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Pós-Graduação a distância

Docência do Ensino Superior

Planejamento Educacional III

Angélica Nery
Sumário

PLANEJAMENTO EDUCACIONAL III....................................................................... 3


Planejamento Pedagógico de Curso – PPC ................................................................................ 3

Projeto pedagógico do curso................................................................................................... 4

Introdução........................................................................................................................... 6

Justificativa......................................................................................................................... 6

Síntese histórica do município de Mossoró ............................................................................... 6

Posição geográfica do município ............................................................................................. 7

Clima e população................................................................................................................ 7

Economia do município.......................................................................................................... 7

Planejamento do Ensino......................................................................................... 9

Objetivos mais significativos do planejamento de ensino....................................... 17

A quem, o que e como ensinar, e como verificar e avaliar a aprendizagem............. 17

Fases de um planejamento de ensino..................................................................... 17

Fonte: baseado em NÉRICI (1989)......................................................................... 17

Plano de ensino..................................................................................................... 18

Bibliografia........................................................................................................... 18
Planejamento Educacional III

Planejamento Pedagógico de
Curso – PPC
PLANEJAMENTO
Para iniciar este tópico, voltemos por
EDUCACIONAL III alguns momentos à aula anterior, ao
ponto em que tratamos do Projeto Político
Pedagógico (PPP). Vimos na ocasião que
Nesta aula abordaremos o Projeto ao construir coletivamente seus projetos e
Pedagógico de Curso (PPC) e entraremos na planos, a Instituição de Ensino Superior (IES)
primeira parte de Planejamento do Ensino. deve superar dois desafios:
Antes de irmos ao primeiro tema, porém,
acreditamos ser relevante reforçarmos
alguns pontos em relação a planejamento 1) a conjugação do PPI com os PPC,
educacional. considerando que, apesar da diversidade de
caminhos, não há distinção hierárquica entre
O primeiro deles, por uma questão de eles, devendo ambos constituir um processo
ordem, não de hierarquia ou importância, dinâmico, intencional, legítimo, transparente,
é que não podemos nos esquecer que em constante interconexão com o contexto
planejamento implica mudança, e visa da IES;
solucionar um problema ou alcançar um
objetivo. Isso significa que se trata de uma 2) o PDI, em consonância com o PPI, deve
ferramenta que ajuda a influir nos resultados apresentar a forma como a IES pretende
futuros, portanto, nesse processo devemos concretizar seu projeto educacional, definindo
buscar o equilíbrio entre meios e fins, entre as metas a serem alcançadas nos períodos
recursos e objetivos. de tempo definidos, e os recursos humanos
e materiais necessários à manutenção e ao
Outro ponto relevante diz respeito desenvolvimento das ações propostas.
à necessidade da participação de todos os
envolvidos no planejamento. E o docente O PPI, PDI, PPC e o Currículo, este
não pode se eximir da responsabilidade que como elemento constitutivo do PPC,
lhe compete. Conforme Masetto (2003), devem ser elaborados, analisados e
“é necessário que o docente se sinta avaliados respeitando-se as características
responsável por colaborar com a formação de da organização acadêmica da IES
um profissional, e não apenas o ministrador (Universidades, Centros Universitários,
de uma disciplina”. Centros Federais de Educação Tecnológica,
Faculdades de Tecnologia, Faculdades,
Além disso, o planejamento envolve Institutos ou Escolas Superiores), e da região
elaboração e reelaboração, num processo onde estão inseridas, conforme preconiza a
contínuo que requer acompanhamento e legislação em vigor. Para fins da avaliação
avaliação constante. externa, entende-se estes documentos com
as seguintes características e finalidades.
(BRASIL/2006)

O Projeto Pedagógico de Curso (PPC)


expressa os principais parâmetros para a
ação educativa e deve estar em permanente
construção, o que significa: elaboração,
reelaboração, implementação e avaliação.

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Planejamento Educacional III

Projeto Pedagógico de Curso (PPC) Projeto pedagógico do curso


O PDI conterá a descrição da organização
Em consonância com o PPI e PDI, cada dos cursos de graduação e seqüenciais(se
curso deve elaborar seu próprio projeto
for o caso), previstos para funcionar na
pedagógico, tendo em vista as especifici-
IES, considerando as diretrizes curriculares
dades da respectiva área de atuação à qual
está relacionado. As políticas acadêmicas e o planejamento pedagógico até sua
institucionais contidas no PPI ganham ma- integralização. Deverá explicitar:
terialidade no Projeto Pedagógico de Curso. a) a dicação de número de turmas
Este é a referência das ações e decisões de previstas por curso, identificando locais e
um determinado curso em articulação com a turnos de funcionamento e número de alunos
especificidade da área de conhecimento no admitidos por curso;
contexto da respectiva evolução histórica do
b) o elenco de inovações consideradas
campo de saber.
significativas, especialmente quanto à
Deste modo, define a identidade formativa flexibilidade de organização dos componentes
nos âmbitos humano, científico e profission- curriculares, às oportunidades diferenciadas de
al, as concepções pedagógicas e as orien- integralização do curso, às atividades práticas
tações metodológicas e estratégicas para o e estágios;
ensino e a aprendizagem e sua avaliação, c) a existência/previsão de desenvolvimento
o currículo e a estrutura acadêmica do seu de materiais pedagógicos;
funcionamento.
d) o plano de incorporação dos avanços
tecnológicos ao ensino de graduação;
Nesse documento de orientação acadêmica
e) a descrição da organização dos cursos e
devem constar, dentre outros: o histórico
do curso; sua contextualização na realidade programas de pós-graduação;
social, o que possibilita articulá-lo às dis-
tintas demandas da sociedade; a aplicação Indicadores
das políticas institucionais de ensino, de ●● Concepção do curso
pesquisa, quando for o caso, e de extensão,
bem como todos os elementos das Diretrizes – Projeto Pedagógico do Curso; Fundamentação
Curriculares Nacionais, assegurando a ex-
teórico-metodológica do curso; objetivos do curso; Perfil
pressão de sua identidade e inserção local e
do egresso.
regional. (BRASIL, 2006)
●● Currículo
– Explicitar o plano de ensino das

disciplinas, do qual constem sua ementa,
Por ser o instrumento de concepção súmula dos conteúdos e dimensionamento
de ensino e aprendizagem de um curso, das cargas horárias; a metodologia de
podemos dizer ainda que o PPC se refere à ensino, atividades discentes, critérios
organização de um conjunto de matérias que de avaliação e bibliografia básica e
serão ensinadas e desenvolvidas ao longo complementar; evidenciar a inter-relação e
de um curso em uma IES. É o documento a integração entre as disciplinas curriculares
que deve definir a concepção do curso; sua e a adequação, atualização e relevância das
estrutura – currículo, corpo docente, corpo disciplinas e da bibliografia indicada.
técnico-administrativo e infra-estrutura -; – Identificar ações inovadoras concernentes à
procedimentos de avaliação dos processos aplicação das diretrizes gerais de currículo já
de ensino e aprendizagem; instrumentos aprovada pelo MEC.
normativos de apoio – composição do – Buscar, no plano curricular, a consistência
colegiado, procedimentos de estágio, trabalho do currículo com a fundamentação teórico-
de conclusão de curso, etc. metodológica do curso, com o perfil do

