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J. J.

Gremmelmaier

Crônicas de Gerson
Travesso 9

Primeira Edição
Curitiba
Edição do Autor
2015/2016
1
Os textos que compoem este livro são:
28 – Orlando Página 003
29 – Que Lógica de Merda Página 353

CIP – Brasil – Catalogado na Fonte


Gremmelmaier, João Jose
Crônicas de Gerson Travesso 9, Romance de Ficção, 612
pg./ 2 Textos / J. J. Gremmelmaier / Curitiba, Pr. / Edição do
Autor / 2015/16
1. Literatura Brasileira – Romance – I – Título
2. Literatura Paranaense – I - Título
3. Crônicas – I - Título
85 – 0000 CDD – 978.000

©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

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J.J.Gremmelmaier

Orlando
Crônicas de Gerson Travesso
28

Primeira Edição
Edição do Autor
Curitiba
2015

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Autor; J. J. Gremmelmaier
Edição do Autor
Primeira Edição
2015
Orlando
------------------------------------------
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
-----------------------------------
Gremmelmaier, João Jose
Orlando – Crônicas de
Gerson Travesso 28, Romance
de Ficção, 348 pg./ João Jose
Gremmelmaier / Curitiba, PR. / Orlando
Edição do Autor / 2015
1 - Literatura Brasileira – Cronicas de Gerson Travesso
Romance – I – Titulo chega a 28º Capitulo, começa na
-------------------------------- costa Oeste dos Estados Unidos e se
85 – 62418 CDD – 978.426 arrasta entre Cocoa e Orlando, o
menino procurando ferias,
As opiniões contidas no livro, são procurando investir, procurando
dos personagens, e não obrigatoriamente salvar o planeta.
assemelham-se as opiniões do autor, esta é
uma obra de ficção, sendo quase todos os Agradeço aos amigos e
nomes e fatos fictícios.
É vedada a reprodução total ou
colegas que sempre me deram
parcial desta obra sem autorização do força a continuar a escrever,
autor. mesmo sem ser aquele escritor,
Sobre o Autor; mas como sempre me repito,
João Jose Gremmelmaier, nasceu
em Curitiba, estado do Paraná, no Brasil, escrevo para me divertir, e se
formação em Economia, empresário a conseguir lhes levar juntos nesta
mais de 15 anos, já teve de confecção a aventura, já é uma vitória.
empresa de estamparia, ele escreve em
suas horas de folga, alguns jogam, outros
viajam, ele faz tudo isto, a frente de seu
Ao terminar de ler este
computador, viajando em historias, e nos livro, empreste a um amigo se
levando a viajar juntos. gostou, a um inimigo se não
Autor de Obras como a série gostou, mas não o deixe parado,
Fanes, Guerra e Paz, Mundo de Peter, os
livros Heloise, Anacrônicos, cria em
pois livros foram feitos para
historias que começam aparentemente correrem de mão em mão.
normais, mundos imaginários, J.J.Gremmelmaier
interligando historias aparentemente sem
ligação nenhuma;

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Orlando
Crônicas de Gerson Travesso 28

J.J.Gremmelmaier

©Todos os direitos reservados a J.J.Gremmelmaier

Ps.: Agradecendo a Gazeta do Povo, que não reclamou


ainda do uso indevido de paginas de seu jornal no interior
desta edição de Crônicas.

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A posição do candidato derrotado ao
senado, Mauricio Fruet, antecipa os jogos
políticos para o ano que vem, recebido de braços
abertos pelo PDT, talvez a única coisa que não
compreendo, é este jogo, o de sair de um
partido de oposição ao governo federal para um
de apoio, para mim, é quase como se o politico
se dissesse hétero uma vida, e para ganhar uma
eleição virasse a mão e saísse com apoio GLBT.
Embora a nível de pensamento os dois
partidos, ou quase todos no Brasil, pareçam a mesma coisa.
Mas teremos um candidato forte a prefeitura, talvez novamente
vá contra a corrente, meus candidatos não tendem a eleger, mas quem
sabe desta vez de sorte.
Fruet é um candidato novo, ideias novas sempre são bem vindas,
e o PDT é o partido que por tradição muda a cara de Curitiba, para
depois o Requião destruir, mas somos um povo trabalhador, invadidos
sequencialmente, por pessoas que reclamam da cidade, de seus
motoristas, mas não olham-se no espelho.
Somos uma cidade que sempre recebeu bem os de fora, sempre
absorvemos melhor que muitas outras, e mesmo na politica não é
diferente, os meninos que foram gerados aqui, estudam fora, e depois
voltam, pois seus pais abriram o caminho.
Espero não morder a língua de novo, pois parece que é eu falar
bem de alguém, ou não se elege, ou depois tenho de me retratar, e
obvio, como não sou de seguir políticos como fã, e sim como quem
cobra resultado, fez algo errado, cobraremos.
Gerson Travesso
Curitiba, 14 de Julho de 2011

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Momento Raro
Vou falar de algo que não entendo, se
estiver enganado, depois me retrato, pois nem
titulo de eleitor tenho para votar.
Meu pai acha bom o menino do Fruet sair a
prefeito, estamos falando de votação do ano
seguinte, mas vejo apenas por um lado, e como
disse, não entendo de politica.
Você votaria em alguém, que acima de tudo,
ache que um partido tem que o lançar porque é
a vez dele?
Acho que não devo entender de politica, pois as pessoas daqui falam
bem de Ratinho Junior, o que ele fez pela cidade? Nada, falam agora de
Mauricio Fruet, e novamente me pergunto, o que ele fez pela cidade?
Ser filho de politico não me parece indicação para nada, mas no Brasil é,
eu não sei se o pai dele foi bom prefeito, não estava vivo quando ele
tocou a cidade, e numa cidade, que os Curitibanos fogem dela, e
pessoas de fora chegam o tempo inteiro, duvido que 30% lembrem de
algo feito pelo pai deste que se lança agora.
Mas minha maior implicância, é porque ele troca de partido, porque
acha que deveriam o indicar já, mas porque? Oque ele fez que merece
esta indicação?
Talvez não entenda de politica, mas para mim, é um sinal de
desequilíbrio, é como o atual governador, ele é candidato porque o pai
era, e pelo jeito o filho e os netos vão ser.
Desiquilíbrio?
Desiquilíbrio mental de todos que votam apenas porque é filho de
ex-governador, de ex-senador, de ex-qualquer coisa, pois você está
jogando seu voto no lixo, ou se negando a pensar em politica, para
sentir que votou em quem vai ganhar, que é outra forma de jogar seu
voto, jogar a democracia no lixo.
Se você não pensa em quem vai votar, vota em quem lhe enfiam
goela a baixo, isto pode chamar de democracia, mas longe de ser, meu
pai vê na eleição de Dilma um grande feito de mudança, eu, não voto
ainda, mas sempre pergunto para ele, se Lula não a tivesse indicado,
1% dos brasileiros votavam nela, provavelmente nem isto, então não
estamos num país democrático, estamos em uma nação que tem
preguiça até na hora de votar.
Bom dia para vocês.
Pedro Rosa

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Pedro acorda abraçado com Rita, na casa nas Montanhas de
Santa Monica, na Califórnia, olha para aquela menina, mulher, sua
namorada, e fica pensando, logo ela lhe daria uma menina, algo que
mudaria a forma de ver a vida, tentava aos quase 14 anos, pensar
em como se portar diante de uma filha, pensa na frase de seu pai,
que dizia que as idades se aproximam quanto mais velhos, e ficou
pensando em ele com 44 e sua filha com 30, viveria isto, mas por
enquanto o encanto daquela menina ao seu lado.
Rita abre os olhos e vê Pedro a olhando e pergunta;
— Me olhando a muito tempo?
— Espero não cansar nunca de lhe olhar.
— Não respondeu.
— Sei lá, daqui a pouco começo a correr novamente.
— Você não para nunca.
— Não, isto é verdade, eu nunca paro, mas lhe olhar me
enche os olhos ainda Rita, te amo.
Ela o abraça e sorri.

Pietro estava a olhar as obras em Paris, quando recebe a


noticia que Pedro fechara o acordo com a universidade, mas teria
de ser em base nova, local indefinido, mas com investimentos duas
vezes maiores que o projeto inicial.
Call olhava para Pietro vendo os caminhões saindo com restos
da construção e vê Pietro sorrir.
— O que foi agora?
— Call, lembra toda abriga?
— Como esquecer
— No fim vai nos dar uns 300 bilhões a mais em 12 anos.
— No fim ouviram o menino?
— Sabe que se deixarem ele vai longe, mas agora ele quer ir
longe, exatamente como está aqui, com a sensação de que nada
está funcionando.
— E todo este sal?
— Se fosse ainda sal puro, daria para vender como sal, mas
vamos ter de transformar em adubo para ganhar algum trocado e
não ter de deixar em um terreno perdendo valor.
— E o menino?
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— Los Angeles, está acordando agora.
— Dizem que ele é mais de um, pois não para nunca.
— Call, ele quer resolver coisas antes de voltar aos dias
letivos.
Os dois começam a ajeitar o lugar.

Pedro estava acordando quando olha a leva de xingamentos


no seu Face, ele era criança e os dois lados, apoio a Fruet e apoio a
Beto Richa, enchem sua caixa de mensagem de xingamentos, ele
sorri, pois sinal que atingiu o que queria, que alguém lesse e
comentasse.
Estava olhando as mensagens quando o celular toca.
— Pedro Rosa por gentileza?
— Ele.
Pedro ficou pensando na reação do outro lado, pois a pessoa
ficou quieta e até achou que havia caído a ligação, pois falou duas
vezes alo e ninguém respondeu de novo.
— Desculpa, tivemos problema de comunicação, o almirante
Jason Leon gostaria de lhe falar.
— Aguardo na linha.
Pedro olha para a porta onde Madalena afirmava que o café
estava pronto.
— Senhor Pedro Rosa? – No telefone um senhor, de voz
rouca.
— Sim.
— Estou entrando em contato, pois soube do acontecido no
prédio central da eP em Los Angeles e me veio uma pergunta a
mente.
— Em que posso ajudar senhor?
— Acha que laboratórios centrais são indicados para
experimentos assim rapaz?
— Não estava ali o experimento, mas concordo, não é um
local indicado.
— Como temos um contrato assinado para execução de
tecnologia para grandes navios, assinado com a ePTec, me veio a
pergunta se aceitariam sugestão de uma base menos visível.

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Pedro estava pensativo, meio sonolento, estava tentando
entender no que poderia ser útil, ou se em nada poderia ser útil.
— O que gostaria de propor General?
— Almirante por gentileza.
— Certo, Almirante Leon.
— Temos duas bases da Marinha e gostaria de trocar uma
ideia sobre seus projetos, vejo que não deve ser o engenheiro, mas
me indicaram falar com quem manda, e me indicaram você.
— Duas bases, isto é genérico Almirante?
— Noif Imperial, e Camp Pendleton, são bases de
desenvolvimento da Marinha Americana.
— Posso saber quem indicou falar comigo direto senhor?
— General Dallan.
— Ele lhe explicou quem sou?
— Me alertou que tens 13 anos, que isto não lhe define, e
que teria de ter locais onde a visão do Pentágono não lhe atingisse,
quando indico Noif Imperial, é que estamos na divisa com o México,
os grandes não gostam de olhar para cá, rapaz.
— Onde podemos conversar senhor, não gosto de tratar de
algumas coisas por telefone.
— Entendo, mas onde poderia lhe buscar para conversarmos?
— Estou na minha casa em Santa Monica.
— Virá sozinho?
— Hoje sim.
Pedro olha para Rita e fala;
— Sabe que tem um corredor de segurança lá em baixo, se
algo acontecer, passa para o Rio de Janeiro.
— Vai onde?
— Fechar um acordo que não entendi, as vezes os contratos
são tão específicos, e as clausulas tão por segredo que parece que
os detalhes importantes não estão no papel.
— Se cuida.
— Me cuido, aproveitem a piscina, qualquer coisa pede para
o Carlos os deixar na praia, se duvidar daqui a pouco tá cheia a casa,
minha irmã fez amigos por aqui, mas se forem beber, ou se ela for
beber, alerta que não é bom para a criança.
— Já cuidando dela?
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— Eu quase fiquei detido aqui por causa de uma bebedeira
que nem fui eu que provoquei ou bebi.
Pedro vai a cozinha, serve um café e olha para a irmã.
— Sabe que esta casa é a melhor que você construiu.
— Se cuida, vou a outra base secreta, e se tudo der certo,
estamos em casa rápido.
— E se não der?
— Temos aula em duas semanas.
— Saco.
Pedro sorriu.

Numa base abaixo da pista de decolagem do Aeroporto de


Noif Imperial, um senhor chega ao Almirante.
— Teremos a tecnologia?
— Me mandaram falar com o dono da empresa, uma criança,
sei que ele precisa de algo secreto, não sei quem detonou aquele
prédio, mas obvio, nos não temos nem a tecnologia interna ao
prédio e nem a que a derrubou.
— Mas não preciso disto Almirante.
O senhor olha o Almirante.
— Temos problemas aqui Almirante, sabe disto, algo invisível
e que fosse passível de instalar, nos daria maior isolamento,
conseguiríamos saber quem está realmente passando.
— Ele deve estar chegando em minutos, se quiser participar
da conversa, mas não se assuste.
— Me assustar?
— Dallan diz para não nos deixar levar pela aparência do
menino, e nem pela fragilidade, pois todos que o fizeram, perderam
tempo ou recursos.
— Não foi claro.
— O dono da ePTec é um menino de 13 anos, e pelo que
entendi, acionista majoritário da Rosa Inc.
— A empresa que comprou as grandes em armamento esta
semana?
— Ninguém vai confessar que vendeu, mas sim, eles estavam
atrapalhando e o menino resolveu comprar a concorrência, e se ele
precisava dos contratos assinados, as empresas já tem.
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Pedro voa ao sul e vê quando para em uma base, olha para o
visual ao sul, onde se via um elevado, estranho ali a frente ser o
México, e do lado de cá, Estados Unidos, mas ele não havia entrado
legalmente de forma alguma, então estranhava, os 4 Mariners
armados até os dentes dentro do Helicóptero nem deveriam saber
quem ele era, o helicóptero desce, ele repara nas torres de
monitoramento.
O abrir da porta, faz Pedro ver mais militares, poucos civis a
vista, um caça decolava, e a sensação era sempre ensurdecedora.
Pedro olha o rapaz lhe indicar o caminho, dois Mariners as
costas se perguntavam quem ele era, e um senhor o indica a uma
construção ao fundo.
O almirante olha o menino entrar e sorri.
— Por aqui Pedro Rosa.
Um dos mariners a porta, vê o menino ali, olha o rapaz do
helicóptero que chegava junto e pergunta.
— Aquele é Pedro Rosa?
— Pelo jeito, o menino de bilhões de dólares.
— O que ele veio fazer aqui?
— Não sei, mas o Almirante raramente recebe alguém.
O Almirante chega a entrada, não registra a entrada do
menino, apenas passa seu cartão de visitante, sem perguntas,
direto, como se não fosse para ficar registrado que ele esteve ali.
Desceram uns 30 metros de elevador e Pedro vê um corredor
largo a frente, se via apenas portas, nada mais, pela direção,
deveriam estar no meio da pista, e a base estava abaixo daquilo, as
paredes em concreto, sinal que estavam acima da rocha, ou muito
próximo da areia superficial.
Pedro entra na peça que fora indicado pelo Almirante e olha
para um senhor os esperando, obvio que o rosto de decepção foi
grande.
Pedro tira das costas a mochila que trouxe e a coloca ao chão.
— Almirante, não entendi o motivo da conversa pessoal, sei
que muitas conversar pessoais terei de ter para saber as entrelinhas
dos contratos.
O almirante olha para o rapaz ao lado, e Pedro lhe estende a
mão cumprimentando.
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— Sei que meu tamanho não facilita.
— Temos o contrato, mas gostaríamos de desenvolver em
paralelo com a ePTec, algo que nos informaram que ela contem
parte da tecnologia e pretende desenvolver.
Pedro olha o senhor e fala:
— Desculpa, não fomos apresentados.
— Desculpa, meio sem saber se estou falando com a pessoa
certa, mas sou o engenheiro mecatrônico desta instalação, Carlos
Camacho.
— Carlos, qual a tecnologia que pretendem usar, que acham
que podemos desenvolver em conjunto?
— Soube de um teste em Los Angeles, de um campo que
varreria os presentes, só deixando o que lhes interessa.
— Campo de Exclusão seletivo, mas para que uso? – Pedro
olha serio – é que tem alguns usos que não sou simpático.
— Algum bom motivo? – Carlos.
— Eu quebrei um contrato com uma empresa inglesa, eles
queriam usar a tecnologia para tirar todo o cálcio de algo.
— Não entendi, para que eles gostaria de selecionar o cálcio
de alguém?
— Eles tirariam os ossos do soldado a frente senhor.
O almirante olha serio.
— E seria possível algo assim?
— Infelizmente sim, seguro a tecnologia fechada por isto,
assim como posso selecionar armas, drogas, objetos impróprios que
não gostaria no local, posso escolher algo vital a vida, como todo
oxigênio de uma sala.
— Entendi, algo que dependendo do uso, pode ser mortal, a
ponto de exércitos quererem isto.
— Sim, quando pensamos no desenvolver do campo,
estávamos pensando em satélites, que são bombardeados por
milhares de pequenos fragmentos e acabam sendo danificados.
— Nosso problema é de fronteira, temos entrada de armas e
drogas, e ainda de pessoas escondidas, as vezes pessoas chegam
mortas aqui, pois quem os está transportando não se importa em
colocar eles em uma caixa lacrada e os matar na passagem.
— Mas somente para isto?
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— Não sabemos as aplicabilidades, mas gostaríamos de
desenvolver algo, que desse agilidade no passar da fronteira.
— E estariam dispostos a entrar em uma empreitada
tecnológica com a ePTec? – Pedro.
— Sim, mas precisamos de retornos, precisamos de algo que
nos facilite.
— O grande problema, é que boa parte da tecnologia que nós
vamos desenvolver Carlos, o mundo nem ficara sabendo.
— Por quê?
— Digamos que eu estou ilegalmente em seu país.
O Almirante olha atravessado;
— Mas como?
— Senhor, porque tenho uma tecnologia, que transformaria a
sua vida e a de todos os países em um caos, mas esta tecnologia,
me permitiria estar aqui, e um decimo de segundo depois estar em
minha casa no Brasil.
— Seria um caos. – O cientista.
— Mas este corredor, pode ser programado para só passar o
que for permitido.
— Quer dizer que você faz um corredor e só passa quem você
permite?
— É mais complexo, mas qual a intenção da base de vocês,
pois estou procurando parcerias, não apenas ganhos no momento.
— Porque parcerias? – Carlos.
— Porque toda a minha pesquisa, vou por em locais que
poucos saberão onde está.
— Como assim?
— Acham senhores, que quero uma tecnologia, que pode
levar qualquer um, a um passo de qualquer presidente do mundo e
explodir, na mão de muitos?
— E vai desenvolver mesmo assim.
— Na verdade a minha pretensão é muito maior, mas não sei
se estão de acordo.
— Nós assinamos o contrato menino, sabemos que o que
falamos aqui não podemos falar lá fora. – Almirante.
— E vocês tem espaço, precisam de mais, como vamos
começar e onde?
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— Qual a ideia?
— Almirante, geralmente eu uso o mesmo padrão, mas
podemos usar um diferente, mas para isto, temos de manter sigilo.
— Certo, padrão, mas que padrão.
— Os campos de passagem já são tecnologia em uso pelos
funcionários de ePTec, a empresa instala na residência dos
funcionários, e eles vão a base de pesquisa, direto, alguns nem
sabem onde fica a base de pesquisa.
— Seguro.
— Vim da França para cá e nem senti senhor.
— E gostaria de usar as bases existentes ou amplia-las.
— Gostaria de ajudar no máximo em todas as pesquisas que
vocês confiarem dividir, não quero a tecnologia para mim, e
algumas coisas ainda estão sobre teste.
— Como oque?
— Tem alguma parede neste complexo que termine em
rocha?
— Por quê?
— Vou dividindo tecnologia e vamos tendo ideias juntos, já
que estou aqui bem para firmar estes pontos de evolução.
O almirante olha o menino que pega sua mochila, foram ao
elevador e descem mais dois andares, chegam a uma parede que
nitidamente estava sendo escavada, e Pedro fala.
— Carlos, Jason, o que vou mostrar aqui agora, é parte da
tecnologia que nos levará a Marte, mas as vezes é difícil acreditar
em tudo.
— Certo.
Pedro abre a mochila, liga o computador, o sistema do cristal
ativa, os dois ficam olhando a tela do computador do menino, ativar
o cristal, veem ele escanear tudo que tinha acima, e abaixo, olha
para os dois e fala.
— Gostaria de ter uma base que chegasse a superfície, teria
problemas se abrisse o canal do rio ao lado a uma profundidade e
deixasse entrar mar nele e dispor uma pequena ilha ali?
— Para que quer por uma ilha ali.

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— Para executarmos o monitoramento da divisa mais ao sul,
sem precisarmos instalar um simples corredor de passagem no
lugar.
— Acha possível?
— Possível é, vocês que escolhem.
— Acho que não tem problemas, está numa área militar, mas
os militares não vão gostar de gente muito tempo ali.
— Sei que não entenderam ainda isto, mas só um momento e
vão entender.
Pedro põem o projeto dos buracos abaixo e da costa marítima
local no sistema, deixando uma micro ilha, um trecho que a rocha
quase aflorava, e ativa o cristal, sete segundos depois, vendo tudo
brilhar vermelho, eles viram a parede a frente sumir e surgir um
grande corredor, os dois olham assustados.
— Como fez isto?
Pedro sorri e fala;
— Tecnologia ePTec.
Pedro anda pelo corredor aberto, em uma ponta havia uma
escada esculpida na rocha, não tinha luz, mas ele olha em volta e
fala.
— Carlos, o que fazemos, é determinar o que queremos de
área esculpida, o cristal mapeia a área, analisa as áreas que serão
esculpidas, e nesta área que a luz se concentra por 7 segundos,
retiramos todos os intervalos dos centrinos, os deixando sem
espaço entre eles, o que gera no fundo do complexo uma miniatura
de poucos centímetros de tudo que foi aberto, mas assim como é
pequeno, contem todo o peso da rocha que foi lá encostada.
— E qual a área que somou a base?
— Pouco mais de 500 quilômetros quadrados.
— Em sete segundos?
— Sim.
O Almirante sorri e olha para Carlos.
— Isto lhe convence que é ele o cabeça por trás disto?
— Sim – Carlos olha para Pedro – Tem de ver que isto
realmente revoluciona muita coisa.
— Entra no mesmo problema, mas na costa, agora temos
uma entrada de canal, que pode ser usada para encostarmos navios
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na base. Mas agora vamos ver o que podemos realizar lá fora, pois
vou precisar de autorização para que algumas pessoas venham a
instalar os campos de passagem, assim podemos ter pessoas que
saem de casa em San Jose e trabalham aqui sem nem saber onde
exatamente estão. – Pedro guardando o Notebook e o cristal.
— Pelo jeito quer nos mostrar mais coisas. – Almirante.
Pedro apenas sorri, eles sobem, o agito foi grande do lado de
fora, pois uma parte de terra, havia sumido simplesmente,
pensaram em erosão, Jason olha ao sul e vê a abertura, e olha para
Carlos.
— Agora entendo onde podemos chegar, eles estão falando
em levantar moradias subterrâneas em Marte, seria isto? – Jason
olhando para Pedro.
— Sim, na rocha é o mais fácil, mas agora o que vou mostrar,
infelizmente, alguns vão ver demais, mas depois inventamos algo.
Pedro chega a beira do canal aberto, olha pra o mar e olha
para os senhores, os militares ao longe não entenderam aquilo, mas
a base aérea no fundo tinha olhos sobre eles.
Pedro abriu o computador, olha para a tela, põem o projeto
piloto, risca onde deveriam ter cais retos, vindos do mar, a entrada
com 40 metros de profundidade, 100 metros de largura, a pequena
ilha, a ponte sobre o canal, o mesmo entrando alguns metros, os
dois olham ele ativar o cristal vermelho, agora era um pouco mais
demorado, pois havia seleção de material rochoso no fundo, o
transformando em blocos de pedra de dois metros por dois e um de
largura, que foram se ajeitando, da entrada até ali, uma linha
entrava mar a dentro, na ilha um buraco se abria para baixo e uma
linha de pedras se alinhava sobre o pequeno canal, numa ponte, na
ilha uma construção de pedras com paredes grossas vai montando,
e se ampliando, os dois estavam olhando aquilo encantados, a base
olhava aquilo.
A construção foi ganhando altura, e quando atingiu 30
metros, as rochas a volta fizeram uma escada circular e uma laje
superior, um minuto e 4 segundos o lugar já não era o mesmo, e
Jason olha para o menino.
— E quer segredo?

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— Eles vão olhar para o que esta fora, não para o que está
dentro Almirante, eu estive aqui, se não virem nada, eles vão dizer
que estamos escondendo algo, na verdade vão falar da mesma
forma, mas pelo menos terá o que falar.
— O que pretende agora?
— Precisamos montar a base, mas preciso de autorização
para instalar uma porta na parte inferior.
— Por quê?
— Passamos material e equipamento sem verem Almirante.
— Quantas bases desta pretende montar?
— Destas? Não sei, umas 10 delas. – Mente Pedro.
— E quer para quando a autorização.
— O que estamos esperando Almirante, podemos em dias
estar operando, ou em anos, o senhor que escolhe.
— E quem mandaria para cá.
— Um helicóptero da empresa, 6 técnicos apenas.
— Mas tocaria a base com 6 técnicos? – Carlos.
— Carlos, a primeira leva de 6 técnicos, vocês ainda não me
pediram ajuda para a base, não sei ainda com o que mais precisam
ajuda, mas com certeza, vamos ter todos os seus técnicos, e apenas
os meus pouco mais de 1000 funcionários na base, mas que nunca
serão vistos por estes que os olham.
Pedro pega o telefone e disca.
— Franc, é Pedro.
— Fala senhor.
— Temos uma base a montar, mas preciso de 6 técnicos com
10 passagens, para iniciar a comunicação deles com as demais bases
na Califórnia.
— Onde será esta base?
— Airport Imperial Beach Nolf.
— Vou preparar um helicóptero para mandar ao local, se
retratam a quem?
— Almirante Jason Leon.
— Vamos mandar, algo mais?
— Não, ordem especifica de montar os portais e voltar a San
Jose.
— Certo, não vai usar dos nossos?
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— Franc, sabe que eles não precisam saber onde vão
trabalhar, cada grupo que Pietro Martins fechar, será apenas ele
que saberá onde eles estão alocados.
— Certo senhor.
Pedro estranhava Franc, um rapaz de 28 anos, de San Jose lhe
chamar de senhor, mas não tinha como mudar isto nele.
Pedro olha para o almirante e fala.
— Eles não precisam ter acesso a nada de sua base senhor,
apenas o caminho que os levará ao começo do corredor que
abrimos, eles vão chegar a parte baixa com lanternas e com o
equipamento e instalar o inicio de tudo.
— Pelo jeito não confia nem em seus funcionários.
— Na verdade confio, mas evito resistência onde não é
necessário, e informação, onde é mais prejudicial do que bom, eles
estão recebendo apenas a estrutura daquilo que vão mexer, todo
resto, sua base que terá o projeto Almirante.
— E para que este canal.
— No fim do dia o ultimo adento do dia desta base, mas dai já
terei entrado com minha parte do contrato, dai espero realmente
colaboração senhores.
— Acelera sempre assim?
— Carlos, graças a alguém ver um buraco destes em Caen na
França, mandaram o exercito para averiguar e fechar tudo.
— E está lá o buraco?
— Sim, mas posso dilatar o que está comprimido no fundo do
buraco a qualquer momento, se não me deixarem usar,
simplesmente vira rocha novamente.
O almirante viu o menino guardar o Notebook novamente e
fala.
— E anda com isto as costas?
— Senhor, este Notebook tem senha criptografada, este é um
Notebook sem utilidade nenhuma para quem não sabe como o
usar.
— Vamos entrar e vou dar a autorização para os rapazes
entrarem na base, e pelo jeito quando pensamos em lhe propor isto
já estava pensando nisto.

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— Tenho um problema serio a compensar, eu perdi espaço
estratégico e preciso retoma-lo.
— Não entendi porque lhe barraram? – Carlos.
— Estuda mecatrônica a que profundidade nesta base?
— Um laboratório que não conseguiria lhe dar acesso
menino.
— Quando quiser trocar ideia, com um menino de 13 anos,
sobre mecatrônica, sobre aplicabilidades, fala, acho que preciso de
ajuda e posso ajudar.
— A que nível de mecatrônica está falando? – Almirante.
— Senhor, quando eu falo desta base em instalações em
rocha, de 5 quilômetros por 5, com 20 andares, o que dá os 500
quilômetros quadrados de área, parece muito, quando em duas
semanas, terminar de expor o projeto, pode não acreditar
Almirante, mas estaremos falando de ampliação do projeto.
— O que precisa de desenvolvimento tão alto e espaço tão
estratégico e controlado.
— Senhor, eu não sei tudo ainda, mas a cada base que lanço,
eu sei que os planos aumentam, mas ainda, estou estudando a
resistência desta tecnologia, não me adianta ter uma tecnologia
revolucionaria, que explode no 3º mês, quando falo em testar é
porque temos a forma de fazer, mas não sabemos ainda se é
seguro.
— E pelo jeito amplia com uma facilidade que encanta.
— Digamos que amplio com uma facilidade que faz generais
de Washington temerem, não se encantarem, estou querendo
chegar longe, mas não sei se conseguimos, com muita ou pouca
resistência.
Chegam a sala e o almirante olha para Carlos.
— Tenho de pensar Almirante, ele nos mostrou que o que
achávamos impossível, já é tecnologia passível de uso, não sei a
ideia referente ao controle, mas é evidente que algo que controla e
desmaterializa rocha, é algo que nunca havia visto ou testado, se
teremos testes neste sentido, podemos pensar em varias utilidades
de segurança na região.
O almirante olha para Pedro e fala;

22
— Quando lhe chamamos, era para propor a existência de
uma base que pudéssemos desenvolver seus projetos, não sei por
que eles não lhe forneceram isto, mas parece que alguns pularam
fora não querendo pular fora.
— Na verdade alguns querem a tecnologia senhor, mas eles
estão pressionados pela politica que não quer nas minhas mãos,
eles não entendem, que eu já tenho parte da tecnologia.
— E pelo jeito tem pensado em utilidades para as mesmas.
O almirante recebe uma ligação e autoriza a entrada dos
rapazes, e continua.
— Pelo jeito eles estão sempre prontos a ajudar.
— Recebem bem para isto senhor, mas lá fora falei em 10
bases, o problema é que minhas bases são grandes, e não confio em
algo que pode ser ouvido via satélite, eu quero montar bases como
esta, e as colocar operantes, mas obvio, não podemos dar acesso a
todos a esta tecnologia.
— Medo?
— Senhor, em 2 meses, terei a maior empresa de próteses
eletro eletrônicas, por interpretação neural do planeta. Em 4 meses,
terei o maior centro de recuperação de queimados da Rússia, e que
provavelmente será o maior do mundo. Em 6 meses terei mais
bases escondidas que qualquer grupo nacional ou estrangeiro tem,
pesquisando e reproduzindo tecnologia de ponta. Em 9 meses, devo
ter mais de 70 satélites em orbita do planeta.
— Dizem que você projeta ao futuro, podemos acreditar
nisto? – Carlos olhando o menino.
— Senhores, o que ninguém fala, é o que vou demonstrar
para você no fim do dia nesta base, e dai vou parar e perguntar a
vocês se realmente querem entrar nesta aventura.
— Surpresas?
— Existem coisas que são como o buraco ali a baixo, somente
vendo fazer, se acredita possível.
— Fala sério em uma base tão grande?
— Sim, estaremos na verdade abaixo da cidade, e isto obvio,
não é algo para se falar por ai, meus andares tem em media, 8
metros de pé direito.
— Grandes, algum motivo para isto?
23
— Claustrofobia. – Fala sorrindo Pedro.
Pedro abre o computador novamente e olha para o
almirante.
— Nosso contrato Almirante, tem algumas coisas que não
desenvolvemos, mas esperamos desenvolver, mas provavelmente
terei de por adendos de segurança, já que iremos muito mais fundo
em outras, do que o contrato. – Pedro muda clausulas do contrato,
e imprime uma nova copia, que passa ao Almirante, ele estava
querendo garantir entradas de recursos, e estava mostrando seu
valor, mesmo que depois tivesse de tirar tudo de novo.
Pedro fica a trocar ideia, e o Almirante vê quando um rapaz
bate a porta e fala.
— Os rapazes estão de saída.
— Pode autorizar. – Almirante. Pedro que estava com o
computador aberto, já tinha pelo cristal vermelho escaneado os
dois senhores a frente, mas abre um caminho entre os autômatos
de Curitiba e da base abaixo, e estes começam a passar, primeiro
fechando aquele caminho que estava todo no escuro, por segundo,
instalando um corredor de passagem, bem na entrada do corredor,
após o elevador, alguns veriam apenas como um fim de caminho,
mas os cadastrados veriam como um grande corredor. Os cabos de
informação, de equipamentos, de processamento, todos chegando.
— Mas Almirante, o que pretendia fazer também em Camp
Pendleton? – Pedro.
— Quer ir conhecer?
— Existem coisas que tem de dar tempo para ficar pronto, e
aqui sempre parece que estamos atrapalhando.
— Verdade, mas e os rapazes, vão instalar lá também?
— Senhor, apenas se nos permitirem.
— Nos mostrando as pretensões.
Pedro estava com fome e fala.
— Onde comemos algo por aqui, pois o estomago desta
criança aqui esta reclamando.
Os dois senhores sorriram e um fala.
— E vem sozinho sempre?
— Põem menos credibilidade, mas é mais minha forma de
fazer as coisas.
24
— Vamos comer algo e depois vemos o que nos quer mostrar.
O grupo sai da base e vão a um restaurante que tinha muito
lanche, pouca comida de verdade.

Dallan olha para Sabrina em Los Alamos e pergunta;


— O que o menino está aprontando, estão me ligando a toda
hora de Washington.
— Aquele seu amigo, Jason, ligou para o menino e ele está lá
no sul da Califórnia agora.
— Sabe fazendo oque?
— Distraindo os demais, pelo que entendi, ele está dando a
entender que vai instalar algo lá.
— Porque acha que não é lá? – Dallan.
— Muito visível, o menino fez para aparecer, para todos
olharem para lá.
— Fez, o que ele fez?
Sabrina coloca a imagem da região antes e no momento e
Dallan olha aquilo e fala.
— Ele pega tão pesado nas obras, e no aparecer, que entendo
o como os demais tremem diante dele.
— Tem de ver que ele compensa o tamanho Dallan, e parece
que seu amigo vai ter oque precisa.
— Ele precisa de algo que auxilie no controle de entrada de
imigrantes.
— O menino deve estar lá, arrecadando recursos, sabe que
ele se baseia em manter o fixo para ampliar na sequencia.

Carlos olha para Pedro e pergunta;


— E qual a segurança do seu método de fazer buracos em
caso de terremoto.
— Não testei ainda Calos, eu deixo as estruturas prontas, mas
obvio, portas de saída são mais seguras que elevadores, e podem
sair para bem longe da confusão.
Eles terminam de comer, Pedro vê o alerta no celular, e fala.
— Agora vamos lá e lhes mostro o verdadeiro problema.
— Mas já tem algo lá? – Almirante.
Pedro não falou começam a voltar.
25
O senhor põem as credenciais no elevador e põem o andar
inferior no painel digital, e descem rápido.
O senhor sai e se depara com o portal, estava desativado,
mas o que antes dava num corredor agora tinha uma parede de
metal.
— O que é isto?
Pedro ativa a porta e fala;
— Porta para quem queremos, parede para quem não
queremos.
Carlos viu o corredor se abrir, não se via nada do outro lado,
mas sentiu-se a luz mudar, e Carlos parou.
O Almirante olha para onde o mesmo olhava e olha o menino.
— Esta invadindo a nossa base?
— Calma, estes são autômatos de trabalho, nem armas tem.
Carlos entendeu o que o menino queria dizer com precisando
de ajuda pede.
Eles entram, os corredores iluminados, descem um lance de
escadas e no fundo tinha um grande elevador, desceram e quando o
elevador se abriu, Almirante e Engenheiro olham a linha de testes
de tiros a frente, sendo testadas, olham a linha de um servidor ao
lado e o menino entra em uma sala e fala.
— Agora que a base está se ajeitando vamos falar.
— Você monta tudo assim, rápido sempre.
— Senhores, o que vou mostrar em segundos, é o motivo que
me leva a ter autômatos.
— Perigo?
— Digamos que escolha pelo caminho mais difícil.
— Falando por incógnita?
— Senhores, tenho mais de 120 modelos de autômatos que
estamos estudando, queria abrir uma base de estudos referente a
eles nesta base e em Camp Pendleton.
— Quer abrir aqui uma base para estudar eles, mas não estão
prontos?
— Vamos caminhar um pouco. – No fundo do corredor tinha
uma linha escrita. – eP5.
Eles passam pelo corredor e um rapaz os cumprimenta e fala.
— Quem traz agora menino?
26
— A base que vai nos dar estrutura para esta parte está
sendo montada ainda Jonathan.
— Certo, vai olhar apenas.
— Mostrar apenas.
Pedro olha para trás e fala;
— Quando se fala em portais de passagem, eles não me
servem apenas para esconder as bases, mas para pular ao espaço.
— Vai dizer que quer pular por eles para outros planetas.
Pedro chega a frente e aciona um alarme, e a cúpula começa
a se abrir, os dois senhores olham que estavam em uma região alta,
e a baixo deles, autômatos em um campo de cultivo, tirando
amostras.
Numa sala ao lado, se viu alguns espécimes de animais,
daquele mundo e Pedro fala.
— Não, eu já sei alguns endereços, já pulo ao espaço por eles,
mas isto me gera muita informação nova, estes autômatos Carlos,
eu encontrei aqui, e em outros planetas, abandonados, sem carga,
estamos estudando o que achamos, mas neste instante, estão no
ponto mais distante que já chegaram de suas casas, a pouco mais de
37 anos luz da terra.
— E o que quer nos mostrar aqui?
— Primeiro que parte da base, vamos usar para estudar estes
mundos, onde pretendemos por as primeiras colonizações humanas
fora do sistema solar, segundo, uma base logo a frente,
abandonada.
Os 3 caminham e se deparam com uma estrutura a toda
volta, como se fosse um caminho protegido que lhes levava a uma
espécie de navio, aquilo flutuava em um lago de agua salgada,
entram e o Almirante se admira com a estrutura, imensa, olha pelas
câmeras de onde pararam e pergunta.
— É seguro lá fora?
— Não, o ar lá fora é veneno para nós, mas as plantas que
sobrevivem de dióxido de carbono, parecem adorar este planeta.
— E o que são estas estruturas.
— Até agora descobrimos vinte e duas delas senhor, a ideia
minha, é transportar algumas delas para sua base, e estudarmos da
estrutura ao poderio bélico dela.
27
— E como passaríamos isto para lá?
— Os autômatos ali fora, estão montando um portal a 2 dias,
para que o navio passe no meio dele, não tinha onde o estacionar
até hoje, agora só preciso que me autorize senhor.
— Vai nos dispor de um navio de pesquisa deles?
— Não sei para que serve, e não vou conseguir descobrir
sozinho, por isto preciso de parceria.
— Qual a base de funcionamento deste navio? – Almirante.
— Acho que disto não entendo tanto, para isto preciso de
pessoas como Carlos, como o senhor, minha formação está apenas
começando.
— E quando vamos passar isto para o outro lado.
— Assim que eles terminarem.
— Não precisa de um portal do outro lado?
— Não, portais direcionais, com dois lados é pra ir e voltar,
estes acredito que apenas vamos mandar para lá.
O almirante viu 6 outros navios chegando e pergunta.
— O que são os demais?
— Vamos atravessar eles senhor, os últimos ainda estão
chegando.
Carlos viu que o menino não era de brincadeira, aquele
menino começava a por medo nele.
— E a base vai ser para isto? – Almirante.
— Temos de descobrir como funciona as coisas, adoro a ideia
de descobrir algo e duplica-lo.
— Porque acha que a tecnologia deles é superior a nossa?
— Se é superior totalmente não sei, mas este planeta está
abandonado a mais de 22 mil anos nossos, e olha para o estado
destes equipamentos, só tivemos de limpar, e parecem novos.
— Está descobrindo uma historia ai?
— Sim, estou.

Sabrina olha para Dallan e fala.


— Pode ser que estivesse errada.
— Por quê?
— Dá uma olhada.
— O que quer me mostrar?
28
Sabrina puxa algumas imagens de satélite e fala.
— Dallan, as vezes posso estar errada, mas nas primeiras
horas, conseguimos saber onde ele fará a base, mas apenas se
estivermos olhando para lá.
— Por quê?
— Não sei como ele faz, mas a energia fica lá, como se
esquentasse tudo, como o buraco na Virginia. – Ela coloca a
primeira imagem.

— Antes do menino chegar, hoje sedo.

29
— Isto é como está na ultima passagem do satélite na região,
não me pergunte como, mas ele colocou uma base naval em anexo
a base aérea.
Dallan olha e fala.
— E como não olhar?
— Isto, sempre penso que ele pode chamar atenção sobre
algo, mas o que ninguém vê Dallan?
— Oque?

— O infravermelho, afirma que a mais de 60 metros de


profundidade, temos um calor forte, gerado recentemente, a lateral
do quadrado tem 5 quilômetros, algo que vai dos 60 metros de
profundidade até 220 de profundidade.
— Uma base maior que tudo que temos.
— Sim, algo imenso, e que as únicas bases que temos nestas
proporções são as que o menino cria senhor, ele parece ainda
querer provocar senhor.
— Ele quer mostrar aos que pularam fora, que quem ficou no
projeto, terá a estrutura, e que eles ficarão com a ninharia, ele disse
que faria isto Tenente Jones, apenas não nos foi permitido ouvir, ou
vai dizer que ele não falou em transformar tudo em novos
investimentos e tecnologias?
— Sim, ele fazendo parece fácil senhor.

30
— Segura a informação, não queremos problema, e não é
nossa parte o vigiar mais.
— Acha que eles não estão olhando?
— Tem gente me ligando, mas alguns ainda me perguntam
que dia ele chega ao país.
— E os demais?
— O que ele pretendia em San Francisco.
Sabrina sorriu e não redigiu nada, apenas salvou as imagens,
pensando em como se montava algo daquele tamanho.
O almirante olha o menino e fala;
— Sabe o problema que vamos estar chamando sobre nós?
— Senhor, tudo que estou deixando visível, é um por cento
do que estaremos trabalhando abaixo, vai chegar a no máximo 10%,
se não tiver nada visível, como acha que manteremos os olhos deles
longe?
— Mas sabe o que tem em cada um destes? – O senhor
olhando o grande navio atravessar por um imenso portal a frente, e
começar a sumir.
— Estes são 9 modelos, eles são aparentemente iguais, mas
cada um tem uma estrutura, cada um parece ser de uma nação
diferente, ou de um grupo estratégico diferente.
— E acha que vamos com isto até quando?
— Senhor, a história é comprida, eu estou a começando, não
sei onde vou parar, estou colocando muita gente nisto, para se eu
me for, por qualquer maluco, possam continuar, e do lado de cá
eles podem tentar apenas fechar as portas, mas do lado de lá, vocês
podem estudar até descobrir tudo.
— Acha que eles vão gostar disto?
— Senhor, quando chegarmos lá e sentarmos hoje no fim do
dia, quero que os poucos que ficaram fora, voltem ao projeto.
— Está nos usando como vitrine? – Carlos.
— Sim, preciso de toda a ajuda humana possível, com ajuda
chegamos a séculos a frente, sem ajuda, vou ter de bater muito até
eles aceitarem a ajuda.
— Certo, fala sério em habitar planetas assim?
— Senhores, vamos voltar, temos de estar do lado de lá
quando os navios começarem a surgir.
31
O Almirante olha o menino e fala;
— Verdade, eles afundam tudo antes de conseguirmos
estudar.
Pedro sorriu e atravessam o corredor, os autômatos estavam
a cada momento deixando a coisa mais preparado, Carlos olha o
nível de acabamento e fala.
— Esta falando em montar uma base de bilhões de dólares
em uma tarde?
— Na verdade não terminei de calcular quanto custara para
montar isto, mas sim, vamos montar muita coisa, preços quando
estiver no fim.
O almirante atravessa para a base e ouve o celular tocar e
fala;
— Segura tudo, tenho de falar com todos os Almirantes e
graduados da base, mas não são inimigos.
Pedro olha o seu celular tocar e para a porta e aciona o cristal
de dentro da base e as pontas sobre o oceano, parecem surgir com
aquele brilho vermelho.
Pedro entra no elevador e olha para o corredor, se fechando
as costas. — Você monta coisas assim todo dia?
— Não, eu perco mais tempo namorando do que os meninos
da minha idade.
Chegam a parte alta e um grupo de alto escalão olha para
Pedro e depois para o Almirante.
— Tivemos de dar o alerta que o menino estava aqui senhor.
— Eles já devem saber, ou se não souberem, temos de pedir a
cabeça de alguns, pois invadiriam uma cidade no nosso país e eles
não veriam.
— O que são aqueles imensos navios?
— O que vamos estudar e desenvolver na Califórnia senhores,
como o menino falou para mim no almoço, quando terminarmos de
conversar no fim do dia, toda nossas bases talvez sejam pouco para
o que temos de estudar.
— Mas quem vem naqueles navios?
— Estão vaziou, mas não poderíamos deixar onde estavam,
mas vamos ver como eles estão, se caberão na base que montamos.
– Fala Pedro, atraindo os olhos dos demais.
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O Almirante olha para Pedro e sorri, ele vira surgir algo que
não tinha ali, e começa a falar que talvez não fosse grande o
suficiente.
— Tenho que ajeitar as coisas almirante, se me dá um
momento, pensei que a base fosse suficiente.
— Problemas?
— As nove não conseguiriam manobrar em um espaço tão
pequeno.
— Mas sabe que não é pequeno? – Outro senhor olhando o
Almirante – Já teremos problemas com ambientalistas.
— General Mark, não podemos deixar isto em mar aberto, e
logico que ambientalistas não gostam de guerras, muito menos de
bases marítimas e de portos. – Almirante Jason, que olha para o
menino e pergunta.
— Acha que precisa de qual tamanho.
— Dou um jeito, mas tentarei usar as rochas armazenadas,
nada de novos buracos, não muito profundos.
— Faça. – O almirante dando a autorização, Carlos o indica o
caminho e chegam a ponta do cais, e olham para aquelas
embarcações cada vez mais próximas.
— Sabe que olhando de longe é uma coisa, estas
embarcações devem ter o tamanho de quase 4 porta aviões.
Pedro senta-se e começa a pensar, teria de fazer um pré
projeto.
Sabrina se afasta e olha para Dallan, o pessoal do jogo estava
a monitorar o ultimo modelo do jogo prestes a entrar em fase de
comercialização.
Dalla a olha e chega a sala de direção, onde havia os controles
externos e ela fala.
— Acabei de relatar Washington, pois a base de San Diego
deu o alerta que o menino estava lá.
— Mas por quê?
— O menino está pretendendo algo grande ali General.
— Grande quanto?
Sabrina coloca uma imagem na tela:

33
— Senhor, do nada começou a surgir na costa oeste, estas
estruturas flutuantes, que devem ter perto de 4,2 o tamanho do
USS Midway, surgiram 9 destas estruturas.
— E o que eles estão narrando agora?
— O ultimo satélite não consegui a imagem, deu uma mancha
vermelha, mas estou esperando o próximo para confirmar.
— Confirmar?
— Senhor, ele tinha ajeitado uma base aparente que é
incrível surgir do dia para noite, algo me diz pelo que vejo, que ele
vai aumentar.
Sabrina olha os dados e sorri.
— Acaba de chegar senhor.

34
Dallan olha a base e fala.
— E pelo jeito o projeto na divisa sul é imenso.
— Sim, a base antiga fica pequena na comparação do
anterior.
— Mas o que é esta balsa estranha?
— Não sabemos senhor.
— Consegue aproximar.
— Ainda pouco senhor.

— Todos vão perguntar referente a isto senhor.


Dallan olha Sabrina e fala.
— Este menino é realmente perigoso, mas daquele perigo
que deveríamos ouvir, mas ele não sabe pegar leve.
— Ele não parece querer pegar leve
35
— Ele acaba de somar numa base única dos Estados Unidos,
algo que vai chamar a atenção dos olhos, e parece ter feito em um
lugar onde as pessoas vejam, mesmo sem querer, embora duvido
que alguns percebam a verdade, vão dizer que estamos armando
algo novo a nível de pacifico.

Um general chega ao lado de Jason, e pergunta;


— O que está acontecendo Almirante? – General Mark.
— Pedimos parceria com a ePTec para desenvolver aqui
algumas das tecnologia que não foram autorizadas a fazer em Los
Alamos, e o conselho local do exercito viu com bons olhos isto, hoje
cedo chamamos para conversar o representante da ePTec, o
menino ali, Pedro Rosa, viu a aura vermelha, ele constrói com
aquela aura, ele quer fazer mais detalhado, e mais eficiente, e que
sejamos parceiros em algumas tecnologias.
— E de uma hora para outra ampliamos a base?
— General, sabe que se perguntássemos se poderíamos, eles
iriam falar em recursos, em autorizações locais, que reclamem, mas
já estamos aqui.
— Sabe que vão pedir para afastar alguns?
— General, a base aqui de fora, é para eles verem.
— Não entendi.
— O que você vê como chamariz, é o chamariz, então vamos
apenas ouvir, concordar, e nos comprometer a desenvolver algo
que eles nem verão sendo desenvolvido.
— Mas o que poderia ser maior que isto?
— General, o que se vê aqui em cima soma o que? 50
quilômetros quadrados de área, onde boa parte é agua, poucos
barracões, visível pois é uma obra grande, mas abaixo desta base,
temos 500 quilômetros quadrados de base para desenvolver nossas
pesquisas.
— Quanto?
— Acha mesmo que aquele menino ali é algo simples de
entender senhor?
— Não, ninguém nem sabia que ele estava aqui, e ele já vem
com mais surpresas, sabe que tem gente que está bem incomodado
com este menino em Washington.
36
— Todos sabemos general, mas vamos com calma, daqui a
pouco ele nos fará a apresentação formal da primeira das bases
flutuante, pode não entender, mas será apenas para a alta cúpula.
— Por quê?
— Senhor, isto veio de muito longe, isto é parte do que ele
quer que ajudemos a entender, são 9 bases, abandonadas em uma
planeta distante, pode não acreditar, mas sim, e o material disto, é
uma fibra de silício, e se o que ele desconfia for confirmado senhor,
seria um material para começarmos a usar no exercito.
— Por quê?
— Resistencia, durabilidade sem comparação.
— Pelo jeito ele já o encantou? – General Mark.
— Me assustou, posso dizer que vou dormir, mas acho que
não, olha em volta General, quem você conhece que tenha a
tecnologia de fazer isto que ele fez?
— Não sei, mas porque aqui, parece que tem coisa destes
latinos que não param de querer entrar aqui.
O almirante sorriu e apenas olha o menino ao fundo, ele
propuseram, mas obvio, muitas coisas contrarias seriam ditas.

Renata e as irmãs Ribeiro foram a praia, estavam a se divertir,


quando viram Carlos atender o telefone.
— Calma mãe, vai para a saída de emergência.
Rita olha para ele e fala;
— Problemas?
— Não sei, mas a casa está cercada de alguns carros
estranhos.
— Não bateram, apenas cercaram?
— Sim, sinal que não é nada oficial, pode nem ser
governamental, mas temos de observar.
Renata olha para as suas coisas, pega o cartão e fala.
— Tem como sua mãe sair de lá Carlos?
— Saída a oeste, acho que vocês saíram por lá uma vez.
— Temos como a pegar lá?
— Sabe o risco menina?
— Não gosto de deixar ninguém para trás Carlos, vamos lá, e
depois descobrimos quem são.
37
— E vamos para onde?
— Um hotel no centro, ou melhor, vou ligar para a Sheila e
nos hospedamos na casa dela.
— Encrenca na certa.
— Com certeza.
Entram no carro, pegam a senhora na saída bem abaixo da
casa, e se dirigem a Los Angeles.
Renata passa uma mensagem para Pedro, que vê que tem
mensagem, mas não tinha como atender.

Pedro assim que pode, lê a mensagem, acessa via celular as


câmeras da casa e Carlos olha aquilo.
— Problemas?
— Não sei, cercaram a casa, e ainda não saíram dos carros.
— Quem está na casa? – Pedro pensa e responde.
— Minha irmã, minha namorada e dois funcionários.
— Quer voar para lá?
— Não, preciso terminar aqui, dai vou para lá.
Pedro responde a mensagem sem Carlos ver.

Estava começando a escurecer, quando Pedro entra com o


almirante na primeira embarcação, apenas um autômato no
comando, e todos vão para a sala de comando.
— Bom dia a todos, meu nome, Pedro Rosa, dono da ePTec, e
maior acionista da Rosa Inc., o que vocês veem aqui, é uma base de
pesquisas, retirada de um lugar ainda sem definição para vocês, mas
nesta base, hoje estacionamos as 9 bases que tínhamos, e
precisamos entender este tecnologia.
— Não vai dizer que os Chineses têm coisas assim?
Pedro olha o general e fala.
— Não tiramos dos Chineses, se repararem após alguns
poucos estudos, repararão que quem detinha esta tecnologia,
detinha 6 dedos por mão, se repararem, boa parte da tecnologia, é
baseada em uma liga silício carbono, então as paredes desta
estrutura, é feita desta liga, que ainda não sabemos as quantidades
certas e métodos de a fazer.
— Esta dizendo que isto é alienígena? – Outro Almirante.
38
— Sim, os mares deles eram menos salinos, então verão que
esta estrutura boia melhor e tem melhor desempenho do que eles
conseguiam com ela. Sei que a maioria não entende isto, mas
abaixo da base aérea, hoje inauguramos uma base de pesquisas,
toda a segurança será reforçada para quem tiver acesso a esta base,
mas junto com cada uma das bases flutuantes, existem pelo menos
3 tipos de autômatos, um de segurança e dois se serviço, modelos
diferentes a cada base flutuante, temos 4 tipos de naves de voo,
não sei se algo que não tem asas posso chamar de avião, mas
novamente temos 9 experiências, nove sistemas e nove conjunto de
armas, a nossa missão nesta base, é estudar, armazenar, e quando
entendermos, reproduzir estas tecnologias.
— Esta dizendo que aquilo que afirmaram que você tinha,
que são autômatos, vai dispor nesta base para estudo?
— Senhores, tudo que eu achar, descobrir, eu quero dividir
com algum grupo de cientistas, meus problemas não foi pela
vontade de dividir e sim por acharem que por ser uma criança,
podiam me passar para trás.
— Como passar para trás?
— Acharam que já sabiam o suficiente e tentaram me matar.
— E sobreviveu bem pelo jeito?
— Eu sobrevivi para sorte deles, pois eles não tinham noção
do que precisavam saber.
— E vamos esvaziar estas estruturas quando?
— A noite, quando os satélites pegam menos coisas.
— Não quer resistência pelo jeito?
— Senhores, amanha se alguém pedir para se apoderar de
uma destas bases, quero já poder dizer, levem, e estudem, mas não
nos atrapalhem.
— E acha que a base abaixo comporta tudo isto?
— Senhores, está é a primeira base, provavelmente teremos
outra, mas me alertaram que estamos em região de terremoto,
então temos de preparar a base para não inundar com um tsunami
e não afundar com um terremoto.
— E tem como fazer isto? – Almirante Jason.
— Como digo, as vezes tenho de pensar na tecnologia que
temos e fazer de uma forma a usar ela das mais variadas maneiras,
39
acredito que pensei em uma forma da base não desmoronar e não
inundar, de forma a manter a estrutura e as pessoas salvas.
A maioria olhava aquele menino com desconfiança e com
incredulidade, mas ele gostava disto, pois quando os surpreendia,
só reforçava o mito.
Eles veem o menino tocar o painel de controle, e falar;
— O que descobrimos referente a estas bases náuticas,
estamos fazendo um manual e vamos passar aos presentes. – Pedro
aciona os elevadores internos e a toda volta, nos 6 pontos externos
daquela imensa nave náutica, surge 6 naves, eram a base de
propulsão, baseada em duas imensas turbinas que variavam de
sentido, decolando verticalmente e podendo ter uma velocidade
horizontal, baseadas em placas de fotossíntese, queima de flúor, de
forma a gerar energia. – Vamos ver o pouco que já entendemos.
Pedro desce uma escada, se via as três naves naquela lateral,
caminha até o local e fala olhando para o Almirante.
— A base desta nave se estabelece a propulsão baseada em
queima de flúor por fotossíntese, e queima de energias acumuladas.
Um general olha a nave e pergunta;
— Qual a velocidade desta nave?
— O grande detalhe desta nave não é a velocidade senhor,
mas a capacidade de chegar à estratosfera, e – Pedro chega ao
comando externo e aciona o comando e os presentes veem a nave
piscar e sumir da frente – a sua capacidade de sumir aos olhos.
— Quer dizer que tem uma nave que pode chegar a
estratosfera e se esconder, mas quanto tem disto.
Pedro encosta na carenagem, embora não visse, sabia onde
estava, pois a tocava, abre o comando e inverte o comando e todos
veem naquela parte plana e nas a frente e as costas, surgir por
região de elevador, outras 20 naves a volta.
— Sabe que isto é algo interessante. – O general.
Pedro aponta uma daquelas imensas bases e fala.
— Isto é algo que a estrutura de fibra delas permite senhor,
ainda não sei como funciona, mas – Pedro dá o comando e todos
veem a imensa nave a frente, do mesmo tamanho da que estavam,
sumir aos olhos.

40
— Interessante, quer dizer que podemos estar em uma baia
invisíveis aos olhos.
— Sim, mas esta é uma das tecnologias que quero
desenvolver aqui na base senhor.
O almirante olha o navio a frente voltar a vista e sorri, Carlos
olha para o menino, estava abrindo algo impensável.
Os demais olham como se fosse muito e o general Mark olha
o menino e pergunta.
— Sabe que não confio em estrangeiros.
— Imagino, mas senhor, não pedi para confiar, pedi uma
parceria, não pretendo me negar a seguir as regras internas, não
pretendo dizer algo que não vá fazer, mas já que estamos aqui,
gostaria de ser sincero de como pretendo que esta base esteja
amanha sedo.
O Almirante Jason olha para Pedro e pergunta;
— O que pretende?
— Quando me ligou, estava pensando em fazer isto mais a
fronteira norte, com o Canadá, mas ninguém se manifestou, então
quando me ligou estabeleceu onde iria por o que projetei.
— E o que quer dizer com base.
— Quero instalar nesta base a primeira usina de energia a
base de fusão por fotossíntese, uma usina que deve fornecer perto
de 6 vezes o que a usina de San Onofre fornece. Existe duas bases
navais da Califórnia que gostariam de experimentar nossa
tecnologia de mudança de motores para os a fusão, então vamos
ter porta aviões para mudança de motores.
O general olha para Pedro.
— Fala sério em montar tudo aqui.
— Senhor, eu quero que as pessoas entendam o problema,
para que se eu faltar, eles possam tocar os projetos, mesmo que em
segredo, mas com estrutura.
— E pretende transformar isto em dinheiro como?
— Fornecimento de Energia Elétrica, vai ser uma das formas,
desenvolver sistemas de defesa e controle, outro, naves eficientes e
mais resistentes, outra forma de recursos, autômatos de serviço,
outra fonte, processadores de ultima geração, outra fonte, sistemas
de fibra de silício, para passar a informação, outra fonte, eu não sou
41
de projetar general algo para empacar dinheiro, cada centavo que
eu investir aqui, seja ele em estrutura, em tecnologia, pretendo
obter outros dois centavos de retorno.
Pedro abre a pasta e passa uma imagem:

— Assim que estamos neste instante, mas pretendo até


amanha cedo estarmos assim.

42
O general olha a base e olha as imagens, tenta entender e
pergunta.
— O que é isto ao sul?
— Nossa usina de energia, que deve suprir toda a região de
San Diego.
— Tem base para dois porta aviões.
— Disse que pretendo fornecer motores a fusão para a
marinha senhor.
— Barracões, isto é um aeroporto?
— Uma pequena pista para testar o que as fabricas vão
produzir, teremos todo o sistema de produção e controle em toda
área senhor, mas ampliaremos o aeroporto também.
Carlos olha a base e sorri.
— E pretende acelerar tudo assim?
— Não, apenas aqui e nas poucas bases que me deixarem
estudar, o que pretendo.
— Sei que a base aqui vai me tomar um tempo de
estruturação Carlos, lembra do que perguntei no começo?
— Que quando achasse que precisava de ajuda, pedisse, e
pensei que estava querendo se fazer sobre tudo, mas vejo que tem
uma estrutura que não é qualquer ser que consegue.
— Carlos, eu sou capitalista, humanista, e em estrutura e
metragem quadrada, estou investindo perto de 3 trilhões de dólares
nesta base, e pode ter certeza, quero tirar 6 trilhões de dólares. –
Esticando um ultimo projeto.
Carlos olha o projeto pois pelo jeito o menino pretendia
investir pesado e pergunta.
— Vai querer produzir estes veículos aéreos?
— Acho que está na hora de evoluir a forma de transporte,
sabe que quando entrarmos na base abaixo de nós, tudo que tem
lá, é os autômatos, os testes de cristais, as partes que não vão a
venda, o verdadeiro segredo militar.
— Esqueço que pretende a parte visível e a invisível.
— Esta ultima parte, em dois dias deve estar pronto, é que os
projetos vão do estrutural a base, eles olham e não entende que a
parte baixa está tomando tempo na execução.

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— E em 5 dias, quando estiver no ponto de parar de investir e
começar a ver vocês trabalharem, pretendo que esteja assim Carlos.

Carlos olha o projeto e pergunta:


— E o que são estas duas imensas estruturas?

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— Isto está em uma base que denominamos de eP12, o cais
flutuante que olha na direção do mar, é um portal flutuante, para
este proposito, trazer as coisas imensas que não conseguimos
passar pela porta, então podemos por em uma estrutura e trazer
para cá. Mas o importante em 5 dias, é os elevadores para a base
subterrânea estarem ativos, os projetos estarem preparados, e cada
uma das Naves ter um andar de estudos, mesmo as que ainda não
estiverem na fase de estaleiro, pois o estudo não é apenas
aparente, eu não quero dispor de tecnologia que não entendo, e
sim, de controlarmos a tecnologia, e as desenvolvermos.
— Acha que tem tecnologia avançada.
— Carlos, pensa, pode não existir, mas o principal, esta
tecnologia esta a toda nossa volta numa distancia de 72 anos luz,
são mais de 2500 planetas, dos quais, alguns nem sei onde estão, o
sistema está puxando a rota e os calculando, onde devem estar,
mas todos estes planetas a nossa volta, estão destruídos, ou vazios,
de aproximadamente 22 mil anos atrás, algo os destruiu, os matou,
e este ser pode estar no espaço ainda, e se puder montar nossa
defesa a 72 anos luz de nós, vou fazer, mesmo alguns generais não
acreditando, mas nesta ultima fase, teremos tecnologias disponíveis
nesta base de eP1, as placas que permitem a fabrica de energia, que
estamos remontando de eP7, as super bases de vivencia em eP12,
aquela estrutura aguentaria a explosão de nosso sol em radiação, se
ele não nos atingir direto, sim, sobrevivemos ali, terá as pequenas
naves de eP3, e tudo isto conectado por 20 andares de pesquisa, 9
dedicados a estas Naves Flutuantes, depois mais dois para as bases
de eP12, e mais 9 andares locais para estudar fisicamente 9 mundos
fora deste planeta.
— Esta falando que existe um risco, por isto está acelerando?
— Pode não ser risco para este instante, mas pensa, quer o
fim de nosso mundo por ignorar isto?
O general Mark olha para Pedro e pergunta;
— E qual a ameaça? Pelo jeito tem algo que não falou em
publico.
Pedro olha os demais se afastando e fala;
— Vamos a base senhor.
— Não vai dividir com todos? – Mark
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—Senhor, quando escolhi o exercito, em varias nações, para
dividir meus problemas, é que sei da capacidade de manter
segredos, de não entrarem em pânico.
Pedro caminha por aquela base que todos no mundo
começam a narrar, pois a frase, “Pedro Rosa montou uma base em
San Diego”, estava em quase todos os relatos da inteligência
mundial a poucos segundos.
Pedro entra na peça e fala olhando Carlos.
— Carlos, apenas mantem a calma, tenho de mostrar algumas
coisas ao general, e isto não sai da base, é segredo militar, e está lá
a 22 mil anos, apenas quero poder nos defender disto.
— Certo, existe um motivo para isto?
— Posso passar por maluco, mas passo, se for para proteger
os humanos da extinção.
O general olhava o menino tentando ouvir, mas ter filhos
mais velhos que o menino que eram totalmente irresponsáveis,
dava um ponto negativo ao menino.
Pedro desce a base, e olha para o general;
— O que o senhor vê neste instante general?
— Um corredor sem saída, no fim de um elevador. – Fala o
senhor olhando em volta.
Pedro o escaneia com um pequeno celular e fala.
— Então entende que esta base é para pessoas cadastradas?
— Que base?
— A que apenas com cadastro se vê.
O general olha descrente e olha o menino apertar em uma
espécie de celular a mão um botão e o que era uma parede, se
torna um corredor.
O menino caminha por aquele corredor, que não existia
segundos antes e o general meio receoso, olha o menino e o
atravessa.
— Senhor, o que vê a volta, são 22 tipos de autômatos, agora
a serviço desta base, montando uma base de 500 quilômetros
quadrados, assim que terminarmos de montar ela, estaremos
montando uma semelhante em Mendoncino e uma em Pendleton,
e se acha fácil, nesta hora minha casa em Mugu está cercada por
pessoas que não querem que monte estas bases senhor, esta base,
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é 10 vezes o tamanho do que é visível lá em cima, uma base para
estudar aquilo, em 5 dias, os projetos lá em cima, feitos por uma
linha humanoide, que nos chama de Claus Magenta, então sabiam
de nós, estarão em estaleiros de desmanche, estou fazendo aqui
pois sei que é mais seguro, não é questão de acreditar em alguém
mais que outro, como os amigos me falam, na minha nação existe
uma linha de ecologistas, que vive uma vida para defender o mico
leão dourado, dedicam suas vidas a isto, e me pergunto, qual a
utilidade destes seres, pois um dia, alguém pode ter querido
proteger os mamutes, e no que mudou a existência da terra isto?
— Mas qual a ameaça, está dizendo que eles sabiam de nós e
tudo isto está largado lá?
Pedro chega a uma sala que tinha seu nome a porta, Carlos
olha em volta, uma sala para ele a frente e do Almirante à frente, o
menino queria ter onde falar com as pessoas.
Pedro destrava a porta e entram em um salão que parecia
imenso e atravessa um portal para um mundo há 120 anos luz.
Pedro senta-se e faz sinal para o senhor sentar, estava
olhando para cima e isto não lhe agradava.
— Senhor, pode não acreditar – Pedro clica num botão e uma
redoma começa a se abrir a toda volta, tinham o corredor de
entrada e uma cúpula de mais de 30 metros se abrindo e mostrando
um mundo aparentemente vivo, com gramíneas a toda volta e um
mar a frente. – mas corredores como o que passou sem sentir, é
uma tecnologia da ePTec, estamos a exatamente, 120 anos luz da
sua casa, mas o problema que estou narrando, é que se o senhor
chegasse a um mundo assim, qual seria a sua reação?
Carlos olha em volta, lindo, verde, e o general olha também e
fala.
— O tomaríamos para nós.
— Senhor, entre 78 e 160 anos luz da terra, temos um anel
nos cercando de planetas assim, mas com um problema.
— Qual? – Carlos que sentiu que algo estava errado.
— Acha mesmo que este mundo é vivo Carlos?
— Qual o índice de oxigênio?
— 18%.
— Respirável, qual o risco?
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— Senhores, não sei todas as respostas, mas se qualquer um
de vocês pisasse ali, e voltasse a Terra, poderia estar condenando a
vida da Terra, pois este mundo ali fora, conteve um dia, mais de 100
milhões de espécimes, tem o tamanho 1,5 da terra, mas tem uma
praga que passa para tudo, de arvore a animal, de inseto a peixe,
tomando sua forma e os matando depois.
O general olha para fora e fala;
— Quer dizer que pisar aqui e voltar é mortal?
— Quase perdi o presidente da minha empresa por isto.
— Tem cura?
— Onde eles não são maioria sim, mas ainda estudando isto,
mas o que me preocupa, é que todos os que moravam aqui
morreram por isto, e de alguma forma, um conjunto de Claus, Claus
é a forma que eles chamam os humanoides, está cada vez mais
próximo da Terra, e em no máximo de 100 anos estarão sobre nós,
no mínimo em 5 anos.
— E eles fogem disto?
— Em parte sim, eles procuram planeta como o nosso para
viver, mas eles não precisam de tanta vida, mas – Pedro aciona um
painel a sua frente e fala – Estes são planetas próximos, 213
planetas que se tivéssemos como enfrentar esta praga, seriam
habitáveis, se não, evitarmos ao máximo.
As imagens com planetas aparentemente vivos, com agua, e
aquela gramínea a toda volta, com cidades abandonadas, sistemas
de autômatos e bases flutuantes começa a passar a frente.
— Daqui que tirou as bases?
— Não, tirei de bases abandonadas de locais próximos, onde
a praga não chegou, mas eram bases de pesquisa e obtenção de
recursos desta imensa leva de seres, que tinham tudo em um dia,
em questão de 48 horas nossas, um império de 2,5 milhões de anos,
mais de 1300 planetas que não sei onde estão ainda todos, se
extinguiram por uma praga, que toma agora todos estes mundos,
eles foram pegos sem aviso, eles nos cercam, e deve ir além, mas
não cheguei a isto, quando me deparei com isto, acelerei, pois
quase fui o causador de levar isto a Terra.
— A operação em Paris? – O general.

