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PREFEITURA DE ANÁPOLIS SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

GUIA DE ORIENTAÇÕES

PEDAGÓGICAS:

EDUCAÇÃO INFANTIL

2020
Av. Brasil, 200 Centro – Anápolis/GO – CEP:
75075-210
Carvalho Assessora
Pedagógica
Irene Macêdo de Mendonça
Saraiva ​Assessora Pedagógica

Jane Ayre Serbeto Assessora


Pedagógica
Mara Andréia Fernandes
Peixoto Assessora Pedagógica
Josiane Neres Pereira
Fernandes ​Assessora
Pedagógica

Franciele Vírginia da Silva


Assessora Pedagógica

Valéria Miguel da Cruz Melo


COMPOSIÇÃO DA GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Av. Brasil, 200 Centro – Anápolis/GO – CEP: 75075-210


Fernanda Bernardes da Costa ​Gerente de Educação Infantil

SUMÁRIO
1. APRESENTAÇÃO ​.............................................................................................................. 5
1.1. Jornada Histórica da Creche .................................................................................................... 5

1.2. Jornada Histórica da Pré-Escola - Infantil IV e V ..................................................................... 6

2. A EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC) ​..... 8


2.1 A Educação Infantil no contexto da Educação Básica ............................................................ 10

2.2 Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento na Educação Infantil ..................................... 11

2.3 Os Campos de Experiências ................................................................................................... 12

3. EDUCAÇÃO INFANTIL EM ANÁPOLIS ​......................................................................... 14


4. ATRIBUIÇÕES DA GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL ​........................................ 15
5. ATRIBUIÇÕES DA ASSESSORIA PEDAGÓGICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL ​........ 16 ​7.
ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL ​.................................... 19 ​8.
FORMAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL/ 2020 ​..................... 21 ​9.
DOCUMENTOS A SEREM ENTREGUES À GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL ​22 ​10.
DATAS COMEMORATIVAS ​.......................................................................................... 22 ​11.
PROJETOS/2020​............................................................................................................ 24 ​12.
CUIDAR E EDUCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL ​........................................................ 25 ​13.
ORIENTAÇÕES PARA O ACOLHIMENTO DO INFANTIL I ​....................................... 27 ​14.
ORIENTAÇÕES PARA A TRANSIÇÃO DO INFANTIL V ​............................................ 30 ​15.
REGULAMENTAÇÕES ACERCA DA EDUCAÇÃO INFANTIL ​.................................. 32 ​16.
ROTINA ​........................................................................................................................... 33
16.1 Rotinas de cuidado pessoal (creche) .................................................................................... 33

16.2 Rotinas de cuidado pessoal (pré-escola) .............................................................................. 35

17. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL ​........................................... 45


18. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL ​.................................................................... 47
18.1. Registrando o desenvolvimento cognitivo da criança .......................................................... 50

18.2. Registros Individuais ............................................................................................................. 51

18.3. O que não pode faltar no caderno de registro de desenvolvimento da criança: ................. 51

18.4. Orientações sobre os relatórios descritivos das crianças: ................................................... 52

18.5. Estrutura do relatório: (matriz em anexo) ............................................................................. 53

18.6. Registros individuais elaborados com a participação das crianças. .................................... 53

18.7. Relatórios de avaliação elaborados pelos professores........................................................ 54


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18.8. Sinteses das aprendizagens (registro reflexivo da prática docente plano de aula). .......... 55

18.9. O AADC acompanhamento da aprendizagem do desenvolvimento da criança. ............... 56

19. ITENS PERMANENTES DE AVALIAÇÃO: ​.................................................................. 61


19.1. Itens a serem observados na avaliação dos auxiliares de educação.................................. 61

19.2. Itens a serem observados na avaliação dos professores: ................................................... 62

19.3. Itens a serem observados na instituição escolar para avaliação da equipe gestora ......... 66

20. ITENS DO PLANEJAMENTO DOCENTE A SEREM OBSERVADOS PELA


ASSESSORIA PEDAGÓGICA ​............................................................................................. 72
21. PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO (PPP) ​............................................................... 84
21.1. Itens para elaboração do documento .................................................................................. 84

REFERÊNCIAS ​..................................................................................................................... 93
ANEXOS​.............................................................................................................................95
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1. APRESENTAÇÃO

O presente documento elaborado pela Gerência de Educação Infantil juntamente

com a Secretaria Municipal de Educação de Anápolis - SEMED tem a função de orientar o

trabalho nos Centros de Educação Infantil, municipais e conveniados, assim como nas

Escolas Municipais que oferecem a pré-escola, portanto este documento deve ser de

conhecimento de toda a equipe docente e administrativa, para fundamentação do trabalho


no decorrer do ano letivo.

1.1. Jornada Histórica da Creche

No passado, o atendimento infantil nas Creches era focado na guarda. Essas

instituições se configuravam como um espaço assistencialista de cuidados, de direito da

mãe trabalhadora, e não da criança. Evidenciavam a dicotomia dos processos de guarda e

educação, que geralmente eram públicos ou filantrópicos, e funcionavam em período

integral, centrando o atendimento nos aspectos da higiene, alimentação e saúde das

crianças.

De outro lado existiam os espaços privados, ou “escolinhas”, como eram

conhecidas, as quais se destinavam à preparação das crianças para o antigo ensino

primário e funcionavam em meio período, mas somente para os que pudessem pagá-la.Foi

nesse cenário que aconteceu algo cruel com a educação institucionalizada: a fragmentação

entre a educação e o cuidado. O cuidado era para a classe dos trabalhadores, que

necessitavam de um espaço onde seus filhos fossem “guardados”, assegurando-lhes o

bem-estar apenas físico.

Para as famílias que possuíam melhores condições financeiras, a escolha era

certeira: um espaço que preparasse e, por que não, antecipasse os conhecimentos das

letras e dos números. Podemos, então, indagar: A legislação era conivente com essa cisão?

A primeira iniciativa legal para o ajuste dessa situação foi a Constituição Federal

(CF) de 1988, que trouxe a ideia da criança como cidadã, sujeito de direitos, fato que por

sua vez rompeu com a função da Creche entendida apenas como alternativa pública ou

filantrópica para suprir as necessidades maternas.

Já em 1990, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) ratificou essa

concepção de criança cidadã e, em 1996, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


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(LDB), no 9.394/96, no capítulo I, consolidou a Educação Infantil como a primeira etapa da

Educação Básica, um direito da criança.

A década de 1990 foi realmente um marco para a Educação Infantil no Brasil.

Além da LDB no 9.394/96, pode-se citar outros dois importantes documentos: os

Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1998) e as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (1999) ambos consolidando a concepção

da criança cidadã e, ainda fornecendo subsídios às práticas desenvolvidas nas Creches.

Os referidos documentos iniciaram a orientação de que as Creches devem

promover a integração entre o educar e o cuidar, considerando os diversos aspectos (físico,

cognitivo, motor, social e afetivo) sempre na perspectiva de integralidade. Na última década

muitos foram os documentos oficiais publicados (Federal e Municipal), com o intuito de valer

o direito à Educação Infantil de qualidade.

❖ A partir de 2009 foram criados outros documentos oficiais:

▪ Critérios pra um atendimento em creche que respeite os Direitos

Fundamentais da Criança (2009);

▪ Indicadores de Qualidade na Educação Infantil (2009);

▪ Resolução CME no 015, 06 de junho de 2007;

▪ Lei no 12.796 de 04 de abril de 2013;

▪ Plano Nacional da Educação, Lei no 13.005, de 25 de junho de 2014;

▪ Plano Municipal de Educação, lei no 3.775, 24 de junho de 2015;

▪ Base Nacional Comum Curricular /BNCC– Homologada em 20/12/2017.

▪ Parametros Nacionais de Qualidade na Educação Infantil (2018).


▪ Documento Curricular para Goiás - 2018.

▪ Documento Curricular para Goiás Ampliado - 2019.

1.2. Jornada Histórica da Pré-Escola - Infantil IV e V

A LDB 9394/96 incorpora a Educação Infantil como primeiro nível da Educação

Básica, e formaliza a municipalização dessa etapa de ensino trazendo no seu texto a

questão da obrigatoriedade da oferta por parte dos municípios da Educação Infantil tanto

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na creche quanto na pré-escola. Entretanto, neste ano ainda havia pouco investimento

financeiro do poder público nesta etapa educacional, o que foi sendo ajustado

gradativamente nas décadas seguintes. E segundo dados fornecidos pelo Ministério da

Educação no ano 2000 o financiamento em educação absorveu 4,7% do Produto Interno

Bruto (PIB) nacional. E em 2009, o valor evoluiu para 5,7%.

Em Anápolis no ano de 2001 a câmara municipal aprovou a lei 2822 que dispõe

sobre a criação do sistema municipal de ensino e estabelece as normas gerais para o seu

funcionamento. Trazendo em seu artigo 1o o compromisso de seguir a normativa prevista

pela LDB no ano de 1996.Após os Referenciais Curriculares Nacionais (1998), as Diretrizes

Curriculares Nacionais (2009), no ano de 2013 foi instituído o novo documento que ajusta

a LDB, A Emenda Constitucional no 59, que torna obrigatória a oferta gratuita de educação

básica a partir dos 4 anos de idade. Tendo as redes municipais e estaduais de ensino até

2016 para se adequar e acolher os alunos de 4 a 17 anos.

E antes mesmo do encerramento do prazo de adequação estabelecido pelo

governo federal o município de Anápolis trouxe como a meta 1 do seu Plano Municipal de

Educação, com vigência de 2015 a 2025: universalizar, até 2016 a Educação Infantil na
pré-escola para as crianças de 4 e 5 anos atendendo 100% destas até o final da vigência

do plano conforme relatado na estratégia 1.1. Com atendimento parcial e em instituição

escolar próxima a sua residência. Deste modo naquele ano foram iniciadas as primeiras

turmas de educação infantil dentro das escolas que até então ofertavam apenas o Ensino

Fundamental. E todas as turmas de pré-escola deixaram de atender em período integral

para fazê-lo em período parcial conforme permitia a legislação, dobrando assim o

quantitativo das vagas existentes. E assegurando a garantia da existência da vaga próxima

as residências.

Desde então muito tem se avançado. Culminando com a entrega de brinquedos

específicos para esta etapa às 22 escolas que atenderam a pré-escola no ano de 2019,

contando com 5.518 crianças atendidas. De modo a resguardar a garantia dos eixos

norteadores: interações e brincadeiras fundamentais ao desenvolvimento das habilidades

essenciais das crianças.

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2. A EDUCAÇÃO INFANTIL NA BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR (BNCC)

A Educação Infantil, como primeira etapa da Educação Básica, de acordo com

LDBEN (BRASIL, 1996), tem por função garantir o desenvolvimento integral da criança de

forma compartilhada com as famílias e/ou responsáveis. Ela é composta por creche, que

compreende a faixa etária de 0 (zero) a 3 (três) anos e por pré-escola para a faixa etária

de 4 (quatro) a 5 (cinco) anos de idade.

Conforme pontua as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação

Infantil/DCNEI, Resolução no 05 de 17 de dezembro de 2009, artigo 5o, esse atendimento


deve ocorrer em espaços educacionais, públicos ou privados, no período diurno, em jornada

parcial, 4 (quatro) horas ou integral 7 (sete) horas ou mais, sendo regulados pelo órgão

competente do sistema de ensino e submetidos a controle social.Nesse sentido, é

importante ressaltar que há legislações, normativas, parâmetros e indica- dores de

qualidade em nível nacional, específicos para esta etapa da Educação Básica, que indicam

o que é considerado um atendimento de qualidade social a ser oferecido.

Mas, o que é viver a infância? O que é ser criança? Esses conceitos, para Siqueira

(2012), são interdependentes, porém não podem ser tratados como sinônimos. Conforme o

autor, a infância consiste num tempo social da vida, que se difere de outros, como, a

adolescência, a adultícia e a velhice, não só por causa do aspecto biológico, mas também,

em decorrência do que é concebido por cada grupo ou sociedade, em cada época,

como importante e necessário proporcionar nesse tempo da vida, numa perspectiva

natural/biológica e social. A criança é o sujeito que vivencia esse período a partir das suas

condições concretas de existência – econômica, política, histórica, cultural e social. Assim,

não é possível conceituar infância sem pensar na criança e nem discutir o que é ser

criança sem abordar a infância. DC/GO-Ampliado pág:70.

Nesse sentido, Sarmento (2013, p.23) pontua “[...] quatro traços das culturas da

infância que marcam uma diferença dos adultos: a interatividade, a ludicidade, a fantasia

do real e a reiteração”. A interatividade se refere ao desejo e a capacidade que as crianças

possuem de se relacionarem, partilharem e aprenderem com pessoas de diferentes

faixas etárias. A ludicidade não é um traço específico das crianças, está presente também

em outros períodos da vida, mas na infância ela aparece de forma mais intensa, por serem

o brinquedo e a brincadeira suas principais fontes de recriação e compreensão do

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mundo. A fantasia do real diz respeito ao mundo do faz de conta, a transposição que as
crianças fazem de situações, fatos, relações, acontecimentos para o mundo imaginário,

lhes possibilitando atribuir significações e entender diferentes papéis sociais. A reiteração

está relacionada à forma como a criança concebe o tempo, numa perspectiva de

repetição das oportunidades e possibilidades, ou seja, de um tempo que não é medido e

que funde o passado, o presente e o futuro no aqui e no agora. Por isso, as inúmeras

solicitações da criança para ouvir novamente uma música, assistir a um filme, realizar

uma brincadeira ou ainda contar várias vezes a mesma história. Enfim, esses são os

aspectos centrais que diferenciam a infância de outros períodos da vida, devendo seus

traços ser considerados no planejamento da ação pedagógica.

Essas concepções, de infância e de criança, são apresentadas e reafirmadas

nas DCNEI (BRASIL, 2009). Em seu artigo 4o, a criança considerada centro do

planejamento curricular é definida como:

[...] sujeito histórico e de direitos, que nas interações, relações e práticas cotidianas
que vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia,
deseja, aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a
natureza e a sociedade, produzindo cultura.

Sendo assim um sujeito criativo e ativo, que tem condições de participar, de

opinar, de produzir cultura e de intervir na realidade, desde bebê. O que significa conceber

a criança como centro do planejamento curricular? Significa afirmar que as ações

educativas a serem desenvolvidas nessa etapa da Educação Básica par- tem do que as

crianças manifestam – em seus choros, gestos, olhares, balbucios, questionamentos,

brincadeiras, escritas, falas, desenhos e interações; nos mais variados contextos e espaços

de aprendizagens – sala, pátio, banheiro, parque, refeitório, tanque de areia, área coberta

e/ou externa etc.; a fim de identificar suas necessidades, curiosidades e interesses, para

articulá-las aos conhecimentos do patrimônio cultural, artístico, ambiental, científico e


tecnológico (DCNEI, 2009, artigo 3o).Esse conceito de currículo é complexo, altamente

inovador e exige um(a) professor(a) que tenha clareza do seu papel e da sua função no

processo de ensino-aprendizagem e desenvolvimento das crianças de 0 (zero) a 5 (cinco)

anos de idade. Para isso, são necessários valorização profissional, condições de trabalho

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e investimentos na formação inicial e continuada conforme previsto no DC/GO ampliado

(GOIÁS, 2019.p.71 e 72).

2.1 A Educação Infantil no contexto da Educação Básica

Como primeira etapa da Educação Básica, a Educação Infantil é início e o

fundamento do processo educacional. A entrada na Instituição Educacional significa, na

maioria das vezes, a primeira separação das crianças dos seus vínculos afetivos familiares

para participarem de uma situação de socialização estruturada. A Educação Infantil, ao

acolher as vivências e os conhecimentos construídos pelas crianças no ambiente da família

e no contexto de sua Instituição e articulá-los em suas propostas pedagógicas, têm o

objetivo de ampliar o universo de experiências, conhecimentos e habilidades dessas

crianças, diversificando e consolidando novas aprendizagens, atuando de maneira

complementar a educação familiar que envolve aprendizagens muito próximas aos dois

contextos (familiar e escolar), como a socialização, a autonomia, a comunicação nessa

direção para potencializar as aprendizagens, o desenvolvimento das crianças, assim a

prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a Instituição

Educacional e a família são essenciais.

