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1)

Como visto na obra de Dalgalarrondo (2008), em que são apresentados conceitos da


psicopatologia médica clássica, da psicopatologia fenomenológico-existencial e da
psicopatologia psicanalítica, o autor distingue “síndromes” de “entidades nosológicas
(nosologia: ramo da medicina que estuda e classifica as enfermidades), doenças ou
transtornos específicos”. Disserte acerca desta importante distinção, ou seja, dada entre as
síndromes e as doenças específicas da psique humana.

Os conceitos de ‘síndrome” e “doença”, são distintos. A


síndrome é constituída por um conjunto de sintomas e sinais que podem estar ligados a
diferentes patologias. Assim, uma determinada síndrome pode associar-se à patologia A, mas
também à B, que muitas vezes à partida nem possui grande similitude com a A mas partilha
síndromes. Assim a síndrome é uma condição médica com certa consistência, enquanto que a
doença é uma entidade específica em que determinados sintomas têm obrigatoriamente de
estar presentes. No síndrome podemos presumir uma certa coerência nos sintomas e é o
critério mais usado na clínica, mas já a doença propriamente dita, que se enquadra em uma
classificação nosológica, compreende características sintomáticas bem definidas e precisas,
permite a determinação etimológica da doença, um prognóstico para além do diagnóstico,
acurado, permitindo uma proposta terapêutica mais completa e eficaz, mas sendo de mais
difícil diagnóstico, pois tem de cumprir critérios mais “apertados” para o seu uso.
Especificamente na psicanálise facilita a determinação dos fatores causais, mecanismos
psicológicos e psicopatógicos precisos e antecedentes familiares

Para além dos aspetos descritos, é também muito útil no estudo da psicopatologia

2)

Defina psicopatologia e comente suas origens e seu campo de atuação.

A psicopatologia pode definir-se como o estudo das alterações


do comportamento associadas à personalidade dos indivíduos e que assenta seus conceitos
nos da antropologia, sociologia, psicologia e filosofia.

No sentido preciso, trata-se pois do estudo daquilo que se chama a doença mental, em toda a
sua abrangência, estudando a doença sobre variadas perspectivas, consoante o objetivo que
se tenha na classificação de um quadro psicopatológico, que pode variar desde o tratamento
psiquiátrico e psicológico ou psicodinâmico e tendo igualmente aplicação em neurologia. O
transtorno ou doença tem igualmente aplicação legal. Por exemplo no caso de alguém que
tenha cometido um crime, tenta-se por vezes verificar o nível de consciência aquando da
pratica desse crime, determinando se o indivíduo estava ou não ciente da gravidade de seus
atos no momento (imputabilidade vs. Imputabilidade legal).

A psicopatologia articula diferentes partes, a biológica, hereditária, a psicológica e também a


significação destas em um contexto cultural. As pressões sociais exercidas em torno do sujeito,
as vivências familiares de infância e atuais, tentando determinar a prevalência de um
transtorno mental, para posterior classificação e consequente tratamento mais indicado
segundo o caso. Para além das propriamente chamadas doenças mentais que possuem uma
permanência e consistência de determinados elementos que as caracterizam, estuda
igualmente estados transitórios que podem ou não se configura como sintomas e sinais
associados a determinada psicopatologia.

Considera-se doença mental, as vivências alteradas de uma pessoa, vividas dentro de um


campo subjetivo, psicológico e também médico-biológico, mas igualmente dentro do contexto
social, que irá definir em parte o que é aceite e o que não é como “normalidade”. No exemplo
da Grécia antiga, se observarmos os padrões dessa sociedade Grega, veremos que, por
exemplo, os fenómenos sexuais relativamente à homossexualidade entre outros, tinham uma
conotação totalmente diferente do estigma que os caracteriza hoje. Assim, e ao longo dos
tempos esses e muitos conceitos têm vindo a sofrer modificações.

