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C O M O C O M B AT E R O M Í L D I O E O O Í D I O

Oídio

Fique com algumas receitas de fungicidas orgânicos para prevenir e combater os fungos


das suas plantas de uma forma natural.
Oídio
Prevenir

Infusão de alho: Triture 1 kg de alho em 3 litros de água (se possível de nascente) e 1


litro de álcool. Deixe macerar por 24 horas, de seguida, coe e reserve.
Use um litro deste preparado para cada 20 litros de água. Aplicar preventivamente, com 15
dias de intervalo entre a primeira e a segunda aplicação; no caso de plantas já infetadas,
dar o mesmo intervalo nas duas primeiras e um mês nas seguintes, até à cura das plantas.

Combater

Solução de bicarbonato de sódio:


1- Misture uma colher de sopa de bicarbonato de sódio em aproximadamente 3,8 l de água
à temperatura ambiente.
2- Adicione uma ou duas gotas de detergente de loiça para ajudar a solução a aderir à
planta.
3- Junte uma colher de chá de óleo vegetal (de girassol, azeite, etc.) e agite bem para criar
uma emulsão que vai ajudar a conter os  esporos (e limitar a reinfeção da planta).
4- Pulverize as áreas afetadas com a solução.
5- Repita várias vezes conforme necessário.

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6- Entenda como funciona: esta solução muda o equilíbrio do pH na superfície da planta,
tornando-a um ambiente inadequado para a proliferação do oídio.
Aplicar preventivamente, com 15 dias de intervalo entre a primeira e a segunda aplicação;
no caso de plantas já infetadas, dar o mesmo intervalo nas duas primeiras e um mês nas
seguintes, até à cura das plantas.

Míldio

Míldio
Prevenir

Infusão de cavalinha (míldio da batateira e do tomateiro e outra doenças


criptogâmicas): Sempre que o tempo estiver húmido, aplicar uma infusão de cavalinha
(Equisetum arvense).
Para preparar esta infusão, deve colocar as plantas de molho 24 horas e depois ferver 20
minutos, tapar e deixar arrefecer (1 kg de planta fresca ou 150 g de planta seca para 10
litros de água). Diluir a 5% antes de pulverizar.

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Sálvia

Extrato de sálvia: Para tratar o míldio da batateira pode também aplicar-se extrato


fermentado de sálvia (Salvia officinalis); (1 kg de folhas e flores em 10 litros de água).
Diluir a 10% antes de pulverizar.
Combater

Para combater o míldio do tomateiro. Ferver um molho de hortelã e coentros. Eles


produzem uma calda perfumada com a qual se pulverizam os tomateiros.
Atenção!
Perceba que a eficácia de cada um destes produtos caseiros depende da terra, do clima,
da proximidade do mar, etc.
Por isso é importante começar por fazer aqueles em que os ingredientes estão disponíveis
na sua região e se não der resultado, não desista e vá experimentando os outros.
Tudo menos químicos! A sua saúde agradece e o meio ambiente também.

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COMO USAR A CAVALINHA NA SUA HORTA

 A cavalinha é uma planta extraordinária pela sua antiguidade, resistência, propriedades


e múltiplos usos. Existem mais de 15 espécies diferentes de plantas do
gênero Equisetum, mas todas têm características e usos semelhantes.

De todas a forma de usar as cavalinhas, queremos apenas focar-nos no seu uso como
fungicida para combater várias doenças comuns nas plantas das nossas hortas.

Para podermos fazer o extrato de cavalinha, precisamos de ter as plantas. Podemos


cultiva-las na horta ou em vasos.  A Cavalinha tem um teor muito elevado
de silício. Também contém potássio, manganês, magnésio e
outros minerais. Contudo, devido à sua capacidade para se adaptar a muitos tipos
de solo e de se multiplicar através de esporos e por vezes de rizomas, pode ser
considerada uma planta com características invasoras. Por isso, para ser mantida sob
controle, é recomendável que seja cultivada em recipientes. O cultivo em recipientes
tem ainda a vantagem de poder ser usados como vasos decorativos em jardins.
Não deixar em locais acessíveis aos seus animais de estimação. A cavalinha é toxica
para muitos animais, em especial para os animais monogástricos tais como aves, cães,
gatos, coelhos etc. Em casos graves pode levar à morte.