De acordo com o Documento Curricular para Goiás ampliado (2019, p.32) a


criança é o sujeito que vivencia esse período a partir das suas condições concretas de

existência – econômica, política, histórica, cultural e social. Assim, não é possível

conceituar infância sem pensar na criança e nem discutir o que é ser criança sem abordar

a infância. Esse período da vida é caracterizado – pelo desejo intenso das crianças de

construírem experiências significativas, sendo curiosas, abertas e propícias à ​interações​,

explorações e aprendizagens; pela sua necessidade de cuidados numa perspectiva

biopsicossocial, uma vez que, são fundamentais nos primeiros anos de vida para garantia

da sua sobrevivência e constituição da identidade; pela vivência do tempo por elas como

construção humana, produzido na relação com o outro, nas experiências, nos

acontecimentos e não numa perspectiva cronológica e linear (anos, meses, dias). A

interação durante o ​brincar ​caracteriza o cotidiano da infância, trazendo consigo muitas

aprendizagens e potenciais para o desenvolvimento integral das crianças. Ao observar as

interações e brincadeiras entre as crianças e delas com os adultos, é possível identificar,

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por exemplo, a expressão dos afetos, a mediação das frustrações, a resolução de conflitos

e a regulação das emoções.

Tendo em vista os campos de experiências nas práticas pedagógicas e as

competências gerais da Educação Básica propostas pela BNCC, ​seis direitos de

aprendizagem e desenvolvimento ​asseguram, na Educação Infantil, as condições para

que as crianças aprendam por meio de práticas pedagógicas intencionais nas quais possam

desempenhar um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar experiências

significativas, nas quais possam construir conhecimentos a partir de suas próprias vivências

com os outros e o mundo social.

2.2 Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento na Educação Infantil


Quadro 7 – Direitos de Aprendizagens e Desenvolvimento Conviver ​com
outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens,

ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação ​à cultura e às diferenças

entre as pessoas. Brincar


​ ​cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e
tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a
produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências

emocionais, ​corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais. Participar



ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das
atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais

como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, ​desenvolvendo diferentes

linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando.


​ ​Explorar ​movimentos,
gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos,
histórias, objetos, elemen- tos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes
sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia.
Expressar ​como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções,
sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de
diferentes linguagens. ​Conhecer-se ​e construir sua identidade pessoal, social e cultural,
constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas
experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na Instituição
escolar e em seu contexto familiar e comunitário ​Fonte: Base Nacional Comum Curricular (BRASIL, 2017).

As aprendizagens se tornam mais complexas à medida que a criança cresce,

requerendo a organização das experiências e vivências em situações estruturadas de

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aprendizagem. Uma intenção educacional preside as práticas de orientação da criança para

o ​alimentar-se, calçar-se, vestir-se, higienizar-se, brincar, desenhar, pintar, recortar,

conviver com livros e escutar histórias, realizar experiências, resolver conflitos e

trabalhar com outros​. A construção de novos conhecimentos implica, por parte do

educador, selecionar, organizar, refletir, planejar, mediar e monitorar o conjunto das


práticas e interações.

A intencionalidade do processo educativo pressupõe o monitoramento das

práticas pedagógicas e o acompanhamento da aprendizagem e do desenvolvimento das

crianças. O monitoramento das práticas pedagógicas fundamenta-se na observação

sistemática, pelo educador, dos efeitos e resultados de suas ações para as aprendizagens

e o desenvolvimento das crianças, a fim de aperfeiçoar ou corrigir suas práticas, quando

for o caso. ​O acompanhamento da aprendizagem e do desenvolvimento dá-se pela

observação da trajetória de ​cada criança ​e de ​todo ogrupo​– suas conquistas, avanços,

possibilidades e aprendizagens. Por meio de diversos registros, feitos em diferentes

momentos tantopelos professores quanto pelas crianças (como relatórios, portfólios,

fotografias, desenhos e textos), é possível evidenciar a progressão ocorrida durante o

período observado, ​sem intenção de seleção, promoção ou classificação de crianças

em “aptas” e “não aptas”, “prontas” ou “não prontas”, “maduras” ou “imaturas”.

2.3 Os Campos de Experiências

Considerando que, na Educação Infantil, as aprendizagens e o desenvolvimento

das crianças têm como eixos estruturantes as ​INTERAÇÕES ​e as ​BRINCADEIRAS​,

assegurando-lhes os direitos de ​conviver,​ ​brincar​, ​participar​, ​explorar,​ ​expressar-se e


conhecer-se​, ​a organização curricular da Educação Infantil na BNCC está estruturada em

cinco ​campos de experiências​, no âmbito dos quais são definidos os objetivos de

aprendizagem e desenvolvimento. Os campos de experiência constituem um ​arranjo

curricular ​que acolhe as situações e as experiências concretas da vida cotidiana das

crianças e seus saberes, entrelaçando-os aos conhecimentos que fazem parte de

patrimônio cultural.

Segue infográfico que representa a organização curricular para a Educação


Infantil no Documento Curricular para Goiás - Ampliado que tem a criança como centro do

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planejamento curricular, os 6 (seis) direitos de aprendizagens e desenvolvimento, como as

formas próprias pelas quais ela se relaciona com o mundo, os 5 (cinco) campos de

experiências que se constituem num conjunto de sentidos, saberes e conhecimentos

agrupados por afinidades e semelhanças e seus respectivos objetivos de aprendizagens

e desenvolvimento.

Infográfico 1 – Organização curricular para a Educação Infantil

Fonte: DC/GO-Ampliado, 2019, p.73.


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3. EDUCAÇÃO INFANTIL EM ANÁPOLIS

Definida como “primeira etapa da educação básica”, a educação infantil passou

a ser parte intrínseca do processo educacional e consequentemente do sistema de ensino.

Considerando a importância dessa etapa na vida da criança de 0 a 05 anos de idade a

Secretaria Municipal de Educação de Anápolis instituiu a Gerência de Educação Infantil,

tendo como principal atribuição à melhoria na qualidade de atendimento das crianças.

A Educação Infantil é oferecida em:

• Creches, para crianças de 01 ano a três anos de idade;

• Pré-escolas, para crianças de quatro e cinco anos de idade.

✓ De acordo com censo de novembro/ 2019, a cidade de Anápolis, possui:

• 30 Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs);

• 12 Centros de Educação Infantil (CEIs);

• 22 Escolas, totalizando 68 Instituições de Ensino que contemplam a etapa

Educação Infantil, com 8.147 crianças. Sendo:


• Atendimento em creche – 2.629

• Atendimento em pré-escola – 5.518

A Secretaria Municipal de Educação busca subsidiar o Sistema de Ensino

Municipal na elaboração de normas e ações político-pedagógicas respeitando e

conhecendo as peculiaridades desta etapa da educação básica, realizando um trabalho

sólido junto à Equipe Gestora e profissionais dos Centros Municipais de Educação Infantil,

conveniadas, Escolas Municipais e Particulares, com a finalidade de cumprir e fazer cumprir

os parâmetros de qualidades, bem como o cumprimento da Resolução do CME-005/2019,

para estas Instituições no que diz respeito às práticas de cuidado e educação, na

perspectiva da integração dos aspectos físicos, emocionais, afetivos, cognitivos e sociais

da criança, pois, entende-se que ela é um ser completo.

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4. ATRIBUIÇÕES DA GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

✓ Acompanhar e assessorar os Centros de Educação Infantil, Escolas Municipais (pré-

escola) em suas ações pedagógicas;

✓ Oferecer subsídios para metodologias inovadoras;

✓ Realizar encontros pedagógicos/oficinas/seminários e outros, em parceria com o

CEFOPE;

✓ Assessorar e acompanhar o Projeto Político Pedagógico da Rede Municipal de

Educação que trabalha com a Educação Infantil;

✓ Promover estudo para melhorar o desempenho da prática dos profissionais da


Educação Infantil.

✓ Acompanhar as Instituições Particulares e Filantrópicas em seus processos de

regulamentações e elaboração do Projeto Político Pedagógico.

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5. ATRIBUIÇÕES DA ASSESSORIA PEDAGÓGICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

✓ Atuar como facilitador do desenvolvimento integral da criança, adotando uma atitude

de formação e de orientação estabelecendo uma relação segura, estável e afetiva

que contribua para a formação de seus coordenadores e professores.

✓ Acompanhar a execução dos projetos e atividades pedagógicas.


✓ Orientar e acompanhar o caderno de registro do desenvolvimento da criança, a fim

de subsidiar a reflexão e o aperfeiçoamento do relatório semestral.

✓ Orientar pelo uso adequado do espaço, dos materiais e brinquedos.

✓ Realizar reuniões setoriais com Coordenadores Pedagógicos semestralmente;

✓ Participar de congressos, seminários e fóruns.

✓ Observar a rotina das Instituições de Educação Infantil.

✓ Participar de momentos de estudos sobre e práticas.

✓ Orientar a equipe gestora nas questões relacionadas aos cuidados e

desenvolvimento das crianças, caso seja necessário um atendimento específico.

✓ Verificar as condições de organização e higiene dos ambientes pedagógicos.

✓ Repassar informações necessárias para o bom desenvolvimento da rotina às

coordenadoras.

✓ Acompanhar a metodologia e a contextualização nos planos de aula.

✓ Orientar a equipe gestora sobre os cuidados com a segurança das crianças em todos

os espaços.

✓ Observar a prática pedagógica dos professores em todos os espaços; sala, refeitório,

pátio, banheiro e parque.


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6. ATRIBUIÇÕES DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

Todos os Dias:

✓ Atualizar e conciliar urgência com prioridade;

✓ Cumprir o Calendário Escolar;

✓ Assegurar que os professores estejam em sala de aula;

✓ Acompanhar e visitar TODAS as salas diariamente, observando o cumprimento do

planejamento;

✓ Observar a rotina, assim como o sono, o banho, o almoço, a entrada e saída das

crianças;

✓ Acompanhar a execução dos projetos e temas geradores;

✓ Estimular o cumprimento das diretrizes;

✓ Assegurar o clima cordial entre crianças, professores, servidores e pais;

Semanalmente:
✓ Assegurar que os professores estejam cumprindo Curriculo 2020;

✓ Atender às solicitações dos professores quanto aos materiais pedagógicos;

✓ Vistar de forma orientada o caderno de planejamento dos professores, observando

a rotina diária;

✓ Vistar o caderno de registro do desenvolvimento da criança;

✓ Analisar as atividades antes de serem reproduzidas;

Mensalmente:

✓ Cumprir a agenda de eventos pertinentes da Instituição;

✓ Repassar individualmente aos professores as orientações devidas, passadas pela

assessoria pedagógica;

✓ Orientar toda equipe escolar a participar de cursos de formação (CEFOPE e outros);

✓ Participar de Encontros, Seminários e Fóruns de Educação Infantil;

✓ Analisar o plano de aula com o diário.

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✓ Estruturar os momentos de trabalho pedagógico conforme o calendário 2020;

Semestralmente:

✓ Orientar e acompanhar a produção dos relatórios das crianças;

✓ Organizar o Plantão Pedagógico para repassar à família o desenvolvimento da

Criança;

✓ Proporcionar a autoavaliação e avaliação do desempenho dos professores e

auxiliares de educação, promovendo juntamente com a equipe gestora a devolutiva

individual.
Anualmente:

✓ Organizar a distribuição dos conteúdos do Curriculo 2020 mensalmente, atendendo

os temas geradores de cada mês e repassar na semana pedagógica com os

professores, a realizar-se em janeiro;

✓ Coordenar a construção e desenvolvimento de projetos a serem desenvolvidos na

Instituição Escolar;

✓ Elaborar o calendário de eventos (com equilíbrio) tendo como base o calendário

aprovado pelo Conselho Municipal de Educação;

✓ Atualizar o Projeto Político Pedagógico.

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7. ATRIBUIÇÕES DO PROFESSOR DE EDUCAÇÃO INFANTIL

✓ O plano de aula e registros de desenvolvimento das crianças deverá ser entregue

nas ______________ juntamente com as atividades para xerocopiar (se tiver) da


semana;

✓ Manter fidelidade com o planejamento e a rotina diária propostos, contemplando

todos os itens previstos no Guia de Orientações a este respeito;

✓ Cumprir as datas de entrega de projetos, relatórios e materiais solicitados pela

equipe gestora;

✓ Utilizar suas horas atividades para fazer estudos, compartilhar ideias com as colegas

e formadoras no Cefope;

✓ Entregar as atividades a serem impressas prontas para visto no papel timbrado da

unidade, no pen drive, por e - mail, ou em folha para xerocopiar na matriz juntamente

com o plano de aula, conforme orientado pela coordenação pedagógica;

✓ Listar os materiais e recursos que serão utilizados nas aulas e deverão ser

providenciados com antecedência;

✓ Fazer suas refeições juntamente com as crianças no refeitório, como não há intervalo

para este momento;

✓ Manter a disciplina da sala, haja vista que é o adulto responsável por qualquer

acontecimento que nela acontecer, não deixar as crianças sozinhas em nenhuma

hipótese em sala de aula ou em qualquer outro ambiente;

✓ Verificar a organização da sala de aula lembre-se que a sua sala reflete a sua

imagem (ela é o seu espelho). Pensando nisso cuide bem da aparência da mesma.

(armários, decoração e mochilas organizadas, cartazes bem fixados, etc...),

lembrando-se de ao final do expediente verificar itens como: a limpeza, luz e

ventiladores desligados.

✓ Seguir as escalas estabelecidas pela coordenação pedagógica quanto a utilização

dos diversos espaços: pátio, brinquedoteca, biblioteca e parquinho. Esteja atento a

sua escala para que não aconteçam situações desagradáveis;


✓ Não use o termo castigo, use a ideia de perda, motivando assim sua criança;

✓ Utilizar os espaços externos e outros ambientes diariamente;

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✓ Enviar a AGENDA PARA CASA TODOS OS DIAS com a abertura da semana e

sexta-feira com o fechamento (bom final de semana) conforme estipulado pela

instituição. As salas de meio período também devem seguir o mesmo critério. As

agendas devem ser decoradas, lidas e assinadas tanto pelo professor quanto pelos

pais, você é responsável por isso. Se a criança não estiver presente no dia que colou

o recado, você deverá guardá-lo e colá-los no dia seguinte com a data. Se a criança

perder a agenda, comunicar na secretaria, nunca deixe de entregar os recados;

✓ Garantir que a sala de aula seja um ambiente agradável e letrado, por isso nela deve

constar: quantos somos hoje? alfabeto; numerais; calendário; janelinha do tempo;

chamadinha; combinados; cantinho de leitura, rotina, aniversariante do dia; cartazes

com conteúdo ministrado na semana;


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8. FORMAÇÕES PEDAGÓGICAS PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL/ 2020

• ​Encontro com Coordenadores Pedagógicos- 21/01/2020 (Vespertino-Cefope);

• ​Setorial com os Coordenadores pedagógicos primeiro e segundo semestre data á


definir, (CEFOPE).
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9. DOCUMENTOS A SEREM ENTREGUES À GERÊNCIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL
DOCUMENTO DATA DE ENTREGA
Projeto Político Pedagógico 09/03/2020
10. DATAS COMEMORATIVAS
Abertura do projeto: ​“Talentos do CorAção”
FEVEREIRO ​
Carnaval – Cultura popular brasileira
MARÇO
Dia da poesia
Dia internacional da mulher
Circo/ personagens circenses
ABRIL
Dia nacional do livro infantil (feira literária)
Cultura indígena (análise da vida dos indígenas no Brasil atual)
Páscoa
MAIO Dia das mães
Festa junina
JUNHO ​
Dia do meio ambiente
AGOSTO
Dia dos pais / festa da família
Dia do folclore
Início das ações da transição infantil-V
SETEMBRO
Dia da independência do brasil
Semana do trânsito
Chegada da primavera
OUTUBRO
Festa das crianças
Dia dos professores
Dia nacional de segurança nas instituições
Semana da alimentação e saúde nas instituições
Visita - ação da transição infantil-V
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Semana de Educação para a Vida.
NOVEMBRO ​
Dia da consciência negra
*Formatura/aula da saudade
DEZEMBRO ​
Natal
*​PARA A REALIZAÇÃO DA FORMATURA DO INFANTIL V, NÃO PODERÁ ULTRAPASSAR
O
VALOR MÁXIMO DE R$150,00 POR CRIANÇA. LEMBRANDO QUE ESSA CONTRIBUIÇÃO
NÃO SERÁ IMPEDIMENTO PARA QUE A MESMA PARTICIPE. A INSTITUIÇÃO QUE
OPTAR
POR REALIZAR A FORMATURA, PLANEJE PARA QUE NA PRIMEIRA REUNIÃO DE PAIS

FIQUE DEFINIDO A QUANTIA E A FORMA DE PAGAMENTO.
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11. PROJETOS/2020

• ​Talentos do CorAção ​(anual)

• ​Ler por Prazer (InfantiI V ao EJA)

• ​Sustentabilidade na Alimentação (anual)

• ​Institucional Educação pela Paz em Casa (anual)

Na Educação Infantil, ao trabalhar com projetos, deve-se considerar a questão

do currículo, pois, ao desenvolver essa proposta, o currículo deve ser seguido porque sua

ação é a chave mestra para iniciar o desenvolvimento dos mais variados trabalhos,

especialmente, com crianças de zero a cinco anos de idade. Partindo desse pressuposto,

o currículo apresenta orientações para os profissionais construírem a sua proposta político-

pedagógica dentro das normas vigentes para Educação Infantil. Nesse sentido, é

imprescindível à participação de todos dos profissionais da educação nesse processo, para

traçar caminhos mais amplos para realização de um projeto de trabalho, com competências

e habilidades significativas ao ensino–aprendizagem. O planejamento desenvolvido por

meio de projetos pedagógicos, em Educação Infantil, tem por fundamento uma

aprendizagem significativa para as crianças. Eles podem se originar de brincadeiras, da

leitura de livros infantis, de eventos culturais, de áreas temáticas e de necessidades

observadas quanto ao desenvolvimento infantil. Vários projetos podem se desenvolver ao

mesmo tempo, de tal forma que se dê a articulação entre o conhecimento científico e a

realidade espontânea da criança, promovendo a cooperação e a interdisciplinaridade num


contexto de jogo, trabalho e lazer. (HOFFMAN. 2012, p.77)

O projeto é uma proposta, uma ideia organizada daquilo que se pretende

desenvolver sobre determinado assunto ou um empreendimento que vai ser realizado, esse

empreendimento precisa ser bem esquematizado com intuito de obter resultados

necessários à atuação do trabalho, resultados com finalidade positiva daquilo que se quer

alcançar. O projeto envolve muitas variáveis que vão contribuir para a realização do mesmo,

é preciso colaboração, entusiasmo, planejamento por parte dos que estarão envolvidos

nesse trabalho.