A psicopatologia como ciência autónoma, mas que se aplica à psicologia, psiquiatria,


psicanálise, neurologia e até útil na sociologia, tem a sua origem de uma forma nosológica
(classificação psiquiátrica) aplicada ainda só à medicina e sendo sua integrante, com Phillipe
Pinel e Jean Esquirol no séc. XIX. Posteriormente é que vem a tornar-se um campo autónomo
de estudo.

Na denominada psicopatologia clássica tem influência marcante Kraeplin. Ele vem a ter uma
enorme influência na nosologia moderna e sua estruturação. E ainda hoje tem a sua influência.

A psicodinâmica, que nos diz diretamente respeito em psicanálise, origina-se com Freud
também no séc. XIX, mas é aqui que se distingue das ciências médicas. Freud irá dar
prevalência ao estudo das origens psicológicas dos distúrbios mentais e até estabelecer uma
outra estrutura nosológica, própria da psicanálise, que visava primeiramente o tratamento das
diversas neuroses, ampliando-se depois às perversões e mais tarde às psicoses, e em uso
corrente ainda em nossos dias.

A partir deste desdobramento, se podemos chamar assim, paralelamente passaram a coexistir


dois ramos paralelos, o da psiquiatria e psicologia, relativamente à classificação e etiologia dos
transtornos mentais, e o da psicanálise.

Na psicopatologia de origem clássica, o estudo psicopatológico aplica-se a vários ramos.


Psiquiatria e psicologia forenses, Epidemiologia psiquiátrica, etnopsiquiatria, psicopatologia
comparativa e trans cultural, capacitação profissional e estudo epidemiológico, e claro a
pratica clínica que é onde, mais significativamente, tem a sua maior projeção.
3)

Discuta os dois aspectos básicos dos sintomas psicopatológicos.

Os sintomas são sinais específicos que por sua vez estão


associados em conjunto com as síndromes a uma patologia especifica, ou entidade nosológica,
como classificação psiquiátrica. O sintoma, per se, é uma vivência especifica de natureza
incomoda e persistente, que ocorre associado a um transfundo específico. Assim temos dois
transfundos distintos, os transfundos estáveis, como a personalidade do sujeito, a inteligência,
o seu temperamento etc. e os transfundos mutáveis, como o nível de consciência em que um
sintoma se faz sentir em determinado momento, o estado de humor desse momento, as
circunstâncias em que ocorreu o surgimento desse sintoma. Estes dois, interatuando entre si,
fornecem dados mais objetivos do porquê do aparecimento daquele estado.

Note-se que um sintoma em si não constitui nem uma síndrome e muito menos uma
patologia, ele apenas indica um sinal que se repete e persiste, e conjuntamente com outros
pode indicar uma direção a seguir no diagnóstico.

4)

Quais são os critérios de normalidade tipificados por Dalgalarrondo (2008), a partir da página
32 da obra sob estudo? (Consulte o livro e sintetize o tema — lembrando que a prova é
importante oportunidade de reestudo e fixação: é assim que o psicanalista dedicado
trabalha, com constante pesquisa e revisitação).

A normalidade poderia ser definida como a total ausência de


sintomas, de qualquer sofrimento psíquico, e até mesmo da ausência de fatores genético-
hereditários que os viessem a despoletar. Segundo Dagalarrodo, para além deste critério ser
pouco realista, ele parte do princípio de partir pela definição de normalidade como aquilo que
ela não é ao contrário do que ela é. Seria mais objetivo a divisão dessa normalidade segundo
critérios específicos que ele exemplifica, entre outros mas dos quais acho mais importantes os
seguintes: A Normalidade Ideal, que está sempre presente nos nossos julgamentos sejam
médico-psicológicos sejam meramente sociais, o fator social sendo de grande evidência como
facilmente se percebe. Algo que hoje é considerado “fora dos padrões” em outro tempo pode
não ter sido e além do tempo, variando igualmente de sociedade para sociedade. O critério de
Funcionalidade também me parece de suma importância, ou seja, quando o sofrimento
implicado para o indivíduo se faz sentir a ponto de interferir com o andamento normal da vida
deste. Por fim creio ser importante o critério da Subjetividade. Uma vez que todos nós somos
indivíduos diferentes, e que em nenhum de nós o próprio fenómeno de percepção é
totalmente coerente, muito mais subjetivo é de cada um para os seus semelhantes, tendo a
ver com o sentir de cada pessoa e de como ela percepciona o mundo. Sempre existiram
aspetos culturais envolvidos na concepção de doença e como tal de normalidade, bastante
dúbios, e igualmente estatísticos, que se relacionam diretamente com uma média estatística
de “normalidade padrão”. Podemos chegar ao ponto até em que uma psiquiatria
institucionalizada politicamente, deu provas do controlo do pensamento democrático, em
certos regimes totalitários, classificando comportamentos de liberdade dos indivíduos como
desvios ou doenças, apenas para servir o sistema. Poderíamos até criar o neologismo
policiatria versus psiquiatria.