Geralmente não requerem nenhuma fertilização adicional, nem cuidados especiais. No


entanto, se forem cultivadas em recipientes, precisam ser regadas regularmente para
manterem o solo húmido em especial nos períodos mais secos.
Quanto tiver de colher para preparar o extrato, corte sem medo. Rapidamente vão
recuperar da colheita pois são muito resistentes.  
Como é que as suas propriedades são uteis nas culturas?
A Cavalinha tem um teor muito elevado de silício. Além do silício, também contém
potássio, manganês, magnésio e outros minerais.
O silício ajuda a reforçar as paredes celulares das plantas tornando-as mais resistentes
aos ataques dos fungos. Pode assim ser usada de modo preventivo.
No entanto, o seu principal uso na agricultura biológica é como um poderoso fungicida.
É eficaz contra algumas infeções fúngicas em particular a ferrugem, a podridão
cinzenta, o oídio e o míldio.

Como preparar o extrato


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Para preparar o extrato de cavalinha não são precisas habilidades especiais. Pode ser
facilmente feito em casa.
Vai precisar de:
(ingredientes para 5 litros de água)
5 litros de água pura (sem cloro)
0,5 Kg de cavalinha cortada em pequenos pedaços, sem as raízes. (como na imagem)
Se não arranje cavalinha fresca, pode usar a planta seca. Encontra facilmente nas lojas
de produtos naturais e dietéticos. Nesse caso a quantidade é muito inferior. Basta usar
75g para os 5 litros de água.

Coloque a cavalinha cortada e a água


dentro de um recipiente e deixe de
molho durante um dia inteiro. Esta
parte é importante pois vai amolecer a
planta e facilitar a extração dos
componentes que nos interessam.
Passado esse período, leve ao lume
para ferver. Levantando fervura, deixe
mais 20 ou 30 minutos a ferver em
lume brando.
O próximo passo é retirar do lume e
deixar arrefecer por completo.

Quando o líquido estiver frio, coe


muito bem. Se deixar restos, isso pode
comprometer o tempo de conservação
do extrato.

Em condições ideais, o extrato pode ser guardado até 3 meses sem perder as suas
propriedades. Guarde-o num local fresco e sem luz do sol. Tire o ar antes de fechar o
recipiente. Em vez de guardar tudo em recipientes grandes, pode distribuir por garrafas
PET pequenas como as garrafas de água de 200ml. Assim, quando tiver que diluir, só
vai usar uma garrafa de cada vez.

Aplicação
Nunca use o extrato de cavalinha sem ser diluído em água. Deve diluir na proporção de
200ml para 1 litro de água. Aplique com um pulverizador.

O tratamento vai depender do grau de infestação das plantas. Nunca


use o
extrato sem ser diluído em água. Faça as pulverizações
sempre ao fim da tarde quando o sol se põe.  Nos casos em que a
planta já está muito afetada pelos fungos, deve fazer uma pulverização diária durante 3
dias consecutivos. Pulverize a planta e o solo em redor. Deixe um intervalo de 3 dias e
aplique novamente durante 3 dias. Repita este processo até a infestação estar controlada.
Em duas semanas, deverá ter o problema resolvido. Faça as pulverizações sempre ao
fim da tarde quando o sol se põe.
Se a planta estiver a manifestar os primeiros sintomas da doença, pode fazer uma
aplicação mais suave. Basta pulverizar de 3 em 3 dias durante 12 ou 15 dias.
Se desejar usar de modo preventivo ou como auxiliar para fortalecer as plantas, pode
pulverizar uma vez por semana nos períodos de chuva ou de 15 em 15 dias nos períodos
de tempo seco. Além de pulverizar a planta, deve pulverizar também o solo em redor.

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Extractos de plantas
Camomila
O preparado de camomila pulverizado sobre a planta, além de ser um reforço geral,
protege específicamente contra o Míldio. A infusão se prepara com 50 gramas de
flores por cada litro de água e a dilução para pulverizar será de 1 litro de infusão e 9
litros de água.

Cavalinha/Rabo de cavalo
O preparado de cavalinha é um preventivo muito eficiente. Se prepara por meio  de
decoccção: pôr de molho 20 gramas de planta seca por litro de água com 5-10 gramas
de soda cáustica durante um dia. Depois, ferver durante 20 minutos e coar. Se pulveriza
a disolução de uma parte do preparado em 9 partes de água. Convém aplicar o
tratamento com houver sol.