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— Sim, temos um sistema de proteção pessoal que pode
evitar a contaminação, mas ainda tenho pouco mais de 7 mil,
pararam minha fabrica na França, e em algum lugar enterrado, sem
saberem o que fazer com aquilo, tem um estoque de outros 10 mil
aparelhos que tiraram das fabricas.
— Mas então teríamos como reverter isto? – O general.
Pedro olha para o senhor e fala;
— Senhor, quando se fala em minha pessoa, as pessoas tem a
sua reação quando falam do nome e a mesma quando se deparam
comigo, incredibilidade, depois algo que não gosto, adoração, eu
tento escapar da adoração, mas as bases que estou montando tem
um proposito, sequencial, desenvolver a tecnologia deles, catalogar
eles, entender o que os matou, povoar mais de 1000 planetas com a
praga humana durante minha vida.
— E precisa de ajuda.
— Sim, mas em segredo, enquanto os seres lá em cima, vão
tentar desviar o que conseguimos lá, lixo, vamos desenvolver a
tecnologia, dinheiro, e descobrir os mistérios disto, sei que lá fora
eles temem um autômato, mas pensa senhor, qual a melhor arma a
por em campo, ali fora?
— Entendi, algo que não possa ser infectado, eles ficaram, e
todo resto definhou.
— Eu estranho, tem uma sociedade a 207 anos luz da Terra
que estas maquinas desenvolveram organização própria, então eles
evoluem, eles controlam novos e velhas maquinas, mantem a
estrutura, não existe Claus lá, mas existe uma sociedade evoluindo
com maquinas.
— Fala como se soubesse de coisas impossíveis.
— Senhor, vamos montar na base um servidor, este servidor,
esta invadindo o sistema que eles usavam, eles passavam a
informação por portais, então tinham ligações de anos luz em
segundos através de um sistema que eu invadi, este sistema até
este instante me forneceu mais de um milhão e oitocentos mil
localizações, o problema é que o sistema me consegue uma
localização por segundo.
— Não entendi.

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— Senhor, em mais de mil anos terei a localização dos
planetas, para conseguir puxar toda a informação pela atual
tecnologia nossa, 25 mil anos.
— Tem acesso, tem dados, e tudo que tem não é nada a
respeito do total? – Carlos.
Pedro muda a tela e fala;
— Senhores, eles usavam um espécie de alfabeto com 42
letras que determinava os sons e parâmetros de programação
deles, mas está na ordem destes caracteres, é como se puxasse o A
primeiro e depois os demais, o problema é a dimensão disto.
— O que quer dizer com isto?
Pedro muda a tela as suas costas sem a olhar e olha o
general;
— Senhor, pelo que diz as costas, existem 3 grupos
desenvolvidos na galáxia ainda, não entendi pois em um deles ainda
somos citados, e neste quarto, que se extinguiu somos citados, se
ouvir um dia alguém falar de Yago 52, este somos nós para eles, um
planeta a habitar, era o que o sistema determinava a 22 mil anos.
O senhor olha a galáxia surgir as costas e era evidente, dos
mais de um milhão de oitocentos mil planetas, apenas poucos
estavam na região que a Terra se encontrava.
— Mas se eles eram um império de 1300 planetas, como eles
saberiam dos demais.
— Convivência pacifica, estamos na linha Claus da nossa
Galáxia, existe a Insecto, a Fanes, e a Pegazus se entendi isto, ainda
estou avaliando estes dados.
— Está dizendo que este sistema que está invadindo, tem a
nossa galáxia registrada? – O general.
— A nossa e 6 galáxias próximas, e um aviso referente
aqueles templos que mostrei em sua nação.
— Mais perigos?
— Algo sobre um conjunto de seres, não entendi o que são,
mas eles se acham representantes de Deus, e quando vejo a
destruição em alguns lugares como este, fico pensando se estes
seres não são nosso problema, nos lançam uma praga, ficam de
longe olhando e quando precisarem invadem.
— E quantos mundos pretende explorar assim?
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— Senhor, assim como montei a base ali, posso montar bases
fora da vista, acha que a maioria está olhando para que?
— Para a maluquice lá fora.
— A aparência para quem olhar de cima a usina de energia,
via satélite, vai parecer uma usina nuclear, a ideia é não saberem a
verdade, e olhando por cima, pensar ser apenas mais energia, as
bases lá, são como se fossemos desenvolver nova tecnologia de
ponta.
— E por aqui vamos desvendar cada dia mais tecnologia?
— Carlos, isto é trabalho para uma vida, quando chegar aos
nomes de todos os mundos habitáveis, teremos também os que já o
são, veremos que em planetas gelados como Plutão, existe
possibilidade de desenvolvimento de vida, não como a que
conhecemos, e sim, baseadas em reações que não executamos
facilmente, pois temos de ter temperaturas próximas ao zero
absoluto para as obter, vida que nunca nos ameaçariam, mas que
este império, começava a estudar, o que quero, é não perder um
milhão de anos, para aprender o que eles já sabiam.
— Mas pode demorar 25 mil anos. – General.
— Acredito senhor, que se me deixarem descobrir, em 25 mil
anos, estaremos sobre os 1300 planetas deles, refazendo o que eles
deixaram para trás, se não, espero o dia que outro grupo resolva
tomar nossas terra, e como habitantes de apenas um mundo,
deixarmos de existir.
— E quer fazer isto a partir daqui.
— Sim. – Pedro olha o relógio e fala.
— Agora tenho de voltar, precisando me falem, assim que a
base terminar de ser instalada, apareço ou o presidente da ePTec
entra em contato.
Voltam a sala e depois a base, e começam a sair, Pedro olha
para o Almirante ao longe, muito agito, se via caças sobrevoando,
helicópteros chegando ao lugar, exercito se posicionando a entrada
da base.
— Problemas Almirante?
— Tem de ver que certas coisas os coloca medo.
— Depois falamos sobre as outras 4 bases na Califórnia.

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O senhor sorriu, o menino estava só começando e estava
vendo o secretario de segurança chegar bem ao fundo.
Pedro olha o helicóptero da empresa ao fundo, o agito estava
grande, olha o almirante e fala;
— Nos falamos por vídeo conferencia, vamos instalar o
sistema, e as medidas de segurança antes de qualquer coisa.
— Nos falamos.
O menino caminha até o helicóptero e o General Mark chega
ao lado de Jason e caminham até o secretario de segurança.
O menino decola sem muita atenção sobre ele, pois os que
estavam saindo não chamavam tanta atenção.
O secretario olha para o almirante a sua frente e fala.
— Alguém pode me explicar este agito aqui na divisa sul?
O almirante olha para o general e pergunta;
— Algum agito, que saiba a minha parte está tranquila.
Mark olha para Jason e sorri, olha o secretario e fala.
— De qual agito está falando secretario? – Vendo as grandes
naves sumirem ao mar, ficando invisíveis, olhavam para o senhor,
enquanto mais pessoas chegavam a base, mas o não estar lá dos
grandes porta espaçonaves, fazia muitos se preguntando onde eles
estavam.
— Estas maquinas de guerra que estão escondendo aqui.
O almirante olha para o secretario e pergunta;
— Não entendo porque alertar tanta gente para uma
experiência secretario, porque chamar tanta gente para cá.
Autômatos do tamanho de pessoas normais, sai das
embarcações e estica uma lona por toda a parte nova da
construção, mais de mil por nave, olham em volta, a lona de
material camuflável, começa a fazer efeito e começa a sumir parte
da estrutura.
Os autômatos acionam seus disfarces e começam a esticar
aquilo fora da vista.
— Temos de conversar Almirante, é serio.
— Vamos entrar e conversamos Secretario, muita gente
ouvindo.
O senhor os segue, e o contingente de pessoas as costas não
dava muita visão da região do cais novo, inicio de noite.
52
Sabrina olha para Dallan e fala.
— Sabe que este menino é terrível, existem pessoas cercando
a casa dele, parece CIA, o secretario de Segurança está em San
Diego.
— Ele provoca.
— Ele avança, mas olha isto General.
— O que?
— Imagem da região as 18 horas.

— Das 20 horas, 15 minutos depois do secretario de


segurança chegar lá. 10 Minutos antes da noite.

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— Como?
— Pensei que fosse aquele sistema de limpeza dele limpando
a região, mas não, o satélite de calor continua pegando, é algum
tipo de camuflagem física, por sinal, a obra não parou ainda senhor.
— Não parou?

— Senhor, a base cresce por hora, a física parece estar


parando e a estrutural aumentando.
Dallan aproxima a imagem e fala.
— Se for físico, as pessoas a praia não veriam?
— Acho que não, pois estamos falando de uma tecnologia
que ignoro a capacidade, pois estamos falando em ser visto pelo
infra vermelho e não pelos olhos.
— Quer dizer que a baia está visível, não é um campo de
proteção Tenente, deve ser físico mesmo, pois a agua fica na
imagem, mas não está na nossa função relatar, mas quando indiquei
o menino ao Jason, não imaginava ter uma das maiores bases
invisíveis literalmente do exercito.
Sabrina sorri.

O almirante conduziu os demais ao elevador que dava a torre


de comando.
Mark olha para fora e sorri, pois a base não estava mais lá,
Carlos na parte baixa vê um rapaz chegar a ele, somente reparou ser
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um autômato, quando olhou firme para ver quem era, pois o robô
se comportava como um militar da base, o mesmo alcança um
óculos para Carlos que o coloca e olha para o cais que sumira e vê
tudo lá novamente e sorri.
— E falam que este menino é uma farsa.
O autômato não respondeu, marchou no sentido do cais, de
um momento para outro sumiu.
O almirante olha o telefone e atende.
— Fala Carlos.
— Agora pode mostrar para o secretario, pois nada mais é
visível sem óculos especiais senhor.
Jason olha para fora, olha para Carlos olhando da pista para
ele com o telefone e ouve.
— Tem como ver?
— Estou subindo Almirante.
Jason olha o secretario e fala.
— Senhor, está chamando muita atenção para algo, não sei
por que de tanta gente?
O secretario iria falar da base e olha para fora e fala.
— Onde está? – Falou sem sentir olhando em volta, vendo a
fronteira ao longe.
O almirante olha serio para o secretario, que olha descrente,
estavam lhe cobrando o aparecer de algo, mas que ficara muito
pouco visível para ser noticia ou dar repercussão.
— Sei que estava ali.
— Senhor Secretario, não tratamos segredos militares com
mil pessoas nesta base, soube quando Dallan me ligou, que nosso
sistema de invisibilidade estava avariado, confesso que não
esperávamos vir a tona assim, mas quando estruturamos isto, não
nos ligamos a dados de absorção de calor da agua, e ficamos visíveis
por 5 horas, mas não era para trazer toda a cúpula do exercito ao
sul da Califórnia.
— Tem de ver que este defeito e Pedro Rosa estar por aqui,
nos fez olhar.
— Senhor, quando olhou, já estávamos visíveis, precisava de
tecnologia rápida, estamos na divisa sul do país, queria que
ficássemos visíveis por dias?
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O almirante estava mentindo e o general olhava descrente, o
secretario estava entrando na mentira, ele deveria ser mais crente
que a maioria da pessoas que ele conhecia, pois o general estava
tendo de segurar a gargalhada.
— Mas não vai negar que tem uma base aqui?
— Algo que não esta nos registros do Pentágono senhor, uma
base do Exercito e Marinha em conjunto.
Carlos entrava na sala e o Almirante fala.
— Os que não são da base, poderiam esperar na parte de
baixo, que tenho de falar algo para o secretario que não saíra desta
sala.
O secretario dispensa os seguranças, o general olha para o
almirante, nem se tocara que a resposta anterior fora para o
conjunto de pessoas que estavam as costas.
Carlos chega ao lado do Almirante que põem rapidamente os
óculos, olha para fora, e olha o Secretario.
— Senhor, com os respeitos, não é porque o menino estava
aqui que vamos deixar o senhor transformar em uma bagunça nossa
base. – Almirante.
— Pelo jeito tiveram problemas, mas o que o menino estava
fazendo aqui?
— Veio entender as entrelinhas do contrato que fixamos com
a ePTec, ou acha que os contratos falam, vamos explorar em
conjunto energia a base de fusão nuclear com base em
fotossíntese?
O general estava vendo que o Almirante não baixava a
guarda, o secretario parecia o respeitar, sinal de que ele já se
impusera sobre ele, pois este secretario era muito mole.
— Entendo que nem todas as palavras são faladas, mas como
poderia ter uma mini entrada aqui, não lembro dela.
— Não havia, mas precisávamos dela, acha que vamos por em
relatórios secretario, que temos nesta base, tecnologia que não
temos como explicar a procedência?
— E vão dividir esta tecnologia com o menino?
O almirante sorriu e olha para o General Mark.

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— Você que conhece todas estas bases secretar general,
conhece algo realmente extra terrestre nas demais bases, que nós
tivéssemos acesso?
— Tecnologia?
— Sim.
— Não, apenas tentativas de desenvolvimento e desvio de
desastres encobertos pelo exercito ou aeronáutica.
— Secretario, não tenho como dividir uma tecnologia sem
procedência com o menino, que o exercito americano não tem.
— Mas...
— Senhor, pode não querer, mas vamos desenvolver o que
falei que as demais não tem, e se um menino, de 13 anos, é o único
ser capaz de montar uma empresa séria que domina estas
tecnologias, sim, teremos parceria com ele, mas dizer que nós
vamos dividir tecnologia com ele, é ignorar que não a temos, para
dividir, não seja cômico secretario.
— Mas tem de entender, segurança nacional requer segredo.
— Sim, que tecnologia nossa abrimos a ele?
O secretario olha para fora, e fala.
— Mas como se omite algo assim jurava que tinha algo ali.
O almirante estica para ele o óculos e o senhor olha para as
estruturas surgirem, gente trabalhando, erguendo ao fundo os
imensos navios, os colocando sobre a parte recém construída do
cais..
O secretario olha aquilo e olha para o Almirante.
— Quer dizer que poderia ter uma base invisível.
— Agora podemos senhor, antes não poderíamos, esta
tecnologia que vê é da ePTec, não nossa.
— Mas falou em falha de algo que tínhamos.
— Secretario, tinha naquele momento muitos ouvidos no
local, não dividimos e não dividiremos isto com muitos, se olhar via
satélite não nos verá, mas obvio, estaremos trabalhando ali fora.
— Mas tem de saber o momento que deve parar.
— Senhor, por enquanto estou somando ao exercito, quando
não estiver mais somando, me afasto, vi vocês fazerem burradas
por que um ou outro achavam que havia entendido uma tecnologia.
— E vão desenvolver o que aqui?
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— Energia, pretendemos esticar nossas linhas de energia,
para a cidade, a abastecendo, e vamos ampliando aos poucos.
— Energia?
— Energia Limpa, sem riscos, mas que ainda estamos
terminando de entender a complexidade.
O senhor estava com o óculos e perguntou;
— E aqueles navios?
— Senhor, aqueles navios estão entrando em fase de
desmontagem, vamos tentar entender como fazer algo assim.
— Mas quem fez aquilo?
— Senhor, não adianta explicar o que não sei explicar ainda,
estamos estudando.
— Não respondeu.
— Não.

Pedro liga seu sistema e olha para a câmera, e liga o sistema


de autômatos que foi entrando pela parte baixa da casa, e se
posicionando, enquanto ele liga para a irmã.
— Como esta mana?
— Bem, já descobriu quem são?
— Ainda não, mas já saberei.
Pedro liga os postes da frente da casa, deixando visíveis os
veículos.
— Se cuida.
Pedro desliga e olha para as câmeras, põem o infra vermelho
e vê que cada carro tinha 4 pessoas, 20 carros, 80 pessoas não era
para ser algo desapercebido.
Pedro chegava ao lugar, sobrevoa e para no heliporto, olha o
piloto e o dispensa.
Pedro olha pelas câmeras forçarem a entrada, agora sabia
quem eram, suas vestes os entregaram.
Ele desce para a sala, e liga os sistemas de controle de armas.
Os senhores entram e ao passar para a porta onde estava o
menino a olhar para uma tela, suas armas sumiram.
Pedro ouve o barulho e olha para trás olhando o príncipe
saudita e fala.
— Que Alá seja louvado, o que faz aqui príncipe? – Em árabe.
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— Que Alá seja louvado, embora você nos roubou menino.
— Deixo cortarem minhas mãos, se cortar a de uns príncipes
que me roubaram antes. – Pedro olhando o príncipe aos olhos.
— Acha que escapa.
— Senhor, se eles quiserem sair vivos, desta casa, é bom eu
estar vivo e consciente.
— Queremos os diamantes que você recebeu e não nos
passou, parece não ter problema em enganar os demais.
— Se quem tem mais que eu, ou tinha, pode me passar para
trás, porque eu não poderia príncipe, olho por olho, dente por
dente, o que veio fazer na Califórnia.
— A CIA lhe vendeu fácil.
— Não respondeu.
— Já disse, quero nossos diamantes.
— E vem com oitenta homens para pegar um simples menino.
— A ideia era outra.
Pedro olha para os seguranças e fala.
— Imobilizar.
Os mesmos olham para as costas e veem autômatos
entrarem, e os imobilizar e os por sentados em uma peça ao lado.
— Príncipe, eu não considero que lhe deva nada.
— Mas o trato foi outro.
— O trato foi quebrado por vocês príncipes, não por mim.
— Me quer como inimigo menino, não sabe com quem esta
mexendo.
— Com um morto, se eu o ver novamente senhor, eu sei com
quem estou falando, com um ladrão covarde, me convença a sair da
Califórnia vivo príncipe.
— Não pode me prender aqui.
Pedro olha a imagem da TV e em árabe falava que o príncipe
estava em uma viagem de serviço em Marrocos.
— Posso, você não está aqui, nenhum deles está.
— Vai nos matar?
— Príncipe, eu não sou de matar apenas, você pode me dar
algo, tentar comprar sua vida, a dos seus seguranças, mas cada um
vai ter de pagar para ver novamente.
— Eu não me preocupo com eles, mas não pode me matar.
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— Me convença Príncipe.
— Quanto quer por minha vida.
— Eu não coloquei preço senhor, eu não sei quanto para você
vale sua vida, alguns arrotam dinheiro e estão falidos, acho que é
seu caso, então o que posso negociar com alguém que fora de suas
terras, não é tanta coisa assim.
— Tenho de ver o que tenho para dispor assim, vim receber,
não pagar.
— Perde meio dia dentro de um carro, e não veio me pagar
pelo desacordo comercial Príncipe.
— Não adianta tentar inverter.
— Não vou perder tempo tentando, mas sabe bem o que
tentou príncipe, sorte sua que dei o troco, e nem perceberam, pois
não sabe mesmo com quem está falando.
O príncipe olha dois autômatos se postarem a porta, eles não
pareciam querer se mostrar humanos, o príncipe que pensou que o
menino estava sozinho, não sabia mais o que fazer.
— E se lhe pagar 10 milhões de dólares para sair pela porta.
— Príncipe, a pergunta, sua vida vale só isto?
— Quer mais?
— Assim que estiver na minha conta, o senhor sai pela porta,
não antes.
— Pensei que pediria mais?
— Pedi para oferecer o quanto acha que sua vida vale, mas
esqueço de que é só aparência.
— E vai soltar os seguranças?
— Não pagou nada por eles senhor.
— E não vou pagar.
Os seguranças ouviram na peça ao lado, olham assustados e
Pedro olha para o senhor.
— Então não vai precisar deles mesmo.
— Arranjo outros, mas sabe que vai ter volta.
Pedro faz sinal para os autômatos que levantam os rapazes e
os tiram dali.
O príncipe olha a frieza do menino e pede a transferência,
para a mesma conta de outro dia de 10 milhões de dólares.

60
Pedro olha para o tocar de seu celular e olha para a entrada
do recurso e fala olhando para o autômato.
— Conduz ao carro.
O senhor apavorado chega a rua, onde apenas um carro
estava lá, com a chave na ignição, o senhor olha a casa, o que faria
era a pergunta, liga o carro e desce a rua no sentido da praia, olha
para o escuro pensando que poderia estar morto e agradece a ala
por sua vida.
Pedro chega a frente dos seguranças e fala.
— Que Alá seja louvado - Pedro os cumprimentando - Todos
Árabes?
Um senhor olha para ele e fala;
— Não, eu sou CIA, não pode nos matar.
— Separa ele autômato.
O senhor foi retirado e um senhor chega a frente e pergunta;
— Vai nos matar?
— Na verdade vocês acabaram de perder o emprego, pois um
príncipe os acha substituíveis, a pergunta, como se sentem.
— Ele é um príncipe, eles sempre se safam.
— Gostariam de um novo emprego ou aceitam morrer assim,
fácil?
— Emprego?
— Preciso de apoio no Cairo, para o inicio da Primavera.
— Apoio?
— Proteção a alguns que vão se opor ao atual governo e
levantar o povo contra os desmandos do Presidente.
— Esta nos oferecendo um emprego, pensei que estávamos
mortos?
— Para o príncipe estão, mas se quiserem, vão daqui a uma
cidade no Brasil, onde vão ser treinados em tiro e em defesas
pessoais, e se inteirar de quem gostaria que protegessem lá.
— Eu aceito. – Um rapaz ao fundo. Outros foram
concordando.
— Então em meia hora um grupo os vai conduzir ao
aeroporto, e vão ao Brasil, lhes vejo lá.
Pedro olha para o autômato e chega a sala onde o senhor da
CIA estava amarrado e preso.
61
— Com quem falo?
— Acha que pode me fazer falar?
Pedro olha o autômato e fala;
— Leva ele a sala do silo 3, dá agua para ele não morrer, se
não morrer em 5 dias, vamos ver se ele fala.
O autômato levantou a cadeira que o senhor estava preso e
levou a um elevador ao fundo, a escuridão da parte baixa, os
autômatos não precisavam de luz, mas o senhor olhava apavorado
tentando se manter calmo.
Pedro olha para a casa e olha para os projetos.

Pedro liga para Carlos e pede para pegá-lo na casa, ele veio
com Madalena, que viu que os rapazes não estavam mais lá, e sai no
sentido da casa dos James.
Pedro bate a casa e Sheila o recebe a porta.
— Veio, pensei que fugiria o dia inteiro.
— Sabe como é, contratos de investimento as vezes requer
muito trabalho e conversa.
Pedro chega a sala e Rita e Joseane falavam com um rapaz,
Rita sorri e faz sinal para ele chegar perto.
— Pedro, este é o namorado da Sheila, Ronald.
— Prazer, desculpa a demora.
O senhor James entra pela porta e fala.
— O empresário do ano chegou finalmente?
— Como estão as coisas senhor James.
— Soube a pouco que vai produzir vinho em Comptche.
— Somente assim para poder beber um senhor.
— E veio a passeio?
— Acabo de sair do segundo maior buraco da Califórnia,
aqueles que os militares afirmam sempre não existir.
— Perigos? – Rita seria.
— Perigos verde dólar.
— Trocados? - Joseane.
— Provavelmente um trocado que me fará ter uma casa em
San Diego.
— Se for como a de Santa Monica não reclamo – Renata
vindo de dentro da casa, ao lado dela uma moça que não conhecia.
62
Pedro senta-se entre Joseane e Rita e dá um beijo em Rita e
Joseane sorri quando ele a beijou e o rapaz a frente olha estranho.
— Tem de ver que casas como a em Santa Monica, ficam
visíveis demais. – Pedro.
— Quem estava lá?
— Um príncipe Saudita com apoio da CIA, sei lá o que ele
queria, mas com certeza amanha me acusa de não morrer. – Pedro.
— E como estão os contratos? – Renata.
— Ainda ampliando, teremos de pedir uma copia aos
escritórios de registro, pois tudo que estava na sede da ePTec agora
é sal.
— Não entendi o que derrubou o prédio – Senhor James.
— Algo que é melhor não falar senhor.
Sheila parecia incomodada com a forma que Ronald estava
inclinado para cima de Joseane, mas se Pedro estava ali, agora
podia sentar e fazer menos sala.
— E você namora qual das duas? – Ronald.
— As duas, bobeia que lhe tiro Sheila. – Pedro.
Sheila sorriu e falou.
— Este é Pedro Rosa.
Ronald olha para ele e fala.
— Como assim, tem duas namoradas?
— Eu tenho 3 namoradas, a quarta me fugiu.
— Não entendi.
— Ronald, eu não sou o assunto, eles que insistem em falar
de mim, mas o que fazem a noite nesta cidade de legal, a vez
anterior não consegui descontrair nada.
— Soube que se meteu em encrenca, todos falam de Pedro
Rosa, juro que esperava algo maior.
Pedro sorriu, estava diante de uma historia que lera, e no
livro estava tudo diferente.
— Ronald, seu pai ainda toca o Posto de Gasolina na estrada
de Comptche?
— Sim, sabe quem é meu pai?
— Diz para ele, que se precisar de um sócio para ampliar, que
este pirralho topa.
— E porque ele ampliaria, a 6 meses falava em vender.
63
Pedro dá um beijo a mais em Rita e fala.
— Comeu algo ou vou ter de ficar de olho?
— Renata me fez comer, sei que deve ter sido produtivo, pois
está calmo.
— Calmo como um cometa no tranquilo e gelado espaço.
— E o que faremos amanha?
— Comptche ver uma vinícola de Cabernet Sauvignon, ver os
pés e o estado das coisas, pois comprei a terra pois o vinhedo
estava sendo abandonado, estrutura para fazer algo bom, mas sem
os recursos para esperar.
— E vai investir sempre? – James.
— Sim, amanha é dia de passeio, a nova Comptche está lá, e
todos vão falar do parque de Comptche.
— E terá exercito por lá? – Renata.
— Exercito, CIA, príncipe Árabe, muita criança, confusão na
certa.
— E iria vir aqui ou apenas passou porque sua irmã fugiu da
casa? – Sheila.
— Viria, queria lhe convidar a conhecer uma praia a uns 90
quilômetros da minha casa em Curitiba.
— Praia? – Rita.
— Superagui, tenho de apresentar alguém a Sheila.
— Alguém? – Ronald.
— Ver no que posso ajudar.
— Não entendi.
— Quem estiver lá verá, não antes, não depois. – Pedro.
Sheila olha Pedro, sabia o que ele estava falando, pois ele não
falou nomes, não queria resistência onde não existia porque o ter,
ele estava falando de apresentar alguém que ele salvou ao nascer,
mas que não sabia o que daquilo estava na memoria do menino.
— E vão ficar por aqui? – Sheila.
— Se tiver lugar para uns folgados. – Pedro.

64
65
As vezes tenho de indagar as pessoas
sobre o direito de ter opinião, posso discordar do
meu filho, mas nunca o atacaria como vi ataques
ontem sobre ele, acho que este é um dos pontos
a favor dele, pois se vocês não sabem ouvir uma
critica, como podem saber discutir algo.
Alguns se fizeram de ofendidos, dai me
perguntei, eles se viram atacados por ele, por
quê? Somente quem vota sem pensar em quem
vota, deveria ter se considerado xingado, vi até
associação dos repórteres, ministério publico e juizado de menores a
porta de casa, e me pergunto, quem estava pressionando, governador,
se souber que tem seu dedo nisto, terei de concordar com quem lhe
chama de alienado e nariz empinado.
Ouvi ontem tanta coisas que me perdi, eu apoiei um candidato e
os correligionários dele me xingam porque meu filho falou algo, vi
gente falando que deveria ensinar politica para meu filho e quando li a
crônica de hoje, resolvi não falar nada, pois as vezes temo o que ele
fala, mas sei que opinião é uma das coisas mais difíceis de ter, e como
meu filho esta a desenvolvendo, não tenho como atrapalhar.
Mas ao Juizado de Menores, estou afirmando que ele não
trabalha, ele tem ideias e as pessoas investem nelas, ele não fica
arregaçando as mangas, ele está é curtindo as férias dele entre Paris e
Los Angeles, aprendendo inglês, francês, espanhol, diferenciando o
inglês Americano do Britânico.
Para a associação dos repórteres, vão defender quem está preso
ou sem direito de falar, a associação dos repórteres era no passado um
grupo de pessoas que defendiam a liberdade, hoje querem apoiar a caça
as bruxas, promovida por fantasmas guerrilheiros e outros bruxos, lhes
tenho na condição do apoio que deram-me quando fui preso, nenhuma.
E ao ministério público, que a próxima acusação baseada em
falsas provas que surgir do ministério público, vou começar a dar nomes
dos que me perseguem, quero os ver me processar, para que tenha
legalidade o pedir da quebra o sigilo fiscal e telefônico de vocês.
Filho, tem de tomar cuidado ao xingar alguém, pois os que votam
neles, lhe aplaudiram, e os que são votados pelos xingados lhe
xingaram, então tem de ser mais didático, eles não entenderam.
Gerson Travesso
Curitiba, 15 de Julho de 2011

66
Bom dia, hoje terei de escrever sem
saber a confusão do dia, pois já estou na costa
Oeste dos Estados Unidos, o que não dá para
ter muita percepção do dia no Brasil, que
começa 4 horas antes.
Deixar claro, eu li alguns xingamentos, e
sorri, alguém reagindo sempre é bom, mas
vocês tem de entender que não sou politico e
você não votaria para mim, pois se me
perguntarem se quero salvar o Mico Leão
Dourado ou um humano em Níger, eu salvarei o
negro africano em Níger, mesmo você nem sabendo onde fica isto.
Se me perguntar se defenderia uma baleia com a vida, teria de
ver quantos consigo alimentar com a carne de uma baleia, pois vocês
podem ser ambientalistas, eu, Humanista, na minha opinião os grupos
ambientalistas no Brasil deveriam ser extintos, e extintos com atitude,
tira eles dos apartamentos de classe media alta das cidades brasileiras,
coloca uma faca na mão, um cantil de agua, e joga no meio da floresta,
quero ver eles defenderem a natureza com as mãos.
Eu sou pelo ser humano, e se não entende o porquê disto, é
apenas porque eu sou humano. Vejo os novos padrões de
comportamento, o rapaz adora gatos, e o que faz pelo gato? Ele castra
e só dá ração para o gato viver mais.
Desculpa, você proprietário de cães e gatos, gostaria de comer
apenas uma ração saudável com sabor e ser castrado para viver mais?
Sou pelo pensar, não pelo repetir, as vezes me chamam de
arrogante, e sei que sou, acha que defender uma atitude é difícil e que
tudo vale para ter amigos, até fazer coisas que odeia, desculpa, para
mim, você não faz falta a este planeta.
Sou humanista, mas não considero ameba um humano, e se você
se porta como uma, nem sabe o que é ser humano.
Eu sou antissocialista, e lhe explico, eu não viveria onde alguém
me diz o que tenho de ser, o que a sociedade quer e acha que preciso,
pois alguns dizem que a sociedade seria melhor assim, mas discordo, a
sociedade para depois de um tempo, se repete, e perde o principal, a
criatividade humana, que é o que nos leva a frente, que nos gera
evolução.
E por ultimo, eu sou pelo quebrar da lei, elas foram feitas por que
existem pessoas como eu, que desafiam o tempo inteiro, entendo a
existência delas, mas vivo para enfrentar, e não me nego aos pesos.
Pedro Rosa

67
Pietro acorda em Paris, ainda estavam observando via
satélite, o rapaz tinha a sensação de que algo poderia ter passado
desapercebido, quando após limparem a região, ficou um buraco de
12 metros de profundidade onde antes havia os dois prédios da
empresa, Pietro desce por uma escada lateral improvisada, a região
estava isolada, liga o sistema naquele buraco, e para baixo da
cidade, surge uma base como a que haviam feito em San Diego, as
pedras abaixo vão sendo dispostas, pelo campo e tomando o
tamanho, dos prédios vizinhos se via aquela imagem do prédio
subindo rapidamente, e surgir por trás dos tapumes, e ir subindo,
pedras grossas, lajes conjuntas e inteiriças, uso de pedras abaixo
para fazer a parte superior, devolvendo após dispostas em pedaços
usáveis, os espaços entre centrinos. Pietro começa a subir pela
escada recém formada, para o nível da rua, e sai a frente, vendo Call
olhar o subir do prédio.
Pietro olha os prédios subirem e Call fala.
— Não vai esconder isto?
— Pedro cansou de esperar eles se decidirem se querem a
tecnologia, que filmem e digam que não querem.
— E vai reerguer tudo assim?
— Pela manha a estrutura aqui, inicio da tarde o castelo, e
fim da tarde a estrutura em Londres.
— Não entendi como isto funciona?
— Call, isto é física, poder dos cristais, projetos bem
elaborados, programação, tudo usado em paralelo através do
sistema de controle, campo de exclusão, e campo de modelação.
— Depois que está no sistema, parece que tem pouca
tecnologia nisto Pietro, por isto não entendo.
Pietro sorri, eles estavam para dentro dos tapumes, quem
estava fora viu o prédio se erguer, mas não viam os dois ali.

Gerson olha o filho no berço e Patrícia o abraça.


— Ele está lindo.
— Te amo Gerson, sei que as vezes parece querendo correr
para longe, mas saiba, um dia temos de acalmar.
Gerson que vira ela por a pistola a perna, sorri e fala;
— Acalmar com uma pistola a perna?
68
— Sei que terei de mudar este costume, sei que criança e
armas, é como crianças e tomadas, temos de cuidar.
— Pedro está chamando toda a atenção dele para as crônicas,
como se não fosse para olharem para onde ele está.
— E isto é possível?
— Os sistemas de informação do mundo ontem digitaram o
nome dele mais de 7 milhões de vezes, e todas foram depois que já
tinha anoitecido aqui.
— Ele está buscando fechar o que queria ter feito em Junho.
— Ele as vezes nos dá sustos, mas sei que Bernardo será
calmo, Pedro era bem mais agitado.
— Não fala muito disto?
— Acho que Pedro segurou meu casamento com Roseli por
mais de 10 anos, ele a alegrou, nossa união parecia fria até Ciça o
deixar a mão dela.
— Então Pedro a muito lhe safa das besteiras?
— Sim, ele sempre foi especial.
Bernardo abre os olhos e olha para o sentido do som, como
se estivesse calmo, estava começando a dormir na hora certa, o que
fazia acordar na hora certa.
João liga para Gerson que fica inteirado de que seu filho
mandou um grupo de árabes, para treino de tiro, que não sabia o
que o menino faria com eles, mas precisava de alguém que falasse
árabe e fosse de confiança.

Pedro olha para fora, era madrugada, olha para Rita na cama
ao lado, e sorri, olha Josiane lhe olhando.
— Não dorme? – Pedro.
— As vezes olho você dormindo, tem dia que está calmo,
parece um anjinho dormindo, mas hoje está agitado.
— Tenho coisas a resolver, e provavelmente vou ter
problemas.
— E enfrenta assim, com um sorriso, meu pai fecha a cara
quando tem problemas, você mesmo quando está pensativo sorri.
— Acha que todos estão dormindo?
— Pelo jeito nós fomos conservadores, pois o barulho do
quarto no lado me tirou o sono – Josiane.
69
— Ficou ouvindo através da parede? – Pedro sorrindo.
— Aquele Ronald, faz em voz alta.
— Acho que eles não tinham uma cama de casal a mais.
— E vamos fazer oque?
Pedro a chama para perto e fala.
— Divido minha cama contigo Jôse.
Os dois deitam e Pedro a abraça e tenta desligar dos
pensamentos, mas sabia que o dia seria agitado.
Pedro não ficou muito ali e levanta-se, vai a sala da casa e
olha para o mar, pega o telefone e disca para Pietro.
Pega seu notebook e começa a olhar as imagens das
construções surgindo do nada. Olha o celular e liga para os
advogados, afirmando não saber qual a procedência dos recursos
vindos do oriente que caíram em sua conta, para eles pedirem
explicações, e alertarem as autoridades, algo eles iriam alegar.
Na TV da França, no fim da tarde, ia a pergunta ao ar, para
toda a Europa. Quanto você acredita em seus próprios olhos?
Quanto você acredita na imprensa? E nas propagandas? A
propaganda da ePTec mostrava a aparente destruição de 3 sedes na
Europa, e a aparente recuperação delas a partir do nada e vem a
ultima pergunta. Se acreditas na imprensa, nos seus olhos, na
propaganda, vai acreditar que a ePTec materializa edifícios.
Alguns viram, mas obvio, a grande maioria, estava muito
longe dos locais para saber o que aconteceu, e quem tinha imagens,
tinha exatamente a imagem com menor qualidade do que ia ao ar.
Pedro liga para o Almirante Jason.
— Como estamos almirante?
— Perguntas sem resposta, prefeito querendo explicação, e
não sei o que falar.
— Oferece ao prefeito do distrito, uma coisas simples,
oferecer a toda a prefeitura de San Diego, energia elétrica para
postes, praças, departamentos públicos, casas, escolas, para a
cidade, de graça e vê a reação.
— Olha que ele vai perguntar como?
— Estou ainda na duvida se deixamos visível ou invisível a
base, mas se o prefeito aceitar, deixamos visível Almirante.
— Certo, mas me ligou por algum motivo.
70
— Estava lendo alguns relatos sobre um evento não
declarado para dezembro do ano que vem, me propondo a ajudar
senhor.
— Se propondo a abrir buracos?
— Não, preciso entender o problema, e saber como ocorrerá
e se ocorrera, para dispor de uma proteção, pode não aguentar
muito, mas imagina eles terem gasto bilhões Almirante, e em
janeiro de 2013 você sabendo do acontecido, mesmo todos
ridicularizando, poder abraçar sua filha e esposa ainda em um
planeta vivo.
— E vai falar disto quando?
— Poderia nos encontrar em Comptche no fim da manha.
— Porque ali?
— Se eu dispor de tecnologia de mais, eles proíbem, se fizer
de menos, eles morrem, então tenho de saber o tamanho do
problema para ajudar.
— Acha que podemos usar as bases?
— Senhor, imagina eu poder dispor de um lugar para eles
irem no caso de precisar defender um recomeço, mas este lugar não
ser apenas um buraco e sim um planeta habitável.
— Sabe que oficialmente poucos falam disto?
— Sei que poucos falam de quase tudo, mas o que podemos
fazer, eles não se interessam pelo futuro, apenas pelo salario.
— Nos falamos em Comptche.
Pedro desliga e olha para fora, sai pela porta, tempo gostoso,
olha para a cidade ao longe, e pensa em como se meteu em algo
assim, lembra da primeira vez que passou mal, lembra de todos os
problemas do fim do ano anterior, mas principalmente, tudo que
mudou sua vida este ano.
Pedro cumprimenta o segurança a porta e fala;
— Vou só dar uma volta, não consigo mais dormir.
— O que falamos para o senhor James.
— Que volto logo.
Pedro olha um carro parar a sua frente, e entra nele, olha
para o motorista que havia pedido por sistema, e fala.
— Vamos ao heliporto e de lá Comptche.

71
Pedro sabia que naquela área que estava, existia restrição de
horário de voo de helicóptero.
Entra na base de Mugu e pega um helicóptero para
Comptche, ainda era madrugada, ele chega a uma das casas ao
fundo, um segurança iria o barrar, mas viu que o menino estava
bem acompanhado, seguranças melhor equipados, e apenas fica
sabendo que aquele é o dono.
Pedro entra na casa, apenas paredes, um teto alto, chega a
uma das paredes, liga seu computador portátil e ativa o projeto no
mesmo que dizia Comptche, uma aura vermelha se ergue a toda
volta do imenso terreno que tinha a vila e o parque temático,
enquanto um buraco se formava para baixo, um imenso muro de
pedras surgia a toda volta do terreno, uma praça se formava no
centro da cidade, o colégio a ponta ganhava uma arquibancada e
uma ala nova, as instalações do parque ganhavam um imenso
castelo de pedras.
Pedro vê a aura sumir e começa a descer a escada, olha em
volta e passa uma mensagem para Franc que deveria instalar 10
corredores de passagem em Comptche pela manha.
Pedro sai da casa, o rapaz que tentara o barrar olhava em
volta e ouve Pedro.
— Isto é nosso segredo rapaz, mas ainda pela manha a ePTec
mandará técnicos para instalar algo, indique esta casa para eles.
— Mas isto ai é uma casa vazia?
— Por isto mesmo, mas cuida com quem barra, era apenas
perguntar quem eu era rapaz.
Pedro dá as costas, vai ao helicóptero e volta a Los Angeles.

Sabrina chega a base de Los Alamos e olha para Dallan


falando com um senhor por vídeo conferencia, não interfere, mas
Dallan ali logo cedo, geralmente não era uma boa informação.
Entra em sua sala e começa a verificar dados desconectos.
Sabrina parecia ter o dom da adivinhação, pois ela olhava
coisas sem entender o que eram, mas rascunhava sobre elas, tinha
ali a compra de uma fabrica de mascaras de resina, por Pedro Rosa,
tinha ali, a movimentação do menino pela madrugada, olha o
grande quadrado de um quilômetros de raio abaixo da região de
72
Comptche, olha as imagens do dia anterior e do dia de hoje da
região, olha aquilo sem entender, antes nada estava cercado, agora
com um muro de 2 metros de espessura, uma praça a mais, um
castelo imenso a mais, tudo surgindo do nada, mas ali ninguém diria
que era tecnologia, dai olha os dados da Europa e sorri.
Sabrina olhava a propaganda, sorria, quando Dallan entra
serio na peça.
— Algo engraçado?
— Não, mas qual a bomba agora?
— Acabo de saber que existe um grupo de estruturação de
catástrofe, montado a mais de 12 anos, e que parece que vai
comprar estrutura do menino.
— Grupo de estruturação de catástrofe?
— Algo sobre o sol estar entrando em uma fase de alto poder
de queima, e nos lançar braços de fogo, entre 2012 e 2016.
— Vai dizer que tem gente que acredita nesta baboseira.
— Eles não acham baboseira, mas o problema, Pedro Rosa
ligou para o Almirante, e ele gostaria de saber por onde o menino
teve acesso a informações deste grupo.
— E teve de dizer que ignorávamos isto? – Sabrina.
— Tive de dizer que verificaremos, não falamos para eles que
não sabemos algo, apenas por não ter ideia do que eles sabem, mas
parece que o menino quer tentar ajudar.
— E vão lhe dar espaço?
— Sabrina, neste caso, é Ordem Mundial, muito dinheiro
envolvido.
— Está falando serio?
— Sim, o Almirante está falando serio.
— E o que fez ele lhe falar?
— Quando ele narrou parte do evento de ontem para os
envolvidos por este grupo, que pelo jeito ele faz parte, por isto o
desejo de aumento de controle nas divisas, o grupo parece ter
ficado interessado, pois segundo ele, o exercito tem uma base de 72
mil metros quadrados de área esculpida, como a maior base
subterrânea que eles montaram, demoraram 8 anos para construir.
E outras menores.

73
— E o menino abre uma base de 500 quilômetros quadrados
em uma tarde, entendi. – Sabrina colocando outra imagem na tela.
— Ele está situando outra em Comptche senhor.
— Talvez seja isto que o menino quer conversar com ele no
fim da manha em Comptche, mas fiquei pensando, me levanta tudo
que é real e o que é fantasia desta historia, verifica o que o sistema
do menino está procurando na rede, e põem em uma pasta e vamos
ver se entendemos o que ele quer.
— Pelo que entendi senhor, ele quer abrir portas para fora,
rapidamente, dispor de tecnologia do lado de lá e de cá, tentar
sobreviver e ganhar dinheiro.
— Me descobre o que estes malucos querem e sabem, eu não
quero morrer aqui e não tentar nada Sabrina.
— Nisto não discordo.
— Se considerar que o menino é bem incisivo, e tem
tecnologias que eles e muitos ignoravam a possibilidade de
existência, pode ser por isto que ele enfrentou resistência, muita
gente querendo ganhar pontos, talvez uma passagem para uma
sobrevivência.
— E o que acha que vamos conseguir?
— Não sei Tenente, gosto da sua forma de sempre indagar as
informações, como se fossem mentira, você faz as informações nos
provarem que são reais, por isto tem meu apoio e indicação a este
cargo.
Sabrina raramente ouvia Dallan a elogiar, e sabia que ele não
era de aceitar obrigado, ou coisas assim, ele sempre queria a
informação, e a que Dallan falara, lhe colocava uma pulga atrás da
orelha.

Pedro chega a casa de Sheila, alguns ainda dormiam, mas o


senhor James olha para ele entrando e fala.
— Já trabalhando?
— As vezes fico muito agitado e não durmo direito.
— Agitado?
— Digamos senhor James, que se você lesse um relatório,
dizendo que algo muito ruim vai acontecer, em pouco mais de um
ano, e você tivesse meios de transformar uma tecnologia neste
74
prazo e ajudar, sei que muitos se esconderiam da responsabilidade,
mas não sei ser assim.
— Fala como se algo ruim fosse acontecer.
— Falei de forma genérica senhor, mas eu estabeleci projetos
para mais de 20 anos, e não gostaria de os parar por motivos bobos.
— Certo, soube que estabeleceu metas assim, mas não
entendi quais?
— Para plantar certos tipos de cedros, preciso que eles
cresçam 20 anos, dai eu os vou transformando aos poucos em barris
de vinho, estou me preparando para o futuro, e sei que muita gente
está de olho em nós. Mas ter área de replantio para 20 anos requer
espaço e calma, pois planto durante 20 anos, ano a ano, para
somente depois de 20 anos, ter produção ininterrupta.
— E vamos fazer o que em Comptche?
— Eu tenho de ir lá, agora não parece mais o mesmo lugar,
temos muita coisa a realizar lá.
— Minha sogra ainda mora por lá, tento evitar o lugar por
motivos pessoais, duplos motivos pessoais.
— Desculpa, se não quiser ir senhor James, entendo.
— Estou curioso, dizem que você quer transformar a região
em produtora de vinho.
— Ela já produz vinho, sabe disto.
— Mas parece querer ampliar.
— Tentando me colocar em lugares que estava deixando de
existir e tentando com meu apoio os levantar junto.
— E vai começar com quantos lugares?
— Em meu país deve passar de 1000 lugares, nos Estados
Unidos deve chegar a 100 lugares, na Europa deve chegar a 150
lugares, na África, deve dar mais de 300 lugares, são muitos países,
sei lá onde vou parar, mas ainda estou me divertindo.
— Tem gente que fala em uma empresa, você fala em ajudar
perto de mil locais no mundo, pior é que vejo que tem o dom de
fazer dinheiro com isto.
— Eu sou simples senhor James, acho que a única coisa que
estranho é esta coisa de imposição social, sei que nunca sofri na
vida, mas venho de um país que as coisas são divididas em grupos,
em raças, em ricos e pobres, e todos negam estas diferenças, ou
75
impõem uns sobre os outros com cotas, acho que não entendo ter
de ter uma lei para que um humano respeite outro humano.
— Tem de ver que alguns são inferiores.
— Senhor, pensa, a frase vinda de qualquer um que existem
inferiores, o transforma em quem, além de alguém diferente, eu
não acho um vírus inferior a um humano, por sinal, a nível de
sobrevivência, eles sobrevivem mais que nós, mas o tempo deles é
referente a massa dele, alguns dizem que eles morrem rápido, eu
diria que somos muito grandes para entender um vírus.
— Ouvi falar que quer levar minha filha para uma visita a seu
país, sabe que ela é meio desmiolada.
— Eu acho que vocês esqueceram como eram com minha
idade, estamos na idade da descoberta, não na idade do racional.
— Os demais, você parece já estar no racional.
— Digamos que no irresponsável, ainda estou.
— E vamos para lá quando?
— As meninas estão prontas?
— Devem estar vindo para o café da manha. E pelo jeito do
agito a rua, vai agitar lá também?
— Senhor, eu gosto de agitar, sou alguém que corre contra o
tempo, mas invisto pesado em minhas ideias.

O grupo de instalação chega a Comptche e instala as 10


portas, e sai dali, os autômatos começam a montar a base, esta não
tinha o tamanho da primeira, apenas uma base de estudos e
vivencia, com 20 quilômetros quadrados, 20 andares subterrâneos
de 1X1 km, os corredores são instalados, os autômatos de serviço
chegam a parte de coordenação interna, e pegam uma caixa de
mascaras bem reais de silicone, as mãos, o rosto, ajeitam suas
roupas e começam a ajeitar as coisas.
O programa separa 10 grupos de 10 pessoas, que saem no
sentido de Mendoncino, Navarro, Fort Bragg, Willits, Calpella,
Ukiah, Boonville, Philo, Elk e Albion, onde cada grupo instala com
entrada por um terreno que Pedro comprara, outras 10 bases, os
sistemas de passagem começam a ser instalados pelos próprios
autômatos, e os materiais de 11 bases começam a caminhar rápido.

76
O almirante olha para a região do cais, olha o prefeito e lhe
sorri.
— Sabe a bomba que está aprontando Almirante James.
— Sei que ali a frente, pretendo prefeito, desenvolver uma
usina de energia limpa, e o dono dela, queria propor a toda região
de San Diego, o fornecimento de energia gratuita, como
compensação dos transtornos.
O prefeito olha serio para o Almirante, olha para fora, e vê a
grande base ficar visível, algo que na parte baixa não tinha visto.
— Quer dizer que vão produzir energia, mas o que mais?
— Sistemas de defesa, sistemas de controle, estamos
começando por aqui Prefeito, pois temos muita coisa a evoluir.
— E pelo jeito estava fazendo esta obra a algum tempo?
— Temos de conversar em um lugar mais reservado prefeito,
mas teremos uma base menos modesta aqui.
— Segura?
— Como poucas no mundo.
— E vai registrar tudo isto mesmo?
— Senhor, ainda estamos construindo, mas a parte que
interessa não está visível.
— Esta falando serio.
— Precisávamos as desculpas de investimento, e o que vê é
10% da base, que é a parte que as pessoas normais vão ver.
— Vamos ter algo perto finalmente?
— Nos falamos depois prefeito, mas tem de entender, pela
primeira vez, ouvi alguém me perguntar algo que queria ouvir.
— O que lhe prometeram que lhe faz sorrir?
— O tentar com toda a força, mesmo com os demais
protegidos, que possamos estar ainda em um planeta vivo.
— E quem vai colocar nisto?
— Um encrenqueiro que quem olha, não valoriza.
— O menino Brasileiro?
— Sim, pensa Prefeito, o exercito com muita dificuldades,
construiu 10 bases espalhadas nos últimos 10 anos, onde cada uma
tem 26 mil metros quadrados. Vi um menino montar uma base em
24 horas, de pouco menos de 500 milhões metros quadrados.
— Quer dizer que ele tem uma base deste tamanho.
77
— Bem a sua frente prefeito, onde ninguém vê.
O prefeito olha para a base e sorri.
— Quer dizer que em um dia ele chamou a atenção de todo
grupo de sobrevivência.
— Sim, mas aqui ele quer estudar coisas, vamos conversar
sobre sobrevivência e nos esconder em outro lugar.
— Motivos?
— Prefeito, aqui vamos desenvolver o que nos permitira fazer
bases rápidas para sobrevivência, não de 2 mil pessoas, mas de
nossas famílias, sei que nem todos concordam com isto, mas sei de
muitos que eles deixarão para trás na hora H.
— E o menino quer fazer algo? Não entendi.
— Nem eu ainda prefeito.

Na Virginia um grupo de senhores olha para as imagens que


chegavam da base em San Diego e um senhor fala.
— Não disse que deveríamos ter tentado conversar.
— Alguns temem este menino.
— Eu temeria ficar no caminho dele pessoal.
— Será que ele viria ao grupo de sobrevivência, ou nos
cederia tecnologia, pois nem sei se vale a pena trazer alguém, de
fora, ele é de onde? Brasil, um indiozinho inteligente?
—Não sei de onde, existem cidades grandes naquele país,
mas o que precisamos agora é algo que nos proteja, sei que
gastamos fortunas para fazer bases razoavelmente rasas, muito a
superfície, o Almirante James fala em uma base construída dos 60
metros para baixo, obvio que lá é o teste, até entendo testar algo
mais ao sul, onde não tem muita gente, mas é uma região frágil.
— Nosso enfrentamento não será terremotos pessoal.
— Acha que podemos nos aproximar deste menino, não sei
ao certo o que pensar.
— Sabem que ele montou uma estrutura poderosa, mas que
não lhe será nada durante a catástrofe.
— Estamos aqui para decidir se aproximamos este menino?
Um senhor a ponta olha os demais e fala.
— Sou favorável, não quero estar em um buraco apenas com
velhos, temos de ter esperança de um futuro.
78
Os demais concordam e votam pela tentativa de aproximar
Pedro Rosa do grupo.
Um senador em Washington recebe a informação que o
“Grupo”, decidiu que Pedro Rosa é bem vindo.

Pedro e as meninas, com a família James, pegam um


helicóptero e saem a Norte, Pedro tinha muitos planos para aquele
dia, e não sabia se conseguiria tudo.
Desce na parte destinada aos helicópteros da vila, olha a
frente uma leva de senhores engravatados, pelo terno, virava quase
um uniforme de CIA.
Um rapaz olha as crianças e Pedro indica o caminho para as
meninas e caminha no sentido da bagunça, o helicóptero decola as
costas, e outros 12 grandes helicópteros surgem no ar.
— Senhor Pedro Rosa? – Pergunta um dos rapazes.
— Sim, o que a CIA faz em minhas terras?
Um senhor ao fundo olha para Pedro e fala.
— Pensei em um perigo, isto ai nem sabe atirar.
— Dizem que minha família é mais perigosa neste tamanho
senhor, não precisamos crescer para ser perigosos. – Pedro
encarando o senhor.
— Mandaram avisar Pedro Rosa, que a CIA não vai atrapalhar,
mas acho que eles não sabem o que falam.
— Não discordo, pois a CIA nunca me atrapalhou, mesmo
tentando, não sei quem mandou não atrapalharem, mas não me
conhecem e nem lhes conhecem. – Pedro.
— Tem gente que lhe odeia na CIA, e não pense que estão
felizes em não interferir.
— Não sei com quem falo senhor, mas deve ser um dos
covardes que mandam gente a campo para morrer, não dos que
morrem em campo como estes a minha volta, mas se quer sair é
agora, depois não me responsabilizo.
Pedro sabia que 3 imensos helicópteros da Marinha estavam
pousando as suas costas, não estava olhando, mas os olhos dos
rapazes estavam todos nos militares.

79
O senhor viu que o menino estava ficando mais influente,
começam a sair, e Pedro toca o peito, sente a aura lhe proteger, não
gostava de dar as costas a CIA sem proteção.
Pedro olha para o almirante a frente e fala.
— Bem vindo as terras em Comptche.
— O que quer me mostrar?
— Quem o acompanha?
— Curiosos.
— Então vamos sair da vista dos turistas. – Fala Pedro
olhando a rodovia estreita tomada por ônibus te turismo que iam
no sentido do parque, caminha até o rapaz da madrugada e fala.
— Deve ser Call?
— Você o dono, que pelo jeito quase coloquei para fora.
— Vamos usar a casa ali, tudo bem? – Pedro apontando a
casa.
— Sim.
O Almirante olha a pequena construção, começam a andar ao
local e quando o menino abre a porta, Pedro faz sinal para os 12
acompanhantes do Almirante entrarem, todos viram que era um
elevador e Pedro aperta o botão vermelho no painel e o elevador
começa a descer.
— Quer dizer que temos uma base aqui?
— Almirante, aqui seria uma base se sobrevivência, não como
a de San Diego, que é uma base tecnológica.
— O que temos aqui? – Um senhor ao fundo.
— Só um momento que mostro.
O elevador desceu rápido, e quando abre a porta, se via uma
espécie de praça, um centro de 100x100metros, e para cima, se via
os 20 andares, a toda volta, como se fosse uma praça baixa, e
acima, varias entradas.
Pedro caminha até um comando, os demais viam pessoas ali a
terminar o trabalho, não pararam.
Pedro entra na base de estrutura e olha para os senhores e
fala.
— Não me apresentei a todos, sou Pedro Rosa, um sonhador,
mas no que posso ajudar?
Um senhor olha para o almirante e fala;
80
— Quando nos falaram de você menino, me afirmaram que
você poderia montar sistemas de sobrevivência, vejo que tem um
imenso, não sei o tamanho disto?
— Perto de 20 mil metros quadrados de área.
— A que profundidade?
— Temos 35 metros de rocha sobre nossas cabeças antes da
base.
— Nos autorizaram a lhe chamar ao grupo, somos uma
sociedade de bens sucedidos empresários e militares, que tem uma
linha de sobrevivência, para um problema que não possamos
enfrentar.
— Problema? – Pedro tentando ver se o senhor falaria.
— Temos sempre evidencias, elas nem sempre se realizam,
mas se vier a acontecer, temos de ter pelo menos 20 mil
sobreviventes, para recomeçar.
— Só 20 mil? – Pedro.
— Tem de entender que a sobrevivência por anos, requer
estrutura e comida, isto que nos limita quantidades.
— Temos de conversar sobre quantidades, mas eu sou
capitalista senhor, eu vendo estruturas como esta.
— Não pretende fazer parte de um grupo.
— Senhor, eu pretendo ajudar, mas como disse, temos de ter
grupos que sobrevivam, este sistema está se instalando, mas
teremos sistemas de purificação de oxigênio, de agua, de
sobrevivência, a ideia aqui é ter uma base que se o oxigênio do lado
de fora, por algum motivo, queimar todo, nós sobrevivamos.
— Esta falando em manter isolado por quanto tempo?
— O sistema consegue calcular por buraco deste, com sobra,
a sobrevivência de no máximo mil pessoas.
— Uma senhora estrutura pelo que vejo, e os serviçais, é
seguro eles saberem do lugar?
— Senhor, meus serviçais são autômatos, eu os faço usar
mascaras, pois sei que os humanos relaxam melhor diante de
pessoas que aparentam normais, embora sejam maquinas, com
baterias próprias que lhe deixarão funcionando por 300 anos, o
problema é se algo aqui aguentaria isolado 300 anos.
— Certo, e o que pretende?
81
— Senhor, quanto para o seu grupo valeria uma base desta,
escondida abaixo de um parque temático, com heliporto, e um
aeroporto a 5 minutos.
— Teria quantos deste a fornecer?
— Senhor, eu sou capitalista, quanto?
O Almirante viu que o menino lhe forneceu uma base sem
falar de recursos diretos, mas ali eram locais de vivencia, o lugar era
bonito, seco, amplo, e o menino não os daria de graça.
— Tenho de pensar no preço.
— Para não dizer que não sou compreensivo senhor, o custo
de montar isto, esta perto de 10 milhões por pessoa aqui dentro,
não sei para o senhor, mas eu levanto isto por hora, então não sou
de pechinchar com coisas importantes, na região de Mendoncino,
que é das mais firmes da Califórnia, rocha disposta aqui desde o
Cretáceo, 10 bases destas, ou vaga para 10 mil pessoas, os
corredores entre estas bases, afastadas umas das outras, está em
construção, pois não quero loucos sobrevivendo, e sim uma
sociedade.
— Quer dizer que tem nesta região, pois ela é mais firme que
a da base em San Diego? – Almirante.
— Aquilo é outro assunto almirante.
— Certo, mas escolheu um lugar menos perigoso.
— Estou acertando os campos de energia para ativarem no
mínimo tremor, ele se materializa, as pessoas não conseguem se
mexer nos segundos dos terremotos, mas assim como as pessoas,
as coisas, e as paredes, ficam inertes.
— Está desenvolvendo algo para evitar desmoronamentos? –
O senhor.
— Sim, mas senhor, eu passei o preço mínimo, eu construo,
dou estrutura, adoro segredos, não me verá lá fora falar que tem
uma base subterrânea aqui, assim como não vai me ouvir falar lá
fora que tenho uma igual a esta no Rio de Janeiro, abaixo de minha
casa.
— E porque tanta precaução?
— Senhor, eu não vou parar minha vida por um risco, que
pode acontecer em 10 de Julho de 2012 ou até 30 de setembro de

82
2016, eu vou viver e ampliar minhas bases, pois posso estar em
Paris, posso estar em Comptche, ou no Rio de Janeiro.
— Certo, tem uma base no Rio de Janeiro então?
— Tenho família, acha que não os protegerei?
— Sabe que gosto de gente de atitude, não fica esperando
acontecer ou fica esperando, ouvi muitos falando que você perderia
tudo que tinha quando do acontecimento, mas eles esqueceram
que eles também o perderão.
— Senhor, tem coisa que ainda não tem como me tirarem,
dizem que se alguns teimosos em Washington me apoiarem, podem
tirar o planeta daqui e em 2 anos, e eu não morreria.
— Este papo de ir a outro planeta?
— Senhor, isto ainda é uma possibilidade, mas por enquanto
bases como está ainda é mais seguro que lá fora.
— E se descobrir isto depois do acontecido, se for seguro
apenas depois de não termos alternativa.
— Senhor, somos humanos, um vírus que tende a sobreviver.
— Sabe que muitos acham perigoso este tipo de pensamento,
onde se vê humanos como vírus.
— Senhor, vim aqui mostrar as bases, terei aproximadamente
100 bases destas prontas em 1 ano, estou vendendo lugares
seguros, isto não é todo mundo que tem dinheiro para comprar.
— Certo, vamos falar com o grupo, saiba que minha vaga eu
vou comprar, pois vejo nesta base o que não vi nas demais, algo
pronto, isolado, e amplo, viver em um buraco escondido não é
muito minha forma de ser. – O senhor que não se apresentara.
Pedro abre a porta e o senhor olha para os seres ao fundo,
não diria que eram autômatos, olha em volta e pergunta.
— O que está instalando ainda?
— Sistema de reciclagem de líquidos e sólidos, a parte
médica, e o campo.
— Campo? – O senhor.
Pedro caminha até a parte oposta e escavado ao norte, mais
de 10 metros de altura, por mais de um quilometro quadrado, os
seres ajeitavam lâmpadas uv ao teto, e ao chão pareciam ajeitar
uma terra, onde se poriam sementes.
O senhor olha aquilo e sorri.
83
— Toda base terá algo assim?
— Um lugar para sentir-se pequeno, e acreditar no futuro
senhor, loucura é um dos maiores perigos aqui dentro.
— E aquele corredor lá no fundo?
— Dá na base em construção de Mendoncino, mas o sistema
de transporte elétrico ainda não está instalado, as bases tem de
estar prontas para serem ligadas umas nas outras.
— Quer dizer que está realmente construindo algo para 10
mil pessoas nesta região?
— Sim.
— Temos de conversar mais, como fazemos? – O senhor.
— Quando quiser senhor.
— Meu nome é John Rockfeller, acha que podemos terminar
este assunto onde?
— Se quiser, assim que mostrar ao Almirante que não sou um
contraventor, me esperando um pouco, conversamos.
A forma que o senhor olhou para o almirante, fez o menino se
posicionar.
— E a saída é direta?
— Isto falamos calmamente, pois a forma de porta que
temos, somente os cadastrados passam por ela senhor.
— E nos daria o comando delas quando prontas?
— Sim, não vou servir de porteiro senhor.
— Lhe espero lá encima.
O senhor sorriu, e se direcionou a saída.
Pedro o acompanhou, fazendo sinal para o almirante que
logo voltaria, para o Almirante esperar.
Pedro se despediu, não falou nada, apenas olhava para os
militares ao fundo, o senhor pareceu entender que ele não dividiria
nada com tanta gente.
Pedro volta e olha o almirante.
— Fala menino.
— Deixa o grupo sair, e falamos.
O senhor viu que o menino estava serio, senhores subiram e
Pedro olha serio em volta.
— Almirante, não sei se sabe manter segredo.
— Vai ocultar algo deles, acha possível?
84
— Se vasar, terei de mudar de planos, mas esta é a única que
darei acesso antes de todas prontas.
— Motivo?
— Não quero invasão, após pago, podem ficar a vontade, mas
o preço que passei, é para poder criar o dobro Almirante, ou acha
que deixarei quem me ajudar de fora de uma proteção.
— Disto que queria falar?
— Sim, pois para um senhor destes, 10 milhões de dólares
por pessoa da família, é fácil, mas para o senhor, como levantaria 30
milhões?
— Entendi, e eles nem se preocupam, pois estariam salvos.
— Como disse hoje cedo, preciso levantar os dados, parece
que alguém deles está ganhando muito dinheiro com isto, e um
deles é este senhor, posso estar enganado, mas ele vai oferecer os
espaços aos membros por 22 milhões de dólares, e se colocar como
contato, impor que tudo passara por ele, impondo medo aos
demais.
— Gente ganhando dinheiro com a tragédia.
— Mas ai gostaria de saber se sabe organizar algo secreto.
— Qual a ideia?
— Cada base que disse ter 10 buracos, tem 11, pretendo ter
100 bases, ou 1100 buracos como este ali, para um milhão e cem
mil pessoas, eles vão comprar os um milhão de lugares, e teremos o
nosso grupo, que se vier a acontecer o pior, estarão com mil
pessoas em cada buraco, 100 mil pessoas escolhidas, mais do que
eles tem até hoje, vamos forçar o grupo deles crescer, para um
milhão de pessoas, pois até hoje, eles não são 20 mil. Por
consequência, vou na região de Camp Pendleton, montar 9 sistemas
de sobrevivência, cada qual com estrutura 25 vezes maior que este,
e preciso de um sistema que possa manter toda a estrutura do país
em condição de ser salva, através desta base, e de toda a base de
soldados e familiares da região da Califórnia.
— Mas qual o tamanho de uma estrutura destas?
— Não cabe todos, mas é uma estrutura para 225 mil
pessoas.
— E pretende manter isto em segredo.

85
— Vou falar para eles, que mentirei para vocês, e que
prometerei uma base em Camp Pendleton.
— E vai fazer mesmo?
— Almirante, eu pretendo evitar o pior.
— E não caberia mais pessoas?
— Na verdade, a ideia é permitir um crescimento controlado,
mas quero os dados, vamos tentar evitar o pior.
— Vai querer evitar o que eles falam inevitável?
— Inevitável é eu vender um milhão de vagas em buracos que
podem nem ser usados Almirante, mas vou vender e colocar os
recursos para enfrentar o problema na conta.
— Certo, o investimento na NASA é para isto? – Almirante.
— Ainda não deu tempo de sentar e conversar sobre tudo
isto. Poderíamos nos encontrar em Campo Pendleton ainda hoje.
— Terei de ir lá com você menino, não lhe será dado entrada.
— Então pede para mim e para 10 pessoas, vamos levar
alguma tecnologia também.
— Onde gostaria?
— Central Michigam University.
— Não para nunca?
— Senhor, tenho de estudar o que vai acontecer, e nada
melhor que entre os melhores.
O senhor sorriu, e os dois pegam o elevador e sobem.
O general saiu de helicóptero e Pedro olha para as meninas
ao longe, em uma grande lanchonete que tinha um monstro na
fachada, mas não tinha nome, e senta-se lá olhando os demais.
— Acabou? – Josiane irritada.
— Não, mas desta vez quero fazer disto um investimento
rentável.
— E alguma vez você faz para não ser?
— Eu gasto muito meninas.
— E vai lá? – Renata.
— Sim, vou lá, garantir uma economia de milhões e um
investimento de bilhões.
— Certo, quer ganhar quanto desta vez?
— Um projeto que não posso revelar os montantes.
Renata olha o senhor James e fala.
86
— Não quer problemas?
— Mana, eu tenho de compensar tudo aquilo que eles não
me deixaram ganhar.
— Verdade, como vai virar o pirralho mais rico do planeta se
não lhe deixarem vender aquilo.
James a mesa sorriu, eles estavam falando em código, mas
Pedro olha para o senhor e fala.
— Vou dar uma saída, mas volto.
Pedro olha o administrador e fala.
— Como estão as coisas?
— Fora ter quase colocado o dono para fora, tranquilo.
— Mantem a calma, não sei como está o movimento?
— Para um meio de semana, tá bom, mas vejo que tem gente
que a muito saiu da cidade vindo conhecer.
— Sim, vou dar um pulo ali fora, e nos falamos na volta.

