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Aqui vamos nos referir aos estudos de Strobel (2008, p. 37) para conceituar
“artefato cultural”. A autora caracteriza como “objetos ou materiais produzidos
pelos grupos culturais”, incluindo-se aí “tudo o que se vê e sente quando se
está em contato com a cultura de uma comunidade, tais como materiais,
vestuário, maneira pela qual um sujeito se dirige a outro, tradições, valores e
normas, etc.” (STROBEL, 2008, p. 37). Nesse sentido, entendemos que não se
restringe a materiais ou produtos produzidos, mas também abrange as
representações de atitudes, tradições, valores sociais, convenções e normas.
Strobel (2008) apresenta nove artefatos culturais que compõem a cultura
surda, conforme listado a seguir:
1. Seu aluno é surdo, então não há necessidade de aumentar a voz, ele não
ouve.
2. Não se refira a ele no diminutivo, surdinho, filinho, aluninho, coitadinho, ele
é apenas mais um de seus alunos, sem necessidade de tratamento
diferenciado. Na dúvida, pense:
"Tenho direito de ser igual quando a diferença me inferioriza. Tenho direito
de ser diferente quando a igualdade me descaracteriza.” (Boaventura de
Souza Santos)
3. Surdo-mudo: é uma nomenclatura equivocada e não aceita pela
comunidade surda, mesmo que o surdo não produzisse sons, pois ele
produz , ele possui uma língua, a língua de sinais, então ele tem uma “voz”
[1]
Os surdos conhecem seus sons internos, como da barriga, do pé que pisa ao
[1]
chão. No entanto, suas sensações são de vibração e por causa disso não gostam
de casas de madeira que rangem e balançam, gostam de sons altos que fazem
sou corpo vibrar, mas podem não saber que ritmo é. Existem surdos que
participam de grupos de dança e fazem coreografias e dependendo do seu nível
de perda auditiva, podem associar os passos e ritmo à matemática.