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[...] foram os livros escolares de Português, pelo seu caráter “antológico”, que me abriram as
portas para a fruição literária: ainda hoje posso recitar poesias aprendidas naquela época distante.
Terminado o curso [equivalente ao nível médio], trabalhei durante cerca de dois anos como serra-
lheiro mecânico numa oficina de reparação de automóveis. Também por essas alturas tinha come-
çado a frequentar, nos períodos noturnos de funcionamento, uma biblioteca pública de Lisboa. E
foi aí, sem ajudas nem conselhos, apenas guiado pela curiosidade e pela vontade de aprender, que
o meu gosto pela leitura se desenvolveu e apurou.
[...]
José Saramago. Autobiografia. Disponível em:
<http://josesaramago.blogs.sapo.pt/95061.html>. Acesso em: 7 jun. 2013.
Professor,
É com alegria e entusiasmo que entregamos a você esta coleção de Língua Portugue-
sa para o Ensino Médio. Ela foi concebida para auxiliá-lo na importante e complexa tarefa
de inserir seus alunos nos múltiplos letramentos requeridos para uma atuação cidadã,
ética e engajada. Esta proposta é resultado de cinco grandes frentes de ação:
• sistematização de experiências de nossa equipe em sala de aula;
• conversas com professores de Língua Portuguesa sobre o livro didático;
• estudo das diretrizes oficiais para a Educação e o ensino de Língua Portuguesa
no Brasil;
• revisão crítica dos conteúdos tradicionais da disciplina de Língua Portuguesa;
• diálogo com as contribuições das áreas de Educação, Linguística, Linguística apli-
cada e ensino de Literatura formuladas ao longo das últimas décadas.
Esperamos estabelecer uma efetiva parceria com o professor e com seus alunos,
contribuindo para renovar o dia a dia em sala de aula e ressignificar os processos de
ensino-aprendizagem. Os depoimentos acima, de José Saramago e Patativa do Assaré –
manifestações inequívocas e igualmente legítimas da nossa língua portuguesa, d’além-mar
e da nossa terra –, mostram em prosa e em verso que o livro didático pode ser fonte de
alegria e de encantamento, marcando de forma perene a vida dos leitores. É esse, também,
o nosso sincero desejo.
A equipe
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1. Linguagens: verbal, não verbal, digital 1. Utilizar linguagens nos três níveis de competência: interativa,
2. Signo e símbolo gramatical e textual.
3. Denotação e conotação 2. Ler e interpretar.
4. Gramática 3. Colocar-se como protagonista na produção e recepção de textos.
5. Texto 4. Aplicar as tecnologias da comunicação e da informação em situações
6. Interlocução, significação, dialogismo relevantes.
1. Cultura 1. Usar as diferentes linguagens nos eixos da representação simbólica:
Contextualização Sociocultural
2. Globalização versus localização expressão, comunicação e informação, nos três níveis de competência
3. Arbitrariedade versus motivação dos signos (interativa, gramatical e textual).
e símbolos 2. Analisar as linguagens como geradoras de acordos sociais.
4. Negociação de sentidos 3. Analisar as linguagens como fontes de legitimação desses acordos.
5. Significado e visão de mundo 4. Identificar a motivação social dos produtos culturais na sua perspectiva
6. Desfrute (fruição) sincrônica e diacrônica.
7. Ética 5. Usufruir do patrimônio cultural nacional e internacional.
8. Cidadania 6. Contextualizar e comparar esse patrimônio, respeitando as visões de
9. Conhecimento: dinâmica e construção coletiva mundo nele implícitas.
10. Imaginário coletivo 7. Entender, analisar criticamente e contextualizar a natureza, o uso e o
impacto das tecnologias da informação.
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. PCN+ Ensino Médio: orientações educacionais complementa-
res aos parâmetros curriculares nacionais. Volume Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília, 2002. p. 38-50.