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egresso, com os objetivos declarados do mais significativa, associada à pesquisa e à


curso, com relação às diretrizes curriculares inovação.
nacionais.
Buscar a adequação da metodologia de
ensino proposta à fundamentação teórico- Os termos pesquisa, trabalho científico,
metodológica do curso; investigação científica são definidos como
qualquer investigação metódica, desenvolvida
●● Sistema de avaliação para fornecer informações que possam
solucionar um problema (Vickery, 1972:33).
– Projeto institucional de monitoramento e
avaliação do Curso. Pesquisa científica é definida por Menezes
(1993:39) como o estudo minucioso e
(Formulário do Plano de Desenvolvimento sistemático, com a finalidade de descobrir
Institucional – PDI, disponível em http:// ou detectar fatos ou princípios relativos às
www2.mec.gov.br/sapiens/Form_PDI.htm.) diversas áreas do conhecimento humano.
Os resultados de uma pesquisa científica
são divulgados em forma de publicação, que
A construção do PPC, tal como a do PPP, é pode ser um livro, um artigo de periódico,
um processo de planejamento participativo. uma comunicação em congresso, uma
Embora a participação do docente na dissertação, tese ou outro suporte físico.
construção do PPC não possa ser imposta, Para Moura (1993:19), trabalhos publicados
ela é implícita. Vale aqui lembrar as palavras e publicações são termos usados para
de Masetto (2003) sobre a necessidade do designar os documentos escritos de diversas
docente sentir-se responsável “por colaborar naturezas, os quais, por meio de registros
com a formação de um profissional, e não gráficos ou impressos, são editados com a
apenas o ministrador de uma disciplina”. finalidade de difusão ao público.
Outro aspecto a ser ressaltado quanto à
importância da participação do docente, é Por intermédio das atividades de ensino,
que se trata de um documento fundamental pesquisa e extensão, as universidades
para a elaboração dos planos de ensino. se voltam para a criação, a produção de
conhecimento, e a busca do saber. Por essa
Consideramos oportuno lembrar que razão, precisam também preocupar-se em
um importante elemento constitutivo do PPC como disseminar competentemente esses
é o currículo, que deve ter como orientação conhecimentos, que só se concretizarão se
básica as Diretrizes Curriculares Nacionais lograrem comunicação, exigindo-se, portanto,
e estar em consonância como o perfil do condições propícias para a divulgação da
egresso. produção intelectual. Para Alves (1987:149),

Deve-se salientar também que um a publicação, suporte básico do processo


Projeto Pedagógico de Curso não deve de comunicação da produção científica e
centrar-se exclusivamente no ensino, mas cultural, transforma-se em forma motriz, na
vincular-se também aos processos de medida em que é recuperada e divulgada,
pesquisa e extensão. O envolvimento de impulsionando o desenvolvimento intelectual
estudantes de graduação em atividades e realimentando o ciclo de geração de
de iniciação científica ao mesmo tempo conhecimento.
em que contribui para as atividades de
pesquisa, resulta em melhor formação desses [...]a pesquisa encontra na Universidade,
estudantes, pois propicia uma aprendizagem através das atividades de ensino, pesquisa

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e extensão, o ambiente propício para A seguir serão apresentadas: justificativa


seu desenvolvimento. A produção do do curso; UFERSA; Curso de Administração
conhecimento científico está intimamente da UFERSA; integralizações curriculares;
associada à pesquisa, a qual deve seguir sistema de avaliação do projeto do curso e
princípios metodológicos para que a validade anexos.
de seus resultados seja assegurada. Dos
resultados das pesquisas resultam produtos Justificativa
materiais (equipamentos, componentes,
drogas), tecnologias (meios de produção,
técnicas de ensino, técnicas de preservação O Curso de Administração da Universidade
de energia) e textos, esta última considerada Federal Rural do Semi-Árido se justifica
a forma preferida pelo cientista/pesquisador a partir do contexto histórico, geográfico
para se comunicar com os outros cientistas e e sócio-político do município de Mossoró
com pessoas da comunidade. (OHIRA, 1998) e sua região, bem como, nos propósitos
SALTO PARA O FUTURO EDUCAÇÃO da Universidade diante deste contexto e
E INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA 01 do âmbito educacional do país, firmando
seus princípios e objetivos para solidificar
http://www.youtube.com/watch?v=sOwL5QX a interação com os diversos segmentos
VZQ4&feature=related da sociedade, a formação de profissionais,
Apresentamos a seguir um trecho da oferecendo cursos e programas educacionais,
Introdução do Projeto Pedagógico do Curso visando a atender a demandas sociais e ou
de Administração da Universidade Federal econômicas, de acordo com a legislação
do Semi-Árido (Mossoró-RN, 2009) em que vigente; produzindo, estimulando e
é possível identificar sua contextualização incentivando a investigação científica, de
com a realidade e sua possível articulação às forma articulada com o ensino e a extensão,
diferentes demandas da sociedade. intentando a produção do conhecimento e ao
desenvolvimento da ciência, da tecnologia, da
cultura e das artes, com o propósito precípuo
de resgatar seu caráter público e sua função
Introdução social, conforme expresso no estatuto da
Instituição.
O presente Projeto Pedagógico versa sobre
o Curso de Administração da Universidade Síntese histórica do
Federal Rural do Semi-Árido - UFERSA, que município de Mossoró
busca formar administradores para atuar
nos diversos setores da sociedade. O projeto A cidade de Mossoró se apóia nas tradições
atende aos pressupostos legais e regimentais e em histórias que demonstram resistência.
que orientam esta formação no Brasil e define Antecipou-se à libertação da escravatura,
uma identidade própria para a formação do combateu o bando do cangaceiro Lampião
profissional na universidade, considerando, e foi berço da primeira eleitora da América
deste modo, a missão a que se propõe. Latina. A princípio, era apenas uma fazenda,
“Santa Luzia”. A fixação demográfica foi
Esse documento foi elaborado com a iniciada pela criação de gado, pela oficina
participação dos docentes, discentes e de carnes e pela extração do sal. Segundo
técnicos administrativos envolvidos com o a tradição, a primeira exploração de
curso. Mossoró teria se dado no decorrer do ano
de 1633. Embora baseada na tradição, a
informação merece atenção, de acordo

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com alguns historiadores, visto que, em