Pedro sai pelo portão e os seguranças do senhor John


Rockfeler lhe conduzem a um carro.
— O que lhe fez não falar tudo lá menino?
— Senhor, as vezes temos de mentir, e tinha de fazer os
militares manterem as estruturas, pois não teremos lugar para eles,
não confortáveis, ter uma base de pesquisa, e nas pressas
transformar em algo que de para sobreviver, não é o mesmo que
teremos para viver, mas eles não precisam saber disto senhor.
— Pensando em dizer oque para eles?
— Prometi uma base semelhante em San Diego, não vai ser
como aqui, em terreno firme, mas preciso deles trabalhando até a
véspera, ou acha que conseguimos levar as pessoas ao lugar se eles
não estiverem ativos ainda.
— Entendi, mas pretende dar estrutura para pegar as
pessoas?
— Isto que queria falar senhor, eu entrarei com a estrutura,
os locais, mas quem terá de cuidar do montar disto é alguém de
dentro, nem que cobrando um pouco mais, pois estou dispondo de
pista próxima em todos os lugares, acho que conseguimos manter o
máximo de tempo os militares fiéis ao plano, mas acho perigoso um
numero tão pequeno de sobreviventes, 20 mil não gira a roda.
87
— Certo, falou serio em dispor um milhão de lugares?
— Sim, e gostaria de propor ao senhor, sei que gosta de
dinheiro, eu também gosto, tenho um produto que podemos
vender tanto interno ao grupo como externo, a pressão fez com que
não pudesse vender, mas tenho algo que tanto no confinamento
como na vida real externa, nos protege a saúde, nos fazendo um
levantamento completo, nos protege de armas de fogo, e nos serve
como porta de acesso aos esconderijos, quando cadastrados nele.
— Para que serviria isto?
— Senhor, se todos os seus rapazes resolvessem atirar em
mim neste instante, eu sairia vivo.
— Me falaram disto, mas me disseram que estava em fase de
teste.
— Senhor, esta em fase de teste, pois eu e todos os meus
rapazes andam com isto, graças a isto não perdi meu presidente, da
empresa.
— Certo, você quer algo pessoal, não aquilo que falou lá.
— Aquilo é para hospitais, para o povo a rua, que não teria
como dispor de algo que o protege 24 horas por dia.
— E vai querer quanto por aparelho?
— Este não é para venda em escala, é para quem tem
recursos, pensei em produzir entre um milhão a no máximo 3
milhões, mas algo entre 5 e 7 milhões de dólares, com garantia de
funcionamento enquanto a pessoa estiver viva.
— Querendo por uma fortuna no bolso?
— Preciso me organizar senhor, vocês vendo eu fazer, não
entendem o custo do que se faz, e nem a tecnologia que precisa ser
desenvolvida.
— Dizem que é um diamante o seu segredo?
— A aparência de um diamante, internamente, sim, carbono
pressionado em alta pressão fazendo circuitos bem microscópicos, e
que podem lhe garantir algo que poucos terão senhor, uma vida
longa e saudável.
— E pretende vender a partir de quando?
— Paris em duas semanas, sem anuncio, apenas para
convidados e pessoas conhecidas, que tenham recursos, não
estamos lá pra demonstrar para pobres senhor.
88
— Compreendo, e nem vai fazer publicidade?
— Tem gente querendo roubar isto senhor para fazer arma,
desculpa, estes pobres e estes militares, as vezes me irritam.
— Vou falar com uns amigos, pensei que tivessem lhe
barrado nisto?
— Eles barraram outra coisas, mas que com tempo eu
recupero, mas acho que eu não tinha entendido a urgência disto.
— E para que tanto dinheiro?
— Senhor, eu vou tentar evitar, mas antes de tentar, vou
garantir que pessoas estejam vivas se eu sobreviver.
— Certo, quer investir em algo que tente salvar o planeta,
mas sabe que pode dar errado.
— Eu estarei seguro quando acontecer senhor, independente
de ter um sistema que queira barrar.
— E tem um plano?
— Sobreviver.
— E vai daqui para onde?
— Tentar acertar as coisas em San Diego, eu deixei uma
bagunça, mas precisava chamar a atenção.
— E vai fazer oque lá?
— Estudar outras tecnologias, para que possamos ter uma
chance, espero que de tempo.
— Vai mesmo a uma briga destas?
— Sim, vou.
— Bem vindo ao grupo de pessoas que admiro menino, sabe
expor ideias com clareza, e seus objetivos, vi que não é destes que
prometem e nem sabem como fazer, está fazendo já.
— Senhor – Pedro passa seu cartão para o senhor – vai
fechando grupos de mil pessoas, sabe que quero receber por cúpula
de mil pessoas, 10 bilhões de dólares, se alguém quiser comprar
uma para sua família, mesmo que tenha mais ou menos pessoas,
podemos fechar com eles, mas não nos responsabilizaremos pela
ordem interna dai.
— Certo, o preço é por cúpula de mil, independe de quantos
estarão lá.
— Pode não parecer, mas custa montar algo naquela
profundidade com a tecnologia que disporemos, e como quero usar
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este recurso em tecnologia e mentes pensantes, o que estou
vendendo, preciso vender ainda este ano, e se precisar de mais
buracos fala, eu propus fazer mil buracos de mil pessoas, mas se
precisar de mais fala.
— Sei de gente que só pelo autômato interno que vi lá
pagaria esta fortuna.
— Senhor John, se tem alguém que pagaria por um protótipo
daquele 10 bilhões, fala, forjamos o roubo de um e vendemos,
preciso de recursos, para por na NASA, na CNES, e outros institutos
que trabalham com satélites.
— Certo, não tem medo de concorrência?
— Vejo os autômatos no futuro, como os carros no passado,
10 anos apenas a elite, e depois cada vez mais popular e com
maiores usos.
— Mas para isto temos de chegar lá.
— Vamos chegar, a pergunta é se os demais estarão lá John.
O senhor sorriu, o menino se despediu e saiu do carro,
voltando para a parte interna.
Chega a um carrossel de terror, abraça Rita que se assusta.
— Voltou?
— A tarde tem mais bagunça.
— E parece mais leve.
— Mostrando meu valor vivo, não morto.
— A CIA vai nos deixar em paz?
— Não confio na CIA, se fossem nos deixar em paz, não
estariam por ai.
— Mas acredita que vamos ter paz?
— Vou por o secretário de segurança a par, e propor montar
um esconderijo para o presidente em Washington.
— Vai comprar a paz?
— Acho que acabo de vender a paz, mas tudo bem.
— Não entendi?
— Abri a porta de uma arapuca, e acredito que entrem nela
pelo menos 5 milhões de pessoas dispostas a pagar o preço que
pedi.
— Preço que pediu?
— 10 milhões de dólares por cabeça.
90
— E quanto daria isto?
— Um dinheiro que não preciso, mas que posso usar para
descobrir se o medo deles, que os faz comprar isto é real, e se for,
vou tirar toda minha família da planeta em um ano.
— O que eles desconfiam?
— Que o sol irá jogar sobre a terra, uma camada de íons
positivos, tão forte, que queimaria tudo que tivesse na superfície
atingida por esta onde, e se a onda tiver um comprimento de mais
de 24 horas, toda a vida da Terra como conhecemos, seria
aniquilada.
— Eles estão comprando uma passagem para fora?
— Não, eles estão comprando bases subterrâneas, como a
que tem abaixo de nossos pés, escavada na rocha.
— Eles querem se safar e deixar os demais morrerem?
— Como num caso destes se salvaria 7 bilhões de humanos,
mas o principal, mais de 20 mil seres por espécime, das mais de 100
milhões de espécimes que existe na terra?
— Certo, seria impossível, por mais que desse, daria trabalho,
e eles esperam isto para quando?
— Entre Julho de 2012 e Outubro de 2016.
— Nossa filha não terá um ano ainda.
— Rita, eu sei que eles desconfiam disto a mais de dois
meses, mas somente agora tive acesso a quem são eles, e o que
pretendem fazer, eu não desisti da Terra, mas como disse, se for o
caso, todos para um túnel os jogando a anos luz da Terra.
— E vai tentar evitar?
— Eu gastarei tudo o que ganhar para tentar evitar Rita, esta
é minha casa, este planeta chamado Terra.
— E eles nem desconfiam disto.
— Deixei claro que vou tentar evitar, mas somente depois de
saber que existem pessoas com chance de sobreviver, hoje a tarde
vou a uma reunião que pode ser produtiva, mas quem vai sou eu,
Pedro Rosa, o Rosinha, e nem sempre eles me levam a serio.
— Por isto está agitado?
— Estou pregado e ao mesmo tempo ligado na tomada, mas
vamos tentar dormir em casa esta noite, na casa dos outros não
vale.
91
— Verdade, até Renata tá com cara de quebrada.
Pedro vê que o brinquedo era assustador, e olha para a saída
e fala abraçando Rita e a dando um beijo.
— Se divirtam, sabem que eu não paro.
— E volta?
— Sim, volto.

Dallan olha para a mensagem de Pedro e vê que ele esta o


chamando de sua casa, em Mugu.
— O que precisa menino?
— Saber se pode me ajudar Dallan?
— Sabe que não sou de ajudar.
— Então esquece.
— Não vai insistir.
— Um dia vai aprender que eu não ligo se não preciso ligar,
sou péssimo nesta coisas de pedir favor.
— E se me propor a ajudar?
— Não quero obrigar ninguém Dallan.
— Fala de uma vez antes que me arrependa, o que precisa?
— Saber o que eles tem de dados deste tal evento, parece
algo chutado, o sol está logo ali, uma unidade astronômica, e não
vejo como isto pode nos matar, parece muito incomum este dado,
preciso saber o que é real, e como podemos evitar isto.
— Acha que pode evitar?
— Ainda não sei nada Dallan, o que sabemos é que por algum
motivo eu vou sobreviver a isto, e acredito nisto, a pergunta, quer
levar o planeta Terra junto, ou deixamos o Planeta para trás?
— E como teria certeza?
— Há um tempo, um Trono me disse que seria o Netser a
passar a palavra aos 31 anos, mas nunca pensei passar apenas para
sobreviventes, pensei em anunciar ao mundo.
— E quer saber se detém o acontecido ou o que faz?
— Dallan, eu vou vender buraco a aqueles malucos, mas isto
vai me gerar recursos, eu quero saber, o que posso fazer com estes
recursos, quem seriam os cientistas que me dariam as respostas,
quem me faria propostas de enfrentamento, e finalmente, quem
estaria ali ao meu lado para enfrentar isto.
92
— Por isto a reunião?
— Acho que devo arrecadar até o fim do ano o que me
permitira agir, mas preciso saber, o que fazer Dallan.
— Vou lhe passar os dados, e me informa depois.
— Vou deixar uma vaga para você, Sabrina, e mais dez
técnicos de Los Alamos com família, reservado no buraco de Camp
Pendleton.
— Sabe que não pedi.
— Mas pensa nos outros um pouco Dallan, pode ter um
buraco, mas tem de ter para onde fugir se realmente acontecesse.
— Estou lhe passando.
Pedro recebe, olha os dados, muita coisa técnica e chama
para uma vídeo conferencia Jean-Yves e Banneker, espera os dois
responderem e começa olhando os dois.
— Boa madrugada Jean, desculpa a hora.
— O que o faz me ligar a esta hora?
— Estar na Califórnia deixa eu sempre depois dos horários
saudáveis, mas me veio uns dados a mão e gostaria de saber, se
concordam com eles, se concordarem, o que faremos para evitar o
pior.
Pedro passa os dados via sistema e espera eles lerem.
Benneker olha os dados e fala.
— Sabemos da possibilidade, tem gente alardeando isto, mas
não sei se a gravidade é esta.
— Como descobrimos a gravidade Banneker?
— Se for estes dados, seria extinção em massa.
— Banneker, pense que quem fez estes relatórios, estão
dispostos a me pagar 10 milhões de dólares por pessoa da família,
para os por em um buraco seguro.
Jean-Yves termina de olhar os dados e pergunta;
— Quem lhe deu estes dados?
— Se denominam de “Grupo”, só tem bilionário ali, mas a
pergunta, se forem reais, como evitamos isto?
— Acha possível ser real?
— Jean, eles vão me por na conta um trilhão de dólares, que
se preciso, torro tudo para resolver, mas preciso de ideias.

93
Banneker olha o menino, ele estava falando serio, ele sempre
falara, mas parecia mais enfático.
— Temos de estudar estes dados Pedro, vou apontar para lá
alguns satélites, a analise é imprecisa, mas mesmo estes dados o
são, eles parecem assustadores, mas o que pretende?
— Não sei se dá tempo de montar uma proteção, não sei o
que barraria algo assim?
— Provavelmente não, mas o que fará se todos dados
estiverem corretos? – Jean.
— Eu posso esconder alguns Jean, mas não tenho como
esconder 7 bilhões de seres, principalmente porque eles não
estariam em ambientes que os sustentem, e não tenho como passar
para o outro lado em um ano, 70 bilhões de seres em 100 milhões
de espécimes, para manter um eco sistema, estou começando, não
daria tempo.
— E pretende oque? – Benneker.
— Por pessoas que saibam deixar as diferenças de lado, e
saibam segurar a informação, pânico não vai ajudar nesta hora a
estudar este problema, sei que a mente humana é ótima para este
tipo de desafio, mas tenho de saber como o enfrentar.
— E vai financiar isto?
— Alguma duvida que torro minha fortuna por algo que
acredito? – Pedro.
— Mas pretende por quem no começo?
— NASA, CNES, Universidade da Califórnia, Universidade de
Michigan, e todos que quiserem pensar em uma saída.
— Prazos apertados, para até montar um satélite. – Jean.
— Concordo, mas vamos verificar os dados, pretende
conversar sobre isto com quem?
— Senhores, se for o caso, estarei montando uma base
subterrânea a mais em Paris e uma na Florida, para que tenhamos
dados mesmo se tivermos em meio a crise.
— E estes malucos, não vão atrapalhar? – Jean.
— Por isto preciso de dados concretos, pois algo que nos
atingisse na duração que eles falam, de julho de um ano a outubro
de 4 anos depois, é muito tempo, não sobraria nada.

94
— Concordo que os dados são muito alarmantes, mas pode
ser para que o grupo se posicione, não para nós lermos.
— Pode ser até uma forma de alguns ditos ricos ficar mais
ricos sobre os demais, por isto preciso saber, se é verdade, qual a
intensidade disto, e o que poderíamos fazer para barrar algo assim.
— Vou conversar com alguns, vamos refazer estas analises,
vou precisar de uns dias para isto. – Banneker.
— Sei disto, mas troquem ideias enquanto isto, as vezes uma
ideia boba, é a que nos salva.
Pedro desligou e pede um helicóptero e se direciona para
Camp Pendleton, no helicóptero vão 10 autômatos, que parecem
humanos, todos com identificação, e poucas palavras.

Sabrina chega a sala de Dallan e fala;


— E dai, o que vamos fazer com estes dados?
— O menino vai investir pelo que falou com Banneker e Jean-
Yves, um trilhão de dólares neste projeto, mas ele quer saber se é
real, e colocou duas agencias espaciais para fazer o levantamento.
— Eles o ouvem, mas acho que tem algo contraditório nestes
dados?
— O que fala?
— Que existe uma forte onda prevista a partir de 2012 por
aproximadamente 2 anos, é um padrão de comportamento, mas o
que alardeou os cientistas foi um satélite da NASA que detectou um
rombo no campo de proteção da Terra.
— De quando são os primeiros dados?
— Eles tem dados a mais de 20 anos afirmando isto, eles
estão se preparando, o menino vai tentar acalmar as coisas, e com
certeza, se ele vai por dinheiro nisto, ele terá de selecionar o que é
ciência provada e ciência hipotética.
— Ele sabe disto, mas ele quer dinheiro, ele sabe como
conseguir, e sempre digo que ele é perigoso quando põem uma
ideia na cabeça.

Pedro pega o celular no helicóptero e liga para o secretario de


segurança.
— O que quer menino?
95
— Precisamos conversar secretario, onde não fique gravado,
e que não seja perigoso, pois apenas preciso perguntar uma coisa.
— E porque não pergunta por telefone.
— Pelo menos 12 agencias federais de seu pais ficariam
sabendo.
— Onde?
— Pode ser no cais que surgiu ao sul da Califórnia ontem.
— O que quer conversar é importante?
— Acho que não me entendeu secretario, eu não lhe ligo se
não tiver o que falar.
— Vou agendar minha ida lá.
— Assim que tiver o horário me avisa, estarei no Central
Michigan University em Camp Pendleton, que vou para lá.

Pedro pede permissão para descer e ficam ao ar mais ao sul


da pista, olhando 10 caças descer e somente depois recebem
autorização para descer, se dirigindo a região da Universidade.
Pedro desce e olha em volta, e olha os rapazes.
— Eu falo.
O almirante chega a ele com mais 3 generais.
— Veio, o que quer agora? – General Guedes.
— Propor algo, em parceria com a Universidade, estudar aqui
uma coisa que não se falara quase nada fora desta base senhor.
— O que?
— Uma chuva de íons de próton vindos do sol, no ano que
vem, deteriorando a nossa camada de proteção e queimando quem
não estiver protegido.
— Acha que acreditamos nisto? – General Mark.
— Nem eu acredito ainda, apenas eu vim conversar, pois um
grupo de bilionários, está disposto a me pagar para lhes salvar,
fazendo buracos seguros onde eles possam sobreviver a isto.
— E acha que se for verdade, podemos fazer oque? – Outro
general.
— 9 bases abaixo de nossos pés, onde possamos ter toda a
base politica e militar segura, se for o caso.
— Sabe quanto custa fazer algo assim? – General Mark.

96
— Não estou falando de dinheiro ainda general, estou
propondo, assim como criarei uma base desta em Washington, uma
na Florida, para que possamos mesmo que aconteça, manter a
ordem, e a vida de seres para recomeçar.
— Acha que pode acontecer? – General Mark olhando o
Almirante Jason.
— Existem bilionários que efetuam gastos a mais de 20 anos
para isto.
— E acha que devemos nos precaver? – General Guedes.
— Ainda não sei a ideia do menino, mas não podemos fazer
de conta que não existe uma ameaça, se ela existir.
O almirante olha a porta e vê dois rapazes e fala.
— Vamos entrar, pelo jeito temos de conversar.
Entram em uma sala e os dois rapazes, militares em
formação, olham desconfiados para os que acompanhavam o
menino.
Pedro olha para os rapazes e um fala.
— Não é pequeno demais para estar numa base do exercito?
— Tentando ajudar, mas pode ser que não me autorizem.
— Ajudar? – Sorri o rapaz.
Pedro olha para os demais e fala.
— Senhores, a ideia é simples nos próximos 10 dias, General
Dallan vasculha tudo que este grupo tem de informação, o que eles
acham que vai acontecer, o pessoal da Estação Espacial, vai mirar
seus aparelhos ao Sol e ver se está acontecendo como eles falaram,
a NASA vai por satélites para verificar o Sol e a proteção
eletromagnética da Terra, precisamos de gente aqui e na base em
Los Alamos calculando os dados e nos dando se é real ou não.
Mark olha o menino e pergunta.
— E se for real?
— Em 5 dias, trarei pela base do Airport Imperial Beach Nolf,
a base náutica, duas estruturas que resistem a explosão do sol se
ele não chegar a desmanchar o planeta, base na qual estudaremos
os dados enviados, e formas de evitar isto.
— Vai tentar evitar?
— Não tenho e não acredito que alguém tenha, como tirar
alguém da Terra em 5 anos, que é o prazo máximo do evento, o
97
mínimo para o fim do ano que vem, então não é opção, mas preciso
de ideias que deem certo, e não sejam de difícil execução.
— Mas tem ideias?
— Senhores, o que me chama atenção, é que eles estão
investindo a 20 anos para sobreviver poucos, mas indagados se
gastariam fortunas a mais agora no fim, para ter mais chance, eles
não pensaram, afirmaram sim, enquanto falo com vocês, meu
celular confirma a primeira leva de 20 mil compradores, ou pouco
mais de 200 bilhões confirmados em vendas, eles tem medo
suficiente para o grupo se falar e decidir rapidamente pela vaga em
um buraco mais fundo do que o exercito conseguiu fornecer.
— Esta dizendo que o que lhe assusta é que eles acreditam
piamente que vai acontecer? – Almirante.
— Sim, isto que me assusta.
— Vai querer uma vaga numa base desta?
— Não, vou estar até o ultimo segundo tentando enfrentar,
não me adianta me esconder, vou pedir algumas poucas vagas para
pessoas de Los Alamos, mas isto vemos com calma.
— E teria como fazer estas bases aqui?
— Sim, se me autorizar, preciso apenas de 9 pequenos
barracões para por os elevadores, os técnicos vieram pra iniciar isto
se nos for permitido ajudar.
— Falou em quantas vagas nesta base?
— Uma base avançada para 225 mil militares.
— E tem como ficar pronto?
— Senhor, eu sou teimoso, eu faço acontecer, mas
precisamos nos posicionar agora, e nos preparar para isto?
— Pretende algo?
— Instalar 20 observatórios astronômicos, 12 bases de estudo
do que temos a estudar, podemos achar algo que nos safe, e
principalmente, preparar alguns lugares a mais para viver. – Pedro.
— Não entendi. – General Guedes.
— Posso lhes atravessar para outro planeta, se for o caso.
— Fala serio.
— Falo, mas não tenho do outro lado vaga para 7 bilhões de
habitantes ainda, pois se tivesse, eu proporia os salvar se fosse o
caso.
98
— Mas teria quanto?
— Tenho um estudo em uma região que chamo de eP12,
onde existem outros 12 planetas habitáveis, mas ainda sem
estrutura alguma.
— E não iria falar disto? – Guedes.
— General Guedes, acha mesmo que a base externa em
Beach Nolf é a parte interessante?
— Não entendi.
— Na parte baixa, onde poucos tem acesso, estudamos
passagens para estes mundos, isto que nos proibiram de fazer na
França.
Os dois rapazes ouviam a conversa e um olha para o general e
pergunta;
— Porque ouvem este menino, é uma criança.
— Pedro Rosa, estes dois são os melhore especialistas em
tecnologia de Íons que temos.
Um dos rapazes olha para o menino e fala.
— O menino de todas as revistas especializada em software?
— Sim, mas vocês que entendem disto, poderiam me
responder uma coisa, sempre achei que não entendia isto, mas a
dois anos, satélites observaram a existência de antimatéria, mais
exatamente, antipróton, na região afastada rodeando a Terra, isto é
real?
— Ainda há divergência, muitos afirmam ser, mas não temos
como obter dados, apenas os registros quando algo passa por lá.
— Pouco ou muito de antimatéria?
— Qual o interesse?
— Uma das formas que pensei de enfrentar este perigo, se
for real, seria tentar de alguma forma, por esta antimatéria no
caminho dos íons.
Os dois se olham e o que não havia falado se manifesta.
— Ainda não sabemos como eles foram parar lá, mas
podemos estudar onde eles estão, pois realmente, a região na Terra
que eles estiverem, será a menos afetada pelos íons, mas seria um
show de luzes assustadora.
— Estando vivos para acompanhar.
— Algo mais de ideias, pois esta eu gostei. – O rapaz.
99
— Na verdade estamos ainda na hipótese, teremos em 10
dias a resposta referente a profundidade do problema, mas como
não podemos perder tempo, precisamos começar a construir agora
a nossa defesa, para estar tudo pronto quanto antes.
— E pretende fazer as bases mesmo assim?
— Eu desconfio que cada hora que perdemos pode nos faltar
na hora que isto vier a acontecer, não estamos falando de pessoas
crédula em Deus, não estamos falando em pessoas que não tem
motivos para se apegar ao dinheiro, não estamos falando de
pessoas que estão vendendo tudo, entrando em pânico, estamos
falando de pessoas como os Rockfeller. – Pedro.
— E precisa de que? – Um dos rapazes.
— Os rapazes tem a posição via GPS, de onde serão as bases,
se um dos dois puder os conduzir ao locais, eles marcam, começam
o primeiro buraco, e iniciamos tudo.
— Não entendi? – O rapaz.
— Não tem como explicar antes de ver rapaz. – Pedro.
O Almirante olha para um dos rapazes e fala.
— Os conduz aos pontos Peterson.
— Sim senhor. – Fala o rapaz batendo continência, e vendo os
rapazes o seguir, sem nem imaginar o que eram, cada um deles
carregava uma mala, se o rapaz tentasse ergue-la talvez entendesse
que não eram humanos.

Pedro acertou os dados e recebe a ligação do Secretario de


segurança, e pede um momento, voltava, mas precisava ir a Beach
Nolf.
O rapaz conduzem os autômatos, aos pontos, viu quando o
primeiro buraco surgiu ao chão, sem imaginar o que se fizera bem
abaixo.
O rapaz depois de deixar os demais observa o ultimo rapaz,
olha para o projeto no notebook do rapaz, olha a cor vermelha
tomar o lugar, olha o rapaz intrigado daquele rapaz silencioso, vê
ele descer por uma escada em pedra, chega a um grande salão,
abrir a pasta, viu ele parafusar na rocha, e ajeitar um tecido negro a
parede, tecido que depois de ligado, pareceu tomar a aparência da
rocha, e quando ele ativou, o rapaz viu os autômatos entrando pela
100
passagem, com muitas coisas as mãos, demorou para ver que eram
lanternas, luzes de segurança, mais 9 portais que começam a
montar. Meia hora de observação pasmo, fez o rapaz olhar eles
trazendo uma estrutura de elevador, para o fim do corredor,
começam a por estruturas, mas ouviu a voz estranha do ser,
pareceu não ser Norte Americano.
— Agora já podemos chegar ao salão principal.
Os dois caminham e chegam ao centro daquele salão,
estavam no topo de um buraco, se via as entradas andar por andar
para baixo e os autômatos em quase todo lugar, o rapaz olha para
baixo, olha a mureta que separava do vão, rocha esculpida, alisada,
diria que um acabamento perfeito.
— Isto que a luz faz?
O rapaz (autômato disfarçado) sacode a cabeça
afirmativamente.
— Vamos voltar, deixa os autômatos de serviço fazerem seus
serviços.
O rapaz reparou que nada ali continha arma, mas viu que no
corredor, haviam alojamentos, com sala, área de estar, e 3 quartos,
por todo lado, e os autômatos estavam ajeitando a estrutura.
Voltam a parte superior e o rapaz olha que havia uma
construção que não tinha antes, agora em pedra, ainda sem porta,
mas o que vira foi incrível.
— Vamos pegar os demais. – O autômato.
Começam a voltar.

Pedro chega a região de Beach Nolf, olha para o general


Parkinson, ao lado do Secretario de Segurança.
— O que quer menino?
O senhor olhava em volta e fala.
— Me disseram que ficaria invisível.
— O prefeito não deve ter reclamado de fornecermos energia
de graça a San Diego, o que nos fez mudar de tática, mas podemos
entrar senhor.
— Onde?
Pedro indica o caminho e vão a base ao fundo, um pequeno
barracão, e uma serie de identificação, de confirmação e descem,
101
chegam a parede metálica, Pedro destrava a base e chegam a um
outro elevador e descem para a parte ampla do andar mais baixo.
O secretario olhava em volta, uma base secreta, uma que não
conhecia, ao fundo testes de tiro, não entendeu, mas viu o menino
chegar a uma mesa e sentar-se.
— Já tem acesso assim, fácil a nossa tecnologia?
— Senhor, ou se desarma, ou não vai dar certo.
— Não confio em você.
— Não confio em gente sem função em crise também, mas
não estamos ainda em crise.
— E o que quer falar?
— Antecipar o que farei, e o que gostaria de fazer, para
garantir maior segurança minha e sua.
— Não entendi?
— Me inteiraram da existência de um perigo eminente para o
ano que vem, vindo do sol, e resolvi oferecer ajuda.
— Ajuda?
— Me propor a construir uma base de sobrevivência abaixo
da cidade de Washington, onde se a crise vier a acontecer,
pudéssemos vir a proteger, executivo e legislativo deste país.
— Acho que não lhe informaram que já temos algo assim.
— Dispensando ajuda secretario? – Pedro olhando o senhor,
estranho o como aquele senhor tentava se manter firme, diante de
uma criança.
— Vai querer receber por isto?
— Logico, mas vai sair por 10 por cento do que custou a
maior base que vocês construíram, mas com instalações novas e
acabamentos melhores, mas o preço não é o principal senhor, é ter
um local rápido, seguro, a poucos metros da Casa Branca e do
Capitólio, um local que pudesse manter em caso de risco, aparência
de normalidade, até o último segundo.
— Daqui a pouco vai querer mandar no Presidente.
— Oferecendo o que ofereci a quem tem dinheiro para pagar,
um buraco para se esconder, pois senhor, eu estarei do lado de
fora, tentando evitar, tentando entender, se eu evitar, todos vão
tirar sarro dos que fazem alarde, podem até me ridicularizar, mas se

102
estivermos vivos, para mim é o suficiente, mas não gostaria de ver
tudo desandar.
— Acha que vai acontecer?
— Senhor, o que queria era uma pausa na nossa briga, pois
preciso colocar NASA, CNES, e pelo menos 200 pessoas me dando
dados, formas de evitar, mas estou oferecendo algo, para ter paz, e
poder olhar o problema, o que vê aqui, é uma base que está no
contrato que assinei com a Marinha, hoje tenho acesso, em 3 dias,
quando estiver pronto, pois não vê os andares em construção, mas
assim que tiver pronto, eu terei de ter permissão para entrar aqui.
— Pensei que não dividiria tecnologia. – Parkinson.
— Tento a mais de mês dividir o que sei, e o que aconteceu
foi uma tentativa infantil de me matar e me culpar por minha
morte, mas isto já passou.
— E vai pedir dinheiro para isto?
— Eu vou tirar de meu bolso senhor tudo que ganhei para
evitar o pior, esta é a diferença, sei que a vida deste planeta, pode
me gerir mais dinheiro e vida, que num buraco pela vida inteira.
— E vai propor que tipo de instalação?
— Sei que conhece o John Rockfeller, estou entregando
semana que vem a primeira base para o grupo de sobrevivência, dá
uma olhada e vê se interessa.
— Sabe que muitos falam de bases secretas, mas sei estar
dentro de uma.
— Senhor, esta base esta enterrada, para se precisar reiniciar,
ter onde buscar a tecnologia para isto.
— E quer uma trégua.
— Eu proponho paz, mas sei que alguns não sabem viver em
paz, então uma trégua.
— Vou passar a oferta ao presidente.
Pedro levanta-se e fala;
— Tenta senhor, é difícil ter de enfrentar o sol, tendo de
pensar que alguém está lhe querendo acertar pelas costas.
— Certo, vou impor a trégua, sei que no fim está dividindo o
que disseram que não fariam?
Pedro levanta-se pensando que era bem o senhor que
repetira milhares de vezes que ele não faria o que estava fazendo.
103
— Vamos sair, os técnicos vão começar a instalar as medidas
de segurança senhor.

O rapaz estava voltando ao primeiro buraco, se via a


universidade a pouco mais de 100 metros, Peterson viu o rapaz
saindo por uma porta simples, a mais ampla e os demais saíram da
picape do exercito e um deles lhe olha;
— Afirma para o comando, que vamos voltar pelo portal, não
temos mais o que fazer aqui, Pedro deve terminar a apresentação e
expor a ideia.
O rapaz viu os 9 rapazes entrarem e descerem, fica a olhar,
não entendia aquilo, tinha visto se materializar do nada bases,
entrou na ultima, mas deveriam ser replicas umas das outras, entra
no carro e volta a área da Universidade.
Entra e alguns olham-no.
— E os rapazes?
— Já voltaram general, mas nunca havia visto o que vi, como
alguém cria um buraco, com acabamento, e dispõe de tecnologia
que nem imagino a forma de funcionamento.
— Do que está falando?
— De uma leva de autômatos de serviço, estarem em 9
pontos, executando bases de sobrevivência, colocando iluminação,
acabamentos, encanamentos, fiação, erguendo em horas o que
achei que demoraria dias, digo meses, para o ponto que está.
Começam a conversar, os dados eram tão estranhos que o
rapaz estava contando quando Pedro entra novamente pela porta.
Peterson olha para o menino e pergunta;
— De onde tira coisas como as que está instalando lá em
baixo?
— Vamos a primeira, ali na frente, e explico o que posso, já
que isto será de vocês, não meu.
O rapaz olha para os comandantes, e começam a sair, veem a
pequena cabana, de pedra, mas mesmo assim, algo insignificante a
beira da estrada, e entram nela, o elevador imenso já estava ali,
descem até o andar mais baixo, e caminham pelo corredor, Pedro
olha para cima e sorri.

104
— Senhores, esta é uma base autônoma de segurança,
estamos abaixo da crosta, com paredes de rocha, com uma laje
superior de rocha de 32 metros, acima dela, tudo que conhecem lá
fora.
Os generais olhavam aos autômatos, olham os acabamentos
e olhar para cima, era algo estranho, primeira vez, o pé direito de 4
metros por andar, dava a atura do teto naquele centro, mais de 85
metros acima.
Pedro olha os autômatos começarem a escalar o topo da
caverna e colocar as placas de iluminação, e todos foram vendo
aquela luz azulada, por uma película azulada tomar o topo da
caverna.
— Sabe que se construir nesta rapidez, precisamos correr por
outro lado. – General Mark.
— Senhores, eu vim aqui hoje apenas para dispor disto,
preciso de ajuda, preciso de gente tendo ideias, pois não me adianta
meia ideia, talvez tenhamos de usar estes lugares, quando falo em
225 mil pessoas, comporta mais, mas é que vocês terão de
sobreviver aqui, o túnel que nos traz aqui, pode atravessar 35
metros de pedra ou 125, pois a ideia é a bases estarem ligadas entre
elas, existirão regiões de provisões, mas estas virão ao local apenas
no ano que vem, e estas provisões ficam espalhadas, não quero um
grupo pensando em sobreviver, explodir os caminhos para os
demais.
— E pretende ter isto pronto quando?
— Antes de ter os dados, pois preciso após os dados, me
dedicar a pensar e trocar ideia, quero que os técnicos, engenheiros,
cientistas, pensem em como salvar o resto do planeta, pois eles
estarão aqui, para garantir o futuro.
— Teremos de levantar os dados, não temos eles. – Peterson.
— Rapaz, o General Dallan está levantando todos estes
dados, que estes que se escondem dizem ter, ele vai passar para
vocês, para os cientistas deles, para a NASA e para o CNES, vou
pedir uma copia para por mais 10 grupos de cientistas pensando, e
se me olhar lá fora, não verão alguém que esta fazendo isto, verão
apenas um menino investindo, mantendo os planos para um futuro,
que pode nem existir.
105
— E tem ideias?
— Tenho, mas eu tenho minha missão rapaz, e sei que estou
atrasado.
O menino se despediu, viram ele chegar a uma porta, parecia
apenas um quadro, ele ativou e atravessou, o general chega até o
lugar e pergunta.
— E alguém sabe como ele faz isto? – Mark.
O almirante olha para cima, parecia que estavam numa parte
externa, aquele céu azul, claro, sem um sol, mas como se fosse dia,
e fala.
— General, tem coisas que ainda temos de entender a
ciência, - Almirante James pegando o celular – Secretário, está
onde?
— Me inteirando do que este menino está fazendo aqui em
Beach Nolf.
— Estamos o esperando para conversar em Camp Pendleton.
— O que pretendem?
— Lhe por a par do problema e propor parceria, pois não
gostaria de apenas ver um menino salvar o mundo e sair falando
isto.
— Certo, em minutos estou ai.
— Pede para lhe trazerem a Michigan University.

Pedro surge em Comptche, olha para a base quase pronta,


olha para os autômatos e dá os comandos para se recolherem, faz a
analise das bases, e dá instrução para começarem a construir outras
100 bases, na surdina, teria que entregar as primeiras e gostaria de
ver mais dinheiro nas contas.
Pedro sobe para o parque e olha em volta, tarde indo para o
fim, a temperatura estava agradável, senta-se no restaurante e
pede algo para comer.
Fica a olhar o movimento daquele dia e vê uma senhora
sentar-se a mesa e lhe olhar.
— Sabe que o exercito está tentando saber onde escondeu
todo aquele material.
— Precisando de algo senhora?

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— Você pelo jeito resolveu por os pés onde ninguém coloca a
séculos, pois o agito no ar a seu respeito é algo que me intriga.
— Senhora, o problema de ter uma missão, é saber que
muitas vezes os demais vão morrer no caminho, e sua missão lhe
levará ao futuro, uns chamariam de carma, eu chamo de missão.
— E o que faz aqui hoje?
— Deve ter visto sua filha por ai?
— Vi de longe, a muito brigamos.
— Brigaram e ela nem sabe da verdade, imagina se soubesse.
— Me intriga você saber.
— Senhora, as vezes, na loucura fazemos coisas erradas, mas
é esta mesma loucura, quando a transformamos em sabedoria, que
nos dá a redenção.
— Sempre falando bonito, mas não tenho como perder a
força dele, ficaria fraca.
— Se você fica fraca sem a força dele, enganou muita gente,
antes dele, pois seria uma charlatã antes disto.
— Vai me ofender?
— Mente descaradamente senhora e eu que a ofendo?
Pedro vê o rapaz trazer algo para comer pede licença e vai ao
banheiro, lavar as mãos.
A senhora olha a comida de Pedro despeja algo nela, troca o
suco, e apenas levanta-se saindo lentamente ao fundo.
Pedro volta e senta-se, olha a salada, come ela calmamente,
depois um pouco de suco, estava no segundo gole de suco, quando
sente a mão soltar o suco, vê o mesmo desabar na mesa, olha para
onde ele estava, olha para suas mãos, não as via, sente ser atraído
para um lugar e olha um rapaz a sua frente.
O rapaz com traços de um descendente de Navajo como
Sheila, olha para ele assustado.
— Ela aprisionou mais um?
Pedro olha para o rapaz e fala.
— Deve ser Robert James.
— Sim, e quem é você?
— Pedro Rosa.
— Não é da região.
— Não, como não enlouquece aqui dentro?
107
— Eu consigo ver oque ela vê, mas dificilmente você verá isto,
mas porque se deixou pegar?
— Robert, seus pais estão ainda sofrendo sua perda, sua irmã
anda chora quando olha sua foto, sabe disto.
— E veio me falar isto, porque me trazer mais peso?
— Não vim como peso, vim como amigo, a pergunta é
simples, quer sair daqui?
— E como sairia, não tem portas?
— E o caderno não deixa nada ai muito tempo, não é?
— Sim, nem sei como está toda a cidade, ela não vai lá.
— A cidade não existe mais Robert, você existe ainda, pois
Irene o prendeu em sua magia, e se afastou, pois quando Paula
Carson aos 10 anos tomou ciência de quem era, mandou todos a
inexistência.
— Todos, falou de minha família.
— Eles saíram da cidade quando você sumiu, acham que você
se matou.
— Então meu amor se perdeu?
— Amores, corremos atrás, não sei ainda achar todos lá, os
recentes vão a mesma área, mas os demais, devem estar a vagar a
muito, pior, muito para nós, pois para eles não existe tempo.
— E como saímos daqui?
— Eu estou esperando algo improvável.
— Algo improvável?
— Uma confissão e um libertar por bem.
— Ela não o fará?
— Veremos.

Renata estava a olhar o irmão ao longe quando ele sumiu,


Rita olha a cena, não entendeu e olhou para Renata.
— O que aconteceu?
— Traição da feia, mas calma, ele já volta.
— Ele foi onde? – Joseane.
— Puxado para dentro da magia de uma bruxa local, digamos
que a palavra seria Curandeira local.
— Ele está bem?

108
Renata não fala nada, sente a mudança de tudo a volta, como
se a energia das nuvens tivessem sumido, como se algo caísse
pesado, sobre a região, nada físico, apenas energia, sente alguém
ao fundo surgir e olha para lá.
Pietra anda até Renata e pergunta;
— Quem se atreve a tentar o enfrentar?
— Uma curandeira, da região?
Sheila que chegava ao local olha Renata;
— Minha avó?
— Sim, diziam que quem deveria ter trazido seu irmão ao
nosso convívio era Peter Carson, mas pelo jeito meu irmão não teve
tempo de o trazer para a missão e se ele estiver lá, ele o traz de
volta.
— Acha mesmo que minha avó prendeu meu irmão?
Pietra olha em volta e sente as energias despencando e olha
para Renata.
— Nunca havia visto algo assim?
— Acho que ninguém viu Pietra.
— Visto oque? – Rita.
— Vão para a lanchonete, e perguntem para o senhor ali, se
tem algum lugar seguro para dispor os turistas? – Renata.
Rita olha Renata seria.
— Rita, preciso que seja você, ele volta, o que não vê, é que
toda energia que é por natureza liberta, e que seu amado Pedro,
meu irmão, soltou, como os presos por Paula na Inexistência, como
as energias de Liliane, como as energias de Peter Carson, seres
subjugados ou defendidos por ele nesta existência, tendem a
concentrar para entrar em quem o subjugou.
— Ela vai ficar mais forte? – Sheila.
— Ela vai explodir se não os tirar de dentro dela, mas como
ela não acredita, provavelmente sua avó morre hoje para que seu
irmão volte a vida.
— Pedro sabe disto? – Rita.
— Ele sabe de tudo que você e eu sabemos Rita, mas ainda
está absorvendo isto, o toque das paredes do templo de Deus,
entram aos poucos na nossa memoria.
— Mas...
109
— Calma, protege sua irmã e Sheila, que quem deveria se
manifestar ainda não se manifestou.
— Quem? – Pietra sentindo o surgir de forças a toda volta.
— Pietra, hora de ir para sua realidade, pois não vai querer
deixar de existir.
— Mas...
— Mikael não é nada compreensivo com estas coisas quando
ele não quer ser.
Rita acelera o passo e olha para o atendente limpando o lugar
onde Pedro estava e olha para ele.
— Joga tudo no lixo que acertamos depois, mas onde está o
diretor do parque?
— Logo ali.
Rita atravessa a pequena viela e para a frente do senhor e
fala.
— Senhor, mandaram lhe perguntar se tem algum lugar que
pudesse abrigar todos os visitantes.
— Mas porque faria isto?
Renata pega o celular, lembra das senhas e acessa o sistema e
os alarmes do parque começam a tocar e falar calmamente.
— Estamos pedindo que todos os presentes, se apresentem a
parte coberta a frente do Monster Restaurante, risco de Tornado
em meia hora.
O senhor olha assustado para Rita e fala.
— Tem o galpão coberto do castelo, acho que rocha é melhor
que plástico.
— Indica o local, melhor estarem protegidos.
O senhor James olha a filha e fala.
— O que está acontecendo?
— Deram alarme de tornado para a região, não é normal, mas
por segurança, existe um local para proteção, se em meia hora não
acontecer nada, eles liberam todos novamente. – Sheila.
As pessoas foram deixando o parque no sentido da
lanchonete e de lá para o castelo, algo que nem tinham inaugurado
ainda, mas que o senhor olhara admirado pela manha.
As portas pesadas fechadas, as pessoas sendo servidas e
acalmadas, para manter a calma.
110
Renata olha para o arcanjo surgir a frente e olhar em volta.
O ter somente Renata ali e ela olhar para ele, como se o visse
o fez chegar perto.
— Não deveria me ver.
— O que Mikael, príncipe dos Arcanjos faz em terras
humanas? – Renata olhando para o ser.
— Toda a energia está desabando neste lugar.
— Não era o que você queria Mikael?
— Não fale besteira arrogante macaquinha.
— Você tentou matar Pedro Rosa por varias vezes, só não
entendo o que faz aqui, já que o que vê é o cair sobre as terras dele,
toda a energia que ele juntou na sua vida.
— Ele não pode ser tão forte assim.
— Não é, mas a energia que sente, é a energia dele se
concentrando, para entrar no ser que o subjugou.
— E alguém aguenta toda esta energia.
— Acho que para Arcanjos seria fichinha, mas para uma
humana, deve explodir muita coisa.
O Arcanjo olha em volta e fala.
— Estão protegendo os demais por quê?
— Não sabemos o poder de algo assim, sobre as terras que
um dia foram do criador desta existência, o que sente, é a energia
vital de um criador, recaindo sobre suas terras, mas deve saber o
que acontece, já deve ter visto isto milhares de vezes. – Renata
estava provocando, sabia do risco, mas alguém teria de o fazer
naquele instante.

Irene começa a sentir a energia a sua volta, sente ela se


juntando, sente seu interior ganhando força, Robert olha para
Pedro e pergunta.
— De onde vem tanta energia?
— Da terra em si, de quem sempre forneceu energia a Peter
Carson, a sua Terra, ou melhor, esta existência, este universo em 72
existências paralelas.
— Mas quanto é isto de energia?

111
— Devem existir ainda vivos, 4 Peter, todos os demais virão
em consequência atraídos, uma vez iniciado, não para antes da
energia materializar-se.
— Mas o que acontece quando acontecer?
— Irene absorve toda a energia.
— Mas é muita.
— Robert, é burrice o que ela faz, mas a escolha é dela, não
minha, não sua, você poderia chegar a ser um criador, mas preso
por uma avó, nunca chegará a isto.
— E como ela vai absorver isto?
— O problema é que ela teria de ter um milhão de vezes mais
massa para absorver e sobreviver, então ela que tente.
— Não vai dar uma pista? – Robert.
— Eu não sou bonzinho rapaz, e poderia ser pior.

As casas em volta começam a sentir um vento forte surgir em


todos os lados, Renata estava a olhar o céu se encher de nuvens, do
vento vindo em todos os sentidos, vê aquele cone de energia surgir
e brilhar, o Arcanjo olha para a menina e pergunta.
— Não vai se proteger?
— Na hora de correr vou correr, ainda não é a hora.
O Arcanjo olha outro ser angelical surgir ao seu lado e olha
para o cone de energia.
Gabriel olha para Mikael e pergunta.
— Quem está morrendo que solta tamanha energia?
— Ele não esta morrendo. – Renata respondendo sem olhar o
Anjo, que olha a menina, ela não deveria lhe ver.
— Quem é ela?
— Irmã do menino que pelo jeito, desta vez nos livramos. –
Mikael.
Gabriel olha para o arcanjo e pergunta.
— O que não me contou Mikael, isto é ódio, não deveria odiar
alguém?
— Ele foi salvo por Beliel, sabe que não gosto destes
macaquinhos ai.

112
Gabriel olha para a menina caminhar até o portão, os alarmes
tocavam e viu pessoas vindo pela rua, o céu escurecia em pleno fim
de tarde, algo grande vinha sobre a região, e indica o caminho.
As pessoas olham assustadas aquele cone brilhoso, que
começa a andar no sentido da colina no fundo, se via a energia
erguer tudo, casas, estaleiros, posto de gasolina, atravessa a
estrada, correios, igreja, escola e parece inclinar ao sul, no sentido
do Rio Navarro, os ventos fortes levantam outros dois tornados, os
seres olham aquilo atravessar o parque, abrindo um rastro,
seguindo no sentido do cone de energia.
A curandeira olhava pela janela aquele cone de energia em
forma de um tornado, olha os dois tornados negros ao fundo,
levando tudo, as casas, os animais, as arvores, a queda d’agua
estava ali a frente com a agua sendo sugada para cima, não caia
mais e acima dela o cone de energia, agora eram pouco mais de mil
metros para a casa.
Robert olha pelos olhos da senhora e olha para Pedro.
— Isto vai nos matar.
— Aqui dentro estamos mortos rapaz.
— Mas ela é minha avó.
— Avós não prendem em suas magias netos.
— Sabe que ela fala por mim as vezes.
— Robert, isto eu sei, por isto não falo para ela o que fazer,
não quero ela se safando, eu lhe dei a honra de ler as paredes do
templo de Deus, e como ela me retribui algo que era mais forte que
tudo que ela sabia antes, me aprisionando.
— Mas porque a energia parou ali a frente?
— Ainda está acumulando e mudando de forma Robert.
A energia começa a mudar de forma, os olhos de pânico da
senhora, pensando em sair, viu a ponte alta da ferrovia ao fundo ser
atravessada por um tornado que vinha naquele sentido, trazendo
restos da ponte, os tornados se mantinham a volta, arrancando
tudo do chão, enquanto o que fora um cone de energia toma a
forma de um cilindro brilhosos, Irene não consegue olhar mais.
— Ela está em pânico, ela não vai conseguir reagir.

113
— Ela sabe mais que você Robert, e mesmo assim, continua
arrogante de lhe manter aqui, me prendeu para continuar na folga
de sua magia interna.
— Acha que ela nos soltaria?
— Você disse que não, lembra?
Pedro deu o caminho, dependia da senhora, mas ela não
queria deixar eles soltos e ao mesmo tempo, via a energia crescer a
sua frente, Pedro sente a energia estabilizar e chega ao lado de
Robert e pega em suas mãos e fala.
— Mantem a calma.
— Mas...
Robert viu um pequeno anjo surgir ao lado, e os abraçar com
as asas, e ouvem o grito da senhora, a energia entra de uma vez, a
cabana se despedaça, o corpo da senhora começa a inchar, era
muita energia entrando, o corpo dilata, cresce, e quando já tinha o
tamanho da queda d’agua, explode, o impacto sai do ponto que
estavam dissolvendo os tornados, mas derrubando uma soma de
arvores, em todos os sentidos, Pedro sente o impacto se espalhar e
os pés tocarem o chão de agua rasa, sente Beliel afastar as asas,
afastando o corpo, e sumir.
Robert olha em volta, toda a agua estava avermelhada, as
paredes da queda, as arvores, até dois pilares da ponte ao fundo
que não haviam caído, estavam vermelhos.
Robert olha para as mãos e sorri, e fala.
— Como disse que era seu nome mesmo?
— Pedro Rosa.
Renata olha para Sheila e caminha até ela, senta-se na mesa
lhe estica a mão, olha para Rita e fala.
— Ele já saiu.
— Sente ele assim? – Sheila.
— Ele saiu com alguém, mas como disse, a escolha era de sua
avó.
— Estão falando de minha mãe? – Sabrina, mãe de Sheila.
— Sim.
— Esta afirmando que ela tinha prendido o menino? – James.
Renata olha serio para o senhor e fala.

114
— Senhor, isto é magia negra, é prender na magia dela, ele
sumiria.
— Sumiria, como assim? – Sabrina.
— Assim como um dia seu filho Robert sumiu senhora.
A senhora olha para a menina, a lembrança não lhe era boa,
mas fala.
— Mas no caso dele, foi diferente. Infelizmente.
— Senhora, felizmente, está enganada.
O som do vento do lado de fora acelera, sentem o mesmo
atravessando o castelo, cantando nas paredes de pedra, e Rita sente
a energia voltar a tudo, como se tivesse retornando.
— Como assim? – James.
— Pedro sabia que sua sogra o tentaria atrair a algo assim
senhor, mas prender Pedro é difícil.
— E o que acontece em casos assim?
— Não sei, mas sinto que ele saiu da magia dela senhor,
acompanhado de um menino que deve ter uns 16 anos.
Sabrina olha Renata, não poderia ser, ela olha descrente.
— Não se brinca com isto menina.
Renata olha para a porta e se levanta, vai a porta e fala para o
administrador.
— Mais dez minutos e saímos.
— Sabe que nunca soube de tornado aqui nesta região.
— Temos de ajudar os demais, pois alguns estarão sem casas,
oferece o castelo para os desabrigados, pois se a destruição fora for
no nível dos ventos que sentimos passar por nós, vão precisar.
— E seu irmão?
— Quase chegando.
Pedro caminha pela estrada, vindo no sentido do parque, a
destruição do tornado deixou o rastro, casas, pessoas assustadas,
destruição para todo lado, ele tinha esta parte que não gostava,
atraia destruição, encargos da rosa nova, ter espinhos afiados.
Robert olha para a destruição, olha para a entrada do parque
e pergunta.
— O que tem ali?
— Um anjo e um arcanjo.
— O que fazem ai?
115
— Vieram verificar se eu morri mesmo.
— Brigou com um anjo? – Robert.
— Eles não notaram que sabemos onde eles estão, então
fazemos de conta que não vemos nada além da destruição, por
sinal, vou ter de reconstruir tudo.
Robert olha em volta e fala.
— Pelo jeito minha avó não sabia com quem mexia.
Pedro bate a porta e Renata faz sinal para abrirem e Sabrina
ao fundo olha para o menino entrar e olha descrente ao seu lado, o
senhor James olha para onde a esposa olhava tremula, e os dois
veem Sheila sair correndo no sentido deles e abraça o irmão.
— Você voltou, você voltou...
Robert sorri e olha os olhos da mãe, parecia perdida, olha
para Pedro que fala.
— A verdade é mais difícil, mas ela os fatos conspiram e
explicam, as mentiras facilitam agora, mas desandam com o tempo.
Gabriel olha para o menino e para Mikael.
— Sinto a energia local voltando ao normal, mas pelo jeito
este não nos vê.
— Não entendi toda esta destruição?
— Isto tem cheiro de um daqueles criadores, nesta
existências, dizem que morreu nesta terra aos poucos minutos de
vida.
— E como o menino absorveu esta energia?
— Não sei, mas se as energias voltaram ao normal... – o anjo
não termina a frase e some dali em um cone de luz.
Mikael olha em volta, olha o tamanho da destruição e some
também.
Em Los Alamos, Sabrina olha para os dados do satélite e olha
para Dallan.
— Problemas?
— Não sei o que persegue este menino, mas em Comptche,
uma cidade que não é normal surgir tornados, temos o registro de 8
deles, vários tamanhos, mas um que as imagens são intrigantes.
— Intrigantes?
A moça coloca aquela imagem de um circulo de energia,
andando ao sul, e todos os demais tornados convergirem para ele.
116
O senhor segue as imagens e depois de uns 10 minutos
pergunta.
— O que aconteceu?
— Não sei senhor, mas o chão daquela região, tem um circulo
avermelhado a toda volta.
— Este menino enfrenta problemas sérios, que não fala.
— Se ele falar, ninguém vai escrever senhor.
— Acha que são aqueles seres?
— Quase certeza, ou algo de um poder semelhante.
— Semelhante?
— Maluquices que nem eu relato senhor.
A pequena cidade olha os estragos, na inauguração metade
do parque destruído.
O administrador olha para Rita e fala;
— Obrigado pelo alerta.
— Ainda bem que não duvidamos senhor.
Pedro chega perto e a abraça.
— Voltei.
— Pelo jeito mais um dia histórico?
— Acho que vou ter de quebrar a lei em outro lugar.
— Não entendi.
— Queria provar um vinho numa vinícola a pouco mais de
dois mil metros do portão do fundo, mas não sobrou nada dela,
vamos ter de reconstruir tudo.
— Mas está bem.
— Assustado, mas bem.
— Algo lhe assusta meu Pedrinho?
— O interior da magia de Irene me assustou, se em algum
mundo paralelo ela era boa, aquele ser ali não tinha nada de bom, e
pior, a escolha era dela, melhorar ou me enfrentar, ela escolheu nos
destruir, triste alguém que tem tudo para ser mais, e se perde no
procurar de mais poder, sem saber nem o que tinha em seu interior.
— Sabe que suas viagem são assustadoras e encantadoras,
mas prefiro ficar por perto, a lhe deixar solto por ai.
— Sei disto, mas pelo jeito vamos ter trabalho aqui.
— Como se não soubesse como reerguer.

117
— Rita, o problema é que sempre que aceleramos, que
colocamos coisas em ordem e usamos estas coisas, parece que as
resistências ampliam-se, as vezes tenho medo de não conseguir,
mas saiba que prefiro também ter seus sorrisos por perto.
Rita sorri e Joseane passa o braço no de Pedro ao lado e fala.
— Assim fico com ciúmes.
Pedro e Rita sorriram.
O senhor James olha para a bagunça, olha para uma leva de
carros de emergência ao fundo, um senhor discutindo que queria
seu dinheiro de volta, olha para o Administrador perdido.
Pedro viu que a confusão não tinha acabado, olha o sistema
de apoio a catástrofe começar a chegar por vários caminhos, a cara
de assustados, de intrigados, Pedro olha a estrada ao Norte, a
pouco mais de mil metros, a imensa estrutura da roda gigante
atravessada com galhos e estruturas estranhas no meio da estrada.
Pedro chega ao lado do administrador e fala.
— Calma, passou.
Pedro olha para o senhor e fala;
— Sem problema senhor, todos que quiserem seu dinheiro de
volta, devolveremos.
— Quem é você, para me garantir isto?
— Pedro Rosa, o dono, mas é bom saber senhor Thomas, em
quem não confiar para nada em Mendonza, pois quem faz questão
de trocados, em meio a catástrofe, para pular fora, para mim são os
ratos, os que não quero perto das minhas empresas.
Pedro olha os demais e olha para o administrador.
— Não se desgasta, comparado ao estrago, é só um dia de
ingressos, pensa que temos de devolver todas as compras
antecipadas para o fim de semana, mas amanha resolvemos com
calma isto.
O senhor ao fundo, não gostou do que Pedro falou e ralha.
— Acha que está falando com quem rapazinho?
Pedro não respondeu, olhou o general Mark chegar ao local
por dois helicópteros, o estrago estava grande.
— Sabe que você estar em qualquer lugar, gera problemas. –
Mark.
— Como estão os estragos na região?
118
— Coisas estranhas, ainda bem que não esta mais ao sul.
— Porque?
— Parece que tingiram de vermelho sangue, perto de duas
milhas quadradas, onde não sobrou nada, casa, arvores, mas aqui
também parece que foi assustador.
— Reconstruímos, sabe disto General Mark. – Pedro.
— Algum morto aqui?
— Espero que não, tentamos proteger eles, temos uma peça
ampla que suportou bem os ventos, sabe a quanto chegou?
— Os especialistas vindos do Norte estão tendo problemas
em chegar, dizem que tem umas 4 milhas de rodovia apenas com
arvores centenárias jogadas a estrada.
— Então vão ajudar com esta bagunça, ou tenho de fazer
tudo sozinho de novo general?
— Sua estrutura é melhor que a nossa, então o que está
esperando?
— Os médicos verificarem se algum sofreu algum arranhão,
pois os processos vem sempre no dia seguinte, quando as pessoas
que sobreviveram, resolvem nos processar, como se o tornado fosse
nossa culpa.
— Sabe que tem gente que afirmaria que você é capaz de
provocar coisas assim.
— General, sou apenas uma criança de 13 anos, não Deus.
O Administrador olha para o barracão que o menino havia
entrado como algumas pessoas mais sedo e olha uma leva de
pessoas saindo, ignorando serem autômatos, eles começam a ir no
sentido da estrada, em 15 minutos a estrutura metálica e as arvores
estavam saindo da estrada, outro grupo registrava cada estrago, e
começava a concertar.
O senhor que reclamava do que pagara, fica a observar, o
general não foi falar com o grupo de resgate, nem com o
administrador, foi direto ao menino, agora via uma leva de pessoa
com seus uniformes com a logo Rosa’s Inc. nos seus uniformes
brancos.
Um senhor a uns dois mil metros de onde Pedro estava vê um
grupo chegar a casa destruída e falar.
— Feridos?
119
— Procurando o Rex, mas os demais estão bem.
— Gostaria de ajuda para reerguer senhor? – O autômato
com um rosto cordial, nunca se diria que era um autômato.
— Aceitamos, quem vai nos ajudar?
— A Rosa’s Inc. a dona do Parque destruído ao fundo, vai
tentar ajudar todos a volta senhor?
— Mas porque ele nos ajudaria? – Uma senhora ao fundo.
— Porque para o proprietário, o que importa senhora, é a
vida e a comunidade, não adianta atrair riqueza, se na primeira
dificuldade, apenas virar as costas.
O autômato chega a região, olha que sobrara apenas as
fundações da casa.
O autômato pega o comunicador e fala.
— Separa as arvores caídas, vamos precisar de muita madeira
por aqui.
O senhor olha descrente, os rapazes começam a separar as
coisas e um terceiro chega a eles e fala.
— Estamos oferecendo aos que perderam tudo como sua
família, as instalações do castelo de pedra do parque, até a casa ser
reconstruída.
— Agradecemos, vão oferecer a todos os que tiveram
problemas?
— Estamos reerguendo a vila que tínhamos construindo
como uma vila interna ao parque para hospedes, deve dar para
comportar as famílias que tiveram problema.
O senhor que estava pensando se a apólice da casa estava em
dia, sorri de ter ajuda nesta hora.
Pedro pega o celular e contata um empresa em Mendoncino
de limpeza, e algumas coisas estruturais, o general viu que o
menino tinha a firmeza para tocar aquilo, viu muitos em pânico
nestas horas, o menino parecia não duvidar e não medir esforços.
A imprensa começa a aparecer, e Pedro olha para o
administrador, passa as ultimas coordenadas, pede um helicóptero
e voltam a sul, com a família dos James, agora com um rosto curioso
a mais e um sorriso sem palavras de uma mãe. Pedro se despede
dos James e voltam a casa em Santa Monica.

120
121
Saudade de uma época que podia escrever
Merda nesta coluna e ninguém nem lia, mas os
amigos se divertiam, saudades é o que lhe mostra o
que está fora do lugar.
O medo é outra coisa que lhe mostra seus
erros e fracos, onde podem lhe atacar, quando olho
meu pequeno Bernardo apertando minha mão, que
felicidade é algo que temos de defender.
E me veio uma pergunta, como defender
minha felicidade, como difundir ideias, sem ameaçar a
felicidade desta criança sorridente a minha frente.
Alguns falam que pegando leve, mas ai eu lembro que quando pegamos
leve, nos acham fracos, e o que era uma defesa, vira uma arapuca, pois as
pessoas perdem o respeito.
E me indago sobre o como fazer novamente, de forma a dar um futuro a
esta criança linda.
Vou ressaltar o acelerar dos processos que parecem se arrastar na
justiça, pois preciso pensar no futuro, e para isto, me sentir livre para isto.
Meu filho, Pedro, parece que está colocando alguém para pensar, pois as
ideias de Renata são assustadores para mim, e eles estão começando a tocar,
ampliar e se estabelecer em 3 mercados, em paralelo, mostrando o quanto este
país é rico, então isto me dá a responsabilidade maior de mostrar a importância
das coisas, ao pequeno Bernardo a frente, no berço.
Tem gente que não entendeu nada, mas é que saudosismo não é de
grande compreensão externa ao grupo mais próximo, mas resumindo, enquanto
há um dia muitos políticos xingavam meu filho, outros tantos, perguntavam se
ele estava contratando, se não haveria uma vaga para seus filhos, estranho, pois
ele é de menor ainda, e tudo que eles pedem, pode passar por minha caneta,
mas mostra que o caminho é longo, passa pela modernização, pelo ter novas
ideias de fazer a mesma coisa, a ausência de medo da concorrência, e o
principal, a inovação total, não apenas tecnológica.
Então eu olho para o inicio do ano passado, eu trabalhava para este
jornal que agora é meu, olho a maior mineradora do país, em meu nome, o
maior escritório de criação de joias de primeira linha do mundo, em meu nome,
a terceira maior empresa de tecnologia do mundo, e agora a maior empresa de
entretenimento do Brasil, e me deparo com a pergunta que parece ter sentido, o
que me fez pensar,
O que faria se tivesse a certeza de que viveria apenas um ano a partir de
hoje?
Gerson Travesso
Curitiba, 16 de Julho de 2011

122
Vamos falar de um sonho, acho que não
tenho dormido muito, mas acho que a pizza ontem
a noite me fez ter um grande pesadelo, acordei e
uma pergunta não saia da minha mente.
O que faria se tivesse a certeza de que
viveria apenas um ano a partir de hoje?
Estranhou a pergunta?
Me veio uma imagem, e uma pergunta, o
que você faria se tudo que você criou, tudo que
você ama, tudo que você acredita, conhece,
tivesse uma data para acabar? Sei que muitos
nada fariam, e muitos negariam, e muitos duvidariam, pois tudo indicaria
para que nada aconteceria. Mas se todos se negam a acreditar, porque dão
ouvidos aos malucos que pregam isto? Porque perdem tempo nos avisando
da possibilidade, nos assustando com isto, nos fazendo cada vez mais
descrentes de um acontecimento assim.
Porque a mídia nos inunda com farsantes, o que eles querem, nos
preparar para algo que não vai acontecer, ou nos fazer descrentes de
qualquer noticia neste sentido?
Quantos anos você tem? Já deixou sua semente nesta terra, já
preparou os seus para o caminho de Deus?
Eu sou um menino, 13 anos, e não tenho tempo ainda para ter feito
tudo que quero, que perda seria a minha morte?
Mas o principal, o que faria se soubesse que só tem um ano para
viver, que após isto, tudo a sua volta vai virar pó, o que faria, com quem
ficaria, o que desejaria, pois lhe garanto, em uma catástrofe, uma arma vale
mais que um milhão de dólares, em uma catástrofe, estar preparado para
sobreviver, caminhar, estar quites com seus pensamentos e sentimentos,
vale mais que a arma, mas nada disto me adianta, se não souber de onde
vem a ameaça, pois de que me adianta um superburaco, se uma camada de
quilômetros for arrancada por um asteroide, de que me adianta uma nau
marítima, se o problema for fótons altamente mortais do sol, de que me
adianta me esconder, se o problema for um vírus, que não sei como se
prolifera?
Então uma dica, viva o hoje, sei que os economistas querem que
você poupe, que a poupança de um povo é sua riqueza, concordo com eles,
mas viva, abrace, ame, fale o que sente, pois do dia de amanha, ninguém
espera nada, e não é no dinheiro que encontrara o que lhe fará feliz.
Discorda?
Então faz uma coisa, pega seu dinheiro, fica lá fazendo o cabelo,
comprando coisas, pois isto, vai virar pó com você, sozinho, misturado aos
demais pós.
Pedro Rosa

123
Pietro acorda sedo e a porta de seu apartamento, estava a
imprensa, ele estava calmo, ainda longe de estar em funcionamento
quando seu telefone toca.
— Fala mãe?
— Liga a TV filho.
Pietro meio sonolento liga a TV, olha para a imagem,
culinária, não, esporte, não, noticias internacionais, uma pausa
vendo a imagem das ações, não, noticia local, e um repórter vinha a
porta de uma casa, demorou ver que estavam a frente de seu
prédio, ainda estava acordando, e ouve.
“Estamos esperando na porta da casa do presidente da Rosa
Tecnologia, todos querem a posição referente as vagas da empresa,
todos estão esperando para saber as explicações sobre as linhas de
propagandas pelo mundo no dia de ontem.”
— Oque eles já falaram mãe?
— Que a Rosa Inc. está comprando a empresa eP, relançando
os projetos, mantiveram a presidência atual, pela competência, me
dá orgulho filho, e que as operações de Marketing de ontem os fez
pensar.
— Algo concreto mãe?
— Não viu, eles agora estão lhe adorando, foi só se livrar
daquele menino, e todos estão lhe adorando.
Pietro sorriu e fala.
— Então deixa eu tomar um banho e ir ao trabalho.
Pietro abre seu sistema e olha uma mensagem de Pedro e
sorri, toma um banho e desce.
— Senhor Pietro, senhor Pietro, nos daria um minutinho?
Pietro lembra de estar ali a poucos dias, todos o xingando, e
olha para os demais.
— No que posso ajudar?
— Nos confirma a compra por um grupo internacional da eP,
o mantendo no cargo?
— Não.
Todos param e olham para o senhor, sem saber sobre o que
ele estava falando.

124
— Mas os especialistas indicam a injeção de recursos nas
empresas, vindas de bancos como o Rosa Inc., mudando os rumos
da empresa, e dos investimentos, os mantendo no país.
— Senhores, o marketing da empresa tem uma nova
roupagem, agora é parte de um grupo maior, a Rosa Inc., mas de
onde tiraram a afirmação de que a eP foi vendida?
— Todos falam que o senhor está a frente deste grupo, e de
um grupo de investidores internacionais.
— Senhores, a parte oficial, será transmitida pelo atual
presidente do banco Rosa, no fim do dia de segunda, não tenho as
informações que parecem ter, talvez tenha sido pego de surpresa
por esta investida na minha porta num sábado.
— Mas afirmou que a eP não foi comprada?
— Senhores, não sei se estarei a frente da eP na segunda,
ouvi muitos de vocês falarem mal do proprietário da eP, sem papas
na língua, não se preocuparam com os empregos de Franceses, que
perderam eles, se a empresa será vendida ou não, não faz parte da
minha incumbência na empresa, mas se acontecer, será em um dia
de semana, não num fim de semana.
— Mas não foi lhe alertada a possibilidade de compra? – Uma
moça.
— Me alertaram que existiria uma fusão, mas a fusão parece
fora de cogitação, se não me engano, existe a possibilidade de que
ela não exista, para não se caracterizar monopólio.
— É a favor de monopólios? – O primeiro rapaz.
— Adoro palavras rapaz, alguém desenvolve algo que
ninguém no mundo tem a tecnologia, e para não pagarem esta
tecnologia, viram para o gênio que a inventou e afirmam que ele
não pode usar ela por ser monopólio, tem de passar a tecnologia a
frente para ter concorrência, desculpa, os demais que corram atrás
e desenvolvam, para mim, minhas criações são minhas, se vocês
não as querem usar, com palavras bonitas mas vazias, como
monopólio, problema de vocês, não vendo, mas não usam.
— E o que tem a falar da farsa que é a empresa que trabalha?
— Gostaria de nomes nesta acusação, já que vi apenas
atribuírem a fontes imprecisas as acusações.