As Ocem recomendam à disciplina de Língua Portu- Levando em conta essa recomendação, a qual se des-
guesa a promoção de oportunidades para o aluno: dobra em objetivos específicos, as Ocem propõem a or-
Conviver, de forma não só crítica mas também lúdica, ganização das atividades de Língua Portuguesa no Ensi-
com situações de produção e leitura de textos, atualiza- no Médio em torno de eixos, distribuídos entre “práticas
dos em diferentes suportes e sistemas de linguagem [...]; de linguagem” e “análise dos fatores de variabilidade das
[...] conviver com situações de produção escrita, oral e (e nas) práticas de língua(gem)”. Reproduzimos esses
imagética, de leitura e de escuta, que lhe propicie uma eixos parcialmente a seguir.
inserção em práticas de linguagem em que são colocados
em funcionamento textos que exigem da parte do aluno Quadro 1
conhecimentos distintos daqueles usados em situações Eixos organizadores das atividades de Língua Portuguesa no
de interação informais, sejam elas face a face ou não. [...]; Ensino Médio — práticas de linguagem
Construir habilidades e conhecimentos que o capacitem Atividades de produção e de recepção de textos
a refletir sobre os usos da língua(gem) nos textos e sobre
fatores que concorrem para sua variação e variabilidade, • Atividades de produção escrita e de leitura de textos gerados nas
diferentes esferas de atividades sociais — públicas e privadas [...]
seja a linguística, seja a textual, seja a pragmática. [...]
O que se prevê, portanto, é que o aluno tome a língua • Atividades de produção de textos (palestras, debates, seminá-
escrita e oral, bem como outros sistemas semióticos, rios, teatro, etc.) em eventos da oralidade [...]
como objeto de ensino/estudo/aprendizagem, numa • Atividades de escuta de textos (palestras, debates, seminários,
abordagem que envolva ora ações metalinguísticas (de etc.) em situação de leitura em voz alta [...]
descrição e reflexão sistemática sobre aspectos linguís- • Atividades de retextualização: produção escrita de textos a
ticos), ora ações epilinguísticas (de reflexão sobre o uso partir de outros textos, orais ou escritos, tomados como base ou
de um dado recurso linguístico, no processo mesmo de fonte [...]
enunciação e no interior da prática em que ele se dá), • Atividades de reflexão sobre textos, orais e escritos, produzidos
conforme o propósito e a natureza da investigação em- pelos próprios alunos ou não [...]
preendida pelo aluno e dos saberes a serem construídos. Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação
Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Média e Tecnológica. Orientações curriculares para o Ensino Médio,
Tecnológica. Orientações curriculares para o Ensino Médio, v. 1: v. 1: Linguagens, códigos e suas tecnologias.
Linguagens, códigos e suas tecnologias. Brasília, 2006. p. 32-33. Brasília, 2006. p. 37-38.
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Cultura literária ficcional • conto maravilhoso; conto de fadas; fábula; lenda; narrativa de aventura; narrativa
de ficção científica; narrativa de enigma; narrativa mítica; sketch ou história engra-
Narrar
çada; biografia romanceada; romance; romance histórico; novela fantástica; conto;
Mimeses da ação através da criação de intriga
crônica literária; adivinha; piada
Documentação e memorização de ações humanas • relato de experiência vivida; relato de viagem; diário íntimo; testemunho;
Relatar anedota ou caso; autobiografia; curriculum vitae; ...; notícia; reportagem;
Representação pelo discurso de experiências crônica social; crônica esportiva; ...; histórico; relato histórico; ensaio
vividas, situadas no tempo ou perfil biográfico; biografia; ...
Discussão de problemas sociais controversos • textos de opinião; diálogo argumentativo; carta de leitor; carta de reclamação;
Argumentar carta de solicitação; deliberação informal; debate regrado; assembleia; discurso de
Sustentação, refutação e renegociação de defesa (advocacia); discurso de acusação (advocacia); resenha crítica; artigos de
tomadas de posição opinião ou assinados; editorial; ensaio; ...
Transmissão e construção de saberes • texto expositivo (em livro didático); exposição oral; seminário; conferência; comu-
Expor nicação oral; palestra; entrevista de especialista; verbete; artigo enciclopédico;
Apresentação textual de diferentes texto explicativo; tomada de notas; resumo de textos “expositivos” e explicativos;
formas dos saberes resenha; relatório científico; relatório oral de experiência; ...
Instruções e prescrições
• instruções de montagem; receita; regulamento; regras de jogo; instruções de uso;
Descrever ações
comandos diversos; textos prescritivos; ...
Regulação mútua de comportamentos
Schneuwly, Bernard; Dolz, Joaquim; e colaboradores. Gêneros e progressão em expressão oral e escrita: elementos para reflexões sobre
uma experiência suíça (francófona). In: Gêneros orais e escritos na escola. Trad. e org. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro.
Campinas: Mercado de Letras, 2007. p. 60-61.