1612, o povoamento chegou até o Rio Assu, Economia do município
caminho natural para o Jaguaribe, que, O comércio de Mossoró é um dos mais
obrigatoriamente, passava por Mossoró. variados e dinâmicos do Rio Grande do
Em 13 de fevereiro de 1852, “foi lida na Norte. O Sindicato do Comércio Varejista
Assembleia Provincial uma representação dos (SINDVAREJO) contabiliza quatro mil
habitantes da freguesia de Santa Luzia do empresas filiadas. Juntas elas geram pelo
Mossoró pedindo que se elevasse a povoação menos cinco mil empregos diretos. A Junta
à categoria de Vila e município.” A lei nº 246 Comercial do Estado do Rio Grande do
de 15 de março de 1852 elevou o povoado Norte contabiliza números maisexpressivos,
à categoria de vila, com o título de Vila de com cerca de 5.100 empresas comerciais
Santa Luzia de Mossoró. Em 09 de novembro legalizadas em atuação (http://www.
de 1870, a Lei Provincial n. 620 conferiu- mossoro.rn.gov.br/origem.php).
lhe as honras de cidade (Texto adaptado de
http://www.mossoro.rn.gov.br/origem.php). Sal, petróleo e agroindústria são
referenciais da economia de Mossoró. O setor
Posição geográfica do industrial tem vivido ciclos diferenciados.
município No passado, junto ao sal que ainda hoje
se sobressai apesar da crise pela qual
Mossoró tem localização bastante passa o setor, floresceram as indústrias de
privilegiada. É situada entre duas capitais beneficiamento de algodão e da cera de
(Fortaleza e Natal), circundada pelas carnaúba. A vocação industrial extrativista
BR’ s 110, 304 e 405, além de rodovias de Mossoró a coloca hoje no pódio como
intermunicipais. Pelo pregão turístico, é principal produtora de sal e de petróleo (em
conhecida como “a terra do sol, do sal e do área terrestre do país). Contribui com 50%
petróleo”. Apesar de localizar-se no sertão, da produção salineira do país e mais de 3.500
possui fácil acesso às praias, sendo Tibau poços de petróleo, produzindo 47 mil barris/
a mais próxima, seguida por Areia Branca dia, colocam o município como o segundo do
com Upanema (48 Km), Ponta do Mel (53 país. O primeiro em terra. Mossoró tem ainda
Km), Morro Pintado (50 Km). Limita-se ao uma unidade fabril de cimento (http://www.
norte com o Estado do Ceará e o Município mossoro.rn.gov.br/origem.php).
de Grossos, ao sul com os Municípios de
Governador Dix-Sept Rosado e Upanema, Mossoró começa a se viabilizar como pólo
ao leste com Areia Branca e Serra do Mel e ceramista do Rio Grande do Norte. A empresa
a oeste com Baraúna. Integra uma região catarinense Itagres Revestimentos Cerâmicos
de cerca de 20 municípios com distâncias já começou a construir sua filial na cidade,
que variam entre 40 e 140 quilômetros, que vai se chamar Porcelanatti Revestimentos
favorecendo sua integração na região (http:// Cerâmicos. A segunda empresa do pólo
www.mossoro.rn.gov.br/origem.php). será a Cerâmica Porto Rico, que já assinou
protocolo de intenções com a Prefeitura de
Clima e população Mossoró (http://www.mossoro.rn.gov.br/origem.
php).
Seu clima é semi-árido. População é de
241.645 habitantes (Censo 2008 - Fonte A carcinicultura (criação de camarões em
IBGE). cativeiros) está atraindo grupos nacionais
e estrangeiros que vêem um mercado
promissor na região salineira de Mossoró.
Pelos dados do Núcleo do SEBRAE, o

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Município tem cadastradas 400 indústrias nos Mossoró e do Carmo. Essa várzea é inundada,
diversos ramos de atividade (http://www. ora pelas águas do mar, ora pelas águas
mossoro.rn.gov.br/origem.php). das enchentes dos rios, que quando cessam
as chuvas formam salinas naturais, onde o
Maior produtor de petróleo em terra do relevo é plano e baixo, estreitando-se para o
Brasil - Campo de Canto do Amaro (BR- litoral, onde a água do mar chega a alcançar
110 Mossoró-Areia Branca) 47.000 bbl/d até 35 Km do litoral. Essa série de fenômenos
(barris por dia) com cerca de 3.500 poços naturais é que faz com que Mossoró possa
perfurados. O petróleo é hoje o produto figurar entre os municípios produtores de
de maior representação na economia de sal do Rio Grande do Norte (http://www.
Mossoró e do Rio Grande do Norte. Os 3.500 mossoro.rn.gov.br/origem.php).
poços perfurados que estão em operação no
município garantem uma produção média de A fruticultura tropical irrigada é um dos
47 mil barris de petróleo por dia. Isso torna filões da economia de Mossoró. A região
Mossoró campeã em recebimento de royalties polarizada pela pela cidade é reconhecida
da Petrobras no Estado. A cidade recebe, pelo Ministério da Agricultura, desde 1990,
em média, R$ 1,8 milhão por mês. Esses como Área Livre da praga Anastrepha
recursos são investidos na infra-estrutura Grandis, mais conhecida como “Mosca da
urbana do município (http://www.mossoro. Fruta”. Essa condição facilita a entrada dos
rn.gov.br/origem.php). produtos em mercados consumidores mais
exigentes, como a Comunidade Européia,
Maior produtor de sal do país - Produção Estados Unidos e Japão. O destaque fica
em 2000 - 2.161,385 (em toneladas). com o melão. O Rio Grande do Norte é
Aproximadamente 50% da produção responsável por 90% da produção brasileira
nacional. No ano de 2000, foram exportadas da fruta que é exportada. Em 2004 a região
através do Porto Ilha de Areia Branca de Mossoró produziu 194 mil toneladas de
746.078 toneladas. Deste total, 441.939 melão. 84,5% dessa produção, o equivalente
toneladas foram para a Nigéria, 245.939 a 164 mil toneladas, foi exportado. O
toneladas para os EUA, e as 58.200 toneladas restante (30 mil toneladas) atendeu ao
restantes foram para Venezuela, Uruguai e mercado interno brasileiro. As exportações
Bélgica. O sal grosso a granel é transportado de melão movimentaram um volume de
basicamente por via marítima (Navio). No recursos da ordem de US$ 64 milhões. O
ano 2000 foram embarcadas através do setor também é um dos grandes geradores
Porto Ilha 2.481.106 toneladas. Quanto ao de emprego em Mossoró e região. De acordo
sal beneficiado (moído, refinado, peneirado) com o Comitê Executivo de Fitossanidade
é escoado através do transporte rodoviário. do Rio Grande do Norte (COEX) atualmente
O sal foi um dos primeiros produtos a ser a fruticultura irrigada gera 24 mil empregos
explorado comercialmente no Rio Grande diretos e outros 60 mil de forma indireta
do Norte. A exploração normal e extensiva (http://www.mossoro.rn.gov.br/origem.php).
das salinas de Mossoró, litoral de Areia
Branca, Açu e Macau data de 1802. Mas o
conhecimento de jazidas espontâneas na Observem que o texto do documento
região já era conhecido desde o início da também situa o docente em relação à região
colonização. Um solo impermeável, o que onde desempenhará suas funções, o que
assegura condições ideais para a cristalização reforça sua importância, ainda mais, quando
e colheita do sal, com um grau de pureza que sabemos que o Brasil é um país de dimensões
atinge até 98º Baumé. As salinas de Mossoró continentais e que as possibilidades de se
estão localizadas na várzea estuarina dos rios trabalhar em uma IES distante do lugar