Alho
O alho é um repelente de fungos, bactérias, pulgões e ácaros muito eficiente. Pode-se
fazer uma infusão de 50 gramas de dentes de alho por cada litro de água e pulverizar a
dissolução em 4 partes de água. Deve-se aplicar ao sol e durante vários dias
consecutivos.
Não devemos menosprezar estas técnicas ancestrais de herboristería pois muitas delas
provém de séculos de experiência, estudos e arte

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COMO PREPARAR SOLUÇÃO DE CAVALINHA
PARA O CONTROLE DE MÍLDIO
O míldio é uma doença que ataca os órgãos das plantas, formando nas folhas e hastes
uma camada pulverulenta semelhante à farinha. Esta camada impede a realização da
fotossíntese, comprometendo a sanidade das cultivares. Produtores orgânicos vem
utilizando um método prático para efetuar o controle do míldio em suas lavouras:
solução a base de cavalinha!

Esta erva, muito conhecida e de fácil acesso, é uma planta que apresenta diversas
funções no manejo de base ecológica. Ela pode ser utilizada para o controle de doenças,
para o controle de insetos nocivos (ácaros e pulgões) e ainda como fonte de nutrientes.
Para o controle de doenças fúngicas (como o míldio), bacteriológicas e de insetos
nocivos, o seu uso pode ser feito através do preparo de soluções, com a planta sozinha
ou acompanhada de outras cultivares. Como fonte de nutrientes pode-se usar a
cavalinha na forma de cinzas, chás e adicionada a biofertilizantes, pois é uma fonte de
sílica.

Confira a receita da solução de cavalinha para o controle de fungos de solo e


míldio!

Ingredientes:
– 150 gramas de cavalinha seca ou 1 kg de cavalinha verde;
– 10 litros de água.

Como preparar:
1) Como usar a cavalinha
– Quando a cavalinha for usada verde, deve-se moer ou triturar em pedaços pequenos;
– Caso você opte por utilizar a cavalinha seca, também é preciso triturar a mesma antes
de preparar a solução.

2) Como preparar a solução


– Coloque a cavalinha triturada em um recipiente limpo e que pode ser utilizado para
ferver, como uma panela;
– Adicione a água sobre a cavalinha e leve ao fogo para ferver por 20 minutos;
– Cubra o recipiente com uma tampa e deixe esfriar.

3) Como aplicar
Aplique 1 litro da solução misturado a 5 litros de água para o controle de pulgão, ácaros
e míldio. Se você utilizar a solução para controle de doenças de solo, pulverize o
produto puro sobre o solo.

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Algumas práticas culturais também podem auxiliar no controle da doença, tais como
evitar plantios próximos de lavouras velhas ou de outras cucurbitáceas, utilização de
quebra- ventos e evitar a irrigação por aspersão, visando diminuir a duração dos
períodos de molhamento foliar. Também é possível realizar a aplicação de solução de
leite-cru e água, que auxilia no controle de míldio, assim como do oídio. Confira o
passo a passo para a produção aqui!

COMO USAR A CAVALINHA NA SUA HORTA

A cavalinha é uma planta extraordinária pela sua antiguidade, resistência,

propriedades e múltiplos usos. Existem mais de 15 espécies diferentes de

plantas do gênero Equisetum, mas todas têm características e usos

semelhantes.

De todas a forma de usar as cavalinhas, queremos apenas focar-nos no seu

uso como fungicida para combater várias doenças comuns nas plantas das

nossas hortas.

Para podermos fazer o extrato de cavalinha, precisamos de ter as plantas.

Podemos cultiva-las na horta ou em vasos.  A Cavalinha tem um teor


muito elevado de silício. Também contém potássio, manganês,
magnésio e outros minerais. Contudo, devido à sua capacidade para
se adaptar a muitos tipos de solo e de se multiplicar através de esporos e

por vezes de rizomas, pode ser considerada uma planta com características

invasoras. Por isso, para ser mantida sob controle, é recomendável que seja

cultivada em recipientes. O cultivo em recipientes tem ainda a vantagem de

poder ser usados como vasos decorativos em jardins.

Não deixar em locais acessíveis aos seus animais de estimação. A cavalinha

é toxica para muitos animais, em especial para os animais monogástricos

tais como aves, cães, gatos, coelhos etc. Em casos graves pode levar à

morte.