Na parte de Produção de texto, trabalhamos com os gru- Os gêneros do discurso, segundo a definição de
pos narrar, relatar, expor e argumentar. Excluímos deli- Bakhtin, são “tipos relativamente estáveis” de enuncia-
beradamente o grupo descrever ações por entender que dos reconhecidos pelos usuários da língua em determi-
nele se encontram gêneros menos relevantes para a cons- nado contexto social. Surgem da necessidade de repre-
trução da cidadania. Rojo e Cordeiro, ao justificarem a esco- sentação e comunicação de determinado aspecto da
lha dos gêneros que figuram na terceira parte do livro de realidade que se faz presente para um grupo de sujei-
Dolz & Schneuwly – “Propostas de ensino de gêneros” –, tos. Por conta disso, os gêneros nascem, circulam,
colocam a questão nestes termos: transformam-se e caem em desuso, de acordo com o
Priorizamos as esferas e os agrupamentos de gêneros, movimento e a transformação da própria sociedade.
em nossa opinião, mais relevantes para a formação da cida- Gêneros de prestígio social, que revelam em sua diver-
dania no Brasil e mencionados nos PCNs: a) narrar, impor-
tante para a formação do leitor literário; b) expor, impor- sidade a complexidade de nosso mundo, são aborda-
tante para a formação do estudante e do profissional bem- dos pela coleção.
-sucedido em algumas áreas, como jornalismo, magistério,
negócios etc.; e c) argumentar, importante para a formação
Da citada definição de Bakhtin, deve-se frisar a ex-
do cidadão consciente e defensor de seus direitos. pressão “relativamente estáveis”. A realização de cada
Rojo, Roxane; Cordeiro, Glaís Sales. In: Schneuwly, gênero comporta variações determinadas por fatores di-
Bernard; Dolz, Joaquim; e colaboradores. Gêneros orais e escritos versos, por isso esta coleção não apresenta os gêneros
na escola. Trad. Roxane Rojo e Glaís Sales Cordeiro. Campinas:
Mercado de Letras, 2007. p. 17. estudados como modelos rígidos e, quando necessário,
Incluímos na coleção o grupo relatar, que contempla oferece ao aluno mais de um exemplo de realização de
gêneros como a notícia, a reportagem e o artigo de di- cada gênero.
vulgação científica, porque a esfera jornalística tem um Os capítulos partem da leitura e do estudo do gênero
grande peso na sociedade contemporânea, a ponto de e terminam com a produção propriamente dita. O aluno
muitos a chamarem de “quarto poder”. Convém habili- se apropria das situações sociais em que o gênero circula
tar o aluno a ler e produzir gêneros desse grupo, que e ganha sentido, observando os elementos que o singu-
veiculam não só informações, mas também posições a larizam. Ao fim, os movimentos de produção e reescrita
respeito de temas relevantes para o nosso tempo. (dos gêneros escritos) ou de produção e reelaboração
Os quatro grupos são trabalhados em todos os volu- (dos gêneros orais) visam a garantir que, progressiva-
mes da coleção, a cada vez com uma diferente seleção mente, os alunos se apropriem das estratégias de leitura/
de gêneros. Entre estes, incluímos os que parecem mais escuta/produção específicas de um gênero e, também,
compatíveis com o nível de amadurecimento do aluno que problematizem sua significação na esfera em que ele
do Ensino Médio e que abordam temáticas relevantes circula, descortinando as trocas simbólicas que se impri-
para a sociedade atual. mem nos jogos de interação linguística.
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produção textual devem ser realizadas. Identificar informações objetivas pode ser necessário na
Outro gênero textual produzido na parte de Lingua- construção de um raciocínio sobre o texto; no entanto, é a
gem, em todas as unidades, é o debate regrado. Isso mais básica das muitas competências envolvidas em uma
acontece na seção Articulando, em que se propõem atividade de leitura. Nesta coleção, privilegiamos questões
questões polêmicas relacionadas à língua para o exercí- que exigem inferências e raciocínio crítico. Mesmo quando
cio do pensamento crítico e da formulação e sustenta- se admite resposta pessoal, o manual fornece parâmetros
ção de um ponto de vista. Para que o debate não se tor- para avaliação das formulações construídas pelos alunos.
ne uma conversação espontânea, apoiada em “achismos”, A enumeração a seguir, feita por Roxane Rojo (2002),
é fundamental que os alunos se debrucem sobre os tex- indica algumas capacidades envolvidas na leitura:
tos de leitura, ampliando essa pesquisa por meio de ou- Recuperação do contexto de produção do texto: Para
tras fontes. É necessário que o professor estabeleça con- interpretar um texto discursivamente, é preciso situá-
dições para que o gênero debate regrado se configure e -lo: Quem é seu autor? Que posição social ele ocupa?
constitua um instrumento de ensino-aprendizagem. Que ideologias assume e coloca em circulação? Em que
situação escreve? Em que veículo ou instituição? Com
Leitura e compreensão de textos que finalidade? Quem ele julga que o lerá? Que lugar
As atividades de leitura são um dos principais eixos social e que ideologias ele supõe que este leitor inten-
de trabalho da coleção e polo mobilizador do desenvol- tado ocupa e assume? Como ele valora seus temas?