125
— Jean Claus, afirma que a empresa que trabalha nunca
produziu ou produzirá nada.
— Desafio Jean Claus, a um enfrentamento simples,
programação simples, metas simples, de um lado ele, do outro
Pedro Rosa, o dono da eP, menino de 13 anos, se ele o vencer, o
que acho impossível, aceito qualquer palavra de Jean Claus como
real, e não como tentativa de se fazer sobre uma crise, criada por
vocês, que ouviram uma única pessoa, julgaram uma empresa,
geraram mais de 20 mil perdas de emprego, e ainda tem coragem
de estar a minha frente, fazendo acusações, sem provas.
— Não confirma então a venda da eP? – A moça.
— Senhores, a Rosa Inc. é uma sociedade de capital aberto,
que tem bancos, empresas de tecnologia Americana, empresas de
exploração e venda de Diamante na Europa e outros dois
continentes, desenvolvedora de tecnologia de ponta, mais de 300
mil funcionários no mundo, mas a Rosa Inc. nunca compraria a eP.
Os repórteres se olham e a moça pergunta;
— Por quê?
— Porque se 100% da eP e da ePTec é dos Irmãos Rosa, 80%
da Rosa Inc, também os pertence.
Pietro olha para a moça e educadamente fala.
— Agora deixa eu caminhar um pouco.
Pietro olha o grupo se afastar e caminha para a região de
Champ de Mars, na outra ponta da cidade, na frente da antiga
ePTec, se colocava a nova placa, agora mudando o rumo, e
diversificando os rumos;

126
Gerson olha para fora e liga para João.
— Como estão as coisas João?
— Roberto pareceu hoje, algo parece que vai acontecer, pois
seu filho disse que estes rapazes foram deixados para morrer, pelo
príncipe, mas Roberto os vai treinar no Sul da Bahia.
— Não entendi a ideia?
— Nem eu, mas o advogado, da Senas Advogados ligaram
para Roseli para saber se tinha ideia de o que seu filho quis dizer
com o não saber da procedência de um deposito?
— Que deposito?
— Um príncipe Árabe depositou 10 milhões de dólares na
conta do menino, e Pedro ligou para os advogados ontem, avisando
que aquele recurso era algo que não era dele.
— Conseguem devolver?
— Seu filho pediu para o escritório cuidar disto, eles entraram
com um pedido de esclarecimento junto a embaixada da Arábia
Saudita, e depositar em Juízo este dinheiro, pois ele não arcaria com
as despesas bancarias de um príncipe, mas é nítido Gerson, que algo
aconteceu, pois seu filho colocou Árabes reais a treinar tiro, ele
desconfia de algo.
— Odeio estes malucos.
— Não gosto da forma que eles tratam os demais como
impuros, lembra bem este partidinho de esquerda da presidente.
— Fica de olho nestes malucos.
— Com certeza Gerson, mas se cuida, estes malucos fazem
coisas absurdas.

Pedro acorda abraçado a 3 meninas, ele as vezes achava


aquilo uma loucura muito grande, teria ainda de encarar muita
encrenca na vida, pois não sabia abrir mão de quem aproximava, e
tinha duvidas sobre regras divinas a respeito de relação a dois,
achava que o que valia era o respeito, e as vezes tinha medo de
magoar as meninas de sua vida.
Sente Rita o segurar e fala.
— Volto para o almoço Rita.
— Tem de trabalhar tanto assim?

127
— Te amo. – Pedro dá um beijo nela, vai ao banheiro, calor,
toma um banho, escova os dentes e vai a cozinha.
— Seu pai ligou.
— Falou algo?
— Não, pediu para retornar quando acordasse.
Pedro olha as câmeras e liga para o pai.
— Fala pai.
— Sabe o tumultuo que está na França?
— Sim, Pietro sabe o que pretendo pai.
— E estes árabes aqui?
— Um príncipe disse que não se importava com a vida deles,
não sei como me portar ainda pai, não concordo com parte do que
eles falam, mas sei que é algo educacional, incutido neles desde
criança.
— E vai fazer oque?
— Pai, ainda tenho, nem que ano que vem, montar um grupo
para os anjos do Cairo, mas não conheço ninguém lá.
— Pensando mais a frente?
— Tentando improvisar e sei pai, que não sei improvisar.
— E o resto dos agito, soube que enfrentou um tornado
ontem.
— Tentando fechar metas e projetos pai, deveria ter fechado
parte no mês anterior, mas talvez não fosse a hora, as coisas as
vezes constroem nosso caminho e ele se amplia.
— E como estão as coisas com sua irmã, ela fugiu da
discussão.
— Pai, não é fácil para ela, quer o que?
— Saber o que anda aprontando.
— Sendo eu um pouco.

Sabrina (Tenente Jones) olha os dados e olha para Dallan a


porta, estava com uma pilha de documentos, de arquivos, de
projetos, de coisas que desconhecia.
— O que houve Dallan?
— Este grupo, vai nos dar trabalho.
— Por quê?

128
— Dizem que apenas 10% dos dados deixaram no sistema, o
resto imprimiram e deixam a cuidado apenas do pessoal do grupo, e
isto vai nos por em alguns problemas.
—Mais do que o menino vai nos por Dallan?
— Nem sei o que ele anda aprontando.
— Dallan, ele fez bases ontem em Mendoncino, 11 delas,
pequenas bases de 1x1km, não gosto desta medida, mas ele
estabeleceu estas, 11 delas, os relatos dizem que ele está fazendo
pequenas bases assim, em 100 pontos no país.
— Ele pessoalmente não deve estar tão corrido.
— Verdade, mas dai vem sempre as perguntas que não
conseguimos responder, quem é a empresa que ele usa para lhe dar
estrutura, não é gente da ePTec, que por sinal hoje esta com a placa
da Rosa Inc. em todas as fachadas.
— Mas de real, o que tem?
— Na maioria dos lugares, apenas imagens térmicas para se
entender, apenas no sul que ele parece querer uma superbase da
Marinha.
— Como está a divisa sul? – Dallan.

Dallan olha o projeto e pergunta.


— Tudo visível?
— Senhor, esta imagem é de ontem, onde coloquei estes
quadrados destacados, pelo calor, tem bases a baixo, e esta
primeira imagem é de ontem fim da tarde, se ontem ele tinha 500
129
km² de bases subterrâneas na área, hoje ele tem mais de 1750 km²
de base para mais, ele parece ter a vista uma das maiores bases de
pesquisa do país, ali chega pedaços, tecnologias, coisas a toda hora,
mas é a única visível, ele pela temperatura tem mais ou menos a
mesma estrutura subterrânea em Camp Pendleton, e lá não
aparenta nada.
— Esta dizendo que ele em poucos dias, estabeleceu a maior
soma de bases de pesquisa da Califórnia?
— Sim, fez as bases, conseguiu as ações das empresas que o
emperravam, conseguiu apoio deste Grupo, e enfrentou aquela
maluquice de ventos de 210 milhas em Comptche.
— Falou sobre a imagem ser a de ontem, e a de hoje?
— Veio em dois trechos, fotografaram a parte continente e a
parte oceano.

Dallan olha que tinha a cada hora mais coisas, mas a parte
terra parecia muito parecida.
130
Dallan olha a parte marítima e fala.
— E estavam preocupados com um autômato?
— Sabe que a evolução estrutural é rápida Dallan, agora vem
a parte difícil, desmontar, entender, mas se vê muito mais coisa na
base hoje que ontem, e o menino daqui a pouco está nesta base
novamente.
— Problemas?
— Almirante Jason quer falar com ele.
— Parece que o menino havia falado em por 21 bases desta
estrutura ali, e se somar, tem 44 delas, se olhar os estaleiros, já tem
uma das imensas desmontada, a base está com 5 porta aviões, e a
parte interna deve estar um agito, pois se vê que parte eles não
conseguiram descer pela madrugada, e ficaram ali, a vista de todos.
— Ele deve querer saber onde vai parar isto.
— Com certeza isto é outra coisa que ele vai perguntar.
— Mas se ontem ele impressionou, hoje ele montou já uma
base e ninguém me consegue explicar como. – Dallan.

131
— General, ele usa autômatos, diferença, pelo que
acompanhei ontem, eles levantam barracões daqueles, em 32
minutos, quando se fala em agilidade, o que me assusta é o poderio
deste campo avermelhado, ele mudou a profundidade de toda
região, ele estabeleceu uma base com tamanha precisão, que tudo
que tem ali, encanta.
— Mostra uma organização que o exercito respeita, se
olharmos, tem barracões imensos, e pequenos, tem um sistema
para desmontar, e se olhar para as pistas, ele deixa claro que não
tem medo de dar acesso, pois tem pista para caças e para
supercargueiros do exercito.
— Sim, uma usina de produção de energia, uma fabrica de
componentes, uma sede para a Universidade de Michigan, uma
para a da Califórnia, ele parece estar esperando algo a mais, parece
meio vazio, e ele ampliou os dois cais internos e toda parte externa,
e se pensar assim, tenho de pensar general, que ele pretende ter ali,
uma base de 3 mil quilômetros quadrados, pois ele falou em ter
aparente perto de 10%, mas ontem a base tinha 25 quilômetros
quadrados, hoje tem 275 quilômetros quadrados de base.
— Uma superbase, algo que deve estar perturbando a paz do
Almirante, mas se uma coisa que o menino não tem medo é de
confusão, deixa eu ligar para o Almirante.
Dallan vai a sala e pede uma ligação para o Almirante Jason.
— Como estamos Almirante?
— Pressão como nunca tive, este menino é terrível General.
— Um alerta, é nestas horas que Washington faz pressão para
fazermos burrada, como prender, atirar, e perder o apoio do
menino senhor.
— Ouvi coisas assim, e imagina o que ele faria?
— Senhor, a tecnologia dele assusta, é mortal, não esquece,
ele pode simplesmente abrir um buraco de 275 quilômetros
quadrados com aquele cristal dele.
— Me pressionaram para o prender, tem ideia porque?
— Para lhe chamar de traidor se não o fizer, e se o fizer,
perder o que eles não tem, a tecnologia do menino.
— Enrascada.

132
— Alertando Almirante, eles podem pressionar, mas nada do
que fez ainda, é traição, ouvi uma conversa e se lhe pressionarem,
põem o secretario na parede, o Pentágono, a Casa Branca e os bons
mocinhos na parede.
— Mas como?
— Você ouviu, quem deveria controlar a vinda dele ao país
são eles, mas você e eu sabemos, ele atravessou um portal, você
quer entender isto, enquanto eles, estão apenas facilitando para
terroristas, inverte Almirante.
— É serio que ele não passou pela migração?
— Ele já entrou e saiu varias vezes deste país sem vermos, ele
e as namoradas, então não foi enganação.
— Isto os dará uma arma Dallan.
— Almirante, prender o menino, é algo que a CIA quer, todos
que tentaram estão mortos, o grupo dele está construindo em 100
pontos de nosso país, bases subterrâneas, o dinheiro está dizendo,
fiquem quietos, então quem está pressionando, não é gente
influente, é gente cagada Almirante.
— Com certeza eles querem aplicabilidades para a ciência que
o menino não está disposto a fazer, mas o secretario disse ontem
que estavam em uma trégua.
— Baseado nisto que ele montou em dois dias, uma imensa
base, com tecnologia que não temos Almirante, mas eles não
entendem, o que acompanho aqui, é que ele enfrenta algo pior, e
que não sei o que é.
— Perigoso?
— Digamos que prédios inteiros virando sal, ventos de 210
milhas, se olharem para Comptche e região, apenas as bases
subterrâneas dele estão inteiras senhor.
O Almirante olha para fora e fala.
— Ele deve estar querendo algo a mais, algo que não
entendo, mas realmente esta base, é muito grande.
— Não esquece, estamos mexendo em papeis que eles não
querem que mexamos, pode ter gente infiltrada no Grupo, que não
quer a salvação, e pensa no menino como uma passagem para um
mundo sadio.
— Pode ser, eles nem imaginam as maluquices que ouvi.
133
— Muito malucas?
— De quando ele estiver morto no final de sua vida, estar
com 1300 planetas prontos para serem colonizados.
— 1300 planetas em uma vida? – Dallan.
— É o que entendi.
— Vou apoiar ele nestes dados Almirante, ele precisa ter
tempo de vida para isto, não adianta apenas ele do outro lado, ouvi
um relatório que ele fala, que não consegue habitar pessoalmente
mais de um planeta, ele é apenas um.
— Certo, pode ser isto que está pegando, eles acreditam na
catástrofe, podem querer uma passagem.
— Explica para eles, que ainda não é seguro, para não dizer,
ainda é mortal Almirante.
— Talvez tenha de por medo nesta hora e fechar um pouco
mais o que já está fechado, mas que ficou muito visível.
Os dois se despedem.

Pedro pega um helicóptero ao sul, pede permissão para


adentrar a instalação militar, poderia ter ido por vias menos visíveis,
mas estava usando isto para chamar atenção.
O helicóptero desce e Pedro sai olhando em volta, olha a base
e olha dois generais e o almirante chegando, sabia que este era o
dia do tudo ou nada, não estava disposto a recuar novamente, mas
as vezes teria de defender a ideia, mesmo os demais o dando as
costas.
O Almirante Jason chega a sua frente, a proteção de Pedro
estava erguida, a posição dos soldados ao fundo, parecia detenção,
sorri, será que eles seriam tão burros assim?
Jason fala.
— O problema em pessoa.
— Qual o pior Almirante? – Pedro.
— Estão me pressionando para lhe prender, saiba que não
sou a favor disto.
— Senhor, só uma pergunta, está no esquema para salvar o
planeta ou não?
— Sim, mas... – Jason olha o menino tocar o peito e não o vê
sair andando enquanto ele estava estático, com o comando a mão,
134
os autômatos começam a se retirar pelos portais de toda aquela
base, e as fechar, os funcionários da eP e da Rosa, começam a sair, e
a base some do ar.
Os dois generais ao lado viram o menino sumir, olham em
volta e veem a base começar a sumir, o almirante olha em volta,
pega o óculos e olha assustado, o óculos dizia que não havia mais
nada ali.
Carlos chega a ele e pergunta.
— O que houve Almirante?
— Estes dois generais do pentágono vieram com uma ordem
de prisão ao menino, ainda analisando a autenticidade, mas
esquecem que estão falando de Pedro Rosa, o menino que saiu do
Pentágono sem eles verem.
O general Parkinson olha para o almirante e fala.
— Tem de entender.
— Entendemos senhor, que é um merda, e não tem nada
para fazer, vai para um campo de batalha, quem sabe se mate, mas
tem 15 minutos para sumir da minha base, já que tudo que era
planos de crescimento, olha em volta, o que sobrou.
— Mas como ele faz isto?
O almirante olha para Carlos que sorri e fala.
— Fácil general, ele tira todo o espaço de intervalo dos
neutrinos, então o que era uma base de sei lá, 170 quilômetros
quadrados, deve estar em algum buraco, de pouco mais de 2
centímetros.
— Isto é impossível. Não existe.
— Assim como generais burros, não existem. – O almirante
olha os Mariners e fala. – Tira estes senhores daqui, antes que
enterre eles para descontar a raiva.
— Tem de entender Almirante.
— Põem eles para fora da base rapazes, que andem até o
aeroporto internacional na cidade, já que eu tenho de entender,
que eles andem para pensar, nada sai do chão desta base hoje.
— Não pode fazer isto.
O Almirante dá as costas e atende o telefone.
— Fala General Mark?

135
— As bases sumiram, pensei que o menino estava falando
serio ontem. – Mark em Camp Pendleton.
— Ele também pensou que falava com homens, general, não
com crianças birrentas, me liga, porque não liga para o general
amigo seu, que acaba de tentar prender o menino.
— Mas...
— General, vou para casa descansar, passo dois dias
convencendo o mundo de que a base aqui era uma ideia a se
defender, para se ter como reerguer os humanos, evoluirmos, e o
que fizeram, o que você fez, ele virou as costas, acharam
novamente que já tinham o que queriam.
O Almirante olha para um rapaz chegando a ele e fala;
— A base subterrânea sumiu Almirante.
— Sei disto, vamos acalmar, não entendi ainda onde tudo foi
parar, mas temos de pensar.
— Onde está o menino?
— Não sei, ele assusta com estes sumiços, mas soube de
coisas piores referente a ele, e continuam a bater.
Carlos ia perguntar algo, mas o almirante alcançou o óculos e
o mesmo viu que não estava lá, algo acontecera, mas lembrou do
que o menino falara, que podia por o intervalo dos centrinos
novamente.

Pedro toca a proteção, abre uma passagem e olha para a


base, dá a volta e chega a uma parte bem ao fundo, a ultima parte,
olha para Jonathan no meio do cais e fala.
— Como estão as coisas Jonathan?
— Não sei o que aconteceu, não vemos a cidade.
— Ocultei a base, mas se eles andarem no sentido, eles
sentem a proteção, mas não a ultrapassam e não nos veem.
— Uma proteção nova?
— Sim, mas estou cansando desta brincadeira de gato e rato,
estou quase jogando o pano, pois quando acho que vai acontecer,
eles recuam, e pior, muitos querem a tecnologia, mas agora sei
onde está o problema.
— Descobriu.
— Sim, mas vou fazer de conta que não entendi nada.
136
Pedro pega o celular e disca para John Rockfeller.
— John, é Pedro, só me confirma onde foram as vendas de
ontem, que vou priorizar quem pagar antes.
O senhor parece se perder no telefone e pergunta.
— Está onde menino?
— Chegando na divisa do México.
— Certo, lhe passo os pontos, pensei que iria a outro lugar
hoje?
— John, eu estou comprando os terrenos, montar para mim é
rápido, mas preciso dos recursos e das regiões, dai mesmo que não
esteja no país o projeto continua.
— Está saindo do país?
— Ainda não sei se vou sair, mas pode ser.
— Lhe passo os pontos para obra, lhe ligo.
O senhor olha outros dois e fala.
— Não foi preso ainda.
— Acha que teremos acesso com ele preso?
— Como ele nos proibiria senhores?
Os dois sorriram, e saem no sentido de Comptche.
Pedro liga para Comptche e fala.
— Administrador, é Pedro Rosa.
— Fala menino.
— Um grupo vai chegar ai daqui a pouco, eu não autorizei,
mas faz de conta que não tem autorização para deixar eles olharem
o barracão, aquele que você não entendeu ainda.
— Certo, é para fazer de conta que eles não podem entrar,
mas se entrarem?
— Eles vão ver o mesmo que você, o que mais?
Pedro fecha todos os caminhos, fechando os portais,
fechando os caminhos de acesso, e olha para aquilo que queria
estar mostrando para o Almirante, uma espécie de submarino,
capacidade de resistência a 8 mil metros de profundidade na água,
imenso, uma casa para almirantes e seus comandados, abaixo da
agua.
Pedro olha para o mar e fala.
— Melhor por uma proteção a toda volta, eles não nos veem,
mas podem bater na proteção com velocidade e se matar.
137
O rapaz olha para o mar, vendo ao longe as lanchas de
turistas, e pescadores e faz sinal para dois autômatos fazerem o que
o menino pediu.

Pedro olhava para o almirante ao longe, e olha para ele


chegar a entrada da base subterrânea que eles tem ali e liga para
ele.
— Precisamos conversar Almirante.
— Precisamos, espero não ter desistido, hoje não vejo mais
nada ali.
— Senhor, se andar no sentido da base, não chega a ponta da
pista, e vai se deparar com um campo de proteção, mas daqui a
pouco não estará lá, este dá a imagem de como era, não como está.
— Certo, mudou a proteção.
— Sim, mas precisamos conversar.
— Onde?
— Desce no ultimo andar de sua base, abro o portal pelo lado
oposto.
— Está ai?
— Não, estou na torre que sumiu, de controle de entrada do
país na ponta da pista.
— Certo, nos encontramos lá.

Pietro recebe uma ligação de um senhor francês.


— Senhor Pietro Martins?
— Sim?
— Soubemos que o senhor teria como nos fornecer uma base
de sobrevivência, e gostaria de saber o preço de algo assim.
— Base de sobrevivência?
— Sabemos que Pedro Rosa vendeu algumas na América, mas
o grupo está rachado, e gostaria de saber se teria como fazer algo
aqui, na Europa.
— Qual a quantidade de pessoas que gostaria de por nesta
base senhor?
— 6 mil pessoas.
— O preço que estamos cobrando na América, é de 20
milhões de dólares por pessoa.
138
— Me passaram dados mais baratos nos Estados Unidos.
— Senhor, se vai pechinchar como John Rockfeller, podemos
chegar aos 10, mas vocês que se responsabilizam por tudo, de
comida a transporte para o lugar, apenas abrimos o buraco e
fazemos as instalações, mas dai, teria de ser algo mais atrativo, pois
60 bilhões é um orçamento apertado para esta construção.
— Tem de entender que é muito dinheiro.
— Eu entendo senhor, eu sou um funcionário, mas a empresa
prioriza os que pagarem antes, e maiores volumes, os Rockfeller
talvez tenham os seus abrigos depois de todos os demais, pois tem
gente menos apegada ao dinheiro, mais a vida.
— Vou passar ao grupo, mas teríamos de fechar isto para
termos os contratos assinados.
— Se quer assinar um contrato, sem problema senhor.
— Prazo de entrega.
— Dependerá de quanto vai pagar.
O senhor desliga e uma senhora para a sua frente.
— Problema senhora?
— Acha que se livraram de mim?
— Mary, não entendi a raiva, não lhe fizemos nada de mal,
mas insiste em montar historias, agora deve estar pensando em
algo a mais, mas esquece a empresa e nós a esquecemos.
A senhora se aproxima, era uma arapuca, Pietro toca o peito,
olha tudo parado, olha um rapaz ao fundo filmando, sai lentamente,
e quando a uns 400 metros, toca o peito novamente e continua a
andar.
A antiga secretaria estava pensando em um processo de
assedio, olha para o senhor, jovem, bem pago, e se aproxima,
estava olhando seus olhos, quando ele simplesmente some, olha
assustada em volta e olha ele bem longe, indo pela rua.
O rapaz chega a moça e pergunta.
— Como ele fez isto?
— Não sei, mas ele não vai cair fácil na arapuca.
— Mas como? – O rapaz olhando em volta.
Pietro caminha até em casa, sorri da tecnologia que tinha a
mão, algo que talvez nunca usasse publicamente, mas viu que era
arapuca, as vezes se precaver é melhor que ficar como vitima.
139
Mary chega em casa, olha a porta arrobada, olha para dentro,
roupas, eletrônicos, cartões, tudo roubado, olha para o pequeno
cofre a parede, arrombado, olha a bagunça e xinga.
Chama a policia.

O Almirante chega ao portal, olha a parede se abrir e olha


para Carlos e fala.
— Eles são tão crédulos no poder do menino, que não
duvidam do desistir dele.
Pedro não falou nada, fez sinal para eles entrarem, enquanto
na base a cima, descia uma leva de helicópteros, exercito rendendo
Marinha, e dois Generais chegam a base oculta, ameaçam e entram,
não era um local de acesso fácil.
Mas chegam a parte baixa e se deparam com aquela parede
de pedra e um olha para outro.
— Onde está o almirante?
— Não vimos senhor, por quê?
— Ele falou com o menino, que estaria aqui, mas não tem
nada aqui.
O rapaz levanta os ombros e o senhor bate na parede, mas
sente a mão bater na pedra, e olha em volta.
— Vamos ver se esta proteção do menino aguenta umas
bombas.
Os militares sobem e contra a indicação vinda de Washington,
eles disparam um míssil contra a proteção, esta absorve e devolve a
mesma, que acerta um barracão ao fundo, que explode, agora tinha
mortes, e o general viu todo resto que estava obedecendo a ordem,
lhe apontar as armas e um general no fundo falar.
— Baixa as armas agora.
— Acha que está falando com quem Mark. – Parkinson.
— Com quem vai responder pelas mortes no barracão, ou
acha que vai nos matar quietos idiota.
— Tomando dores?
— Prendam ele e peçam uma representação de Washington
agora, duvido que eles mandaram destruir tudo, vamos descobrir
para quem está trabalhando General. – O senhor viu as armas

140
apontadas para ele e seus rapazes, o barracão ao fundo explode de
vez e o senhor viu que fez merda.
O General olha para os dois sub comandantes presentes e
fala.
— Estão a favor ou contra, se estiverem contra esta base do
exercito, pois parece que vamos ter de mudar as coisas aqui.
— Já mudou de lado general. – Parkinson.
— Não falou nada em estourar tudo, daqui a pouco manda
bombardear o lugar, coisa de general não de campo, mas do
Pentágono.
Pedro olha o Almirante Jason Leon e pergunta.
— Vai pular fora Almirante?
— Pelo jeito está começando a pensar em nos deixar morrer,
e não lhe condenaria.
— Senhor, o que mais me faz perder tempo, é a politica, não
o exercito ou a tecnologia, mas preciso saber, quer ajudar a salvar
este planeta, e entrar em uma caça a tecnologia que espalhara a
porcaria, o vírus humano no universo?
As palavras pareceram com ódio, Pedro odiava ter de recuar,
ficava dando um passo a frene e dez para trás, isto não o agradava.
— Sabe que eu lhe recebi, eu lhe liguei, a confusão foi maior
do que eu esperava, mas a sua parte foi superior, a de Washington
era esperada.
— O que quer dizer com isto Almirante, uma dica, posso ser
uma lenda, mas não leio pensamentos ainda.
O almirante sorriu e falou.
— O problema, é que a mesma lenda que ajuda, põem medo,
nem vi tudo que tinha na base e ela sumiu.
— Estão colocando boias de desvio a toda volta, mesmo com
a confusão lá em cima, sei que não vai gostar quando chegar lá em
cima.
— Quem está aprontando lá em cima?
— O general Parkinson atirou contra a proteção, um míssil,
obvio, a resposta para este tipo de ataque, é dilatar elasticamente e
devolver, acabou no barracão 12 no fundo, não sei ainda se alguém
está ferido, mas vemos isto daqui a pouco.
— E como vamos fazer.
141
— Quer continuar Almirante.
— Não temos alternativa, sabe disto.
Pedro caminhou até sua sala, normalmente teria os portais
abertos, mas estava tudo fechado, os autômatos não estavam ali.
— Vazio hoje?
— Quando invadiram lá em cima, apenas ordenei a
desocupação, melhor não criar resistência.
Pedro coloca as imagens da base e olha para dentro do
barracão, e pega o telefone.
— General Mark?
— O que quer menino, olha o que fez.
— Dois médicos estão chegando ai, melhor deixar os rapazes
feridos na parte interna, não quer que o general veja mais do que já
viu General.
— Mas...
— Dentro eu ajudo, fora, esquece general.
Pedro desliga e olha para o senhor xingar pelas câmeras e
coloca as imagens nas telas ao fundo, do que queria que fosse a
base.

— Senhor, sei que peguei pesado, que pensou em algo


menor, mas é que esta é minha única base na costa Oeste, não
quero ficar fazendo queda de braços com milhares de Generais e
Almirantes, eu tentei reunir aqui a base terrestre, e a aquática, a
parte energia, e a parte laboratórios visíveis e invisíveis, mas vendo
que eles querem olhar e não ver, saber e não saber, acho que eles
querem ser enganados senhor.
— E o que pretende?

142
— Senhor, abaixo do mar, e da cidade e base a toda esta
região, a base está sendo terminada, a ideia é ter algo firme,
escondido, que se o pior acontecer, resistir.

— Senhor, acabo de reprogramar o campo, como toda a


região dos barracões estavam a baixo da sua base aérea, o campo
vai permitir a eles até caminhar até o mar e ver o mar, estarão
sobre a base, mas duvido que alguém lembre perfeitamente como
era para dizer que mudou algo.
— E o campo aguenta?
— Sim, vai promover um teste de blindados no terreno, para
que o pentágono olhe e se pergunte para onde fomos.
— E a base, toda aqui ainda?
— Senhor, vamos dar uma caminhada.
O menino e o Almirante caminham até a parte baixa, entram
em um elevador e descem mais ainda, quando chegam bem ao
fundo, um veiculo elétrico, por onde percorreram mais de 30
quilômetros o senhor olhando a base a toda volta, gente descendo
protótipos que ele nem tinha visto, e chegam a um elevador de
143
carga, e sobem novamente, agora estavam abaixo da proteção,
então eles não viam a praia, e a praia não os via, olhando para fora
dava a sensação de ser uma ilha.
— Omite tanto quem esta fora como quem está dentro?
— Sim, mas cercamos toda a região com boias de
profundidade.
O senhor olha o menino e fala.
— O que é isto?
Pedro faz sinal para o senhor entrar.
— Senhor, isto é uma espécie de submarino, a base de fusão,
tamanho, dois porta aviões de comprimento, dentro dele, provisões
para 30 pessoas, passarem 120 dias. Aguenta pelos cálculos, ainda
não testamos, 8 mil metros de profundidade.
— E tem quantos destes?
— Achei 12 deles, mas parece que em cada um está faltando
algo, dois deles já flutuam, mas estamos tentando entender o
funcionamento deles.
O menino chega ao comando, era muito mais espaçoso que
uma cabine de Submarino, o menino clica em um botão, do chão
sobe uma cúpula que os cerca, e o sistema interno os ergue pelo
teto, abrindo duas comportas, fechando e abrindo mais duas, e se
via a base toda a volta e Pedro fala.
— Este sistema permite olhar para fora com o submarino no
fundo, estas capsulas já testamos, resistem a uma altíssima pressão.
O senhor olha em volta, estava imensa a base e pergunta;
— Nos dará acesso?
— Senhor, temos de saber quem terá acesso, pois não quero
por alguém aqui que destrua tudo isto.
— Entendo a preocupação, eles tem malucos.
— Acho que vou desviar a atenção para a base ao norte, e
senhor, não esquece, isto é uma parceria, não é apenas uma base
do exercito ou da marinha.
— Sei que quer esta tecnologia, pelo jeito está estudando
aplicabilidades, não apenas ciência.
— Senhor, acredito que quando damos aplicabilidade as
tecnologias, que descobrimos o quanto ela é especial.
— E nós não os vemos e eles não nos veem?
144
— Sim, mas nem esta base e nem a sua veem a torre de
controle, que instalamos ali a frente para por o sistema de controle,
temos de evitar choques.
O Almirante liga para Mark vendo os médicos aplicarem uma
luz a volta dos atingidos, ele parecia estar vendo fantasmas.
— Assustado General?
— Isto é assustador senhor, o sistema refaz até partes
totalmente danificadas.
— Todos proibiram a ePTec de vender esta tecnologia
general, mas preciso de apoio, ou está dentro ou vou pressionar
para lhe por para fora.
— O que precisa Almirante?
— Coordena um exercício de tanques e viaturas na região que
era a base.
— Não entendi senhor.
— Faz isto, quero que Washington me pague todo
investimento perdido ali, disse que o menino colocava como tirava,
faz isto que quero eles relatando, tem muitos infiltrados, e quando
voltar a base, temos de conversar.
O senhor olha para os demais e olha para um dos rapazes.
— Faz um exercício de tanques na região de divisa.
— Mas...
Mark olha o general ao fundo e fala;
— Este menino é perigoso, mas como aliado, nos faria
evoluir, ele tentou duas vezes, não sei se ele tentará uma terceira,
mas o almirante afirmou que ele desfez todas as bases que fez
ontem, não entende como, mas faz a operação.
O general Parkinson ao fundo viu os tanques mais ao fundo,
vindos de uma base subterrânea começarem a sair e ir a campo, da
parte alta que estavam, dava para ver todo o movimento deles.
Mark olhava a recuperação dos militares, alguns olhavam
aquilo descrentes, mas viram os médicos depois de atenderem os
feridos, voltarem a base subterrânea.
O general estava olhando os rapazes e viu o Almirante vindo
da base subterrânea e parar a sua frente.
— Odeio traidores General.
— Sabe a pressão.
145
— Se vai ceder a pressão de cagados, melhor sumir general,
pois estes quando o sol começar a entrar em ação, são capazes de
matar tudo para tentar entrar onde não se poderá mais abrir.
— Não gostou, mas não entendi.
— Vocês são burros, e acham que podem com um menino
que os próprios relatórios falam, conversa, não força, alguém capaz
de dar e de tirar, com a mesma frieza.

John Rockfeller chega a Comptche e olha a destruição, olha


para a porta ao fundo, suborna o dirigente que falou não ter nada
lá, o senhor chega a porta e entra na pequena peça, a cara de
decepção foi grande, o senhor queria se apoderar de algo, mas
esquece que o menino disse que se precisasse pedisse.
— Não tem nada aqui John. – Um senhor mais velho.
John toca todas as paredes e olha para o administrador
saindo ao fundo, de carro e fala.
— Pode ser outro, está uma bagunça, ontem parecia
organizado.
O senhor olha em volta, olha o paiol ao fundo e pega o
celular, liga para Pedro e este olha para a ligação e atende.
— Tudo bem John?
— Queria mostrar a meu pai a base em Comptche, cheguei
aqui e não tem nada.
— Regra básica John, quando o exercito determinou a
invasão de todos os buracos a quinze minutos, apenas pedi para os
autômatos desmontarem os portais de entrada.
— Problemas com o exercito de novo?
— Alguém falou de mais, mas hoje não vai dar para reativar
John, pois tirei os autômatos dai, por segurança.
— E não me avisou? – John tentando inverter.
— Estava tirando minha família e namoradas da Califórnia,
não me culpe de não pensar em vocês o tempo inteiro.
Pedro sabia que a gravação estava sendo monitorada, no
Brasil ele conseguia as isolar totalmente, ali parecia sempre ter
alguém ouvindo.
— Certo, pelo jeito o parque ao fundo foi destruído, o que
aconteceu menino?
146
— Tornado de 210 milhas atingiu ontem em cheio Comptche,
mas isto reconstruímos rápido.
— Voltamos outra hora, pelo jeito é serio, o exercito está
entrando na marra agora.
— Eu não gosto de parar por isto, mas neste momento estou
desviando eles John, assim que estiver em local seguro lhe falo.
Pedro desliga e olha para a base e sorri.

Pedro surge em sua casa em Mugu e olha Rita e Renata a


conversar.
— E dai, vamos fazer oque hoje? – Pedro.
— Não sei, resolveu? – Renata.
— Acabo de ser expulso da base que demorei dois dias para
montar, eles não se resolvem.
— Alguma ideia?
— Tenho de conhecer uma casa na Florida.
— Florida, desta vez vai me deixar conhecer Orlando? –
Renata.
— Quem sabe, quem está a fim.
— Onde vamos? – Joseane.
— Começamos a tarde em Cocoa, é uma cidade próxima a
base da NASA, e amanha cedo vamos a Orlando.
— Diversão finalmente. – Joseane.
A cara de Pedro não era de quem estava indo a diversão, mas
as meninas sabiam que ele estava correndo, que ele precisava
fechar aquilo, então atravessam o portal para a costa Leste, elas
olham que isto a fariam perder quase meio dia, pois já estava
escurecendo, e entram em uma casa em Cocoa, casa simples, dois
pisos, casas normais de americanos, não de brasileiros, ao fundo se
via a baia e muito mais distante ao fundo a base de lançamento.
— O que vai fazer aqui Pedro? – Rita olhando para a base ao
fundo.
— Estamos em uma casa simples, mas o terreno ao lado, que
deve ter perto de 10x1 km, comprei para fazer uma reserva
particular, do outro lado da baia, a base da aeronáutica, o tão
famoso, Cabo Canaveral.
— E vai instalar algo nesta base?
147
— Sei que deve estar chato Rita, mas em Los Alamos, eu criei
um lago, onde estava minha base de pesquisa, abaixo deste lago,
está minha base de pesquisa, as placas de energia, tem três tipos, e
observei que as a base de ferro, flúor, silício, fornecem energia
mesmo mergulhadas em agua, então o lago raso de agua
transparente, tem seu fundo tomado de placas de energia, e a base
a baixo, está um agito geral. Em Camp Pendleton, eu instalei 9 bases
subterrâneas, onde pretendo por todos os cálculos referente a uma
previsão, para ver se ela é real, e exatificar quando ela pode
acontecer, em San Diego, eu estou desmontando tecnologias
alienígenas, para as produzir, e as dominar, aqui, é a parte difícil, o
lugar é muito visível, as bases, tem de ser de superfície, pois até eu
achar uma rocha neste lugar vai muito para o fundo.
— E acha que consegue o que pretende? – Rita sabia que
Pedro tinha de conversar, ele estava uma pilha, as meninas
querendo que ele se divertisse, mas sabia que ele viera a primeira
vez para isto, fechar contratos.
— O contrato inicial com a Universidade da Califórnia, era de
45 bilhões, para 12 anos, quando eu o fixei, era algo impensável,
pois está é a parte software.
— Certo, uma fortuna que muitos invejariam.
— Sim, mas no fim fechei, para desenvolver na mais completa
e isolada base em Los Alamos, 22 projetos além do programa, o que
era para ser 45 bilhões em 12 anos, vai me gerar 300 bilhões ao ano,
por tempo indeterminado, e com acréscimo de patentes e
mercados, a base que montei em San Diego, é uma base de 3
trilhões de dólares, 3,25 trilhões mais exatamente, para
desenvolver, 18,5 trilhões em tecnologia no primeiro ano, mas o
custo de instalação será pago a Rosa Inc, em 10 anos. E os contratos
divididos tecnologicamente em duas partes. O pessoal assustado,
que está me colocando aqui hoje, em 2 dias, me comprou 312 mil
vagas, a 10 milhões de dólares cada, eu me assusto com o medo
deles, pois este medo, me coloca na conta, um dinheiro limpo que o
exercito dos Estados Unidos vai ter de se esforçar para me pagar em
10 anos.
— E não sabe se é serio?

148
— Rita, eu vou fazer de tudo para enfrentar, para tentar
proteger o planeta.
— Mas não vai se matar com isto?
— Não, eu vou é tentar crescer como gente, como
investimento e como empresário, quando os demais estiverem
largando coisas, pensando no fim, eu vou calmamente comprando
parte da estrutura deles.
— Mas parece tenso mesmo assim.
— Pietro me passou a informação que um grupo de pessoas
está entrando em contato com ele a Europa interessadas nos
mesmos buracos para se esconder, ele passou ao dobro do preço
daqui e as pessoas estão comprando, elas querem prioridade.
— E vem aqui para enfrentar isto, para entender?
— Aqui teremos uma base subterrânea, mas ela demora mais
para fazer, então será neste terreno que temos a frente, demora
mais, pois eu vou modelar paredes com a areia do fundo, através de
campo de exclusão, de seleção e de calor, uma base que vai para
baixo e não terá rocha, pois ela está na região somente após 112
metros, a parte rocha aqui não vai ser usada por enquanto.
— Porque disto? – Joseane.
— Quero eles pensando nas possibilidades, mas pode ser que
no fim, eles tenham de se esconder como nós.
— E não acha que é gasto demais? – Renata.
— Sim, é gasto demais, mas ao mesmo tempo, é possível que
gaste toda a minha parte, e não dê resultado, de que adianta
dinheiro, se o planeta não estiver ai para que eu gaste?
— O que vamos fazer? – Joseane.
— Vocês vão descansar, amanha bem sedo estaremos em
Orlando, e as filas depois de certa hora no fim de semana são
insuportável, estamos no verão, isto é cheio demais. – Pedro.
— E você?
— Vou trabalhar, o que mais sei fazer? – Pedro sorrindo.
— As vezes tem de se divertir um pouco. – Joseane.
— Sei disto, mas amanha me divirto.
— Promete? – Joseane.
Pedro sorriu e falou serio.
— Não.
149
Banneker estava a olhar os dados quando recebe a ligação de
Pedro, que estava a parte externa da casa, ao lado das casas que
faziam divisa com aquele terreno, se via aquela luz vermelha tomar
o terreno, foram aproximadamente 72 segundos, até Los Alamos
acompanhou aquela luz.
Pedro deixa as meninas ali descendo as escadas para a parte
baixa da base, que tinha entrada por uma garagem no fundo
daquela casa normal, classe média, que comprara ali.
— Boa Noite menino, problemas?
— Estou em Cocoa e gostaria de conversar Banneker.
— Veio conversar sobre o que?
— O construir de uma base subterrânea de proteção abaixo
de vocês, para que em caso de fracasso, tivéssemos como salvar as
pessoas próximas.
— Está levando a serio isto menino?
— Sim, e gostaria de trocar umas ideias.
— Encontro você em Cocoa, assim que terminar aqui, lhe ligo.
— Sem problemas, vou tentar não invadir a base Aérea
enquanto isto.
— Não brinca, eles já tem medo suficiente.
— Sei disto.
Pedro chega na parte baixa, o sinal estava cada vez pior, e a
ligação cai, ele não sabe se Banneker teve a sensação de que ele
desligou, mas tudo bem, instala uma parede de passagem, e ativa
pelo notebook os autômatos, que começam a entrar naquela base,
dividida em três partes, ainda.

Os autômatos começam a montar a base, e a mesma começa


a se organizar, ele tinha algumas coisas as fazer naquela noite, um

150
autômato lhe trouxe um traje espacial e atravessa um portal para
eP9, olha para Roger, um Inglês que lhe olha.
— Como está menino?
— Vim verificar o que colocou no sistema.
— Problemas?
— Sim, qual o estudo que tem sobre a formação de
Antimatéria ai?
— Diz que descargas muito violentas de matéria, chegam a
provocar a antimatéria.
— Teria como transportar esta antimatéria?
— Sim, mas existe o risco.
— Estuda se podemos usar isto, não entendi ainda este
sistema que vocês estão estudando.
— Quer ver o brinquedo gravitacional mais apavorante já
descoberto?
— Brinquedo?
— Modo de falar.
Pedro fez que sim com a cabeça e eles atravessam um portal,
Pedro quase perde o equilíbrio, parecia que estava dentro de um
carro em alta velocidade. O rapaz o segurou.
— Onde estamos?
— Pode parecer maluquice, mas estamos dentro de uma
micro lua, que circunda o planeta gasoso já dentro das nuvens, ele
externamente parece como a mancha de Júpiter, mas esta corre ao
redor do planeta, mas para não cair, este satélite acelera cada vez
mais, e como ele acelera dentro de uma nuvem muito pesada, ele
gera imensas descargas elétricas, que geram matéria e antimatéria,
mas a antimatéria é expelida para fora, e a matéria se transforma
em energia.
— O que quer dizer?
— Que a massa do planeta expele a antimatéria, e o satélite
girando a uma velocidade assustadora, gera descargas elétricas
imensas que chegam a gerar antimatéria.
— Dai vem o acumulo da antimatéria?
— Sim, mas não entendi para que pretende usar, ou até
entendo, motores de antimatéria, mas não precisaria de tanta
antimatéria para isto.
151
— Vamos voltar que girando nesta velocidade não consigo
pensar direito.
O senhor sorriu e voltam pelo portal.
— Roger, existe uma pesquisa que aponta a possibilidade, do
sol ter grandes explosões nos próximos 4 anos, estas explosões
jogariam sobre a terra, toneladas de íons.
— Está falando serio?
— Estamos começando esta semana um estudo referente a
isto, minha primeira ideia, para tentar deter 30% destes íons, é
gerar uma parede de antipróton entre a Terra e o Sol.
— Sabe que eles são instáveis e nem sempre ficam onde
queremos?
— Sei, mas isto quer dizer, eu não posso por ali mais que 1%
da massa da atmosfera terrestre, pois poderia no lugar de ajudar,
na hora H, abrir uma entrada dos Íons sem resistência alguma.
— Certo, mas sabe quando vai acontecer?
— Estamos tentando os dados mais precisos, hoje não os
temos, mas queria que montasse um grupo de pessoas e começasse
a pensar nisto, sei que sempre foi alguém que pensou no uso dos
Íons solares como fonte de energia, pessoas que os entendem
podem achar uma chance de sobrevivermos.
— Vai alertar o planeta?
— Adianta, acha que eles acreditariam?
— Não, eles não acreditaria, e ainda teríamos mais
resistência, mas vou falar com alguns amigos, sabe que terá de
contratar eles menino?
— Sei, quero todos pensando nisto Roger. Mas ainda em
silencio externo ao grupo, pois temos de saber o que realmente vai
acontecer, mas somente a possibilidade de algo assim acontecer
uma vez a cada 2600 anos, já vale o estudo.
— Certo, pode não ser agora, mas pode um dia ocorrer.
— E não esquece, estamos prestes a abrir mais possibilidades,
quanto mais estudarmos isto, melhor vamos enfrentar outros
problemas de mesmo tamanho ou maior.
Pedro olha para o imenso planeta gasoso e pergunta.
— Quer dizer que a mancha neste planeta gasoso que gira em
torno do planeta é provocada por um pequeno planeta que a orbita
152
foi encurtando, e mesmo acelerando, deve chegar o dia que o
destino será o centro do grande gigante gasoso?
— Sim, o sistema de quem fez estes portais estudava bem a
produção da antimatéria como consequência deste arrasto em meio
a matéria a uma velocidade assustadora.
— Mas não deveria estar perto da velocidade da luz para que
isto acontecesse?
— Por isto que estamos estudando menino, o arrasto
gravitacional pode ser um dos fatores das descargas elétricas, estas
estão a velocidade da luz, gerando descarga de íons, e eles são
rápidos, eles interagem com as nuvens a uma velocidade imensa, as
vezes o planeta fica ensurdecedor, pois os trovoes, os raios, as
descargas parecem que vão destruir a pequena lua.
— E aqueles sistemas que você me mostrou as plantas?
Roger sorriu e passou por um portal estavam em uma lua
rochosa a volta de um gigante gasoso com o tamanho de 8,32 vezes
o tamanho de Júpiter, sem rotação, um lado eternamente voltado
ao planeta e um eternamente ao oposto disto, como ele tinha uma
translação no planeta gasoso aproximada de 28 horas, ele tinha dia
e noite em ambos os lados da lua, embora o virado para o planeta
sofria as altas doses de radiação do planeta.
Chegam a um campo, o branco tomava todo o visual, e viu
aquelas caravelas imensas ao ar.
— Para que eles usavam isto Roger?
— Existe um planeta Yago mais próximo do sol, narrado como
Yago 351, mas parece que eles tinham uma passagem direta para o
planeta, a vida no planeta Yago parece se desenvolver, não existe
vestígios de antigas cidades, mas podem ser cidades muito antigas,
mas a volta deste Yago só tem um satélite de observação, é como se
eles ainda estivessem chegando a este lugar.
— Acha que é seguro?
— Não sei se estas caravelas espaciais são seguras, elas se
baseiam em tirar energia do sol para chegar perto do planeta, são 8
delas.
— Parecem imensas.
— Elas são imensas, o pessoal está esperando a autorização
para desmontar uma delas.
153
— Vamos desmontar duas delas, vamos ver se conseguimos
por um autômato nesta caravela e ele consegue chegar a este Yago
351, e instalar uma porta de passagem, o que nos facilitaria muito o
trabalho.
— E onde vamos estudar isto?
— Estamos abrindo uma base de cabo Canaveral hoje.
— Eles já assinaram?
— Acredito que vão assinar hoje.
— E se não assinarem?
— Roger, pensa, eu odeio a ideia de perder o planeta para
uma chuva de íons do sol, vamos trabalhar e evitar isto, ou vamos
ter de abrir para muitos caminho para terras que nem sabemos se é
segura.
— Certo, e acha que pode usar estas caravelas como?
— Eu vou começar a fazer uma colheita das placas de energia,
e vou criar uma caravela desta, e vamos a fazer crescer longe dos
olhos.
— Vai fazer um guarda chuva, sabe que é muito pequeno, por
mais que seja imenso.
— Na verdade sei que é pequeno, mas como se fala, quando
se está no caminho de uma chuva, é para se molhar, vamos tentar
com 10, ou 20 formas, vamos por tudo que podemos nisto.
Os rapazes chegam, Roger dá as instruções, e Pedro passa as
coordenadas do endereço da base e volta para ela.
Pedro olha para a o projeto, para as instalações, e olha os
rapazes trazendo uma grande armação, e colocando naquele trecho
que tinha uma porta bem alta, para fora, 50 metros acima, eles
ativam a passagem e começam a trazer as peças grandes, estranho
um buraco com mais de 50 metros de altura, mais de 80 metros de
largura, mais de 150 de comprimento, quando eles passaram as
peças começa a ficar pequeno.
— Sabe que ficará apertado. – Roger.
— Sei que preciso de algo para mostrar, se me autorizarem,
criamos a maior destas salas, onde poderemos desenvolver algo
imenso, mas aqui é protótipo Roger, para defender a terra, teria de
chegar a mais de 50 mil quilômetros no sentido do sol, abrir, para
nos proteger em parte.
154
— Está pensando em evitar o pior, nem que tenhamos de
arcar com as consequências?
— Sim, a ideia é lançar varias frentes, se podemos dispor de
Antimatéria, precisamos saber como as atrair, como as dispor onde
queremos, a luz não as afeta, mas os íons carregados já são matéria,
então podem deter 10% do efeito, se pudermos abrir um guarda
chuva, ele não vai aguentar muito, mas se ele aguentar meia hora,
já seria o suficiente para outros 10% do que vem do sol parar ali,
nossa cobertura natural, enfrenta estas sobrecargas a muito tempo,
mas estamos pensando em ajuda-la a aguentar.
— Sabe o tamanho deste guarda chuva?
— Sei, imenso, por isto tem de estar mais longe, pois quanto
mais perto, menos sombra fara sobre a Terra.
— E pretende lançar quantas?
— As imensas que conseguirmos, e milhares de pequenas,
tudo que ajudar na hora H, é bem vindo, temos de instalar os
campos protetores na estação espacial, nos satélites.
— Mas não entendi como fazer algo como estes aparelhos
como placas? – Roger.
Pedro faz sinal para ele entrar, e na peça ao fundo, os
autômatos colocavam alguns rolos de fibra de silício-carbono-flúor,
e fala.
— Em alguns lugares, alguns seres usavam esta cobertura
para isolar da luz tudo que estava abaixo dela, é uma liga que ainda
não fabricamos, mas temos, resistente, maleável, altamente reativa
ao calor.
Roger chega perto e olha para a lona, bem fina, parecia muito
leve e pega uma faca a cintura e tenta a furar, ele olha que não
consegue cortar, não consegue nem furar e pergunta.
— E como juntamos uma parte na outra?
— Se tudo fosse fácil Roger, já estaríamos com as coisas
prontas.
O telefone de Pedro toca e ele pede um momento.
— Fala Banneker.
— Estou saindo da base, onde nos encontramos?
Pedro passa o endereço e olha para Roger.

155
— Vamos ver se conseguimos apoio, recursos e informação,
pois desenvolver isto, tem de ser junto com o tamanho do
problema, pois não quero dispender energia em algo que não
adiante nada.
— E desistiria?
— Roger, se precisar, atravessamos para algum planeta
seguro, quem conseguirmos, mas sabe que poucos nos ouviriam,
teríamos de os ludibriar para isto.
— Certo, temos os planetas, nem vi os vivos ainda.
— Estamos bem relutantes referente a planetas vivos, não
queremos morrer lá, por ignorar uma virose, uma bactéria perigosa,
ou um veneno que desconhecemos.
— Mas já catalogaram alguns?
— Mais de 20 deles, mas ainda sem estrutura, mas se for para
sobreviver, logico que vamos por portas para lá, ficamos até a
ultima tentativa e atravessamos, mas deixando lá nossas famílias.
— Juro que quando entrei nisto a dois meses menino, parecia
uma maluquice, hoje as vezes me belisco para ver se não estou
sonhando.
— Todos estamos sonhando acordados.
Pedro começa a sair, pega o elevador e sobe a parte superior.
Pedro senta-se a sala e ativa o sistema de camuflagem e
campo de invisibilidade, pois ao fundo se via a grande porta de mais
de 50 por 150 metros ali do lado de fora.
As meninas olhavam ele meio querendo festa, e ouvem
alguém bater a porta, as três subiram, Pedro abre a porta e
Banneker estava ao lado do secretario de segurança e tinha dois
generais ao fundo.
— Problemas Banneker?
— Deve conhecer o Secretário?
— Sim, entrem, desculpa a simplicidade.
Os senhores entram e Pedro cumprimenta os generais.
— Pedro, não sei como lhe falar.
— Falando.
— O secretario está aqui para confirmar, afastaram alguns
senhores do exercito, mas deve imaginar que não temos como
enfrentar os dados que eles estão nos passando.
156
— Banneker, a pergunta, o que quer falar, está enrolando.
— O secretario acha que devemos nos esconder, que teria de
ter uma forma de proteger as pessoas, de fazer algo que salvasse a
semente humana, e todos apontam para você.
Pedro olha para o Secretario.
— O presidente aceitou sua oferta, mas o presidente ainda
não acredita que será tão drástico o evento.
Pedro olha para Banneker que fala.
— Estamos ainda levantando, mas a erupção se acontecer
como eles calcularam, seriamos varridos por uma onda de 79 horas,
por mais de Três dias, o céu queimaria, o oxigênio queimaria, os
mares evaporariam, a onda de calor derreteria em si boa parte da
superfície terrestre, os comandantes estão falando que tem de ter
no mínimo 10 metros de rocha para aguentar isto. – Banneker.
— Acha que os dados confirmam isto Banneker. – Pedro.
— Sim, os dados confirmam isto.
— Conseguem exatificar para quando?
— Isto ainda estão calculando.
Pedro olha para o Secretario de Segurança, e pergunta;
— Vão me permitir tentar ajudar?
— Não entendeu a gravidade menino.
— Não quer ajuda então? – Pedro.
— Precisamos dos buracos, de proteger a estrutura, de
sobreviver a estas 79 horas.
— Senhor, quer ou não ajuda? – Pedro.
— Sim.
— Me autoriza a estudar o problema enquanto montamos
buracos?
— Sim, mas acho que não entendeu a gravidade.
— Senhor, eu posso não ter entendido, dizem que sem
entender, criei meu buraco, agora a pergunta, quanto o seu
governo está disposto a pagar por estes buracos?
— Existe uma lista grande de pessoas, mais de 7 milhões de
pessoas, não sabemos como as defender.
— Quanto estão dispostos a pagar?
— Porque é importante para você isto?

157
— Senhor, aprendi a dar valor a pessoas que valorizam suas
vidas, mas é que dependendo dos recursos, consigo construir mais
rápido ou menos rápido.
— Acha que dá tempo? – Banneker.
— Banneker, eu vou tentar evitar, mas se vender buracos é
uma forma de financiar esta loucura, eu vou vender buracos, eu
estava oferecendo até hoje, um milhão de lugares, o preço subiu
para 20 milhões de dólares por cabeça salva, pois a estrutura é cara
e complicada de fornecer.
— Tem quantos lugares já feitos? – Um general.
— 225 mil numa base da Marinha, perto de um milhão em
outras bases espalhadas em construção, em 30 estados Norte
Americanos, mas a pergunta, vão ajudar, vão enfrentar ou vamos
nos esconder? – Pedro.
— Nos esconder. – Secretario de Segurança.
— Então levanta o dinheiro Secretario que afundo os buracos.
— Não entendi.
— Estava fazendo buracos para mil pessoas, vou começar a
fazer buracos para 250 mil pessoas. Começo a partir de amanha
cedo projetar 30 buracos senhor, mas preciso de recursos, pois vou
ter de construir rápido, pois não temos ainda a data, mas os dados
que vi apontavam para fim do ano que vem.
— Sabe que nem sei quanto vai dar isto.
— Senhor, eu não vou pedir tudo em dinheiro, pode até ser
que exista 150 trilhões de dólares no mercado para me pagar, mas
tem de entender, vou pedir coisas, materiais, espaço, estrutura,
terrenos, pois eu vou tentar evitar.
— Acha que consegue algo?
— Senhor, se eu conseguir reduzir em 50% o efeito, pode ser
que não corramos tanto perigo, 79 horas pegando fogo no planeta e
congelando, pois a parte escura estaria sem oxigênio no ar,
queimado ou na forma de gás ao ar, com muitos outros gazes desta
reação, por isto vou tentar, e se tudo der certo, assim como não ligo
para a critica, não precisa lembrar de quem fez, nem precisarei do
obrigado, pois terá pago pelas vidas salvas.
— Eu apenas vim dizer que o presidente aceitou, é bom saber
quando vai acontecer, precisamos estar protegidos.
158
— Senhor, vamos montar uma estrutura para lhes deixar em
um local seguro com 48 horas de antecedência.
O secretário saiu e os dois generais da Aeronáutica olham
para o menino.
— Banneker nos explicou que vai ajudar, não sabemos como
ainda, mas vamos providenciar uma credencial para você da
aeronáutica e vai ter livre acesso, para que possamos saber onde e
quando vai acontecer.
— Senhores, assim como desenvolvi uma base na Califórnia,
vou por uma na região dos lagos, uma na região de Dallas e uma na
Virginia, para o exercito, base no modelo que construí em Camp
Pendleton, ela está isolada ainda, pois parecem existir pessoas
interessadas em tomar as bases do exercito, não é hora para pânico.
— Quantos por base?
— Somando as 4, terá vaga para 900 mil militares senhores.
— Além da estrutura que o secretário pediu?
— Senhores, acredito na ordem, não podemos deixar o
planeta na mão de malucos quando tivermos de a reconstruir.
— Certo, pensando na ordem, poucos pensam.
— Poucos podem abrir um buraco como eu faço senhores,
mas são da base daqui?
— Não, viemos como o secretário, ele parece estar em
pânico.
— Acalmamos ele na semana que vem, agora vou falar de
parâmetros técnicos com Banneker, agradeço as credenciais, assim
que as tiverem, me achar é fácil.
Os dois saíram e Pedro olha para Banneker e pergunta.
— O que temos de real?
— O sol está começando reações pesadas, os cálculos são
estatísticos, ele está a toda.
— Banneker, estatística não é ciência, é comparação de
dados, não me dá para exatificar a data através de estatísticas,
precisamos de dados.
— Olha que me apostaram que você iria falar isto.
Rita olha para baixo e pergunta;
— Vai demorar?

159
— Vou conversar com Banneker mais um pouco e assim que
terminar aqui subo.
Rita estava olhando atenta, e fala.
— Não esquece que te amo.
— Também te amo. Qualquer coisa, campo de proteção.
— Estamos tão paranoica como você ultimamente.
Pedro levantou e falou;
— Vamos conversar no meu buraco na região.
— Fez um buraco na região?
— Banneker, a região não é boa para fazer uma base de
proteção, mas é boa para estudar o problema.
Pedro faz sinal para o senhor que iria a saída do fundo, ele
olha para a garagem, pensou ter um carro ali, Pedro abre a porta
lateral e os dois entram, um elevador rápido para baixo e Banneker
sorri.
— Uma base na cara de todos, você não para nunca?
— Senhor, vamos conversar com os rapazes que precisam de
dados reais.
Banneker vê o elevador abrir, salas de pesquisa, de gente
calculando projetos, e chegam a primeira área com abertura para
cima, e ele olha aquela imensa armação sendo construída.
Banneker observa e Roger chega ao lado.
— Os autômatos estão prendendo os últimos pedaços, dai
vamos por a cobertura, não entendi a ideia ainda.
Pedro olha pra Banneker e fala;
— Vamos a sua sala ali à frente Roger, que preciso trocar uma
ideia.
O senhor Banneker olha a estrutura, imensa, olha para cima,
uma imensa comporta, aquilo dava para fora, mas aquele buraco
era imenso.
— O que pretende com aquilo Pedro? – Banneker.
— Daqui a 3 dias, lua nova, vamos ativar as placas e vamos
tentar a levar ao espaço, esta caravela, vai em direção ao sol, com
72 equipamentos de detecção e quero saber se temos dados mais
precisos Banneker.
— Mas qual a ideia? – Banneker.
Pedro olha Roger e pergunta;
160
— Quanto de antimatéria consegue naquele sistema?
— 18 quilos por semana, estamos estudando sistemas
herméticos e com sistema eletromagnético para a mesma não tocar
nas paredes, temos de ter a data, mas podemos dispor uma linha de
antimatéria, mas ela se perderia no espaço se não tivermos a data,
pois ela se manteria lá apenas 18 dias na orbita, podendos se perder
ao espaço.
— Acha que a estrutura consegue chegar a que tamanho?

Roger coloca no sistema e fala;


— A estrutura só aguenta até duas milhas de largura numa
forma aproximada a esta, e não conseguimos material e estrutura
para mais de 67 delas.
— E conseguiria coloca-las em posição?
— Sim, mas passaria parte nos intervalos, pois a união não
iria ser perfeita, estamos ainda estudando quanto de resistência
elas ofereceriam, mas os cálculos ainda não tem a força da onda de
Íons, pois o guarda chuva total, não daria mais que 14 por 12
milhas.
Pedro olha para Roger e fala.
161
— Temos de ter mais ideias, estamos aqui para isto.
Pedro olha para Banneker e fala;
— Banneker, eu vou deixar uma porta de saída instalada na
base ali a frente, em cada uns dos 600 barracões internos,
passagem direta para eP12(6), é uma superterra, não tem nada lá
ainda, mas pode ser a saída dos técnicos, pois esta região, tudo que
construímos, se tiver uma ação do sol por 79 horas, não sobra nada.
O planeta não é seguro, mas temos como dispor de uma base para
abrigar os técnicos e suas famílias, enquanto construo aqui,
construo lá.
— E acha que evitamos?
— Senhor, podemos não evitar aqui e ser vitimas em um
lugar que não conhecemos direito, por algo menos perigoso e
sucumbirmos.
— Certo, não tem os estudos de perigo.
— Não, mas como falo, às vezes atravessaremos portas não
porque é seguro, e sim porque aqui é morte na certa.
Roger olha o senhor e fala.
— Senhor, temos duas formas de ação, mas ambas,
dependem de quando for acontecer, pois somos um sistema
avançando no espaço, como todos demais, e como o menino falou,
não adianta dispender forças onde nada vai adiantar, ele teve duas
ideias, sobre o que ele conhece, mas podemos achar ideias a mais e
começar a se precaver.
— Tem alguma ideia a mais?
— Senhor, eu poria sobre os polos, toneladas das placas que
temos, para elas derreterem parte do gelo, pois quanto mais densa
estiver a atmosfera, menos sentiremos. – Roger.
— Podemos causar furacões assim.
— Senhor, se ninguém fizer nada, todos os que pensamos em
não prejudicar, estarão mortos em pouco tempo. – Roger.
— Certo, e tem quanto de placas? – Banneker olhando Pedro.
— Estou colhendo 70 quilômetros quadrados de planta, em
duas semanas teremos elas prontas para uso.
— E tem mais ideias? – Banneker.
— Senhor, esta base terei de apresentar para o senhor, está
por baixo da baia, e da ilha a frente, temos uma pequena parte no
162
oceano, ainda sem toda a estrutura, mas preciso saber como posso
enfrentar quem nos gera vida, sem termos problemas por séculos.
— E eles nem viram nada ainda.
— Parte está lá, mas como eles não saem da estrada não se
depararam com um campo de proteção, mas se o secretario ou
alguém perguntar, são bases de sobrevivência, ninguém precisa
saber que teremos saída para outros mundos, acho que os informar
isto mais perigoso que ficar e enfrentar.
— Alguma ideias a mais? – Banneker.
— Ideias sem consistência não nos adianta. Senhor, eu
preciso de ideias, posso ajudar com tecnologia, com gente, com
recursos, mas preciso bem da parte ideias, pois não entendo tanto
de sol assim para ter certezas, sei que explosões solares nos
atingem mais ou menos, dependo do local da orbita, que estamos,
se estamos logo atrás dele, no eixo de aceleração dele ao espaço, é
uma, se estamos numa parte espiral é outra, não que mude a
explosão, mas é que nos pega em cheio, por isto precisamos saber
quando, o mais exato possível.
— Porque não acredita no fim? – Roger olhando o menino.
— Roger, não tenho como explicar, mas eu não morro nesta
catástrofe, mas para mim, desculpa Banneker se parecer descrente,
mas tudo que me apresentaram, é índices de aumento e recuo do
sol em uma tabela estatística, toda a base de cálculos, em uma
estimativa, não sabemos a massa exata do sol, não sabemos em que
trecho do espaço estaremos passando, alguns com mais destroços e
poeira que outros, não temos os dados de se algum pequeno
asteroide estará entre a Terra e o Sol, mas eu sou alguém que
chamam de sortudo, mas eu sou é teimoso Roger, eu vou tentar
salvar o planeta mesmo que ninguém saiba que fiz algo.
— Certo, e pretende oque? – Banneker.
— Vamos lá Banneker, vamos invadir sua base por baixo e lhe
mostrar uma coisa.
Banneker sorri, os 3 saem a andar, pegam um veiculo elétrico,
Banneker viu que a região parecia se arrumar e se preparar a cada
momento e param em algo que parecia um grande barracão, mas
era um grande buraco.

163
Pedro olha para seu celular e olha o ponto de preparo e olha
para Roger.
— Roger, estes modelos de velas espaciais estavam
abandonadas em eP12(2), elas estão operantes, e os autômatos
estão terminando de as montar.
Banneker viu que o barracão tinha mais de oitenta metros de
altura, e mais de 200 de comprimento, estavam construindo uma
espécie de vela espacial, as armações pareciam bem escuras, as
velas ainda recolhidas nas armações, então parecia um imenso
guarda chuva, onde a parte baixa, tinha espelhos voltados para
baixo e toda a estrutura parecia sendo instalada de equipamentos.
Banneker chega perto e fala.
— Qual a altura desta vela?
— 60 metros de altura. – Pedro.
— Esta montando aqui, para teste? – Banneker.
— Sim, preciso saber se tenho todas as peças, mas vamos
precisar a por no espaço, e remontar ela.
— Sabe o trabalho que vai dar isto?
— Banneker, eu sei que vai dar trabalho, mas em duas
semanas quero estar começando a montar isto, é a primeira de no
mínimo 8 destas, vamos as por numa rota em direção do
Sol, preciso saber oque elas precisam detectar, que tipo de exame
do sol nos permitira fechar o relógio do evento.
— Certo, alguns me perguntavam se não faríamos nada, vi o
susto em muitos rostos, até eu entrei em pânico com os dados, que
se você não tivesse falado, não olharíamos, pois parecia muita
maluquice, mas como vamos por isto para cima? – Banneker.
— Eu achei uma forma, isto que interessa.
— Uma forma?
— Roger, uma pergunta, lembra que falei que algo que não
encaixa ainda nesta historia é a existência de algo que nos vigia
diretamente?
— Sim, mais ainda quando vimos que planetas não
catalogados estão com apenas um observador, alguns sem nenhum.
— Sim, mas para eles manterem o contato direto, com o
sistema atual, cada um dos doze pontos a nossa volta, que sabemos
onde estão pelas imagens que nos mandam, tem de ter um portal
164
de acesso, pois senão não teríamos imagens atuais, teríamos de
anos luz do passado.
Roger olha para Pedro, fazia sentido e fala.
— E vai usar elas?
Pedro caminha até uma sala, a imagem de um satélite
estranho surge pela imagem de um autômato e as informações
mostravam 10 autômatos instalando um portal maior para lá.
— Estou sendo precavido Roger, pelo sistema diz que poderia
materializar a caravela espacial lá encima sem o portal, mas não
temos como perder uma delas, talvez no fim nos sobre dados, mas
por enquanto não os temos.
— Certo, mas como vai passar para lá.
Os autômatos naquela peça soltam no alto da parede de
lateral um grande tecido, e começam o prender, e Pedro fala.
— Vamos mandar ela direto, eles vão montar uma saída lá, e
nós vamos montando aqui as caravelas, que vão passar por este
pequeno portal. – Banneker olha a parede, o menino estava falando
em montar algo imenso ali e jogar ao espaço, sem ninguém ver.
— Precisa de ajuda pelo jeito? – Banneker.
— Sim, trás os engenheiros para cá amanha Banneker, e os
fala o que vamos fazer, o que pretendemos estudar, que acho que
vamos ter de saber exatamente o que podemos fazer, mas deixar
claro, o que preciso nesta hora são de novas ideias.
Sabrina olha os dados e fala olhando para Dallan.
— Precisamos conversar. – Apontando para a sala de
comando a cima.
Dallan sobe e vê Sabrina colocar os dados e fala;
— Dallan, os técnicos da NASA acabam de confirmar que os
dados são passiveis de acontecer, vi mensagens quase em pânico
entre cientistas.
— Temos uma chance.
— O secretario de segurança afirma para o sistema que Pedro
Rosa ganha acesso a bases Americanas como auxilio a crise, que ele
fornecerá bases de sobrevivência, dois generais do Cabo Canaveral
estão falando em bases para militares para mais de 900 mil
militares, para fazerem a seleção de nomes e o secretario fala em
lista prioritária de 7 milhões de pessoas.
165
— E o menino?
— Acaba de receber na casa dele em Cocoa Banneker e
parece estar lá acertando detalhes de enfrentamento.
— Para se esconder?
— Banneker, pelos dados iniciais da NASA, das 22 bases do
exercito para sobrevivência, apenas duas que foram escavadas na
rocha aguentam a onda de calor de 79 horas.
— E as do menino?
— Aguentam, mas o menino não parece ter parado, ele não
parece estar parado fazendo buracos senhor, ou melhor, buracos,
mas não apenas os que interessa ao governo.
— Por quê?
Sabrina coloca uma imagem.
— Imagem do sistema de segurança de Cabo Canaveral hoje.