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onde crescemos ou nos formamos são bem Os processos de aprender e ensinar,


concretas. de aprender a ser professor e de
desenvolvimento profissional de professores
Planejamento do Ensino são lentos, iniciam-se antes do espaço
Ao iniciarmos esta última etapa formativo dos cursos de licenciatura e
do Planejamento Educacional, faz-se se prolongam por toda a vida. A escola
necessário deixar muito claro que o professor e outros espaços de conhecimento são
precisa planejar. Isso pode até soar como contextos importantes nessa formação.
cantilena, já que vem se repetindo ao longo Conhecimentos teóricos diversos assim
dessas aulas, no entanto, nunca é demais como aqueles que têm como fonte a
ressaltar a importância e a necessidade do experiência pessoal e profissional são
planejamento. objetos de aprendizagens constantes. A
Vimos nas duas aulas anteriores e na literatura voltada para a compreensão de
primeira parte desta aula que é importante processos de aprendizagem da docência
que o docente participe da construção do vem indicando o caráter individual e coletivo
Projeto Político Pedagógico (PPP) e do Projeto de tal aprendizagem; a força das crenças,
Pedagógico de Curso (PPC), pois são esses os valores, juízos na configuração de práticas
documentos que devem nortear os planos de pedagógicas; a reflexão como um processo
ensino, objeto da nossa atenção a partir deste de inquirição da própria prática no sentido
ponto. de, por meio dela, superar desafios, dilemas
e problemas; a importância das comunidades
Acredite no seu sonho
de aprendizagens e de processos
Conheça a história de um professor univer- colaborativos para o desenvolvimento
sitário que era analfabeto até os 18 anos, individual e coletivo; as escolas como
batalhou na vida e conseguiu não apenas
organizações que aprendem a partir da
fazer uma faculdade, mas também um
aprendizagem de seus participantes; as
mestrado e o doutorado, e atualmente e
professor universitário em um curso de ad- aprendizagens docentes como sendo situadas
ministração. e socialmente distribuídas; diferentes tipos
de conhecimentos necessários à docência que
http://mais.uol.com.br/view/a0ih7kquqchi/ passam gradativamente a compor a base de
como-pagar-um-curso-superior-acredite-no- conhecimento de cada professor; processos
seu-sonho-0402336CC4C11366 cognitivos acionados pelos professores para
a construção da referida base; a importância
Antes de tratarmos de maneira direta dos conteúdos e níveis de reflexão.
de Planejamento do Ensino, no entanto,
consideramos oportuno abordar algumas O texto acima, embora curto, é de
questões que consideramos relevantes para uma profundidade ímpar e dele podemos
a docência no Ensino Superior. Para tanto, extrair várias lições, sendo que uma
selecionamos autores que tratam da Docência das mais importantes é que o professor
no Ensino Superior e outros que tratam da aprende no exercício da prática docente. E
Educação de maneira geral. Todos têm em esse aprendizado se traduz em melhores
comum o fato de defenderem uma escola de resultados quando o professor faz um
qualidade e um professor comprometido com planejamento, pois é esse processo que vai
seu trabalho. lhe permitir refletir mais, prever com mais
Comecemos com Mizukami ((2006), que conhecimento e segurança os acontecimentos
trata de uma questão relevante: a da formação futuros e, também, possibilitar correções de
do professor. rota, caso algum imprevisto ocorra ou uma
mudança se mostre necessária.

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necessidades pedagógicas postas pelo real,


Conforme Masetto (2003),
para além dos esquemas apriorísticos das
ciências da educação. O retorno autêntico
Só recentemente os professores à pedagogia ocorrerá se as ciências da
universitários começaram a se conscientizar educação deixarem de partir de diferentes
de que seu papel de docente do ensino saberes constituídos e começarem a tomar
superior, como o exercício de qualquer a prática dos formados como o ponto de
profissão, exige capacitação própria e partida (e de chegada). Trata-se, portanto, de
específica e não se restringe a ter um reiventar os saberes pedagógicos a partir da
diploma de bacharel, ou mesmo de mestre ou prática social da educação.
doutor, ou ainda apenas o exercício de uma [...] No momento da terceira revolução
profissão. Exige isso tudo, e competência industrial, quando novos desafios estão
pedagógica, pois ele é um educador. colocados, à didática contemporânea
compete proceder a uma leitura crítica
Na mesma linha defendida por da prática social de ensinar, partindo da
Masetto, temos Pimenta (1999), que aponta realidade existente, realizando um balanço
a necessidade dos saberes pedagógicos: das iniciativas de se fazer frente ao fracasso
escolar. Além da consideração dos aspectos
Os alunos da licenciatura, quando arguidos epistemológicos característicos das áreas
sobre o conceito de didática, dizem em de conhecimento que denotam avanços
uníssono, com base em suas experiências, intrínsecos e que colocam novas questões
que “ter didática é saber ensinar” e “que ao ensino, pois dizem respeito a novos
muitos professores sabem a matéria, mas entendimentos da questão do conhecimento
não sabem ensinar”. Portanto, didática é no mundo contemporâneo, a renovação
saber ensinar. Essa percepção traz em si da didática terá por base os aspectos
uma contradição importante. De um lado, pedagógicos.
revela que os alunos esperam que a didática [...]
lhes forneça as técnicas a serem aplicadas Os saberes sobre a educação e sobre
em toda e qualquer situação para que o a pedagogia não geram os saberes
ensino dê certo; esperam ao mesmo tempo pedagógicos. Estes só se constituem a partir
em que desconfiam, pois também há tantos da prática, que os confronta e os reelabora.
professores que cursaram a disciplina (e até Mas os práticos não os geram com o saber
a ensinam) e, no entanto, não têm didática. da prática. As práticas pedagógicas se
De outro, revela que de certa maneira há um apresentam nas ciências da educação como
reconhecimento de que para saber ensinar estatuto frágil: reduzem-se a objeto de
não bastam a experiência e os conhecimentos análise das diversas perspectivas (história,
específicos, mas se fazem necessários os psicologia etc.). É preciso conferir-lhes
saberes pedagógicos e didáticos. estatuto epistemológico.
[...] Admitindo que a prática dos professores é
Criticando a fragmentação de saberes rica em possibilidades para a constituição da
na formação de professores e a flutuação teoria, Laneve (1993) preocupa-se em como
da pedagogia enquanto ciência que, ao o professor pode construir teoria a partir da
restringir-se a campo aplicado das demais prática docente. Aponta, entre outros fatores,
ciências da educação perde seu significado o registro sistemático das experiências,
de ciência prática da prática educacional, a fim de que se constitua a memória da
Houssaye (1995) aponta como caminhos escola. Memória que, analisada e refletida,
de superação, que nos empenhemos em contribuirá tanto à elaboração teórica quanto
construir os saberes pedagógicos a partir das