Positivamente? Negativamente? Que grau de adesão
vimento de variadas habilidades e competências.
ele intenta? Sem isso, a compreensão de um texto fica
Ao avaliar a maneira como o LD de português vem num nível de adesão ao conteúdo literal, pouco desejá-
tratando, historicamente, essas atividades, Marcuschi vel a uma leitura crítica e cidadã. Sem isso, o leitor não
(2002) diagnostica: dialoga com o texto, mas fica subordinado a ele.
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A percepção sobre a diversidade e a variação como as- Com relação à distinção entre norma culta e
pectos constitutivos das línguas amplia o campo de ação variedades urbanas de prestígio, o segundo termo
em Língua Portuguesa. As variedades urbanas de prestí- põe em evidência que os usos da língua pelos
gio deixam de ser tomadas como “a língua” e passam a usuários considerados cultos também não apre-
ser vistas como parte de um espectro; a norma-padrão sentam uniformidade. Em alguns momentos, os
passa a ser entendida como uma idealização. Para Egon dois termos podem ser usados como sinônimos
Rangel (2002), o reconhecimento da variação linguística na coleção. Vale assinalar que a expressão nor-
coloca os educadores “diante de um duplo imperativo, mas urbanas de prestígio foi usada no Guia didá-
ao mesmo tempo ético e didático-pedagógico”: tico do PNLD 2008, com a seguinte justificativa:
revelar e discutir as determinações históricas, políticas
Em substituição à expressão “norma culta”, normas
e sociais que atribuíram, a apenas uma das variantes
urbanas de prestígio é um termo técnico recente, intro-
da língua, o lugar social e o prestígio de que desfruta;
duzido para designar os falares urbanos que, numa comu-
combater os mitos e preconceitos linguísticos que nidade linguística, como a dos falantes de português do
agem no sentido de excluir as variantes não padrão da Brasil, desfrutam de maior prestígio político, social e cul-
cidadania linguística. tural e, por isso mesmo, estão mais associados à escrita, à
Rangel, Egon. Livro didático de língua portuguesa: o retor- tradição literária e às instituições como o Estado, a Escola,
no do recalcado. In: Dionisio, Angela; Bezerra, Maria Auxilia-
as Igrejas e a Imprensa.
dora (Org.). O livro didático de português: múltiplos olhares. Rio
de Janeiro: Lucerna, 2002. p. 17-18. Brasil. Ministério da Educação. Guia de livros didáticos
PNLD 2008: apresentação. Brasília, 2007. p. 22.
Ao longo da coleção, o professor deparará com os
termos norma-padrão (referido no contexto dos estudos A presença desse termo em um documento que orien-
linguísticos também como variedade padrão), norma cul- ta a escolha dos livros didáticos pelos professores de Lín-
ta e variedades urbanas de prestígio (novamente, em ou- gua Portuguesa pode ser tomada como um sinal de que
tros contextos é possível encontrar a expressão normas tal discussão já vem sendo incorporada ao contexto da
urbanas de prestígio). A distinção entre os dois primeiros formação docente e da sala de aula.
termos é importante, na medida em que evidencia a No Brasil, desde 1969, diversas iniciativas ligadas ao
existência de um modelo linguístico que preside a maior Projeto da Norma Linguística Urbana Culta (Projeto
parte dos manuais de gramática e boa parte dos livros Nurc) buscam, a partir da constituição de corpora de
didáticos de Língua Portuguesa, postulando como se textos autênticos, descrever de forma sistemática a nor-
deve ou não se deve falar ou escrever a partir da preten- ma urbana culta falada no Brasil (o projeto teve início
sa observação dos usos empreendidos pelos “escritores nas cidades de Porto Alegre, São Paulo, Rio de Janeiro,
consagrados”. Salvador e Recife; posteriormente, foi se expandindo
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Modelo das operações textuais-discursivas na passagem do texto oral para o texto escrito
“” ou “ ” texto falado base (TEXTO-BASE)
a
1 OPERAÇÃO Eliminação de marcas estritamente interacionais, hesitações e partes de palavras (estratégia de eliminação baseada
ou na idealização linguística).
