Explorar E-books
Categorias
Explorar Audiolivros
Categorias
Explorar Revistas
Categorias
Explorar Documentos
Categorias
BRUNA LARA APARECIDA DESIREE SILVA
TRABALHO DE MICROECONOMIA AII
MONOPÓLIOS NATURAIS E O SETOR DE ENÉRGIA ELÉTRICA NO BRASIL
BELO HORIZONTE
2020
BRUNA LARA APARECIDA DESIREE SILVA
TRABALHO DE MICROECONOMIA AII
MONOPÓLIOS NATURAIS E O SETOR DE ENÉRGIA ELÉTRICA NO BRASIL
Trabalho apresentado como requisito de
avaliação da disciplina ECN062
Microeconomia AII, do Departamento de
Ciências Econômicas da Universidade
Federal de Minas Gerais.
Professora: Danielle Evelyn de Carvalho
BELO HORIZONTE
2020
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO......................................................................................................................4
2. MONOPÓLIO NATURAL....................................................................................................5
2.1 MECANISMOS REGULADORES.................................................................................7
3.MONOPÓLIO DA GERAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA..............................................9
3.1 TARIFA DE ENERGIA E CÁLCULO DE REAJUSTE..............................................9
3.2 EXEMPLO DE APLICAÇÃO DA TARIFA................................................................11
4.CONCLUSÃO.......................................................................................................................14
5.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................15
1. INTRODUÇÃO
Tais setores são regulados tendo em vista seu poder de mercado que, irrestrito,
conduz a preços acima dos prevalecentes em competição e lucros econômicos. Como a
maior parte dos consumidores não dispõe de formas alternativas de suprimento para os
serviços prestados, a necessidade de regulação torna-se ainda mais urgente (PIRES;
CAMPOS FILHO, 2002). De acordo com os autores, como os mercados de vários
serviços são demarcados geograficamente, como por exemplo o de distribuição de gás e
eletricidade, o conceito de monopólio natural se aplica, usualmente, a determinado
espaço regional, podendo existir diversas empresas nesta situação dentro de um país.
De acordo com Lopes (2011), para analisar os efeitos dos monopólios em geral
na fixação de preços e bem-estar social, é preciso entender o comportamento de
maximização do lucro do monopolista. Duas variáveis afetam o lucro do monopolista: a
quantidade vendida e o preço de venda. Ao contrário dos mercados em concorrência,
nos quais as empresas são tomadores de preço, o monopolista possui o poder de fixar o
preço, sendo o único limitador deste a demanda pelo seu produto. Contudo, o
monopolista conhece a curva de demanda pelo seu produto e, a partir desta, escolhe o
preço que maximiza o lucro (PINDYCK, 2006; LOPES, 2011) .
Quando tal intervenção é viável, ela ocorre por meio da eliminação de barreiras
à entrada de concorrentes no mercado, como pela quebra de patentes, garantia do livre
acesso aos insumos escassos, concessão de incentivos fiscais, redução do imposto de
importação etc. No entanto, em mercados caracterizados como monopólios naturais, a
competição é impraticável, pois o custo de produção é mínimo quando existe apenas
uma empresa no mercado, dentre outros fatores. Nesses casos, a melhor forma de
intervenção é a regulação econômica pelo Estado, com imposição de restrições à
tomada de decisão das empresas, por meio da fixação de preços e/ou quantidades, e o
estabelecimento de padrões de qualidade e eficiência (LOPES, 2011).
O setor elétrico, assim como outros serviços públicos de grande inserção social,
desempenha importante papel no desenvolvimento econômico do país, pelo conjunto de
externalidades positivas produzidas pelos investimentos e serviços oferecidos, e diante
da quantidade de fatores sociais ligados ao setor de energia elétrica cabe ao Governo
promover diretrizes que assegurem sua devida prestação (DI PIETRO; 2015,
BELTRAME et al.; 2017) .
Diante dessas atribuições e pelo fato de o setor de energia elétrica ser explorado
em grande parte por meio de concessões ou permissões, o Governo Federal utiliza de
diversos órgãos visando atingir as diretrizes traçadas, entre eles encontra-se a Agência
Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), estabelecida para regular e fiscalizar este setor
(BELTRAME et al.; 2017).
No setor elétrico brasileiro, o valor da tarifa que será paga pelos consumidores
em decorrência do acesso à energia fornecida, é determinado pela ANEEL, que o
controla a partir de um preço-teto estipulado (ZACLIKEVISC;2014, BELTRAME et
al.; 2017). Para garantir aos prestadores dos serviços uma receita suficiente para cobrir
custos operacionais eficientes e remunerar investimentos necessários para expandir a
capacidade e garantir o atendimento com qualidade, é efetuado o Reajuste Tarifário
Anual (ANEEL, 2020).
DI PIETRO, Maria Sylvia Zanella. Direito administrativo. 28. ed. São Paulo: Atlas,
2015
GADELHA, Sérgio Ricardo de Brito. Razões da Intervenção do Estado (Governo) na
Economia. Escola Nacional de Administração Pública (Enap), 2017. Disponível em:
http://repositorio.enap.gov.br/handle/1/3238. Acesso em 8 out. 2020.
LOPES, Camila Figueiredo Bomfim. Regulação e credibilidade: o caso dos reajustes
das tarifas de fornecimento de energia elétrica. 2011. Disponível em:
https://repositorio.unb.br/handle/10482/9342. Acesso em: 26 out. 2020.
MOREIRA NETO, Diogo Figueiredo. Curso de Direito Administrativo. 16. ed. rev. e
atual. Rio de Janeiro: Forense, 2014. p. 474-475
PINDYCK, Robert S. Microeconomia. 6ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006.
PIRES, Adriano; CAMPOS FILHO, Leonardo. Investimentos em setores de infra-
estrutura: a questão da regulação do monopólio natural e a defesa da concorrência.
2002. Disponível em:
https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/13468/2/Investimentos%20em
%20setores%20de%20infraestrutura,%20a%20quest%C3%A3o%20da%20regula
%C3%A7%C3%A3o%20do%20monop%C3%B3lio%20natural%20e%20a%20defesa
%20da%20concorr%C3%AAncia_P_BD.pdf
POSSAS, Mario Luiz; FAGUNDES, Jorge; PONDÉ, João Luiz. Defesa da concorrência
e regulação de setores de infra-estrutura em transição. Revista de Direito Econômico,
CADE/MJ, n. 0, p. 25, 1998. Disponível em: Acesso em 25 out. 2020.