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Geralmente não requerem nenhuma fertilização adicional, nem cuidados

especiais. No entanto, se forem cultivadas em recipientes, precisam ser

regadas regularmente para manterem o solo húmido em especial nos

períodos mais secos.

Quanto tiver de colher para preparar o extrato, corte sem medo.

Rapidamente vão recuperar da colheita pois são muito resistentes.  


Como é que as suas propriedades são uteis nas culturas?
A Cavalinha tem um teor muito elevado de silício. Além do silício, também

contém potássio, manganês, magnésio e outros minerais.

O silício ajuda a reforçar as paredes celulares das plantas tornando-as mais

resistentes aos ataques dos fungos. Pode assim ser usada de modo

preventivo.

No entanto, o seu principal uso na agricultura biológica é como um

poderoso fungicida. É eficaz contra algumas infeções fúngicas em particular

a ferrugem, a podridão cinzenta, o oídio e o míldio.

Como preparar o extrato

Para preparar o extrato de cavalinha não são precisas habilidades

especiais. Pode ser facilmente feito em casa.

Vai precisar de:

(ingredientes para 5 litros de água)

5 litros de água pura (sem cloro)

0,5 Kg de cavalinha cortada em pequenos pedaços, sem as raízes. (como na

imagem)

Se não arranje cavalinha fresca, pode usar a planta seca. Encontra

facilmente nas lojas de produtos naturais e dietéticos. Nesse caso a

quantidade é muito inferior. Basta usar 75g para os 5 litros de água.

Coloque a cavalinha cortada e a água dentro de

um recipiente e deixe de molho durante um dia

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inteiro. Esta parte é importante pois vai amolecer a planta e facilitar a

extração dos componentes que nos interessam.

Passado esse período, leve ao lume para ferver. Levantando fervura, deixe

mais 20 ou 30 minutos a ferver em lume brando.

O próximo passo é retirar do lume e deixar arrefecer por completo.

Quando o líquido estiver frio, coe muito bem. Se deixar restos, isso pode

comprometer o tempo de conservação do extrato.

Em condições ideais, o extrato pode ser guardado até 3 meses sem perder

as suas propriedades. Guarde-o num local fresco e sem luz do sol. Tire o ar

antes de fechar o recipiente. Em vez de guardar tudo em recipientes

grandes, pode distribuir por garrafas PET pequenas como as garrafas de

água de 200ml. Assim, quando tiver que diluir, só vai usar uma garrafa de

cada vez.

Aplicação

Nunca use o extrato de cavalinha sem ser diluído em água. Deve diluir na

proporção de 200ml para 1 litro de água. Aplique com um pulverizador.

O tratamento vai depender do grau de infestação das plantas. Nunca use


o extrato sem ser diluído em água. Faça as pulverizações
sempre ao fim da tarde quando o sol se põe.  Nos casos em que a
planta já está muito afetada pelos fungos, deve fazer uma pulverização

diária durante 3 dias consecutivos. Pulverize a planta e o solo em redor.

Deixe um intervalo de 3 dias e aplique novamente durante 3 dias. Repita

este processo até a infestação estar controlada. Em duas semanas, deverá

ter o problema resolvido. Faça as pulverizações sempre ao fim da tarde

quando o sol se põe.

Se a planta estiver a manifestar os primeiros sintomas da doença, pode

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fazer uma aplicação mais suave. Basta pulverizar de 3 em 3 dias durante 12

ou 15 dias.

Se desejar usar de modo preventivo ou como auxiliar para fortalecer as

plantas, pode pulverizar uma vez por semana nos períodos de chuva ou de

15 em 15 dias nos períodos de tempo seco. Além de pulverizar a planta,

deve pulverizar também o solo em redor.

LEITE CRU E ÁGUA: SOLUÇÃO ECONOMICA E


EFICAZ NO CONTROLE DO OÍDIO
Semelhante a um pó branco, o oídio é uma doença que ataca diferentes culturas de
hortaliças, prejudicando a sanidade dos materiais, o desempenho destes em campo e
causando significativos prejuízos aos agricultores. A produção de culturas como a da
abobrinha pode cair em até 60% quando atacada pela doença. Buscando uma solução, a
Embrapa Meio Ambiente desenvolveu um método que além de econômico e eficaz no
controle do oídio, é totalmente inócuo ao meio ambiente, não causando nenhum impacto
ambiental.