2a OPERAÇÃO Introdução da pontuação com base na intuição fornecida pela entoação das falas (estratégia de inserção
ou em que a primeira tentativa segue a sugestão da prosódia).
3a OPERAÇÃO Retirada de repetições, reduplicações, redundâncias, paráfrases e pronomes egóticos (estratégia de
ou eliminação para uma condensação linguística).
4a OPERAÇÃO Introdução da paragrafação e pontuação detalhada sem modificação da ordem dos tópicos
ou discursivos (estratégia de inserção).
5a OPERAÇÃO Introdução de marcas metalinguísticas para referenciação de ações e verbalização de
ou contextos expressos por dêiticos (estratégia de reformulação objetivando explicitude).
6a OPERAÇÃO Reconstrução de estruturas truncadas, concordâncias, reordenação sintática,
ou encadeamentos (estratégia de reconstrução em função da norma escrita).
7a OPERAÇÃO Tratamento estilístico com seleção de novas estruturas sintáticas e novas
ou opções léxicas (estratégia de substituição visando a uma maior formalidade).
8a OPERAÇÃO Reordenação tópica do texto e reorganização da sequência
ou argumentativa (estratégia de estruturação argumentativa).
9a OPERAÇÃO Agrupamento de argumentos condensando as ideias (estratégia de
condensação).
OPERAÇÕES ESPECIAIS: readaptação dos turnos (nos diálogos) para formas monologadas ou dialogadas.
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Ler um • Solicita a observação de elementos do texto de leitura • Esmiuçar exemplar do gênero textual estudado.
[gênero] que instrumentarão a produção de textos do gênero. Outras questões podem ser acrescentadas.
• Realizar coletivamente a análise dos comentários
Entre o texto e • Evidencia estratégias empregadas nos textos lidos.
sobre o texto apresentado.
o discurso • Aprofunda análise de aspectos textuais ou discursivos.
• Fazer exercícios individualmente ou em duplas.
Produzir um • Propõe atividade de produção (proposta, planejamento, • Trabalhar cada etapa da produção com igual rigor,
[gênero] elaboração, avaliação, reescrita/reelaboração). enfatizando a reescrita/reelaboração.
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exposição teórico-conceitual, chamando a atenção para • Em grupos, formular mais questões a serem
texto
determinado aspecto temático ou de estilo. respondidas pelos demais grupos.
• Leva o aluno a articular conceitos e noções presentes • Promover debate.
O que você
em determinado período literário com problemáticas • Avaliar capacidade de posicionamento do aluno
pensa disto?
referentes ao contexto contemporâneo. (pedir redação individual de parágrafo).
• Propõe articulação entre as partes de Linguagem e • Transportar critérios de análise a outros textos.
Linguagem
Usina literária Literatura, abordando aspectos linguísticos dos textos • Buscar outros textos literários cuja expressivida-
literários e seus efeitos estéticos. de se relacione a elementos semelhantes.
Texto em • Propõe pequena produção textual, integrando reflexão
• Realizar a atividade em duplas.
construção linguística e competência escritora.
• Propõe a observação de aspecto linguístico • Motivar os alunos a identificar, em textos traba-
Prod.
texto
Observatório da
especialmente presente no gênero, promovendo lhados em outras disciplinas, os mesmos aspec-
língua
articulação entre Linguagem e Produção de texto. tos linguísticos.
Ferramenta de • Apresenta conceitos de outros campos das ciências hu- • Envolver o professor da disciplina relacionada
leitura manas para aplicação na leitura de texto literário. ao tema na compreensão dos conceitos.
• Apresenta antologia comentada de textos de diferentes • Solicitar que alunos ampliem a coletânea da
Entre textos
períodos, línguas de origem, tradições, gêneros, etc. unidade com textos pesquisados por eles.
• Propõe debate regrado, com base na reflexão crítica • Realizar trabalho com gênero debate regrado.
Linguagem
Articulando
sobre questões polêmicas e relevantes da língua. • Convidar outras turmas e especialistas.
A língua tem
• Apresenta aspectos curiosos ou engraçados das línguas. • Realizar as atividades em grupos, em sala.
dessas coisas
Todas
Vestibular • Apresenta seleção de questões e de propostas de redação • Organizar pequenos simulados e, depois da
(e Enem) dos principais exames vestibulares e do Enem. atividade, corrigir respostas com os alunos.
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