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Planejamento Educacional III

ao revigoramento e o engendrar de novas muitas mudanças já são sentidas por conta


práticas. das transformações ocorridas na sociedade
contemporânea, mas sabemos também que,
Pimenta (1999) ressalta a íntima até por conta disso, outras mudanças são
vinculação entre teoria e prática docente, necessárias se queremos que a Educação
o que, de muitas maneiras, nos remete ao Superior no Brasil ganhe mais qualidade.
texto de Mizukami: A formação do professor, conforme
é possível concluir pela leitura dos textos
Nas práticas docentes estão contidos anteriores, deve ser continuada, e isso
elementos extremamente importantes, diz respeito não só a docentes que recém
como a problematização, a intencionalidade começaram sua carreira, mas também inclui
para encontrar soluções, a experimentação os experientes. Conforme Zabalza (2008),
metodológica, o enfrentamento de situações
de ensino complexas, as tentativas mais Não resulta difícil entender que nenhuma
radicais, mais livres e mais sugestivas de inovação é viável sem um programa paralelo
uma didática inovadora, que ainda não está de formação do professorado. Para alguns
configurada teoricamente. professores este tipo de afirmação resulta
[...] chocante e, inclusive, ofensiva.
A importância da memória/estudo da É como se pretendessem dizer que eles/
experiência, segundo Laneve, constitui as não são capazes de se envolver no
potencial para elevar a qualidade da prática processo de convergência sem ter que
escolar, assim como para elevar a qualidade receber recursos para isso. Depois de tantos
da teoria. anos de experiência como professores lhes
[...] parece mais que sua capacidade docente e
Os saberes pedagógicos podem inovadora foi mais que demonstrada. Pode
colaborar com a prática. Sobretudo se ser que tenham razão, porém mais como
forem mobilizados a partir dos problemas exceção que como regra geral. O mais
que a prática coloca, entendendo, pois, plausível é considerar que se foram mantidas
a de dependência da teoria em relação metodologias e estratégias didáticas tão
à prática, pois esta lhe é anterior. Essa arraigadas nos sistemas tradicionais é
anterioridade, no entanto, longe de implicar porque nós, professores e professoras não
uma contraposição absoluta em relação à dominamos outras ferramentas. Por isso se
teoria, pressupõe uma íntima vinculação com faz necessária a formação. Com os muitos
ela. Do que decorre um primeiro aspecto da anos de experiência docente que muitos
prática escolar: o estudo e a investigação de nós possuímos, bastaria um pouco mais
sistemática por parte dos educadores sobre de esforço formativo (conhecer e dominar
sua própria prática, com a contribuição da outras formas de ensino) para que as aulas
teoria pedagógica.” se transformassem. Porque, em todo caso, ao
inovar também se aprende.
Diante do que foi exposto até o
momento é que fundamentamos a relevância
desta, diríamos, introdução ao Planejamento Vamos agora a uma outra questão
do Ensino. “O papel do professor como referente ao trabalho do professor, e que
apenas repassador de informações já abordamos ao longo das nossas aulas:
atualizadas está no seu limite”, aponta a importância do trabalho em equipe, da
Masetto (2003), e Zabalza (2008) fala da participação de todos na construção dos
importância da formação do professor para projetos. Ao referir-se especificamente ao
que mudanças sejam possíveis. Sabemos que

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Planejamento Educacional III

professor universitário, Masetto (2003) estão estabelecidas as disciplinas em que


aponta que: atuará. Aí recebe ementas prontas, planeja
individual e solitariamente, e é nesta
condição – individual e solitariamente –
É importante para o bom desenvolvimento do que deve se responsabilizar pela docência
processo de aprendizagem que o professor exercida. Os resultados obtidos não são
de uma disciplina entre em contato com os objeto de estudo ou análise nem individual
colegas que lecionam as mesma disciplina nem no curso ou departamento.
naquele semestre ou em outros semestres, Não recebe qualquer orientação quanto a
para que juntos possam discernir melhor processos de planejamento, metodológicos
o que é necessário que os alunos de ou avaliativos, não tem que prestar contas,
determinado curso aprendam com aquela fazer relatórios, como acontece normalmente
disciplina para sua formação profissional. nos processos de pesquisa, estes sim, objeto
A área de conhecimento de uma disciplina de preocupação e controle institucional.
é muito extensa e bastante profunda. Não se Como se percebe, a questão da docência na
trata de o aluno vir a conhecer tudo o que ela universidade ultrapassa os processos de sala
pode oferecer, mas as informações próprias de aula, colocando em questão as finalidades
para o curso que está freqüentando. Juntos do ensino de graduação, o que tem sido
os professores dessa disciplina poderão reconhecido em diferentes países.”
identificar melhor o que é necessário que o
aluno aprenda naquele curso e como fazer O quadro acima, apresentado por
para que a aprendizagem daquela disciplina Pimenta (2005), pode parecer desanimador,
seja significativa. mas a mesma autora aponta caminhos
Isso não significa tirar das mãos do para uma mudança na prática docente na
professor o comando da aula, mas levar “para Educação Superior:
sua ação docente a experiência de todo um Entendemos que uma identidade
grupo de especialistas na matéria” (Masetto, profissional se constrói a partir da significação
2003) social da profissão, da revisão constante dos
Acreditamos que este momento é oportuno significados sociais da profissão, da revisão
para recordar – e reforçar – o que nos disse das tradições. Mas também da reafirmação
Pimenta (2005) em Planejamento Educacional de práticas consagradas culturalmente e
II. A autora foi bastante contundente ao apontar que permanecem significativas; práticas que
uma situação freqüente, bem diferente do que
resistem a inovações porque prenhes de
Masetto considera necessário, e que, na maioria
saberes válidos às necessidades da realidade.
das vezes, apresenta efeitos negativos:
Ainda, do confronto entre as teorias e as
práticas, da análise sistemática das práticas
Na maioria das instituições de ensino à luz das teorias existentes, da construção
superior, incluindo as universidades, embora de novas teorias. Se constrói, também, pelo
seus professores possuam experiência significado que cada professor, enquanto ator
significativa e mesmo anos de estudos e autor, confere à atividade docente no seu
em suas áreas específicas, predomina um cotidiano, a partir de seus valores, de seu
despreparo e até um desconhecimento modo de situar-se no mundo, de sua história
científico do que seja o processo de ensino de vida, de suas representações, de seus
e de aprendizagem, pelo qual passam a ser saberes, de suas angústias e anseios, do
responsáveis a partir do instante em que sentido que tem em sua vida o ser professor.
ingressam na sala de aula. Em geral, os Assim como a partir de sua rede de relações
professores ingressam em departamentos com outros professores, nas escolas, nos
que atuam em cursos aprovados, onde já sindicatos e em outros agrupamentos.

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Planejamento Educacional III