A organização dos projetos baseia-se fundamentalmente numa concepção da

globalização entendida como um processo muito mais interno do que externo, no qual as

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relações entre conteúdos e áreas de conhecimento têm lugar em função das necessidades

que traz consigo o fato de resolver uma série de problemas que subjazem na

aprendizagem. (HERNANDEZ e VENTURA, 1998, p. 63).

12. CUIDAR E EDUCAR NA EDUCAÇÃO INFANTIL

O cuidar e o educar são indissolúveis e devem ser trabalhados juntos, sem

esquecer-se de buscar o equilíbrio entre ambos, pois ao mesmo tempo em que sabemos

que as crianças precisam de cuidados especiais, devemos também reconhecê-las, como

agentes ativos da sociedade onde vivemos e que construiremos.

• ​CUIDAR

Contemplar o cuidado na esfera da Instituição da educação infantil significa

compreendê-lo como parte integrante da educação, embora possa exigir conhecimentos,


habilidades e instrumentos que extrapolam a dimensão pedagógica. Ou seja, cuidar de uma

criança em um contexto educativo demanda a integração de vários campos de

conhecimentos e a cooperação de profissionais de diferentes áreas. Para cuidar é preciso

antes de tudo comprometimento com o outro, com sua singularidade, ser solidário com suas

necessidades, confiando em suas capacidades. Disso depende a construção de um vínculo

entre quem cuida e quem é cuidado.

Cuidar significa auxiliar a criança em seus primeiros passos. O cuidar não é

restrito ao aspecto biológico do corpo, mas é associado também à dimensão afetiva, pois

a criança precisa de segurança, apoio, incentivo e envolvimento do professor. É relevante

considerar as necessidades das crianças, que quando observadas, ouvidas e respeitadas,

podem nos fornecer dados significativos sobre a qualidade do que estão recebendo. Cabe

ao educador estabelecer um vínculo com quem é cuidado, auxiliando a criança a identificar

suas necessidades e priorizá-las, assim como atendê-las de forma eficaz.

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• ​EDUCAR

O educar é proporcionar à criança a oportunidades de desenvolver suas

capacidades e habilidades. O Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil nos

diz que:Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e

aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o

desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal e de ser e estar com os


outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças

aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural (1998 p.24).

Educar significa proporcionar à criança momentos, espaços e valores de

diversas formas e natureza, através da disciplina, da brincadeira e da troca de opiniões e

sentimentos. Oferecer à criança um ambiente acolhedor, onde ela possa ter liberdade de

expressão, sendo vista como um sujeito possuidor de seus direitos. Oportunizar a esse ser

o despertar de suas potencialidades e capacidades, proporcionando uma aprendizagem

significativa, interagindo através de comportamento social correto, organizado e baseado

na construção do diálogo e na disciplina de seus atos.

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13. ORIENTAÇÕES PARA O ACOLHIMENTO DO INFANTIL I


Segundo DC-GO Ampliado (2019, p. 157 e 158), as transições são mudanças

que acontecem com os sujeitos, sejam de caráter biológico ou psicossocial. As de caráter

biológico estão relacionadas ao desenvolvimento humano, que promovem novas

possibilidades de interagir, relacionar e explorar o mundo. As de caráter psicossocial estão

voltadas às relações interpessoais que são ampliadas à medida que se conhecem outras

pessoas reelaborando suas ações.

Nos ambientes educacionais, especificamente na Educação Infantil, essas

transições estão previstas no artigo 10, inciso III, das DCNEI (BRASIL, 2009), em

articulação com os processos avaliativos, no qual se afirma que a continuidade das

aprendizagens ocorrerá por meio da criação de estratégias adequadas aos diferentes

momentos de transições vividos pela criança - de casa para a instituição de Educação

Infantil; no interior da Instituição; da creche para a pré-escola e da Educação Infantil para o

Ensino Fundamental.Pensar essas transições requer compreender que a criança, sua

família e a instituição passam por frequentes processos de adaptações.

Adaptação é comumente compreendida como formas de acomodação,

ajustamento, aceitação ou submissão a uma determinada situação estática. Nesse

documento a adaptação será abordada como um processo de entrada do sujeito, seja ele

criança, familiares ou profissionais da instituição, numa situação nova, provocada por algum

tipo de mudança, seja ambiental ou psicossocial.A entrada de uma nova família e de uma

nova criança no espaço institucional, provoca alterações, pois, além de receber novas

pessoas, recebe também sua cultura, seus hábitos, sua história e todo o contexto precisa

ser, de alguma forma, reorganizado. Quando a criança deixa seu ambiente familiar e passa

a conviver em ambientes coletivos, ela e a família sofrem impactos emocionais.

O documento Critérios para um atendimento em creches que respeitem os


direitos fundamentais das crianças (BRASIL, 2009) orienta as instituições educacionais

quanto ao período de adaptação afi rmando que, neste momento a criança tem direito a

uma atenção especial e individual. Orienta ainda que a instituição deve realizar um

planejamento específco para o período inicial de chegada da criança, reconhecendo que é

um momento especial para ela, seus familiares e para os profi ssionais que irão recebê-la.

Para tanto é preciso:

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✓ Organizar formas para dar atenção aos pais e/ou responsáveis para que ganhem

confi ança e familiaridade com o local e os profi ssionais que ali trabalham, deixando

claro que eles são sempre bem-vindos;

✓ Planejar momentos variados que oportunizem conversas abertas e francas com a

família para conhecer hábitos e costumes da criança, para esclarecer dúvidas e para

apresentar o trabalho da instituição com foco na rotina que a criança terá, as formas

de cuidado e os procedimentos comuns

✓ Flexibilizar rotinas e horários durante os primeiros dias da criança na instituição,

proporcionando um sistema gradativo de inserção de modo que a criança se

familiarize com a nova rotina, com o novo ambiente e pessoas, com a ausência

temporária dos familiares;

✓ Permitir a presença de um familiar da criança nesses primeiros dias;

✓ Permitir também que a criança traga objetos de apego que ajude- a no processo de

adaptação como um bichinho de pelúcia, um brinquedo, uma chupeta, um

travesseiro, um paninho;

✓ Possibilitar à criança, que tenha irmãos que já frequentam a instituição,

que fique junto a eles em determinados períodos do dia;

✓ Esclarecer à família que a criança será atendida em suas inseguranças,


acolhida quando assustadas, chorando ou apáticas e receberá atenção

e carinho;

✓ Observar a saúde e a alimentação da criança durante esse período de

grande estresse.

É comum considerar o choro como o único indicador de problema na adaptação

da criança, mas existem outras manifestações as quais os profissionais precisam se

atentar, como gritos, mau humor, agressividade, birra, passividade, apatia, recusa a

alimentação, resistência ao sono, ocorrência de febre, vômito, diarreia ou doenças como

bronquite, alergias e infecções constantes, além de comportamentos regressivos, como

voltar a fazer xixi na roupa e usar a chupeta. Todos esses indicadores precisam ser

considerados para que os profissionais da instituição educacional tomem providências no

sentido de garantir a saúde e bem-estar da criança.

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Observando esse período de adaptação nas Instituições da Rede Municipal de

Educação de Anápolis, percebemos a importância da família nesse processo, e a

necessidade de organizar uma rotina atendendo a especificidade desse agrupamento.

Para que este momento aconteça de forma tranquila reúna com pais/resposáveis

do Infantil I, explicando que o processo de adaptação começa com os pais que a transição

e acontece também em suas vidas, (registro em ata).

Sugerimos uma rotina a ser seguida de acordo com a demanda da Instituição:

✓ ​Primeira quizena de fevereiro (Receber às crianças apenas em um período):

✓ ​Matutino:07h30 min ás 11:h00

✓ ​Vespertino:13h:00 ás 16h:00
Esse horário pode ser adequado conforme a demanda da Institução sendo: matutino ou

vespertino.

Obs: ​O professor do agrupamento do Infantil I, no horário em que as crianças forem

dispensadas, ficarão à disposição da Instituição, de acordo com a demanda.

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14. ORIENTAÇÕES PARA A TRANSIÇÃO DO INFANTIL V

De acordo com o DC/GO (GOIÁS,2019, p.161 e 162) a inserção da criança no

primeiro ano do Ensino Fundamental é mais um momento de transição em sua vida. Requer

um processo de adaptação não só da criança, como também de seus familiares,

professores, da instituição educacional e das redes de ensino.


O art. 11 das DCNEI (BRASIL, 2009) estabelece que na transição da Educação

Infantil para o Ensino Fundamental a proposta pedagógica da instituição educacional deve

"prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagens e

desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de

conteúdos que serão trabalhados no Ensino Fundamental". A BNCC (BRASIL, 2017)

apresenta a proposta de transição entre as duas etapas numa perspectiva de integração,

de continuidade e de progressão desses processos.

Ambos os documentos, DCNEI (BRASIL, 2009) e BNCC (BRASIL, 2017),

reconhecem que o trabalho realizado na Educação Infantil tem sua especificidade e que as

crianças têm formas peculiares de relacionar com o mundo, com as pessoas e com os

conhecimentos.

Os sentidos, os saberes e os conhecimentos da Educação Infantil e do Ensino

Fundamental devem estar articulados, garantindo o respeito às singularidades infantis, à

ludicidade e aos processos de desenvolvimento e aprendizagens das crianças, sem

desconsiderar as especificidades e objetivos de cada etapa.

Que ações podem ser realizadas para assegurar um processo de transição mais

tranquilo? A instituição de Educação Infantil pode iniciar esse processo promovendo

reuniões com as famílias para orientar sobre as mudanças que acontecerão, as novas

regras e rotinas, novas exigências, outra organização de tempos, espaços e profissionais.

No caso da criança mudar para um novo prédio, pode incentivar a família a conhecê-lo

antes; provocar o interesse e a curiosidade da criança pela nova escola; ouvir e dar apoio

às dúvidas que ela tiver em relação ao novo local; encorajá-la a enfrentar as mudanças que

virão; sugerir à família que ao comprar os materiais escolares e organizá-los o façam junto

com a criança.

Quanto à escola que irá receber a criança, sugere-se a realização de uma


entrevista e/ ou visita monitorada, momento com a família para obter o seu histórico,

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saber as expectativas dela e dos pais em relação ao primeiro ano; esclarecer sobre sua

proposta pedagógica; explicar à criança sobre a rotina da turma e da própria instituição,

o uso dos materiais escolares e como organizá-los. Sugere-se ainda que a escola

prepare atividades que auxiliem a criança a se integrar ao novo espaço. Caso o Ensino

Fundamental funcione no mesmo prédio, é aconselhável permitir que a criança encontre

o apoio do seu(sua) professor(a) do ano anterior.


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15. REGULAMENTAÇÕES ACERCA DA EDUCAÇÃO INFANTIL

De acordo com a Resolução no 5, de 17 de dezembro de 2009, que fixa as


Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, tem-se:

✓ É obrigatória a matrícula na Educação Infantil de crianças que completam 04 ou 05

anos até o dia 31 de março do ano em que ocorrer a matrícula.

✓ As crianças que completam 06 anos após o dia 31 de março devem ser matriculadas

na Educação Infantil.

✓ A frequência na Educação Infantil não é pré-requisito para a matrícula no Ensino

Fundamental.

✓ As vagas em creches e pré-escolas devem ser preferencialmente oferecidas

próximas às residências das crianças.

É considerada Educação Infantil em tempo parcial, a jornada de, no mínimo,

quatro horas diárias e, em tempo integral, a jornada com duração igual ou superior a sete

horas diárias, compreendendo o tempo total que a criança permanece na Instituição.


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16. ROTINA

Conforme observado abaixo diversos autores trazem inúmeras contribuições

a cerca da importância da rotina nesta etapa escolar.

“As ações que ocorrem na Educação Infantil devem estar entrelaçadas,

articulando o educar e o cuidar. Por isso, a rotina é a “mola mestra” dessas instituições de

ensino. Dessa forma, podemos dizer que a rotina é uma prática com diferentes ações que

ocorrem em nosso cotidiano. Ela possibilita que a criança oriente-se na relação

espaço/tempo, reconhecendo seu andamento, dando sugestões e propondo mudanças”

(MASSENA, 2011).

“A rotina representa a estrutura sobre a qual será organizado o tempo didático,


ela deve envolver os cuidados, as brincadeiras e as situações de aprendizagens

orientadas.” (BRASIL, 1998, p. 54).

“A rotina é como uma âncora do dia-a-dia capaz de estruturar o cotidiano, por

representar para a criança e para os professores uma fonte de segurança e previsão do

que vai acontecer.” (PROENÇA, 2004, p.13)

Barbosa e Horn (2001) afirmam que “o cotidiano de uma Escola Infantil tem de

prever momentos diferenciados que certamente não se organizarão da mesma forma para

crianças maiores e menores. Diversos tipos de atividades envolverão a jornada diária das

crianças e dos adultos: o horário da chegada, a alimentação, a higiene, o repouso, as

brincadeiras – os jogos diversificados – como o faz-de-conta, os jogos imitativos e motores,

de exploração de materiais gráficos e plásticos – os livros de histórias, as atividades

coordenadas pelo adulto e outras”.

Entende-se a necessidade do professor compreender as rotinas de cuidado

pessoal e também a rotina pedagógica, para que haja a sistematização dos conhecimentos.

Observe abaixo:

16.1 Rotinas de cuidado pessoal (creche)

✓ ​Chegada/saída: ​A chegada e saída das crianças deverão ser organizadas e

agradáveis. Por exemplo: se as crianças são cumprimentadas ao chegar e sair, seos

seus pertences estão prontos na hora da saída, certificando que cada um esteja com

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seus pertences individuais, se pais e equipe trocam informações sobre a criança,

quando necessário, etc.


✓ ​Refeições/ lanche: ​Os horários devem ser adequados às necessidades das

Instituiçãos e dascrianças, os procedimentos de higiene (uso de talheres, copos

individuais e lavagem das mãos), as interações sociais durante as refeições e se as

crianças se servem com autonomia.

✓ ​Sono: ​Os horários de sono devem atender às necessidades específicas das

crianças, se as condições de higiene são preservadas, se a supervisão desta

atividade é calma e não punitiva.

✓ ​Troca de fraldas/uso do banheiro: ​É necessário observar se as crianças e os

adultos lavam as mãos após o uso do sanitário e/ou troca de fraldas e se essas

correspondem às necessidades de cada criança. Se a criança faz higiene com ajuda

do adulto ou autonomia na hora do banheiro.