   
Sequência de fotos mostra o ataque do oídio em folhas de abóbora
Fotos: Eliana Lima, Embrapa

O oídio se desenvolve nas folhas, hastes e frutos dos materiais, apresentando uma
formação semelhante ao “pó de giz” e espalhando-se por toda a superfície da folha. Esse
pó impede que a planta realize normalmente a fotossíntese, o que ocasiona na menor
produtividade. A doença, que é provocada pelo fungo Sphaerotheca fugilinea, é
favorecida por temperaturas entre 15ºC e 18ºC e umidade relativa do ar entre 20 e
100%. Neste caso, é fundamental prestar atenção às condições do ambiente, e
produtores que disponibilizam de local para estufa podem realizar o cultivo protegido,
que garante maior controle do local.

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Surgimento de oídio na
cultura do tomate

O método da Embrapa
consiste em uma receita
simples: basta preparar
uma solução de 5% de
leite de vaca cru e 95% de
água e pulverizá-la sobre
a plantação. A mistura foi
testada em diversas
culturas, como as do
pepino, abobrinha, tomate e
alface, mostrando-se
eficiente no combate da
doença. E hoje, ela vem
sendo utilizada por produtores de todo o Brasil e apresentando excelentes
resultados. Para uma solução de 100 litros, por exemplo, são necessários 95 litros de
água e 5 litros de leite.

Oídio se
assemelha a pó
de giz,
aparecendo
especialmente
nas folhas das
plantas

Solução de 5% de leite de vaca cru


e 95% de água pode ser pulverizada
sobre cultivo para o controle de
oídio 
12
Os benefícios estão no controle do problema e também na economia e redução do
impacto ambiental.

 Borrifar com uma solução de 2,5dl de leite para um litro de água, fazer este tratamento
durante uma semana e sempre de manhã cedo.
 Mildio, tratamento biólogico com 1 copo de leite para 4 de água. Aplicar 2 vezes por
semana . 
 O leite é para o oídio. O mildio trata se com calda bordalesa, ou extracto de cavalinha

Tomate – como cultivar e utilizar!


Plantas da Horta
O tomate é um dos cultivos preferidos dos agricultores urbanos. À semelhança
dos morangos, muitos jardineiros urbanos, mesmo com pouca experiência
querem plantar tomate na sua horta, jardim ou mesmo em vaso. Não sei se
existem estatísticas nesta matéria, mas com base na minha experiência e
partilha de vários participantes dos meus workshops, diria que 90% dos
jardineiros urbanos já plantou ou quer plantar esta hortícola. Talvez por isso lhe
chamem o rei de todas as hortas!

São muitas as variedades de tomate disponíveis no mercado e dividem-se


essencialmente em dois grupos, os de rama e os arbustivos. Os tomates mais
cultivados, são os de rama, aqueles que crescem em altura tendo por isso que
ser tutorados.

O tomate é da família das solanáceas, mesmo grupo da batata e beringela.


Portanto é aconselhável não plantar em conjunto com estas hortícolas nem em
locais onde estas tenham sido cultivadas, pelo menos nos últimos 3 a 4 anos.

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Como Semear e plantar tomate

Dicas para semear: colocar as sementes a uma profundidade inferior a 0,5 cm.


Certamente não vão andar de fita métrica, por isso, sendo sementes pequenas,
basta cobrir apenas as sementes com uma camada fina de substrato leve ou
vermiculite.
Quando deve semear e plantar: os meses de Primavera são ideias para plantar
tomate na horta. Geralmente o tomateiro cresce melhor com temperaturas
amenas, entre os 20°C a 26°C. Preferem ainda baixa humidade, pois condições
de humidade alta vai favorecer o aparecimento de doenças e pragas nas
plantações. As plântulas (mudas de plantas jovens germinadas), podem ser
transplantadas quando tiverem entre 4 a 5 folhas.
Semear em viveiro de janeiro a março.
Plantar na horta de março a maio.
Espaçamento de plantação: entre 40 a 50 cm entre plantas e de 50 a 80 cm
entre linhas de plantas (quando plantados em canteiros ou talhões).
Cuidados antes de plantar:
Sendo a rotação de culturas uma boa prática para evitar pragas, devemos ter a
mesma em atenção para não cultivar tomates sempre no mesmo sítio. Portanto,
o ideal será repetir o cultivo no mesmo vaso ou canteiro apenas 3 a 4 anos
depois. Encontram mais detalhes sobre a prática de rotações de cultivo aqui.