166
Dallan chega perto e pergunta.
— E ninguém notou?
— Não, ele colocou algo ali, mas que não sabemos ainda
oque senhor.
— Ele está sendo mais precavido, pois não quer resistência,
mas sinal que vai tentar ajudar.
— Sim, mas acredito que devemos acelerar os que tem ideias
e os isolar senhor. – Sabrina.
— Acha que alguns vão entrar em pânico?
— Acho que o menino vai tentar enfrentar, sabemos que ele
não tem como passar bilhões de pessoas por um portal sem
milhares de mortes.
— Porque acha isto?
— Sistema de Calor do Cabo Canaveral.

— Este menino não para, acho que vamos agitar a roda


cientifica, mas precisamos dos técnicos desmentindo isto piamente
se vier a publico. – Dallan.
— Pânico nunca ajudou, mas espero que ele consiga algo
senhor.
167
— Sei disto, mas deve estar pensando, lá já esta escurecendo,
lá não terá muito agito até amanhecer.

Banneker chega a parte dentro da base, e os engenheiros


olham aquele imenso buraco aberto de cima para baixo e um fala.
— O que faremos Banneker?
— Vamos verificar o que conseguimos colocar de
equipamentos de monitoramento nesta vela, para termos com
precisão quando vai acontecer.
— E como a lançaremos senhor?
— Primeira parte é incutir os equipamentos, as velas ainda
estão recolhidas, depois veremos o que podemos fazer.
— Mas...
— Sei que parece maluquice, mas temos uma base ao fundo,
abaixo das bases, para podermos pensar e nos manter seguros até o
ultimo segundo.
— Sabe se aguenta o que eles calcularam?
—Eles não calcularam, terei de concordar com uma pessoa,
isto são dados probabilísticos, podem acontecer amanha, ou na
data que eles preveem, mas a data deles é crença, não dados, eles
juntaram uma possibilidade estatística e puxaram os Maias, pois
tinham de ter uma data.
— Certo, quer saber quando?
— Precisamos saber quando, já pensou mandar um monte de
pessoas para o buraco, não acontecer, quando eles cansarem de
esperar, saírem e morrerem?
— E vamos lançar uma vela destas?
— Oito.
— Quer todos os dados?
— Sim, como nós avançamos, a cada momento temos uma
posição do sol, vamos os lançar com 15 dias de intervalo, para
termos oito pontos do sol.
— Quem nos da toda esta estrutura Banneker?
— Rosa Inc. eP, e ePTec entraram na corrida para tentar
evitar isto, e um menino me passou um pequeno pedido, e preciso
saber o que podemos por nesta vela espacial que nos facilitariam

168
responder estas perguntas. – Banneker passa um rascunho de Pedro
para o rapaz que olha serio.

— Que menino pediu isto senhor?


— Pedro Rosa, em pessoa, quando me mostrou a pouco esta
estrutura, e que colocou o pessoal dele, e de duas Universidades,
Michigan e Califórnia a disposição para cálculos, para estudos, e em
si, quando olhei o papel me acalmei um pouco.
O rapaz de nome Sidney olha para o mesmo e fala.
— Ele pensa com a razão, todos nós ficamos pensando que o
sol está lá independente da posição, que seremos atravessados por
tudo que sair do sol, mas entendo o senhor, existe muitos cálculos
que mudariam totalmente isto.
— Ele só está nos alertando que nós nunca estamos no cone
de fogo do sol, senão não estaríamos aqui.
— Verdade, ali a coisas seria muito mais quente.
— Sidney, põem o sistema de calculo, verifica todos os
índices, eles podem estar subindo, mas precisamos saber quando
169
vão passar do aceitável, se estaremos em que posição da espiral
que seguimos, distancia do sol, abrangência exata, podemos não ter
com antecedência quando vai acontecer, mas se ele explodir agora,
temos de saber e alertar todos a se proteger.
— Certo, vai usar para ter um diagnostico preciso e dar o
alarme.
— Sim, e vamos lançar nossas primeiras velas solares,
ninguém verá, mas quanto mais sigilo melhor.
Pedro sobe para casa, chega a sala e vê Rita a assistir TV olhar
para ele e sorrir.
— O que lhe tirou todo impulso que sempre teve?
— Rita, odeio a ideia de fim, eles estão achando que existe
uma possibilidade de que o sol nos atinja com uma chuva de Íons
altíssima, que queimaria tudo na Terra, e não consigo ver a
possibilidade, eu tento, mas não estou conseguindo.
— E mesmo assim eles insistem que vai acontecer.
— Tinha uma lista de bilionários que queriam um buraco para
se esconder, e eles tem dados que assustam até cientistas, mas algo
eu não consigo ver, pode ser que não absorvi direito as paredes do
Templo de Deus, mas algo não me parece possível, e ao mesmo
tempo, algo que se for acontecer, vou tentar evitar a consequência
mais drástica.
— E não consegue relaxar.
— Amanha vou tentar relaxar.
— Vamos onde?
— Temos reserva no Disney's Beach Club Resort, vamos nos
hospedar, dai amanha não vamos ficar na Disney, vamos ao
Discovery Cove, acho que preciso um dia com adrenalina e calma,
então melhor começar pelo Cove, depois a tarde vamos a SeaWord,
e terminamos por jantar no hotel ou algum lugar.
— Então temos tudo programado para amanha?
— Tem ingresso comprado, reserva de hotel, mas amanha é
dia de Rosinha, quero curtir, esta coisa de Pedro Rosa, está pesado.
— Então vamos descansar.
Pedro sorri e sobe, ele estava pregado.

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171
Dizem por ai que sou rico, e olho para
fora e me deparo com o sorriso de minha
companheira, com a forma que meu pequeno,
bem pequeno Bernardo me olha e falo. Sou rico
mesmo.
As vezes tento evitar de falar o quanto
este pais é rico, quanto as pessoas as vezes
reclamam da vida e trabalham por meio período.
As vezes queria entender as pessoas que
desistem de seus sonhos, para ficar atrás de um
balcão gerando dinheiro ao patrão.
Eu por muito tempo fui assim, mas foi o virar da pagina que me
fez olhar para o mundo novamente, e me veio uma sequencia de
conquistas, para quem se achava velho e acabado no inicio do ano
passado, olho minha nova esposa, meu filho e penso, o que seria minha
vida se não tivesse acordado?
Quantos pensam que estão fazendo algo importante, e quando
chegam ao fim do ano, se olham e pedem mais tempo para fazer o que
acham importante, mas uma hora temos de parar e refazer nossos
planos, e nesta hora, sei que não é fácil, mas lhe garanto, a vida é feita
para ser vivida.
Estou tentando não dar meu filho mais velho como exemplo, mas
sempre acaba nele, quer dizer, como chamar alguém de 13 anos assim,
parece que ele tem idade.
Mas ele talvez conheça mais cidades nos Estados Unidos que o
pai dele conhece no mundo, e sim, ele só tem 13 anos, e fico pensando,
não sou velho, apenas não tenho o mesmo pique.
Ele queria me levar junto a Orlando, mas o pequeno Bernardo
ainda não está no tamanho para ir.
Ele disse que vai tentar depois de umas férias corridas, relaxar 5
dias, sim, ele disse, vou relaxar 5 dias pai, me liga apenas se o mundo
for acabar nestes 5 dias.
Ele às vezes exagera, mas como dizem, somente conhecendo o
mundo para entender o quanto estamos em um país rico, e nos
recusamos a ver isto.
Gerson Travesso
Curitiba, 17 de Julho de 2011

172
Vamos falar de buracos, estou virando um
especialista em fazer buracos, sei que alguns
duvidam, mas chego a ganhar hoje, quer dizer
ontem, o que pensava ganhar em uma vida,
fazendo buraco.
Estes dias me perguntaram se sabia o que
estava fazendo e fui claro.
Logico que não, se soubesse não estava
ganhando dinheiro.
Então este recado é para os que sabem o
tipo de buraco que estou fazendo, avisando, existe
vaga ainda, querem um lugar para viver, estou vendendo, querem um lugar
para sentirem-se bem, estou vendendo, querem uma esperança, isto eu não
posso dar para vocês, pois ainda não entendi minha vida.
Quando se falava na minha primeira vinda aos Estados Unidos, em
investigar algumas tecnologias, ignorei que sem querer, atravessei o
caminho de alguns, por ignorância mesmo, agora apenas uma coisa, da
próxima vez que estiver atrapalhando, me falem, não precisa me mandar
matar.
Vou tentar tirar as férias que mereço, pedi 5 dias para meu pai, ele
me perguntou se aguento ficar 5 dias parado? Tenho de começar a treinar
para voltar as aulas, pois vai ser maçante.
Mas para quem me ver descansar pode ter a sensação que estou
parando, mas não esqueçam, a ePTec, a Rosa Inc, a eP, estão paradas,
férias coletivas, resolvi parar elas e tirar férias, em 15 dias, elas estarão
tentando novamente convencer o mundo que não sou tão ruim, mas não
quer dizer que entendam de cara, as vezes temos de bater um pouco mais.
Preciso dos 5 dias para as coisas começarem a andar, ouvi tantas
coisas ultimamente que preciso pensar, olhar em volta, ter ideia, as vezes
eu me pego a pensar, a escrever, e divagar.
De que adianta um buraco, onde não tenha o básico? De que adianta
um buraco, se não posso ser eu? De que adianta um buraco, para enterrar
alguém, sem a ciência que ele desenvolveu?
Sou de montar ideias, e quando elas faltam, se tivesse em Curitiba
iria andar num parque, mas como não estou em minha cidade, vou andar
por ai, me divertir, tentar entender tudo que minha inercia pode destruir.
Bom dia a todos.
Pedro Rosa

173
Pietro olha o domingo de sol e olha para fora, seu telefone
toca e ouve.
— Senhor Pietro Martins?
— Sim.
— Soubemos que estão desenvolvendo buracos de
sobrevivências para um evento que todos negam que vai acontecer
o ano que vem, poderia me confirmar isto?
— Com quem falou? – Pietro.
— Paul Pierre, Jornal da Tarde.
— Acho que não entendi a pergunta direito para lhe
responder Paul, se quer que faça um buraco, podemos fazer
parcerias, pois não temos uma construtora, mas buracos de
sobrevivência não parece muito drástico?
— Eu acho, desculpa a sinceridade, mas me apontaram sua
empresa em mais esta empreitada para ludibriar o povo.
— Paul, ludibriar não é minha praia, mas se alguém chegar
para mim e pedir, constrói um buraco para que me esconda, sim,
vou orçar e fazer, eu não faço previsões, mas acredito que se
alguém me pedir isto, com certeza verei como entregar o que o
cliente me pediu, mas ainda não me pediram algo tão maluco assim.
— E acha que não estaria ludibriando o povo?
— Um dia um Americano resolveu fazer uma Torre de Metal,
e doar a cidade de Paris, alguém a executou, mesmo achando na
época uma maluquice, acha que quem pagou por esta obra, lá do
outro lado do oceano foi ludibriado ou apenas fez o que queria, e o
rapaz que executou a obra, o que tem haver com a ideia?
— Dizem que sua empresa adora este tipo de mercado.
— Nossa empresa esta em férias coletivas, e estou acordando
em um domingo, com um repórter que espero peça a hora extra ao
patrão, aquela hora extra que usou para escrachar a empresa que
trabalho.
— Mas...
— Passar bem Paul, você não tem dinheiro para comprar nem
na teoria algo assim. – Pietro desligou o telefone, odiava ligarem
para ele no Domingo, estava começando a se chatear com esta
invasão de sua vida.

174
Pedro acorda com a buzina na porta, levanta-se, acorda as
demais, cada um pega sua mala e entram no carro com motorista
locado por Pedro.
As meninas foram olhando a paisagem, o sair da região que
estavam, chegam ao Disney's Beach Club Resort, o motorista olha
para Pedro e pergunta.
— Vão precisar de algo ainda?
— Vamos apenas deixar as malas, verificar os quartos e
vamos ao Discovery Cove, se puder esperar, se não puder peço
outro motorista.
— Vou confirmar com a central, aguardo.
Pedro olha as meninas, olha a entrada do hotel, um rapaz
veio com um local para colocarem as poucas malas, Pedro sorri e
chegam a recepção, Pedro não falou, esticou na mesa as reservas
pagas, para 4 pessoas, o senhor olha desconfiado e pergunta.
— Adultos responsáveis.
— Todos os documentos estão em anexo senhor.
Pedro dá as costas, olha Rita e fala.
— Vou tentar me explicar, desacelerar e não ser expulso de
nenhum lugar.
— A velha historia de maior responsável?
— Eles devem pedir os nomes, por isto já preenchi a ficha
antes, para não ficar nesta coisa de pedir isto, pedir aquilo.
Pedro falou em inglês, queria parecer alguém normal, se
falasse em português, talvez o senhor tivesse procurado um
estrangeiro naquele nome, Pedro Rosa, dos documentos.
— O rapaz os conduz aos quartos, vão ao Parque?
— Hoje vamos dar uma volta na cidade, amanha vemos o
parque com calma.
O senhor apenas carimbou uns papeis e falou.
— Estes são os códigos de passagens de Ferryboat e de
Monarail para os dias da reserva, e os códigos de entrada da Disney,
as pulseiras de acesso.
Pedro pega tudo e sobe, sabia que teria de cuidar destas
coisas, mas estava mais preocupado com documentos pessoais do
que com estes detalhes.
— Não entendi o que ele falou? – Joseane.
175
— A parte interna do hotel, é conectada a algumas partes da
Disney, então temos como pegar o Ferriboat e irmos a Epcot, e de lá
temos como chegar a Magic Kingdom Park via Monotrilho, um trem
suspenso que une Epcot a lá.
Sobem ao quarto, e Renata olha os dois quartos, um de frente
ao outro, e fala.
— Vai ficar sozinho ai?
— Não, mas nunca se sabe, as vezes precisamos dormir.
Rita olha o imenso quarto e fala.
— Tá podendo?
— Vamos nos divertir, vou tentar relaxar um pouco, espero
conseguir.
Eles descem e vão a Discovery, Pedro olhava o parque e
Renata para ao lado.
— Está querendo me mostrar o que é um parque aquático?
— Olha todos eles, vamos ter ideias, grupos fechados para
tocar os animais, é algo que acho legal.
— Nunca soube desta parte?
— Isto não é Disney, tem gente que nunca passa por aqui,
estamos em Orlando, e pretendo que você também abra nosso
parque aqui, mas isto explico com calma, depois de me inteirar dos
problemas sérios.
— Resolveu parar e viver um pouco? – Joseane.
— Tem uns malucos que acham que isto pode não estar aqui
daqui a um ano e meio, então vim conhecer. – Pedro falou esta
frase em Português.
— Certo, está tentando relaxar, vou parar de lhe cobrar isto,
mas vi que ainda esta trabalhando.
— Jôse, eu viveria bem fazendo isto o resto da vida.
Pedro afunda a cabeça na agua, olhando as arraias a passar a
frente.
A parte da tarde foi logo a frente, na SeaWord, Pedro tentava
não pensar no andamento das coisas, tentava não olhar o celular, as
vezes olhava, só para ver se não era urgente, seriam 5 talvez 7 dias
tentando ser diferente, tentando se divertir.
Voltam ao hotel, pegam as chaves e sobem direto.
Pedro olha para fora e sente Joseane o abraçar.
176
— Sabe que está tentando, mas pelo jeito cada lugar
daqueles dava para ficar mais tempo.
— Os brinquedos são rápidos, gosto deste estilo de
brinquedo, não aqueles de adrenalina ao máximo, eu acho que
minha vida já é adrenalina, que montanha russa vira diversão.
— E o que faremos agora?
— Tem uma vila de restaurantes que funciona até as nove da
noite, tomamos banho, então temos de jantar antes das 7 horas
para estarmos na apresentação da Fantasmic antes das 8, depois
caminhamos por ai, acho que a noite as atrações devem ser
proibidas para menores.
— Você sempre prefere as saladas.
— Existem lugares para pessoas como eu, mas temos de
achar estes lugares. Mas hoje vamos de comida Francesa, amanha
escolhemos melhor.
Pedro foi a um banho e na saída o trio estava pronto, elas
estranharam, pois pela primeira vez, estavam para dentro do
complexo Disney, que alguns chamam de Epcot, elas olham
encantadas, Pedro abraça Rita e Renata e caminham a beira do
canal, no sentido dos Restaurantes, atravessam sobre o canal por
uma pequena ponte e entram na região em homenagem a França,
chegam ao atendente e Pedro pede em francês a vaga para os 4, o
senhor estranhou as crianças, mas com reserva confirmada, adendo
da idade na reserva, foram a uma mesa.
Renata pega o Cardápio e olha para o irmão.
— Entender de línguas não facilita em nada no escolher da
comida.
Pedro olha o cardápio e olha o garçom.
— Aperetizis uma Salade Niçoise, o Tomate et fromage de
chèvre, vem com um ou dois tomates?
— Dois.
— Então vê dois Tomate et fromage de chèvre, o
Bouillabaisse de fruits de mer, dá para uma ou duas pessoas ?
— Pratos individuais.
— Então vê dois Plat de côtes de boeuf au Cabernet e dois o
Bouillabaisse de fruits de mer, para beber, coca cola para todos.

177
O garçom deve ter estranhado, o menino tomou as rédeas e
pediu mais confiante que a maioria dos clientes.
— O que pediu para nós? – Renata.
— Está é uma coisa que vamos ter de nos entender, eu ainda
não sei o gosto alimentar das minhas namoradas.
— Verdade, mas pediu oque?
— Duas saladas para entrada, e depois pedi – Pedro pensa,
pois eram pratos em francês, que não tinham nomes em português
– pedi quatro pratos, pois a porção é individual, então tinha de
pedir 4, dai pedi dois que são um conjunto de frutos do mar com
verduras, e dois cozidos de costela assada, sem gordura, com alguns
vegetais, e os 4 experimentam, sei que ainda teremos algumas
chances de sabores diferentes estes 5 dias.
— Não tinha nada que não fosse Coca?
— Acho que o vinho não é permitido para menores de 21
anos.
— Certo, algo que você apreciaria com certeza. – Renata.
— Falando nisto, o que achou dos parques aquáticos que
fomos hoje?
— Sabe que nunca pensei tocar numa arraia.
— As vezes é bom para sentir que as coisas são vivas, que a
vida não é apenas TV. – Pedro.
— Eu gostei, sabe que é bem diferente da sede em Paris.
— A ideia são parques diferentes, experiências diferentes,
estamos em um que dá acesso a parte ali a frente, a Epcot. – Dava
para ver a mesma do outro lado do lago. – E para o grande castelo
que vamos de trem suspenso.
— E o que faremos amanha?
— Visita calma, a Disney, embora devam ver muitos
brasileiros por ai, é fácil identificar, e não tenham vergonha, somos
mesmo assim, diferentes.
— Vi a forma que o garçom olhou para nós na entrada, eles
estranham menores sozinhos.
— Sim, mas nossas credenciais são de menores, que pagam
como adulto, então eles tentam atender bem.
A salada veio a mesa, as meninas perguntaram sobre o
tomate recheado e cozido, Joseane não comeu, o que fez Pedro
178
comer a parte dela também e se deliciar em sabores diferentes, o
menino parecia curtir a refeição.
Os refrigerantes, o cozido e os frutos do mar foram divididos,
dava bem para dividir e cada um provar, meio a meio, era 7:30
quando os 4 acertaram a conta e saíram do restaurante, voltaram
pela ponte e Pedro perguntou para o rapaz de um sistema de barcos
internos ao parque se iria até Disney Studio, o rapaz falou que
estavam saindo em 5 minutos, chegariam na região quase na hora
do show, saem passeando de barco em meio ao complexo Pedro foi
se divertindo, se via alguns olhares desconfiados para a barriga de
Rita, ela sentiu-se um pouco desconfortável com isto, mas estava
com Pedro ali, isto parecia a alegrar.
Passam suas pulseiras de credenciais de entrada nas catracas
de entrada e vão ao auditório ao ar livre de um show que tem quase
todo dia, então quase todos passavam por ali para ver.
Assistem ao Fantasmic, e viram os demais saindo, Pedro teve
de pedir informação como voltava, pois já não tinha barco, os 3
foram sorrindo, estavam dando uma de turistas nesta hora.
Depois de conseguir falar com um funcionário, ele indicou o
Disney Resort Bus Facility, indicou onde pegar e foram os 4 a
passear, agora um pouco externo, mas foi rápido, apenas não tinha
como ir internamente mais.
Pedro e as meninas entram na recepção, o senhor da
recepção aponta para os 4, e dois rapazes do exercito, chegam a
frente de Pedro.
— Pedro Rosa?
— Sim.
O rapaz tirou uma foto, o ao lado olha para Pedro e fala.
— A sua credencial do Exercito deve ser entregue amanha.
— Obrigado.
Os dois saem olhando desconfiados, e Pedro sorri.
Chegam a recepção para pegar as chaves e o rapaz pergunta;
— Problemas?
— Não, apenas me comunicando que amanha devem
entregar minha identificação com foto na portaria, espero que não
precisem me olhar novamente para isto.
— Mas é exercito. – O rapaz.
179
— Marinha mais exatamente, mas sim, algum problema?
— Desculpa a intromissão, mas não deveriam ter maiores os
acompanhando?
Pedro olha serio para o rapaz e fala.
— Todos os documentos requeridos pelo hotel, e pela Disney
para minha presença aqui com minha irmã e duas meninas
acompanhantes, foram entregues rapaz, então realmente, não tem
de perguntar referente algo que está no seu controle ai, sem
maiores os acompanhando.
O rapaz olha sem jeito, e fala.
— Desculpa, não quis gerar problemas.
— Nada, uma pergunta, é permitido passear a noite na parte
interna do parque?
— Até a meia noite sim.
— Obrigado.
As meninas sorriram, Pedro fora enfático, mas explicou, ele
ultimamente não tinha explicado nada, parecia querer correr atrás
das curvas que sua vida formou.
Um senhor chega ao atendente, o que provocara ele a
perguntar, tentando influenciar o atendente.
— E os responsáveis?
— Senhor, o grupo está com todos os documentos em ordem,
algo mais que posso esclarecer?
— Mas estão sozinhos.
— Sim, em duas Suítes Duplas.
— Mas tem meninas junto.
— Senhor, o que está querendo, que eu interfira nas ordens
do sistema.
— Este hotel já foi melhor.
O rapaz viu que o senhor não tinha o que fazer e resolveu o
importunar, enquanto o menino e as três meninas iam no sentido
das piscinas.
Pedro abraça Rita e fala.
— As vezes não gosto da forma que lhe olham, mas estou
aqui para lhe apoiar em tudo, saiba disto. – Pedro.
— Sei que repara, tinha um senhor lá olhando o atendente,
como se tivesse induzido o rapaz a pergunta.
180
— Estamos em um hotel muito usado pelos mais velhos,
jovens acampam, jovens vão a hotéis fora da Disney para
economizar nas diárias, mas vim relaxar, e ver os militares na
portaria já me deixou tenso.
—Não entendi o que faziam ali. – Renata.
— Eu terei um documento, que toda vez que usar ou precisar
usar, terei de ficar horas esperando que alguém confirme que ele é
verdadeiro, eles acham que me dar uma credencial do Exercito
Norte Americano, de livre acesso, realmente me dará livre acesso.
— Mas pelo menos se invadir não poderá ser considerado
invasor.
— Mana, a verdade, alguém está em pânico, alguém estava
ganhando com este pânico, e quando coloquei os dados na mão da
NASA, gerou uma mudança, quem estava ganhando dinheiro,
entrou em pânico, pois ele não acreditava nos dados, usava-os para
ganhar dinheiro, então enquanto nós estamos passeando, existe
gente querendo que trabalhemos.
— Vai sair correndo? – Rita.
— Eles não entenderam, talvez a verdade esteja nas palavras
do Pietro, eles se enganam se me tirar da operação das coisas por
um mês me fará trabalhar em dobro, na verdade, me fará pensar
em dobro, neste instante, tudo que tinha trabalhando para mim,
continua lá, mas com 2 autômatos a mais por empregado que
tenho, um na Terra e um em um lugar distante.
— E tem de dar tempo a eles trabalharem, é isto? – Rita.
— Sim, não me adianta eles com dados incompletos, eles vão
começar a ter dados agora, enquanto o mundo trabalha, e nós
tiramos nossas férias, as coisas se ajeitam, não me adianta acelerar
isto.
Os quatro saíram a caminhar, e sentaram-se ao lado de uma
carranca canadense, Joseane estava a muito tempo tirando fotos,
Pedro pediu para não publicar algumas, mas obvio, o mundo saberia
onde está Pedro Rosa, ele sorria de seus pensamentos
conservadores.
Pedro estava a olhar para o complexo a frente, não era um
pequeno lugar, era um imenso lugar, todo ajeitado, algo que
mesmo se separasse em complexos, era de uma ideia gigante.
181
Pedro gostava de ideias gigantes e que não fossem possíveis
de implementar em 15 dias, isto o deixava sempre olhando o
complexo de coisas que tivera contato.
Renata olha para Rita e fala.
— Ele está pensando se algo assim no Brasil daria dinheiro.
Pedro sorri e Renata pergunta.
— E porque não daria?
— Renata, ele não é de projetos pequenos, ele precisaria de
uma ideia, a alimentar e ir criando personagens, o forte da Disney é
o que vimos a pouco, a ideia. – Rita.
Pedro a olha prestando atenção.
— Sim, qual a frase que Mickey usa para tomar o poder para
ele? – Rita olhando para as duas.
As duas não entendem e Pedro fala.
— Este é meu sonho! – Pedro.
Rita sorri e fala.
— Tudo que vê a volta, revolta muitos, mas é a forma de
Disney passar seus personagens, ele lê os Irmãos Grimm e pega
historias que tinham fins pesados e violentos, em finais felizes, ele
espalha esta ideia, que o que importava na vida, era o final feliz, o
ficarmos com quem amamos, eu vejo Disney falando pela boca de
Mickey, “Este é meu sonho!”.
Rita estava falando em português, nem viram o senhor chegar
a frente deles e perguntar.
— Não deveriam estar acompanhados a esta hora?
Pedro olha para o senhor e pergunta em português;
— Não entendi, o que falou?
O senhor olha atravessado, Rita olhou este senhor no hotel,
agora estava ali os seguindo, estavam apenas conversando
comportadamente e o senhor chega os indagando.
Pedro olha para o senhor e pergunta em inglês.
—Conhecemos o senhor?
— Não, mas vi que estavam sozinhos no hotel, não é padrão.
— Fica observando os hospedes, pois ficamos quanto tempo
no hotel, 15 minutos quando nos hospedamos de manha, 35
minutos quando fomos nos trocar para ir jantar e mais esta
passagem pela portaria do mesmo.
182
— Tem de ver que crianças não devem andar sozinhas.
— Não entendi a preocupação, o lugar não é seguro?
— Não disse isto, mas é estranho.
— Como é seu nome senhor? – Pedro.
— Robert Still.
— Está sozinho no hotel?
— Eu graças a Deus posso me hospedar em bons hotéis, e
acho que consigo viver minha vida bem até o fim.
— Já deve ter visto todas estas coisas que para nós é
novidade, varias vezes.
— Na verdade raramente saio do hotel, já não tenho idade
para isto.
— Senhor, estamos apenas por uma semana sozinhos, todos
os documentos que pediram nós fornecemos, mas não se preocupe,
e minha irmã e as meninas, querem que eu consiga parar 5 dias,
então estou tentando. – Esta frase fez o senhor olhar estranho para
Pedro.
— Você faz oque que elas querem que pare, estuda
desesperadamente algo?
— Não, eu aos meus 13 anos, resolvi ser pai, por descuido, e
agora tenho de construir minha casa, serei pai antes de fazer 14 no
fim do ano, isto me tirou de casa, e me jogou no mundo, mas aqui,
tento ser apenas eu, um menino tímido, que tenta aprender como
um pai se comporta, pois deve entender, que ser pai não é algo
fácil.
— Então ela está gravida de você?
Pedro levantou os ombros.
— E o pai dela deixa você andar com ela por ai assim?
— Senhor, o exercito norte americano tentou evitar que eu
andasse com ela, o francês tenta evitar que eu ande com ela, o
brasileiro, tenta o mesmo, e continuamos ainda tentando namorar
e nos conhecer.
— Não entendi.
— Senhor Robert, que tal tentar passear com 4 crianças
durante 5 dias, e nos dizer o que o senhor acha, que fazemos tanto
que precisaríamos da companhia de um adulto.
— Eu vou dispensar menino.
183
— Senhor, a vida é para ser vivida, sei que muitos acham isto
um jargão, mas eu gosto da vida, eu descobri que posso vir a Disney
pagando do meu bolso, tem coisas que ainda não posso, como
tomar bebidas alcoólicas, ir a Boate ali a frente, mas a pergunta, de
que adianta estes lugares, se você está sozinho e sem quem gosta
ao seu lado.
O senhor olha para o chão, as vezes Pedro fala sem pensar.
— Tem filhos senhor? – Renata.
— Um rapaz, ele me deu dois lindos netos.
— Quanto tempo não os vê?
— Eles veem todo ano para ver o Avô, mas ficam pouco, eles
querem é diversão.
Renata olha para Pedro e fala.
— Então decidimos, o senhor é o adulto que nos
acompanhará nesta aventura.
— Já disse...
— Vai deixar nós sozinhas por ai sem um adulto para olhar
por nós senhor Robert?
— Mas vocês vão geralmente nos brinquedos radicais.
— Senhor, mais radical que meu irmão, não existe.
O senhor olha o menino e pergunta.
— Mas você não é jovem demais para trabalhar?
— Sim, mas eu trabalho com a mente, nada muito de esforço
físico, mas juro que quando falam de mim, as vezes eu penso ser
uma outra pessoa.
— São de onde?
— Brasil.
O senhor olha desconfiado, mas era um menino de tudo que
tinha a sua frente e pergunta.
— Você tem algo haver com aquele terrorista brasileiro.
Pedro sorriu, olha para Renata e fala em português.
— Agora é a hora que ele sai correndo?
Renata sorriu e Pedro falou.
— Senhor, acha mesmo que tenho tamanho de terrorista?
— Não, mas falam que é um jovem de sua nação, que fez
ficarmos aqui depois de anos sem luz, foi um corre-corre danado,
tive de subir e descer as escadas até o terceiro andar.
184
— Peço desculpas por isto.
— Sabe que os militares a porta me fizeram ligar você ao
terrorista, mas realmente não parece um.
— Senhor, as vezes temos de duvidar das informações que se
vê na TV, obvio que se surgisse uma imagem de uma criança
fazendo o que eles falaram, todos duvidariam, todos entenderiam
que estavam justificando um grande erro, e nada melhor que jogar
sobre um empresário novo, que todos nem sabem o tamanho que
tem, e nem a fisionomia que tem.
— Acha que não aconteceu como eles falam?
— Senhor, eu sou Pedro Rosa, acha mesmo que fiz tudo o que
eles falam na TV?
O senhor estava de pé, eles sentados, ele olha o menino,
meio sem saber o que falar.
— Mas afirmam que você destruiu uma base militar.
— Senhor, acredita mesmo que eu – Pedro levanta-se, ele
ficava pequeno diante das meninas, imagina do senhor que deveria
tem perto de um metro e oitenta, aponta as mãos para ele mesmo
– seria capaz de destruir uma base do exercito?
O senhor primeiro olhou o menino serio e depois falou.
— Olha que me juraram que você fez, mas lhe olhando, acho
que realmente você não seria capaz.
Pedro sorri e senta-se e fala.
— Algo funciona aqui até tarde senhor?
— Porque quer saber?
— A conversa está boa.
— Geralmente as coisas a cidade, ou mais distantes, como na
Downtown.
— Algo que menores possam entrar?
— Acompanhados sim. – O senhor.
— Poderíamos continuar a conversar se não estiver com
medo deste terrorista, mas não tenho a menor ideia de como
chegar lá senhor.
— Tem um ônibus que nos deixa lá e passa ai na frente daqui
a pouco.
— Aceita o convite senhor? – Renata.
— Estou me metendo em encrenca.
185
— Talvez, mas não com a gente.
Eles se levantam e voltam ao hotel, atravessam o saguão e
entram no Ônibus, o senhor cumprimenta o motorista pelo nome, e
o senhor pergunta.
— Vai onde hoje senhor Robert?
— Downtown?
— Netos?
— Não, pelo que entendi, hoje vou deixar uma criança pagar
a conta Samuel.
O rapaz sorriu, e o ônibus pegou no sentido de Downtown,
talvez por estar vazio foi direto, eles lembram do movimento de
carros quando chegaram sedo ao hotel, era outro lugar a noite, o
senhor cumprimentava todos pelo nome, e Pedro abraçado as
Ribeiro, via a irmã ao lado do senhor, parecia conhecidos a anos,
eles entram em uma espécie de barco, na fachada o nome, Fulton’s,
sentaram-se na parte superior e Pedro pediu uma porção de peixe,
para beliscar, o senhor olhava o menino, quem o visse distraído não
diria ser um Brasileiro.
— E vai dizer que tudo que falam na TV é mentira?
— Senhor, obvio que tem gente que tem medo de mudança,
e estes ficaram com medo, mas os medos foram financeiros, não
armamentistas.
Rita o abraça e o senhor chama a mesa um senhor ao lado.
— Senta ai Sanches.
— Saindo com os netos, este deve ser um dos famosos netos
do senhor Still? – O senhor sentando-se a mesa.
— Não, mas você pode me esclarecer uma duvida.
— Lá vem você com teorias de conspiração.
— Sabe que adoro me meter na vida dos outros, isto me tirou
de um casamento, me afastou os filhos, mas me responde, o que foi
aquela falta de luz que tivemos em toda a região?
— Dizem que um terrorista Brasileiro conseguiu com uma
ação programada derrubar 18 sistemas de fornecimento ao mesmo
tempo e a luz caiu.
Pedro olha para o senhor e pergunta.

186
— Se ele conseguiu isto, como a luz voltou rápido, pois uma
central de energia destruída não é um carro que se troca, são vários
geradores, fiação, e um monte de coisas assim.
— Achou alguém para apoiar sua teoria conspiratória? –
Sanches.
— Não respondeu? – Pedro.
— Sei lá, embora aquele dia foi estranho, vimos auroras
boreais.
— Não tem uma explicação? – Robert.
— Eles devem ter feito algo errado no mesmo momento,
sabe que exercito sempre atira antes e pensa depois.
— Diria que atiram antes e pensam na desculpa depois, pois
pensar não é função do exercito. – Pedro.
— Mas acredita que foi oque? – Sanches.
— Aurora Boreal tem haver com descarga de Íons na
atmosfera, a única força capaz de a produzir tanto aqui como nos
polos é o próprio sol, acredito que nós recebemos uma linha forte
de íons, e o sistema por proteção caiu todo, pode acontecer, pois
ele desligaria para não explodir ou queimar, mas ai viria a pergunta
que discutia com Robert, porque culpar um empresário de fora, sem
provas por esta operação, e dois dias depois o Presidente vai a
França dizer que as empresas do rapaz são bem vindas.
— Acha que aquele terrorista que todos falam, não é um
terrorista?
— Se fosse, porque o presidente foi até a França?
— Boa pergunta, mas muitos acham que ele foi por medo.
— Medo do que? – Pedro tentando distrair e ver como os
demais viam sua empresa.
— Da estrutura que o menino montou, todos sabem que ele é
um rapaz jovem, mas ele montou uma estrutura que alguns em
Washington ficaram com medo.
O senhor Robert pede um vinho e Pedro pede uma agua a
mais.
— Disse que ele tinha as respostas que não tenho sobre isto.
– Robert olhando Pedro e servindo-se.
— O que você acha que assustou o exercito, que estrutura o
rapaz construiu que pudesse assustar um exercito forte.
187
— Dizem que ele estava construindo bases subterrâneas
numa cidade do Novo México.
— Dizem? – Pedro.
— Vi umas imagens de uma base no sul da Califórnia que
dizem ter esta empresa como executora em parceria com a
Marinha.
— Isto ele fez agora, não antes. – Pedro.
— Ninguém faz algo assim tão rápido, ele deveria estar
fazendo isto a muito tempo, pois a estrutura é imensa.
— Grande quanto? – Robert.
— Dizem que é uma base naval de mais de 50 milhas
quadradas.
— Certo, uma base deste tamanho ele deve estar construindo
a quanto tempo, uns 5 ou 10 anos? – Pedro.
— Pelas imagens que vi, no mínimo 5 anos. – Sanches.
— Então ele começou a obra que colocou medo nos Estados
Unidos da América, deixa eu pensar, com 8 anos, esta criança deve
ser terrível mesmo senhor Sanches.
Robert sorriu.
— Mas quem disse que ele é tão novo?
— Prazer, Pedro Rosa, 13 anos, o terrorista que seu país
procura e acusa de tudo que é erro que comete.
Sanches olha a mão esticada, a aperta e olha para Robert.
— Não pode ser ele.
— Mas é, vi dois militares baterem continência para o menino
ainda hoje. – Robert.
— E o que fez, para eles lhe odiarem tanto?
— Digamos que não morri, o resto, desculpas de militares
querendo ocultar um fato, que o Sol lançou sobre nós nuvens de
Íons, o que afetou toda a rede elétrica, ela caiu, os íons passaram e
o sistema foi religando aos poucos.
— Dizem que você é um dos rapazes mais ricos do mundo,
isto também é invenção?
— Pago minhas contas com 13 anos, não sei ainda se sou tão
rico como falam, tudo que tenho ainda está no nome de meus pais.
— E veio a Disney descansar?

188
— Vim propor a Robert esticar este esqueleto e viver um
pouco, ele está parado demais naquela portaria, ele sabe mais do
hotel que os funcionários.
— Isto eu sempre falo, mas é difícil tirar ele da cama cedo.
— Imagino, mas não esquece Robert, é nosso convidado para
nos apresentar este mundo da magia.
— Eu nunca me importei com este parque muito, mas vejo
que perseguindo alguém cheguei a uma incógnita.
— Incógnita? – Renata.
— Sim, é seu irmão pelo jeito?
— Gêmeos.
— Vocês falam inglês como nativos, as duas outras também
falam nossa língua, mas vocês dois parecem nativos, como se
soubessem falar com detalhes a língua. Seu irmão parece mesmo
ter algo com o exercito, vi os rapazes lá, parecem inteligentes, mas
o que fazem na Disney?
— Deveríamos estar onde senhor? – Renata.
— Não sei, mas isto é quase infantil.
— Senhor, tem uma boate ali na frente, isto não é só infantil.
— Sim, mas vão negar que seu irmão tinha dois rapazes do
exercito esperando ele?
— Não, eu não entendi isto ainda, mas meu irmão estava
explicando que eles querem lhe dar um documento especial do
exercito para poder entrar e sair dos lugares mais fácil, mas que isto
não vai facilitar nada.
— Mas oque você tem com o exercito?
— Eu vendo tecnologia Robert, ela pode ser um sistema,
pode ser um hardware de mão, pode ser um servidor de grande
porte para comportar os dados das nuvens, pode ser um autômato
de guerra para campos de batalha.
Sanches sorriu, o menino não era apenas uma criança, ele
estava mesmo por trás de uma montanha de tecnologia.
— Isto que os colocou medo?
— Não, o que os colocou medo, foi um protótipo de um teste
que no meio da confusão eles roubaram da minha empresa, eles
sem controle, sem saber o que estavam fazendo, geram uma

189
confusão tão grande na Virginia que até hoje não entendo o que
eles fizeram ao certo.
— A base que sumiu e não sumiu.
— Sim, a base que me acusam ter destruído, e que nunca
coloquei os pés nela, e nem sei onde ela ficaria.
— Mas porque seria importante isto?
— Digamos que o que difere minha empresa de tecnologia
das demais, é que tenho uma forma de energia limpa, capaz de
movimentar grandes ou pequenas maquinas, sem grande volume,
os autômatos não são eficientes hoje, pois eles necessitam ficar se
recarregando com o tempo.
— E fez isto em quanto tempo?
— Senhores, quando eu comecei o ano, eu não tinha nem um
cartão de debito no bolso, nenhum diamante explorado, nenhuma
empresa de tecnologia, nada, tudo que fiz, foi no pouco que vivi
este ano, mas estamos pouco além da metade deste ano.
— Isto tira de você a possibilidade de ter montado a base em
San Diego. – Sanches.
— Isto tira de mim toda a credibilidade, por isto para que eu
seja culpado, muita coisa se inventa, vi reportagens que dei de
corpo inteiro, apenas com meu rosto na imagem, tinha uma que me
mostraram como um vulto escuro, para não parecer que era uma
criança.
— E porque você estaria aqui mesmo assim? – Robert.
— Pergunta de ouro Robert.
Sanches sorriu e perguntou.
— E vai ficar até quando?
— Mais 5 dias, talvez 7, se quiser passear, passa lá no hotel e
vamos conhecer a Disney de ponta a ponta.
— As vezes esqueço que tem gente que vem para se divertir.
— Eu vim para tentar descontrair, o negocio esta pesado
ultimamente.
— Pesado?
— Quase um milhão de funcionários pesam na
responsabilidade da gente.
— Você emprega tudo isto?
— No mundo inteiro, então não é tanta gente aqui.
190
— Certo, mas então tem mais funcionários que eu em
dinheiro na conta, realmente não queria ter de pensar nisto
menino. – Fala Sanches olhando a moça a porta.
— Entra filha, apenas conversando.
— Pensei que estaria bêbado novamente, resolveu conversar
com umas crianças.
— Elas estão com Robert.
A moça olha para Pedro e as meninas e fala.
— Desculpa a chatice de meu pai, ele está desempregado, e o
seguro previdência dele está o tirando o sono.
Pedro olha para Sanches e pergunta;
— Fazia oque para viver?
— Trabalhava aqui, mas tive problemas de coluna, e
resolveram me trocar por duas pessoas mais jovens.
— Aceita um emprego novo?
— Vai contratar assim, a noite na mesa? – Robert.
— É serio menino, ele acredita e depois eu que aguento a
bebedeira.
— Moça, estamos apenas conversando, obvio que trabalhar
não vai permitir ele beber a noite, mas os planos são para dentro de
2 meses no mínimo.
— E no que teria uma vaga?
— Existe um grupo de parques aquáticos, que está montando
um em Cocoa, vão montar um aqui ao norte da cidade, e um na
costa Oeste, três parques aquáticos, não sei ainda a estrutura total,
mas com certeza se tem experiência nisto deve tirar de letra.
— Tem de ver que não posso carregar mais peso.
— Senhor, é cargo burocrático, com plano de saúde completo
e previdência privada.
— Mas de quem é este parque? – A moça.
— Esta ainda no nome do meu pai, mas quem vai dar as
cartas sou eu e minha irmã ao seu lado.
— Você é uma criança, como pode gerar emprego?
Pedro olha para Robert e fala.
— Viu, e querem dizer que fiz tudo aquilo, eu não sou alguém
que levam a serio nem pela palavra empresário, e querem me
atribuir coisas mais pesadas que isto.
191
Sanches sorri e fala.
— Passo lá de manha, e vemos se ainda não mudou de ideia,
agora deixa eu ir para casa. – O senhor pede a conta e Pedro fala.
— Pode deixar que acertamos tudo junto.
O garçom chegou e falou.
— Estamos fechando pessoal.
Pedro pediu para fechar a conta e acertou, a moça que saia
com o pai ficou olhando para Pedro e as meninas pensando quem
seriam aqueles jovens.
Pedro olha as lojas, olha uma a frente e entra lá.
— O que vamos fazer na Word of Disney. – Robert.
Uma moça ao fundo falou olhando Robert.
— Estamos fechando.
Pedro chega a moça e olha um chapéu do Mickey olha 6
tamanhos e fala para a moça.
— Só estes 6.
A moça olha para o senhor que sorri.
— Ele paga as contas dele.
A moça olha o menino pegar o cartão de credito e acertar a
conta.
Pedro alcança um para Robert e fala.
— Para o passeio que pelo que entendi, nunca teve com seus
netos na Disney.
— Mas é ridículo.
— Senhor, nada é ridículo, pois isto é os demais que pensam,
e o que devemos a eles, para os levar a serio.
— E vão usar os 4 um destes?
— Obvio que no horário propicio, pois amanha é dia de
diversão, melhor roupa leve e aquática Robert.
— Aquática?
— Vamos aos parques com agua, da Disney.
— Não vai parar?
— Amanha vamos conhecer o projeto de proteção do peixe
boi ali ao lado de Homosassa, quero colaborar com eles.
— E vai me arrastar junto.
— Não disse que precisávamos de um adulto responsável? –
Renata provocando o senhor.
192
— Certo, tenho muitas duvidas a tirar.
— Sei disto.
Eles chegam ao ponto do ônibus e retornam ao hotel, Pedro
se despediu do senhor e subiram aos quartos.
— Vão ficar mesmo no quarto ao lado? – Josiane.
— Eu não, mas deixa eles pensarem que sim. – Pedro
sorrindo.
— O dia foi incrível, vamos usar mesmo orelhas de Mickey.
— Segundo dia, orelhas de Mickey, dai vemos o que
usaremos no terceiro dia.
As meninas sorriram e Pedro olhou para Rita e perguntou.
— Está bem?
— Acho que fiquei com fome.
Pedro liga para a recepção e pede sanduiches a mais.
Senta a pequena sacada a olhar o parque e Rita o abraça.
— Acho que gosto de ideias, estes lugares me enchem de
ideias, a maioria olha as coisas apenas como diversão, queria voltar
a ser apenas assim, mas acho que um dia aberto a mente, não se
volta atrás.
— Você é especial meu Pedrinho.
— Tentando voltar a ser eu, as vezes quando jogam o peso
nas minhas costas carrego Rita, mas não quer dizer que goste de
carregar, não quer dizer nem que concorde, mas não me nego a
carregar o peso enquanto não souber defender minha posição
sobre o peso.
— Esta falando do que?
— Eles não me queriam aqui, descobrem um problema, e de
uma hora para outra me apontam como solução, mas com pesos
que não preciso carregar, não é minha culpa o problema, então eu
tenho de me posicionar como uma das soluções, não como
responsável por todas as soluções.
— E como quer voltar a ser você?
— Talvez um novo eu, mas vou tentar, hora de atrair as
pessoas a meus projetos, e não importa se elas são as melhores, as
transformaremos nas melhores.
— E fará se divertindo?

193
— Rita, quando voltarmos, estaremos quase nas aulas
novamente, eu não terei como correr para onde eles querem, mas
isto os confundirá mais do que a situação atual.
— Acha que eles o deixarão agir?
— Eu não vou me preocupar com eles, mas espero que
tenham trazido roupas de banho?
— Vamos onde?
— Parque Blizzard Beach, almoçamos ali mesmo, no
Lattawatta Ladge, depois vamos ao Typhoon Laggon, jantamos no
Medieval Times, vamos ao passeio em Homassa Springs, e se for
rápido terminamos a noite no T-Rex.
— Fez a programação dos 5 dias?
— Eu vou tentar passar 7, pois primeiro e ultimo, nunca se
conta.
— Então iremos a nosso segundo dia na Disney?
— Primeiro na Disney, pois o primeiro foi em um parque que
não pertence a Disney, e vamos terminar em um que não pertence
a Disney, pois acha que não vamos a Universal?
— Pelo jeito quer conhecer pra valer.
— Sim, mas viremos mais vezes, com mais calma.
— Quando você falou em tudo escuro, imaginei todas as
pessoas culpando a Disney, e reclamando da falta de luz.
— Aqui tem muitos sistemas de emergência, mas realmente
elevadores não funcionaram.
A campainha tocou, o rapaz trouxe os sanduiches e Pedro
ignorou o pedido de gorjeta.
Rita olha para Pedro quando o rapaz sai e pergunta.
— Não é padrão dar uma gorjeta?
— Sei lá, sou turista tentando entender isto. – Pedro sorrindo.

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195
Curitiba esta ainda entre as cidades
melhores deste país, alguns me perguntam se
acho que está tão bom assim.
Não, temos muito que melhorar, e uma
das coisas, é conseguirmos gerir nosso lixo, os
políticos em parte tem de nos oferecer
alternativas, mas nós temos que nos condicionar
a reciclagem, a estabelecer o que se joga fora e
o que se reaproveita, não por que a reciclagem
seja regra, mas porque não podemos continuar
a poluir o solo com nossos restos de plásticos pela eternidade, uma hora
teremos de acabar com os lixões, e isto passa por desperdiçarmos
menos e reciclarmos mais, acharmos formas de reaproveitar o lixo que
fazemos, o transformando em adubo, em plástico reciclado, em algo que
possa gerar nem que em produtos, algo a se usar.
Esta ideia é uma ideia a ser alimentada, não é questão de querer,
mas onde pararemos se continuarmos a criar lixões.
Deixar claro que não acredito na dinâmica desta ideia do Correto
acima de tudo, mas o lixo, temos de dar um jeito, ou sobretaxar bairros
que mais produzem lixo.
Moras em um bairro que a coleta é diária, tanto a seletiva quanto
a residual, e quer dizer que seu peso para os lixões é menor que o de
bairros que a coleta é 3 vezes por semana?
A Europa começa a proibir algumas coisas que antes não
precisávamos, como garrafas de plástico, pois antes reutilizávamos as
mesmas garrafas, agora para festa das empresas de refrigerantes
acabou-se com o sistema de troca das garrafas, ficou mais pratico, mas
quanto disto acaba em lixões do país?
As vezes vejo lobs em Brasília para não votarem certas coisas,
mas uma hora teremos de aprender a votar e colocar pessoas que
queiram o futuro de uma nação lá, e não políticos de aluguel.
Gerson Travesso
Curitiba, 18 de Julho de 2011

196
Ontem comia um sanduiche e olhava a TV,
estranho ter de prestar mais atenção, pois eles
falam tudo em inglês, e uma palavra errada muda
todo sentido da frase.
Mas vi que uma coisa que cresce aqui é as
linhas que eles chamam de Veganes, não são
como os antigos vegetarianos, são pessoas que se
denominam defensoras do direito dos animais e
não comem nada que venha de animais, inclusive
leite, queijo, ovos.
Dai eu estava vendo uma reportagem e
desculpa a sinceridade, vocês não são defensores dos animais, vocês são
acomodados e inventores de uma nova moda, que não duvido que cresça
daqui para frente, mas apenas uma moda.
Primeiro, vi que dinâmica do evento, falava de uma grande
manifestação que eles fariam em Miami, fazendo uma imensa pizza onde a
massa não iria ovo, e a massa não teria queijo.
Sei que sou chato, mas estes rapazes e moças, não tem nada contra
a degradação da natureza, eles não tem nada contra o uso de papel a
vontade, eles dizem reciclados, mas quer fazer uma manifestação Vegana,
inventa um prato próprio, faz um concurso de culinária e faz seus próprios
pratos, mas tirar o queijo da pizza, é como tirar o álcool da cerveja, e Coca-
Cola sem açúcar, o mercado aceita, mas desculpa, não é mais o mesmo
produto.
Dai adivinha o tipo de sabor que fizeram? Margarita.
Sim, aqui como no Brasil, vai muito agrotóxico para que o Tomate se
forme e fique bonito, sim, eles em prol dos animais, não comem pelo que
ouvi nem mel, pois é produto animal, detonam com o próprio estomago
consumindo agrotóxico, pior, este agrotóxico mata toda a via a volta dos pés
para garantir o tomate bonito, então desculpa, isto se chama hipocrisia.
Sempre digo que para mim, pizza tem de ter bastante queijo e
bastante bacon, sim, embora alguns achem, não sou bom judeu.
Queria ver estes seres abrindo mão da comida em si, pois alguém
que por moda, pois isto não e saúde, deixa de presar pela própria vida em
prol dos animais, deixa de ser Humano, e passa a ser o que eles pregam,
Vegetais, e desculpa, eu como vegetais na entrada de toda refeição, evito
alguns, que sei que precisa de muito agrotóxico, me desencantei até de
alguns tipos de batatas por isto, mas faz parte do experimentar, e
continuarei experimentando, mas desculpa os vegetarianos, os judeus, e os
que atribuem ao porco algo demoníaco.
“Viva o Bacon!”
Pedro Rosa

197
Pietro chega cedo a sede da Rosa Inc., Roberto tinha lhe
passado uma mensagem pedindo vídeo conferencia e ele acessa o
sistema.
— Bom dia Roberto, algo urgente?
— Me informaram que ontem um grupo de cientistas na
Florida deu um alerta de perigo, e gostaria de saber qual nossa
posição referente a isto.
— Roberto, quando quiser saber algo, pergunte direto o que
quer saber. – Pietro olhando os e-mail.
— Um grupo de pessoas pediram uma linha especial de
empréstimos no banco para investimento em buracos de
sobrevivência, e gostaria de saber se sabe porque disto?
— Qual o nível de empréstimos e para que fim exatamente? –
Pietro olhando para Roberto na sala dele, pela vídeo conferencia.
— Empréstimos com prazos de 20 anos, mas eles estão
pedindo carência de 10 meses, não entendi.
— Roberto, se for fazer algo com carência de 10 meses,
precisamos as garantias muito bem estabelecidas, e firmadas, nada
que depois não consigamos tirar deles.
— Eles estão falando em fim do mundo Pietro, mas se o
mundo acabar não teria como receber.
— Roberto, o que o preocupa?
— Como podemos trabalhar se o mundo vai acabar?
— Roberto, somente os descuidados morrem com algo assim,
e estes gastam fortunas para sobreviver, quer um buraco para se
esconder também?
— Nem sei se tenho dinheiro para isto?
— Sei de uma empresa nos Estados Unidos, que está
vendendo para estes malucos que acham que o mundo vai acabar,
residências enterradas na terra, por 20 milhões de Dólares.
— E não acredita nisto?
— Eu vou começar a representar esta empresa na Europa, se
tem gente querendo abrir um buraco e se enfiar lá, eu vou vender,
se tudo acabar, acabo com um rio de dinheiro no bolso, se não
acabar, me segurem.
— E o menino, o que acha disto?
— Ele não está disponível, resolveu descansar um pouco.
198
— E esta empresa me venderia um buraco destes?
— Sem problemas Roberto, como o menino falou, estamos
no mercado para ganhar dinheiro.
— E a empresa vai fazer buracos na Europa?
— Vou ver uma no fim do dia, pois tem uns senhores que me
perturbaram no fim de semana, acabei trabalhando quando deveria
estar descansando.
— Buracos para quantos?
— Não entendi, esta empresa fala em uma cidade de 250 mil
pessoas, vivendo confortavelmente em um buraco, tenho de ver
para acreditar Roberto, mas se tiver estas vagas, pode ter certeza,
vou vender estes 250 mil lugares.
— Se tiver, pode contar que vou comprar minha vaga.
— E outra coisa Roberto, se tiver gente interessada em
emprestar para entrar em um buraco, tem de por garantias nisto, e
não vamos fazer com carência nenhuma.
— Certo, eles querem impor e podemos não estar ai para lhes
cobrar.
— Eu estarei Roberto, eu estarei, se eles acham que largo um
contrato porque algo vai acontecer ao planeta, eles não me
conhecem.
Roberto desliga, Pietro olha os contatos e passa o modelo de
contrato para mais de mil pessoas, olha para fora, olha a mensagem
e as câmeras internas da primeira base na França pronta, e sorri.
Call entra pela porta e fala.
— Tem presidente e secretario de Segurança querendo lhe
falar Pietro.
— Eles estão mais calmos?
— Parecem em pânico.
— Eles vem quando?
— Devem estar chegando. O que ouve?
— Call, o que vamos falar não sai pela porta.
— Fala.
— Existe um relatório serio da NASA, afirmando que podemos
estar próximos da extinção, devido a uma nuvem de íons que
podem vir a atravessar a Terra.
— E fala calmo assim isto?
199
— Pedro a dois dias me passou uma mensagem que não
acreditava nestes dados, mas que se fosse real, ele construiria, 5
buracos para 250 mil sobreviventes em cada, para todos os
funcionários da Rosa Inc.
— Ele vai investir para salvar todos os nossos?
— Somos quem tem estrutura para pular para fora, mas ele
ainda acha perigoso este salto, então ele quer nos dar tempo de
criar do outro lado vilas reais.
— Certo, mas isto vai custar uma fortuna.
— Sim, ele pretende vender mais de um milhão de buracos
para quem tem dinheiro no mundo, a 20 milhões de dólares.
— Para que isto?
— 10 milhões é o custo Call, assim montamos os nossos
buracos de fuga, com os demais pagando.
— E não vai falar fora daqui?
— Tem gente que é parceiro e terá lugar lá Call, mas vi
Roberto, presidente da Rosa Bank me ligar, ele quer comprar um
buraco, não falaremos nem que somos nós que estamos montando,
seremos apenas quem está vendendo os buracos.
— Certo, existem pessoas que podem nos fornecer recursos
que nesta hora nos vai facilitar.
Pietro liga as 3 telas da sala e aciona as câmeras internas em
duas delas e coloca o projeto no terceiro e fala.
— Este já está pronto Call, é nosso modelo que vamos
vender.
Call olha o projeto e as imagens e pergunta.
— E ninguém sabe disto ainda?
— Não, mas vamos apenas falar na alta roda.
— Algo mais?
— Inicio da semana que vem, vamos ter uma reunião de
pessoas de dinheiro, pessoas que já compraram buracos nos
Estados Unidos para sobreviver, e vamos vender os cristais de
proteção, se eles querem uma proteção a mais, em caso de crise, é
um bom equipamento.
— Pretende vender quantos?
— Quantos quiserem comprar Call.
— Com contrato de manutenção?
200
— Sim, com contrato de controle e manutenção, para eles
terem informações sobre a saúde ao fundo.
— Vamos pelo jeito ver as contas encherem, mas e se
acontecer?
— Pedro falou que em um mês, terá uma colônia para 500 mil
pessoas, em eP12(7).
— Certo, ele vai nos fazer buracos, mas para termos
passagem para lá, e não perdermos os contatos.
— Call, aquele menino, vai gastar tudo que tem se preciso,
para salvar este planeta, isto que admiro nele, isto que o difere da
maioria, ele tem 13 anos, mas sabe o que quer, sabe o que precisa,
nós estamos aqui trabalhando e ele deve estar pensando, pois
quando se fala de Pedro Rosa, é nas ideias que temos de focar.
— E nos dará segurança para que tentemos até o fim, a
maioria estaria fugindo.
Pietro olha as imagens e fala.
— Deve vir alguns grupos, estamos ainda reinstalando tudo,
sabe disto, quem vier, imprime os contratos, clausula de validade
condicionada ao pagamento do dinheiro, que devem deixar em
anexo, e nos passar uma copia digitalizada.
— Esta falando de que?
— Venda destes buracos, você vai ficar aqui, vou lá ver como
estão as obras, e quando o presidente chegar, me avisa e venho
direto.
— Direto?
— Portal de passagem Call.
— Certo, e o preço vai ser o mesmo?
— Sim, não sei quanto eles estão dispostos de pagar,
aceitamos no caso do governo, terrenos estratégicos, liberações de
funcionamento, e muito dinheiro Call.
— Certo, pretende vender quantos buracos, como falou?
— Um milhão deles para a iniciativa privada, não sei quantos
o governo quer enterrar, confirma o dado, e vamos reabrir Caen
para os nossos, pois a base tem de estar a mais de 30 metros de
profundidade pelo que entendi.
— Pelo jeito é grave. – Call.

201
— Tem coisa que apenas vendo para entender, não esquece
que Pedro, não desistiu ainda, então ele viu uma chance, mas isto
não falaremos, não somos cientistas solares, eu entendo apenas de
software.
Call sorri e termina;
— Certo, o menino não desistiu, mas ele está onde?
— Orlando, com a namorada.
— Nunca fui a Orlando.
— Nem todos acreditam na magia. Mas o menino acredita em
algo, sei disto.
— Porque acha isto?
— Perguntei se tínhamos chance de salvar o planeta e ele
apenas escreveu. “It’s my dream!”
Call sorriu.

Gerson olha para o pequeno Bernardo a mamar e dá um beijo


em Patrícia.
— Vou verificar algumas coisas.
— O que?
— Uns cientistas malucos estabeleceram como real uma
nuvem de Íons do sol em nossa direção, no ano que vem.
— Algo perigoso?
— Tem maluco que acredita, mas estes não me preocupam,
mas quando governos se preocupam, temos de olhar.
— O que Pedro lhe passou?
— Recado simples e pesado, “NASA confirmou como Trágico,
evento de extinção, vou tentar evitar, não sei como, os autômatos
começam hoje a construção de um abrigo se sobrevivência abaixo
da casa no Tingui, trinta metros abaixo da rocha, recomendação da
NASA, buraco com mais de 10 metros de rocha, pai, me ajuda a
entender isso, para mim, não passa de paranoia deles.”
— Acha que é serio?
— Pensa num dado, a família Rockfeller, comprou de meu
filho, 2 mil lugares em um buraco na Virginia, a bagatela de 20
bilhões de dólares.
Patrícia deixa o queixo cair e fala.
— Pedro tá tentando não entrar em pânico?
202
— Patrícia, ele não vai entrar em pânico, mas isto é
comportamento de apenas duas divisões cerebrais, ou é um gênio,
ou um maluco com algum distúrbio mental.
— Certo, o pânico nos mostra o caminho, mas ele tem como
erguer isto?
— Pelo que entendi tem, mas ai entra o problema maior, é
mais fácil convencer um estranho do perigo, que um conhecido.
— E Pedro pretende fazer oque?
— Ele resolveu relaxar para ter uma ideia, mas duvido que ele
consiga.
— Mas tem algo que vocês não me contam, pois ouvi falar
que você foi a França estes dias atravessando para lá, temos como
nos esconder em algum lugar assim?
— Patrícia, ele está montando o esquema de sobrevivência,
podemos nunca usar, mas ele o vai montar.
— Não foi claro.
— Patrícia, meu filho descobriu como pular para fora do
planeta, mas não me adianta pular para um que nos infecte e
morramos lá.
— Ele tem como fazer isto?
— Pietro me disse que ele pretende ter cidades de
sobrevivência para mais de 500 mil humanos lá.
— Quem ele escolheria?
— Ele vai priorizar os do grupo, famílias deles, e coisas assim?
— E estes que estão pagando?
— Patrícia, ele não falou nada disto por mensagem, pois ele
sabe que se eles souberem da possibilidade como real, eles vão
invadir tudo da ePTec novamente, e são capazes de nos receber a
tiros do outro lado.
— Então Pedro quer que tenhamos um buraco para nos
proteger, um portal para fora, e o que mais?
— O cristal de proteção para que eventualidades não matem
os sobreviventes.
— Ele tem motivos para manter a calma, e os governos?
— Estão em pânico, comprando buracos de segurança.
— Abrindo as bases obscuras?

203
— Um grupo tinha em parceria com o exercito criado alguns
locais para sobrevivência, só que o alerta da NASA, estabelece algo
para no mínimo 10 metros de rocha de proteção, para ter uma
ideia, os cálculos que eles fizeram, a base que Pedro montou na
Florida, mesmo sendo subterrânea, tem quase toda sua base entre
8 e 16 metros em areia, os cálculos falam que quem estiver lá e não
sair, morre lá.
— E Pedro está relaxando?
— Ele enquanto ninguém vê, está criando uma base por baixo
de Orlando, uma por baixo da região do Tingui, uma por baixo da
região do Cascatinha, uma por baixo da região no Rio de Janeiro, ele
vai montar 50 bases de apoio aos colaboradores dele.
— Quantos ele pretende proteger se for necessário?
— Deixar claro que ele não vai sair falando, tem um perigo,
ele vai por corredores de passagem, vai introduzir isto, e sistemas
de alerta para familiares, as pessoas vão pensar estar indo para casa
e estarão entrando na base subterrânea.
— Mas ele consegue proteger quantos?
— O problema, é que ele não está vendo como proteger as
espécies animais, o que seria do ser humano neste planeta, sem os
meios normais, tendo de esperar mil anos para recomeçar?
— Morte.
— Nisto que ele está pensando neste momento Patrícia.
— E pelo jeito vai começar a fazer crônicas sem coerência
alguma?
— Acredito que ele queira algo, acredito que ele esteja se
preparando e pensando, mas ele sabe que se ele precisa fazer algo,
ele tem de ficar no holofote até as coisas estarem prontas.

Pedro acorda, agita as meninas, e desce a recepção.


— Por gentileza, poderia chamar para mim o hospede Robert
Still?
— Sabe que quarto?
— Não, mas é aquele senhor que fica aqui a olhar os demais a
manha inteira, deve o conhecer.
— Sim, o senhor Robert, falo que quem quer lhe falar.
— Pedro Rosa.
204
— Sabe que muitos me perguntam de você?
— De mim?
— Na verdade os atendentes, pois Pedro Rosa é o nome
daquele brasileiro que agitou o pais a algumas semanas, mas não
parece um estrangeiro.
— Mas sou estrangeiro.
— Certo, mas chamo o senhor Robert, mais alguma coisa?
— Tem uma Lan House no hotel?
— Computadores no fim do corredor.
— Avisa o senhor Robert que estou esperando ele na sala de
computadores.
— Ele vai reclamar.
— Sei disto, mas quem manda ele marcar comigo, e se um
senhor, de nome Jose Sanches perguntar por mim ou pelo Robert,
estou atualizando alguns dados no computador.
Pedro atravessa o corredor, edita algumas fotos tirando ele
das fotos, como se fosse uma foto de internet, para deixar a duvida
sobre se ele realmente estivera ali, olha as fotos no Facebook de
Joseane, e sorri.
Estava a passar instruções para Pietro, Call, e muitos outros
dirigentes quando o senhor Robert para ao seu lado.
— Já trabalhando?
Pedro olha o senhor e fala;
— Bom dia, pronto para a aventura?
— Velhos não vivem aventuras.
Pedro olha para o senhor e fala;
— Regra de meu pai que pretendo seguir, e se as pessoas
seguissem paravam de dizer que são velhas, para ele, criança é
alguém com menos de 20 anos de sua idade, e alguém com mais de
20 anos que ele, velho, quando somos jovens, olhamos pessoas com
mais do dobro de nossa idade como velhos, mas vocês não
deveriam se olhar assim Robert.
— Vai me dar bronca hoje?
— Não, uma pergunta, tem Facebook?
— Não, para que vou querer um Facebook.
— Para atrair os que lhe conheceram a muito tempo, e para
manter próximos os que se dizem próximos e estão distantes.
205
— Não entendi.
— Robert, as pessoas só lembram hoje, das pessoas que
estão em seus mundos, uma forma de estar no mundo dos netos e
filhos, é um Facebook.
— Acha que me aproximaria deles?
— Talvez não, mas custa tentar?
— E o que precisa para fazer algo assim?
— Primeiro, senta aqui e vamos criar um e-mail, com ele o
senhor cria um Facebook.
— Mas não tem nada para somar no meu Facebook.
— Por sete dias terá, depois é por sua conta Robert.
Pedro auxiliou o senhor a fazer uma conta e Sanches chegou
a eles e perguntou.
— Fazendo o velho pegar num computador?
— Tem Facebook Sanches? – Pedro.
— Sim.
— Qual é?
O senhor falou, Robert foi na barra de busca e entendeu
como funcionava, adiciona o amigo, e manda convite para o filho.
— Sabe que não terei muitos amigos.
— Robert, amigos reais são melhores que os virtuais. – Pedro.
— Então para que isto?
— As meninas estão descendo, vamos ao café que o dia vai
ser longo.
Pedro acerta o tempo, e vão ao café, Pedro queria cuidar bem
da alimentação de Rita, as vezes ele esquecia que Renata estava no
primeiro mês, mas ela parecia feliz naquele lugar.

Gerson liga para Moreira.


— Podemos conversar Moreira?
— Problemas?
— Deve ter visto o agito nos Estados Unidos.
— Sim, seu filho está ganhando fortunas lá, mas os dados que
a NASA levantou me assustaram.
— Moreira, o problema é que Pedro sabe como abrir buracos
para se proteger, mas ele não conseguiu acreditar nos dados, queria
saber se conhece alguém que pudesse ajudar.
206
— Seu filho pois agencia espacial Americana e Europeia nisto,
acha que tem gente mais competente.
— Sim, gente que fala com coisas que não entendo, como
Fanes, Anjos, pois se vai acontecer, alguém deve saber algo.
— Acha que eles saberiam?
— Moreira, extinção em Massa, eles sempre sabem quando
vai acontecer, não sei como, mas sabem.
— O que Pedro falou?
— Ele não entrou em detalhes, mas ele não acreditou nos
dados, ele parece ver de uma forma diferente, e precisa saber se vai
acontecer, e quando, não adianta apenas abrir buracos, se não
estivermos perto de um na hora que acontecer.
— Vou verificar, entendi, o menino acha que não vai
acontecer, ou não entendeu o problema, nem eu entendi Gerson,
apenas aceito os dados vindos da NASA.
Gerson olha para fora e fala.
— Tem de ver que algo está os colocando com medo, sei que
tem gente que resolveu comprar em quantidade, e até então estava
apenas pensando em ganhar dinheiro, algo ontem foi tão real a
cientistas que eles quase entraram em pânico, mas precisamos
saber Moreira, se é hora de ganhar dinheiro ou torra-lo para evitar
isto.
— Ouvi um relato que dizem ser de seu filho, que se tivesse
uma chance, ele torraria tudo para salvar o planeta.
— É nossa casa, nosso ganha pão, o que podemos fazer
Moreira em um mundo escondido?
— Vou verificar e lhe ligo.
— Obrigado.

