Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
Goethe
Mechthild Vargas
musicista, cantora, professora,
musico terapeuta e canto terapeuta.
consultório na Clínica Tobias
Rua Regina Badra, 576
F.: 2387-3799
mecavargas@gmail.com
mecavargas.wordpress.com
2
INTRODUÇÃO
“Soneto a Orfeu”
Rilke, R.M.
A CORRENTE APOLÍNEA
A CORRENTE DIONISÍACA
A CORRENTE de ORFEU
“tornar-se humano”
Apesar das duas forças estarem presentes lado a lado no organismo humano,
elas sempre mantém a tendência constitutiva polar, de competição, assim como na
Grécia, os Deuses Apolo e Dionísio competiam de modo intenso nos FESTIVAIS,
através da música da LIRA e do AULOS. Um dos dois tinha que vencer. Vencia aquele
que conseguia emocionar a plateia.
Nesse ponto chegamos ao sistema intermediador na sugestão da imagem de
ORFEU, representante da força mediana, do tornar-se humano: o SISTEMA
CARDIO-PULMONAR ou SISTEMA RESPIRATÓRIO-CIRCULATÓRIO.
Através do PULMÂO e da RESPIRAÇÃO o homem se mantém ao mesmo tempo
numa relação íntima com o ambiente exterior e com o mundo interior. Sendo o
pulmão a porta do organismo aéreo, é na respiração que o homem novamente
produz, a partir da sua substância corpórea, o ar, o dióxido de carbono. Nesse
processo libertam-se processos imponderáveis, pois, pela respiração a vida é
transformada em luz e calor. Por isso, o PULMÃO também é o órgão de incorporação
do elemento PSÍQUICO e MENTAL ou ANÍMICO e ESPIRITUAL. (Husemann-Wolff 1978 p.
599)
A função do sistema respiratório é de suprir oxigênio para os tecidos e de
remover o gás carbônico. Os pulmões contém milhões de pequenos sacos cheios de
ar, os alvéolos, conectados pelos bronquíolos e pela traqueia , com o nariz e a boca.
A cada inspiração, os alvéolos são expandidos, enquanto na expiração o ar é
forçado para fora dos alvéolos para o exterior. Dessa forma, ocorre a renovação
contínua do ar, a ventilação pulmonar. (Guyton 1988, p. 352)
“O coração é a chave
Do mundo e da vida.”
NOVALIS
A Trimembração Humana
Esse pensamento nos mostra, que antes de penetrar o fenômeno tempo com
o nosso pensar, nós o experimentamos primeiro. Tornamo-nos conscientes que
experimentamos o TEMPO através no nosso RITMO. O inverso também é necessário:
o pensar precisa captar o tempo no seu fluxo de maneira a poder entender o ritmo.
(Marti 1945, p. 3)
Parece então necessário olhar o ritmo ordenado no tempo, não somente do
ponto de vista quantitativo, mas sim, qualitativo. Um conceito abstrato do tempo, é
uma informação vazia. Devemos relacionar o tempo com o ritmo da nossa vida, para
que ele se preencha de significado. (Heinemann 1989, p. 79)
“O ritmo é direção,
É movimento contínuo,
É forma moldada no tempo.
O ritmo articula um percurso uno,
Se conhece nas partes.
Um ritmo regular vive uma existência no tempo real.
Um ritmo irregular alonga e comprime o tempo real,
Criando um tempo psicológico.
A melodia é como levar um som a passeio.
Movimenta nas diferentes altitudes
Em movimento livre,
Com amplitude,
Com SILÊNCIOS.”
Schaffer 1991, p. 87
Steiner 1983
A maioria dos instrumentos musicais não são vibradores simples com uma
única frequência, tempo de amortecimento ou faixa de ressonância mas, a pesquisa
matemática sobre as propriedades de sistemas vibrantes complexos descobriu
maneiras de simplificá-las para o nosso entendimento. Assim, um sistema complexo
pode ser considerado como um conjunto de osciladores harmônicos simples, mas a
matemática, para provar esta afirmação, está além do nosso alcance. (Benade 1967,
p. 29)
II As cordas musicais
fórmula
fn = n x f1
n = 1,2 3 etc.
Se o primeiro modo tem uma frequência de 100 cps (ciclos por segundo), o
décimo quinto modo terá uma frequência de f15 x 100 = 1500 cps.