5)

Por que o diagnóstico psicopatológico é, em muitos casos, apenas possível com a observação
dada ao longo do curso da doença e das sessões propriamente?

Existem muitas vezes a variação de alguns sintomas ou mesmo


de grande parte destes, e/ou o surgimento de outros, que poderão alterar totalmente o
diagnóstico ou contribuir para especificá-lo mais em pormenor. Para tal é necessário algum
tempo entre um diagnóstico inicial e um final que estabeleça a doença e seu prognóstico, que
é o objetivo nuclear da avaliação. Este fato é bastante comum quer no caso do diagnóstico em
psiquiatria quer em psicanálise.

6)

Resuma, a partir de Dalgalarrondo (2008, p. 41), os seis aspectos particulares quanto ao


campo do diagnóstico das diversas psicopatologias existentes.

1) No diagnóstico médico, primeiramente há a verificação imagiologia cerebral, análises


clínicas, exame neurológico e testes psicológicos para a detecção da incidência de
tendências patológicas que estão associadas a traços de personalidade.
2) O diagnóstico psicopatológico, com a excepção de casos psico-orgânicos não se baseia,
em princípio, no estabelecimento de fatores etiológicos por parte do clínico. É
verificada a evolução apenas do estado atual em que podem ser investigados exames
biológicos, psicológicos e sociais.
3) Geralmente não existem sintomas ou sinais específicos de um transtorno mental. O
exame assenta quase totalmente em exames físicos realizados no momento.
4) O diagnóstico é quase sempre dependente do curso de evolução dos sintomas atuais
ou mesmo da classificação como doença, pois isso fará com que o clínico se veja
obrigado a realizar um apuramento dos sintomas e sinais de forma mais precisa, e
podem haver sintomas que ao longo do tempo se verifiquem ausentes, mesmo que os
restante se encontrem presentes. Não é invulgar em psiquiatria que o médico se veja
forçado a alterar o seu diagnóstico. A sintomatologia pode ser muito subjetiva no
início.
5) Várias dimensões clínicas e sociais devem estar presentes no diagnóstico. Avaliam-se
os hábitos do paciente o seu contexto social e familiar e socioeconômico. Deve ser
pois, um diagnóstico pluridimensional.
6) A validade da confiabilidade do diagnóstico diferencial. Este aspecto importante
assenta na possibilidade de que outros entrevistadores, em outras condições, mas
usando os mesmos testes psicológicos, físicos etc. e usando um modelo de entrevista
padronizado, possam verificar a consistência dos mesmos dados, ao reproduzir o
mesmo procedimento. Este é regra geral o que se denomina por processo científico.

7)

Quais os tipos de compulsões e atos impulsivos de caráter patológico (portanto, doentio)?

A vontade insere-se no contexto daquilo que queremos ou não


queremos, o ato volitivo, ato de vontade, estrutura-se em quatro fases, que da primeira à
última culminam em uma determinada ação.

São estas fases:

1- Fase de intenção ou propósito, onde se processam os atos volitivos, maioritariamente


ainda sem consciência do indivíduo.
2- Fase de deliberação, onde são analisados à consciência os prós e contras do ato
volitivo, terminando em uma decisão do impulso a tomar.
3- A fase de decisão, propriamente dita que é o cume do processo, onde a ação inicia o
seu rumo direcionado
4- A fase de execução, aqui o ato já está em marcha em direção ao resultado final a que
se propõe.