O começo do dia de Pedro e sua comitiva que aumentou


muito foi no Blizzard Beach, muitas fotos, diversão, Sanches
pegando no pés de Robert, que estava olhando aquilo com
desconfiança, foi difícil o senhor soltar-se, mesmo quando se
soltava, parecia desconfortável com aquilo.
Almoço no Lottawatta, e Sanches perguntou.
— É serio sobre o emprego?

207
— Sim, mas primeiro vamos a diversão, depois vai ter a parte
chata, documentação, e por ultimo quando já não aguentar mais de
tanto pular, falamos de negócios.
— Sabe que minha experiência não facilita no fazer do
parque, minha parte era administrativa, aqueles erros de querer
estar perto de tudo, acabei ajudando em algo que não era minha
função, e o problema nas costas me afastou do cargo.
— Sanches, saberia receber ordens de duas crianças? –
Renata.
— Duas, uma não serve?
— Ela é minha irmã gêmea Sanches, ela é a menina, que
ninguém fala, proprietária do colar de diamantes mais caro do
mundo já vendido, deve ter visto fotos por ai.
Sanches olha para Renata.
— Os dois não parecem ricos.
— Na verdade, os verdadeiros ricos, não são famosos, então
eles são assim Sanches, naturais e sem açúcar. – Renata.
— Vocês parecem sempre sorrindo.
— Sanches, quer uma coisas que tiraria o sono e o sorriso de
muitos, e que 99% das pessoas não reparam?
— Fala.
— Estamos em um parque, em Disney, mas os agentes do
CNS, da CIA, do FBI, de mais 6 agencias governamentais, todos estão
olhando para nossa mesa, a pergunta, você acha que precisaria
tanto, para nós?
Sanches olha em volta e fala.
— Isto sim é uma conspiração real. – Sanches.
— E eles querem saber oque? – Robert.
— O que faremos hoje.
— Eles acham que vamos fazer oque? – Sanches.
— Devem pensar que vou... – Pedro sorri, olha para Renata e
pergunta - ...o que seria terrível eu fazer?
— Deixar claro a existência da base em Homasassa?
Pedro sorri e Sanches pergunta.
— Homasassa, onde fica isto?
— Crystal Rider conhece? – Pedro.
— Sim.
208
— Cidade ao sul, onde devemos dar uma passada hoje, fim da
tarde.
— O que vamos fazer lá? – Joseane.
— Nadar com Peixes Boi.
— Fala serio. – Renata.
— É serio, com os jacarés não acho uma boa ideia.
Sanches olha em volta e fala.
— Eles parecem começar a se mexer, o que vão fazer?
— Jogamos parte para Homasassa, enquanto vamos ao
Typhoon Lagoon.
Robert sorriu.
— Mas você tem uma base secreta em Homasassa?
— Quem estiver lá com a gente saberá.
— E quando vamos ver isto? – Renata.
— Vamos ao Typhoon, as 4 horas saímos e vamos no sentido
de lá.
— Vamos perder tempo na estrada? – Joseane.
— Jatinho até o Aeroporto de Crystal, e de lá um helicóptero
para Homasassa. – Mente Pedro.
O grupo levantou-se e saíram no sentido do segundo parque.

Sabrina olha para os dados da região da Florida, via satélite,


estava procurando coisas pequenas quando um quadrado de 100
km² surge na tela.
Dallan olha ela aproximar e pergunta.
— Onde fica isto?
— Estou verificando, costa oeste da Florida, uma reserva
florestal Federal acima, mangues e matas de preservação, ele fez a
base a mais de 38 metros, começou apenas quando tinha 20 metros
de rocha a escavar.
— E o que ele montou lá?
— A analise de calor esta começando a nos dar dados,
comparando os dados do que ele já montou, agora consigo via
intensidade de calor saber dados da construção, os satélites estão
passando lá e me dando dados, que o sistema está me
transformando em uma maquete tridimensional.
Sabrina ajeita os dados e fala.
209
— Não sei o que ele montou ali senhor, mas para os
parâmetros de calor, é algo diferente, um novo projeto.
— Não entendi.
Sabrina coloca uma imagem e fala.

— Dallan a base abaixo dos 38 metros, é quase isto.


— O que quer dizer com isto?
— As partes em azul, buraco apenas, a largura do buraco é
tão grande, que mesmo na proporção, os 80 metros de altura,
parecem uma fatia.
— Quer dizer que está na proporção, os azuis são areais
internas com 80 metros de altura?
— Sim, pelo que entendi, os quadrados mais visíveis, são
áreas comuns, os quadrados um pouco menores, áreas de trabalho,
recreação, ciências, escolas, e coisas assim, e os bem pequenos
residências padrão.
210
— Não entendi. – Dallan.
Sabrina aproxima a imagem.

— Dallan – Sabrina põem o dedo no quadrado mais a baixo,


mais cinza – este quadrado, tem por andar, 10 andares pelo que
parece, 1600 quadrados separados uns dos outros, corredores os
separando, então eu acredito que sejam residências, se forem, ele
teria só nesta base, capacidade para mais de 300 mil sobreviventes.
— Acha que ele se prenderia a tanto?
— As escutas da CIA no quarto que ele está, afirmam que ele
pretende salvar pelo menos os colaboradores dele, mais de um
milhão de pessoas Dallan.
— E isto está abaixo de uma reserva federal, mas e a entrada?
— O problema é este, o calor não me deixa ver rapidamente
onde é a entrada, pois o que para o satélite é algo quase superficial,
pois 30 metros para superfície é quase nada.
— Um nada que pode salvar vidas.
— Ele não montou algo para ficarem 79 horas Dallan.
— Ele sabe que se for real, a vida passara por extremos por
um bom tempo.
Sabrina olha para os dados, era muitos dados, ela estava
tentando entender os dados, quando Dallan recebe uma ligação.
211
— Dallan, me afirmaram a pouco que o menino está fazendo
uma base na parte oeste da Florida, me confirma isto?
— Confirmado senhor, a maior base que ele montou até
agora.
— Maior? – Donald do outro lado, com o secretario de
segurança a sua frente.
— Uma base que estamos analisando senhor, mais
estruturada que as para poucas pessoas, é uma cidade subterrânea
para 300 mil pessoas.
— Área total desta construção?
Dallan chega próximo e fala.
— 1000 quilômetros quadrados de área total, 800
quilômetros quadrados de área útil senhor.
— Ainda está montando pelo jeito?
— Sim, toda base está a mais de 38 metros de profundidade,
pois a rocha começa aos 12 metros senhor, na região.
— Pelo jeito conseguiram achar a obra desta vez?
— Senhor, um quadrado de 10 por 10 quilômetros é fácil de
achar, o satélite achou fácil.
— Quem está montando isto para ele, pois devemos ter mais
gente na Disney hoje do que em qualquer outro lugar do mundo a
trabalho.
— Senhor, eu recomendava deixar ele quieto.
— Motivo?
— Ele está tentando pensar senhor, ele quieto, deve estar
dando chance dos demais trabalharem, e deve estar pensando em
como ou o que ele vai fazer.
— Ele parece que não nos leva a serio e levou dois idosos do
parque a passear com ele.
— General Donald, ele está pensando em como salvar estas
pessoas, você está ai com o secretario, mas sem nação, não existe
secretario de segurança, se olhar o satélite, tem pequenos buracos
surgindo na cidade dele, em 30 estados americanos, em 10 nações
Europeias, este foi o maior, parece mudança de projeto, este é para
grandes quantidades de pessoas, não para mil pessoas.
— Certo, está acompanhando, mas acha que o menino tem
algo de concreto.
212
— Seus rapazes viram Banneker antes e depois de falar com o
menino, o que me diz Donald?
— O menino falou algo que o fez pensar, e por cada região
que Banneker passou, quem estava em pânico voltou a pedir dados,
não sei oque, mas realmente, o menino os fez pensar.
— Mas como ele não tem certeza de conseguir Donald, está
abrindo buracos.
— Então levanta os dados por ai que faço politica por aqui.

Call olha a comitiva do presidente entrando na recepção


pelas câmeras de controle, autoriza a subida, muita coisa ainda
sendo colocada no lugar. Call passa o recado para Pietro.
Pietro olhava para cima aquele teto com luz azul, os
acabamentos, olhando em volta se via quem era funcionário e
quem era autômato, pois os autômatos não paravam para olhar, os
humanos, ficavam a observar aquilo.
Passa para a sua sala e olha para Call.
— Como foi a manha?
— Corrida, não pensei que existisse tanta gente com tanto
dinheiro assim.
— Call, todas as nossas vendas são este ano, se eles quiserem
revender, ou coisa assim, problema deles, mas todas as vendas são
este ano e todas as entregas até 30 de dezembro.
— Porque disto?
— Se não acontecer, o problema não será nosso.
— E qual a desculpa o ano que vem?
— Temos tantos pedidos que não podemos pegar mais
nenhum.
— Certo, a hora é agora.
— Sim.
O presidente entra pela porta, Pietro e Call o conheciam,
ambos já tentaram acordos, mas Pietro tinha um pé atrás, vira as
imagens do senhor falando algo um dia, mudando de opinião
depois.
Pietro olha a quantidade de assessor e olha o presidente.
— Quer tratar disto em um grupo tão aberto?

213
O presidente olha os demais, Pietro não sabia se ele havia
falado algo com todos, por isto a pergunta.
— Eles são de confiança.
— O que quer presidente?
— Existe alguma chance dos dados não serem reais?
— Senhor, a ePTec ainda está levantando dados, entramos
nisto a duas semanas, e temos mais dados que os que estavam nisto
a 20 anos, mas a pergunta, o que precisa?
— Algo que não pode me dar.
— Por quê?
— Justificativa para os gastos em meio a crise.
— Realmente de política, não tratamos nesta empresa.
— Alguns empresários falaram demais, vi que sua empresa
está em ramos que desconheço, como o de abertura de buracos.
— Não vamos falar disto para a imprensa senhor, por isto
estranho uma reunião tão aberta para tratar disto, pois somos uma
empresa que está se estruturando.
— Soube por um amigo o montante que custa abrir um
buraco, e fiquei pensando se teria como baratear isto?
— Sempre tem presidente, duas formas de baratear, uma
tirando estrutura, que pode ser essencial a sobrevivência, outra,
concedendo estrutura, espaço, terrenos que teríamos de comprar,
permissões sem tanta burocracia.
— E vão estar construindo em quantos lugares?
— Senhor, estamos fechando acordos este ano, disse para
Call, acordos até Novembro, recebíveis até dezembro, pois não
pensei que tanta gente tivesse estes recursos para se salvar.
— E não teria como nos transferir para outro mundo? – O
presidente se tocou que muitos não sabiam do que estava falando,
ele mesmo olhou para alguns.
— Senhor, aquela porta parecia uma saída, mas a praga que
se espalhou naquele dia, veio bem daquela porta, a lacramos e por
tempo indeterminado, ficara lacrada.
— Esta falando da infecção?
— Sim, quase morri naquele dia senhor, odeio coisas que nos
matariam sem nos dar a chance de enfrentar.
— Entendo, então lá não seria seguro.
214
— Não, passar para lá, seria morrer antes do acontecido aqui,
que vantagem senhor.
— Mas se for necessário.
— Senhor, temos de estar vivos para estudar formas de nos
aventurar lá.
— Entendi, precisaria de uma estrutura para pelo menos 10
mil pessoa, conseguiria para nós?
— Como pagaria isto senhor? – Pietro.
— Nos deixaria morrer mesmo tendo como nos salvar?
— Senhor, se acontecer, a ePTec, não terá conseguido
proteger mais de 2 milhões de humanos, queríamos poder
enfrentar e ver os 7 bilhões vivos.
— Vão tentar tudo isto de espaço?
— Tem limitações, mas sim, espero não ter estas cobranças
depois senhor, estamos tentando ajudar, mas os demais também
deveriam começar a pensar em como sobreviver.
— Vou passar uma proposta por escrito, vi que a maioria nem
entendeu o que falamos, mas acredita que consegue me entregar
este numero?
— Sim, ainda consigo senhor, como falava para Call, as
pessoas acham caro, mas ignoram o quanto nós gastamos para
fazer os buracos, não é pouca energia e nem tão pouco material, as
pessoas não saberem como, é que transforma em aparentemente
fácil.
— Passo por e-mail a proposta?
— Pode ser, analisamos e fazemos uma contra proposta.
Os senhores saíram e Call falou.
— Pensei que mostraria ao Presidente o lugar.
— Muita gente Call, muita gente.

Moreira olha para Renata que fala.


— O menino está em parte com razão Moreira, são chances
baseadas em padrões solares, é estatística.
— E quando eles terão os dados?
— Acabo de ter os dados da NASA, o menino pretende lançar
ao espaço algo que eles chamam de Velas Espaciais, 8 delas, no

215
sentido do sol, eles querem ter dados como a posição do sol, a
nossa orbita, exatar quando vai acontecer.
— O menino está os fazendo trabalhar.
— Os dados passados por um general de nome Dallan, do
Novo México para a NASA, ontem, fez os cientistas calcularem
matematicamente as chances do evento, deu 132% de chance real,
acima de 80% seria preocupante, mais que 100% é certeza, por duas
horas, secretario, militares, presidente estiveram em uma
conferencia, que decidiram dar carta branca para o menino os
fornecer estrutura e ajudar, os tons de conversa do secretario de
segurança com o presidente foi de pânico Loco, Banneker foi a casa
de Pedro em Cocoa, não sei o que conversaram, mas a NASA abriu
uma base que não usam normalmente, a visão dos satélites, com
imensas entradas, estão construindo algo grande lá, deve ser estas
Velas, mas a diferença, antes de falar com o menino Banneker
parecia em pânico, após, procurando respostas.
— Gerson teve sorte de ter um gênio como filho, todos
pensando em se esconder, o menino está dando estrutura a NASA,
gastando, mas entendo ele, de que adianta viver a vida em um
buraco, mas tentando entender o problema, mas o que eles
relataram a final que deixou os cientistas em pânico.
— Uma nuvem pesada de Íons solares, de 79 horas,
atravessaríamos com o planeta esta nuvem, tudo queimaria a
superfície Loco, tudo mesmo, bases com menos de 10 metros de
profundidade em rocha, seriam evaporadas.
— E o menino fez oque?
— Acaba de deixar visível uma base subterrânea na área
Oeste da Florida, que comporta 300 mil pessoas.
— Para enfrentar?
— Sabe que o sistema dele é o mais difícil de penetrar, a CIA
colocou gente e escutas em todo lugar que ele está, para tentar
algo, mas não temos ainda o que ele pretende, mas segundo dados,
mais de 100 mil pessoas estão trabalhando nisto, e segundo o
menino, ele tem 2 autômatos para cada humano, trabalhando nisto
também.
— Eles sabem disto?

216
— Não sei Loco, não sei, mas o menino está se divertindo,
enquanto os demais correm atrás das informações, ele quer as
pessoas pensando, não desistindo, embora alguns parecem querer
apenas se proteger.
— E o que o menino faria se ele achasse que vai acontecer?
— Isto nem sei se eu acredito Loco, dizem que ele abriu uma
porta entre a Terra e um planeta, bem distante daqui, mas ele não
sabe se é seguro a humanos, então ele não abriu isto ainda, mas já
pensou em um mundo morrendo e um grupo de humanos,
ressurgindo com tecnologia, num mundo distante?
— Não acredita nisto porque?
— É fantasia demais para mim, mas falo pois para o sistema
do menino, eP1 tem duas traduções.
— Não entendi.
— Estava estes dias fuçando e um conhecido me perguntou o
que significava eP1, e me toquei que não sabia, resolvi ver dentro
do sistema e lá diz:
Internet Porta 1 = eP1
Primeiro grupo de planetas descobertos, contando com
subdivisões eP1(1) a eP1(16) = eP1
— Esta dizendo que esta no sistema dele, mas você não
acredita.
— Loco, isto é maluquice, ele estaria a um passo da maior
descoberta cientifica da historia.
— Explicaria toda a resistência, sabe que coisas assim, geram
uma resistência imensa.
Renata sorri e fala.
— O incrível disto, é que a informação estava lá, mas o
sistema aprende por si, assim que o acessamos, a primeira vez, o
mesmo analisou como dados prioritários e isolou os dados.
— Mais um motivo para ficarmos de olho.
— Moreira, sabe que se for isto, pode ser que ele não abriu
aquilo por outro motivo.
— Qual?
— A contaminação na França, lembra que o menino foi
pessoalmente a rua e perseguiu uma infecção que muitos se
perguntaram de onde veio?
217
— Verdade, pode ser um lugar que estão estudando, mas que
não é passível de nós vivermos lá, mas pelo menos o menino esta
pensando no problema.
— E dai, vamos comprar nosso buraco ou vamos esperar o
pior.
— Vou falar com Gerson, ele quer uma posição se isto é real,
ainda não sei o que falar.
— O que ele recomendou?
— Ligar para o Francisco e perguntar se algo está estranho.
— E não ligou ainda por quê? – Renata.
— Sei lá, difícil acreditar em fim da existência.
— Mas Gerson está com a razão, os mundos espirituais se
agitam quando algo grande os vai atingir.

Pedro e as meninas saem da agua e Robert olhava para eles.


— Não cansam, ela não deveria estar cuidando do filho.
— Sorrir faz bem para a criança Robert, vamos ter de ensiná-
lo a rir?
— Sanches depois que falou dos agentes, parece que perdeu
um pouco do animo.
— Arrasta ele que vamos sair da agua.
— Vamos onde? – Robert.
Chegam ao motorista e Pedro passa um endereço, o senhor
vai a oeste, olham um barracão ao fundo, entram e Pedro sai do
carro e fala ao motorista.
— Quando voltarmos o chamamos.
— Certo, vão ficar por aqui?
Pedro não respondeu, entram em um barracão, Rita chega ao
seu lado pegando sua mão e os dois senhores chegam ao fundo e
dois militares a porta batem continência, pareciam desconcertados,
eram crianças.
Pedro entra no barracão e Carlos olha Pedro.
— Por aqui menino?
— Sim, como estão as coisas?
— Esta maquininha é interessante, vai querer mesmo a
testar.
— Vamos.
218
O senhor olha desconfiado e pergunta.
— Vamos? O que precisa.
— Um portal de passagem para viagem, ainda nenhum está
instalado no lugar que vamos.
— Quem mais vai?
— Vamos nos divertir Carlos, estou passeando.
— Quer que acreditem nisto? – Carlos em Frances.
Pedro apenas balança a cabeça.
Os dois senhores olham Pedro andar até uma área ampla,
Carlos o estica um óculos e o menino vê aquela nave aeronáutica.
— Motores?
— Funcionando.
— Linha ao sul, que altura é seguro?
— Entre 400 e 800 pês.
— Baixo, tem algo no caminho?
— Quase nada.
— Nível de proteção?
— Total.
Pedro tira os óculos, olha uma bancada, pega outros óculos,
olha os demais com cara de não estou entendendo e chega a eles e
fala.
— Vamos ver se este brinquedo é bom.
— Que brinquedo? – Robert.
Pedro alcança os óculos e o senhor olha com e sem o óculos e
pergunta.
— Realidade virtual?
— Bem mais realidade que virtual.
As meninas viram que iriam a algo que não se via, Pedro
aciona uma entrada, se vê uma pequena escada inclinada e sobem,
sentam-se na parte interna e Carlos chega ao lado de Pedro que
ajudava as meninas a por uma espécie de cinto de 7 pontas, que as
prendia a cadeira.
— Sabe oque vai fazer? – Carlos.
Pedro senta-se, olha os demais já prontos, Robert tirou o
óculos e viu que era real, Pedro o olha, sorri, depois olha para um
notebook ao lado do comando, clica no sistema de ignição, todos os
demais a volta se afastam, olhavam com o óculos para eles.
219
Aciona o abrir do teto.
Carlos viu o menino traçar a linha reta para Homosassa, por a
altura máxima, a mínima, e todos sentem a nave arredondada sair
do chão, o silencio era cortado pela passagem rápida do ar rápida
pelas turbinas, não pelo som da turbina silenciosa.
O erguer tranquilo da nave, sem solavanco, fez Pedro girar
sua cadeira e olhar para Robert e falar.
— Nem sempre temos como esperar as coisas, as vezes tenho
de garantir que ela evolua.
— E vamos onde?
— Banneker da NASA, marcou com 6 responsáveis pela
Reserva Federal Rio Cristal. Tenho de oferecer ajuda, e aproveito
para experimentar se tenho como me mover fora dos olhos do
exercito.
— Mas eles lhe dão cobertura.
— Parte do exercito quer ajudar, parte não sabe o que quer.
— Ajudar?
— Robert, o que ouvir aqui, não se espalha, tem coisas que
eles pensam ser um perigo, e já não são, e coisas que eles nem
imaginam, que são perigosas.
— Certo, mas estamos indo onde?
— Gosto deste sistema de transporte que não sente-se nem o
sair do chão, estamos indo a oeste, a aproximadamente 450 milhas
por hora, silenciosamente, dentro de algo que os olhos não veem,
os radares detectam, mas os olhos não.
— Disto que eles tem medo? – Sanches.
— Não, isto é o que desenvolvemos na base em San Diego.
— A base que disse que não tinha como ter feito.
— Eu não disse que não a fiz, eu disse que nada que eu fiz foi
a 5 anos, e sim agora.
Pedro gira o banco e vê o aproximar do ponto que parariam,
um prédio em meio a um terreno plano, sem entradas baixas,
apenas aquela abertura ao Teto, a nave toca o chão e Pedro desfaz
o sistema de invisibilidade e deixa o óculos, os demais veem a porta
se abrindo, e descem, o prédio de 6 andares em pedra, dava para
ver toda a região, olham a volta, Robert olha para trás, pois agora se
via a nave que estivera e Carlos pergunta.
220
— O que faremos?
— Um grupo do exercito deve chegar dentro em pouco, como
os representantes do parque que é tudo que vê a oeste.
— O que teremos aqui Pedro? – Carlos.
— Um grupo de sobrevivência se vier a precisar.
— Grupo? – Robert.
— Um caminho para se salvar se um dia no futuro, algo
ameaçar os da região.
Pedro olha para o sul e Sanches vê um grande terreno com
lagos e montanhas, instalando um sistema de montanha russa, se
via as estruturas ao chão e Pedro fala.
— Sanches, ali vai ser o primeiro parque aquático da Rosa Inc
na Florida, o segundo vai ficar me Cocoa, e o terceiro, ao norte de
Orlando.
— Vai mesmo criar um parque aqui? – Robert.
— Senhor, as pessoas acham que eu ganho dinheiro fácil, mas
é tudo reflexo dos investimentos.
— E o que vai propor? – Carlos.
— Esta imensa área a Oeste, precisam de ajuda e controle,
pois existem caçadores, existem varias coisas que podemos
controlar a nível de acesso das pessoas.
— Certo, usar tecnologia em prol da preservação.
— Eu gosto de entender o problema, mas – Pedro olha a
aproximação de um Helicóptero e vê ele parar mais ao fundo.
Um grupo de pessoas sai dele e Donald estava entre os
militares.
— Sabe que me juraram que estava em Orlando?
— Há meia hora sim, General Donald, o que faz aqui?
— Vim ver oque tem a propor ao grupo.
— Vamos entrar.
Donald olha em volta, não havia uma única entrada que não
fosse aérea para aquele ponto, o que queria dizer que não era para
a cidade ao fundo a base abaixo dos pés.
Pedro indica o elevador, mais de 20 pessoas dentro dele, e
parecia caber muito mais, o mesmo desce, sentem a gravidade
quando ele acelerou para baixo e chegam a um ponto a 118 metros
de profundidade, a porta se abre, o menino caminha por um
221
corredor largo, os senhores que vieram junto, não sabiam onde
estavam, mas quando chegam a praça central, podiam jurar estar a
superfície, uma imensa praça, plana, se via plantas ali, chafariz,
pessoas ajeitando e Carlos fala.
— Esta está ficando bonita.
— Carlos, espero que tudo aqui fique como dinheiro e
estrutura gasta e sem uso.
— Certo, mas se for preciso vai usar.
— Passei os prospectos Carlos, sabe do que falo.
— Mas serão locais assim?
— O tamanho depende da estrutura a volta.
Donald olha em volta e pergunta;
— Me afirmaram que era grande, mas uma coisa é ver
pessoalmente.
— Donald, a na região de Washington, depende de achar uma
rocha firme abaixo, a estrutura é toda em rocha, mas a ideia aqui é
começar a pensar, não para estruturar.
Pedro olha os senhores e fala.
— Desculpa o desencanto, mas sou Pedro Rosa, vamos a
região de controle ali na frente e conversamos.
— Onde estamos?
Pedro abraça Rita que olhava encantada e fala.
— Isto que lhe tira o sorriso, mais uma casinha tamanho
Pedro?
— Sim, pequenininha como meu ego.
Rita sorri e Joseane o abraça do outro lado e fala.
— Nem parece que estamos em um buraco.
— Eu gosto de locais que não nos passam a sensação de
claustrofobia.
Chegam a uma sala, Pedro vai a frente, Rita olha uma cadeira
ao fundo e senta-se, Renata senta-se ao lado vendo o irmão tomar a
frente.
— Pessoal, o que vou falar, é uma possibilidade, não existe
como exatificar ainda, mas o governo Americano, me contratou
para tentar achar uma saída, e se não der certo, achar uma forma
de proteger as pessoas, de um evento solar dentro de um espaço
que pode ser um ano, ou 4 anos, este evento, seria uma nuvem de
222
Íons solares de 79 horas atravessando a Terra, estamos trabalhando
em uma forma de evitar isto, mas se não conseguirmos, locais como
este serão preparados para que tentemos salvar a raça humana da
extinção.
O olhar de Robert para Sanches foi de susto.
— Esta base, tem capacidade para abrigar, 190 mil famílias,
temos áreas de trabalho, áreas de reciclagem, área de produção
alimentar, áreas de estoque, mas obvio que eu queria montar mais
locais assim, mas a ePTec ainda é uma empresa pequena, jovem, e
não tem como salvar todos, mas nesta base, tem uma área para
preservação de parte do ecossistema acima, mas obvio, tudo isto é
uma medida para se tudo lá fora, der errado.
Um senhor que não entendera porque do vir ali do menino
olha serio para ele.
— Esta falando serio?
— Sim, mas tudo que temos, ainda não é capaz de deter o
evento, mas vamos nos esforçar, desmentiremos os malucos, e
podemos ser desacreditados se formos eficientes demais, mas
como sempre digo, isto não sai para muitos, vamos chamar para
conversar as empresas que tem na região, e instalaremos em cada
casa, e casa local de trabalho um caminho para cá, pois uma vez
detectado, podemos ter no máximo horas para nos proteger.
— E tem como salvar quantos?
— Estou montando estruturas, na Florida, pretendo defender
os locais menores, e tem de entender, se formos tentar abrir isto a
locais grandes, tudo se perderá.
— Acha que o caos tomaria conta? – General Donald.
— Se vi Generais e secretario de Segurança em pânico,
imagina o povo a rua.
— Mas tudo isto fica onde exatamente? – Uma senhora, ela
não parecia acreditar estar em um buraco.
— Aquilo que vocês veem ali no corredor como céu azul, é
um campo de placas de iluminação que controlara o dia e a noite
local, mas estamos a mais de 118 metros abaixo da superfície.
— E ninguém sabe disto?
— Exercito e inteligência sabem senhora, isto não é para ser
mostrado a todos, se não precisarem, estamos ajeitando, pois existe
223
o problema, agora limpo não se diria como estava a dias. – Mente
Pedro.
— E quantos locais deste existem? – O senhor.
— Este é o problema, existem locais pequenos, coisas de 6
mil sobreviventes, imensos como este, raros, devem entender o
trabalho de escavar a rocha em silencio para fazer algo assim.
— E entregaram a um estrangeiro o controlar disto? – Um
outro senhor.
O olhar de desgosto de Pedro foi grande, se calou, olha para
os demais, respira, Rita via que certas coisas magoavam o menino,
Pedro respira pesado e fala.
— Qualquer um que não quiser ajuda, me avisa, eu os deixo
morrer, se querem morrer senhor, bairrismo nesta hora, é
ignorância, se quer ficar de fora, a vontade.
— Mas estamos em nossas terras, você não pode querer nos
obrigar a lhe obedecer.
— Obriguei alguém? Acho que quando vocês verem os seus
morrerem, talvez entendam a urgência, e as próprias palavras.
Pedro olha par Donald e fala.
— Em 15 dias a base abaixo de Washington estará pronta, ela
é idêntica a esta, teremos uma também na região de Dallas, mas
toda a minha estrutura, não consegue salvar mais de um milhão de
famílias Donald.
— Certo, aviso o presidente, ele esta preocupado.
— Acho que ninguém entendeu se é serio ou não, para
ficarmos em pânico, mas esta base ainda está em acabamento. –
Pedro.
— E vai nos liberar as bases quando? – Donald.
— Quando vocês conseguirem controlar a CIA, pois eles são
capazes de por bombas em locais assim para serem os únicos
sobreviventes.
— Eles não fariam isto.
— Espero que não, eu estarei no meu buraco no Brasil
quando isto acontecer, não serei eu a morrer General.
Pedro olha para os demais e fala.
— Vamos sair, pois os filtros de oxigênio ainda não estão
prontos, não vamos querer morrer por aqui.
224
Os ignorantes se olham assustados e Carlos olha para Pedro,
obvio que para poucos, havia oxigênio para dias ali, mas o menino
queria os tirar dali rápido.
Sobem novamente e o general olha para o menino e fala;
— Já dirigindo um?
— Quem as descobriu fui eu General, logo teremos mais
utilidades internas para elas, mas isto com o tempo.
Carlos indica a nave, e os demais viram o menino entrar,
acionar o comando de invisibilidade, sentem os motores, mas não
viram o objeto decolar, um senhor chega ao lado de Donald e
pergunta.
— Porque deram a um estrangeiro o comando disto? – O
presidente do grupo que cuidava da reserva.
— Senhores, ele usou aquilo como teste, ele construiu isto,
mas ele sempre tenta acreditar nas pessoas, é onde ele se dá mal,
mas ele construiu isto, para salvar pessoas, acha mesmo que ele
não deveria o fazer?
— Mas estão dando acesso a um estrangeiro.
O General olha para o ar, não sabia mais onde eles estavam,
mas deveriam estar voltando, os senhores não entenderam, quando
abriram a porta, e viram que não existia um elevador mais lá.
— Onde está o elevador? – O senhor.
— Ai, para quem merecer uma entrada, embora ele disse que
não entraríamos por ai, e sim por caminhos diretos das casas.
— Não entendi.
— Isto até eu entendi, ele não pretende discutir, mas
precisamos que ele termine de montar isto senhor, se soubesse que
iriam o tratar assim, nem tinha marcado.
Pedro olha para Carlos que pergunta;
— Ia propor algo a mais?
— Sim, mas não é nas pessoas que estou focado nesta hora.
— E o que seria mais importante que as pessoas? – Robert.
— O planeta que elas moram. Carlos, pretendo montar um
grupo que vai separar pelo menos 20 especimes de cada grupo
entre fauna e flora nesta parte, e colocar na parte anexa a cidade,
em uma espécie de ecossistema controlado e isolados, para que
possamos separar estes para se precisarmos tentar iniciar um
225
repovoamento, vamos junto criar um grupo de especialistas para
separar genética de pelo menos 20 mil indivíduos por espécime,
pois não quero que os que sobreviverem depois morram por
cruzamento sequencial de irmãos e primos, isto pode acabar até
com as plantas.
— Ajudo a selecionar.
Robert olha para Sanches que parece o compreender e fala.
— Aquilo vai acontecer, aquilo que falou lá em baixo?
— Eu acho que vou deter aquilo, mas a dois dias, tinha de ver
a cara de pânico do secretario de segurança saindo da NASA.
— E o problemas é novamente o sol?
— O problema é a ganancia, o bairrismo, aquilo que falei, sou
capaz de montar um buraco para eles sobreviverem, e se surgir em
um corredor, a ordem de quem estiver dentro, é me metralhar.
— Porque não falou a verdade, que fez aquilo mano? –
Renata.
— Eu não quero as pessoas me devendo isto, ser bom por
divida não é ser bom, ser correto por medo, divida ou gratidão, não
me agrada, não sei porque, queria eles como humanos, e não como
animais disputando área.
— E vai ajudar mesmo assim? – Robert.
— Eu tenho de entender o problema, pode não parecer
Robert, mas para enfrentar, eu preciso de recursos de por satélites,
e coisas assim no espaço, estou vendendo a quem pode pagar uma
saída, para tentar gerar uma saída ao planeta.
— E aquele senhor, eles vão invadir a sua base.
— Robert, um dia vamos ter de entender que somos
humanos, teimosos, mas que quem se precaver vai ao futuro.
Chegam a base e Pedro vai a uma sala, foi mais rápido do que
pretendia, achava que estaria ali perto das 7 da tarde, de novo, e
estava ali as 5:45 novamente.
Eles vão a uma sala e Pedro olha para Sanches.
— Quer tentar administrar um sistema de parques Sanches?
— Começa por onde?
— Administração das construções, controle e programação
das inaugurações.
— Mas o mundo vai estar aqui?
226
— Sanches, acha que paro diante de um probleminha com o
sol?
— Vi que não gostou da reação do senhor do parque, disse
que iria propor ajudar e nem propôs.
— Senhor, eu estou tentando relaxar, mas as coisas sempre
se complicam, quando tento ajudar, eles não me deixam relaxar.
— Mas aquele lugar já existia lá?
— O lá, é que os complica, mas aceitaria trabalhar numa
empresa que um jovem tido como terrorista manda?
— Um jovem que põem Generais na parede?
— Um jovem tentando ajudar, eu nem cheguei a falar sobre a
existência de coisas anteriores a minha existência neste planeta,
então ainda estou começando.
— Coisas anteriores a sua existência?
— Segredos de mais de 13 anos, seriam anteriores a minha
existência.
— Certo, existe mais coisas escondidas?
— Dizem que existe um local, não conheço ainda, projetado
para ser uma cidade de milhões de habitantes.
— Abandonada a mais de 13 anos?
— Sim, mas deve entender que por estrutura para baixo,
custa, pois estamos falando de camas, de coisas normais e
anormais, que se precisa ter para viver bem.
— E quem olha não diria que existe a estrutura, mas o lugar é
encantador, estranho algo abaixo de nossos pés tão incrível. –
Robert.
Pedro coloca a orelha de Mickey e olha para os demais
colocarem suas orelhas, Robert olha para Pedro e fala.
— Estranho como me sinto bem com esta orelha.
Pedro sorriu, não falaria que colocou um cristal de controle
de saúde na orelha dos dois senhores, e que com uma carga bem
pequena, estava os ajudando internamente.
As meninas olham Pedro e Joseane pergunta.
— E agora?
— Vamos fazer algo diferente e aproveitamos para comer.
— Onde? – Robert.
— Medieval Times. – Pedro.
227
Sanches sorriu, pois nunca fora naquele lugar, e um menino
de longe o levaria ao lugar.
Saem dali, assim que o carro locado volta, no sentido da
cidade, transito rápido, mas sempre pesado.
Chegam ao lugar, e foram a arquibancadas, com mesas, a
volta de um local de apresentação, comem, uma apresentação de
batalhas medievais que Pedro achou chocha, mas talvez encenações
não fossem seu forte, Joseane olhava interessada na parte teatral
do negocio, atores que deixavam a desejar, mas que pareceu
divertir o pessoal a volta.
Pedro não comeu muito, mas acompanhou a apresentação,
pensou que seria melhor, mas obvio, estavam se divertindo.
Pedro esperava ter comido ali algo mais consistente, mas viu
que não agradou a quase ninguém, saem dali e vão a Downtown,
entram no T-Rex e ai sim comem algo.
Sanches olha para o menino e pergunta.
— Você pelo jeito não sabe disfarçar quando não gosta de
algo.
— Acho que pegamos um dia pouco inspirado dos rapazes, e
imagino o quão chato deve ser encenar a mesma coisa dia após dia.
— Mas até foi legal. – Robert.
— Sei que sou chato com certas coisas, a apresentação do
cavalo me agradou, o resto, nem a comida consegui comer.
— Vi que é chato para comida, prefere pagar mais do que
comer algo que não lhe agrade.
— Eu acho que comida é para ser apreciada Robert, não
engolida apenas, é como esta ao prato, na aparência muito
semelhantes para quem olha distraidamente, mas esta tem menos
gordura, a consistência depois de cortada, estabelece melhor
preparada, cheiro de carne temperada no dia, não a três dias,
acompanhamentos de saladas, eu gosto de disfarçar o estomago
antes de engolir a carne, refrigerante quente, imagino que deve
existir uma engenharia imensa para ter este refrigerante o dia
inteiro no ponto de consumo.
Sanches olhava o menino e fala.
— Você pelo jeito vai inspecionar o parque direto?

228
— Espero não ser preciso Sanches, eu não sou das pessoas
que coloco na Internet a minha posição referente ao que não gostei,
e sim ao que gostei, acho interessante a liberdade de não voltar lá
nunca mais.
Pedro pede um momento e sai pela porta, entra no Word
Disney e compra 6 boinas de marinheiro do Donald, as coloca na
sacola e volta para o T-Rex.
Rita olha a sacola e fala.
— Este vai ser o de amanha?
— Sim, mas este é de amanha.
Rita pega um e Robert olha sorrindo.
— Este pelo menos não tem orelhas.
— Queria as orelhas do Pluto, mas não tinham 6 delas.
— Não me explicou porque disto?
— Robert, quando chegarmos ao hotel, vamos publicar as
fotos do dia, lá no seu Facebook e depois cada um faz um
comentário.
— E tem fotos de tudo? – Robert assustado.
— Calma, colocamos apenas o que achamos legal, mas obvio,
aquela foto sua assustado olhando para cima, lá na base escondida,
esta vai para a net.
— Vai me complicar.
— Robert, eles deveriam estar pensando no problema e estão
nos olhando, para que?
— Para que você não fuja por ai?
— Deve ter notado que entraria com uma espaçonave
voando baixo no seu país e eles nem me veriam.
— E desenvolve isto em San Diego?
— Minhas bases de pesquisa, são mais legais que alguns
parques de Disney.
— Entendo onde deve ter achado chato a apresentação, pois
nitidamente é um local para quem bebe, e vocês são crianças.
— Talvez isto seja parte do problema – Pedro olha para
Sanches – a ideia é montar algo que pelo menos 4 faixas etárias se
divirtam, este é o desafio.
— Sabe que olhando você não se dá valor, lhe ouvindo, faz as
pessoas pensarem, entendo o problema de alguém beber demais e
229
entrar em um parque aquático, fora os que bebem pouco, mas
ficam insuportáveis.
Pedro sorriu, comeu a carne ao prato e olha para Robert.
— Vai dizer que não é diferente?
— Lá você comeu pela metade do preço.
— Aqui não tem show Robert.
— Certo, as vezes caprichar na comida não custa, este
comemos e não pesa, parece agradável comer, lá vi que nem
empurrou, mas tinha gente empurrando aquilo.
— Uma ideia boa mal aproveitada, ela atrai uma vez e nunca
mais, este é o problema de algo repetitivo.
Renata somente ouvia e pergunta.
— Acha que parques aquáticos podem ter coisas temáticas?
— Devem ter atrações, lembra da ideia de uma região de
shows, esta ideia é sua, agora pensa em uma historia como tema, e
ter personagens passeando, apresentações aquáticas, não gosto
muito do modelo de apresentação da SeaWord, pois me parece em
parte forçar um animal a fazer o que não lhe é natural.
— Como assim? – Renata.
— A orca no mundo real, comeria o apresentador e nem se
importaria com isto.
— Condicionamento, acha normal isto no cavalo e não na
orca? – Renata.
— Contradições da vida, mas até aquele condicionamento
estava ruim, quer dizer, os cavalos sabiam melhor suas funções na
apresentação que os atores, fica difícil assim.
Robert sorriu e fala.
— E aquele papo do sol?
— O problema é que não consigo ver aquilo como real, me
contrataram para fazer bases subterrâneas de sobrevivência, mas
não consigo ver isto como real.
— Porque não consegue ver como real? – Renata.
— Primeiro, o sol não esta ali parado, ele esta disparado no
espaço, a uma imensa velocidade, a Terra é mais rápida que ele em
velocidade, e muitos perguntam por quê.
— Não entendi. – Sanches.

230
— Sanches, a terra não gira em torno do sol, ela nunca esteve
do outro lado do sol, como você vê nos livros de geografia.
— Como não? – Robert.
— O sol esta correndo no espaço, e a sua força gravitacional,
arrasta planetas na sua orbita, estes planetas, não andam atrás do
sol, eles fazem orbitas elípticas seguindo o sol, nós nunca estamos
exatamente atrás do sol, ele avança, e nós vamos juntos, correndo
no espaço, como temos uma orbita maior que o sol, para o
acompanhar, temos de ser mais rápido que ele.
— E porque não acredita na catástrofe?
— Deixar claro que estou estudando isto, não tenho certeza
disto, pode ser que venha a acontecer, eu não fiz um buraco para
cada funcionário meu e seus parentes, por que não vejo um risco
nisto. Mas dependendo de onde estejamos na trajetória ao redor do
sol, ele pode expelir milhares de toneladas de íons, e não nos
atingiria, pois estaríamos no lado oposto do evento solar, no lado
que nada nos atingiria.
— E acredita que pode acontecer mesmo assim?
— Senhor, eu estou financiando a NASA para eles calcularem
quando isto vai acontecer, para saber primeiro, se nos vai atingir,
segundo, construí e vou estruturar o que consigo, não tem como
defender mais gente do que vou, pode não parecer, mas montar
locais como aquele, requer dinheiro, estrutura. Depois de tudo isto,
estou montando duas formas estruturais de enfrentar isto, mas a
força que usarei, depende da força do evento.
— Como assim?
— Se eu lançar um conjunto de velas solares, com um
material super duro, na direção do sol, elas vão receber a carga
antes de nós, reduzindo a quantia de Íons que passarão por nós.
— Parece impossível algo assim.
— Isto pararia segundo os cálculos da nave, não mais de 10%
dos ions que viriam em nosso sentido.
— Estão pensando em formas de enfrentar, seria isto?
— Acha que temos onde viver, se tivermos um planeta
destruído Robert?
— Não gosta da ideia de um buraco, mesmo amplo como o
que montou pelo jeito.
231
— Acho que me apressarem, sem saber o tamanho do
problema, podemos construir buracos que não sejam
suficientemente profundos para abrigar humanos e eles
sobreviverem.
— E teria outra forma? – Sanches.
— Lembra que falei de algo anterior a minha existência?
— Sim.
— Falam relatos antigos, que ouve antes da humana, antes da
era glacial de 70 mil anos atrás, que foi provocada pela explosão de
um super vulcão, uma espécie inteligente neste planeta, eles para
se esconderem, montaram suas bases escondidas, 100 cidades, para
100 milhões de habitantes, para mim isto é fantasia, mas o sistema
de radares do CNES achou uma abaixo do arquipélago de Falklands
a mais de 2 mil metros de profundidade, não sabemos a entrada
ainda, mas está lá senhor.
— Acredita nisto?
— É daquelas coisas que só acreditarei vendo senhor, eu não
duvido de algumas coisas, mas obvio, eu só acredito vendo.
— E dois mil metros de rocha seria suficiente para proteger
de algo assim?
— Senhor, o problema, é que deve ser um lugar quente, esta
profundidade nos isolaria de tudo, não tem como você viver na
superfície e a mais de dois mil metros abaixo facilmente. Acho que é
arriscado ficar muito na superfície, mas muito mais arriscado ficar
em um buraco muito fundo, onde se morreria e ninguém nem
saberia onde estaríamos.
— Acha que existe estas cidades? – Sanches.
— Alguém me disse que existe, mas vou acreditar quando as
ver.
— E vamos onde amanha?
— Sei lá. – Sorri Pedro.
— E onde sabe que nós não vamos? – Renata.
— Não iremos a lua. – Pedro.
— Algo mais específico?
— Ao Japão também não vamos.
— E porque não? – Rita.
Pedro sorri e fala.
232
— Muito longe, dá mais trabalho ir e voltar do que se divertir,
mas ainda não entendo nada de japonês.
— Duvido. – Renata.
Saíram dali, Pedro e as meninas foram fazer compra, os
senhores saíram se afastando.
— Acha que ele falou serio referente ao Sol.
— Não sei Robert, ele é uma criança, ele fala maluquices, mas
vi que alguns o levam a serio, e outros, não.
— Estranho uma criança destas, ser a ameaça de dias atrás, e
ao mesmo tempo, a criança a passear ali.
Sanches sorri e fala.
— Não sei oque faz estas orelhas, mas me sinto como a muito
não me sentia.
— Ele parece querer pensar e descontrair, e o mundo a volta,
insiste em desmoronar.
— Acho que eu não reclamaria de ter um neto assim Robert.
— Nem eu.
Robert chega no hotel, com ajuda de Sanches, entra no
Facebook, confirma a amizade do filho, e olha as imagens dele,
colocadas ali por Pedro, via celular e sorri dos comentários de seu
filho.
“Bom lhe ver se divertindo pai!”
Umas fotos estavam incríveis e viu até um de seus netos
comentar uma.
“Nunca nos levou neste lugar vô!”
Sanches viu a forma que Robert olhou a mensagem, e falou.
— As vezes os afastamos, mas eles continuam por ai amigo.
— Eu tenho de aprender, mas olhando as imagens, tem
muitos comentários, gente que nem conheço, que por ter uma
imagem de Pedro Rosa, devem estar me adicionando, mas as vezes
fico meio sem jeito.
— A sua frente é apenas uma maquina Robert, tem de ver
que as imagens ficaram ótimas.
— Algumas nem vi tirarem, obvio que o menino deve estar
com muito mais comentários na pagina dele.
— Deve, mas é bom lhe ver alegre amigo.
— Eu sorrindo com estas orelhas de Mickey, até eu estranho.
233
— O menino é especial, não podemos negar, e a nossa cara
de susto dentro daquela nave, e naquela praça que parece um
sonho, pois ela não tem como ter aquele céu azul.
— Ele em si, é a contradição, ele diz que ninguém tem motivo
para o temer, ao mesmo tempo, mostra um lugar escondido, que
tem acesso apenas na cobertura de um prédio de pedras em um
terreno vazio, onde chegamos através de uma nave invisível aos
olhos.
Sanches sorri e fala.
— Vamos ter pelo menos assuntos diferentes nestes dias,
deixa eu ir, estou já cansado.
— Eu estou um prego, vou dormir como a muito não durmo.
Os dois se despedem.
Pedro e as meninas fazem algumas compras e voltam ao
hotel.
Pedro chega ao hotel e liga para o pai.
— Fala pai?
— A linha é segura?
Pedro toca o peito, aquela luz atravessou tudo na sala,
queimando todos os aparelhos internos de escuta, Pedro olha para
Rita sorri e fala.
— Agora sim pai, fala.
— Moreira falou com Francisco, o bruxo dele, sabe de quem
falo.
— Sim, o senhor que tem uma entrada com o senhor que
quase me detonou nesta existência, prendendo Liliane em pedra.
— Nem me falou disto ainda.
— Ainda não entendi para falar pai.
— Certo, mas ele falou que os anjos e almas estão bem
agitadas, que apenas uma pessoa falou para Francisco que não era a
hora definitiva ainda, embora muitos provavelmente morrerão, não
é a extinção ainda.
— Quem?
— Não sei se conhece, Daniele.
— Ele falou o que a moça falou?

234
— Que um salvador surgiria e resolveria parte do problema,
mas que era para Francisco não alardear isto, que com a ajuda o
humano sobrevive, sem a ajuda, todos morremos.
— Porque ela pediu para não alardear?
— Para não criar mais resistência a quem já terá resistência.
— Certo, precisamos saber quem é o salvador e o ajudar pai.
— E se for você filho?
— Dai sinal que vou resolver o problema, mas se não for,
temos de o ajudar pai.
— Certo, vou insistir para saber se Francisco não falou nada
sobre quem é o salvador.
— Pai, existe algumas chances, 3 delas eu conheço, uma seria
eu, a segunda, Peter Carson e a terceira um menino chamado Kevin
Pereira, mas este nem sabe quem é ainda.
— E como você saberia de alguém que nem sabe?
— Vi este menino em minha vida, coisa de um querubim, mas
o problema, é que o tamanho dele, pode ser antes do evento, já
que temos um intervalo de 4 anos para isto.
— Certo, existe outra chance?
— 7 bilhões delas pai, não tenho a menor ideia.
— Vou falar com eles, mas se cuida.
— Estou me cuidando, e me divertindo, quando o Bernardo
tiver tamanho, vamos vir juntos aqui.
— Se estiver ai.
— Pai, ouve, uma geradora falou que um salvador vai surgir,
uma geradora é superior a este Deus de Francisco.
— Nunca entendi isto.
— Francisco sempre foi induzido pelos anjos de proteção do
ser que administra esta parte do universo, já a geradora, é por onde
os seres de criação vem ao mundo, é algo superior aos seres de
criação, inferior aos anjos reais.
— Certo, uma chance destas não se desperdiça, vamos focar
nisto.
— Sim pai, vamos focar nisto, e confiança, vamos ver o
Bernardo correr por este parque ainda.
Gerson sorriu e olhou para Patrícia com o Bernardo ao colo.
— O que ele falou que lhe fez sorrir?
235
— Ele fala coisas que não sei explicar.
— Coisas?
— A existência de seres tão antigos que qualquer coisas que
eu consiga imaginar de tempo, é um por cento do que estes seres
viveram.
— Sobre o problema?
— Ele recebeu bem a noticia que passei de Francisco, pareceu
acreditar que tem uma saída.
— E ele vai fazer oque?
Gerson olha a crônica do filho chegando e fala.
— Induzir que não tem uma saída.
— Por quê?
— Diminuir a resistência, ampliar sua utilidade, mas o
principal é não despertar quem não o quer fazendo isto.
— Acha que dará resultado?
— Não sei Patrícia, mas estou tentando ajudar, mas sei que
ele deve estar a beira de uma confusão, ele quer manter o foco,
amanha cedo vou conversar com Francisco, sei que tem coisa que
não sei se é bom os demais ouvirem, ou eu ter de ficar pensando se
vão ouvir.
Patrícia sorri e Bernardo olha para Gerson abrindo os imensos
olhos, e sorrindo.
Rita abraça Pedro desligando e olha ele selecionar uma
crônica entre 3 escritas e passar a seu pai.
— Sorriu, algo de bom?
— Talvez, gosto de ter uma chance, mesmo que seja apenas
uma chance com muitas mortes.
Os dois se abraçam, Joseane abrasa os dois, e Renata os
abraça e fala.
— Sabe que as vezes estranho a forma que os demais nos
olham. – Renata.
— Espere maiores complicações. – Pedro sorrindo.
Rita olhou Pedro que foi ao banho.

Dallan olha para a tenente Sabrina Jones e pergunta.


— O que tanto olha ai?

236
— Não sei, tem coisa que as vezes não entendo, ligações de
pessoas que desconheço, mas que interferem na historia.
— Quais?
— J. J. Moreira ligou para um senhor, Francisco Pombo, este
senhor, ouviu as indagações de Moreira, Gerson perguntou se algo
estava estranho e o senhor falou que não, mas as almas e espíritos
estavam muito agitados. Moreira explicou para o senhor o que
estava acontecendo, o senhor ligou para alguém do Vaticano, pensa
general, eu não saberia para quem ligar no vaticano, um amigo de
Gerson Rosa, liga para uma única pessoa e esta liga direto ao
vaticano, a conversa foi entre farpas, parecem não gostar do
senhor, o chamam de bruxo, este Francisco Pombo, mas logo após
isto, esta pessoa, ele não falou o nome, foi apenas um tratamento
de bispo, ligou para um senhor que haviam mandado atrás de
Pedro, ordem, matar, de nome Pablo, e cancelam a operação, que
agora ele deveria tentar proteger o menino.
— Por quê?
— Não entendi, ao mesmo tempo, temos uma ordem de
agentes do Mossad para Máximos, para ele tentar deter e
interrogar Pedro Rosa.
— Este senhor faz oque?
— Caça Fanes, lembra disto General.
— O aliado virou inimigo, mas por quê?
— Uma frase, deste Francisco ao Bispo, “sei que surgirá um
Salvador que evitará o pior, mas temos de ajudá-lo senhor.”.
— E o bispo resolveu no lugar de matar, proteger o menino?
— A ordem foi para outros, que eram perseguidos também,
mas que conhecemos, o menino.
— Quem mais?
— Não sei o que tem nesta cidade que tenho de olhar no
mapa toda vez para dizer onde fica, Curitiba, mas a ordem atinge
outras três pessoas, que poderiam estar na cidade, Madalena
Gutierrez, Peter Wasser, Jorge Rodrigues, para os deixar agir.
— Não entendi.
— Senhor, pensa, algo especial tem de ter naquela cidade,
pois estamos falando de uma lista de 6 nomes que o vaticano

237
manda tentar proteger ou tirar os pesos das costas, 4 deles são da
cidade de Curitiba.
— E ninguém vai falar nisto.
— Não, um grupo de pessoas está se mexendo na cidade do
Cairo, não sei o que vai acontecer, mas enquanto um grupo da
Opus, um grupo do Mossad, vão a Disney, uma leva de cientistas
estão terminando de montar em Cabo Canaveral uma imensa Vela
dentro de um buraco, Banneker passou uma mensagem para Pedro
que deveria ter a vela pronta no final de 3 dias, e não em uma
semana.
— Eles vão antecipar?
— Pelo que entendi, eles precisam lançar uma para começar
a montar a próxima, os intervalos de 15 dias dos lançamentos, é
para estarmos em posições diferentes do Espaço, teremos a visão
diferente do sol narrada por 8 velas solares que vão de encontro ao
sol.
— E será que é o menino que temos de proteger.
— Dallan, eu recomendo segurar a informação.
— Por quê?
— O menino precisa, assim como nós, para fazer a pesquisa e
lançar as naves, e pelo que diz a redação do Jornal do menino, ele
vai jogar, ele não vai deixar eles acharem que a saída é fácil.
— Certo, se falarmos que existe um salvador, eles podem
inverter as coisas e ainda piorar as coisas, e não temos ainda a
posição se vai ou não ter o evento.
— Isto mesmo General.

238
239
Conversa de Malucos
Digamos que quando pensamos em algo,
e nos imaginamos sendo ouvidos, falamos tudo
as avessas, as vezes é paranoia, as vezes medo,
as vezes, desconfiança da própria sombra.
Dizem os estudos sérios, si é que posso
levar a psicologia a sério, que a cada quatro
pessoas, 3 são malucas, então estaríamos
cercados de pessoas potencialmente perigosas.
Agora pensa, se cada 3 em 4 psicólogos
forem malucos, como posso confiar nestes dados, pois isto quer dizer
que podemos ter um quarto de malucos, no lugar de três quatros, ou
podemos ser todos normais e os psicólogos serem os malucos, ou pior,
ou melhor, depende do ponto de vista, todos sermos malucos.
Agora imagina você pensar nisto e tentar comunicar alguém, sem
falar o que a pessoa esta querendo, mas a convencendo do seu ponto
de vista, se alguém se perder na conversa, pode se considerar
inteligente e sã, mas em meio a isto a pergunta, se três quartos são
malucos, como posso confiar neles, não poderia, dai se eu informar uma
grande tragédia, os loucos são os que não entrarão em pânico, olho em
volta e sorrio, acho que todos somos malucos mesmo.
Dai me ocorre, o que vocês vão fazer agora, que sabem que são
todos malucos, e o cara ao lado, pode ser mais maluco que você, tem
coragem de encarar? Ou vai se comportar?
Bom dia mundo de malucos.
Gerson Travesso
Curitiba, 19 de Julho de 2011

240
As vezes perco o pique, as vezes me olho
no espelho, e por mais que as pessoas pensem,
ele tem a solução, estão olhando a fama, que tal
olhar pra mim, e me ajudar?
Que tal pararem de jogar peso nas minhas
costas e me ajudar a carregar, eu não consigo com
metade do meu peso, e peso pouco.
Parei para escrever esta crônica, e me
deparei com uma pergunta.
A culpa do acontecido é minha?
Todos em volta sabem que não, então
porque estão jogando o peso apenas nas minhas costas, se for assim, e
meus joelhos não aguentarem o peso, sabem o que vai acontecer.
Estou pedindo trégua, pois não é hora de guerras pessoais, é hora de
crescermos e fazermos, é hora de tentar achar saídas, achar proteção, achar
caminhos a trilhar, mas preciso de vocês pensando, não me jogando pesos.
As vezes acho que vocês esquecem de me olhar, ficam apenas no
que os demais falam de mim, e o que conseguimos?
Ontem estava prestes a oferecer ajuda, estrutura e dinheiro para
manter uma reserva a oeste da Florida, e não o fiz, por quê?
Porque a pessoa antes de me ouvir, pergunta o que estão fazendo
dando estrutura a este estrangeiro?
Desejo mesmo que as pessoas se mostrem necessárias, uteis,
inteligentes, podem ser todas malucas, mas não quero amebas, não quero
bairrismo idiota, não quero idiotas ao meu lado, e se generais só sabem
falar alto comigo, e se cagam para um servidor inútil, porque tenho de
ajudar?
É fácil colocar 30 escutas em um quarto que comprei a reserva a 15
dias, querem tentar mesmo me escutar se não quiser ser escutado?
Sei que ontem perdi um dia, espero mesmo Donald que este dia não
seja a diferença entre a vida e a morte, espero mesmo que a sorte esteja ao
lado de muitos, pois o que vi, foi acomodados, querendo que eu resolva,
mas dinheiro na conta, nada ainda general.
Querem prioridade, querem que eu saia de minhas férias, que tal me
pagarem, me proporem, me escutarem, odeio a ideia de ver tudo a volta
desmoronar, mas posso garantir que odeio mais idiotas, bairristas e lesmas
do que gente me desafiando e tentando me matar.
Vou a meu terceiro dia em Orlando, querem saber o que fiz, é só
olhar as imagens na pagina do Facebook, mas não vale ciúmes esta hora,
não é hora para isto.
Pedro Rosa

241
Pietro olha para Carlos entrando pela porta, olha em volta e
pergunta.
— Podemos conversar?
— Problemas?
— Sim, entendeu o problema? – Carlos.
— Acho muito maluquice isto.
— Pietro, a chance de acontecer existe, é altíssima, o que
Pedro quer saber, vamos passar ou não dentro desta nuvem, e se
vamos, tamanho, ângulo, tempo de passagem.
— Ele tem ideias pelo jeito.
— Sim, mas tudo depende se vamos atravessar a nuvem, ou
sermos atravessados por ela, isto é questão de ângulo de
divergência, mas que faz toda a diferença para o sistema natural de
proteção, e para nossa reação.
— Porque veio falar.
— Pedro precisa de ajuda, e não sei mais para quem correr.
— Acha que vai acontecer.
— Até ontem a noite, Pedro achava que não, agora ele sabe
que se não fizermos nada, morremos.
— E como ele sabe?
— Algo referente aquele ser que anda ao lado dele.
— Certo, não é mais possibilidade, é realidade, e o que
temos?
— Podemos defender os nossos, enterrar alguns, aumentar a
umidade do ar, mas não sei ainda.
— Por quê?
— Ele quer 20 ou trinta formas de agir, para podermos passar
por isto, para se cada uma destas barrar 5% do problema ninguém
sentir o problema.
— E temos estas ideias?
— 5 ideias, falta muito, e todas duvidosas.
— Certo, e quer apoio.
— Todo que conseguir Pietro, é o planeta que estará em
perigo, o menino agora quer saber quando, ele já sabe que vai
acontecer, então ele vai acelerar.
— E puxar os demais olhos para ele.

242
— Nos dar chance de trabalhar, sabe que eles pensando que
estamos em férias, fica mais fácil.
— Eles vão odiar isto.
— Que odeiem, mas comecem a se mexer.

Dallan estava dormindo, quando o telefone o acorda, olha o


relógio, fuso horário diferente de Washington, só poderia ser.
Atende o telefone e ouve.
— Me confirme a situação Dallan. – General Donald.
— A situação, eu estava sonhando General, aqui é três da
manha e fui dormir a uma.
— O menino parece não me respeitar, me desafia em uma
crônica hoje sedo.
— A pergunta Donald, defendeu a ideia, ou se calou, diante
dos administradores locais ontem?
— Sabia disto?
— Não respondeu.
— Ele é um estrangeiro, sabe disto, queria que entrasse nesta
discussão?
— Ele deixou claro que ele sozinho, não consegue, não vai dar
tempo, o que está fazendo além de me ligar General, já que me
acorda, mas o que fez antes de me acordar?
— As escutas no apartamento dele pararam de responder.
— Ele cansou de brincar de casinha com a CIA, eles não tem
nada para ouvir lá, o que eles estão fazendo além de atrapalhar
Donald, eu tenho de concordar com o menino, você que já esteve
diante dele, deveria entender, ele é uma criança, jogar sobre ele
todo o peso disto, não vai funcionar, ele desaba, nós morremos.
— Mas porque ele está pegando pesado com nós?
— Ele quer apoio, não peso, ele ia propor algo ontem em
Homosassa, mas nem ouviram ele, sabe que ele não é fácil Donald,
acha mesmo que ele é fácil.
— Ele vai fazer oque?
— Vai lhe por na parede, e terá de decidir Donald, vai estar
entre os que ajudaram a nossa sobrevivência ou vai a favor dos
malucos que estão chegando em nossa nação para o matar?
— Mas quem seria maluco a este ponto.
243
— Existe até um grupo da CIA ainda com esta ordem, lhe
alertei disto a 3 dias, eles continuam armando, e você fazendo de
conta que não estão lá, mas talvez ele tenha razão, bairristas,
idiotas e amebas, temos de deixar de lado nesta hora.
— Está me ofendendo General.
— Então para de se comportar como uma criança, parece
torcer para ele morrer, só para não dever mais nada para ele, você é
uma incógnita general, cresce, pois a provocação do dia, é para
você, e pode esperar, todos amanha vão estar lhe ridicularizando.
— Não entendi.
— Amanha entenderá.

Pedro acorda cedo e desce a Lan House, coloca as imagens, e


começa a fazer comentários online, e depois instruções para
muitos.
Estava a falar com Pietro quando um senhor para ao seu lado.
— Podemos conversar? – Máximos.
Pedro o olha e fala.
— O que quer Máximos, me matar de novo?
— Minhas ordens são lhe levar, vai por bem ou por mal.
— Por imposição, com certeza.
— Não entende que cumpro ordens.
— E o que querem comigo, vocês prenderam aquela menina,
uma péssima ideia, tentaram me matar, me colocaram no caminho
do trono novamente, pois quase morri desta vez, e quer oque
Máximos.
— Não discuto ordens.
— Então some da minha frente Máximos, você não é homem
para enfrentar problemas, mata crianças, mulheres, velhos, mas
não gente armada ou perigosa, você é um covarde. – Esta parte foi
falado alto, os seguranças vendo aqueles senhores armados, os
afastam, e Máximos fala.
— Acha que escapa.
— Cuidado, pode ter o mesmo fim de Liliane Máximos, mas o
seu fim será mais dolorido.
— Me ameaçando? – Máximos fala serio, mas sente alguém
pegar no seu ombro.
244
— Ele não Máximos, mas some, pois se tocar nele, desta vez
não chega em casa. – Pablo olhando para Máximos, Pedro olha sem
entender, mesmo para ele, a proteção não viria desta parte, estava
sempre com o cristal para evitar isto.
— Acha que fala com quem?
— Como o menino falou, um covarde que mata até recém
nascidos, pois alguém ordenou, não por serem perigosos, você é um
covarde, sabe que é, autorizou uma operação para a morte do
menino, e ainda tem coragem de estar aqui? – Pablo.
— E vocês, mudaram de lado? – Máximos.
— Eu sim cumpro ordens, você não, faz o que bem entende
Máximos, ninguém naquele dia tinha pedido a morte do menino,
você queria pegar a Fanes, e viu na possibilidade de matar o menino
um empecilho a menos, como ele disse, coisa de covarde.
Robert chega ao lado e pergunta olhando para Pedro.
— Problemas?
— Só começando Robert, a direita, Máximos, Mossad, ordem
me matar, a esquerda, Pablo, OPUS DEY, não entendi a posição
deles ainda, e não vamos facilitar hoje.
— O que quer dizer.
Pedro pega um chapéu da mochila e joga para o senhor e fala.
— Hoje é provocação, para um general do Exercito
Americano, chamado Donald, alguém bem pior que esta criança do
Mossad, que se acha grande coisa.
— Vai sair das férias?
— Eu vou passear, eles que tentem seguir hoje.
— O que fazia ai?
— Terminava de somar as imagens, quero todos olhando
hoje.
— Todos? – Pablo.
— Imagem de uma base de proteção, de um veiculo aéreo
secreto, por dentro e por fora.
— Você é bem mais maluco do que eles pensam menino. –
Robert olhando Pablo fazendo sinal para os seguranças tirarem o
senhor dali.
Sanches chega a eles e pergunta;
— Onde vai ser hoje?
245
Pedro lança a boina de marinheiro do Donald para Sanches e
fala.
— Epcot, não vamos arriscar muito hoje.
— Arriscar?
— Sanches, hoje, abaixo de onde estão, a mais de 60 metros
de profundidade, surge uma base como a que viu ontem na costa
Oeste, mas ainda é rocha.
— Porque disto? – Robert.
— Se for acontecer, não quer ter onde se esconder Robert?
— Mas e meu filhos, meus netos, a Mary?
— Isto é a parte mais difícil Robert, as pessoas acreditarem na
loucura, e pior, não esquece, eu estarei até o ultimo segundo
tentando evitar, no fim, o maluco sou eu.
— E resolveu provocar?
— Senhor, eu ofereci ajuda, mas um grupo querendo me
matar entra no Pais de vocês como se fossem liberados a isto, ainda
existe um grupo da CIA querendo me matar, em um plano para isto,
e estes Generais, que dizem querer minha ajuda, parecem torcer
para estes conseguirem me matar ou me tirar do serio.
— E não quer perder a calma.
— Calma é algo que tenho de aprender o significado, não sei
ainda lidar com algumas coisas, e sei, terei de aprender.
— Mas pelo jeito tem defesa de onde não se imagina, OPUS
DEY é coisa para religioso.
— Fé é bom, mas não entendi isto ainda, depois ligo para
alguém que me explica isto.
— Alguém?
— Robert, a CIA encheu este prédio de escutas, a do meu
quarto eu tirei, mas tudo que falamos aqui, eles ouvem.
— E não quer facilitar.
— Cansei de gente que não olha para o lado, não lê as novas
instruções, dizendo, não o matem ainda, e continuam ali, burros,
inertes, com a mira em mim.
— E estes chapéus?
— Tentando chamar atenção.
— E não se preocupa com isto? – Sanches.

246
— Sanches, o dia começou atravessado, mas obvio, algo
sempre está fora do lugar.
Renata entra assustada e fala.
— Os seguranças colocaram um grupo que estava nos
forçando a sair pelos fundos para fora.
— Quem?
— Falando Hebraico.
— Dragões de Abraão.
— O que eles querem?
— O que não conseguiram em Nazaré.
— Idiotas. – Renata.
Rita abraça Pedro e fala.
— Sempre vai ser assim?
— Pode ser que não, mas desculpa as deixar lá sem proteção.
— A segurança chegou rápido, os rapazes tentaram dizer que
eram amigos, para não se meterem, mas aquele Pablo estava lá e os
apontou um por um, não entendi. – Rita.
— Nem eu, vamos andar que parados viramos alvo.
— Onde? – Robert.
— Um café forte, mas hoje vamos tomar café em um lugar
diferente.
O grupo entra para o parque e caminham no sentido da
Epcot.

Dallan chega a base e olha para Sabrina, debruçada em


imagens de satélite e pergunta.
— Caiu da cama? – Dallan.
— Aquele Donald, resolveu me acordar e me pressionar, me
ameaçar, queria dados, perdi o sono.
— Pensei que ele apenas me perturbasse.
— Pior é que tenho dados de satélite da manha, bem sedo
que não consigo confirmar.
— Por quê?
— Agora não parece ter nada, mas dois satélites pegaram
mudanças de calor bem sedo.
— Um daqueles campos do menino?

247
— Deve ser, mas a pouco houve um quase confronto entre
Opus e Mossad no hotel do menino, e a CIA ao longe não falou
nada, não relatou, parecem querer ver o circo pegar fogo.
— Dá para matar apenas estes idiotas?
— Quem dera, mas olha isto General. Estou montando um
mapa, com os dados que não estão mais lá. – Sabrina coloca uma
imagem de satélite de parte da florida no mapa.

