, Paracelso, Van Helmont entre
outros. Interessado pela indicação clínica feita por Willian Cullen, da quina para o
tratamento da malária e discordando da explicação dada por ele, decide
experimentar em si mesmo doses do medicamento. Surpreende-se ao constatar
que a ingestão de quina provocou-lhe os sintomas semelhantes aos da malária.
Com esse resultado compreendeu o conceito de Hipócrates quando dizia: “Similia
similibus curantur”, os semelhantes se curam pelos semelhantes. A partir dessa
descoberta, Hahnemann iniciou o estudo de substâncias em organismos sadios, e
em 1796 publica seu primeiro trabalho denominado: “Ensaio sobre um novo
princípio para descobrir as propriedades curativas de substâncias
medicamentosas, com algumas considerações sobre os métodos precedentes”.
Nesse ano ficou marcado, portanto, o nascimento da homeopatia (Silva, 1990;
Marinho, 2008).
Para a compreensão dos princípios básicos da homeopatia é necessário
primeiramente entender o que é Energia Vital, uma vez que é nessa energia que a
terapia atua.
Energia vital é uma proposta atual do que Hanhemann designava como
Força vital. Essa energia tem sido descrita em toda a história e definida como a
força que ordena todos os aspectos da vida do organismo, é ela que o adapta a
todas as influências ambientais (Casali et al. 2006). É também responsável pela
manutenção da vida nos seres vivos. Uma energia que se desprende do corpo
físico quando a pessoa morre. Esta energia é o equilíbrio entre o corpo físico, a
mente e o espírito. Quando existe esta harmonia o corpo está em perfeito estado
de saúde. O desequilíbrio acontece em virtude de conflitos externos, ações
incorretas, isto é, o emprego inadequado da vontade, das escolhas como Ser
Humano, quando isso ocorre, começa aparecer um conjunto de reações, muitas
vezes imperceptíveis, e que acarretam em sintomas físicos (Brunini et al. 1993;
Lacerda e Valla, 2006). Já nos animais e nas plantas, Moreno (2002), afirma que o
desequilíbrio da energia vital é causado principalmente devido às alterações no
meio ambiente provocadas, em geral, pelo próprio homem.
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Relato de casos
Tétano em Equinos
Boubet et al. apud De Medio (1993), relatou o caso de um equino com
claros sinais de enfermidade tetânica. Tratava-se de um animal macho de dois
anos e meio. O animal apresentava uma ferida adquirida a duas semanas. Seu
dono, por conta própria, começou um tratamento com penicilina sem resultado
aparente. O animal apresentava comprometimento locomotor do membro posterior
esquerdo. Em 72 horas, o cavalo se encontrava com impossibilidade absoluta de
se levantar e com dificuldade em ingerir líquidos. O diagnóstico foi de tétano.
O tratamento começou com Tetanozunum 200CH, com claro critério
isoterápico. A terapia continuou com Ledum palustre 60CH, três vezes ao dia
durante 48 horas, muitos autores consideram o Ledum como o melhor preventivo
na profilaxia de tétano. Administrou-se também Strichninum 200CH. Manteve-se
uma higiene local com água oxigenada e a ferida coberta com violeta genciana.
Ao segundo dia de tratamento foi observado que o paciente já realizava
alguns movimentos. A melhora foi progressiva e em pouco tempo normalizou-se
totalmente sua condição geral.
Laminite em Equinos
Laminite é uma enfermidade limitante muito conhecida também como
aguamento e pododermatite asséptica, uma doença vascular comum. Segundo
Almeida e Pinto (2001), a doença manifesta-se por uma perfusão capilar no
interior da pata provocando alterações nos sistemas renal e endócrino, no
equilíbrio hidroeletrolítico e na coagulação sanguínea. As consequências são
quantidades significativas de desvios arteriovenosos, necrose isquêmica da lâmina
e dor. O tratamento preconiza o emprego de hipotenssores, anti-histamínicos,
antiinflamatórios, além de procedimentos médicos, físicos, cirúrgicos, dietéticos e
auxiliares dependendo do grau de lesão e do tempo de instalação da patologia.
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Considerações finais
A presente pesquisa buscou por meio de uma investigação bibliográfica
sintetizar o conhecimento e os benefícios dos tratamentos homeopáticos focados
em equinos. Constatou-se a escassez de estudos científicos. Sugere-se que as
reflexões continuem no sentido de ampliar os estudos científicos desse tratamento
em equinos, proporcionando a realização da cura, a prevenção de doenças e a
melhora da performance desses animais, de uma maneira mais sutil e inofensiva,
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REFERÊNCIAS
CAIRO, N. Guia de medicina homeopática. 21ª ed. São Paulo: Livraria Teixeira
LTDA,1990.