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BATUCAPS – A EXPERIÊNCIA DE UMA OFICINA DE MÚSICA NO CAPS I

BAURU

Tayná Batista Lorenção


taynalorencao@outlook.com
UFES
RESUMO:
O BATUCAPS são oficinas de percussão e ritmo criadas para ajudar de forma
terapêutica pessoas com problemas nas relações sociais e saúde mental. O
vídeo inicia com os usuários contando sua relação com a música: uns já
dominam algum instrumento desde cedo e outros não, mas todos respondem de
forma unânime como ela está presente em suas vidas em todos os momentos.
Ela lhes vem proporcionando autoestima, concentração, reflexão e positividade.
Todos os usuários que estão fazendo o tratamento perceberam uma grande
melhora em suas vidas e anunciam o quão importante é estar incluso no grupo,
onde eles conversam, se interagem, compartilham seus problemas e levam esse
aprendizado para os outros meios sociais em que convivem, como por exemplo
suas famílias e o trabalho. Apesar da forte medicação os usuários se sentem
felizes e leves depois de estar no BATUCAPS para seguir bem o dia-a-dia. Neste
grupo eles fizeram muitos amigos e encontram apoio e ajuda quando precisam.
A ação da música sobre as pessoas, segundo o livro de Maria de Lourdes
Sekeff, “Da música, seus usos e recursos”, existe desde 1500 a.C., e o primeiro
relato da música como algo terapêutico é encontrado na Bíblia. Portanto, isto
significa que desde muito tempo as pessoas acreditam que música é uma arte
que cria comunicação, motivação e afeto, e que engloba a escuta, memória,
criatividade, expressão, emoções e sentimentos. Cantando ou dançando, por
exemplo, é onde “a música pode mudar o comportamento de uma pessoa”
(Lécourt, 1996, p20), pois sua prática está totalmente relacionada em satisfazer
as vontades emocionais básicas.
Relacionando o BATUCAPS aos fatos referidos no livro de Sekeff conclui-se
que a música pode influenciar a saúde de qualquer indivíduo, sendo ela triste ou
agitada, como os próprios usuários disseram. Assim, estes usuários passam a
desenvolver novas habilidades e a recuperar funções. A música está atrelada ao
humor, ao bem-estar e desta forma pode aliviar o estresse e marcar
positivamente algum acontecimento marcante. Como visto no vídeo os pacientes
participavam de uma atividade que incluía estimular a coordenação com o uso
de chocalhos e pandeiro, e cantavam músicas atuais ou de épocas passadas
que todos já tivessem ouvido pelo menos uma vez. Estes momentos
proporcionam uma socialização e tira o foco do sofrimento, da dor e tristeza que
estas pessoas sentem promovendo-lhes uma vida melhor.

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