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Condições de cultivo e manutenção
 Tutorar: os tomateiros de rama devem ser tutorados para que toda a
folhagem tenha incidência de luz e seja adequadamente arejada.
 Desfolha: retirar todas as folhas que estão em contacto com o solo,
amarelas e doentes. Esta prática favorece a circulação de ar em toda a
cultura.
 Rega: evitar o excesso de água na rega, já que é o fator que mais afeta o
desenvolvimento de doenças.
 Podar: evitar fazer ferimentos na planta durante a poda do tomateiro.
Esta deve ser feita com tesoura devidamente limpa. Neste vídeo mostro
como podar o tomateiro.
 Fertilização: fazer uma fertilização cuidada, rica em potássio. A falta de
nutrientes são causas frequentes de distúrbios fisiológicos graves que
acabam por deixar a planta mais fraca e por isso mais susceptível a
doenças.
 Pragas e doenças: As doenças mais comuns são o oídio e míldio. Cortar
as partes mais atingidas é um bom gesto para limitar a expansão da
doença. Neste artigo, partilho receita de tratamento natural preventivo
para estas doenças.
Exposição solar: 
Necessita de bastante luz, de preferência luz solar direta (mínimo de 6h00 de
sol por dia). Lugares virados a sul são a localização ideal para plantar.

Associações de cultivo favoráveis e desfavoráveis:


Beneficia quando plantada em conjunto com manjericão, salsa, aipo, cravo
túnico, alho-francês e feijão.
Não gosta de ser plantado em conjunto com batata, pepino, ervilha.
Como colher e utilizar
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São muitos os amantes deste legume frutícola. A utilização do tomate, dispensa
por por isso qualquer sugestão. A colheita de tomate pode durar entre 3 a 4
meses, dependendo das variedades cultivadas. Os frutos são cortados com uma
tesoura.

Podemos também guardar sementes para a próxima época de cultivo. Neste


caso, devem ser escolhidas as plantas saudáveis e os melhores “frutos” para
retirar sementes. Como resultado, a propagação através destas sementes vai
trazer algumas vantagens, resultando por exemplo em plantas mais resistentes.

Se houver sucesso no seu cultivo, podem produzir uma quantidade generosa.


Nesse caso, podemos sempre oferecer o excesso ou arranjar formas de
conservar para alturas do ano em que não estão disponíveis. Uma das formas
mais comuns é a congelação. Outra forma, que descobri muito recentemente é
a sua secagem ao sol e conservação de tomate seco em azeite.

Fungicida natural e eficaz para tomates


Jardinagem Ecológica

Já tentaram cultivar tomate em casa? Correu bem, ou surgiram algumas


doenças que não conseguiram tratar? Neste artigo partilho uma receita de
fungicida natural simples de preparar em casa e que pode ser útil
para prevenir ou tratar as doenças fúngicas mais comuns desta planta, como
é o caso do oídio e míldio.
No Verão,  o tomate é rei das saladas e da maioria das hortas
domésticas. No entanto, é também uma das culturas mais complicadas
que podemos ter na nossa horta, pois mais cedo ou mais tarde percebem o
aparecimento de algumas doenças no tomateiro que nem sempre são
fáceis de controlar com tratamentos naturais.
As temperaturas incertas deste início de Verão foram propícias ao
desenvolvimento do míldio e oídio nos tomateiros da nossa horta. Percebi que
talvez tenha regado em excesso, nos dias mais amenos e húmidos de Junho e
Julho. Decidi entretanto experimentar esta receita de fungicida, que já conhecia,
e pulverizei tomates (como tratamento) mas também curgetes e pepinos e
percebi que funcionou bastante bem. Podem ver aqui outras receitas para
doenças da horta.
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Não esqueçam que o ideal será realizar as pulverizações, preferencialmente de
forma preventiva, quando as condições climáticas forem favoráveis ao
aparecimento de doenças. Após o seu estabelecimento, a maioria das doenças é
complicada de controlar ou pode nem ser controlada.

tomate em plena produção atacado pelo míldio (início)