— Nesta passagem de satélite, afastada, vemos a base em


Homassassa, e vemos mais três bases de mesmo tamanho.
Dallan aproxima-se e fala.
— Tem as localizações?
— Estou acertando os dados Dallan, mas ele fez um segundo
buraco no Cabo Canaveral, mas este, está a mais de 120 metros de
profundidade, e vai a 200 metros, agora sim, uma base de proteção.
— Tem como saber onde?
Sabrina meche em alguns dados, puxa outros e em meio a
uma imagem meio distorcida, puxa as primeiras imagens
aproximadas, e põem na tela.
248
— Esta fica abaixo de uma reserva ao norte de Orlando, existe
no local o inicio da construção de um parque aquático da empresa
Rosa Inc.

249
— Esta fica abaixo da base aérea de MacDill.

— Esta é a imagem atual do cabo Canaveral, que agora sim,


tem uma superbase de sobrevivência em anexo.
— Então enquanto os demais tentam o deter, ele fazia bases,
na Florida, imensas, e agora não se vê nada?
— Sim, foram rápidas, pegamos de madrugada, mas obvio,
eles não deletaram de lá, eles apenas esconderam, não querem
deixar dados a qualquer um Dallan, eu gosto desta precaução do
menino, mas sabe que Donald é menos compreensivo.
— Donald continua procurando um motivo para se dar bem
em meio a crise. E o menino está onde agora?
— Spaceship Earth, todos com boina de Pato Donald.
— Ele saiu da defensiva, ele não gostou do que viu pelo
sistema, Donald e este pessoal esquecem que o forte do menino, é
programação, invasão de sistema, ainda lembro dele se propondo a
invadir nosso sistema em segundos.
— E obvio, ele pode parecer quieto na dele Dallan, mas duas
coisas mostram que não está, três na verdade.
— Quais?

250
— O buracos imensos no estado que ele está, não em outro, a
crônica dele, e principalmente as contas bancarias da empresa dele.
— Muitos confirmando?
— Não sei a organização total Dallan, mas Pietro ligou para 10
grupos de funcionários que estavam esperando, quer dizer, ainda
estão, que o governo devolva o equipamento das fabricas de vinho,
e os colocou em escritórios em 10 regiões, levando os que já
pagaram, os passando os cartões de entrada, senhas, e confirmando
os locais e acessos.
— Ele já está entregando alguns?
— Dallan, ele está com problemas sérios para resolver, ele
está com quase tudo pronto, e ao mesmo tempo, todas as bases
grandes faltam algo, falta de encanamentos, falta de camas, falta de
fiação, falta de bombas d’água, tem muita coisas e empresa
correndo para os atender, mas se procurar hoje alguns modelos de
colchoes na Florida, não vai achar.
— Ele está montando rápido, mais rápido do que as fabricas,
é isto?
— Ele sabia que seria assim, ele priorizou uma, aquela ele
acabou, tinha tudo, agora dizem que existe uma entrega de 200 mil
camas e colchões que só chega o mês que vem em Cabo Canaveral.
— Mesmo assim, ele é muito rápido.
— Sim. Mas ele não vai precisar de 200 mil camas general e
sim de mais de um milhão delas até agora.

Pedro abraçava Joseane quando um senhor parou a sua


frente e falou.
— Acha engraçado estas boinas? – General Donald.
— Algum problema General?
Robert e Sanches olhavam ao longe, Rita chegou ao lado dos
dois, pois não queria ir ao meio da encrenca.
— Esta me ridicularizando e pergunta?
— Acho que a boina cabe a Disney, não tem competência
para uma mínima fragata General. – Pedro. Robert ao fundo olha
assustado, pois o menino não era de meias palavras.
— Acha que tenho medo de você?

251
— Não Donald, eu não lhe ameacei, para ter medo de mim,
sabe disto, quero reação, gente pensando e se esforçando, mas se
está a minha frente, sinal que não entendeu, não quer entender,
quer um cargo que digam, fui eu que salvei o mundo, mas quer isto
sentado a sua cadeira, volta a ela General, pensei que era homem
do exercito, onde tem guerreiros, gente de garra, trabalhadora e
esforçada, capaz de cumprir ordens sem contestar, mas pelo jeito
não entrou pela porta da frente, né general.
— E porque da boina?
— Quem sabe alguém pare e pense, pois você não pensou, a
maioria não pensou, esqueço que querem as coisas mastigadas,
mas uma dica Donald, eu tenho como abrir um buraco rápido, mas
tem coisas que entrarão no buraco, dentro de 8 ou 10 meses, não
por não os querer por agora lá, mas por não existir sobra no
mercado para isto, não ter como fabricar além do consumo normal,
você está ai arrotando arrogância, sei que não sou fácil, mas eu
estou pensando no problema, e o senhor?
— Mas já entregou alguns, soube disto.
— Eles já pagaram, o secretario diz que quer que construa,
mas meu dinheiro, que me permitiria acelerar estas compras, não
está na minha conta.
— Ele quer conversar.
— Já o convenceram que me tomam as bases e não precisam
me pagar Donald, um aviso, eu sou ruim, não tenho medo e nem
esta coisa de peso por mortes, para mim todas vão a Deus, então
posso devolver o intervalo dos centrinos, assim que estiverem todos
lá, vocês morreriam sem sentir amassados as paredes da rocha.
— Agora é uma ameaça.
— Tenta não me pagar, assim que me pagam, passo o
controle para quem comprou, e dai eles que se virem.
— Ontem parecia não acreditar.
— Você não é burro General, para de achar coisas, pois se eu
não acreditasse, não estaria financiando a NASA, que vocês
deveriam estar pondo dinheiro nesta hora, para ajudar, mas o que
faz aqui General, me sinalizando para seus amigos da CIA, avisa eles,
eu não tenho medo e nem pena de amebas.
— Eles não lhe respeitam.
252
— Talvez esteja na hora deles saberem, já que lhe
grampearam, que eu pessoalmente mandei Bellamy, ao caminho
dos mortos, e que toda ameba irracional e demente da CIA, que
num momento destes, com seu apoio Donald, quer me matar,
considero inimigo de todos os humanos, e desculpa, me condenem,
pois eles vão sumir.
— Acha que eles tem medo?
— Diz para eles, que vão para o mesmo buraco de Bellamy, e
se aqueles Dragões bobearem, eles tem um Querubim que já está
irritadíssimo com eles, aqui eles não terão interferência de um Anjo
para os ajudar.
Donald estava acabando com a calma de Pedro.
— Acho que não entendeu que não gosto de você menino, e
só quero saber como comanda tudo, mas obvio, não é você que faz,
é a vitrine, quando achar quem o substitui, pede ter certeza, você
some.
Pedro pega o celular, olha para o general, aperta o 22 e fala.
— Remonta Tampa e Comptche, e prepara o terceiro ponto,
se precisar, paro o pais de novo.
Donald viu o menino olhar para o senhor e falar.
— Quer guerra General, melhor saber conter a merda na
frauda, pois vai se cagar.
Pedro toca o peito, estava chato, toca Joseane, que olha tudo
parado, chegam aos demais, Robert olha o menino a sua frente,
olha tudo parado, ele tocar em Sanches e falar.
— Vamos sair daqui, este general acabou com meu dia,
melhor trocar os planos.
— Onde? – Rita.
— Tampa.
— Como? – Robert.
— Vamos ter de subir pela escada Robert, aguenta?
— Por quê?
— Estática temporal, elevadores não funcionam.
O grupo volta pelo caminho, desviando as pessoas, sobem
para o quarto e Pedro abre sua mala, pega um tecido, parecia uma
colcha, estica a parede, liga o sistema, liga e os demais o veem tocar
o peito e o som voltar, pela janela ao fundo, Pedro ativa o portal e
253
atravessam para a base que estiveram no dia anterior, saem e ele
toca o peito novamente.
Entram em uma nave, acionam ela e com o tempo mais lento,
decolam no sentido de Tampa.

Donald estava chamando a atenção com aquela discussão, e


de repente apenas vê o menino tocar o peito, o menino some, olha
em volta, ninguém que estava com ele estava mais ali, um rapaz
chega a ele e pergunta.
— Onde ele foi?
— Me confirma a afirmação, ele vai aprontar.
O rapaz olha em volta, e fala.
— Ninguém ainda tem a posição afirmando que ele está em
algum lugar.
— Um dia tenho de entender isto.

Pedro liga para o secretario de Segurança e pergunta.


— Secretario, é Pedro Rosa.
— Fala menino?
— Não vão querer os buracos, não querem ajuda, o que está
acontecendo?
— Do que esta falando?
— Donald colocando para dentro do pais pessoas do Mossad
para me raptar, dois grupos da CIA com ordem para me matar, e
nada de dinheiro vindo dai, parece que somente eu levo a palavra a
serio secretario.
— Esta onde?
— Voando para Tampa, lá sei que tem um lugar que vocês
não conseguem entrar.
— Vai reativar aquilo?
— Vocês não estão me dando opção Secretario. Vou fechar o
caminho para as novas bases na Florida, e vou esperar o dinheiro na
conta, vocês não estão me levando a serio.
— Vou verificar os acontecimentos, mas me liga antes, se for
reativar.

254
— Lhe ligo no fim do dia, até lá estou passeando, se Donald
no lugar de trabalhando estiver ainda me seguindo, com gente da
CIA e Mossad, pode considerar que estarei em guerra novamente.
Robert olha para Pedro e pergunta.
— Agora vi você ameaçar, e vi algo que não entendi, saímos
do lugar com todos parados, e depois atravessamos uma parede
para longe de lá.
— Robert, era para ser um dia calmo, Epcot é para dia calmo,
e olha eu me metendo em encrenca novamente.
— O que o general quer? – Sanches.
— Entender quem constrói para mim, para pressionar e se
livrar de mim, o que mais.

Um repórter de nome Denis da CNN estava na Disney para


tentar falar com Pedro Rosa, ele lera a crônica em Português,
mostrou as fotos para o diretor e ele autorizou a ida dele lá, estava
quase em Pedro quando foi barrado por militares, filmou o senhor
do exercito lá, viu o menino sumir e todos olharem em volta, uma
coisa era dizer, ele faz, outra é ter a filmagem e a reação de todos.
A imagem do menino na Disney se divertindo, primeiro foi um
choque, muitos o tinham como terrorista, e o menino estava ali,
com namorada e estranhos, para muitos algo inimaginável, dai a
discussão sem muito áudio, mas a discussão em um volume alto,
chamando a atenção, e depois o sumir do menino, dos que estavam
com ele, parecia uma montagem, mas o repórter viu com os
próprios olhos.
A reportagem vai ao ar e o secretario olha para o presidente.
— Quem mandou Donald lá presidente?
— Ninguém, mas o que o menino falou?
— Que esta indo para Tampa, ele já deve estar lá, disse que
se tiver de se proteger, vai reativar a esfinge.
— Ele estava quieto, o que o General fez?
— O menino foi claro, ele deu entrada a um pessoal do
Mossad que o quer raptar, e apoio aquele grupo da CIA que parece
não obedecer a logica senhor.
— Pior que o menino estava fazendo as coisas acontecerem,
e agora, o que fazemos?
255
— Não sei senhor.

Pedro olha para o campo onde estão, toca o chão, sente a


energia, a base estava ali, mas oculta, a mesma ressurge afastando
os militares ao longe, ele acessa o sistema de Comptche pelo celular
e a pirâmide ressurge afastando curiosos muito próximos.
Pedro olha para os demais e pergunta;
— Sei que me meto em problemas, mas estão bem?
— Estamos em Tampa, eles devem estar querendo saber
como chegamos aqui.
— Robert, o problema é que ameaço para não fazer, mas eles
sempre me induzem a usar estas coisas.
—Ouvi falar desta esfinge, mas de perto é bem mais incrível.
— Vamos a um parque pouco agitado na terça, e acalmamos.
— Não para? – Sanches.
— Eu estou em uma analise de mercado, neste instante,
preciso gastar dinheiro com o que pediram, mas eles não
depositaram os recursos, então tenho de passear Sanches.
— Recursos? O que eles estão pechinchando.
— Um trocado.
— Sei, você nunca fala de trocado. – Renata.
— Pensa mana, eu gosto de dinheiro, gosto de ideias, e gosto
de dar trabalho aos demais, mas sem o dinheiro, não consigo.
— E porque precisa destes recursos.
— Acelerar produções, as vezes não nos tocamos que todas
as lojas de moveis de um estado como a Florida, não tem um milhão
e meio de camas para vender a pronta entrega.
— Quanto? – Sanches.
— Ouviu, vamos pegar o carro e vamos ao parque, já falaram
que estamos aqui.
— Mas nos verão saindo.
— Robert, eles viram a gente entrar, sair é outra historia.
— E vamos onde?
— Adventure Island.
— Pelo jeito iriamos passar aqui qualquer dia?
— Talvez em 5 meses, mas se estamos aqui, vamos passear.

256
O grupo sai, anda naquele tempo estático, e depois de 10
quadras, o tempo volta, pegam uma condução e vão ao parque.

Pietro passa as instruções para os funcionários nos Estados


Unidos, pois não queria nada saindo do controle.
Desmarca as entregas da tarde, explica que era para os
senhores, e não para os militares aqueles lugares.
Pietro vê o pedido do Presidente, acessa o sistema de
segurança dele e vê o que falaram antes, sacode negativamente a
cabeça e olha para Call entrando.
— Temos 20 mil vendidos e pagos Pietro.
— Estes políticos me irritam, que fiquem para depois, eles
querem nos enganar, que fiquem sem nada.
— Porque me chamou?
— Pedro está chamando atenção sobre ele, não sei o que ele
vai fazer, mas ele acaba de reativar Tampa e Comptche.
— Problemas pelo jeito.
— Tem general que uma hora é aliado, 30 segundos depois é
inimigo, e quando pressionado, é capaz de voltar a se fazer de
aliado, mas estes são perigosos.

Gerson liga para Pedro, que estava ao lado de uma praia


artificial bem modesta, sentado em uma cadeira de praia.
— Fala pai.
— Não sei o que fez, mas o embaixador Americano me ligou e
pediu para lhe acalmar, que estão em paz com você.
— Ainda estão pai, mas não tenho a calma que deveria ter.
— Você enfrenta, mas sabe que terá problemas em ficar ai
assim que desligar.
— Sim. – Pedro fazendo sinal para os demais que iriam mudar
de parque.
— Francisco disse que o vaticano revogou o pedido de sua
morte, e deu carta branca para pessoas que só você fala filho.
— Os perseguidos da cruz em minha cidade, aqueles que não
existem?
— Jorge eu sei que existe Pedro, mas o narrar do
acontecimento é de assustar.
257
— De assustar?
— Após dois dias de escuridão total, um dia de céu amarelo,
em fogo, de raios estranhos, de explosões, por todo planeta, muitos
em pânico, mas segundo Francisco, assim que o evento acontecer, a
perseguição ira ser pesada ao salvador.
— E quando não é pai.
— Se cuida.
Pedro olha um senhor chegar a ele e falar.
— Senhor Pedro Rosa?
Pedro concorda com a cabeça.
— Gente chegando em 10 minutos?
— Saída?
— Nave no estacionamento senhor. – O senhor com jeito de
militar, mas nitidamente tentando se passar por um turista.
— Trouxe os óculos?
— Sim.
O senhor alcança os óculos e o grupo vai ao estacionamento,
e olham em volta, Pedro alcança os óculos, eles olham em volta e se
deparam com a nave estacionada no ponto bem ao fundo, onde
estava isolado, pois não existia carro para tanto.
Chegam a nave, entram e ao fecharem a comporta, ao fundo
se viu carros pararem a frente, entrarem forçando a entrada, e
Pedro pega seu celular e filma aquilo.
Pedro liga para o Secretario e pergunta.
— E dai secretario, não vai mesmo segurar a CIA?
— Pedi para eles não agirem?
— Meu pai me ligou, e estão invadindo a força onde eu
estava, a pergunta continua senhor, vai os segurar ou não.
— Sabe que são teimosos.
— Diz para eles que no fim do dia, estarei no Hotel que estou
hospedado, quem quiser conversar, apareça.
— E quem não quiser conversar.
— Que Deus os recebe senhor, que Deus os receba.
Pedro esperou o agito entrar, ligou o motor, de fora se ouvia
o assovio do ar, mas não se via de onde vinha, a nave toma altura e
começa a voltar.
— Onde vamos? – Renata.
258
— Ver um parque que não está pronto. – Pedro.
— Vamos invadir um lugar? – Robert.
— Isto será parte do que Sanches administrara.
— Um parque quase pronto?
— Estava com problemas de investimento e alguém com
problemas de capital, e propus uma sociedade no parque.
Voltam a leste no sentido de Winter Haven, ao lado de um
lago, se via a grande obra, param sobre o que era um futuro
estacionamento ao sul da construção, a nave fica visível, os
funcionários olham para aquela nave abrir, e o menino sair dela
com 3 meninas e dois adultos, caminham no sentido de um senhor
em seu terno caro, na entrada, Rita olha para a fachada, onde tinha
um anuncio de inauguração em dois meses da Legoland Florida.
O senhor olha o menino e olha para os senhores as costas,
olha o menino de novo, e pergunta incrédulo, isto fazia Pedro sorrir
por dentro.
— Deve ser Pedro Rosa?
— Sim, deve ser Richard Lord.
— Sim.
— Senhor Richard, quem vai administrar meus parques na
Florida, é Jose Sanches.
O senhor olha o senhor Sanches, sabia quem era, um dos
nomes fortes na criação dos parques náuticos da Disney.
— Foi procurar um profissional, isto me agrada menino.
— Como estão as obras?
— Avançadas.
— Bom, pode me apresentar no que investi senhor?
— Sim, vamos entrando.
As meninas viram que Pedro não somente passearia por ali,
ele pelo jeito não pretendia vir agora, o senhor foi apresentando,
Sanches vendo a estrutura, a ideia, e sorriu.
— Como estão os níveis de segurança dos equipamentos
senhor Lord?
— Esperando aprovação, só nos falta ajustes referente a isto,
mas se o senhor está aqui, sinal que teremos um auxilio de um
profissional em inspeções.

259
— Senhor, uma coisa que sempre aprendemos, crianças
acabam onde menos se espera.
— Sabemos disto.
— Sei de historias arrepiantes de crianças que saíram inteiras,
mas porque além das medidas protetivas, existir um sistema de
rastreamento, as pulseiras atuais ajudam muito nisto.
— Pretende algo semelhante aqui? – A pergunta foi para
Sanches, que olha para Pedro que sacode afirmativamente a cabeça
e fala.
— Senhor, quando se fala em evitar, é muito bom, mas já
tiramos crianças de locais incrivelmente difíceis de tirar, acredito
que existam 3 formas de encarar o mesmo problema, a prevenção,
tentando evitar e modificando prontamente qualquer erro que
viermos a detectar, monitorarmos as crianças com sistema e
câmeras, e termos pessoas especialistas em acrobacias, escaladas,
contorcionistas, para o sistema de resgate discreto.
— Pelo jeito a aparência de calma, esconde um sistema de
historias bem discreto.
— Senhor Lord, toda vez que ver na Disney uma atração sem
programação, como Mickey dançando com outros 4 rapazes, uma
bruxa de maldições em um caminho lateral chamando atenção,
pode ter certeza, algo muito próximo esta acontecendo e na
maioria das vezes, executando um resgate.
O senhor olha para Pedro e fala.
— Quando me propôs, pensei que entraria apenas com os
recursos, mas pelo jeito vem com ideias e estrutura.
— A sorte acompanha quem caminha senhor, pois conheci o
senhor Sanches por acaso, e as vezes são peças assim que nos
ajudam a evoluir.
O senhor olha para Sanches e fala.
— Me disseram que teve problemas de saúde lá, sabe que
terá de passar pelos exames de saúde.
Sanches olha o chão, talvez por segundos ele pensou que fora
um sonho, mas ouve o menino falar.
— Desculpa senhor Lord, mas Sanches não será funcionário
deste parque, ele é meu representante neste empreendimento,
assim como em outros 8 na Florida.
260
— Desculpa falar assim, mas dizem que ele virou um peso
morto.
— Senhor, assim como dizem que empresários que não
pensam não fazem parte deste país, desculpa senhor, não estou
falando de um pedreiro de obra, não estou falando de um eletricista
ou um socorrista, estou falando de alguém de ideias, aquelas que
diferem um bom parque de um qualquer, estamos vendo as boas e
as péssimas ideias, mas assim como o melhor físico da atualidade,
não tem movimentos por uma doença rara, e tem uma das mentes
mais brilhantes da atualidade, e não foi jogado ao canto, assim não
jogo pessoas com ideias e historias, com experiência maior que a
sua em parques, ao canto.
O senhor viu que o menino não escolheu palavras, olha para
Sanches e fala.
— Desculpa.
Sanches olha para o menino, ele sabia o que ele passara, não
estava dizendo, vou lhe barrar por isto, era onde o senhor mais
tinha medo, embora a dois dias, estivesse ótimo, estranhando a
própria motivação.
Entram e o senhor foi apresentando o parque, as meninas
fotografando, Sanches apontando pequenos problemas, coisas que
Pedro e Lord nunca olhariam, como uma entrada de agua, com
pouco mais de 20 centímetros, numa viela lateral, que o senhor
recomendou por algo que barrasse uma criança ali.
Lord viu que o senhor sabia o que falava, e parecia firme,
todos eles continuavam com as boinas do Pato Donald, e não
pareciam se importar com isto.
2 horas ali, e saíram pela rua, viram um restaurante mais a
frente e sentaram-se para comer, o dia foi estranho para comida.

Denis estava sentado a uma lanchonete, na parte externa da


Epcot, quando um amigo olha para ele e fala.
— Pensei que estava correndo para Tampa.
— Eu queria estar, mas o exercito lá não me adianta, queria
uma entrevista com o menino, nunca vi alguém firme daquele
tamanho, olha que ver uma criança enfrentar um general e este
parecer o temer, é incrível.
261
— Não acho incrível isto, dizem que ele religou dois templos
que o exercito queria invadir.
— Como digo, ele estava quieto, em férias, o atendente do
hotel disse que todos estranharam o nome do menino, mas que não
conseguiam ver naquele menino um terrorista.
— Por quê?
— A imagem não facilita, mas é uma criança em tudo.
Um outro rapaz chega a mesa e fala.
— E dai, querem uma noticia que pode ser boa, mas pode
não ser nada. – Yuri, um outro repórter.
— Boa ou ruim? – Denis.
— O senhor Richard Lord, sabem de que falo?
— O senhor que vai montar o Legoland em Winter Haven? –
Pergunta Denis.
— Sim, dizem que ele iria receber um investidor novo no
lugar, alguns apostam que o investidor seria Pedro Rosa.
— Porque acha que seria Pedro Rosa? – Denis.
— A imagem que fez, o senhor que se divertia com eles, Jose
Sanches, um senhor que esta desempregado, mas que seria um
excepcional diretor para um parque novo. – Yuri.
Denis sorriu, olha o cinegrafista e pergunta.
— Pode ser uma viagem em vão.
— Vamos nesta, o chefe não vai lhe perturbar hoje, pois
filmou a discussão do menino com um general.
Os dois pegam o carro e vão no sentido de Winter Haven,
estavam chegando ao parque, quando Denis falou.
— Para, posso estar enganado, mas pode ser eles.
O cinegrafista olha para o restaurante, o parque mais a frente
e fala.
— Mas como vieram parar aqui?
— Sabe que todos falam que ele está em Tampa, pode nem
ter ido até lá, ninguém o filmou lá.
Denis entra no restaurante e para ao lado da mesa e olha
Pedro a comer.
— Boa Tarde, deve ser o famoso Pedro Rosa.
— Quem gostaria?

262
— Denis, repórter da CNN, querendo saber porque um
general lhe cerca num parque publico, e como some como sumiu.
— Esta sozinho?
— Conversando, vendo se consigo uma exclusiva, vida de
repórter não é fácil.
— Chama ele, sentamos na mesa do lado, mas gostaria de
saber as perguntas antes da entrevista.
— Vou o chamar e já lhe passo as perguntas.
Rita olha para o rapaz saindo e fala.
— Este deve estar lhe seguindo desde cedo, lembra que
desviamos ele umas 4 fezes no Epcot.
— Talvez ele fosse o caminho, que desviamos e caímos na
mão de Donald, as vezes se colhe as escolhas.
Pedro terminou de mastigar e foi ao banheiro, passou uma
agua nos dentes, olhou-se no espelho, ajeitou a boina do Donald e
sorri.
Pedro senta-se a frente do rapaz, olha as perguntas e fala.
— Quando quiser?
— Não vai impor que não responde isto ou aquilo?
— As que vocês acham terríveis, são as fáceis, as que acham
fáceis, é onde me complico.
O cinegrafista olha os dois, e Denis fala.
— Eu Denis Dinis estou aqui em Winter Haven, para uma
entrevista exclusiva com uma lenda para muitos Americanos, o
Brasileiro Pedro Rosa. – O rapaz olha para Pedro e pergunta – Boa
tarde Pedro, o que faz em Winter Haven, quando todos dizem que
estaria em Tampa.
— Vim conhecer um parceiro, Richard Lord, estava com
problemas financeiros e dividas referente ao parque que deve
inaugurar ainda este ano, o Legoland Flórida, e como estava a
aprender com Jose Sanches o que era a essência de um bom
parque, estávamos quase vindo para cá quando fomos obrigados a
antecipar a vinda.
— Esta falando do ser cercado por militares na Epcop?
— Estava lá, não entendo quando militares tentam se impor
sobre uma criança como eu, sei que muitos compraram a historia

263
que sou terrorista, mas acho que eles não me viram pessoalmente,
pois é difícil pessoalmente me levarem a sério.
— Então não sabe por que o cercaram?
— Eu provoquei e um General sentiu-se ofendido, eles não
gostam quando chamamos eles de inertes e preguiçosos. Eu escolhi
a boina do Donald hoje em homenagem a este general, pois ele fala,
fala, e desculpa, eu nunca entendo o que ele fala.
— E veio para cá como, temos uma imagem intrigante de
você sumindo, um segundo estava lá, no seguinte não estava, e não
só você, todos a volta.
— Isto é tecnologia ainda fechada da Marinha Norte
Americana, a ePTec, agora pertencente a Rosa Inc. esta
desenvolvendo isto em San Diego, no sul da Califórnia, mas ainda é
segredo militar.
— Esta dizendo que existe uma tecnologia que o permite ficar
invisível?
— Não é invisibilidade, é quebra temporal, eu não fiquei
invisível, mas somente os que tinham o aparelhe temporal, quando
o ativei, aquela conversa estava ficando muito visível, e poderia
ficar pior, dai resolvi sair de lá, mas é apenas tecnologia, em
desenvolvimento.
— E veio a pé ate aqui?
— Não, nossa condução esta em frente ao parque, mas
também é segredo militar ainda.
— Esta afirmando que existe uma parte do exercito que tem
parceria com sua empresa, e uma parte que pelo jeito não gosta de
você.
— Eu sou pela evolução, tem general que é pela retração,
para que ele não fique obsoleto.
— E o que fazia em Orlando?
— Estou no meu terceiro dia na cidade, se não fosse uma
tentativa de me deter hoje sedo, e toda uma estrutura montada
para novamente acabar com minhas férias, ninguém teria
acreditado que aquele menino na Disney, eu, era Pedro Rosa.
— Pretende ficar muito tempo?

264
— Tenho mais dois dias de parque pago, mas se for o caso,
paro minhas férias e volto para meu país, onde em duas semanas,
estarei em aula novamente.
— Algo a mais?
— Tenho de ir a uma homenagem na Universidade da
Califórnia, adiada duas vezes, acho que eles não me querem lá
também, mas com certeza quando confirmarem estarei lá.
— Homenagem?
— Diploma Emérito de Engenharia de Software, pelo
programa que desenvolvi, para a eP.
— E daqui vai para onde?
— Para Orlando novamente.
— Não tem medo de ser preso?
— Temo sempre pelos ao lado, dizem ser um problema de ter
sorte, as vezes alguém ao lado sofre, e você acaba saindo bem.
— Obrigado pela entrevista rápida.
— A próxima vez, tenta ser mais rápido que o General Denis.
Denis sorriu e o cinegrafista desligou.
Pedro acertou a conta, o repórter viu que eles caminharam
pela rua, com aquelas boinas de Donald, como se dissessem,
estamos de boa, o repórter filmou eles até o estacionamento do
parque, o cinegrafista ficou na imagem da nave estacionada, não
era um carro, viram a mesma se fechar e sumir, ouviram os motores
mas não a viram subir e sumir na direção de Orlando.
Denis olha para o cinegrafista e pergunta.
— Pegou isto?
— Um menino de nada, e que anda no nosso país, com uma
tecnologia que ignoramos existir.
— Ouviu o inglês dele?
— Local, não diria nunca que era um brasileiro.

Pedro desce na base e olha em volta e vê Carlos olhando para


fora.
— Estamos esvaziando, tem muita gente ali fora tentando
entrar.
— Então vai, sabe se o corredor está ativado?
— Sim, mas eu levantava as proteções.
265
Pedro olha para Carlos passar por uma porta, caminha até a
nave, aciona o controle das naves, mais de 20 delas aparecem no
saguão daquele local, ele as programa para ligar e flutuar, elas
sobem e vão sumindo, ficando a uns 200 metros do chão.
Robert olha Pedro pegar um colar e esticar para ele.
— Hoje é dia de usar isto.
— O que é isto?
— O que me protege de balas do exercito.
— E vai dizer que já atiraram.
— Sim.
Pedro ativa o corredor e todos começam a passar para o
quarto, ele ativa o comando desintegrar de alvenaria e metal, deixa
o cristal ativado para 10 segundos e atravessa o portal, e se depara
com armas apontadas para ele.
Rita estava andando para a parede, os senhores apontavam
as armas e um falou a porta.
— Acabem com isto.
O portal fecha as costas de Pedro e o mesmo sente aquela
coisa negativa de mortes, todos ouvem os tiros, matariam todos ali
para não deixar testemunha.
Robert fecha os olhos, Pedro olha os demais e ativa seu
comando de desintegração, anda no sentido das armas, para estar a
frente de todos, e aquilo atravessou os seres sem sentir, o senhor a
porta olha para dentro para saber se estavam mortos, Pedro olha
nos olhos do agente da CIA e fala.
— Covarde.
O senhor arregalou os olhos, sentiu ser atravessado por
aquilo e cair em pó.
O barulho para e Renata para ao seu lado.
— Covardes. – Renata.
— Cuida de Rita, estamos com problemas.
— O som alto isola o barulho dos tiros, mas tem as escutas.
— Leva todos para o quarto do lado mana, e vê se estão bem.
— Certo.
Pedro olha para Rita e fala.
— Calma.

266
— Odeio a sensação de perigo, nossa menina não merece
isto.
— Viemos relaxar, mas as vezes, temos de conquistar a paz.
— Sei que não gosta disto.
— Odeio isto, mas vão ao outro quarto, tomem um banho,
pede para Renata limpar as escutas, já chego lá.
— Vamos fazer oque hoje, foi tudo pela metade.
— Sempre pode ser pior ou melhor o fim, mas quero ver o
Illuminations: Reflections of Earth.
— Não entendi.
— Um show pirotécnico mais afrente no lago da Epcot.
— Vou cuidar delas.
Robert olha para Pedro e fala.
— Eles nos matariam?
— Senhor, todos a sala tinham uma proteção como a que tem
no pescoço, qualquer sem ela, teria morrido.
— Obrigado pelo colar. – Sanches.
— As vezes sentir a existência do perigo, nos facilita a vida.
— E o que aconteceu.
— Robert, leva Sanches a seu quarto, em uma hora, na
recepção do prédio, estaremos lá.
— Certo, mas...
— Sem mas, vão...
Pedro os vê sair, liga o cristal de controle, e o mesmo
compacta todo pós em quadrados mínimos de 10 quilos, o deixando
muito pesado, mas muito pequeno, colocou aos poucos em um
vaso, olha para os aparelhos de controle, a imagem já tinha saído,
mas não sabia quem estaria por trás das imagens, o sistema os
evapora.
Pedro tira o portal da parede, abre o cofre, tira seu Notebook,
escreve sua crônica e guarda a mesma.
Ele senta-se, as vezes sentia-se perdido, e isto não o deixava
bem, sabia que eram pesos ao seu futuro, mas se nem quem o
colocara nisto, Beliel, estava ali, alguém que queria ajudar, se todos
os que ele confiara as costas, entre eles até sua mãe, já a vendera
uma vez, e poderia vender novamente, tirando o chão do menino.

267
Pedro atravessa o corredor, estava pesado, vinha de algo
relaxado e entra em um tiroteio.
Renata o vê carrancudo e fala.
— Toma um banho, nem sei o que vamos fazer?
— Ficar no meio do tumultuo.
Pedro liga para a Word of Disney e pediu 6 cabeças de alce,
pagamento no receber.
Pedro deixou o cartão na cômoda, fez sinal para Renata e foi
a um banho, Rita o abraçou lá e falou.
— Sei que não devo lhe cobrar isto Pedrinho, mas passei
medo.
— Todos passamos, sei que não deveria estar passando
perigo com você, mas parece que eles querem me matar a qualquer
custo.
— Quando você falava que estes matam qualquer um sem
pensar, sem remorso, não acreditava.
— Odeio estar certo.
Pedro toma um banho, troca de roupa, e passa as cabeças de
alce para todos os presentes.
Pedro põem duas cabeças na sacola e descem, alcança as
cabeças para Robert e Sanches, que entenderam, melhor não serem
vistos, mas era ficar visível e querer que não lhe olhem.
Pedro vê que o rapaz da recepção evitou o encarar, sorri, a
fama maior que ele, sai para fora, e olha para as pessoas naquele
fim de tarde indo no sentido da Epcot.
Estavam visíveis, olhando a apresentação de fogos e luzes,
descontraídos, todos devidamente protegidos e ocultos, Robert
chega ao seu lado e pergunta.
— Acha que não sabem quem somos nós?
Pedro olha para Robert, com aquela imensa cabeça e fala.
— Robert, regra numero um, não precisa seguir o que eu
faço, eu faço para me divertir, a culpa não é minha se as pessoas
não sabem mais o que é isto.
— Certo, usaria independente de qualquer coisa?
— Estas são grandes, não dá para se divertir um dia inteiro
com isto na cabeça.
— E porque está fazendo isto?
268
— Robert, eu sempre espero que as pessoas parem e
pensem, mas obvio, você já viu mais estando ao lado, que 80% dos
agentes da CIA um dia terão acesso, e você não viu 10%.
— Acha que eles vão lhe dar paz?
— Eu não sei viver em paz, digo que quero paz, mas sempre
provoco eles, para me fornecerem adrenalina, sei que as vezes as
pessoas se assustam, mas uma parte que nos perseguia, não
persegue mais.
— E não vai falar disto.
— Odeio chegar a isto Robert.
— Mas provoca o tempo inteiro.
— Eu sou alguém que leva a sorte, mas odeio levar sorte,
gosto de calcular cada passo.
Rita o abraça e pergunta.
— E vamos comer oque hoje?
— San Angel, comida mexicana.
— Não sei o que pedir.
— Nem eu.
— Vemos e tentamos. – Renata.
Robert viu o fim do Show, lembra do mesmo quando era bem
mais jovem, com seu filho ainda pequeno, lá nos meados de 1980,
olha os demais a volta, muitos desconhecidos, olha para ver se tinha
algum movimento estranho, nada, olha para Sanches e pergunta.
— O que está errado?
— Na verdade não é o que está errado, é que estamos com
roupas tão chamativas, que o pessoal ao longe até olhou, mas
passou e foi na direção do hotel.
— Eles caíram nisto?
— Olha em volta Robert, este menino é algo a se estudar.
— Por quê?
— A muito não via gente com orelhas de Mickey, nesta
quantidade.
Robert olha em volta e fala.
— Chamamos atenção?
— Não, servimos de exemplo, pais e tios, com mais de 3
crianças, no fundo, colocaram uma tarja vermelha sobre as orelhas

269
para diferenciar das demais, tem de ver que a ideia é simples, mas
funciona.
— Certo, acha que eles voltam?
— O menino não parece preocupado.
Terminou o show, foram ao restaurante Mexicano, ao fundo
da mesa, uma TV falava da reportagem que iria ao ar no inicio das
informações do dia, Pedro pediu algo que não sabia o que era, mas
soube depois que era nada mais que frango bem temperado com
salada.
As meninas pediram uns pratos diferentes, e ficaram a
conversar, obvio que aquele grupo com cabeças de alce chamava a
atenção, tanto que poucas pessoas que entravam não olhavam para
a mesa, mas era apenas constatação, não estavam procurando
ninguém a mesa.
Pedro estava conversando com Joseane, sobre o que fariam
no dia seguinte, já que passaram rápido por 3 parques, e nem
conseguiram terminar o Epcot, quando reparou que somente a sua
mesa estava conversando, olha para Robert, pois ele estava de
costas a TV e pergunta.
— Que merda tá acontecendo?
Robert olha para Pedro e repara no silencio do Lugar, todos
estavam com os olhos vidrados na TV e fala.
— O repórter está falando, referente a reportagem, já passou
o que você falou, mas a imagem da nave que entramos sumindo, e
depois a imagem da manha, com nós sumindo, faz a pergunta que
os repórteres estão discutindo, o que estão desenvolvendo em San
Diego, o que podem fazer com isto?
Pedro pega o celular, olha para ele, mensagem do pai, da
mãe, de Carol, acessa o sistema, e passa a instrução, invisibilidade
confirmada em San Diego, mas Robert e Sanches pareciam
entretidos, então olha em volta, e pergunta.
— Hoje foi cansativo, pior, como será que estará o quarto
como quando chegarmos lá?
— Revirado com certeza. – Rita.
Pedro respira fundo, teria de encarar, seus nervos estavam
em frangalhos e tinha de manter a moral elevada, Rita o abraça e
fala.
270
— Sei que está difícil para você também, as vezes ninguém
vendo as coisas fica mais fácil.
—Rita, pouco mais de 300 pessoas tem autorização para
entrar na base que construí em San Diego, ela está lá invisível aos
olhos, mas se você tentar atravessar aquele lugar, vai dar de cara
em uma parede invisível.
— E o que estão falando?
— Eu teria de ver as imagens para entender a indagação, mas
algo sobre como se desenvolve uma tecnologia destas, e quais as
utilidades dela, se o governo estava pensando em usar isto para
bisbilhotar mais ainda a vida do americano, alguns falando que isto
é uma ameaça a liberdade, outros tentando entender o acontecido.
— Pelo menos todos estão distraídos com a TV.
— O rapaz da direção está olhando para cá Rita, ele sabe que
a reserva foi feita para Pedro Rosa, passou desapercebido muito
tempo, mas tudo que fiz foi programar nossa estada aqui, para
evitar filas e constrangimentos.
— Certo, mas mesmo assim está calmo.
— Sim, mas não espere calma o tempo inteiro, as vezes
queria apenas paz, mas como falava, não sei viver acomodado, para
mim, paz não quer dizer, inerte e parado.
— E espera o que?
— Estou esperando a conclusão da reportagem, dai vamos
ver o que fazemos.
Robert assim que terminou a reportagem olhou para Pedro.
— Tem muita gente se perguntando como se faz isto?
— Positivamente ou negativamente?
— Assustados.
Pedro tira aquele chapéu de chifre de alce, olha para o
garçom e pede a conta.
O garçom olha assustado, talvez isto fez outros olharem
assustados, mas Pedro pega o celular e disca para o secretário de
segurança e espera atender.
— O que pensa que está fazendo moleque? – Grita o
secretario, até Robert do outro lado da mesa ouviu.
— Uma primeira pergunta secretario, onde está meu
dinheiro?
271
— Amanha na conta.
— Segunda, acha que isto distrai eles a ponto de nos deixar
em paz um pouco?
O secretario do outro lado da linha, olha em volta, olha o
presidente, dois generais, todos discutindo aquilo e fala.
— Vai dizer que é uma isca?
— Secretario, não vou lhe ensinar politica, pois sabe, mas se
queremos abrir buracos, de norte a sul, preparar as coisas, sem que
eles vejam, precisava disto.
— Mas porque?
— Quer mesmo eles olhando que fiz uma encomenda de um
milhão de camas, colchoes, 6 milhões de roupas de cama, e coisas
assim secretário, e começarem a se perguntar o que faremos com
tantas camas, o que estamos armando?
— Entendi, mas tem gente nervosa.
— Olha em volta Secretario, nem o presidente que deve estar
a sua frente acredita no perigo, eu acredito, mas sabe, isto tem de
distrair a todos, melhor falarem mal de um brasileiro, embora não
vejo isto por um lado ruim, do que ficarem de olho na verdade.
— Alguém em Homosassa falou demais também menino.
— O prédio de acesso não é mais visível secretário, ficará
visível quando for hora de usa-lo.
— Esqueço que pode esconder as coisas.
— A ultima pergunta senhor, já que isto quero em comum
acordo e o senhor que fará, se achar por bem, acha que é prudente
deixar a base de San Diego visível no dia de amanha, e a fazer sumir
depois apenas para por uma pulga grande atrás da orelha deles?
— Vou pensar nisto, pensando em distrair os demais.
— Eles olhando para San Diego, ficamos calmos para fazer
outras coisas.
— As vezes fico na duvida se consegue administrar tudo isto
sozinho menino.
— Senhor, eu tenho 200 mil funcionários diretos, outros 800
mil indiretos, isto me facilita muito fazer as coisas, e não são
pessoas que os demais saibam o nome pois é CIA, FBI, Exercito, eles
são apenas cidadãos em seus trabalhos, e qualquer coisa, pergunta
para Dallan referente aos montantes da Florida, de abrigos, mas diz
272
que eu pedi para perguntar, pois ele deve tentar esconder isto até a
hora certa, e ele tem razão nisto senhor.
— Ele conseguiu ver.
— Ele tem uma programadora, que se não fosse do exercito,
com certeza, estaria no meu quadro de funcionários secretario.
— Alguém que respeita pela programação, as vezes parece
que sua historia não cabe no menino que vi a pouco na TV.
— Secretario, apenas acalma o presidente, sabe como eu que
é distração isto, não se perde na parte que é para os demais.
— Vou falar com o presidente, mas se cuida, tem um grupo
da CIA que continua dizendo que saiu de Orlando, mas não está em
lugar nenhum.
— Manda eles se cuidarem, pois eu me cuido secretario.
Pedro desliga, o garçom estava ao seu lado com a conta e
pergunta.
— Algum perigo?
— Não, comida mexicana eles não comem, então não tem
perigo nenhum.
O garçom não entendeu, Pedro esticou o cartão, passou na
maquina, senha, e chapéu de novo.
O grupo sai e o gerente chega ao garçom e pergunta.
— Era ele mesmo?
— Posso estar enganado senhor, mas ele estava com o
secretario de segurança na linha, parecia explicar algo, falando para
ele acalmar o presidente e não cair na distração.
— Não entendi.
— Parecia apenas querer acalmar o presidente e informar, é
armação, não olhe para isto, que não é o importante.
— Acha que foi montagem?
— Senhor, todo o parque viu o menino cercado pelo exercito,
e sumir sem deixar vestígios.
Pedro entra na Word of Disney e a moça olha para Pedro e
pergunta.
— O que vai comprar hoje menino?
Pedro sorriu e um senhor veio de dentro e olhou a moça.
— Este é o menino que esta fazendo disparar a venda de
acessórios de cabeça?
273
— Sim.
O senhor olha o menino, ali poucos viam a TV antes de
fechar, vê ele pegar alguns modelos, olha para Rita, ela pega um
chapéu de Pateta com orelhas, Robert olha e fala.
— Lá vamos nós de Pateta.
Pedro sorriu, pediu os tamanhos, escolheram algumas coisas
a mais, como sapatos de Pateta, camisas laranjas, um colete, e um
acessório para antena de carro, que tinha a forma do chapéu que
não tinha no boné do Pateta, mais algumas lembranças, no fim
Pedro comprou um imenso Mickey, e o grupo sai pela porta,
voltando.
Na região de BoardWalk, entram em uma casa de shows,
alugam um armário na entrada, para deixar as coisas, e entram para
ver uma apresentação de magica.
Robert olha a calma do menino, talvez esta calma, não fizesse
os demais olharem para ele, o ser na TV era o mesmo, mas a fama
impunha algo a mais na imagem, Robert olha Sanches e pergunta.
— Continua olhando ele como antes?
— Eu estranho Robert, hoje sei mais dele que o que mostra
na TV, e mesmo assim, ele não parece com o que eu imaginava,
acho que a TV formou uma imagem dele, que mesmo ele surgindo
diante das câmeras, as pessoas esperam outro ser.
Pedro senta-se, como estavam com dois adultos, ninguém
nem perguntou nada, Pedro sabia que sozinho ele não entraria
naquele lugar.
As piadas eram em parte fortes, mas na grande maioria,
referente ao comportamento de atores e pessoas publicas
americanas, o que para Pedro, não teve muita graça.
O parque foi esvaziando e o grupo atravessa para o hotel
fazendo toda a volta do lago, era logo em frente e ao mesmo
tempo, muito longe.
Pedro se despediu de Sanches, de Robert e subiu, Pedro
entrou primeiro, olhou o lugar e depois foi ao segundo quarto, tudo
calmo, entram nele, trancam a porta e um novo banho para
conseguir relaxar.
Pedro estava a olhar para fora quando o interfone tocou.
— Sim.
274
— Poderia descer a recepção senhor Pedro Rosa.
— Assunto?
— Ordens da Direção referente a sua estada.
Pedro olha para fora, olha para as meninas e fala.
— Talvez tenhamos de voltar outra vez.
— O que aconteceu?
— Vão pedir educadamente que nos retiremos, para a
segurança dos hospedes.
— E vai aceitar?
— Não posso ir contra determinação e medo, mas com calma
resolvemos isto.
— Tem coisa que não nos contou. – Renata.
— Sim, que quando saímos do barracão vindo para este
tiroteio, o barracão se fez em pó, que as entradas de todas as bases
que construí, estão com acesso apenas para cadastrados, os não
cadastrados, são colocados para fora do país, divisa do México. Que
ainda tem gente da CIA querendo nossa cabeça.
— A sua. – Renata.
— Verdade, a minha.
Pedro desce, olha o atendente que fala.
— Senhor Pedro Rosa, o hotel pede desculpas, mas a reserva
para o dia de amanha foi vendida erroneamente, e não temos outro
apartamento para lhe alocar neste hotel.
— Sem problemas, acerto a diferença com quem?
— Não vai reclamar?
— Senhor, quem tem medo de uma criança, que manda o
funcionário fazer isto, ainda bem que não defende sua nação em
um campo de batalha, pois estariam perdidos.
Pedro estica o cartão e fala.
— Fecha a conta, vamos sair hoje mesmo.
O rapaz é pego se surpresa, Robert olhava ao longe e chega
perto.
— Soube que alguns hospedes pediram que se livrassem de
vocês, e nem fui eu.
— Se quiser continuar a aventura, amanha pela manha na
frente do castelo da Cinderela em Magic Kingdom.
— Estarei lá, aviso o Sanches.
275
Pedro digita a senha, cumprimenta o senhor e sobe.
Rita o olha e fala.
— Para onde agora?
— Acha mesmo que seu namorado não tinha um plano B?
— Você assusta eles assim.
— Eles nem sabem de nada, mas vamos colocar nossas
orelhas de Pateta e vamos ao outro hotel, pior, deixando claro que
vamos a outro, eles não tem problema em locar dois quartos a mais,
alta temporada é fácil, mas o ao lado, vão ter de reformar, pois os
tiros queria pagar e concertar antes de sair.
— E como consegue um lugar.
— Pagando para ficar fechado.
Eles pegam as coisas, descem, um carro os esperava a
entrada e vão ao Disney's Contemporary Resort.
Rita olha que o rapaz verificou as reservas, e apenas indicou o
quarto para um atendente que levou as malas com as compras para
cima, 10º andar, suíte com dois quartos, com vista para o parque,
Rita olha para o lugar e fala.
— A vista é mais bonita.
— Lá é mais calmo, aqui é sempre um tumultuo.
— Certo, priorizou a calma, mas pelo jeito já tinha tudo
reservado.
— Rita, queria lhe proporcionar o melhor, sabe disto.
— Está se esforçando para parecer natural esta mudança.
— Previsível depois de tudo, imagino como deve ser ruim
estar em um hotel, vigiado pela CIA, com gente do Mossad
invadindo o prédio, e eu ainda em cadeia nacional dizendo que os
esperava lá a noite.
— Verdade, eles ficaram com medo, compreensível, talvez
como você falou, previsível.
— Esta reserva esta em nome de Rita Ribeiro, se passar o
detector de escutas, não deve ter nenhuma, lá era sempre a mesma
coisa toda hora.
— E quem nos persegue?
— Rita, eu não sei os métodos deles, por isto estamos sempre
com proteção, não tenho atiradores as costas e nem os traria a um
passeio na Disney.
276
— E porque destruiu o galpão?
— Eles descobriram ele, iriam invadir, mas era um galpão de
passagens, para facilitar o trabalho de autômatos, já que era um
endereço para receber as coisas que compramos e estamos
colocando nas bases.
— E começamos por onde amanhã?
— Vir a Disney, dizer-se entendido em Disney e não ter
visitado o castelo da Cinderela é sacanagem.
— E vamos ter paz quando?
— Acho que a paz está próxima Rita.
Os dois se abraçam olhando para o parque ao fundo.

277
278
As vezes gostaria de entender um pouco
mais de politica, as vezes olhando em volta,
vendo o como algumas pessoas se portam, se
eu que não entendo, ou quem está lá é que não
é serio, ou melhor, uma caricatura de algo, que
nunca existiu.
Estes dias me perguntaram o que achava
de um ex governador, vi a pessoa falando mal
dele, e me veio uma pergunta, se ele fosse
apenas isto, que o rapaz está falando, ele não
seria senador pelo estado.
Dai olhei em volta, e parei numa pergunta, o que este
governador fez que ainda está ai?
Eu nomeei umas 30 coisas, mas sou repórter, parei e pensei o
que o povo diria, e chego a conclusão que em cada local do Paraná ele
seria lembrado por algo, uma duplicação aqui, uma ampliação de
ferrovia ali, um apoio contra a erosão de terras lá, e coisas assim, e pela
primeira vez entendi o candidato.
Eu nunca votei neste candidato, mas entendi o que ele fez, ele
ficou marcado no subconsciente de todas as regiões como alguém que
faz, mesmo que a primeira aparência, ele não tenha feito nada de
grande.
Dai parei meu pensamento na critica do rapaz a minha frente e vi
que o rapaz não criticava o candidato em si, e sim a caricatura que o
próprio candidato impôs, então temos dois pontos ao candidato, ele
impôs em nosso subconsciente que é alguém que faz, e uma caricatura
para os demais baterem, e como caricatura, não atinge o candidato em
si.
Politica nunca foi algo limpo no estado do Paraná, talvez isto
tenha sido o que mais denigre a imagem do senhor que falo, eles
podem não sujar as mãos, mas sabem que assessores e pressões
geraram mortes, retaliações, discriminações, mas vejo que esta parte
que somente eu repórter lembro, o povo na rua não liga nem ao senhor
que faz, e nem a caricatura.
Por isto, acho que continuo sem entender politica, pois para mim,
politica é troca de ideia, e não de lembrar do passado, e bater em
caricaturas mal estabelecidas.
Gerson Travesso
Curitiba, 20 de Julho de 2011

279
Ontem passei por um limite estranho,
olhando o sistema, vi que em imóveis espalhados
pelo mundo, cheguei a quantia de 36500 imóveis,
o que quer dizer, que se eu passasse um dia em
cada um dos imóveis que estão em meu nome, por
100 anos, eu não repetiria de endereço.
Assustador isto, não acham?
Alguns estão se perguntando por que da
exibição de ontem, a resposta e simples, um
general fez tanto ontem, que consegui ser expulso
do hotel que estava.
Deve estar lendo esta reportagem enquanto eu ainda penso em que
imóvel vou ficar estes últimos dias nos Estados Unidos antes do fim das
minhas férias.
Não, o meu hotel não está pronto ainda em Orlando, as coisas não
são tão rápidas assim, para se montar.
Obvio que ano que vem terei meu hotel aqui, mas não posso ficar a
rua até lá, mas uma coisa é real, sumir neste país é fácil, compra-se um
moto-home e contrata-se um motorista, e existem tantos lugares para você
parar seu veiculo, que fica difícil de lhe acharem.
Não, não estou escondido, mas provavelmente estarei acampado em
algum canto desta cidade.
Quando vi a reportagem de ontem nos telejornais, até eu acreditei
que a tecnologia que a ePTec esta desenvolvendo é assustadora.
Como já perguntei estes dias, sabem discernir propaganda e
verdade, ou como a propaganda da Rosa Inc. pergunta, acredita que
materializamos prédios, não, acredita em Magia? Não. Então me explique o
surgir amanha de um parque na região de Wekiwa.
Uma dica, nós não materializamos prédios, mas somos capazes de os
deixar longe de suas vistas curiosas, enquanto trabalhamos neles.
Então estão todos convidados, a presenciar a magica, o surgir das
bases do primeiro parque temático totalmente meu em Wekiwa, amanha,
um parque temático, um parque aquático, um parque que só poderia se
chamar...
“Pedra Park.”
Ele não está pronto, mas amanha ele ficara visível para que vocês
possam novamente falar de mim, e o principal, não olhar para o que é mais
obvio, que eu estou passeando e odeio vocês me olhando.
Pedro Rosa

280
Pedro estava de madrugada, a olhar pela sacada do
apartamento, quando Renata o abraça e fala.
— O que tanto pensa?
— Como teremos paz?
— Provocando ainda?
— Sim, provocando ainda.
— E vai fazer oque?
Pedro aponta um terreno bem ao norte e fala.
— Tá vendo aquela área verde ao norte, daqui apenas um
ponto.?
— Sim.
— Acima daquela região, tem uma área nossa, e neste área, a
cada semana vai surgir do nada uma estrutura.
— Quer eles olhando para lá?
— Vamos inaugurar o parque em 2 ou 3 meses, ou 8
aparições, sendo a ultima, a estrutura total.
— Você não para, quer dizer que teremos parques aquáticos
locais, e um em parceria?
— Estou pensando, não quero ser mais um, mas ainda não
consegui ser algo diferente.
— Tem certeza?
— Não, mas enquanto não me agradar, vou considerar que
não é algo que está pronto.
— Você me assusta as vezes irmão.
— Por quê?
— Você adapta ou calcula as coisas assustadoramente, sabia
que faria amanha isto? Ou programou para amanha por estarmos
aqui?
— Eu provoquei ser mandando embora, eles apenas foram
previsíveis, eu viria para cá amanha de qualquer forma.
— Nem conhecemos todo parque lá.
— Com calma conhecemos tudo Renata, o que gosto desta
ideia em si, é que dá para todas as idades se divertirem, temos um
parque que encanta crianças de poucos anos, com personagens,
temos brinquedos que encantam crianças na fase que correm por
tudo, temos brinquedos radicais, temos brinquedos inteligentes,
que encantam qualquer idade, dai temos os restaurantes, para
281
pessoas que apreciam comida e os que se enchem de comida,
temos ainda shows noturnos e até boates em anexo, tudo em um
parque, subdividido por algumas regras praticas, não misturar
bêbados a crianças.
— E vai montar o que ali?
— Amanha surge do nada, parte do estacionamento e os
primeiros brinquedos ao longe, eles não tem acesso ainda.
— Mas daqui será visível.
— Se tivesse um óculos especial, lhe mostrava.
— Quer dizer que já está ali, você vai mostrar aos poucos,
como se fosse magia?
— Sim, quero ver como será a recepção disto.
— Transformando a lenda em algo maior?
— Lenda é algo fantasioso, não sei ainda definir o que quero
mana, esta cidade é para se visitar com mais calma, mas obvio, nada
ajuda a ser mais calmo, pois se a cidade estivesse vazia, se veria os
seguranças e os agentes.
— Mas quer oque com isto?
— Quando passamos por aqui da vez anterior, foi em um
carro, diante de uma rodovia parada e cidades apagadas, parece
que faz uma vida, mas foi no mês anterior.
— E muita coisa mudou neste tempo.
— Muita maluquice, mas está se cuidando mana?
— Me divertindo, acho que ainda estou na fase de antes dos
enjoos, Rita já está após os enjoos, mas a adrenalina foi aos limites.
— Eles nem sabem o que aconteceu, vão pedir investigação,
todos sabem que tinham atiradores lá, sabem e vão me mandar a
conta dos estragos a parede, mas nós não relatamos, vamos passar
por gente ruim.
— E o que eles vão achar?
— Pó compactado, mas apenas pó.
— Certo, não vai falar disto.
— Não, odeio ter de falar disto, odeio as meninas ouvindo
sobre isto, assim como não falo de Lobos ao campo.
— E o que faremos hoje?
— Uma boa pergunta.

282
Pedro entrou e olhou o sistema, passa as instruções para as
obras, para os desafios e pensa na grande armação do dia.
Ele pega as compras do dia anterior, e começa a prender o
que era um protetor de antenas, na forma do chapéu do Pateta, no
topo do boné do pateta, separa os sapatos e as camisetas laranjas
com colete azul escuro.
Renata olha para Pedro e pergunta.
— Não entendi ainda isto?
— Renata, eu sou uma criança, eu sempre quis fazer isto,
posso ter virado quase famoso, quase pois as pessoas não olham
para mim procurando alguém famoso.

As TVs locais, tinham uma anuncio logo cedo, programado a


duas semanas, “Venham conhecer, onde será o mais novo parque
da região, o Pedra Park estará aberto a partir do fim do ano, e hoje,
a primeira atração, o prédio vivo, o prédio com gênio irritadiço, que
se monta e desmonta, quando bem quer.”

Sanches estava tomando café e a filha olha serio.


— Vai mesmo trabalhar para aquele menino?
— Filha, até ondem tinha duvida, não pelo menino, mas por
medo de não passar no exame medico de uma empresa nova.
— E o que mudou?
— O atual parceiro dele no Legoland, quis impor que pessoas
com problemas físicos não eram aceitas na empresa dele.
— E o que lhe animou nisto?
— O menino me impôs, disse que não estava me pondo ali
para fazer reformas, que queria alguém ali com experiência e ideias.
— E o conheceu ao acaso?
— Começo a desconfiar que acaso para este menino é algo
muito diferente do acaso para nós.
Sanches falava quando o seu celular toca.
— Bom dia menino.
— Bom dia, queria falar com você logo cedo, tive de mudar
de hotel ontem a noite, então, estamos no Disney's Contemporary
Resort, se pudermos conversar.
— Quando?
283
— Você lança a pedra fundamental de um parque hoje, junto
com o prefeito da cidade vizinha Sanches, passa aqui que
conversamos.

Pedro olha para fora, sente Joseane o abraçar e falar.


— Sabe que você quando está uma pilha é terrível meu
Pedrinho.
— Como está?
— Bem, vamos pelo jeito de Pateta completo hoje?
— Sim.
Pedro liga para a recepção e avisa que José Sanches iria subir.
Liga para o Air Florida Helicópteros, marcando para a frente
externa do hotel.
Pedro olha Renata e fala.
— Tomem café com calma, vou apenas acertar uns detalhes
do dia, e vamos a diversão.
— Diversão?
— As vezes queremos uma repercussão, e não sabemos como
ela vai ser encarada, mas provavelmente, como falamos,
descontraidamente.
— Vai sumir hoje?
— Quero estar aqui antes do fim do café de vocês, nem
brinquem em sumir antes.
— Certo, algo rápido.
— Algo impensável.
Jôse o beijou, o viu colocar seu uniforme de Pateta e sair pela
porta, sobe ao restaurante panorâmico, e espera por Sanches.
Sanches olha aquele menino a tomar café e senta-se ao lado.
— O que pretende menino?
— Pedro Rosa, a partir de hoje Jose Sanches.
— Certo, o que pretende Pedro Rosa.
— Vamos lançar a pedra fundamental de um Parque em
Apopka, de nome Pedra Park.
— Pedra, que nome sem graça.
— Sei disto, a ideia não é dar um nome ao parque, e sim, uma
ideia, e quer tomar um café ou ver o parque antes?
— Porque ver o parque?
284
Pedro faz sinal para o senhor sentar e estica um papel, nele
estava um contrato de prestação de serviço, entre a Rosa Inc. e Jose
Sanches, depois tinha um pequeno mapa de coisas que teriam no
parque, dividido em 6 partes, hotéis e lojas, shows e atrações
visuais, brinquedos Rosa inc., parque aquático, parque das
montanhas russas, parque das pedras vivas.
— Parque das pedras vivas?
— Hoje na inauguração, você vai apresentar um hotel mal
humorado, você vai acionar ele, ele vai diante de todas as câmeras
se montar, vai reclamar, vai estremecer e estabilizar.
— Terão mais atrações diferentes?
— Sim, mas isto, vamos diferenciando aos poucos.
— Por quê?
— Existirá um hotel com duas torres, este hotel terá os
hospedes normais, e os que compraram um buraco para viver.
— Uma entrada direta?
— Somente para cadastrados e funcionários.
— E nossas famílias?
— Sanches, espero mesmo que não tenha de levar sua família
para aquele buraco, mas se for o caso, está lá sua vaga e para sua
família direta.
— Vai demorar o café? – Sanches.
Pedro olha para fora, vendo um helicóptero parar na parte
gramado frontal, externo ao parque e fala.
— Vamos lá.
Pedro e Sanches descem e pegam o helicóptero, indo no
sentido norte passam pelo parque nacional, e param em um grande
estacionamento, se via as pessoas asfaltando e sentia-se o cheiro da
tinta fresca.
Sanches olha aquela fachada, uma soma de pedras, e mais
pedras, fazendo uma entrada, fechando todo o visual do parque.
Pedro olha um senhor a portaria, e apresenta sua credencial,
a de Sanches, o senhor olha o senhor e fala.
— Veio verificar a construção senhor? – O atendente.
— Como estamos?
— Não me pergunte como eles fazem isto, é assustador ver
armações metálicas de ontem já todas cobertas, a região era um
285
grande buraco ontem de manha, passaram a manha toda colocando
pedras e laterais nas encostas do lago, e hoje já esta enchendo de
agua.
Os dois caminham por uma calçada larga, amarelada, os
canteiros de flores e estavam todos ali, pessoas ajeitando as
plantas, passam sobre uma ponte, Sanches olha os detalhes de
acabamento e olha para Pedro.
— É mais detalhista que aquele senhor.
— Se mesmo assim deixo algumas coisas passarem, imagina
se não olhasse.
Pedro chega a frente de um amontoado de pedras, as partes
laterais ainda estavam na fundação, mas o terreno em frente, havia
as fundações, muitas rochas, acabamentos, e uma pedra erguida ao
lado de um palanque, Pedro olha para Sanches.
— Esta é a pedra inicial, e aqui que você vai ler o discurso.
— Mas não tem nada.
Pedro faz sinal para o senhor ficar atrás da linha de
segurança, e chega a um pedestal, aperta um botão e o guindaste
coloca a primeira pedra, assim que toca o chão, Pedro aperta o
botão e o senhor vê a coluna vermelha subir as costas do menino,
todos no parque param para olhar aquilo, Pedro olha para Sanches
e fala.
— Tem de manter os olhos no do prefeito, ele vai estar
olhando assustado o que está se construindo as minhas costas.
Sanches vê as grandes pedras se alinharem e começarem a se
dispor uma a uma, as lajes imensas que estavam de pé, começarem
a definir, primeiro andar, segundo andar, terceiro andar quarto e
quinto andar. As pedras se colocando, quando o prédio de 5
andares está pronto Pedro fala.
— O painel vai lhe dar a cor verde, dai você clica no botão
verde.
O senhor achou que tinha acabado, mas duas janelas do
segundo andar se abrem e dois glóbulos oculares saem por ela e
olham para fora, para baixo, uma das janelas a baixo fica na forma
de uma boca e se ouve.
— Quem me perturba. – Parece olhar para Pedro.
Pedro olha para o hotel e fala.
286
— Desculpa, mas já estava folgando a muito tempo.
— Acha que manda algo senhor?
— Vai dormir prédio preguiçoso, não faz outra coisa na vida.
Os olhos encaram o menino e o prédio treme, como se de
raiva e se ouve.
— Estão pelo menos criando vizinhos para conversar, estava
muito chato.
Os olhos se recolhem, a janela baixa volta a posição e Pedro
olha para Sanches.
— Nesta hora, convide todos a entrar.
O senhor olha o menino entrando pela porta, o pé direito
alto, as colunas, e uma recepção, olha para o menino e fala.
— É um truque?
— É tecnologia, todas as paredes são pré encaixadas e estão
em uma disposição que permita isto, usando magnetismo, energia,
projeto e muita criatividade torna isto possível, o hotel vai surgir
toda segunda, e sábado ele descansa, voltando a remontar-se na
segunda seguinte.
— Com toda a pompa de uma inauguração?
— Hoje vai ser.
Pedro começa a sair e chega no comando e Sanches olha um
que o menino aperta, “OFF”.
O prédio ao fundo é tomado por aquela cor a toda volta e se
vê as peças voltarem exatamente onde estavam.
— Este é um dos diferenciais?
— Sim. Esta parte do parque, vai ser de amontoados de
pedras, toda segunda feira os amontoados formarão uma leva de 22
prédios, entre lojas, hotel, coisas assim, e no sábado a noite, eles
vão descansar. Prédios que mechem com as pessoas ao parque.
— Algo para se ver apenas uma vez por semana e na
segunda?
— Ainda não é seguro montar e desmontar isto
sequencialmente, diariamente.
— E se tiver alguém lá dentro?
— Deve ser assustador. – Pedro sorrindo.
Pedro olha para o funcionário, ele estava com sua veste de
pateta, ninguém olhava para ele, até aquele prédio surgir ali.
287
— Quando no começo da tarde, vierem os curiosos, entre
eles o prefeito, tem de manter as pessoas atrás da linha de
segurança.
— Mais o que fez isto?
— A verdade o prédio é de peças pré encaixadas e com
dobradiças, ligamentos, estruturas, todos prontas, uma vez ativado,
ele monta-se sozinho.
— O que mais temos aqui? – Sanches.
— Um parque em construção, mas para quem olha
externamente, não vê nada além do verde e do antigo chão que
existira na região.
— Porque disto?
— Olha em volta Sanches, é mais fácil construir quando
ninguém está olhando.
— Mas para que lado, vejo que está um agito geral.
— Esta região, estão montando as bases dos 22 prédios que
vão se erguer, digamos que hoje parece algo vazio, mas antes da
ponte teremos duas lojas que se erguerão, e um homem de pedra,
que será o símbolo do parque. – Pedro olha em volta. — Ali a frente
será o parque aquático, não está pronto, na verdade não me
entregaram os pedaços para começarmos a montar esta parte, só
está com um brinquedo pronto.
— É grande, pensei que começaria com algo como a
Legoland.
— A ideia lá já estava pronta, apenas ajudei um pouco.
Retornam um pouco e Pedro fala olhando para o senhor.
— Esta parte que vamos primeiro, ainda está meio isolada,
mas é a parte de estruturas de entretenimento eletrônico,
compramos alguns direitos de uso, e teremos personagens e filmes
com participação 4 d, viagens 4 D, e até experiências, arrepiantes
4D.
— Arrepiantes?
— Ser tragado por um Tornado.
Pedro desdobra um papel e fala.
— Por cima não é a mesma coisa. E o que estamos fazendo!

288
Sanches olha o papel, não tinha nomes ainda, não tinha
definições, e pergunta.
— Aqueles prédios na entrada são estacionamentos então.
— Sim.
Deram uma volta na parte, pessoas acelerando, colocando
acabamentos, montando estruturas.
— Esta fazendo acelerado, algum motivo?
— Sanches, preciso de ajuda, este parque eu escolhi um
nome, mas eu sou a pedra, mas preciso de nomes, de projeto de
sinalização, de 4 shows, ideias para este parque.
Sanches viu o menino parar a beira de um cais e olhar para
um rapaz. — Tem como nos deixar no lago ao lado?
— Entrem.

289
Sanches viu que era uma copia de ideias, o menino não
estava sendo original, estava sendo dinâmico.
— Sabe que estamos longe dos demais parques?
— Sei, esta é outra coisa que gostaria de que propusesse ao
Condado, uma linha de ligação através de um trem elevado, de
Zellwood até Lake Hart, e uma linha de Winter Garden até Bithlo.
— Vai criar mais 3 pontos?
— Vou ajudar a quem mora no lugar, integrando os lugares,
com um trem aéreo, faria entre aqui e Laka Hart, mais rápido do
que muitos fazem entre, Magic Kingdon e SeaWord.
— E pretende forçar eles, sabe que muitos acham algumas
concorrências pesadas.
— Sanches, eu não sou de dar descontos, eu ofereço, como
fiz a você, o melhor salario que posso pagar no momento para o que
acho que vale o seu serviço, estou sempre discutindo preços, nunca
descontos.
— Acha que força o preço para cima?
— Não, mas vou analisar nossos custos antes de colocar
preço, vou lhe passar todos os contratos de uso, dentro deles,
faremos nossas lembranças, temos parceria na construção de hotéis
que estão em construção ao fundo, tenta que o trem aéreo chegue
até Seminole Springs ao norte, pois nosso parque vai se estender
para aquele lado, já que para baixo, é reserva federal.
— Certo, e pretende fornecer oque para este trajeto?
— Construção, trens, que pretendo receber dos Contados
envolvidos, mas não esquece, estaremos gerando empregos, renda,
turismo.
— E para isto precisa dos 3 meses?
O rapaz do barco pergunta se iriam parar ali e Pedro apenas
concorda com a cabeça.
Sanches olha em volta, era uma região inteira que a cor que
predominava era o Rosa.
Saches olha para o outro lado do lago, estava no trapiche de
madeira onde o barco parou e se viu o imenso castelo rosa, as
laterais pareciam muralhas rosas.
— Assustador algo tão rosa.