✓ ​Práticas de saúde: ​Avaliar a limpeza das mãos e a higiene do nariz das crianças;

administrar medicamentos apropriadamente com receita médica atualizada com o

auxílio da equipe gestora, acompanhar a higienização dos brinquedos que vão à

boca das crianças com maior frequência, escovar os dentes das crianças, armazenar

adequadamente as escovas de dente, dar o banho com intencionalidade

pedagógica, ​LEVANDO NO MÁXIMO DUAS CRIANÇAS POR VEZ PARA

REALIZAR O BANHO​, vestir as crianças de acordo com o clima, levar as crianças

para o banho de sol diariamente, entre outras. O banho deve ser compartilhado entre

o Professor e o Auxiliar de Educação, conforme cronograma feito pela Instituição de

Ensino.

✓ ​Práticas de segurança: ​observar a presença de riscos à segurança no espaço

interior e no exterior (parques, banheiros, brinquedos, etc.), bem como a adequação

da supervisão dos adultos no sentido de garantir a segurança das crianças adultos


no sentido de garantir a segurança das crianças, como por exemplo: ​não deixar a

turma sozinha em nenhuma hipótese​, caso seja necessário o professor se retirar

que o faça apenas após a chegada de outro adulto que ficará responsável pelos

Av. Brasil, 200 Centro – Anápolis/GO – CEP: 75075-210 ​34

cuidados das crianças. Também são observadas as condições para se lidar com

situações de emergência​.

16.2 Rotinas de cuidado pessoal (pré-escola)

✓ ​Chegada/saída: ​A chegada e saída das crianças deverão ser organizadas e

agradáveis propondo atividades prazerosas de entretenimento.

✓ ​Lanche: ​Antes do lanche promover a higienização das mãos enfatizando a

importância deste momento como medida de proteção a saúde.

✓ ​Higiene bucal: ​Após o lanche realizar a higiene bucal por meio da escovação

dentária diária.

✓ ​Uso do banheiro: ​É necessário observar se as crianças e os adultos lavam as mãos

após o uso do sanitário.

✓ ​Práticas de saúde: ​Avaliar a limpeza das mãos e a higiene do nariz das crianças;

administrar medicamentos apropriadamente com receita médica atualizada com o

auxílio da equipe gestora.

✓ ​Práticas de segurança: ​observar a presença de riscos à segurança no espaço

interior e no exterior (parques, banheiros, brinquedos, etc.), bem como a adequação

da supervisão dos adultos no sentido de garantir a segurança das crianças, como


por exemplo: ​não deixar a turma sozinha em nenhuma hipótese​, caso seja

necessário o professor se retirar que o faça apenas após a chegada de outro adulto

que ficará responsável pelos cuidados das crianças. Também são observadas as

condições para se lidar com situações de emergência​.

16.3. Rotina pedagógica

Na rotina pedagógica deve contemplara flexibilidade da programação de modo

a atender às necessidades individuais das crianças, respeitando seus desejos e interesses.

Deve ser observada a inclusão das crianças com deficiência.

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✓ ​Momento Cívico:

❖ Deverá acontecer uma vez por semana, na ​segunda-feira​, em todas as

Instituiçãos (Escolas, CEIs e CMEIs). (Hino Nacional e de Anápolis).

❖ Lembre-se de contemplar os dois turnos da pré-escola.

✓ ​Atividade livre:

❖ Permitir que as crianças participem de atividades nas quais elas possam escolher

materiais, brinquedos e companheiros, e gerir de forma independente a brincadeira;

❖ Os adultos devem supervisionar para garantir a segurança das crianças e auxiliá-las

no que for necessário.


✓ ​Provisões para as crianças com deficiência: ​observar o envolvimento conjunto de

pais e equipe no sentido de estabelecer metas para a educação da criança com

deficiência; observar se a equipe tem conhecimento de avaliações sobre a criança e

se faz pequenas modificações na sala e nas atividades para responder às

necessidades dela; avaliar o envolvimento da criança com deficiência nas atividades

realizadas pelos outros colegas. Avaliar a presença de materiais sobre diversidade

cultural ou racial que não reproduzam estereótipos, como por exemplo, utilização de

bonecos de cor; observar se os adultos intervêm no sentido de se opor a

preconceitos revelados por outros adultos ou pelas crianças. Este item só é avaliado

quando há uma criança com deficiência incluída na sala observada.

✓ ​Motricidade fina​: o (a) professor (a) deve utilizar materiais para atividades de

coordenação motora fina (tais como quebra-cabeças, jogos de encaixe, brinquedos

de agarrar, lápis de cera, tesouras, blocos de tamanhos decrescentes para serem

encaixado um no outro etc.) todos os dias.

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✓ ​Psicomotricidade:

❖ ​Deve haver constância nas atividades de psicomotricidade de acordo com a faixa

etária das crianças e avaliação do material utilizado.


❖ ​Oferecer uma vez por semana uma atividade ​COLETIVA ​entre agrupamentos

diferentes.

✓ ​Arte​: deve ser realizada pelo menos uma atividade ​criativa, lúdica e significativa

semanalmente.

✓ ​Música​: ter em sala presença de materiais, brinquedos e instrumentos musicais

acessíveis às crianças (chocalhos, caixa de música, tambor, brinquedos reciclados)

na sala e existência de atividades de música diariamente, das quais as crianças não

são obrigadas a participar, havendo atividades alternativas.

✓ ​Uso de TV, vídeo e/ou computador​: A mídia e a tecnologia é um recurso essencial

nos dias atuais, porém deve-se avaliar a adequação do conteúdo dos materiais ao

desenvolvimento infantil, bem como se o tempo de uso é limitado; observar se são

permitidas às crianças outras atividades enquanto a TV ou computador estiverem

sendo usados.

✓ ​Supervisão do brincar e do processo de aprendizagem: ​A supervisão garante a

segurança das crianças e se a atenção dos adultos se concentra nas suas

responsabilidades de cuidados às crianças e não em outros interesses, (uso do

celular em sala de aula e ou na área externa, conversa com as colegas durante

brincadeiras); observar o desenvolvimento das crianças nas atividades e se faz as

devidas intervenções.

✓ ​Brincadeira de faz de conta​: O faz de conta deve ser atividade permanente, no

mínimo uma vez por semana; na Educação Infantilé imprescindívela presença ea


disponibilidade, em sala, de cantinhos com materiais, roupas e mobília adequados à

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Cantinho do faz de conta: linguagens da Infância

É importante lembrar que não só o faz de conta, mas toda brincadeira, embora

seja atividade livre e espontânea da criança, não é natural: ninguém nasce sabendo brincar,

aprende-se a partir do contato com a cultura. Por isso é tão importante considerar a

brincadeira como algo que merece atenção, planejamento e acompanhamento por parte

do/a professor/a. Vale a pena saber mais sobre como introduzir, selecionar e organizar

materiais e como intervir.

❖ ​Como incluir a brincadeira

Para iniciar o faz de conta, o/a professor/a precisa levantar os temas de

interesse das crianças. Ao observar com cuidado o jogo de faz de conta, veremos que a

criança está sempre organizando sua própria brincadeira. Isto não é à toa. Em geral, ela

organiza sua brincadeira o mais parecido possível com o ambiente que se origina, o que

lhe serve de modelo de referência. Por exemplo, quando monta um consultório de médico,

o faz parecido àquele que conhece na vida real, muitas vezes o do posto de saúde, por

exemplo. A forma de organizar sempre se remete à cultura de origem da criança, aquela

que está empenhada em conhecer melhor. Por meio da brincadeira, ela procura entender

como se dão as relações no mundo em que vive tanto na esfera da vida pública quanto

privada, criando mundos e fazendo de conta que eles existem. Considerar essas
observações ajuda na criação dos cantos de faz de conta.

❖ ​Como selecionar materiais

Os materiais na brincadeira sejam eles brinquedos ou objetos, exercem um papel

importante para o desenrolar das interações e trama lúdica, por isso é interessante que o/a

professor/a possa ajudar a conseguir materiais, sejam sucatas ou brinquedos que

enriqueçam o jogo da criança. E também ajude a organizar materiais que possam contribuir

para o enriquecimento do desenvolvimento de papéis no jogo.


faixa etária, para as crianças brincarem de faz de conta e o plano de aula que

contempla esta atividade, (em anexo sugestão de rotina).


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Sendo assim, sugerimos a montagem de kits de jogo simbólico. Ao invés do

tradicional monte de brinquedos misturados e entulhados, sugerimos separar caixas por

temas de interesse (fazendinha, médico, oficina, casinha, etc.) a fim de que seja mais fácil

montar os cantos de jogo que se escolhe diariamente para brincar. Quanto mais diverso for

o material, também mais possibilidade oferece para a desenvoltura da brincadeira e o

aprofundamento dos papéis e interações entre os participantes, e, por conseguinte gera

maior interesse e tempo de concentração das crianças nesta atividade.

❖ ​Como organizar materiais

Vimos, então, que a seleção de materiais é a primeira ação do/a professor/a para

viabilizar os cantos. Outra importante tarefa é a organização dos mesmos, a forma como

serão dispostos objetos e brinquedos para que a brincadeira aconteça da forma mais rica

possível.

É preciso preparar a sala para receber as crianças, colocando à disposição delas

cantos capazes de sugerir uma determinada brincadeira. Ao fazer isso, o/a educador/a

organiza também configurações culturais e não apenas físicas, para que a criança possa

se aprofundar nos papéis que escolhe. Assim sendo, é importante construir ambientes ricos

em significados e representações culturais. Casinha/cabana, escritório, cabeleireiro,

feira/supermercado, médico, farmácia, sorveteria / doceria, desfile/fantasia, oficinas de

consertos em geral, restaurante/disk pizza, carrinho, mecânico, boneca, animais (fundo

mar, selva, dinossauros), fantoche/teatro, marcenaria (ferramentas de plástico), príncipes

e princesas, astronauta, super-heróis, etc.

Contudo, o espaço da brincadeira não deve estar definitivamente pronto para

que a criança possa interferir nele. Ao propor um jogo de papéis, mesmo aqueles de

situações mais conhecidas como mercado, escritório, casinha, hospital etc., deve-se
considerar e acolher as mudanças que as crianças venham a realizar. É importante não

deixar nenhum espaço fixo ou que dificulte a transformação.

❖ ​Outras formas de agir do/a professor/a

É fundamental proporcionar às crianças, sempre, novos desafios. Às vezes

pequenas interferências no jogo, na disposição do material e em sua organização, permitem

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uma nova forma de olhar para a mesma brincadeira. Assim, a tradicional brincadeira de

casinha, por exemplo, ganha nova dimensão à medida que é enriquecida com novos

elementos trazidos pelas crianças.

Outra ação é a observação cuidadosa do/a professor/a, um olhar interessado em

saber o que as crianças gostam de brincar para ajudar a construir as novas possibilidades

de jogo simbólico que vão aparecendo em um grupo. Assim, por exemplo, ao observar que

as crianças brincam de carreta, transportando a geladeira e o fogãozinho da casinha em

um caminhão improvisado em um banco, o/a professor/a pode incrementar este jogo,

oferecer novos materiais ou mesmo perguntar o que poderia contribuir para este jogo.

Numa destas conversas, é possível descobrir novas possibilidades para o jogo: barbantes

para enrolar mercadorias, plástico bolha para protegê-las, caixas de diferentes tamanhos

para separar e organizar os objetos da mudança e assim por diante. Quando as crianças

percebem que o/a professor/a é um aliado que pode contribuirtambém, se sentem mais à

vontade para criar e sugerir novas possibilidades de brincadeira.

Caberá ao adulto, apenas, segundo Gilles Brougére, “construir um ambiente que

estimule a brincadeira em função dos resultados desejados. Não se tem certeza de que a

criança vá agir, com esse material, como desejaríamos, mas aumentamos, assim, as
chances de que ela o faça; num universo sem certezas, só podemos trabalhar com

probabilidades. Portanto, é importante analisar seus objetivos e tentar, por isso, propor

materiais que aperfeiçoem as chances de preencher tais objetivos”.

❖ ​Quando é o melhor momento para intervir?

A intervenção, nunca é feita enquanto as crianças brincam, mas sim em

momentos anteriores ou posteriores ao faz de conta que é, por definição, livre. O adulto

pode alimentar essa brincadeira na medida em que cuida da:

• Organização de um ambiente seguro e acolhedor que sirva de referência para a

criança;

• Disposição dos móveis, facilitando interações entre as crianças e criando um

ambiente convidativo para a brincadeira;

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• Disponibilidade de material adequado, interessante e em quantidade suficiente,

aproveitando, por exemplo, objetos convencionais como telefone, teclado de

computador e outros que assumem função importante na cena lúdica;

• Diversificação dos papéis tradicionais do faz-de-conta, inserindo novos elementos

na trama simbólica.

Comprometido dessa forma com os reais interesses e necessidades das

crianças diante da brincadeira, o adulto estará, na verdade, ajudando-as a inventar um

mundo possível nos quais as crianças possam viver, aprender e relacionar-se com seus

parceiros.
❖ ​Como avaliar a qualidade da brincadeira?

O faz de conta ou o jogo de papéis pode revelar-se altamente significativo para

a criança ou muito empobrecido. Para avaliar a qualidade da brincadeira, é preciso observar

atentamente alguns critérios, segundo os quais a criança possa:

✓ ​Sair do espaço cotidiano para projetar-se em outro espaço, envolvendo-se na

situação imaginária criada, seja ela derivada do campo real ou ficcional (ser capaz

de realizar uma metacomunicação);

✓ ​Ampliar a possibilidade de compreensão dos diferentes papéis que desempenha;

✓ ​Ter no brinquedo um suporte de representações, onde encontre um universo de

sentidos e não somente de ações;

✓ ​Ser capaz de simbolizar: criar diferentes significados para um mesmo objeto ou

situação;

✓ ​Lidar com conhecimentos e manifestar competências que vão além de seu nível de

desenvolvimento real;

✓ ​Elaborar conhecimentos advindos do exercício ativo de papéis sociais;

✓ ​Construir regras com outros jogadores para organizar as brincadeiras;

✓ ​Divertir-se em suas interações lúdicas e nos enredos que criam para suas

brincadeiras;

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✓ ​Aprender a incluir nas brincadeiras materiais elaborados por ela mesma,

reaproveitando materiais do meio: criando cenários e buscando acessórios para


incrementar suas brincadeiras, etc.;

✓ ​Experimentar novas possibilidades de ação, diversificando a escolha de papéis.

❖ ​Sugestões de materiais

Estas são apenas sugestões de como montar jogos simbólicos com recursos

que podem ser adquiridos por meio de doações. É interessante que o/a professor/a faça

juntamente com as crianças uma lista do que julgam interessante para os cantos de jogo

simbólico. Feita a lista, podem escrever uma carta aos pais e comInstituição (médicos,

cabeleireiros, feirantes...) pedindo ajuda para montagem dos kits, com materiais doados

para incrementar o jogo. Para organizar a chegada dos materiais vale separar caixas de

papelão ou caixotes de madeira para guardá-los de forma a facilitar a montagem dos

cantos. Podemos ainda, organizá-los pelas categorias: sorveteria, supermercado, médico,

kits de animais, oficinas de consertos de brinquedos, computadores, mecânicos. Aproveite

algumas dicas, a seguir.

Casinha

Fogão e panelinhas, livro de receita, frutas de brinquedos, embalagens vazias

(leite, danone, sabão em pó, caixa de ovo), bonecas e mamadeiras, caminhas, roupinhas

de bonecas, panos, panelas velhas (pequenas), bule e xícaras, copos e pratos de plástico,

liquidificador, escorredor de macarrão e de arroz, ferro de passar roupa, colheres e outros

utensílios de pau ou alumínio, chuveiro velho, telefone, agenda e bloco de recados, lista

telefônica, caneta, etc.

Escritório
Máquina de escrever, teclado, monitor e mouse, lista telefônica, telefone, bloco

para anotações, agendas (novas e usadas), caneta/porta canetas, máquinas de calcular,

calendário, carimbos, furador de papel, maleta tipo pasta executivo, gravatas, manuais,

tabelas de preço de produtos.

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Oficina de Consertos

Máquinas sem uso (computador, relógio, telefone, vídeo cassete, máquina

fotográfica, impressora), ferramentas de plástico, ferramentas de verdade que não

ofereçam perigo como chave defenda pano e pincel para limpeza.