Requer-se hoje um professor universitário


Por isso, é importante mobilizar os saberes competente. Por competência, entende-
da experiência, os saberes pedagógicos e os se aqui a “faculdade de mobiliza\r um
saberes científicos, enquanto constitutivos conjunto de recursos cognitivos (saberes,
da docência, nos processos de construção da capacidades, informações etc.) para
identidade de professores. (PIMENTA, 2005) solucionar com pertinência e eficácia uma
série de situações ligadas a contextos
culturais, profissionais e condições sociais”
Para encerrar, vamos falar dos desafios (PERRENOUD, 2000). Essas competências
atuais do professor universitário. Afinal, o que são entendidas menos como potencialidades
se espera desse profissional nessa segunda dos seres humanos e mais como aquisições
década do século XXI? ou aprendizados construídos. Elas só se
efetivam por meio de aprendizados que não
Pimenta (1999) chega a perguntar: ocorrem espontaneamente nem se realizam
da mesma forma em cada indivíduo. Logo,
Para que professores numa sociedade os professores precisam aprender estas
que, de há muito, superou não apenas a competências para desenvolvê-las.
importância destes na formação das crianças Requer-se um professor que disponha de
e dos jovens, mas também é muito ágil e conhecimentos técnicos em determinada
eficaz em trabalhar as informações? E, então, área do conhecimento, adquiridos não apenas
para que formar professores? em cursos de graduação e pós-graduação,
mas também mediante participação em
Não, não nos precipitemos, não vamos cursos de aperfeiçoamento e de atualização,
formar um juízo antes de ler a resposta que a eventos científicos e intercâmbio com outros
própria autora dá a essas indagações: especialistas. É necessário também que
disponha de conhecimentos decorrentes
Contrapondo-me a essa corrente de de trabalhos de pesquisa de campo, de
desvalorização profissional do professor e às laboratório ou de biblioteca.
concepções que o consideram como simples Requer-se um professor com visão
técnico reprodutor de conhecimentos e/ de futuro, atento à velocidade das
ou monitor de programas pré-elaborados, transformações tecnológicas, às mudanças
tenho investido na formação de professores, sociais, aos novos perfis profissionais que
entendendo que na sociedade contemporânea estão se desenhando, ás novas exigências do
cada vez mais se torna necessário o seu mercado de trabalho e aos desafios éticos.
trabalho enquanto mediação nos processos Que seja capaz de definir o que será melhor
constitutivos da cidadania dos alunos, para o para a formação de um profissional que vai
que concorre a superação do fracasso e das atuar daqui a alguns anos.
desigualdades escolares. O que, me parece, Requer-se um professor que aceite deixar
impõe a necessidade de repensar a formação de ocupar o centro do cenário do ensino e
de professores. reconheça os estudantes como parceiros
do processo de ensino. Que não se veja
Ao tratar dos desafios atuais do como especialista, mas como mediador do
professor universitário, Gil (2010) aponta processo de aprendizagem. Que tenha a
uma mudança em relação às características disposição de ser uma ponte entre o aprendiz
consideradas importantes no passado e as e a aprendizagem – não uma ponte estática,
atuais, e relaciona os requisitos necessários, mas uma ponte “rolante”, que ativamente
dentre os quais destacamos: colabora para que o aprendiz chegue a seus
objetivos (MASETTO, 2003).

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Planejamento Educacional III

no tema. Foi a maneira que encontramos


Um outro requisito apontado por para ressaltar que “o trabalho pedagógico
Gil (2010) é o do professor transformador é o campo de atuação por excelência do
que “mude o foco de ensinar e passe a se professor, sendo que a qualidade é decisiva
preocupar com o aprender, principalmente para o resgate da dignidade profissional”
com o aprender a aprender”. (VASCONCELLOS, 2003).
Para Vasconcellos (2003), é preciso
resgatar o professor como sujeito histórico de Ao apresentar “algumas exigências em
transformação. Conforme este autor, relação aos vários aspectos do trabalho do
professor, numa perspectiva de emancipação
O autêntico professor não é autocentrado, humana”, Vasconcellos (2003) aponta o
não se perde num narcisismo cego e planejamento
exacerbado. Pelo contrário, sabe-se fazendo
parte de um movimento muito maior, que Assumido como instrumento de
articula tradição (passado), engajamento transformação da prática. Pela superação do
(presente) e horizonte (futuro); pelo acesso dogma de “cumprir o programa”. A tarefa
ao conhecimento, percebe cada vez mais a fundamental do professor não é cumprir
extraordinária complexidade do mundo, o que o programa, mas ajudar o educando a
o remete à humildade. Não se trata, pois, desenvolver-se e compreender a realidade,
de formar “discípulos” fiéis e admiradores da sendo o programa u meio para isto e não um
sua – eventual – capacidade de explicitar a fim em si mesmo.
rede de relações do real. Trata-se, isto sim,
de convidar o outro (o aluno, o colega, etc.), Ao abrirmos este tópico falamos em
consciente e desejantemente, a fazer parte competência, mas o que é ser competente?
da rede, seja no sentido da inserção crítica na Para Zabalza,
realidade, quanto no fortalecimento dos laços
de competência, solidariedade e compromisso Não é fácil estabelecer o que é um docente
com a transformação. competente, nem quais são as supostas
competências que deve possuir um docente,
Olhares sobre a atualização pedagógica nem como elas chegam a ser obtidas,
de professores universitários
sobretudo, em um contexto como o nosso
Trecho do vídeo de 40 minutos que traz uma no qual não existe exigência prévia alguma
série de reflexões sobre a importância da (relacionada com a docência) para iniciar-se
atualização pedagógica dos professores no como docente universitário.
ensino superior, além de estimular a reflexão
sobre as dificuldades e os avanços na prática Em um trabalho recente, tratei de
educacional e docente na UFPE. explicitar as 10 competências que, no
meu modo de ver, caracterizam o que
http://www.youtube.com/watch?v=NJvGqk1Ealo
um docente universitário deve possuir
para desenvolver “com competência” seu
trabalho formativo. Essas competências têm
Planejar o ensino a ver como Planejar o processo de ensino-
aprendizagem; Selecionar e apresentar os
O planejamento do ensino está conteúdos disciplinares; Oferecer informações
vinculado à qualidade do trabalho docente, e explicações compreensíveis (competência
à competência do professor. Esta é a razão comunicativa); Utilizar didaticamente
de termos percorrido o caminho acima as Novas Tecnologias; Gerenciar as
estabelecido até entrarmos diretamente metodologias de trabalho e as tarefas de

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aprendizagem; Relacionar-se adequadamente


com seus estudantes; Tutorar; Avaliar; “Previsão inteligente e bem calculada de
Refletir e pesquisar sobre o ensino; Envolver- todas as etapas do trabalho escolar que
se com a instituição. Cada uma de tais envolvem atividades docentes e discentes, de
competências serve, por sua vez, como modo a tornar o ensino seguro, econômico e
referente para poder analisar a qualidade de eficiente.” (MATTOS, apud NÉRICI, 1989).
nossa docência.

[...] “Processo de tomada de decisões bem


informadas que visam à racionalização
Em todo caso, não se trata de estabelecer das atividades do professor e do aluno, na
grandes listas de condições ou qualidades. situação ensino-aprendizagem, possibilitando
Estas costumam não servir para nada. O melhores resultados e, em consequência,
importante é deixar claro que o bom ensino maior produtividade”. (TURRA, ENRICONE ET
não se restringe a uma boa explicação dada ALL, apud NÉRICI, 1989).
em aula. Ser um bom explicador é algo muito
bom e ajuda os estudantes a aprenderem, Leal amplia esses conceitos e os
mas ser um bom docente envolve outros aproxima mais da realidade atual:
elementos. Passar da competência docente
à excelência amplia ainda mais o leque Mas o que significa planejamento do
de espaços que os docente universitários ensino e suas finalidades pedagógicas? O
deveríamos dominar e em função dos quais que é o planejamento docente? O plano de
haveria de produzir-se nossa progressão aula? O projeto de disciplina? A programação
profissional. semestral? O projeto pedagógico? Esses
conceitos, atualmente, foram redefinidos,
Entrevista com Mário Sérgio Cortella
– do início até 1:50 não só por conta da Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional, mas também
Nesta entrevista, Cortella fala sobre o do- como resultante do novo modelo de
cente e as competências. sociedade, onde alguns denominam de
sociedade aprendente, outros, sociedade do
http://www.youtube.com/ conhecimento.
watch?v=dl27P8WQH-Q&feature=related
O que é importante, do ponto de vista
Vimos que uma das competências do ensino, é deixar claro que o professor
apontadas por Zabalza é Planejar o processo necessita planejar, refletir sobre sua ação,
de ensino-aprendizagem, e é este o nosso pensar sobre o que faz, antes, durante e
foco a partir deste momento. Como este nível depois. O ensino superior tem características
de planejamento educacional se desenvolve muito próprias porque objetiva a formação
basicamente a partir da ação do professor, do cidadão, do profissional, do sujeito
este, mais do que nunca, segue fazendo enquanto pessoa, enfim de uma formação
parte de nossa abordagem. que o habilite ao trabalho e à vida.
Para iniciar, vejamos o que dizem Voltemos a questão inicial. O que significa o
alguns autores sobre planejamento de planejamento de ensino? Por que o professor
ensino: deve planejar? Quais os procedimentos, os
“O planejamento de ensino visa à instrumentos, as técnicas, os métodos, os
concretização das experiências preconizadas recursos e as finalidades pedagógicas do
pelas atividades, áreas ou disciplinas de um planejamento de ensino? Um ato político
currículo”. (NÉRICI, 1989) pedagógico? Uma carta de intenção? Uma