IV Amplitude e Intensidade
O ouvido forma tons por conta própria e, para transmiti-los ao cérebro, ele cria
os harmônicos e os intervalos. A partir de um tom ouvido, ele cria uma 8 a, 5a ou 12a;
isto é, novas frequências, que são o dobro e o triplo daquela fonte física do tom.
Exatamente, porque o ouvido não é linear na sua reação aos sons, a onda de um
som harmônico simples estabelece vibrações no ouvido que são harmônicos
complexos. Pela experiência e pelo cálculo, quando o ouvido se sujeita a um somo
harmônico simples e forte de uma f (200 cps), produzirá dentro de si mesmo um
conjunto de novas frequências, pertencentes à família 2 x f, 3 x f, 4 x f (400, 600, 800
cps) (Benade 1967, p. 62)
Pitágoras, filósofo, músico e matemático grego, já mencionado nesse trabalho
diversas vezes, foi o primeiro a pensar nisso de uma maneira ordenada. Baseou sua
teoria no fato de que alguns intervalos musicais pareciam se relacionar, de modo
direto, com os sons emitidos por uma corda vibrando livremente: uma corda com a
metade do comprimento apresenta tons de uma 8 a acima; uma corda que vibra um
terço, uma 5a ou 12a , e assim por diante. É a série harmônica, base estrutural do
ouvido humano e do instrumento musical. Quanto mais rica a ressonância, mais
harmônicos o ouvido cria escutando.
O ouvido reconhece as relações entre os componentes sonoros, e será capaz
de apreciar as relações entre dois ou mais sons complexos, ao ouvir vários
instrumentos tocando juntos, porque ele é um arquiteto da harmonia musical
(Benade 1967, p. 67-68).
A menor frequência é a f da FUNDAMENTAL do tom. As outras de “harmônicos”
da fundamental: 1o harmônico, 2o harmônico, 3o harmônico, etc. são sempre
múltiplos inteiros da fundamental.
“O tom musical não pode ser abstraído do ser humano, que o produz. Ele não
existe, porque não foi a natureza que o criou, mas o próprio homem é seu criador.”
(Pfrogner 1981, p. 183)
O homem cria o tom com a própria voz, ou através do instrumento musical. O
momento do aparecimento do tom musical é o momento de uma impressão musical
eu se expressa através da criação do tom. Pfrogner, a título de estudo, desmembra
o TOM MUSICAL em três componentes.
GRÁFICO DE ESTUDO
Como perceber o TOM, TIMBRE, RESSONÂNCIA
SOPROS caráter: expressa o se ser, se faz presente
o meu tom individual, como é?
ISO CULTURAL: identidade sonora de uma comunidade, classe social, época, tradição
ou moda, às quais o indivíduo pertence.
SOPROS
1. Flauta soprano soprano e flauta choroi: tom suave cantante, toca a alma de
pessoas que têm dificuldades de se ligar à terra; ideal para trabalho com pacientes
com ANOREXIA.
CORDAS
c) Liras e Harpas: ativam a audição para fora e para dentro, harmonizam os três
elementos: melodia, harmonia e ritmo. Sua sonoridade tem os elementos de
qualidade e ativam a sensibilidade em terapias ativas e passivas. Liberta e
interioriza. Ajuda em tensões, dores, contrações e espasmos. Leva ao mesmo tempo
PERCUSSÃO
1. Piano: ordena os pensamentos e os liga com a ação que precisa ser dirigida.
Ótimo instrumento de improvisação para fazer novas experiências. Desenvolve
coordenação das mãos, ativando os dois hemisférios do cérebro. Liberta o impulso
musical.
OS TEMPERAMENTOS
Considerações Finais
BAINES, A.: “Musical instruments through the ages”, 1961 Penguin Books
COLEÇÃO: Gênios da Pintura nos 23, 30, 39, 1967 Abril Cultural
GÄRTNER, L.: “Historia da Nova Lira”, 2002 Atelier für Leierbau GmbH
HEINEMANN, R.: “Der Rythmus und seine Bedeutung für die Heilpädagogik”,
1989 Urachhaus – Stuttgart
HUSEMANN-WOLF, O.: “A imagem do homem como base na Arte Médica” vol. I e III,
1978 ABT e ABMA
JENNY, H.: “Cymatics” vol. I e II, 1967, 1974 Basilicus Press BGG – Basel
KOLISKO, E.: “Oito Palestras sobre Canto”, 1928 Verlag Freies Geistesleben