Médico

Embalagens de remédios vazias e bem lavadas, de mercúrio cromo e

esparadrapo vazias, de chá (camomila, erva doce, boldo), pano para compressa, caixas de

remédios com bulas, avental branco, sapato branco (usado), máscaras, toucas e luvas

cirúrgicas, estetoscópio velho, bolsa d’água, máscara de inalação, ataduras, blocos de

papel c/ propaganda médica, maleta de primeiros socorros, chapas de raio x, tecidos ou

lençóis brancos, colchões empilhados para servir de maca.

Obs.: É importante incluir blocos e notas para marcar consultas. (Principalmente para a pré-

escola)

Salão de beleza

Maquiagens, embalagens vazias de xampu e condicionador, pentes, escovas,

bobs, grampos, presilhas, rabicós, tiaras, touca de banho, espelho, toalhas, avental,
perucas, secador de cabelo (que não esteja mais funcionando ou de brinquedo),

embalagens de creme de barbear e pincel de barba, mangueira, chuveirinho, borrifador,

vidro de esmalte vazio, revistas com modelos de cortes, lista de serviços e preços, telefone

e agenda, caderno de anotações e canetas.

Feira ​Caixotes de leite, carrinho de feira, sacolas, bacias, balança (pode ser feita com

sucata), calculadora, pincel atômico ou canetinha para marcar preços, jornais, avental,

lenço, boné, flores e folhas secas, frutas e legumes de plástico ou papel marchê, roupas,

objetos, brinquedos, dinheiro de faz de conta, carteiras, barbante e pregadores para

prender preços dos produtos.

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Obs. as mercadorias listadas poderão ser aproveitadas de sucatas, embalagens,

de brinquedos, ou então confeccionadas com papel marchê. Uma boa opção de montagem

de barraca é virar uma mesa, colocá-la sobre outra, utilizar os pés para esticar um barbante,

e prender os preços dos produtos que ficam logo abaixo, em bacias.


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17. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DA EDUCAÇÃO INFANTIL


As práticas pedagógicas que compõem a proposta curricular da Educação

Infantil devem ter como eixos norteadores as ​INTERAÇÕES ​e as ​BRINCADEIRAS, ​e

garantir experiências que:

✓ Promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências

sensoriais, expressivas, corporais que possibilitem movimentação ampla, expressão

da individualidade e respeito pelos ritmos e desejos da criança;

✓ Favoreçam a imersão das crianças nas diferentes linguagens e o progressivo

domínio por elas de vários gêneros e formas de expressão: gestual, verbal, plástica,

dramática e musical;

✓ Possibilitem às crianças experiências de narrativas, de apreciação e interação com

a linguagem oral e escrita, e convívio com diferentes suportes e gêneros textuais

orais e escritos;

✓ Recriem, em contextos significativos para as crianças, relações quantitativas,

medidas, formas e orientações espaço temporais;

✓ Ampliem a confiança e a participação das crianças nas atividades individuais e

coletivas;

✓ Possibilitem situações de aprendizagem mediadas para a elaboração da autonomia

das crianças nas ações de cuidado pessoal, auto-organização, saúde e bem-estar;

✓ Possibilitem vivências éticas e estéticas com outras crianças e grupos culturais, que

alarguem seus padrões de referência e de identidades no diálogo e conhecimento

da diversidade;

✓ Incentivem a curiosidade, a exploração, o encantamento, o questionamento, a

indagação e o conhecimento das crianças em relação ao mundo físico e social, ao

tempo e à natureza;
✓ Promovam o relacionamento e a interação das crianças com diversificadas

manifestações de música, artes plásticas e gráficas, cinema, fotografia, dança,

teatro, poesia e literatura;

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✓ Promovam a interação, o cuidado, a preservação e o conhecimento da

biodiversidade e da sustentabilidade da vida na Terra, assim como o não desperdício

dos recursos naturais;

✓ Propiciem a interação e o conhecimento pelas crianças das manifestações e

tradições culturais brasileiras;

✓ Possibilitem a utilização de gravadores, projetores, computadores, máquinas

fotográficas, e outros recursos tecnológicos e midiáticos.

❖ ​As creches e pré-escolas possuem autonomia na escolha dos temas geradores

partindo da proposta curricular e projetos institucionais, enviados pela SEMED, com

a participação dos professores na construção dos mesmos, que ocorrerá na semana

pedagógica em janeiro, analisando as características; levando em consideração o

contexto em que a criança está inserida, identidade institucional, escolhas coletivas

e particularidades pedagógicas da comunidade escolar.


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18. AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

De acordo com a Resolução no 5, de 17 de dezembro de 2009 que fixa as Diretrizes

Curriculares Nacionais para a Educação Infantil tem-se:

• ​As instituições de Educação Infantil devem criar procedimentos para

acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das

crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:

✓ A observação crítica e criativa das atividades, das brincadeiras e interações das

crianças no cotidiano;
✓ Utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios,

fotografias, desenhos, álbuns etc.);

✓ A continuidade dos processos de aprendizagens por meio da criação de estratégias

adequadas aos diferentes momentos de transição vividos pela criança (transição

casa/Instituição de Educação Infantil, transições no interior da Instituição, transição

creche/pré-escola e transição pré-escola/Ensino Fundamental);

✓ Documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da Instituição

junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na

Educação Infantil;

✓ A não retenção das crianças na Educação Infantil.

Tendo em perspectiva a importância da transição entre a Educação Infantil e o

ensino fundamental, o que, afinal, é desenvolvido em cada uma dessas etapas, segundo a

BNCC?Na educação infantil, espera-se que tais aprendizagens se iniciem a partir de

experiências vividas pelas crianças com a linguagem escrita e a matemática, de modo que

lhes permitam uma imersão no mundo simbólico e nos sentidos produzidos pela sociedade

para essas práticas. O contato frequente com textos literários e outros, de diferentes

gêneros, lidos pelo professor, a possibilidade de manusear materiais de leitura e de escrita

diversos, o envolvimento com situações lúdicas e significativas, nas quais se realizem

contagens, observações e comparações de formas, tamanhos, espessuras, cores, texturas,

dentre outras, são experiências que favorecem a familiaridade das crianças com os

sistemas notacionais. Ainda que a criança não saiba como eles funcionam, tais

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experiências permitem que ela conheça o que eles representam. Perfil esperado para
estudantes ingressantes no Ensino fundamental.

Perfil esperado para estudantes ingressantes no 1o ano do ensino

fundamental em Conhecimento da Língua. Os estudantes, provavelmente:

• Diferenciam letras de outros sinais gráficos;

• Identificam as direções da escrita (de cima para baixo e da esquerda para

direita);

• Reconhecem à escrita como uma forma de representação da fala, ou seja, já

sabem que as letras são utilizadas para escrever e que elas representam sons da fala;

• Nomeiam algumas letras do alfabeto;

• Identificam algumas palavras de uso frequente (como o próprio nome,

palavras comuns em atividades escolares, logomarcas e/ou outros), realizando o que é

denominado como “leitura incidental” das palavras, com base na sua forma global e não,

necessariamente, na decodificação das sílabas;

• Fazem uso das letras para produzir escritas espontâneas, ainda que essas

escritas não sejam convencionais (alfabéticas);

• Recontam histórias ouvidas;

• Participam de conversações observando o tema que está sendo discutido;

• Demonstram interesse por materiais de leitura, evidenciando comportamentos

adequados à leitura e à escrita (como folhear livros e revistas e utilizar materiais de escrita,

como lápis e canetas);

• Reconhecem a função social de textos que circulam na esfera da vida

cotidiana (como bilhetes, receitas culinárias, avisos e/ou outros).

• Se apropriam de regras básicas da escrita alfabética, tais como a ideia de que


as letras e os fonemas representam segmentos sonoros;

• Reconhecem as convenções que organizam a escrita observando os espaços

entre palavras.

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Perfil esperado para estudantes ingressantes no 1o ano do ensino

fundamental em Conhecimento Lógico-Matemático. Os estudantes, provavelmente​:

• Observam, identificam e comparam objetos, quantidades, formas, eventos,

cores, texturas

• Expressam oralmente suas conclusões com base nessas comparações;

• Utilizam números naturais envolvendo os significados de juntar/acrescentar e

de separar/retirar em situações do dia a dia;

• Localizam pessoas ou objetos no espaço, utilizando conceitos de

direcionalidade (como mais próximo, mais distante, entre, na frente, atrás, em cima e

embaixo), o que é possível de ser desenvolvido, por exemplo, por meio das muitas

brincadeiras experimentadas no cotidiano, as avaliações formativas são:

1-​Avaliação Diagnóstica​, para identificar os níveis de desempenho dos

estudantes na entrada, (será aplicada pela SEMED, a partir de março);

2-​Avaliação de Processo​, para monitorar o processo de ensino e aprendizagem

nas redes, escolas e turmas, (sugestão: poderá ser elaborada e aplicada pela equipe

gestora nos meses de junho e agosto e no decorrer do ano letivo);


3-​Avaliação de Saída​, a fim de diagnosticar os níveis de desempenho de

estudantes concluintes, (será aplicada pela SEMED, a partir da segunda quinzena de

setembro); ​Segundo Jussara Hoffmann, avaliar não é julgar, mas acompanhar um percurso

de vida da criança, durante o qual ocorrem mudanças em múltiplas dimensões com a

intenção de favorecer o máximo possível seu desenvolvimento, ou seja, é permanecer

atento a cada criança, pensando em suas ações e reações, “sentindo”, percebendo seus

diferentes jeitos de ser e de aprender. É importante ressaltar que a legislação da educação

vigente apresenta a avaliação como ponto fundamental para o desenvolvimento da

aprendizagem do educando, explicitada no Art. 31 da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação – LDB: “Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e

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registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao

ensino fundamental” (Brasil, 1996).

Segundo a Resolução CME No 005, de 23 de janeiro de 2019:

Art. 18 ​- A avaliação na Educação Infantil deve ser realizada mediante acompanhamento e


registro do desenvolvimento da criança tomando como referência os objetivos estabelecidos para
essa etapa da educação, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao Ensino
Fundamental.

§1o ​- A avaliação na Educação Infantil orienta-se, prioritariamente, para o desenvolvimento das


ações docentes e do Projeto Político Pedagógico, bem como para o acompanhamento da criança
em suas conquistas, dificuldades e possibilidades, devendo correr ao longo do processo ensino
aprendizagem, sendo vedada a atribuição de notas, adoção de instrumentos avaliativos
somativos, tais como provas, simulados e a retenção da criança em qualquer agrupamento.

§2o ​- Os registros descritivos, cumulativos, gravação, modelagem e outras produções devem


contemplar a informação sobre a qualidade da aprendizagem da criança, durante as etapas do
trabalho pedagógico.

§3o ​- A avaliação formativa será utilizada como meio para constante aperfeiçoamento das
estratégias educacionais e maior apoio e colaboração com o trabalho das famílias, bem como
para o ajuste do projeto político-pedagógico.

18.1. Registrando o desenvolvimento cognitivo da criança

O dia a dia oferece muitos momentos que exigem que o professor exercite sua

capacidade de observar as crianças para decidir sobre a melhor maneira de intervir. Como

a criança e a família vivem o momento de chegada à Instituição? Como a criança reage à

presença dos diferentes adultos que interagem com ela? Como reagem à presença de

outras crianças e que reações provoca nas outras crianças? Que atitude adota quando

brinca sozinha ou com os companheiros? Como responde às propostas feitas pelo

professor? Por quais temas e/ou objetos mais se interessa? Que tipo de relações

estabelece com os elementos da natureza? Essa lista de perguntas poderia se estender

por várias páginas, pois são muitas as possibilidades de experiências que uma criança pode

viver na Instituição.

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Em todas essas experiências a criança se revela: daí a importância de que o

professor desenvolva um olhar observador, que permita apreendê-la em toda a sua riqueza.

Além do planejamento, os registros são fundamentais para o acompanhamento desse

processo de inserção e para a continuidade do trabalho pedagógico, ​(​em anexo algumas

possibilidades de realização desses registros).

18.2. Registros Individuais


A Instituição deve manter somente um caderno por turma, no qual ​todos os

professores da turma ​registrarão fatos relativos a cada uma das crianças, individualmente:

aspectos da vida familiar, comentários que as crianças ou os pais fazem sobre

acontecimentos de casa; vivências da criança na Instituição, parceiros com os quais prefere

brincar, desentendimentos, comentários que a criança faz sobre temas que estejam sendo

discutidos, hábitos, preferências, entre outros aspectos que se julguem relevantes.

No início do ano, o professor ou professora pode dividir a quantidade de páginas

do caderno pelo número de crianças do grupo e criar um índice para que as observações

sobre cada criança fiquem registradas todas numa mesma seção do caderno. Esse material

é muito importante para ser compartilhado entre os diferentes adultos (​todos os

professores que atuam nessa turma, auxiliar de educação e cuidadores) ​que lidam

com as crianças, devem contribuir com os registros no caderno, o mesmo deve permanecer

na Instituição, pois permite um conhecimento mais aprofundado de cada uma delas, um

acompanhamento das mudanças que elas vão experimentando ao longo de seu processo

de desenvolvimento.

18.3. O que não pode faltar no caderno de registro de desenvolvimento da criança:

▪ Identificação da Instituição,

▪ Nome do agrupamento e das professoras no caderno, lembrando que os registros

devem constar datas e nome das professoras e ou auxiliar de educação que registrou

(não rubricar);

▪ Cabe ao coordenador pedagógico a responsabilidade de vistar e orientar, mediante o

planejamento semanal do professor e na ocasião assinar e datar;


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▪ Identificação das crianças, (deixar no mínimo 03 folhas para cada criança);

▪ Fazer no ​mínimo ​01 (um) registro por criança semanalmente;

▪ Contemplar todos os aspectos: cognitivo, físico, emocional e social;

▪ Se for, observar os aspectos, separando-os por semana, lembre-se de contemplar em

seu plano de aula atividades pertinentes a esse aspecto.

18.4. Orientações sobre os relatórios descritivos das crianças:

• Continuará sendo semestral, a ser entregue nos plantões pedagógicos aos pais e ou

responsáveis, de acordo com o calendário;

• Cabe ao Coordenador Pedagógico orientar o professor na escrita dos mesmos,

cobrando os registros semanais de cada criança, juntamente com o plano;

(Recomenda-se que o caderno de registro seja entregue juntamente com ocaderno

de plano semanal);

• No final de cada semana, o professor deverá ter feito o registro de todas as crianças

de sua turma;

• O Coordenador Pedagógico marcará uma data com antecedência, para que os

relatórios semestrais sejam entregues, revisados e se necessário, devolvido ao

professor para que sejam feitas as correções pertinentes;

• Tenham muita cautela na escrita das palavras, para que se evitem erros ortográficos

ou palavra de sentindo pejorativo;

• Os relatórios ficarão no dossiê das crianças, e ​uma cópia será entregue aos pais

no plantão pedagógico, devidamente assinados pelos pais e ou responsáveis,

professor e equipe gestora;


• Se alguma criança for transferida ou concluir o Infantil V, levará uma cópia

juntamente com sua documentação para a outra Instituição Escolar;

• O plantão pedagógico acontecerá durante o período integral do professor.

• O professor deverá ler o relatório para os pais e ou responsáveis; após a leitura, o

mesmo deverá ser assinado;

• O atendimento aos pais no plantão pedagógico ​é INDIVIDUAL.

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18.5. Estrutura do relatório: ​(matriz em anexo)

➢ ​Layout: ​Fonte Arial 12, com espaçamento 1,5 e justificado.

➢ ​Título: ​Relatório Individual do Processo de Aprendizagem e Desenvolvimento da

Criança;

➢ ​Assunto: ​Relatório;

➢ ​Vocativo: ​Nome da criança;

➢ ​Texto composto por:

• ​Introdução: ​se enuncia o propósito do relatório: 1o semestre: Adaptação; 2o

semestre: Comportamento da criança no período de retorno das férias;

• ​Desenvolvimento: ​corpo do relatório – a exposição detalhada dos fatos. As

observações que foram realizadas durante o semestre do desempenho da criança,

em todos os aspectos: cognitivo, social, físico e emocional (anexos);

• ​Conclusão: ​é o resultado ou síntese do desenvolvimento de aprendizagem da

criança no decorrer do semestre, (​sem intenção de seleção, promoção ou

classificação de crianças em “aptas” e “não aptas”, “prontas” ou “não prontas”,


“maduras” ou “imaturas”);

➢ ​Local e data: ​Anápolis, ____ de _______ de 2020;

➢ ​Assinatura: ​Não se deve assinar folha em branco;

➢ ​Lei: ​(consta na matriz do relatório).