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reflexão sobre o saber fazer docente? Antes Uma das decisões, aponta Gil, é a da
de desenvolver algumas dessas questões, é escolha do conteúdo programático e a esse
imprescindível afirmar que existem diferentes respeito ressalta Lerner:
abordagens sobre o assunto. Tais abordagens Olhando de fora, a tarefa de selecionar
se diferenciam pela forma como tratam a conteúdos parece consistir simplesmente em
temática, todavia se afinam quantos aos seus escolher entre saberes preexistentes – já
elementos constitutivos. Assim considerado, elaborados pelas diferentes ciências que se
arrisca-se afirmar que o planejamento do ocupam deles. Selecionar se reduziria então
ensino significa, sobretudo, pensar a ação a definir critérios para decidir quais desses
docente refletindo sobre os objetivos, os saberes serão ensinados.
conteúdos, os procedimentos metodológicos, No entanto, como há tempo Chevallard
a avaliação do aluno e do professor. O (1997) mostrou, a decisão acerca de quais
que diferencia é o tratamento que cada são os conteúdos a ensinar e quais serão
abordagem explica o processo a partir de considerados prioritários supõe, na realidade,
vários fatores: o político, o técnico, o social, o uma verdadeira reconstrução do objeto.
cultural e o educacional. (LEAL, 2005) Trata-se de um primeiro nível da transposição
didática: a passagem dos saberes
cientificamente produzidos ou das práticas
Gil (2010) ressalta que o planejamento socialmente realizadas para os objetos ou
do ensino práticas a ensinar. Vejamos em que sentido
essa passagem supõe uma construção

É alicerçado no planejamento curricular 1) Em primeiro lugar, selecionar é


e visa ao direcionamento sistemático das imprescindível, porque é impossível ensinar
atividades a serem desenvolvidas dentro e tudo: mas, ao selecionar determinados
fora da sala de aula com vistas a facilitar o conteúdos, nós os separamos do contexto da
aprendizado dos estudantes. ciência ou da realidade em que estão imersos
O professor universitário, ao assumir e, nessa medida, eles são transformados e
uma disciplina, precisa tomar uma série reelaborados. A responsabilidade em relação
de decisões. Precisa, por exemplo, decidir ao projeto curricular é enorme, poreque
acerca dos objetivos a serem alcançados muitas deformações do objeto podem ter sua
pelos alunos, do conteúdo programático origem nesse processo de seleção e, por isso,
adequado para o alcance desses objetivos, é fundamental exercer uma vigilância que
das estratégias e dos recursos que vai adotar permita evitar um distanciamento excessivo
para facilitar a aprendizagem, dos critérios de entre o objeto de ensino e o objeto social de
avaliação etc. referência.
Todas essas decisões, nem como os meios
necessários para sua viabilização, fazem
parte do planejamento de ensino, que se 2) Por outro lado, toda seleção supõe ao
configura como condição essencial parao mesmo tempo uma hierarquização, uma
êxito do trabalho docente. De fato, à medida tomada de decisão acerca do que é que se
que as ações docentes são planejadas, vai considerar propritário, do que é que se
evita-se a improvisação, garante-se maior enfatizará no âmbito desse objeto de ensino..
probabilidade de alcance dos objetivos, Agora, em que se basear ao tomar essas
obtêm-se maior segurança na direção do decisões? Para fundamentá-las, não é
ensino e também maior economia de tempo e suficiente – ao contrário do que às vezes se
de energia. pensa – recorrer às ciências que produzem
os saberes que são ensinados. Os propósitos

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educativos cumprem um papel fundamental A quem, o que e como


como critério de seleção e hierarquização dos
conteúdos. ensinar, e como verificar e
Olhares sobre a prática docente no en- avaliar a aprendizagem
sino superior

Junção de vários vídeos produzidos pelos  A quem ensinar – de acordo com o tipo de alunos a que visa o ensino. Mais, ainda,
refere-se às peculiaridades e possibilidades dos mesmos. Este é um aspecto
alunos da disciplina “Pró-docencia” no seg- fundamental do planejamento didático, e todo trabalho escolar deve girar em torno deste
tópico. De nada adianta um planejamento minucioso se não tem em mira quem dele se
undo semestre de 2008 possa aproveitar. Ou melhor, o planejamento tem probabilidades de sucesso quando
efetuado sem esquecer a quem se destina. Não é demais repetir que a escola existe
porque existem alunos, e é com base nas necessidades e peculiaridades destes, em
conjugação com as necessidades do meio, que deve ser erigida toda a estruturação da
http://www.youtube.com/ escola e do ensino.

watch?v=dl27P8WQH-Q&feature=related  O que ensinar – de acordo com o curso e grau do mesmo, bem como o conteúdo que
tem de ser tratado. A seleção da matéria é tarefa que se impõe, devendo ser dada
preferência à que tenha valor funcional, que mais se ligue aos problemas da atualidade e
tenha maior valor social. O trabalho de seleção não pode deixar de lado o ponto de vista
dos interesses regionais e das necessidades e fase de desenvolvimento do educando.
Objetivos mais significativos Quanto ao item em foco, o professor tem de levar em conta as outras disciplinas e
atividades do currículo, a fim de se articular com as mesmas, em planejamento global da
escola.

do planejamento de ensino
 Como ensinar – de acordo com os recursos didáticos que o professor tem de utilizar
para alcançar os objetivos que se propõe, através da aprendizagem de seus alunos.
Compreende as técnicas de ensino e todos os demais recursos auxiliares, que não são
mais do que meios de que lança mão para estimular a aprendizagem no educando.
 Dar uma visão global e detalhada do ensino a ser levado a efeito em uma atividade,
área de estudo ou disciplina;  Como verificar e avaliar – refere-se à maneira de recolher dados a respeito da
aprendizagem dos educandos e como avaliá-los, a fim de saber se o ensino está surtindo
 racionalizar as atividades docentes e discentes.; os efeitos esperados, se está adequado a quem se destina e se é preciso realizar
alterações ou reajustes no planejamento de ensino.
 tornar o ensino mais eficiente;

 tornar o ensino mais controlado;

 conduzir os educandos mais seguramente para os objetivos desejados;