As compulsões patológicas ou atos impulsivos constituem uma alteração do processo


descrito acima, caminhando diretamente da fase de intenção à de execução. A isto se
devem tanto a intensidade dos desejos como dos processos psíquicos que atuam na
decisão, havendo o anulamento dos pontos 2 e 3, o indivíduo age logo no sentido
impensado de uma execução da sua vontade, sem pensar nas consequências que podem
ser grandes tanto para ele como para os outro.

Tentando ser o mais sintético possível, os principais atos compulsivos são segundo o autor,
a automutilação, caracterizada pela a autoagressão. A pessoa fere-se a si mesma, pois a
sua dor interna é de tal forma grande que a dor física provocada anula-a
temporariamente. Este é um processo compulsivo. A Francófila, que supõe atos de
destruição de objetos que circundam o indivíduo, é comum em psicóticos especialmente
na esquizofrenia e mania.
A Piromania, que é caracterizada pelo início de incêndios visando a destruição de objetos
pelo fogo, em personalidades com problemas de personalidade.
O ato suicida que está presente em várias patologias, e que pode ser mais ou menos
calculado.
Depois destes atos, encontramos atos impulsivos mais específicos e de importante
incidência clínica e social, como os da alimentação e os sexuais. Nos impulsos da
alimentação destaca-se a Dipsomania, em que o sujeito cede ao impulso de consumir
grandes quantidades de alimentos e líquidos, não conseguindo resistir.
Nos atos impulsivos de cariz sexual encontramos:
O Fetichismo, que se concentra em determinada área do corpo, aí temos o exibicionismo,
vontade irresistível em mostrar áreas do corpo, muitas vezes os genitais. Ou a catexia
dirigida a um objeto fortemente libidinizado.
O Voyeurismo, em que o sujeito sente prazer ao espiar o ato sexual de outros e a Pedofilia,
que é caracterizada pelo desejo sexual por crianças muitas vezes de forma exclusiva, ou
seja, o pedófilo geralmente não tem qualquer satisfação sexual com adultos. No extremo
oposto a gerentofilia que ao contrário da pedofilia, se centra nas pessoas de idade já
avançada como seu objeto sexual.
Temos igualmente a ninfomania, no caso dos homens chamada satiríase, em que existe
uma hipersexualidade muito exacerbada. A dependência patológica por sexo. Pode ocorrer
em fases maníacas com muita frequência
A Cleptomania, aqui a compulsão é o roubo de objetos, o desejo patológico de roubar.

8)

Sintetize os seguintes tipos de depressão segundo Dalgalarrondo (2008), lembrando que


muitas são as classificações por outros autores e colegiados propostas e praticadas: a)
episódio (ou fase depressiva) e transtorno depressivo recorrente; b) distimia ou depressão
crônica; c) depressão atípica e d) depressão de tipo melancólica ou endógena.
A fase depressiva (ou episódio depressivo) caracteriza-se por
humor deprimido, ideias de culpa, dificuldade em dormir e falta de apetite. Estes episódios
duram em média pelo menos 6 meses e quando utilizamos o termo fase ou episódio estamo-
nos referindo ainda não a uma doença depressiva, mas de uma fase que pode vir a determiná-
la futuramente. Quando o paciente apresenta vários episódios aos longos dos anos, este já
pode caracterizar uma doença depressiva, se com episódios de mania associados, então
constitui um provável transtorno maníaco-depressivo. O transtorno depressivo recorrente
caracteriza-se também pelo aparecimento dos sintomas várias vezes ao longo da vida,

A distimia constitui um quadro depressivo comumente designado de crónico visto que


existem fatores endógenos (orgânicos) que têm forte evidência no seu predomínio. Para esta
classificação o humor depressivo terá de estar presente pelo menos durante dois anos, e ser
mais leve do que por exemplo na depressão Major.