18.6. Registros individuais elaborados com a participação das crianças.

Uma prática pedagógica que conceba a criança como sujeito detentor de

saberes e que se articule a partir de um currículo no qual esses saberes são considerados

deve ter a criança como parceira de todas as ações, inclusive na construção dos registros

de acompanhamento da prática pedagógica. As crianças também avaliam suas

experiências na Instituição e expressam essa avaliação através de múltiplas linguagens:

dos gestos, da fala, do desenho, da escrita, entre outras. Quando os profissionais estão

atentos a essas linguagens, podem perceber como as crianças estão atribuindo sentido às

suas experiências dentro e fora da Instituição e, assim, podem ajudá-las a se conhecer e a

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estabelecer coerência entre as várias experiências que vivenciam. A seguir,

apresentaremos alguns instrumentos que podem ser utilizados para que isso aconteça:

▪ ​Portfólios Individuais​: muitos professores têm o hábito de agrupar as produções das

crianças em varais, caixas ou pastas. Essas produções podem ser mais bem

organizadas em portfólios, coleções de materiais que registram diferentes momentos

e vivências das crianças na Instituição. Os portfólios têm a função não apenas de

registrar os produtos das atividades, mas também devem refletir o processo de

produção, por isso podem conter também fotos, objetos, coleções. Assim, ao propor
uma atividade de modelagem, por exemplo, o professor pode fotografar os diferentes

momentos de envolvimento das crianças na atividade e usar essas fotos para compor

o portfólio. É importante que os portfólios estejam sempre ao alcance das crianças e

sejam retomados frequentemente pelo professor ou professora para relembrar

atividades já realizadas e situações já vividas, servindo de instrumento para provocar

um olhar observador da criança sobre suas próprias produções. As rodas de conversa

podem ser um ótimo momento para que as crianças participem da escolha dos

materiais que vão compor o portfólio e para ver e recordar o que já foi feito, discutindo

sobre as impressões das crianças com relação a esses materiais.

▪ ​Portfólios Coletivos:​são coleções de atividades realizadas em grupo podem compô-

los: atividades produzidas pelas crianças, assim como as impressões delas com

relação a diferentes situações. Essas impressões podem ser colhidas pelo professor

ou professora nas rodas de conversa e registradas por escrito.

18.7. Relatórios de avaliação elaborados pelos professores

▪ ​Relatórios Descritivos

No início deste texto nos referimos à importância do olhar observador dos

professores no processo de acompanhamento do trabalho pedagógico. Os relatórios de

avaliação são a um só tempo, uma estratégia para conservar os produtos da observação

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dos docentes e um meio para refinar esse olhar observador, permitindo um conhecimento

cada vez mais aprofundado do grupo de crianças.


Os relatórios de avaliação devem captar as diferentes dimensões e aspectos

envolvidos nas experiências das crianças no grupo, ou seja, eles devem trazer a

integralidade das crianças como seres dotados de sentimentos, afetos, emoções,

movimentos e cognição. A referência para elaborá-los deve ser a própria criança, e não

critérios previamente estabelecidos aos quais se espera que ela corresponda.

18.8. Sìnteses das aprendizagens (registro reflexivo da prática docente plano de

aula). ​A intencionalidade das práticas pedagógicas na educação infantil requer

planejamento, pois sem ele as atividades propostas às crianças acabam se tornando ações

com um fim em si mesmas, desconectadas umas das outras e que não alcançam

plenamente seus objetivos. Entretanto, não é suficiente apenas prever o que será feito, é

necessário avaliar os resultados do que foi planejado e executado, principalmente no que

se refere ao modo como as crianças acolhem e respondem às propostas.

Através do registro reflexivo é possível identificar as falhas, observar o

desenvolvimento do trabalho pedagógico e as evoluções do grupo. Ao produzir seu registro,

o professor de Educação Infantil organiza seu fazer, documenta sua história e das crianças

e permitindo a construção do círculo da qualidade de ensino: “planejar, realizar,

documentar, analisar e replanejar.”

O registro pode ocorrer ​diariamente​, ou ​semanalmente ​conforme o professor

sentir necessidade, ​ou ainda ser decisão conjunta da equipe docente junto com a

equipe gestora. Esse espaço não é destinado para registros de indisciplina ou

conflitos da turma, para isso sugerimos o caderno de ocorrência.

Por isso, é importante que os professores reservem, em seus planejamentos, um

espaço para registrar as reações das crianças ao que foi proposto. Os pontos positivos e

negativos percebidos no desenvolvimento das atividades e o que pode e deve ser


modificado numa próxima vez. Seja qual for o tipo de planejamento organizado pelos

docentes de um projeto de trabalho, diário, semanal, por tema gerador etc. Ele não pode

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prescindir de um espaço no qual sejam registradas reflexões sobre o trabalho desenvolvido.

(Projetos Pedagógicos na Educação Infantil) – Maria Carmem Silveira Barbosa/Maria da

Graça Souza Horn).

18.9. O AADC acompanhamento da aprendizagem do desenvolvimento da criança.

O Acompanhamento da Aprendizagem do Desenvolvimento da Criança é uma

das poucas oportunidades em que é possível reunir os docentes das Instituiçãos para

analisar e avaliar os processos de ensino-aprendizagem dentro dos eixos norteadores da

Educação Infantil que são as BRINCADEIRAS E INTERAÇÕES.Trocar experiências e

aperfeiçoar os registros individuais para a construção dos relatórios semestrais,

contemplando todos os aspectos desenvolvidos pelas crianças, sobre a mediação do

professor. Quando as discussões são bem conduzidas, elas favorecem aspectos como a

análise do currículo, da metodologia adotada e do sistema de avaliação, entre outras

especificidades da Educação Infantil, se necessário tomar como estudo os documentos que

a norteiam (RCNEI, DCNEI, BNCC, Avaliação e Educação Infantil de Jussara Hoffmann,

entre outros). Dessa forma, possibilitam aos professores uma interessante experiência

formativa, permitindo a reavaliação da prática didática. Esse momento não é para julgar o

comportamento das crianças, mas compreender a relação que eles desenvolvem com o

conhecimento e como gerenciam a vida escolar para, quando necessário, propor as

intervenções adequadas.

Para esses momentos tornarem produtivos, é fundamental que os professores


tenham clareza da finalidade desse momento.

Trata-se de uma reunião avaliativa em que diversos especialistas envolvidos no

processo ensino-aprendizagem discutem acerca dos avanços e dificuldades

na APRENDIZAGEM das crianças, bem como o desempenho dos docentes, os resultados

das estratégias de ensino empregadas, a adequação da organização curricular e outros

aspectos referentes a esse processo, a fim de avaliá-las coletivamente, mediante diversos

pontos de vista.

Avaliar é uma palavra que deriva do latim valere e significa dar valor.

“Avaliar significa determinar a valia ou valor de algo ou alguém”

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➢ ​Quem participa: ​Gestores, Coordenadores Gerais, Coordenadores Pedagógicos,

Professores e Auxiliares de Educação.

➢ ​Objetivo: ​Compartilhar informações sobre a turma e sobre cada criança para

embasar a tomada de decisões para a melhoria do processo ensino-aprendizagem

e do desenvolvimento dentro dos eixos norteadores da Educação Infantil que são as

BRINCADEIRAS E INTERAÇÕES, contemplando os aspectos cognitivos, físicos,

sociais e emocionais de cada criança e suas especificidades.

➢ ​Vantagens:

✓ Viabiliza avaliações mais completas sobre a aprendizagem e o desenvolvimento das

crianças;

✓ Facilita a compreensão dos fatos com a exposição de diversos pontos de vista;


✓ Permite a avaliação da eficácia dos métodos utilizados;

✓ Possibilita a análise do currículo;

✓ Contribui para a observação e o registro da dinâmica da aprendizagem na Educação

Infantil;

✓ Facilita a compreensão do desenvolvimento cognitivo da criança;

✓ Influencia no planejamento e eficácia da ação do professor como sujeito mais

experiente;

✓ Promove a troca de ideias para tomada de decisões rumo à melhoria do processo

ensino-aprendizagem;

✓ Favorece a integração entre Equipe Gestora/professores/Auxiliares de Educação.

Como planejar?

✓ Preparar a pauta da reunião listando os itens que precisam ser comentados e

discutidos. Todos os participantes devem ter direito à palavra para enriquecer esse

momento, buscar suas causas e o mais importante: as soluções;

✓ Ter em mãos:

• Os cadernos de registros, de cada criança, atualizados, contemplando todos

os aspectos;

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• Os registros de avaliação, deverão resguardar a singularidade da história de

cada criança e do acompanhamento dessa história construída a partir de suas

vivências de grupo;

• O Guia 2020, que se refere aos Direitos de Aprendizagem e Desenvolvimento

na Educação Infantil e os Campos de Experiências (BNCC).


• O instrumento avaliativo preenchido pelo professor para servir de suporte nas

discussões em grupo sobre sua turma.

• Para isso, é necessário que o educador:

✓ Conheça as reações das crianças;

✓ Perceba suas tentativas, limites e possibilidades;

✓ Planeje as ações pedagógicas a partir de tais observações e reflexões;

✓ Propicie mudanças tanto na prática pedagógica, quanto na atuação como mediador


do conhecimento;

✓ Trace metas para que as mudanças sugeridas sejam efetivamente realizadas;

✓ Observa e compreende o dinamismo presente no desenvolvimento infantil, o que


é fundamental para redimensionar o fazer pedagógico;

✓ Compreenda que na Educação Infantil, ele (professor) influencia diretamente na


qualidade da interação;

✓ Conheça sobre a importância da afetividade na Educação Infantil.

“Wallon (1968) defende que, no decorrer de todo o desenvolvimento do indivíduo, a


afetividade tem um papel fundamental. Tem a função de comunicação nos primeiros
meses de vida, manifestando-se, basicamente, através de impulsos emocionais,
estabelecendo os primeiros contatos da criança com o mundo. Através desta
interação com o meio humano, a criança passa de um estado de total sincretismo para
um progressivo processo de diferenciação, onde a afetividade está presente,
permeando a relação entre a criança e o outro, constituindo elemento essencial na
construção da identidade. Da mesma forma, é ainda através da afetividade que o
indivíduo acessa o mundo simbólico, originando a atividade cognitiva e possibilitando
o seu avanço. São os desejos, as intenções e os motivos que vão mobilizar a criança
na seleção de atividades e objetos. Para Wallon (1978), o conhecimento do mundo
objetivo é feito de modo sensível e reflexivo, envolvendo o sentir, o pensar, o sonhar e
o imaginar.”
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➢ ​O que esperar​?

- Chegar a um consenso da Equipe em relação:

➢ Às avaliações de desenvolvimento das crianças, considerando as singularidades

de comportamentos, aprendizagens e histórias de vida de cada um;

➢ Às intervenções necessárias para melhorar o processo ensino-aprendizagem e as

interações das turmas e das crianças, individualmente;

➢ À Educação Infantil como uma etapa integrante da educação básica. Nesse

contexto, a avaliação é um assunto que deve ser observado pelo professor, para

que não ocorram injustiças. O professor tem que avaliar a criança em um processo

contínuo e dinâmico. Para que o registro das avaliações na Educação Infantil seja

coerente e eficaz, conforme propõem os teóricos que estudamos, são necessários:

interação entre criança e professor, um acompanhamento específico no

desenvolvimento da criança e uma compreensão das áreas do desenvolvimento

infantil;

➢ A avaliação na Educação Infantil não tem o objetivo de fazer a criança “passar de

ano”, mas o intuito de observar e compreender o dinamismo presente no

desenvolvimento infantil e redimensionar a prática pedagógica, ajudando o

professor a intervir no momento certo em que as dificuldades apresentam-se,

acompanhando a evolução da criança.

Resultado

✓ Promover uma visão mais correta, adequada e abrangente do papel da


AVALIAÇÃO no processo ensino-aprendizagem na Educação Infantil;

✓ Valorizar a observação do progresso individual das crianças na sala de aula, bem

como seu comportamento cognitivo, afetivo e social durante as aulas;

✓ Reconhecer o valor da história de vida das crianças, tanto no que se refere a seu

passado distante quanto próximo (período a ser avaliado);

✓ Incentivar a autoanálise e autoavaliação dos profissionais de ensino;

✓ Prever mudanças tanto na prática diária de cada docente como também

no currículo e na dinâmica escolar, sempre que necessário;

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✓ Rever a prática pedagógica desenvolvida em sala de aula e traçar metas para que

as mudanças sugeridas sejam efetivamente realizadas.

Paulo Freire (1984, p. 92) entende que: A avaliação deve procurar abranger todos os
aspectos do desenvolvimento da criança, não só o cognitivo, mas sim uma avaliação a
partir do aluno, tendo ele como referência, como parâmetro de si mesmo. Deve ter uma
ação também diagnóstica, que indique quais alterações na práxis do professor deve
acontecer para facilitar a aprendizagem do aluno. Não é um procedimento que indique o
ponto final de um trabalho, uma classificação, para depois resultar numa exclusão futura;
deve mostrar ao professor o quanto o aluno avançou em um [...] não é possível praticar
sem avaliar a prática. Avaliar a prática é analisar o que se faz, comparando os resultados
obtidos com as finalidades que procuramos alcançar com a prática. A avaliação da
prática revela acertos, erros e imprecisões. A avaliação corrige a prática, melhora a
prática, aumenta a nossa eficiência. O trabalho de avaliar a prática jamais deixa de
acompanhá-la.
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19. ITENS PERMANENTES DE AVALIAÇÃO:

Esses itens de avaliação dos auxiliares de educação, dos docentes e da

equipe gestora baseiam-se nos Indicadores de Qualidade da Educação Infantil,

documento normativo do MEC de 2009.


19.1. Itens a serem observados na avaliação dos auxiliares de educação.

✓ ​Auxilia o professor no atendimento a criança: ​Avaliar se o profissional auxilia

o professor no atendimento a criança, sempre que necessário procurando

manter a mesma linha de ação utilizada pelo professor na realização das

atividades.

✓ ​Auxilia o professor na organização do ambiente: ​Avaliar se o profissional

auxilia o(a) professor(a) na providência, controle e guarda de material

pedagógico e pertences das crianças.

✓ ​Colabora com o professor no planejamento das atividades: ​Avaliar se o

profissional colabora com o (a) professor (a) no planejamento das atividades

das crianças através de sugestões, sempre que solicitado.

✓ ​Participa das reuniões periódicas ou extraordinárias: ​Avaliar se o

profissional participa das reuniões periódicas ou extraordinárias convocadas

pela direção.

✓ ​Faz lavagem e desinfecção dos brinquedos: ​Avaliar se o profissional faz a

lavagem e desinfecção dos brinquedos sempre que necessário.

✓ ​Práticas de saúde: ​Avaliar se o profissional auxilia, prontamente, a criança na

sua higiene pessoal, sempre que necessário e nos horários estabelecidos pela

Instituição escolar; se troca fraldas e faz a higiene das crianças.

✓ ​Práticas de alimentação: ​Avaliar se o profissional auxilia as crianças no

momento das refeições de forma a incentivá-las a se alimentarem com

autonomia.

✓ ​Hora do sono: ​Avaliar se o profissional auxilia o (a) professor (a) na hora do


repouso das crianças; lembrando que este período deve-se ter uma atenção

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redobrada, não sendo permitido que o mesmo durma com as crianças, deixando

SEMPRE as portas e janelas abertas para não escurecer o ambiente.

✓ ​Assiduidade, pontualidade, urbanidade e discrição: ​Verificar se o

profissional cumpre o art. 197 do Estatuto dos Servidores Públicos Municipaisno

que diz que é dever do servidor ser assíduo, pontual e tratar as pessoas com

urbanidade e discrição.

✓ ​Quanto ao traje: ​Verificar se o profissional cumpre o art. 197 do estatuto dos

servidores públicos municipais no que diz que é dever do servidor apresentar-

se decentemente trajado ao serviço, evitando assim trajes inadequados para a

Educação Infantil como, por exemplo, calças coladas e muito baixas, blusas

curtas e decotadas e, sapatos ou sandálias de salto alto.

19.2. Itens a serem observados na avaliação dos professores:

I – Planejamento, Projeto, Acompanhamento e Registro

São avaliados como o plano de trabalho na Instituição é desenvolvido pelo corpo

docente. ​❖ ​Planejamento das aulas​: observar se os professores planejam, avaliam

as atividades, selecionam materiais, organizam os ambientes periodicamente,

se há coerência com a prática e se atendem as intervenções realizadas pelo

Coordenador (a) Pedagógico (a) por meio do visto orientado.