Algumas doenças mais comuns do tomate

O míldio é a doença número um dos tomateiros.  Talvez por ser umas das
mais comuns e severas para toda a planta. Percebe-se com o aparecimento de
pequenas manchas castanhas nas folhas ou nos caules. As manchas vão
surgindo progressivamente e as partes das plantas afetadas começam a secar.
Conforme a infeção avança, as manchas crescem reduzindo a área disponível
para a fotossíntese. O fungo do míldio, que está na terra, move-se através do
vento ou água.
O oídio é uma doença muito comum e conhecida mas menos severa que o
míldio. É também causada por fungos e os sintomas mais evidentes são
verificados através das manchas nas folhas, cobertas por um pó esbranquiçado
ou acinzentado. Nos casos mais graves pode ocorrer perda de folhagem, o que
leva a reduções significativas na produção.
Boas práticas para evitar as doenças no tomateiro

 Tutorar os tomateiros atempadamente para que toda a folhagem tenha


incidência de luz e seja adequadamente arejada
 Retirar as folhas que estão em contacto com o solo
 Evitar o excesso de água na rega, pois este é o fator que mais afeta o
desenvolvimento de doenças, em especial aquelas associadas a fungos
 Favorecer a circulação de ar em toda a cultura
 Ter atenção para não cultivar os tomates sempre no mesmo sítio,
apreciam rotação de culturas
 Cortar as partes mais atingidas é um bom gesto para limitar a expansão
da doença
 Em caso de produção própria de tomate, devem escolher as plantas
saudáveis para se retirar sementes. A propagação através destas
sementes vai resultar em plantas mais resistentes

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 Durante alguns tratos culturais, devem evitar fazer ferimentos na planta,
sobretudo quando estão a tutorar e a podar o tomateiro. A poda deve
ser feita com tesoura devidamente limpa
 Fazer uma fertilização cuidada, rica em potássio. A falta de nutrientes são
causas freqüentes de distúrbios fisiológicos graves

canteiro com tomates cherry ligeiramente atacados pelo míldio


Fungicida natural – receita com leite de vaca

O Leite é rico em nutrientes para as plantas, sobretudo cálcio, magnésio, fósforo


e potássio. Este tratamento funciona duplamente bem, não apenas como
fungicida mas também como um fertilizante foliar. Diluído em água, pode ser
borrifado nas folhas e caules 1 vez por semana como prevenção ou 2 como
tratamento. É aconselhado leite cru, mas eu utilizei o resto do leite de pacote e
leite em pó (da minha bebé).

Como funciona?

Devido às suas propriedades naturais, o leite agrega-se à planta formando


um filme microbiano na superfície da folha cobrindo-a e protegendo-a.
Como altera o PH da planta, deixa de ter as condições ideias para a propagação
de fungos.
Esta receita pode também ser aplicada para controlar o oídio da curgete e do
pepino.
 

Como preparar e aplicar fungicida natural?

A preparação pode ser com leite de pacote ou podem preparar a solução


utilizando também leite em pó.

Para prevenção: fazer regas com leite diluído: 3 copos de leite para 7 copos de
água. regar uma a duas vezes por semana.

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Para tratamento da doença com aplicação foliar: diluir 1 copo de leite em 4
copos de água. Agitar a mistura e pulverizar. Aplicar duas vezes por semana se
as folhas já estiverem com sintomas evidentes de oídio.
Quando e como aplicar este fungicida natural

Deve ser aplicado essencialmente de manhã, de preferência bem cedo, numa


hora de pouca incidência solar. Devem pulverizar todas as partes da planta com
periodicidade mínima semanal.

Condições ideais para crescimento do tomate

Os Tomateiros são plantas perenes com um ciclo de vida curta, podendo, em


condições ideais, produzir frutos por 2 anos. Esta prática não é considerada nem
em plantações comerciais, nem mesmo nas plantações domésticas, onde os
tomateiros são cultivados com por alguns meses (ciclo anual).
Gostam de terra húmida, mas não encharcada. Devemos deixar secar a
superfície do solo, entre regas. Geralmente o tomateiro cresce melhor com
temperaturas amenas (20°C e 26°C) e preferem baixa humidade, pois condições
de humidade alta favorece o aparecimento de doenças e pragas nas
plantações. Podem ver ainda neste artigo, algumas dicas importantes para
cultivarem tomates em casa.

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