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AFERIÇÃO 3.O PERÍODO DO 9.

O ANO | 2019-2020 | PORTUGUÊS


Nome: ____________________________________ Turma: _____ N.º _____ Data: ____/____/____
Avaliação: _________________________ Prof.: ________________ Enc. Ed.: ________________

TEXTO ÉPICO – Os Lusíadas

1. Identifica o episódio a que pertencem as estâncias indicadas.

(A) (B)

«Mas Marte, que da Deusa sustentava Em tão longo caminho e duvidoso


Entre todos as partes em porfia, Por perdidos as gentes nos julgavam,
Ou porque o amor antigo o obrigava, As mulheres cum choro piadoso,
Ou porque a gente forte o merecia, Os homens com suspiros que arrancavam.
De antre os Deuses em pé se levantava: Mães, Esposas, Irmãs, que o temeroso
Merencório no gesto parecia; Amor mais desconfia, acrescentavam
O forte escudo, ao colo pendurado, A desesperação e frio medo
Deitando pera trás, medonho e irado;» De já nos não tornar a ver tão cedo.»

(C) (D)

«Ó tu, que tens de humano o gesto e o peito «Sabe que quantas naus esta viagem
(Se de humano é matar ua donzela, Que tu fazes, fizerem, de atrevidas,
Fraca e sem força, só por ter sujeito Inimiga terão esta paragem,
O coração a quem soube vencê-la), Com ventos e tormentas desmedidas;
A estas criancinhas te respeito, E da primeira armada que passagem
Pois o não tens à morte escura dela; Fizer por estas ondas insofridas,
Mova-te a piedade sua e minha, Eu farei de improviso tal castigo
Pois te não move a culpa que não tinha.» Que seja mor o dano que o perigo!».»

(E) (F)

«- Não creias, fero Bóreas, que te creio


Que me tiveste nunca amor constante, «Amores da alta esposa de Peleu
Que brandura é de amor mais certo arreio Me fizeram tomar tamanha empresa;
E não convém furor a firme amante. Todas as Deusas desprezei do do Céu,
Se já não pões a tanta insânia freio, Só por amar das águas a Princesa.
Não esperes de mi, daqui em diante, Um dia a vi, co as filhas de Nereu,
Que possa mais amar-te, mas temer-te; Sair nua na praia e logo presa
Que amor, contigo, em medo se converte.» A vontade senti de tal maneira
Que inda não sinto cousa que mais quero.»
(G) (H)
«Despois de ter um pouco revolvido
«A nau grande, em que vai Paulo da Gama, Na mente o largo mar que navegaram,
Quebrado leva o masto pelo meio, Os trabalhos que pelo Deus nascido
Quase toda alagada; a gente chama Nas Anfiónias Tebas se causaram,
Aquele que a salvar o mundo veio. Já trazia de longe no sentido,
Não menos gritos vãos ao ar derrama Pera prémio de quanto mal passaram,
Toda a nau de Coelho, com receio, Buscar-lhe algum deleite. algum descanso,
Conquanto teve o mestre tanto tento, No reino de cristal, líquido e manso;»
Que primeiro amainou, que desse o vento.»

«- Nô mais, Musa, nô(I)


mais, que a Lira tenho «Assi foram cortando(J)o mar sereno,
Destemperada e a voz enrouquecida, Com vento sempre manso e nunca irado,
E não do canto, mas de ver que venho Até que houveram vista do terreno
1 Cantar a gente surda e endurecida. Em que naceram, sempre desejado.
Alexandra Ruivo | Céu Gaspar | Clara Ribeiro
O favor com que mais se acende o engenho Entraram pela foz do Tejo ameno, Português 10.º Ano
Não no dá a pátria, não, que está metida E à sua pátria e Rei©temido
Raiz Editora,
e amado2020. Todos os direitos reservados.
No gosto da cobiça e na rudeza O prémio e glória dão por que mandou,
Dua austera, apagada e vil tristeza.» E com títulos novos se ilustrou.»
(A) __________________________________ (F) _________________________________
(B) __________________________________ (G) _________________________________
2.
(C) __________________________________ (H) _________________________________
(D) __________________________________ (I) __________________________________
(E) __________________________________ (J) __________________________________

Assinala com verdadeiro (V) ou falso (F).

(A) Os Lusíadas são uma obra renascentista, publicada em 1570.


(B) Na Proposição, o poeta pede inspiração às ninfas do Tejo.
(C) O poeta dedica a sua obra ao rei D. Sebastião.
(D) Os feitos dos portugueses superam os dos heróis da Antiguidade clássica.
(E) São cinco os planos d’ Os Lusíadas: Proposição; Plano da viagem; Plano dos
deuses; Plano da História de Portugal; Plano do poeta.
(F) A narrativa da viagem inicia-se com a partida da armada.

E tudo era possível

Na minha juventude antes de ter saído


da casa de meus pais disposto a viajar
eu conhecia já o rebentar do mar
das páginas dos livros que já tinha lido

Chegava o mês de maio era tudo florido


o rolo das manhãs punha-se a circular
e era só ouvir o sonhador falar
da vida como se ela houvesse acontecido
TEXTO LÍRICO
3. Lê o poema de Ruy E tudo se passava numa outra vida Belo e completa as
afirmações apresentadas,
e havia para as coisas sempre uma saída
selecionando a opção adequada a cada espaço.
Quando foi isso? Eu próprio não o sei dizer

2 Só sei que tinha o poder duma criança Alexandra Ruivo | Céu Gaspar | Clara Ribeiro
entre as coisas e mim havia vizinhança Português 10.º Ano
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e tudo era possível era só querer
Ruy Belo, Obra Poética, Lisboa: Presença
O (A)_____________ recorda o tempo, (B)___________, em que vivia na casa dos
pais, sendo esse um tempo de (C)__________. No presente, sente (D)__________ do
passado, (E)__________tem consciência de que não o pode recuperar. A nível da
forma, o poema apresenta rima (F) ___________________________________.

(A) (B) (C)


1. escritor 1. distante 1. preguiça
2. poeta 2. passado 2. descoberta
3. sujeito poético 3. recente 3. estudo
(D) (E) (F)
1. angústia 1. porém 1. cruzada e emparelhada
2. tristeza 2. e 2.interpolada e emparelhada
3. saudade 3. porque 3. cruzada e emparelhada

3 Alexandra Ruivo | Céu Gaspar | Clara Ribeiro


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