❖ ​Acompanhamento das atividades​: avaliar se os professores

organizam o tempo e as atividades permanentes (brincadeiras, músicas, artes)

de modo a permitir que as crianças as executem todos os dias, tanto nas áreas
externas quanto internas.

❖ ​Desenvolvimento dos projetos/temas​: avaliar se os projetos e temas

foram desenvolvidos de acordo com os Campos de Experiências de forma

INTEGRAL​.

❖ ​Direitos de aprendizagem da criança: ​avaliar se tem sido oportunizado

a criança, por meio do planejamento, o cumprimento dos seis direitos de

aprendizagem da criança conforme enfatizado pela BNCC.

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❖ ​Campos de experiências: ​avaliar se ao longo do planejamento todos

os campos de experiências foram devidamente trabalhados.

❖ ​Saberes e conhecimentos (conteúdos): ​avaliar se o currículo

municipal tem sido utilizado de maneira coerente ao que está proposto a ser

realizado.

❖ ​Objetivos de aprendizagens: ​avaliar se as proposições apresentadas

por meio dos objetivos de aprendizagem condizem com as a ações constantes

no plano de aula. Pode-se utilizar os objetivos propostos pela BNCC na integra.

❖ ​Sinteses das aprendizagens (registro reflexivo da prática docente

plano de aula): ​avaliar se os professores têm realizado os registros reflexivos

relatando o desenvolvimento das aulas semanalmente.

❖ ​Registro do desenvolvimento cognitivo da criança: ​avaliar se os

professores têm realizado os registros das vivências, aprendizagens e

desenvolvimento das crianças (diariamente e/ou semanalmente).

❖ ​Avaliação Diagnóstica - Relatório Semestral: ​avaliar se os

professores acompanham, observam e registram de forma descritiva o


desenvolvimento global das crianças de acordo com os eixos norteadores da

Educação Infantil, INTERAÇÕES E AS BRINCADEIRAS.

II - Espaço e Mobiliário

A Instituição de educação infantil deve observar e avaliarum conjunto de

indicadores que permite classificar aspectos, tais como: grau de segurança e

adequação dos ambientes e dos equipamentos destinados a estimular a

aprendizagem, a autonomia e o desenvolvimento das crianças.

❖ ​Organização da sala: ​avaliar a organização dos brinquedos, que devem estar

acessíveis às crianças; observar se a organização da sala permite a supervisão

visual dos mesmos.

❖ ​Exposição de materiais para as crianças: ​avaliar se os materiais expostos

na sala (ex.: fotos, móbiles, desenhos) para as crianças estão adequados à

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faixa etária do grupo; avaliar se os adultos conversam com as crianças sobre

estes materiais.

III – Cumprimento e Acompanhamento da Rotina:

Observar a presença de uma programação diária (rotina) que não seja

demasiadamente ​rígida​, satisfazendo às necessidades individuais das crianças, ou

demasiadamente ​flexível​, sem uma sequência previsível de acontecimentos diários.

Momentos para brincar estão incluídos na programação diária e são devidamente

supervisionados.
IV – Ler, Escrever, Falar, Raciocinar e Compreender

Deverão ser avaliados os estímulos dados às crianças no sentido de

desenvolver suas habilidades linguísticas. Isto inclui a comunicação verbal (tanto falar,

quanto escutar), o uso de livros e o desenvolvimento do raciocínio por meio da

linguagem.

➢ ​Auxílio às crianças para a compreensão da linguagem: ​avaliar se os adultos

conversam com os bebês e crianças pequenas durante as atividades de

cuidado e de brincadeira de modo agradável e encorajador, com tom de voz

adequado às crianças. E também se a sala é silenciosa, de modo que uns

possam ouvir os outros.

➢ ​Auxílio para o uso da linguagem pelas crianças: ​avaliar o quanto os adultos

buscam interpretar e responder às tentativas de comunicação das crianças por

gestos, sons e palavras, de modo a dar continuidade à conversa. Verificar a

existência de materiais (tais como fantoches, telefones de brinquedo, cartões

com imagens, etc.) e de atividades (por ex.: contar histórias, conversar sobre

desenhos realizados, trocar ideias nas atividades de grande grupo) que

estimulem as crianças a se comunicarem.

➢ ​Cantinho de Leitura/Diversidade Textual​: avaliar se há diariamente um

número razoável de livros, em boas condições, disponíveis para as crianças na

sala, e se os adultos iniciam pelo menos uma atividade de linguagem receptiva

por dia, tal como contar histórias ou ler um livro. As crianças devem ser

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encorajadas (jamais forçadas) a participar deste tipo de atividade; verificar se


há incentivo pelas professoras para que as crianças manuseiem livros, revistas

e outros textos.

➢ ​Cantinho Sonoro: ​A música pode proporcionar a vivência da linguagem

musical como um destes meios de representação, interagir com o meio

ambiente, incluindo os sons, as canções e outras manifestações, é também um

excelente meio no desenvolvimento da aptidão criativa e lúdica, que é parte

integrante da infância. Segundo o RCNEI “As crianças interagem com a

música, as brincadeiras e aos jogos: cantam enquanto brincam, acompanham

com sons os movimentos de seus carrinhos, dançam e dramatizam situações

sonoras diversas, conferindo personalidades e significados simbólicos aos

objetos sonoros e a sua produção musical”.

Deixe num canto da sala um tapete de EVA com algumas almofadas. Nesse

lugar pode ser ministrado a musicalização infantil. Adquira aos poucos os

instrumentos. A maioria pode ser construída com as crianças. Exemplo: compre

cocos na feira, lixe bem as duas partes da casca e pinte. Com tampas de

refrigerante e arame faça guizos. Chocalhos podem ser feitos de rolo de papel

com sementes ou garrafas pet. O tambor pode ser feito com latas e colher de

pau e assim por diante. Use a sua criatividade para montar a musicalização

infantil! A música é um poderoso instrumento para o ensino aprendizagem em

todos os agrupamentos.

➢ ​Uso da linguagem para desenvolver o raciocínio: ​avaliar se os adultos

conversam com as crianças sobre relações lógicas ou conceitos (por ex.:

estimular a curiosidade e as perguntas das crianças sobre o “por que” das

coisas; chamar a atenção das crianças para a sequência dos acontecimentos

do dia). E também se os adultos trabalham, de acordo com as habilidades do


grupo, conceitos como igual/diferente, equivalência, classificação,

sequenciação, correspondência simples (de um para um), relações espaciais e

de causa e efeito, resolução de problemas.

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➢ ​Analisar ​se as professoras criam oportunidades prazerosas para contato das

crianças com a palavra escrita, incentivando-as a lerem “produzir textos”

mesmo sem saber ler e escrever convencionalmente.

➢ ​Avaliar ​a existência de oportunidades diárias de as crianças terem contato com

as crianças/adultos.

➢ ​Observar ​se as atividades não são realizadas por meio de contagem mecânica

ou de folhas fotocopiadas; avaliar a presença de materiais concretos

diariamente em sala, e atividades que estimulem o raciocínio lógico-

matemático.

19.3. Itens a serem observados na instituição escolar para avaliação da equipe

gestora

❖ ​Espaço interno: ​avaliação da sala onde as crianças passam a maior parte do dia,

no que diz respeito à adequação de tamanho, iluminação, ventilação, controle de

temperatura, absorção de som, limpeza, estado de conservação e normas de

segurança.

❖ ​Espaço externo​: avaliação do espaço externo, se o mesmo oferece condições


para as crianças desenvolverem atividades de psicomotricidade, artes,

brincadeiras e contato com a natureza.

❖ ​Móveis para cuidados de rotina e brincadeiras: ​avalia se há um número

suficiente de móveis na sala para as atividades diárias (cuidados de rotina e

brincadeiras), se eles estão em bom estado de conservação, se oferecem

segurança às crianças e se são adequados à faixa etária do grupo.

❖ ​Recursos para relaxamento e conforto: ​observa-se, se há brinquedos e móveis

macios, que propiciem conforto, bem como se existe uma área aconchegante para

descanso das crianças.

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❖ ​Autonomia​: avalia se a equipe gestora está criando estratégias e situações para

que as crianças se sirvam com autonomia no momento das refeições, tomem

banho e troquem de roupa com autonomia, escolham seus brinquedos e

brincadeiras, etc.

❖ ​Sono​: ​avaliar se há supervisão da equipe gestora no horário do sono,

verificando se as portas e janelas estão abertas e se o responsável

professor/auxiliar está atento às crianças. (Em hipótese alguma o responsável pela

sala deve dormir). Além disso, verificar se as crianças estão deitadas em

colchonetes com lençol, e as condições dos colchonetes estão adequadas.

❖ ​Troca de Fraldas/Uso do banheiro: ​avalia as condições sanitárias do local, no


que diz respeito à limpeza do ambiente e a oferta de produtos de higiene, tais como

papel higiênico e sabonete.

❖ ​Práticas de Saúde: ​avalia se as práticas de saúde estão adequadas, como por

exemplo: não fumar na Instituição Escolar; lavar brinquedos de uso das crianças;

❖ Higienizare administrar medicamentos apropriadamente, com o uso de ​receita

médica atualizada​.

❖ ​Práticas de Segurança: ​avalia a presença de riscos a segurança no espaço

interior e/o exterior da Instituição Escolar bem como a adequação da supervisão

dos adultos, no sentido de garantir a segurança das crianças; observar as

condições para se lidar com situações de emergência e se há o encaminhamento

aos serviços específicos os casos de crianças vítimas de violência ou maus tratos.

❖ ​Aquisição de Livros: ​avalia se a equipe gestora adquire livros para o cantinho de

leitura e estimula a utilização do acervo circulante da Secretaria Municipal de

Educação.

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❖ ​Psicomotricidade: ​avalia se há espaço interno e/ou externo, seguro, para

atividades físicas, se há equipamentos/materiais para tais atividades e se eles

estão em bom estado de conservação, disponíveis pelo menos uma hora

diariamente e apropriados à faixa etária das crianças e se há acompanhamento

através do planejamento e prática desta atividade e se acontece no mínimo uma


vez por semana de modo coletivo.

❖ ​Crianças com necessidades educacionais especiais​: avaliam as estratégias,

orientações e materiais específicos utilizados no trabalho com crianças que

apresentam atraso de desenvolvimento decorrente do déficit de atenção e

hiperatividade, problemas de comportamento, emocionais, psicomotoras,

cognitivos, dislexias e correlatos entre outros.

❖ ​Planos de Aula e registro do desenvolvimento da criança – Coordenador (a)

Pedagógico (a)​: avalia se o coordenador pedagógico faz o acompanhamento e

intervenções necessárias semanalmente nos planos de aula verificando se as

rotinas estão sendo elaboradas e seguidas. ​Compartilhando as informações

com o gestor ​para que haja interação e posicionamento do mesmo em relação ao

professor quando necessário; avalia se faz o acompanhamento e intervenções

semanalmente, observando se o mesmo faz o registro de todos os alunos e se

registra de acordocom as atividades propostas no plano de aula, abordando todos

os aspectos: cognitivo, físico, social e emocional.

❖ ​Planos de Aula e registro do desenvolvimento da criança – Gestor (a)​: Avalia

se o gestor oportuniza ao coordenador pedagógico, tempo necessário para que o

mesmo analise e realize as intervenções necessárias nos planos de aula e

registros do desenvolvimento das crianças. E quando necessário reunir com o

professor e coordenador para apresentar as devolutivas.


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❖ ​Diários de classe: ​Avalia se o coordenador pedagógico está averiguando se os

conteúdos presentes nos diários de classe estão condizentes com o conteúdo

presente no plano de aula e no currículo.

❖ ​Estratégias para o envolvimento dos pais: ​é observado se as interações entre

pais e equipe são positivas e atenciosas, se os pais recebem informações por

escrito sobre a Instituição, se eles e a equipe trocam informações sobre as crianças

e ainda se são envolvidos em atividades da Instituição.

❖ ​Condições para as necessidades profissionais da equipe: ​avalia se possuem

local adequado para arquivar e guardar materiais e se dispõem de um espaço para

reuniões durante o período de atendimento às crianças.

❖ ​Estabilidade da equipe: ​avalia a permanência depelo menos um membro da

equipe com um mesmo grupo de crianças todos os dias. As mudanças de uma

criança ou de um membro de um grupo para outro devem ser raras e, quando

acontecerem, graduais e cuidadosas.

❖ ​Supervisão e avaliação da equipe: ​avalia a existência de supervisão do trabalho

da equipe, por meio de observações e de retorno aos profissionais.

❖ ​Proposta Pedagógica Consolidada: ​avalia se a Instituição tem uma proposta


pedagógica em forma de documento, conhecida por todos; se foi elaborada e é

periodicamente atualizada com a participação dos professores, demais

profissionais e famílias considerando os interesses das crianças; se a mesma

estabelece diretrizes para valorizar as diferenças e combater a discriminação entre

brancos, negros e indígenas, homens e mulheres e pessoas com deficiência.

❖ ​Atividades docentes e discentes​: avalia se o coordenador pedagógico

acompanha, orienta e avalia o desempenho de professores e auxiliares da

Instituição Escolar, segundo legislação vigente, oportunizando- lhe condições de

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melhoria; mantendo contato direto com as crianças dentro e fora das salas de

atividades.

❖ ​Avaliação da Instituição Escolar​: avalia se o coordenador pedagógico planeja

junto à gestora momentos e formas diferenciadas de avaliar a Instituição Escolar.

❖ ​Interação e cooperação entre a equipe: ​avalia se a equipe da sala (professor,

auxiliar e cuidador, AEE) se relaciona de modo agradável, que não prejudique o

trabalho desenvolvido com as crianças. Também é observada a existência de troca

de informações sobre as crianças e se a divisão de tarefas entre os servidores é

feita equitativamente.

❖ ​Oportunidades para desenvolvimento profissional: ​avalia se os novos

membros da equipe recebem orientações para o trabalho; se há formação em

serviço, se há livros e revistas disponíveis sobre educação e se são realizadas

reuniões tanto administrativas, quanto de estudo e se os professores e auxiliares


são estimulados a participarem de cursos, seminários e outros.

❖ ​Harmonia da equipe gestora​: avalia se há um ambiente agradável de trabalho,

que conduza a equipe de forma harmoniosa a atingir o objetivo maior da Instituição

que é o bem-estar da criança; verificar ainda se há uma gestão participativa e

democrática.

❖ ​Cursos de formação continuada/ trabalhos pedagógicos​: avalia se a equipe

gestora participa de reuniões, seminários, momentos pedagógicos, encontros,

grupos de estudo e outros, atuando como multiplicador junto ao corpo docente.

❖ ​Atividades/eventos de interesse da Instituição Escolar: ​avalia se o

coordenador pedagógico consegue promover a identificação e o planejamento de

atividades e eventos da Instituição Escolar.

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❖ ​Relação Coordenador Pedagógico e Gestor: ​avalia se o coordenador

pedagógico está compartilhando as dificuldades do professor, auxiliar e cuidador

e AEE com o gestor, informando-o sobre todo assunto que seja pertinente para

tomada de decisões da Instituição Escolar.

❖ ​Reuniões de estudo/planejamento de atividades de ensino​: avalia se o

coordenador pedagógico promove reuniões de estudo e de planejamento de

atividades de ensino, oportunizando uma formação continuada no ambiente de

trabalho.
❖ ​Interação e Cooperação com a Assessoria Pedagógica: ​avalia se a equipe da

Instituição Escolar relaciona - se de modo satisfatório acolhendo a assessoria

pedagógica do departamento da Educação Infantil da SEMED com receptividade

mediante troca de informações.

❖ ​Entrega de documentos ao departamento​: avalia se o cronograma de entrega

de documentos requisitados pelo departamento é cumprido.

❖ ​Participação nas reuniões​: avalia a frequência da equipe gestora nas reuniões

do departamento de Educação Infantil.

❖ ​Pontualidade nas reuniões​: avalia a pontualidade da equipe gestora nas

reuniões do departamento de Educação Infantil e da SEMED em geral​.

❖ ​Disponibilidade/Interesse para seminários, palestras e cursos​: avalia a

disposição e interesse da equipe gestora sempre que solicitada pelo departamento

de Educação Infantil para seminários, palestras, grupos de estudo, cursos e outros.