A depressão atípica caracterizada por humor depressivo de ligeiro a grave, incluindo aumento
de apetite, hiperosmia, sensação de corpo pesado e falta de energia.

Por último a depressão melancólica é um subtipo de depressão caracterizado pelos sintomas


clássicos de depressão, tem geralmente na sua etiologia fatores genéticos/orgânicos. Os
sintomas são constituídos por lentificação psicomotora, piora no período da manhã, alterações
do sono ou insónia, e perda de peso devido à falta de apetite.

9)

Sintetize os seguintes tipos de depressão segundo Dalgalarrondo (2008) a dar sequência à


questão anterior: e) depressão psicótica; f) estupor depressivo; g) depressão agitada ou
ansiosa e, finalmente, g) depressão secundária ou orgânica.

A depressão psicótica é uma depressão grave em que coexistem a depressão e sintomas


psicóticos. Com delírio de ruína, alucinações, delírio hipocondríaco ou de negação de órgãos e
delírio depressivo. Toda esta sintomatologia é acompanhada por uma forte angústia e
hiperatividade.

O estupor depressivo é um quadro bastante grave em que o paciente se encontra na ausência


da capacidade de cuidar de si próprio, não se alimentando, não cuidando da higiene e
apresentando fechamento total em si mesmo e não comunicando.

Na depressão ansiosa o humor deprimido faz-se acompanhar por ansiedade intensa e angústia
profunda, estados de grande irritabilidade e agressividade.

Por fim, a depressão secundária ou orgânica, como já indica o nome, está associado na sua
etiologia a doença orgânica cerebral e relacionada a hipertireoidismo e lúpus sistémico.
Também pode apresentar-se após casos de acidente vascular cerebral, ou presença de um
aneurisma ou tumor cerebral.

Convém salientar por fim, que em todos estes quadros existe sempre em maior ou menor grau
ideação suicida, pelo que a importância deve ser bem diagnosticada e apurada pelo clínico.
10)

Descreva as três dimensões básicas da sexualidade humana e, também, discorra sobre o que
vem a se constituir — na atualidade e na visão de Dalgalarrondo (2008) — como sendo as
denominadas parafilias.

Existem na sexualidade três dimensões a saber: A biológica, a erótica e a cultural, na presença


destes três componentes interrelacionados, tem lugar a sexualidade humana.

O aspecto biológico encontra-se ligado a funções quer hormonais quer fisiológicos que estão
na base do impulso sexual e que caracteriza a conservação da espécie. Já a componente
erótica se relaciona com os aspetos emocionais, aspecto simbólico relacionado à elaboração
de fantasias com o outro, o dar e receber típico da relação afetiva que caracteriza uma forma
de expressão elaborada do amor e desejo pelo outro.

O aspecto cultural relaciona-se com as tradições e igualmente com as práticas sexuais


socialmente aceites dentro de uma cultura específica, e também da forma como essa
sociedade enfatiza a importância e a vivência da sexualidade, o que ditará aquilo que é
considerado normal, valorizado ou desviante. Portanto neste contexto, variará ligeiramente,
em maior ou menor medida e de forma geral o que se considere normal.

Na articulação destes componentes socias e culturais, entraremos nas chamadas parafilias, ou


perversões, termo mais relacionado à psicanálise.

Dagalarrodo aponta o exibicionismo, mais frequente em homens, consistindo na exibição do


corpo e órgão sexuais a um terceiro que não o solicita nem espera tal comportamento.

O voyeurismo, que é a compulsão por observar alguém nú, ou em práticas sexuais quer a dois
quer solitárias. O sadismo, que se define pela compulsão a exercer dor, poder e controlo
perante o objeto sexual, o fetichismo que se caracteriza pela canalização da obtenção sexual
simbolizada pela presença de um objeto. E por fim a pedofilia, a mais perturbante e
preocupante, pois parece perfazer um grande número de casos acima das outras categorias e
que consiste na obtenção de prazer sexual apenas com crianças.

Quando se diagnostica uma destas parafilias isso supõe que o sujeito só obtém gratificação
sexual na presença das condições acima mencionadas.

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