Você está na página 1de 5

Fichamento Jeferson Expedito

Descrições do trecho lido

Título: Filosofia da Ciência e da Tecnologia


Subtítulo: Introdução Metodológica e Crítica
Autor: Regis de Morais
Trecho: Páginas de 109 a 121

Anotações Pessoais

A Civilização Tecnológica

• “...compreender o mundo de hoje é compreender seus dois


fenômenos principais: a ciência e a técnica.”
• Estudar esses fenômenos deve ser um esforço na tentativa de
mergulhar no mais profundo sentido dos dias atuais e futuros.
• Mark Twain via a técnica como um meio de valorização humana,
de desenvolvimento. Uma forma de dar sentido a natureza humana
e de eleva-la.
• A tecnologia pode ser instrumento de esperança para que o
homem desenvolva e se torne criador da própria história. E ainda
ser um libertador de consciência para o pleno discernimento.
• Jacques Ellul diz que não está certo que o homem possa continuar
a fazer sua própria história com a base racional do sistema
tecnológico impregnada em sua vida, já que nem ao menos
começamos a compreender essa base racional.
• O elemento propaganda no contexto atual tem por objetivo diminuir
nossa liberdade psicológica, e quanto menor essa liberdade mais
seremos o espelho da sociedade tecnológica. “... voltando a ideia
de Rubem Alves, a sociedade nos molda à sua imagem e
semelhança.” (Isso me recordou um trecho que o professor citou
em aula: “A massa não quer verdade quer ilusões”)
• “O que há é uma necessidade de que reinterpretemos a tecnologia,
recolocando o capital não-vivo a serviço do capital-vivo; em outras
palavras, há uma urgência de que neguemos a tecnologia como
um fim, e a recoloquemos como um meio de afirmação do
humano.” (Podemos ver uma tendência dessa utilização da
tecnologia como um meio nas profissões que surgiram por meio da
mesma. Pessoas q utilizaram da internet principalmente para criar
novas carreiras e conseguir seu sustento).
• Segundo Erich Fromm a tendência de valorizar o progresso técnico
está ligada à importância excessiva que damos ao intelecto, e
também a uma profunda atração emocional pelo mecânico, por
tudo que não está vivo, por tudo que é feito pelo homem. (De certa
forma vejo isso como um pouco de narcisismo, a admiração pelo
próprio trabalho, uma valorização pelo o que é de si mesmo.)
• Existe um certo temor que a era tecnológica leve os humanos a um
novo barbarismo. Partindo da ideia de que o passado precisa ser
negado e desvalorizado totalmente em função de um hoje que
exibe experiências e oportunidades novas, isso pode concluir em
uma perda da nossa memória histórica. (Podemos ver exemplos
disso nos dias de hoje? Acredito que há sim uma desvalorização
do nosso passado histórico por percepções pessoais, mas não
tenho tantas informações sobre de forma concreta).
• Thoreau em 1854: “Mas vejam só! Os homens se transformaram
em instrumentos dos seus instrumentos”.
• Para Philip Rieff o perigo da perda da memória histórica aumenta
à medida que a sociedade tecnológica busca empobrecer a vida
interior dos indivíduos. Indivíduos vão se identificando com as
características do sistema tecnológico ao ponto do homem
confundir seu corpo com suas máquinas e vice-versa.
• Já não nos adaptamos facilmente, estamos ligados fortemente ao
planeta Terra e precisamos começar a analisar se tudo que
podemos fazer deve realmente ser feito.
• Rubem Alves: “Ao invés de as necessidades humanas definirem as
necessidades de produção – o que seria a norma para uma
sociedade verdadeiramente humana – são as necessidades do
funcionamento do sistema que irão criar as ‘falsas necessidades’
de consumo... E o sistema criou o homem à sua imagem e
semelhança e lhe disse: Não terás outros deuses diante de mim!”.
• Tudo o que é tecnicamente possível de fazer-se, deve ser feito?
(Por mais claro, ao menos para mim, que a resposta é não, lendo
o trecho pude perceber que isso reflete de certa forma o
comportamento de produção e desenvolvimento compulsivo em
nossa sociedade. Estamos sempre correndo pra produzir algo, pra
gerar resultados e nem sempre nos perguntamos se realmente
devemos fazer aquilo.).
• O que temos visto como eficiência? Deve ser levado em conta só
o resultado ou descoberta? O tempo que levou para ser realizado?
É necessário começar a analisar todo o processo, produzimos
desenfreadamente sem levar em consideração os impactos
negativos na sociedade, meio ambiente e na nossa própria
condição de vida.
• Valorizamos mais a quantidade do que a qualidade.
• A fragmentação de tarefas torna a visão global mais difícil.
• Nosso planeta é um sistema fechado, ou seja, os recursos são
limitados e as alterações nos mesmos interligada, uma ação que
envolve um tipo especifico de recurso acaba afetando outras
condições do planeta.
• A tecnologia não entrega soluções completas, ampliando o campo
de observação sempre há impactos ou efeitos secundários que
geram novos problemas.
• Chegara um ponto em que o conjunto de problemas residuais
deixados pelo processo tecnológico atingirá uma complexidade
que não existirá uma solução tecno-social para tal.
Descrições do trecho lido