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20. ITENS DO PLANEJAMENTO DOCENTE A SEREM OBSERVADOS PELA


ASSESSORIA PEDAGÓGICA
A Educação Infantil é apresentada na atual legislação brasileira como a

primeira etapa da educação básica, onde a prática pedagógica deve favorecer a

construção do conhecimento das crianças de 0 a 6 anos de idade. Diante dessa

necessidade, pensou-se em aspectos que devem contribuir/influenciar diretamente

um bom planejamento para Educação Infantil.

Assim, no decorrer do próximo ano, a equipe da assessoria pedagógica da

educação infantil, terá em suas visitas uma ficha para acompanhamento do trabalho

pedagógico de cada docente. Adiante, seguem os aspectos e suas descrições, bem

como a ficha elaborada/pensada para o próximo ano letivo. (Ficha utilizada pela

assessoria em anexo).

➢ ​Tema Gerador:

O tema gerador surge com a tendência libertadora ou método de Paulo

Freire, em que abordou os temas geradores como forma de planejamento. Assim

constrói-se tema gerador a partir da realidade/necessidade do educando e do

levantamento da realidade local, onde a Instituição que oferta Educação Infantil está

inserida. O planejamento por temas geradores devem ser semanais ou quinzenais, de

acordo com a necessidade de cada Instituição e favorecer as aprendizagens e

transformar a realidade local.

➢ ​Direitos de Aprendizagem:

Segundo DC-GO Ampliado (GOIÁS, 2019, p. 75 e 77) os direitos

estabelecidos para a Educação Infantil na BNCC (BRASIL, 2017) foram definidos a

partir das DCNEI (BRASIL, 2009) na consideração de três aspectos:


a) - o reconhecimento das especificidades das crianças quanto aos seus

modos próprios de interagir, conhecer, aprender e desenvolver;

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b) - a construção identitária das crianças relacionada à necessidade de

constituição de novas formas de sociabilidade e de subjetividade;

c)- os eixos do currículo, as interações e as brincadeiras, estruturantes da

prática pedagógica.

Portanto, os direitos de aprendizagens e desenvolvimento – conviver,

brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se – têm um lugar central na prática

pedagógica do(a) professor(a) por apresentarem as formas e os modos próprios,

pelos quais as crianças se relacionam e produzem conhecimentos, assim como,

constituírem-se em estratégias metodológicas a serem garantidas cotidianamente na

instituição educacional, a partir do trabalho com os campos de experiências e seus

respectivos objetivos de aprendizagens e desenvolvimento. Eles configuram -se

ainda, como indicadores de qualidade que auxiliam as instituições educacionais a

avaliarem se suas ações estão sendo desenvolvidas tendo como pressuposto a

criança como centro do planejamento curricular, uma vez que se constituem em ações

a serem realizadas por elas, num ambiente educacional estruturado e planejado

intencionalmente.

➢ ​Campos de experiências:

Conforme relatado no DC/GO (GOIÁS,2019) os campos de experiências

por um lado, resguardam uma relação com as áreas do conhecimento e seus objetos
de estudo, estrutura das demais etapas da Educação Básica, na perspectiva de

articulação e continuidade na formação dos sujeitos. Por outro, concebem o trabalho

com os conhecimentos do patrimônio da humanidade, artísticos, culturais, ambientais,

científicos e tecnológicos (Brasil, 2009) numa perspectiva aberta e flexível, de forma

articulada às práticas sociais, à cultura, às interações e aos encontros entre os

sujeitos, num tempo e espaço de vida comum entre crianças e adultos.

Assim, cada campo é composto por um conjunto específico de sentidos,

saberes e conhecimentos de diferentes naturezas, agrupados por afinidades,

semelhanças e aproximações, que se desdobram em objetivos de aprendizagens e

desenvolvimento. Contudo, os campos de experiências são concebidos numa

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perspectiva intercomplementar, em que, numa mesma ação pedagógica proposta às

crianças, dois, três ou mais campos se fazem presentes e são trabalhados ao mesmo

tempo.

➢ ​Objetos do Conhecimento/Conteúdos:

Objetos do conhecimento designam os conteúdos a serem trabalhados

conforme os sentidos, saberes e conhecimentos a serem desenvolvidos nas crianças

e estão presentes no currículo municipal.

➢ ​Objetivos de Aprendizagem e Desenvolvimento:

De acordo com o DC/GO ampliado (2019) os objetivos de aprendizagens e

desenvolvimento sempre articulados e integrados aos campos de experiências que

tem como fundamento os 6 (seis) direitos, expressam as intenções da Educação

Infantil, a respeito do que é fundamental para o desenvolvimento integral das crianças,


numa perspectiva de ter unidade, o que é comum para todas elas, na diversidade, em

que os sistemas de ensino e a instituição educacional contextualizam e consideram o

que é específico das crianças, da turma, da comunidade, dos acontecimentos locais

e planetários, de forma a complementar a atuação da família.

➢ ​Contextualização:

É preciso vincular os temas geradores a situações que façam sentido para

a criança, incorporando as vivências dela. Assim, ela é capaz de estabelecer relações

entre os conhecimentos. A escolha do contexto deve considerar o que é significativo

para a criança em sua vida e no mundo e para os objetivos da Instituição escolar.

Onde buscá-los? Na vida cotidiana, na sociedade, na descoberta de

conhecimento. O contexto dá significado aos temas geradores e devem basear-se na

vida social, nos fatos do cotidiano e na convivência da criança. Isto porque a criança

vive num mundo regido pela natureza, pelas relações sociais estando exposto à

informação e a vários tipos de comunicação. Portanto, o cotidiano, o ambiente físico

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e social deve fazer a ponte entre o que se vive e o que se aprende na Instituição

escolar.

➢ ​Desenvolvimento de Projetos:

De um modo geral, trabalhar com a proposta de projetos requer observar

que tipo de projeto será realizado, pois o mesmo aparece em uma amplitude, porém

com um sentido único, o de buscar soluções, buscar descoberta, buscar resposta para

os desafios que nos deparamos, tanto em relação aos profissionais da educação


como os de outras áreas.

Atualmente utilizamos os projetos como forma de organizar o currículo,

valorizando a escola como mediadora entre o aluno e o conhecimento, entretanto

pensando na realidade municipal, há aspectos necessários a se pensar quando

idealizamos projetos. Eles conseguem fazer parte da vivência das crianças? São

favoráveis a/ao construção/desenvolvimento dos temas geradores? As crianças estão

aprendendo, fazendo? Estão inseridos no planejamento semanal?

Para facilitar a contextualização nos planejamentos semanais, é importante

pensarmos em projetos e temas geradores que se relacionam entre si, assim o projeto

na Educação Infantil possibilitará vivência de direitos e acesso a culturas e saberes.

➢ ​Diversidade Metodológica:

O professor é o agente responsável em estimular e instigar a imaginação

de suas crianças, utilizando uma grande diversidade de materiais lúdicos e concretos

que auxilie na formação e na construção da aprendizagem das mesmas, é importante

se fazer uso de diferentes materiais que estimule a aprendizagem nas diferentes áreas

do conhecimento.

É notória a importância de o professor elaborar estratégias, utilizando em

seu planejamento o lúdico e materiais concretos, para tornar as atividades

pedagógicas mais atrativas e interessantes aos olhos de suas crianças, materiais que

possam manusear.

Portanto, é preciso enriquecer o desenvolvimento das aulas/atividades da

Educação Infantil com histórias, cantos, poesias, músicas, explorar características

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físicas: na água, na areia, na terra, no ar, fazer misturas químicas e físicas (culinária,

pintura, brincadeira), construir aquários, terrários, sementeiras, estufas e outros

espaços de observação, usar instrumentos como lupas, fitas métricas, termômetros,

imãs, balanças, selecionar o lixo, observar o tempo, as plantas e animais, comparar,

classificar, prever, descobrir características dos objetos, fazer experimentos e

invenções, desenvolver o prazer pela descoberta, por meio de perguntas, curiosidade

e postura investigativa tudo isso pode facilitar a compreensão e o entendimento do

que se está trabalhando. (OLIVEIRA, 2012)

➢ ​Atividades fotocopiadas

Será observado aqui, se estão sendo propostas atividades mecânicas e

repetitivas para as crianças, será questionado seu excesso e a sua utilidade, a

Educação Infantil em que acreditamos trabalha com atividades contextualizadas e

interdisciplinares que estimulem o pensamento lógico e crítico, o que significa

trabalhar com crianças e como as consideramos, de fato, no cotidiano da Instituição.

Ressaltamos ainda que a concepção que temos de criança, infância e

educação infantil influenciam muito nas práticas pedagógica destinada a elas. Para o

ano de 2020, será mantido 01 atividade fotocopiada por semana para o agrupamento

do Maternal, e 03 semanais para o agrupamento do Infantil IV e V.

➢ ​Psicomotricidade

A psicomotricidade pode ser considerada como uma ciência que tem como

objeto de estudo o homem através do seu corpo em movimento e em relação ao seu

mundo interno externo, bem como suas possibilidades de perceber, atuar, agir com o

outro, com os objetos e consigo mesmo (RODRIGUES, 2003). Dessa maneira


entende-se que a psicomotricidade deve ser atividade planejada em turmas conjuntas

(coletivas), ou turmas únicas, no mínimo uma vez por semana nas Instituiçãos que

atendem Educação Infantil.

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➢ ​Leitura Diária:

De acordo com o DC/GO ampliado (2019) as práticas de leitura e as formas

de ler, dependem das suas intenções e finalidades, do tipo de livro, das conversas e

interações que antecedem, que acompanham e que sucedem a leitura. Para realizá-

la com a criança ou grupo de crianças, é importante o(a) professor(a) se atentar ao

movimento de repetição muito próprio delas como abrir e fechar o livro várias vezes,

rever ilustrações e pedir para repetir trechos da história ou ainda dizer: “Conta de

novo?”. Também são comuns os gestos imitativos das crianças ao reproduzir

expressões corporais, entonações de vozes, ritmo de leitura presenciadas por elas.

A forma como as crianças leem está estreitamente relacionada com a

performance do(a) professor(a) ao dar corpo e voz ao texto. A performance está

relacionada à entonação que o(a) professor(a) usa ao ler, ao destaque que é dado ao

pronunciar certas palavras, aos gestos que acompanham a leitura, todos esses

elementos são fundamentais para que a criança consiga produzir sentido ao que é

lido. Por isso o(a) professor(a) tem que ler para e com as crianças, ler de corpo inteiro,

vivenciar o texto com elas, se deixar levar pela emoção, pela imaginação.

Mas, o que ler para as crianças? O que motiva as escolhas do livro literário?

Como o ambiente de leitura é organizado? Quais formas de ler são possíveis no


espaço da instituição? Essas reflexões não podem vir desvinculadas de uma

concepção de criança capaz, ativa, curiosa e interessada em conhecer o mundo, a

vida. Muito menos desarticulada do Projeto Político-Pedagógico da instituição.

O(a) professor(a), ao escolher o que ler para as crianças, deve assegurar,

entre outros aspectos, que as crianças tenham acesso a livros de qualidade literária e

estética, que utilizam materiais, técnicas e recursos gráficos variados, tais como:

desenhos, fotografias, massinhas, gravuras, colagens etc.

Diante disso entendemos a necessidade diária do planejamento da leitura,

envolvendo diferentes tipologias e materiais.

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➢ ​Música e arte:

Parte essencial da Educação Infantil, a musicalização na infância estimula áreas

do cérebro da criança que vão beneficiar o desenvolvimento de outras linguagens,

desenvolve sua sensibilidade, além da capacidade de concentração e memória,

trazendo benefícios ao processo de alfabetização e ao raciocínio lógico matemático.

O planejamento da Educação Infantil deve possibilitar a criança ouvir diferentes

culturas musicais, cantar, tocar instrumentos, participar de bandinhas, construir

objetos com sons, pensar novos repertórios, brincar de cantiga de roda, vivenciar

situações de ritmo (ouvindo, batendo, dançando), perceber os sons.

Assim como conhecer e realizar as demais formas de expressões artísticas como:

desenho, escultura, pintura, teatro e dança.


➢ ​Ambiente de letramento:

É preciso organizar o espaço de forma a incentivar e promover as leituras, com

locais fixos, como salas ou cantinhos de leitura, armários para guardar o acervo

literário, prateleiras, entre outros, ou formas alternativas que possibilitem os livros

transitarem entre salas e as crianças, como, cestas, baús, caixas, carrinhos de

mão. ​Quanto a escrita, o espaço da instituição educacional deve se constituir num

ambiente que instigue a curiosidade das crianças, despertando e aguçando nelas

o desejo e a vontade de ler e escrever, a partir de situações comunicativas reais,

vivenciadas no cotidiano. Para tanto, serão elencadas algumas ações pedagógicas,

dentre várias possíveis, que favorecem a participação das crianças nas culturas

escritas. São elas:

• Colocar placas indicativas nas portas - cozinha, refeitório, sanitário feminino,

masculino ou acessível- e ensinar as crianças a identificarem;

• Organizar murais informativos para as famílias e/ou responsáveis com diferentes

gêneros textuais e atualizá-los com regularidade;

• Escrever e ler junto com as crianças os bilhetes que são enviados para casa;

• Produzir textos coletivos da turma, sendo o(a) professor(a) o escriba;

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• Permitir que as crianças, desde bebês, tenham acesso a materiais que

possibilitem deixar marcas -giz de cera, lápis de cor, carvão, tinta guache etc.;

• Incentivar as crianças maiores, a escreverem de forma espontânea -rabiscos,

garatujas, letras;

• Promover sarau de poesias, festival de contadores de histórias, etc.


Conclui-se afirmando que a criança da Educação Infantil pode (e deve) ser

convidada a ler e a escrever, mesmo sem ter o domínio da leitura no sentido restrito.

Ela é capaz de interpretar sinais gráficos, relacionar imagens e textos, antecipar e

inferir sentidos, atentar-se a organização de textos em diferentes suportes ou

contextos de escrita, a refletir sobre o funcionamento da língua, observando as

possibilidades de combinações entre letras e sons, sentidos e significados.

➢ ​Tipo de Interação:

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (BRASIL,

2010, p. 26), o professor deve incentivar “[...] a curiosidade, a exploração, o

encantamento, o questionamento, a indagação e o conhecimento das crianças em

relação ao mundo físico e social” [...], bem como deve garantir experiências que “[...]

promovam o conhecimento de si e do mundo por meio da ampliação de experiências

sensoriais [...]” (BRASIL, 2010, p. 25). Ou seja, o professor será um mediador do

conhecimento, sendo ele responsável em elaborar atividades que proporcionem as

crianças a construção de novos saberes.

➢ ​Materias e recursos:

É essencial que ao finalizar sua proposta pedagógica o/a professor(a) descreva todos

os materiais necessários a realização das ações propostas, viabilizando assim uma

melhor organização de tudo aquilo que será necessário durante aquele período.
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➢ ​Síntese das aprendizagens (registro reflexivo):

Através da síntese das aprendizagens é possível identificar as falhas,

observar o desenvolvimento do trabalho pedagógico e as evoluções do grupo. Ao

produzir seu registro, o professor de Educação Infantil organiza seu fazer, documenta

sua história e possibilita uma reorganização no caminho pedagógico traçado,

objetivando sempre a aprendizagem das crianças, e permitindo a construção do

círculo da qualidade de ensino: “planejar, realizar, documentar, analisar e replanejar".

Nesse registro não cabe comentar e ou descrever dificuldades comportamentais

das crianças, para isso se tem o registro do desenvolvimento cognitivo da

criança.

O registro pode ocorrer ​diariamente, ​ou ​semanalmente ​conforme o

professor sentir necessidade, ou ainda ser decisão conjunta da equipe docente junto

com a equipe gestora.

➢ ​Caderno de registro de desenvolvimento individual da criança:

Avaliação pressupõe sempre referências, critérios, objetivos e deve ser

orientadora, ou seja, deve visar o aprimoramento da ação educativa, assim como o

acompanhamento e registro do desenvolvimento integral da criança. (Art. 29

daLDB/1996).

Diante do exposto os cadernos de registro do desenvolvimento da criança


deverão ter como referências objetivos estabelecidos no projeto pedagógico da

Instituição, bem como no planejamento proposto semanalmente, abordando todos os

aspectos: cognitivos, físicos, sociais e emocionais.

Isto exige que o profissional da educação infantil observe e registre

especificidades de cada criança semanalmente e que desenvolva habilidades do

desenvolvimento da criança e que reflita permanentemente sobre sua prática,

aperfeiçoando – a no sentido do alcance dos objetivos.

Melchior (1994, p.76) afirma que a técnica de observação na educação

infantil para avaliar “permite ao professor acompanhar o desenvolvimento da criança

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