Fonte: baseado em NÉRICI, 1989
 possibilitar um acompanhamento mais eficiente dos estudos dos educandos;

 evitar improvisações;

 proporcionar sequência e progressividade nos trabalhos escolares;

 dispensar mais atenção aos aspectos essenciais do conteúdo a ser tratado;


Fases de um planejamento

de ensino
 evitar perdas de tempo com aspectos secundários das atividades escolares;

 facilitar a distribuição dos conteúdos selecionados para o ensino, pelo tempo


disponível;  Sondagem ou diagnose, para se ter uma visão real quanto à realidade com que se vai
trabalhar;
 propor trabalhos adequados ao tempo disponível;
 estabelecimento de objetivos da maneira mais clara, simples e objetiva possível;
 criar condições para que a ação didática se realize dentro das melhores condições
possíveis;  previsão do conteúdo (conteúdo programático) que possa conduzir aos objetivos
almejados;
 propor trabalhos escolares adequados às possibilidades dos educandos;
 estrutura do plano de ação didática (estratégia instrucional) que mais adequadamente
 possibilitar o recrutamento dos recursos didáticos em tempo hábil para serem possa trabalhar o conteúdo, a fim de que os objetivos sejam alcançados com maior
utilizados; eficiência e probabilidade de êxito;

 revelar consideração e respeito pelos educandos, uma vez que o planejamento é  avaliação, que vai prever as formas e critérios de avaliação durante o desenvolvimento
do planejamento e no seu término, a fim de ser levado a efeito um trabalho de constante
demonstração de que a escola e o professor pensam no que vão fazer...
reajustamento que permita melhorar o desempenho escolar.
 prever as mudanças comportamentais desejadas;

 proporcionar seqüências de aprendizagem a partir das experiências anteriores dos


educandos e das reais possibilidades dos mesmos;
Fonte: baseado em NÉRICI (1989)
 promover, sempre que possível, a integração dos diversos setores de estudo.

Fonte: baseado em NÉRICI, 1989


Qualidades que um planejamento de ensino deve apresentar: sequência,
flexibilidade, objetividade e coerência.

O quadro abaixo resume o que todo e


qualquer planejamento de ensino deve conter

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Planejamento Educacional III

Bibliografia
 Prever mudanças de comportamento, pois por meio deste é que é possível aquilatar-se a
consequência ou não do ensino.

 Promover uma inter-relação entre as atividades, áreas de estudo e disciplinas. BRASIL, MEC/CONAE/INEP. Avaliação
 Prever aprendizagem dos conceitos básicos das atividades, áreas de estudo ou disciplinas, externa de Instituições de Educação Superior:
para que os educandos possam mais facilmente desenvolver um processo de pesquisa,
desenvolvimento e transferência do que foi aprendido. diretrizes e instrumento. Brasília: 2006.
 Partir sempre das experiências anteriores e das possibilidades dos educandos, para que o Disponível em http://www.publicacoes.inep.
ensino tenha um sentido de continuidade, sem saltos. Aliás, quando se exigem pré-requisitos
para um determinado estudo, visa-se dar continuidade a eles. gov.br/arquivos/%7B46C0A134-14BE-4DD9-
8E8E-4A426BF86CA4%7D_Avaliação%20
Externa%20DAS%20IES%202006.pdf, acesso
Fonte: baseado em NÉRICI, 1989 em 19/02/2011.
BRASIL, MEC/Secretaria de Educação
Continuada, Alfabetização e Diversidade.
Trabalhando com a educação de jovens e
Plano de ensino adultos: avaliação e planejamento. Brasília:
MEC, 2006. Disponível em http://portal.mec.gov.
br/secad/arquivos/pdf/eja_caderno4.pdf, acesso
As decisões decorrentes do
em 18/12/2010)
planejamento devem ser consolidadas em
BRASIL, MEC. Formulário do Plano de
planos de ensino, que percorrem o caminho
Desenvolvimento Institucional – PDI. disponível
do mais geral para o menos geral.
em http://www2.mec.gov.br/sapiens/Form_PDI.
O plano da disciplina, que vem em htm, acesso em 28/03/2011.
primeiro lugar, é a previsão de todas as GIL, Antonio Carlos. Didática do ensino superior.
ações a serem desenvolvidas durante o ano São Paulo: Atlas, 2010.
ou semestre letivo. A seguir, o professor LEAL, Regina Barros. Planejamento de
elabora os planos de unidade, que orientam ensino: peculiaridades significativas. Revista
sua ação em relação a cada uma das partes Iberoamericana de Educación. Publicação
da disciplina (GIL, 2010). Cada unidade editada pela OEI. Nº 37/3, 2005. Disponível em
corresponde a ações que serão desenvolvidas http://www.rieoei.org/deloslectores/1106Barros.
ao longo de um certo número de aula (GIL, pdf, acesso em 14/02/2011.
2010). Por fim, temos o plano de aula, que LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real,
procura efetivar o planejamento do ensino da o possível e o necessário. Porto Alegre: Artmed,
unidade. 2002.
MASETTO, Marcos Tarciso. Competência
Plano: um documento utilizado para o registro de decisões, como o que Pedagógica do Professor Universitário. São
se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com quem fazer. Todo plano
começa pela discussão sobre os fins e objetivos do que se pretende Paulo: Summus, 2003.
realizar. Na educação, ele apresenta de forma organizada as decisões MIZUKAMI, Maria das Graça Nicoletti.
tomadas em torno das práticas educativas que serão desenvolvidas. O
plano é produto do planejamento e funciona como guia do(a) Aprendizagem da docência: conhecimento
professor(a). Como acompanha uma prática, está sempre sujeito a específico, contextos e práticas pedagógicas. In
modificações. (BRASIL, 2006)
NACARATO, A. M. & PAIVA, M. A. V. (orgs.). A
formação do professor que ensina matemática.
Belo Horizonte: Autêntica, 2006.
Os planos de disciplina, unidade e aula
NÉRICI, Imideo G. Didática: uma introdução.
serão objeto de estudo da nossa próxima e
São Paulo: Atlas, 1989.
última aula de Planejamento Educacional.
OHIRA, Maria Lourdes Blatt. Por que fazer
pesquisa na universidade?Revista ACB. Vol. 3,
nº 3, 1998. Disponível em http://revista.acbsc.
org.br/index.php/racb/article/viewArticle/329/388,
acesso em 11/03/2011.
PIMENTA, Selma Garrido. Professor

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Planejamento Educacional III

– pesquisador: mitos e possibilidades.


Contrapontos. Itajaí, v. 5, nº 1, p. 09-22., jan./
abr., 2005. Disponível em http://www6.univali.
br/seer/index.php/rc/article/download/802/654,
acesso em 14/02/2011.
________________________ Saberes
pedagógicos e atividade docente. São Paulo:
Cortez, 1999.
VASCONCELLOS, Celso dos S. Para onde vai
o professor? Resgate do professor como sujeito
de transformação. São Paulo: Libertad, 2003.
UFERSA. Projeto Pedagógico do Curso de
Administração. Mossoró: 2009. Disponível em
http://www2.ufersa.edu.br/portal/view/uploads/
setores/15/PPC/administracao.pdf, acesso em
05/03/2011.

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