Título: Filosofia da Ciência e da Tecnologia


Subtítulo: Introdução Metodológica e Crítica
Autor: Regis de Morais
Trecho: Páginas de 143 a 153

Anotações Pessoais

Semelhanças e Dessemelhanças entre Computador e Cérebro

• A máquina, mesmo dotada da possibilidade de raciocínios, não é


feita para substituir o homem, ele só complementa suas atividades.
O computador é um executor.
• As inteligências de máquina (inteligência artificial) imitam as
funções do cérebro, contudo não imita sua natureza básica.

Perspectivas Sociais da Automação

• Trabalhar com máquinas não quer dizer não ser humanista. O que
importa é o para que se utiliza as máquinas.
• Algumas pessoas ligam o fascínio e interesse pelas máquinas a
reflexão de Erich Fromm sobre necrofilia e biofilia e por isso não
ligam o sentido humanista da manipulação de máquinas,
considerando que são utilizadas para “destruição” (Podemos ver
isso na associação que ainda hoje algumas pessoas fazem sobre
quem constrói máquinas e robôs quer tirar empregos).
• Existem também os que defendem a automação como recurso a
auxiliar o homem a acabar ou diminuir com sua desordem, vê na
automação uma esperança para novas descobertas e para a
facilitação das atividades humanas.
• Porém em piores condições sociais ainda há os que não se
atentam as questões ligadas a tal tema.
• A tecnologia pode ser usada para melhorar as relações sociais e
auxiliar o homem, porém também pode trazer a tona uma
capacidade de acentuar os problemas sociais e se tornar uma arma
contra aqueles com condições econômicas inferiores.
• Empresas e nações que detém poderes financeiros podem
deturbar o uso da tecnologia para aniquilar aquelas com menor
poder.
• No fim, o que devemos temer não são os computadores e sim os
humanos por trás deles.
• Rose Marie Muraro: “Quanto à automação propriamente dita, ela
representa o fim do trabalho como necessidade de sobrevivência.
Fecha-se, assim, um ciclo histórico que durou dez mil anos e se
iniciou com a agricultura muscular. Com o térmico do trabalho
finda-se, também a alienação dos frutos desse trabalho. Inicia-se a
Civilização do Lazer. Pela primeira vez, em seu todo, a
humanidade vence a carência e conquista a abundância. É o pleno
domínio da natureza. Doravante, todos os homens – teoricamente
– podem ter acesso à reflexão, ao mundo da cultura e à plena
gratificação”.
• “Se juntamente com as consecutivas gerações de computadores
não se desenvolver a promoção intelectual e artística do homem,
aqueles que só tiverem a força física para vender não terão nada
que valha a pena comprar.”
• A cada vez mais devemos buscar a CIVILIZAÇÃO
PROMOCIONAL buscando sempre o crescimento intelectual e
permanecendo atento à necessidade cada vez mais evidente da
chamada educação permanente. (Algo que já pode ser observado
nos dias atuais).
• É necessário ter a consciência dos princípios humanísticos dotados
na automação.

Você também pode gostar