290
— A cor desbota Sanches, mas aqui, teremos alguns pontos,
teremos a nossa princesa, ela não obrigatoriamente acha sua
felicidade no príncipe encantado, ela se sobrepõem a ele, teremos
jogos interativos, lojas de compras, comidas leves, aceito ideias
Sanches.
— Você tem um estilo menino, a maioria nem teria coragem
de por um castelo desta cor, você o implementou.
— Eu sou meio compulsivo por ideias Sanches, nem todas as
ideias eu havia entendido referente aos parques, mas ainda as
estou desenvolvendo, minha ideia inclui mais alguns lagos, mas eu
ainda nem os comecei a abrir, primeiro quero terminar o que já
acho complexo.
Sanches olha para o castelo mais de perto, os funcionários
colocado acabamentos, iluminação, algumas marcas de cosméticos
e de perfumaria estavam já no projeto, se via as lojas nos intervalos.
Pedro caminha e fala.
— Estas partes estão todas interligadas já, a interligação com
o primeiro lago, será através de um lago que não está ainda ai.
Eles caminham no sentido do lago lateral, lá continham
lanchonetes e restaurantes, Pedro olha para Sanches.
— Aqui teremos restaurantes com garçons e mesas
reservadas e lanchonetes de lanches rápidos, até um que o cliente
serve-se para baratear comida para os que não tem como ir de
comida cara.
— Várias vertentes.
— Sim. – Pedro aponta a mão e fala – Por ali é o hotel que se
monta, seria onde a bifurcação nos traria - Pedro pega um outro
caminho, casas assustadoras, negras, bem macabras e fala – esta
parte eu pensei no oculto, nos castelos de horror, em experiências
de assustar, em filmes de terror, e coisas arrepiantes.
— Tem os assuntos disto?
— Sim, cada casa, cada local, tem uma história, um conto,
uma aventura dentro de outra aventura.
— Certo, bem diferente, temos o começo em rocha, depois o
tecnológico, depois o rosa, agora o escuro, vi que depois que
passamos pelo portal, até o local ficou escurecido.
— Estamos em um local fechado, aqui não chove Sanches.
291
O senhor olha para cima e fala.
— Mas parece um céu real.
— Todo o céu é uma projeção Sanches.
— E ninguém viu isto ainda?
— A partir de hoje. - Pedro começa a sair daquela região e
seguindo a calçada, chega a um grande lago e olha para Sanches.
— Este lago já esta preparado para um show pirotécnico e de
luzes, a volta temos 10 montanhas russas radicais sendo
construídas.
— 10 a toda volta?
— Estou estudando estas montanhas, elas tendem a ser um
caminho único, que os usuários vão seguir, elas vão mudar de tema
de ano em ano, são estruturas para óculos 3D, onde a historia vai
mudar, e com a mudança da historia, as decorações a toda volta.
— Legal, mas terá algo a mais?
— Sim, mas além das montanhas russas temos áreas de
aventuras, ciências, velocidade, minimuseus, 60 outras lojas e
atrações além das montanhas russas.
— Incrível este lugar.
— Espero que esteja sentindo o frio na espinha de ter de
administrar tudo isto.
— Sim, vou ter de me inteirar de tudo.
Pedro entrara poucos metros naquele complexo e começa a
voltar.
— Sanches, agora a ultima parte que estamos construindo da
primeira fase do parque.
— Isto sim é primeira fase, encantador, eles estão
caprichando. - Retornam e pegam a direita e chegam ao ultimo dos
lagos, já construído, também imenso, mas este tinha prédios a toda
volta, Pedro olha para Sanches.
— Aqui Sanches, estão sendo construídos 8 primeiros hotéis
internos ao parque, serão mais de 16.
— Você mexeu com muitos, pois vi marcas famosas em seu
parque, de vendas a restaurantes, agora hotéis, um conjunto de
parceiros dentro de uma ideia maior, realmente algo incrível.
— Sanches, se olhar o mapa que lhe passei, ele precisa de
nomes, de definir shows, de definir áreas de serviço, pois só tem
292
duas definidas no projeto, estacionamento de clientes, tem muitas
coisas ainda a definir nisto, por isto preciso de alguém que entenda
de parques.
— E a administração?
— Um prédio no centro de Orlando, e desculpa, este é
método de ação desta criança, eu acredito que se estamos do lado,
muitas pessoas antes de pensarem em como fazer, nos perguntam,
sem pensar, eu quero pessoas solucionando problemas, não lhe
transferindo problemas que um encanador pode resolver.
— Certo, você pelo jeito não é só uma criança. É o empresário
que muitos respeitam pelas ideias, não pelo tamanho.
— Como diria minha mãe, eu gostava de construir coisas, que
entendia, e desmontar coisas para entender.
— E aqueles prédios no fundo pelo jeito terão um elevador
para algo que não faz parte deste parque?
— Sim, algo que pode ficar abandonado se não precisarmos
dele.
— E o que quer que faça?
— Sanches, ou vou lhe deixar aqui, você vai se inteirando das
coisas, o prefeito chega perto da uma da tarde, faz com ele este
caminho, mostra o que teremos.
Sanches olha em volta e pergunta.
— E quem é o engenheiro responsável.
— Deve estar chegando do Rosa’s Park em momentos, pois
enquanto alguns olham para um lado, eu tento enxergar o todo, sei
que ainda não entendo de parques, por isto tento puxar pessoas
boas nisto, as vezes me admiro com a qualidade que alguns
apresentam em certos detalhes, pois este lugar está realmente,
ficando incrível Sanches, e quando os parques que projetei
estiverem prontos, espero que todos me surpreendam com seus
melhores, pois eu estou tentando dar o meu melhor.
Um senhor chegava ao longe, Pedro não o conhecia, mas o
senhor olhou Sanches e chega o cumprimentando.
— Entrou nesta empreitada também Sanches?
— Um menino me tirou da bebedeira e me ofereceu a
direção destes parques, mas onde fica este tal de Rosa’s Parque?

293
— Este parque aqui, fica quase todo no Condado de Orange,
mas os estacionamentos já estão em Lake, dai depois da estrada, do
outro lado da mesma, que pretendemos duplicar fica este parque,
que não é tão incrível como este, mas parece ainda sendo pensado.
— Conhece o menino por trás de tudo isto? – Sanches
olhando para o Engenheiro e depois para Pedro.
O engenheiro tinha visto apenas o menino de pateta, não o
menino das reportagens, Pedro tira o boné e cumprimenta o
senhor. O senhor olha para ele serio e fala.
— Pessoalmente é muito pequeno.
— Sei disto, mas como está do outro lado da Rodovia?
— Incrível. – O engenheiro abrindo um mapa maior a mão.

294
Sanches olha que eram muito próximos e olha a imensa área
abrangida por estes parques, olha para Pedro e pergunta.
— E vai inaugurar eles junto?
— Lá ainda está em fase de aprovação de ampliação e
acordos de parceria, tem muita coisa a fazer.
— Aqui pelo que falou também.
— Sim, então tenta eliminar pendencias, dá nome as coisas,
depois elimina sinalizações, fecha os shows, pois tem de ter o
treinamento, fecha as áreas de serviço contratando o pessoal, e vai
eliminando pendencias.
O engenheiro sorriu e olhou para Sanches.
— Pelo jeito a sua parte vai ser pesada?
— Pelo que vi, a sua também está.
— Sim, este projeto saiu tão rápido do papel que as vezes fico
sem saber para onde correr.
— Se acharem que não fica pronto, adiamos a inauguração,
melhor algo perfeito na inauguração do que algo meia boca.
Os dois olham estranho e Pedro fala.
— Desculpa, se não ficar perfeito, adiamos. – Pedro se
tocando que “Meia Boca” era gíria Brasileira.
Pedro olha para os dois, olha para a obra e pega o celular,
olha para o comando de proteção e os parques que eram invisíveis
aos vizinhos, aos olhos, passam a visíveis.
— Agora desculpa a pressa, qualquer coisas Sanches, me liga.
O menino começa a caminhar no sentido da entrada e
Sanches olha Paul, o engenheiro.
— Onde podemos reunir o pessoal e fazer uma reunião
rápida?
— Problemas?
— Detalhes que não gostaria que passassem desapercebido,
se vamos construir, já fazemos certo de cara.
— Estamos marcando as reuniões na parte Rosa, uma das
pétalas de show já está quase pronta o que nos permite reunir todo
pessoal lá.
— Marca para quanto antes, a tarde vou mostrar esta parte
para o prefeito de Apopka, e talvez tenha de falar com outros dois

295
prefeitos, pois não pensei em algo tão amplo, mas a ideia parece
boa.
— Eu acho que mesmo sem parte da estrutura o parque esta
imenso, ele em tamanho inicial bate muitos parques, o menor lago,
é do tamanho do principal de Magic Kingdon.
— Muitas coisas a preparar?
— O que está no papel é o que estamos fazendo, existem
outras 16 fases da mesma obra, pois o parque aquático está ficando
a parte, esta tudo atrasado, os hotéis começam a entrar na fase de
acabamento, mas existem camas atrasadas, então como inaugurar
algo sem camas?
— Não inaugura, entendo, mas deve existir outros detalhes. –
Sanches.
— Sim. Dentro de dois meses, devemos estar assim.

296
Sanches olha as obras e olha o que viraria, e fala.
— Tenho de entender o parque, pelo jeito ele já nasce maior
que o da Universal Studio.
— Sim, mas ele é espaçoso, os primeiros hotéis entram em
fase de acabamento, dai entra o processo de ampliação do lago dos
hotéis, os terrenos foram comprados ontem, então não tinha como
fazer esta parte, alguns pedaços ele excluiu do projeto, pois não
tem os terrenos, ele pretende inaugurar com 16 hotéis internos, a
parte aqui a esquerda do mapa, a cima, é um local para shows, tem
entrada separada para ocasiões especiais, pode servir de um circo
tecnológico, ou de palco para shows para 60 mil pessoas. – O
engenheiro coloca a mão em um lago ao lado de uma grande
montanha russa – Este é um lago para apresentações exclusivas a
quem estiver em 12 barcos, tudo agendado, é uma peça do sapo e a
princesa, o castelo da princesa, está com as laterais erguidas, mas
deve ficar 3 vezes maior, as ideias dele são imensas, mas é obvio,
ele deixa espaços para serem repaginados e mudados, assim como
espaço para ser ampliado.
— E o outro parque vai inaugurar quando?
— Inaugura primeiro o Legoland, depois o Pedras, depois o
Rosa’s, o menino parece querer montar mais 4 atrações, mas como
aqui, tudo estava fora da vista, bem para ele conseguir
comercializar com os demais donos de terra.
— As vezes duvido dos meus olhos, a 3 dias estava
desempregado.
— Muitos quando chegam aqui a primeira vez, considerando
que a primeira impressão são as pedras na entrada, um senhor jogo
de expectativas, pois ele as derruba de cara e depois os vai
despertando o encanto.
— Vi a área coberta, incrível como ficou.
— Este menino que nem sabia que existia, que muitos falam
terror dele, resolveu montar algo grande, bem vindo a bagunça
Sanches, vamos a região dos funcionários, dai já verificamos as
obras e os conjuntos de coisas que pode mostrar já, e os que não
estão nem seguro ainda para isto.
Sanches olha em volta, olha para o engenheiro e o
acompanha.
297
Pedro chega de volta ao hotel, aquele menino de pateta, se
identifica na portaria e sobe para a região do café da manha.
Olha aquele grupo de Patetas em uma mesa e chega até lá.
— Bom dia a todos.
— Voltou mesmo, pensei que nos daria o cano. – Renata.
— Deixei um dos maiores acompanhantes no novo trabalho,
ele trabalhando eu fico mais tranquilo.
— Vamos fazer oque? – Rita.
— Pensei em pegar Robert na área do Castelo, visita ao
castelo, e sumirmos por um dia.
— Sumirmos?
— O helicóptero nos levará a um outro ponto, e esticamos o
dia por coisas mais simples.
— Se escondendo?
— Querendo conhecer, entender, aqui dentro é como se
realmente estivéssemos em outro mundo.
As meninas tomam um café reforçado.

O secretario de Segurança chega a San Diego e olha para a


base visível, olha para o Almirante Jason e pergunta.
— Desde quando esta deste tamanho?
— Desde o dia que ficamos invisíveis.
— Mas não se via nada com o óculos?
— Senhor, para de bater no menino, estamos desenvolvendo
uma liga baseada naquelas maquinas ao fundo, senhor, eu não sei
quem as fez, mas um daqueles navios, em tecnologia, nos permitira
evoluir anos em meses.
— Acha que teremos tempo?
— Senhor, não é minha função duvidar, mas a base ficará
visível por quanto tempo?
— A ideia é chamar atenção sobre este ponto, para podermos
terminar as bases, pois o menino me explicou que está faltando
cama em alguns estados americanos.
— Certo, a estrutura é imensa, as pessoas não saem
comprando milhões de camas, mas acha que eles vão aceitar.
— Não sei, o menino tende a apresentar para a imprensa um
projeto de parque temático hoje em Orlando.
298
— E a NASA?
— Estão construindo algo grande, não entendi a ideia, mas é
que eles querem saber quando vai acontecer.
— Acha que vai acontecer?
— Não sei, os cientistas me deram uma certeza acima de
100%, depois de analisarem os dados, depois começaram a refazer
os cálculos, eles parecem acreditar que vai acontecer, mas não
entendi o que alguém pode fazer.
— Talvez nada, mas o que os técnicos da ePTec estão
tentando estudar, é uma forma de diminuir o impacto, pois se
fossemos realmente atravessados por algo assim, tudo que
conhecemos de vida na terra morreria, isto iria a atmosfera,
teríamos uma era de gelo após, e depois disto, uma era de ausência
de vida na camada superior, tem de analisar que alguns prefeririam
morrer no evento a morrer de fome se não fizerem direito.
— E acha que eles estão perto disto?
— Eles tem planos, mas que precisam da data do evento para
ter algum efeito, pois eles teriam de dispor as táticas lá no espaço,
quando estivesse acontecendo, e não 15 dias antes, ou 15 dias
depois.
— Certo, eles não tem dados, e toda esta estrutura.
— Ali um dos técnicos deles está testando se não existe uma
forma de criar um campo de proteção, que abrangesse uma parte
do planeta.
— Eles querem salvar mais gente?
— Não, a ideia é salvar um trecho de terra saudável, com
biodiversidade, mas pelo jeito eles não estão tendo muito sucesso.
— Hoje o presidente vai ficar com aquela cara de merda,
deixa eu chegar lá rápido.
— Por quê?
— Ele não quer pagar pelas bases de proteção do menino,
isto que complica as coisas.
— Cuidado para não matarem a melhor chance que temos,
Secretario, pois as vezes, não defendemos por birra e perdemos a
guerra, já que esta vai ser contra quem nos dá vida, o sol.
— Estou tendo de lembrar muitos disto.
— E sabe se o menino vai passar por aqui?
299
— Ele parece querer curtir umas férias em Orlando, não sei
como alguém consegue relaxar nesta hora.
O Almirante sorriu e viu o senhor sair.

Sabrina olha para Dallan que entra com cara de poucos


amigos na sala de comando.
— Problemas?
— Odeio pressão idiota, pior, pressão que não podemos dizer
não.
— O que precisam.
— Querem que voltemos a monitorar o menino?
— Por quê?
— Uma operação apoiada pela CIA onde 10 pessoas
metralharam quem saia por um portal, no apartamento do menino,
o problema é que as pessoas sumiram.
— O menino fez oque?
— Não sei, o hotel acionou o menino pelos estragos, idiotas
estão perdendo um cliente bom por uma incompetência da
segurança local.
— E nos querem atrás do menino?
— Sim.
— E como o faremos? Pois ele está o castelo da Cinderela no
momento com a irmã e duas meninas.
— Um lugar agitado, não é tão difícil de por alguém.
— Sabe como o menino se movimenta.
— Pensei que todos perguntariam da base em San Diego?
— O menino convenceu o secretario a deixar a base visível
por algum tempo, imagino os satélites passando lá e falando o que
tem lá, e a correria disto no resto do mundo, mas não vai distrair os
malucos da CIA.
Dallan pega o celular e liga para Pedro.
— Pedro Rosa?
— Fala General Dallan.
— Quero um acordo menino.
— Um acordo? Já não estamos em um acordo.
— Pediram para lhe seguir, por aqui, e gostaria de saber se
temos como facilitar esta informação.
300
— Quem pediu Dallan?
— CIA.
— Neste caso não, sabe bem o que eles querem General,
ainda me liga?
— Pelo menos fica sabendo, não tenho como recusar isto.
— Se cuida, não coloca gente onde não se controla quem vai
dar o primeiro tiro General.
— Se cuida.
Pedro olha as meninas tirando fotos, saem dali e Robert olha
para Pedro.
— Sanches não veio?
— Ele aceitou começar a trabalhar, está em Apopka.
— E vamos onde hoje?
— Pensei que não apareceria Robert, é uma boa surpresa.
— E porque não apareceria?
— Medo, isto que afasta as pessoas.
— Vamos onde?
Pedro não falou, começam a sair do parque, e um helicóptero
os esperava ao fundo.
Pedro sobe, Robert e as meninas e o piloto olha para Pedro
que fala.
— Pode ser na base de vocês a cidade.
O rapaz estranha, Pedro estava olhando para fora, Rita estava
abraçado a ele, quando sente Beliel o tocar, ele estava afastado,
parecia ainda não saber se era mesmo este menino, sente o perigo,
não entendeu, Rita olha para Pedro, e pergunta.
— Qual o perigo?
Pedro olha que o helicóptero está subindo, olha a imagem de
alguém lançando um lança míssil e olha para o piloto abrir a porta,
foi rápido, e se jogar pela porta, o helicóptero subia, todos olham
assustados o paraquedas do rapaz abrir, Pedro toca o peito e fala.
— Mantenham a calma.
— Mas o piloto pulou.
Pedro olha pra fora, a proteção dele estava grande, todos
sentem o abalroar da nave, todos veem o helicóptero sair da área
de explosão, olhando para baixo, tudo parado. Pedro olha para o
controle e senta-se nele.
301
— Como se dirige isto?
— Nem ideia. – Robert olhando os demais.
Pedro olha para trás, já estavam longe da área, vê um campo
verde a frente, e calmamente vai descendo o controle.
— Eu não sei desligar, então quando eu descer, todos saem
pelas portas, sei que é difícil, mas não sei parar isto.
— E você? – Rita.
— Calma, apenas não posso desfazer o helicóptero com todos
dentro, mas estamos quase no chão.
O Helicóptero foi reduzindo a velocidade, Pedro sente o chão,
o motor estava os empurrando para frente.
— Agora.
As portas se abrem, e todos pulam, com maior ou menor
dificuldade, olham que o helicóptero estava avançando, Pedro não
sabia desligar, veem o mesmo brilhar e Pedro desabar fechando os
olhos, com uma montanha de pó.
Pedro olha para tudo parado, fora eles, sacode a poeira da
roupa se levantando, toca o peito e um clarão atravessa todos, que
olham para o lugar de onde vinha o barulho de explosão.
Rita estica a mão para Pedro e fala.
— Tem de se cuidar.
— Estou perdendo a calma.
Pedro olha para Robert e fala.
— Vamos cancelar o passeio hoje, pois se duvidar até seu
filho vai ficar preocupado Robert.
— E o que falo?
— Que não nos viu hoje, se falarem que o viram em um
helicóptero, diz que foi alguém parecido.
— Porque disto? – Robert.
— Segurança antes de tudo Robert, antes de tudo.

Dallan olha para as imagens que chegavam e olha para a


Tenente.
— Atacaram o helicóptero do menino.
— Quem pediu a informação Dallan.
— Por quê?

302
— Estamos em crise, passa a situação para o Secretario de
segurança recomendando prender quem pediu a informação e
todos que tiveram acesso a ela.
— Eles podem nos condenar por isto Sabrina.
— Eles não entenderam o que está acontecendo, ou o que
eles pensam estar fazendo General?
— Eles acham que já tem onde se esconder.
— E vão abrir acessos ao local como?
— Sabe que fazer buraco é algo que a CIA tem experiência.
— Apenas uma recomendação – Sabrina olha para os dados e
fala – Pois nós estamos apenas passando os dados, mas se é para
este objetivo que eles querem os dados, temos de saber General, se
vamos continuar a passar os dados.
Dallan olha para Sabrina.
— Ele não morreu?
— Se fosse fácil o matar, seguir, entender, com certeza
ninguém estaria pagando a fortuna que o menino quer.
— Segura a informação.
— Ela não é oficial, mas a imagem, mostra a explosão do
míssil, não sei onde o menino está ainda senhor, mas com certeza,
antes de ver os restos do helicóptero é cedo para qualquer um
comemorar.

Pedro caminha até a estrada, começa a caminhar por uma rua


secundaria, abraça Rita, Joseane e fala, olhando para Rita.
— Passa uma mensagem para seu pai, que está tudo bem.
— Não vai ligar?
— Ainda não estamos seguros.
Renata olha para Pedro e fala.
— Faço algo?
— Passa uma mensagem para Carol e para o pai, que estamos
bem, para não ligarem para as noticias.
— Vai dificultar?
— Sim.
A caminhada foi longa e Pedro viu que nada seria como ele
queria que fosse, entram na fila da Wonderworks.

303
Rita olha para os demais olhando para eles, eram um grupo, e
alguns rapazes chegavam perto atraídos por meninas, ainda mais
Renata falando com um em espanhol, com outro em inglês, e
fazendo um sinal com o dedo para um Brasileiro no fim da fila que
as chamou de Americanas Metidas.
Entram, alguns brinquedos, algumas coisas diferentes, se
divertir era a regra para Pedro, não interessava se estavam em uma
trilha elevada, se tinham de acertar uma bola num buraco, se tinha
que experimentar o deitar em uma cama de pregos.
Pedro e as meninas estavam se divertindo e um senhor olha
para o rapaz do controle e fala.
— Estes dados estão corretos?
O rapaz aponta o menino e as meninas, em uma maquina que
simulava a decolagem, e fala.
— Todos os 4 tem índices superiores a media, mas uma das
meninas e o menino, superam longe o melhor que já vimos senhor.
— Turistas?
— Não sei, estão se portando como turistas, mas a menina
fala pelo menos 3 línguas senhor.
— De onde veem? Consegue uma foto.
— Este boné do Pateta não nos da uma boa foto senhor.
— Manda a Dalma verificar e ver se são bons mesmo.
— Não entendo a urgência.
— Estes equipamentos aqui, são um teste cognitivo, para
detectar pessoas que tem uma mente aberta para algo especial,
geralmente as identificamos, ou vemos dados que agradam e
pessoas que podem ser melhoradas.
Pedro e as meninas estavam com fome e saem pela porta,
atravessam a rua e vão a Pizza Hut do outro lado da rua para comer.
A moça olha os 4 e registra, Pedro reparou que a moça os
observava, mas com tantos malucos, quem sabe fosse mais uma.
Comem e Pedro fala.
— E dai, se divertindo?
— Sabe que o lugar ali parece uma ideia que li num livro no
começo do ano. – Josiane.
— Ideia?

304
— Avaliar as pessoas enquanto elas se divertem, o livro tinha
pelo menos 12 dos experimentos que tem ali.
Pedro olha para a casa de ponta cabeça do outro lado da rua
e fala.
— Sabe que as vezes somos atraídos, mas pensei que estas
coisas fossem lenda. – Pedro.
— Reparou também? – Josiane.
— Agora falando, mas pode ser esta paranoia que estamos
entrando ultimamente.
— Pode mesmo. – Joseane.
— O que faremos a mais?
— Corrida de Kart para descontrair, as 3 da tarde SeaWord.
— E vamos como para este lugar.
— Andando. – Pedro olhando para Rita.
— Não tem pena mesmo?
— Quando chamar um taxi, sinal que estamos voltando para
o hotel.
— Certo, não vai pedir um carro?
— Eu não, tudo que fizer agora vai ser no dinheiro, pelo
menos por hoje.
O grupo sai e caminha até a quadra seguinte e entram numa
pista diferente de kart, ela era de madeira, com partes altas e
baixas, curvas, uma pista diferente, estavam na pista de Kart do
Magical Midway.
Dois por carro e Pedro e Rita saem acelerando naquela pista,
estavam se divertindo, enquanto a moça observava mais ao longe.
Saem dali e continuam a caminhar pela International, mais a
frente as meninas viram Pedro indicar a SeaLive Aquarium, um dia
diferente, estavam mesmo a rua, não em uma praça, onde todos
eram apenas turistas.

Dallan olha para Sabrina na parte superior com o telefone a


mão.
Sobe como se querendo conversar.
— Sabe se ele realmente está vivo?
— Por quê?

305
— Vão indagar sobre a não ida de Pedro Rosa para o
lançamento da pedra fundamental de seu parque, e as imagens de
um prédio se montando e o rosto de encanto das pessoas não
parece algo que ele perderia.
— O problema é que sabemos como ele se locomove, ele
pode estar na França e estarmos procurando em Orlando.
— E algo apareceu?
— Somente aquele senhor Robert que sempre acompanhava
o menino, parece que não achou eles.
— E quem coordenou a inauguração?
— O menino foi a obra logo cedo e levou o senhor Sanches e
o apresentou ao engenheiro, parece estar trabalhando para o
menino.
— O menino montando sua rede de influencia.
— Isto que os generais de Washington não entendem General
Dallan, o menino sabe que sozinho não faz nada, ele coloca pessoas
a fazer, muda de ideia quando a resistência é muita, mas continua
avançando.
— Me ache ele, tem gente querendo esta confirmação.
— Como disse senhor, segura eles, o menino não morreu,
olha a calma no Brasil, ninguém se mexeu, ninguém tentou contato,
então eles sabem onde o menino está.
— Mas uma hora ele aparece.
— Sim, mas quem está preocupado?
— Pelo jeito o Presidente abriu as portas da CIA para esta
operação, muita gente fazendo perguntas em Orlando, mas nada de
explicações.
— Mas o que ele quer agora General? – Tenente Sabrina
James.
— Estão tentando ter acesso a uma base abaixo do Cabo
Canaveral, mas parece que não conseguem nada.
— Como não conseguem nada?
— O elevador desce, alguns chegam lá, outros surgem na
divisa da Califórnia com o México, no lado Mexicano.
— Devem estar xingando o menino por ter morrido.
Sabrina sorri e sai voltando ao controle do Jogo.

306
Saem, perguntam onde poderiam comer algo e param mais a
frente em uma Lanchonete, olham em volta, Pedro não gostava
muito daquele estivo de escolha por numero de pé e ir a uma mesa,
mas era o que teria ali.
Sentam-se e Pedro olha para Rita.
— Tá bem?
— Meio enjoada, mas passa.
— Quer ir a um hospital vamos.
— Não é para tanto.
— Rita, nossa saúde antes da diversão.
— Certo, mas deve ter sido algo que comi, estava legal de
manha, e agora estou meio enjoada.
Pedro olha o que ela pegou e pergunta sorrindo.
— E vai comer isto dai?
Rita sorriu e começou a comer, Renata olha para Pedro.
— Impressão ou aquela moça está nos seguindo?
— Deve ser impressão, as pessoas fazem as mesmas coisas
por aqui. – Pedro.
— Paranoia?
— Não, senso de observação, a maioria não olha em volta,
não repara em quem anda do outro lado da rua, isto não é
paranoia, é apenas estar preparado para se alguém lhe indagar algo,
estar ciente que pode ser uma pergunta importante.
— Vamos fazer oque agora?
— Vamos comer algo, dai vamos atravessar 4 quadras, e
começar a mudar de sentido.
— Resposta imprecisa. – Joseane.
— A moça realmente está olhando para nós Jôse, não sei
oque ela quer, mas para que facilitar?
A TV ao fundo falava gritado sobre dois assuntos, e Pedro
vira-se para a TV.
— As imagens do lançamento da Pedra fundamental do novo
parque a norte, em Apopka, deixou até nosso repórter curioso, fala
para nós Richard, o que temos de novidades? – A imagem passa
para um repórter – Boa noite Sara, parte do parque está lá, mas
hoje só nos foi permitido ver o lançamento da Pedra fundamental,
algo que até aquele momento, juro parecia o mico do ano.
307
— Mico do ano?
— Todos falam deste empresário criança, que por sinal não
apareceu no lançamento da pedra fundamental de seu parque, mas
veja por si e me diga Sara – A imagem é trocada e se vê Sanches
fazendo o pronunciamento inicial, e ele finca a pedra inicial, todos
veem aquela luz surgir as costas do senhor, e o prédio surgir, a
câmera afasta o foco, e todos veem o prédio abrir os olhos, e olhar
reclamando para Sanches. O prédio fala que pelo menos estavam
construindo alguns prédios, Sanches pergunta que prédios? Os
demais veem outros dois prédios a volta se erguerem. – A imagem
volta ao repórter que fala. – Depois disto entramos no hotel que
surgiu, não sei qual o truque ainda Sara, mas é impecável, o
administrador, Jose Sanches, junto com alguns engenheiros,
mostraram ao prefeito a ideia, de longe, já que não nos foi dado
acesso, se vê rodas gigantes, parque aquático, montanhas russas,
uma área coberta ao fundo, mas ainda muito sigilo, mas a
impressão inicial, foi boa.
A imagem volta a ancora que fala.
— Referente ao segundo assunto do dia, ninguém confirma,
ninguém desmente, parece que um helicóptero de aluguel, onde
estaria Pedro Rosa e a namorada, foi atingido por um míssil pouco
depois de ter saído da região de Magic Kingdom. As imagens são de
um cinegrafista amador, que pega o momento que o objeto cruza o
ar e atinge o Helicóptero. – As imagens vão ao ar e a moça fala –
Não existe ainda a confirmação se era Pedro Rosa naquele
helicóptero, a área está isolada e estamos aguardando noticias.
Pedro olha para Rita que fala.
— Por isto das mensagens, entendi.
— A calma deles no Brasil deve dar a verdade a quem está
olhando Rita.
— E a moça não tira o rosto daqui.
— Vamos comer, e depois vamos ver se achamos algo para
fazer a noite.

Robert estava na recepção do hotel, quando vê entrar pela


porta seu filho e os dois netos, o senhor estranha e o rapaz da
recepção lhe ondando fala.
308
— Ele pediu para não avisar.
— Deve estar decepcionado. – Robert vendo o filho olha-lo e
falar.
— Nos preocupou pai, estão falando que o senhor estava
naquele helicóptero.
Robert olha em volta, muitos olharam para eles, sorri e fala.
— Estou bem filho, vieram passar uns dias?
— Ficamos preocupados pai, dizem por ai que o senhor está
envolvido com um terrorista estrangeiro.
— Tão envolvido como os demais, mas o que o traz tão longe
do Texas filho?
— Vamos conversar, não está me ouvindo pai.
— Alguma vez eu ouvi? Acho que não, mas vamos, subimos,
deixamos as coisas e conversamos.
Robert vê a esposa do filho entrar pela porta, com mais malas
e pensa na confusão, pois Cristine nunca vinha, somente os netos,
raramente o filho.

Pedro e as meninas caminham no sentido de uma casa 4


quadras a oeste do ponto que estavam, tinham atravessado a
rodovia, e agora estavam em uma parte residencial, Pedro pega o
endereço, e olha para um senhor.
— Deve ser o senhor Mike?
— Sim, o que querem crianças?
Pedro tira o chapéu de Pateta e estende a mão para o senhor.
— Pedro Rosa, o menino que discutiu um melhor preço pela
casa.
O senhor olha para as crianças, bem ao fundo a senhora
parecia disfarçar, mas o senhor sorri.
— Sabe que estão lhe dando como morto?
— Eles não sabem o que falam senhor.
O senhor abre a porta e olha para dentro.
— Mobiliada, tiramos apenas as fotos dos antigos moradores,
o resto ficou, pelo jeito resolveu se esconder onde ninguém vai
procurar?
— Vim conhecer, hotéis são bons, mas as vezes falta paz.
As meninas entraram, e o senhor deixou a chave.
309
— Entregaram cedo umas encomendas, devem ser suas, pois
ninguém entregava nada aqui a duas semanas.
Pedro olha o endereçamento e fala.
— Sim, para Pedro Rosa, mas foi bom fazer negocio com o
senhor, acho que vamos fazer muitos senhor Mike.
O senhor sai da casa, Pedro olha para as meninas e fala.
— O que preferem, passeio em um parque exclusivo, voo
noturno ou cama?
— Pelo jeito enquanto ganha dinheiro torra dinheiro? –
Renata.
Pedro liga o computador que viera com a encomenda, olha
para o sistema, ele avalia a casa pelo sistema e calcula onde cada
um dos protetores deveriam estar na casa.
Levanta-se, abre uma segunda caixa e pega os controladores,
e coloca nos pontos.
— E disse que era paranoia. – Renata.
— A moça quando me viu sem a mascara, começou a se
afastar e pegou o celular, até então parecia não ter certeza.
— Certo, mas se não forem inimigos? – Rita.
— Morrer por tiro amigo deve ser mais dolorido.
— E o que vamos fazer?
— Falta pouco para escurecer, então estou chamando um
veiculo de transporte para nós.
— Helicóptero?
— Não Rita, algo que eles não vejam para atingir.
— E vamos onde?
— Pedra’s Park.
Renata sorriu.
— Esta fantasia de Pateta está cansativa.
— Agora não temos como comprar outra Renata, mas saímos
em 10 minutos.
— Se vamos sair, porque de toda a arapuca? – Renata.
— Quero saber quem são, antes de me posicionar.
Pedro vai a parte interna, deixa uma das chaves ali, e sente o
ar vindo da parte externa.
— Vamos?

310
O grupo entra na nave, Pedro a pilota indo ao norte, invisível,
chega ao parque e desce na parte dos hotéis e fala.
— Estes são hotéis para não ser mandado embora, pois ficam
dentro do parque, mas ainda não estão prontos.
Renata olha em volta e pergunta.
— Qual o tamanho disto?
— Algo que 6 mil hospedes não encham.
— Certo, quer pelo jeito ganhar dinheiro com isto.
— Sabe mana que somos sócios em tudo isto.
Um rapaz chega a eles e fala.
— Deve ser o menino que viria no fim do dia.
— Sim, este parque é incrível.
— Vou apresentar a vocês.
Eles foram visitando e curtindo cada uma das apresentações
e coisas prontas, Rita olha o relógio e fala.
— Nem começamos e já é tarde.
— Verdade, mas este vamos conhecer com calma outras
vezes.
Joseane passa o braço no de Pedro, Renata no de Joseane e
começam a caminhar no sentido que vieram.
O rapaz não entendeu como eles entraram, pensou ser pela
entrada dos hotéis, onde existia os estacionamentos a parte, mas
quando os viu ao longe, sumir, estranhou, não viu onde eles foram,
apenas sumiram.

Sabrina olhava o sistema e olha para Dallan.


— Confirmado, alvo vivo e bem disposto.
— Onde?
— Disney's Contemporary Resort!
— Como chegaram lá?
— Ninguém viu, estamos analisando as reservas, mas deve
estar em nome de um terceiro, pois não está no nome do menino.

Dalma esperava na sala do diretor da Cience Esperience Line,


no Wonderworks, um senhor sai e ele olha Dalma.
— Entre, os números de interação do menino com o meio são
assustadores.
311
— Como assustadores.
— Ele não desliga, ele parece ligado na tomada, ele interage
com todos ao mesmo tempo, mesmo que apenas sorrindo para
uma, apertando a mão da outra, falando com uma terceira.
— Senhor, confirmei quem é o menino. – O Rosto serio de
Dalma o fez parar, ele estava querendo falar mais, mas algo tirara o
sorriso de sua assistente.
— Quem é este menino ou o que é que lhe tira o sorriso?
— Brasileiro, ele a irmã e duas namoradas, de nome Pedro
Rosa, lhe diz algo?
O senhor encosta na cadeira e fala.
— E onde ele está?
— Isto é o estranho, ele não está na casa que acompanhei ele
até lá, os rapazes entraram, queríamos conversar, mas a casa está
vazia, não sei se ele é um magico, ou um ilusionista, pois sabe que
para pessoas com perfil de percepção avançada, eles sabem onde
nos prender a atenção, para que não os vejamos sair.
— Acha que ele percebeu?
— Pelo que diz o que o senhor está olhando as costas, ele
percebeu ainda internamente isto, ele e uma das meninas, não a
que melhor saiu-se, mas uma que parece ter um interesse pelo
funcionamento dos métodos, não pelo resolver dos métodos.
— E o que este menino fazia aqui?
Dalma pega o controle da TV e o senhor vê a imagem do
helicóptero explodindo.
— Deveriam estar tentando passar desapercebido, para
entender o que os tentou matar senhor.
— Mas como eles sobreviveriam?
— Senhor, todos sabem que este menino é o que é, sua fama,
por não ter morrido, não por ser grande, por ser forte, mas por ter
sobrevivido.
— Será que ele se deixaria enredar?
— Acredito que possa ser induzido e convencido, não
enredado senhor.
O senhor olha para os gráficos e fala.
— Sabe que procuramos alguém assim a mais de 30 anos.
— Não sei senhor, estou aqui a 8 anos.
312
— Quando se criou o CEL, estávamos atrás de desenvolver
capacidades cognitivas, acreditávamos que existiam pessoas
capazes de desenvolver a mente a um nível que quase poderiam
forçar o meio a os obedecer, este menino é quase o que me diz,
sem termos o preparado para isto.
— Alguém chegou a isto.
— Este é o problema, pessoas com um senso cognitivo muito
alto, se isolam, ficam retraídas e altamente explosivas, isto gera em
82% dos casos suicídio prematuro, 7% de loucos, 5% de
esquizofrênicos e apenas 5% dos escolhidos, gênios, temos em 30
anos de experiência, 2 gênios para 164 suicídios.
— Acredita que vale o esforço senhor?
— Dalma, eu acredito que todos os mais de 200 casos que
detectamos e instruímos, teriam se matado antes da maioridade, se
não tivéssemos interferido.
— Este é o intuito, detectar bombas relógios, por isto o
pseudônimo do grupo, “Antibombas”?
— Sim, mas ai está algo que nunca vimos aqui. – Fala o
senhor apontando para a imagem do menino, com roupa de pateta,
a sorrir.
— Não entendi.
O senhor coloca a imagem de outros detectados nos últimos
30 anos, nem todos foram ali, aquele foi um disfarce que quando
criado ajudou muito a encontrar os jovens. A senhora olha a maioria
estava deslocada, estava cabisbaixa, eram ridicularizados, até
humilhados, o que seu senso de observação apurado, fez com que
eles se retraíssem mais.
— Acha que pode descobrir o que com este menino?
— Talvez Dalma, isto é um talvez, tenhamos uma forma de
desativar a bomba, se nós descobrirmos o que transforma o menino
em algo especial, podemos ajudar alguns que ainda sofrem e todos
os que vierem a passar por aqui.
— Ele realmente não se parece com os anteriores, mas repara
na forma que ele cuida das demais, ele pode ter se achado em uma
relação, ou em uma missão.
— Se for uma missão, é mais fácil que numa relação, mas
gostaria de conversar com este menino.
313
Dalma que olhava a TV ao fundo, ao ver a imagem do menino
na TV aumenta o volume.
“Acabaram de me confirmar, não foi o helicóptero de Pedro
Rosa que explodiu ao ar, o menino acaba de ser avistado entrando
em um hotel na região da Disney.”
Dalma olha para o diretor e fala.
— Ele tem quem o persegue, ele tem quem o acompanha,
tem os meios a ser uma bomba imensa, nisto não posso discordar
do senhor, se ele é uma bomba, temos de saber.
O senhor olha para Dalma, ele não havia pensado por este
lado, ele sempre evitara pensar por este lado, mas uma bomba
relógio do tamanho de Pedro Rosa, era algo a ser narrado.

Alguns relatórios chegam a Peter Drawn, um especialista do


Pentágono, da CIA, que não se metia no problema dos demais, o
relatório escrito, passado por um auxiliar, com a palavra urgente na
capa, determinava sigilo, raros eram os papeis que vinham por
escrito, muitos nem vinham, mas com o advento da internet,
somente os muito graves ainda vinham por escrito por mensageiro.
Peter abre a pasta e olha os dados.
“Positivo para Bomba Relógio”
Peter olha para os dados antes de olhar os nomes, e olha o
pedido de reforço e ajuda para desvendar o caso, seriam três
meninas e um menino com capacidade cognitiva, mas com um deles
sendo muito mais que as demais, e o principal, que fez o senhor
circundar o nome.
“Pedro Rosa”
O senhor chama o assessor e o mesmo o vê com os papeis.
— Joshua, me confirme, quem tem mais dados deste tal
Pedro Rosa as mãos?
— Tem um setor aqui da CIA que pede informação dele o
tempo todo, mas porque senhor? Vamos nos meter nisto agora?
— Nisto?
— Caçar estrangeiros no país?
— Não, mas quem da CIA esta pedindo as informações e para
que?
— Gustav Noia, ele era o segundo depois de Bellamy.
314
— Ainda nisto?
— Eles não esquecem fácil.
— Joshua, eles não esquecem o que não querem esquecer,
pois as crianças que matam, eles até negam que aconteceu.
— Mas o que precisa senhor Drawn?
— Saber quem está fornecendo os dados, e quem está na
direção desta confusão.
— Os dados vem do Novo México, quem organiza isto lá e
General Dallan, este é dos difíceis de conseguir dados, e aqui,
parece que Gustav não gostou da informação que veio do Novo
México.
— O que ele não gostou?
— Que o General Dallan recomendou prender todos os que
tiveram acesso aos dados de hoje e fizeram a operação contra o
menino.
— O que está acontecendo que ninguém fala?
— Não sei, dizem que o menino está financiando algo na
NASA e que estão falando em invasão de uma base que ele montou
para Banneker no Cabo Canaveral.
— Pensei que o problema era apenas o menino?
— Tem algo a mais, mas não sei oque senhor.
O senhor dispensa o rapaz, olha para o relógio, próximo da
meia noite e meia e liga para o General Dallan.
O general olha a ligação e atende.
— Boa noite, quem gostaria?
— Meu nome é Drawn, estou apenas precisando de
informações General Dallan, mas nada a nível de localização deste
menino que você parece ser o único que consegue perseguir.
— Para que departamento em Washington, devo confirmar
os dados senhor.
— Nosso setor se chama “Antibombas”, estou entrando no
problema apenas hoje, pois me chegou um relatório de uma base
avançada de pesquisas em Orlando, que me apontaram para um
menino, com alta capacidade cognitiva, e toda vez que surge um,
passa a minha mesa, mas nunca com carimbo de Urgente.
— Não entendi nada.

315
— Somos um grupo que tem 10 pontos de investigação que
analisam através de métodos pessoas que podem ser gênios ou
bombas relógios, o poder cognitivo deles, os aproxima, poucos
viram gênios, a maioria, vira bombas relógios, prontas para
estourar, quando me surge o teste positivo para alguém que o
exercito, a CIA e boa parte dos sistemas de segurança do país
tentam matar, e não conseguem, que tem estrutura para fazer um
grande rombo na estrutura, me colocam no caso.
“Mais malucos no caso!” – Pensa Dallan.
— E o que precisa saber senhor? – Dallan.
— Se existe alguma relação real de Pedro Rosa, com aqueles
relatórios que ninguém narra no Pentágono?
— Aqueles?
— Anjos Dallan, anjos.
— Sim, existe ligação dele a estes fatos não relatados, se
levantar a causa morte dos 200 mortos na Virginia, verá que eles
não morreram, eles caíram sem vida, em corpos perfeitos.
“200 mortos e não me relataram nada!” – Pensa Drawn.
— Mas algo de concreto? Pois sabe que todos podemos estar
colocando nossos pescoços na guilhotina se o menino for uma
bomba relógio.
— Ele é uma bomba relógio senhor Drawn, não sei se destas
que você está acostumado, mas ele sempre prefere a conversa, o
problema é que CIA, e Pentágono, raramente conversam, vocês
fazem a merda, e ainda sobra para nós, pois ninguém assume a
merda que fez.
— Porque recomenda a prisão de Norte Americanos em prol
da segurança de um estrangeiro.
— Arquivo Es2011-7849, se for alguém importante, tem
acesso, se não, não posso relatar senhor.
O senhor tenta acessar e vê que tem restrição de acesso,
pede uma e lhe é informado que tem de se relatar a seu superior,
ele era o superior daquele departamento.
— Poderia me confirmar se o fato envolvendo Bellamy tem
haver com o menino?
— Este relatório não está no sistema senhor, não existem
nem os corpos dos agentes mandados a França, então novamente é
316
com seu superior o problema, pois todos os dados foram apagados
dai para fora, não o contrario.
— Agradeço a informação.
O senhor olha em volta, olha o telefone e sorri, grampeado,
pega o paletó na cadeira, e já tarde da noite sai no sentido da sua
casa.

317
318
As vezes é difícil pensar vendo o tempo
inteiro as noticias de um atentado na TV e não
conseguir falar com seu filho, que está lá.
Ele ainda tem a pachorra de atender e
perguntar por que da preocupação, e falar com
calma, apenas acabou a bateria pai, calma.
Ser pai as vezes é tenso, ter filhos
geniosos e brilhante, mais ainda, o telefone
nestas horas não para de tocar e não sabia o
que falar, relaxei apenas quando consegui fala
com ele e ouvi ele dizer que estava tudo bem.
Filho, as vezes temos de tomar uma posição, sei que não gostaria
de perder bilhões de dólares, mas pensa, o que é mais importante,
bilhões na conta, ou estar vivo para usa-los?
Mudando de assunto, lá vou eu ter de responder novamente por
um recurso que acabou na conta de meu filho, dizem que passou em
pelo menos 30 bancos, duas agencias de corretagem e acabou na conta
de meu filho, e como responsável, lá vou eu responder. Geraldo deve
estar rindo de nós no tumulo por tamanha confusão.
As vezes queria poder processar quem me processa, as vezes
queria poder abrir as contas de quem aponta para a falha em Brasília
hoje, e quando o senhor Geraldo estava vivo, nunca olhou os dados.
Sei que nem tudo no Brasil é correto, sei que vivemos um país de
3 leis, embora alguns batam na constituição para falar, estes são bem
os que não a respeitam, uma lei para os políticos, uma para o Judiciário,
e uma para o povão.
Gerson Travesso
Curitiba, 21 de Julho de 2011

319
Este dias falei bobagem e queria me
concertar, estes dias falei referente ao termo
Politicamente Correto, e estava enganado, esta
noite terminei de ler um livro clamado Politica.
Sim, e entendi, eu tinha uma ideia diferente
da palavra, eu sempre a liguei a discussão de
ideias, mas a minha concepção estava errada,
entendo agora que politica é a forma de se
governar e se manter no poder, então sim, ai pode
até existir um politicamente correto, mas não
espere que o que eles acham correto o seja, já que
se a estrutura é manter-se no poder, tudo vale para isto, o correto é o que
lhe permite isto, e ai começo a entender alguns partidos do país.
Acho que começo entender o mundo em si a minha volta, já que
tudo o que represento, é uma pessoa, que não tem objetivo de governar,
apenas de ser, quero ter o direito de ser o que eu quero, e não preciso
impor isto a sociedade, apenas exijo que ela me aceite assim.
Mas é triste quando as pessoas lhe olham, e querem imperar sobre o
que você faz, é triste saber de antemão que a pessoa a sua frente, não é
apenas um vendedor de casa, é incrível saber que se eu estiver com um
chapéu do pateta e camisa laranja, chamativa, sapatos do pateta, consigo
andar a rua, e ninguém vai me reconhecer, mas se eu estiver diante de um
repórter e falar. “Sem problema, dou uma entrevista”. Será destaque em
questão de horas na TV.
Estranho não ir a uma inauguração de algo que projetei, mas
desculpa Sanches, não poderia levar malucos vestidos de cinza a uma festa
com crianças a volta.
E por ultimo, estava em um dia divertido, até alguém me perguntar,
e sei que poucos reparam nisto, reparou que era um teste cognitivo aquele
lugar? Os pensamentos foram ao teste e pior, não sei se me sai bem no
teste, já que nem o percebi, mas realmente, agora sei que existem
brinquedos em Orlando, que são testes cognitivos.
Então chego ao hotel e meu celular que havia acabado a carga toca
assim que coloco para carregar, e meu pai me perguntava se estava bem, a
pergunta inicial, porque não estaria? Milhões de respostas para mim mesmo
pela minha própria mente.
Descubro que acharam que havia sofrido um acidente, quer dizer,
lançarem um míssil nos Estados Unidos contra um Helicóptero não é um
acidente, mas mostra bem para mim, que alguns não me querem por perto,
para que ficar então?
Pedro Rosa

320
Pietro em Paris, olha para os saldos da conta e sorri.
Call entrava pela porta com um sorriso e fala.
— Alguém me explica estes dados?
Pietro olha para Call e fala.
— Como um menino me falou a poucos meses, que formaria
bilionários e não funcionários, o que mais poderia ser Call.
— Estes dados estão certos?
— Sim, mas precisamos conversar Call.
— Sempre vem o peso após a bonança.
— Sim, hoje vai ser um dia corrido, e todos sabemos que os
montantes nas contas, são para ficarem nas contas até resolvermos
os problemas.
— Certo, sem mundo não existe felicidade.
— Sim, mas preciso de gente trabalhando, o CNES quer que
vá lá e confirme os dados, vou e você vai a 10 das nossas cedes, e
vai contratar físicos, astrofísicos, como não estamos contratando na
França até a volta do recesso, melhor contratar em Londres.
— O que mais Pietro?
— Estou passando para eles os dados, não se assustem, quero
gente pensando, não entrando em pânico.
— E vai fazer oque no CNES?
— Jean-Yves quer trocar umas ideias, e nem sei quais ainda.

Pedro acorda cedo, dá um beijo em Rita e vai ao banho, olha


para fora, deixa um recado na mesa e sobe para o café, toma ele
com calma e desce até o estacionamento.
Um agente da CIA olha o menino caminhando na calçada,
parecia um alvo fácil, mas olha para o mesmo contornar um
canteiro, e sumir.
Pedro entra na nave, aciona o sistema de ignição e dispara
para cima, os agentes chegando sentem o ar mas não veem nada.
Pedro ruma a leste e desce na frente de sua casa em Cocoa,
abre a porta e deixa a nave ali, visível mas protegida por um campo,
entra na casa e olha para ela toda revirada.
Entra na garagem e desce para a base.
Carlos estava a olhar os últimos preparativos quando vê o
menino a porta do grande hangar.
321
— Veio ver?
— Como estão as coisas Carlos?
— Sem ideia, e querendo trocar algumas.
— Tudo instalado? – Pergunta Pedro apontando para a
grande vela.
— Sim. Abaixo dela, como você e o engenheiro da NASA
falaram colocamos um grande trilho, mas não entendi.
Pedro acessa o sistema, liga o portal e todos que estavam no
hangar tem a sensação de que o mesmo se ampliou imensamente
no sentido da parede.
Carlos olha o lugar, a altura e o cumprimento e pergunta.
— Não entendi, o que é isto?
— Carlos, este buraco ai, fica a 600 metros abaixo, mas o
portal o põem do lado, o buraco tem mil metros de comprimento,
onde vamos acelerar a vela em terra e atravessar ela a mais de 800
km/h o portal no outro estremo.
— Quer ganhar velocidade, a lançando já com uma inicial.
— Quase nada, diriam alguns, comparados a Mac 8 e alguns
foguetes, mas não temos como acelerar uma vela para cima,
teríamos de a montar lá em cima, e depois a acelerar aos poucos.
— Certo, ela sai inteira e já em velocidade de avanço.
— Outra coisa, o motor deve a acelerar, espero que as
estruturas aguentem, mas assim que ele passar, esta passagem
inicial se fecha, do outro lado se abre e o vácuo deve acelerar ela
mais um pouco para fora.
— Um teste de peso.
— Sim, mas vamos o fazer com as velas recolhidas,
aceleramos ela no espaço e abrimos as velas assim que tiver no
espaço, evita rasgos.
— E pretende lançar quando?
— Assim que me mostrar que os equipamentos estão
conectados e prontos.
— Não vai esperar o pessoal da NASA?
— Carlos, eu os coloquei ali para ajudarem, estão pesando
contra, vocês aceleram e eles freiam, sei que falei para lançarem
dentro de 7 dias, mas se está pronto antes, porque esperar?

322
— Eles são por testes e mais testes, antes de lançar, o
protocolo deles é a segurança, admiro eles por isto, mas entendo
onde quer chegar, não estamos falando de segurança da nave e sim
do planeta.
Carlos caminha até uma sala, e lá estava a leva de
equipamentos, de câmeras, de dados e medidores.
Carlos olha para um dos poucos engenheiros da NASA que já
estavam ali e fala.
— Como estamos?
— Prontos senhor Carlos, o que vão testar?
— Como lançar algo da Terra, sem nave, a mais de mil
quilômetros por hora. – Pedro.
O engenheiro olha o menino, talvez a imagem dele nas TVs
estivesse o tornando mais conhecido.
— Dizem que você morreu ontem.
— Eles tentam, mas uma pergunta, a ignição elétrica está
pronta?
— Sim.
— Os propulsores estão instalados, conectados e cheios?
— Sim, fica tenso sabendo que ao lado tem uma soma de
Nitrogênio Liquido.
Pedro pega o computador as costas, encosta no comando e
calcula os dados finais, coloca as coordenadas e no hangar todos
veem piscar as luzes de evacuação.
Os funcionários soltam os últimos lacres de segurança
enquanto as velas se recolhiam, os funcionários foram fechando
portas pesadas de acesso, e uma contagem regressiva se iniciou,
todos viram aquele corredor por onde a vela Aeronáutica iria correr
se ascender, o engenheiro viu os comandos ao fundo começarem a
dar dados, e sem entender, pois não tinha ninguém ali para ver
aquilo, o grande objeto na sala ao lado começa a acelerar, ele passa
pelo portal e este se fecha e as imagens mostram o espaço no ponto
oposto, e a grande experiência se lançar ao espaço.
As câmeras voltadas a Terra começam a dar suas
coordenadas, e endireitar a linha de avanço no sentido do sol, e as
velas começam a se abrir.

323
Os instrumentos assim que focam no sol, através de espelhos
refletivos, para não pegar diretamente a luz, começam a dar dados
e a os transmitir.
O engenheiro olha para aquilo e fala.
— Veio lançar a Vela, todos esperavam isto para dento de 5
dias.
— Senhor, com todo respeito, eu amplio minhas ideias
enquanto caminho, dentro de 5 dias lançaremos outra.
O portal se abril novamente e Carlos viu os autômatos
puxarem de um local, que era bem amplo, mas evidentemente
aberto, pois era dia, uma grande vela para a parte do hangar, os
mesmos terminam de trazer, e começam a lavar cada canto daquela
nave.
— O que estão fazendo? – Engenheiro.
— Desinfetando, não sabemos se existe algo nestes mundos
que possam nos prejudicar, mesmo não tendo nada aparente, eles
vão limpar, depois vocês tem de começar a colocar as velas e
equipamentos tudos de novo, é um trabalho repetitivo, e que
vamos fazer quantas vezes conseguirmos até termos os dados que
precisamos.
Carlos olha um dos rapazes vir da parte baixa e falar.
— Começando a ter dados reais.
— Bom, quero dados, quero saber quando e como vamos
enfrentar isto.
— É bom ter dados novos, mas a cada dia teremos eles mais
precisos senhor.
Carlos olha par o engenheiro da NASA e fala.
— Sei que são pela segurança, mas precisamos dos dados,
agora sabemos que o corredor de lançamento funciona, o que nos
facilita colocar outra leva de pequenas velas no espaço.
— Outras velas?
— Nosso primeiro guarda chuva espacial, que deve estar
pronto daqui a 4 meses, com 67 velas de duas milhas.
— Um nada.
— Sim, temos tentado pensar em como enfrentar, mas ainda
não sabemos, mas vamos montar um guarda chuva pequeno, se
vier a ser preciso, passamos ele mais para o lado do sol, mas vamos
324
o afastando da Terra aos poucos, para a sombra ser cada dia maior,
mesmo que a sombra seja um nada.
— Nada de grande monta ainda? – O engenheiro.
— Nada que pudesse salvar as demais espécies do planeta de
extinção, salvaríamos os humanos e veríamos o planeta que hoje é
só vida, virar um cemitério de seres que cozinharam aqui embaixo.
— Assustador.
— Sim, e ninguém está me dando novas ideias. — Pedro.
Carlos sorriu e falou.
— Vamos conversar lá dentro, agora é parte técnica, eles tem
de ter dados para nos confirmar.
Pedro seguiu Carlos a sua sala e este olhou para fora.
— Eles vão odiar não ter visto o lançamento.
— Eles ainda estão na parte festiva Carlos, eu quero o
resultado.
Carlos pega um cristal que tinha a prateleira e coloca num
recipiente e fala.
— Temos uma forma de barrar mais de 20% do evento, mas
não sabemos ainda se conseguimos montar Pedro.
— Fala, uma ideia para 20% é muita coisa.
— Os cristais, são passiveis de criar uma energia de interação,
aquela que nos deixa invisíveis, mas o cristal recarrega quando nos
deixa invisível, pois ele está distorcendo a luz, se colocarmos 26
satélites a volta da terra, o seguro seria 30, teríamos como fazer
esta proteção, de dentro nada veríamos, entraríamos em uma super
noite, de fora os íons passariam como se não tivéssemos aqui, por
aproximadamente 15 horas, quando os cristais estourariam, eles
não conseguiriam mais reter a chuva de íons.
— E não conseguiríamos por duas linhas de 26 satélites?
— Nem sabemos se conseguimos uma, falei ontem sobre a
ideia com alguns da NASA, eles dizem ser impossível algo assim.
— Eles ainda nos olham pelo tempo que estamos nisto Carlos,
e sabe que se pararmos a leva inicial de 15 horas, talvez a ideia de
sobrepor umidade no ar, a mais, possa segurar as 20 primeiras
horas, já seria um ponto a começarmos a pensar.
— E como faremos?

325
— Lançaremos nossos satélites, se eles não acreditam, o que
podemos fazer além de passar por malucos bem pagos Carlos.
— Certo, gostei da forma de lançamento, assim facilita muito
o trabalho.
— O único inconveniente é as velas estarem bem presas, e
prontas para abrir após, mas acredito que devemos ter pelo menos
alguns indo ao espaço e nos dando os dados, preciso saber quando.
— Sempre torcendo que seja algo pequeno.
— Sim, que seja um evento único de 79 horas, pois dois de 35
horas podem ser mais mortais que um de 79 horas, pois um tiraria
tudo do espaço, todas as nossas resistências, e o segundo nos
queimaria vivos.
— Vamos achar mais formas.
— Segura ainda a informação, vamos fazer isto sem alarde.
— Certo, pelo jeito está decepcionado.
— Desiludido, esperava isto, mas sempre me desiludo rápido.
— E aquele helicóptero explodindo ontem?
— Carlos, enquanto vocês trabalham aqui, calmos, a CIA
tentou entrar com mais de 100 homens neste lugar ontem, todos
estão em algum lugar do México sem documentos.
— Eles lhe atacam porque querem os buracos?
— Eu vou parar de fazer buracos, vendi já bastante, e tenho
coisas a entregar até o ano que vem, não me adianta querer ajudar
e virar alvo de malucos.
— E a CIA?
— Se eles quiserem um buraco eu forneço para eles.
— E não vai ficar tenso com isto?
— Eu vou, eles, acho que vão relaxar um pouco. – “Prensado
as paredes” pensa Pedro. Pedro se despede e começa a sair.
Pedro sai da garagem e vê sua casa cercada, olha para um
senhor a frente e fala.
— Quem me aponta a arma?
Um senhor ao fundo olha para Pedro, uma criança, as vezes a
imagem a TV distorcia a compreensão das pessoas.
— Meu problema em pessoa.
— Não sei quem é o senhor para ser seu problema.
— Me conhecem por Noia.
326
— E no que posso ajudar aos covardes da CIA? – Pedro
olhando o senhor.
— Me disseram que era um arrogante, demoramos para
saber por onde você entrava na base, mas agora sabemos.
— Qual a novidade Noia?
— Que hoje você não escapa.
— Avisa estes ao fundo, que quem não atirar em mim, não
morre.
— Acha que eles tem medo de você?
— Se não tem, pode ter certeza, não são grande coisa, pois
sei que você tem medo de mim, senhor Gustav Noia, não sei se você
era agente de Bellamy ou amante de Bellamy, mas para mim, tanto
faz, ele já esta na casa do inferno.
Um dos rapazes destrava a arma e Pedro bate no peito, tudo
em um raio de 100 metros dele, com exceção da nave que estava
com sua proteção ativada, se desintegra, Pedro olha para a casa,
agora pó, olha para o acesso, pó, um buraco a volta de perto de
meio metro, somente pó, até parte da rua havia desaparecido, ele
toca o chão, olha para os vizinhos assustados, caminha até o
veiculo, entra nele, este fica invisível e some.
Pedro chega ao hotel, sobe ao quarto e acorda as belas
adormecidas.
Pedro estava sorrindo quando liga a TV e uma reportagem
falava de uma grande explosão e que a casa que ali tinha, não tinha
sobrado nada, uma imagem mostra o movimento a rua, os agentes
fechando a rua e afastando os curiosos, aquela nave estacionada na
frente da casa, estava um agito, no segundo seguinte, se ouviu um
barulho surdo, bem baixo, e tudo que tinha a frente, virou pó, e um
menino que estava no oposto do terreno, que na imagem inicial não
se via, fica visível.
Pedro na imagem toca o chão, os demais não viram nada, o
senhor na câmera filmava o buraco a frente onde havia antes a
casa, Pedro chega a nave, que flutuava agora um pouco, entra nela,
e o rapaz vê a nave sumir.
Renata as costas olha a imagem e fala.
— Mais mortes?

327
— Duvido que alguém estivesse ali Renata, mas desta vez
filmaram, e paciência, vamos a diversão.
— Quem eram?
— 32 homens da CIA, o rapaz que fora deixado aqui para
apagar as pegadas de Bellemy na França e parte dos seus agentes.
— Ainda isto?
— Sim, ainda isto. – Pedro olha para fora e fala – Tomem o
café que vou comprar nossas roupas e resgatar nosso maior
acompanhante. Talvez tenham crianças vindo junto, mas calma,
ninguém é menor que eu.
— Certo, vai aprontar.
— Vamos.

Dallan olha as imagens, antes mesmo de chegar na base, a


diferença de fuso horário colocava a noticia em destaque antes
mesmo dele acordar direito.
Sabrina olha para Dallan, estava retida na entrada da base,
Donald estava para dentro e olha os dois.
— Deixa aqueles dois entrarem.
Donald olha para Dallan, que nem parecia preocupado, olha
para Sabrina e fala.
— Sabe que podem ter entrado para lista negra do exercito,
vocês dois?
Dallan olha para Donald serio, mas ainda estava acordando.
— Vai nos culpar de sua burrada agora? – Dallan.
— Sei que acobertam este menino.
Dallan olha em volta e fala para um que lhe apontava a arma.
— Se vai atirar em um general do exercito, melhor fazer de
uma vez soldado.
O soldado olha para o general, sabia que não deveria estar
fazendo isto, mas cumpria ordens. E não desviou a arma.
Dallan olha para Sabrina e fala.
— Pena não termos a proteção do menino.
— A ação do soldado Dallan, mostra que Donald inventou
uma historia, e quando o soldado cumprir a ordem, ele ainda acusa
o soldado de ter errado, bem cara de covardes de Washington, que
encobriam aquela ação da CIA, mesmo sabendo do risco.
328
— Me chamou de que? – Donald olhando a Tenente.
— Covarde, e se quer discutir isto, é só mandar eles baixarem
as armas “general”, que mostro para eles no braço que seguem um
covarde, corrupto, assassino de inocentes, está desafiado.
Sabrina olhava para o general, Donald sabia que os dois não
poderiam ter acobertado as coisas, mas era obvio, algo vazara e os
dois eram os mais fáceis de culpar.
— Sabe que está conseguindo uma transferência para o
Alasca?
— Obrigado senhor. – Sabrina olhando para Dallan.
— Vai apenas a mandar para lá, pensei que era homem, não
pode com minha Tenente direta e quer arrotar alto general Donald,
o palhaço do menino a dois dias, e o imbecil a minha frente agora.
— Acham que me desacatam e não vão responder?
— Donald, se tivesse ordem para esta operação, este soldado,
não estava me apontando a arma, sabe disto, é uma interferência
sem ordem, eu saio, você cai em horas, e desculpa, demorei
segundos para entender o que minha Tenente queria dizer.
A base começa a ser cercada por mais militares e Donald ouve
ao longe.
— Todos abaixem as armas.
Dallan não sabia quem era, mas vinha em uma boa hora.
Os helicópteros do exercito surgem ao ar, tanques de guerra
a toda volta, sinal que algo grande estava acontecendo.
O soldado abaixa a arma e uma leva de generais descem mais
a frente, os soldados viram que a reunião era pesada, e Donald viu
que teria de explicar sua ação ali.
O secretario sai do carro e a segurança do presidente abre
caminho, os demais olham para aquilo sem entender.
Dallan olha para Sabrina e pergunta.
— Acha que seria um caminho?
— A região tem um ecossistema próprio, os mares teriam 4%
de sua vida mantida ali.
— Acha que resistiria 79 horas?
— Não sei, mas é uma ideia a alimentar, Circulo polar, o que
estiver na sombra no dia.
— Espera que seja o norte?
329
— Tem mais vida que o sul Dallan.
Os generais chegam e MacCartney olha para Donald e
pergunta.
— Que operação é esta Donald?
— Estou detendo toda a base.
— Sabemos disto a mais de uma hora, pois precisamos de
dados dos satélites e você parou novamente o envio de informação,
queremos um motivo, apenas um.
— Alta traição do General Dallan e Tenente Jones.
— Alta traição não é sua função avaliar, e não vi nada nas
mesas do Pentágono afirmando isto General.
— Eles apoiaram o fugir e sair da vista de um terrorista em
nossas terras senhor, temos hoje mais de 32 agentes mortos por
esta causa.
— Agentes mortos em uma operação que não existia e que o
presidente disse para não executar, você quer dizer.
— Mas ele os matou.
— Prove a afirmativa, a TV divagar sobre isto tudo bem, mas
o senhor, estranho.
— Eles viraram pó, está em todas as TVs.
— Sim, quando liguei para a Tenente Jones para sumir com o
material as 3 da manha local, ela me atendeu, estranhei não
conseguir falar com ela após isto, e desencadeei a operação a sua
volta, este vídeo não teria ido ao ar, se o senhor não a tivesse
detido General, então quem vamos processar por Traição ao
Exercito dos Estados Unidos da América.
— Eu não os trai.
— Mas deu proteção do exercito para uma operação ilegal no
Cabo Canaveral ontem, e uma hoje cedo, tentou matar o menino
ontem e hoje cedo, porque general? Ele não terminou o trabalho
sujo ainda, porque o matar?
— Ele é um terrorista.
— Ele é uma criança de 13 anos, e tenho de concordar com
um especialista no Pentágono, especialista em estudos cognitivos,
um general que tem medo de uma criança, que já o defendeu dos
demais, tem de passar por uma avaliação psicológica urgente.

330
O general MacCartney olha para o segundo no comando e
fala.
— Retirem seus homens, isto não é área para principiantes,
espero que não se tenha dado acesso a alguns a mais neste
instante, que alguém terá de responder por isto.

Pedro pega o Monorail, vai até a região da Epcot, desce na


estação, passa sua credencial e entra na Disney, caminha até a
região das lojas e entra na Word of Disney, a moça olha para ele e
fala.
— O famoso terrorista na minha loja?
— Transferiram você para esta? Terrorista, eles nem
imaginam o quão grande é este terrorista que eles falam.
— Vai querer fantasia de que hoje?
— Teria de ser algo diferente, tem Professor Pardal?
— Não. Sabe que todos olham para seu parque como algo a
conhecer.
— Mais turistas, lá não é para pobres que economizam no
presente comprando linhas paralelas.
— Pensei que queria algo mais Popular.
— Acho que as pessoas não me entendem, normal, mas ainda
tem algumas coisas a construir lá antes de inaugurar.
— Vi as imagens do hotel se formando, aquilo deve ser
incrível pessoalmente.
— Serão vinte e duas construções na entrada, que toda a
segunda se construirão, mas a surpresa eu deixo para o dia da
inauguração.
— Surpresa?
— Quem for verá.
Pedro olha as mascaras e roupas de irmãos metralha, sorri e
fala.
— Decidido.
— Algo simples pelo jeito.
— Sim, mas vê os tamanhos grande, duas, e seis para crianças
um pouco maior que eu.
— Vai aumentar a leva de pessoas?
— Devem estar procurando 4 crianças disfarçadas hoje.
331
A moça sorriu, o menino pagou e saiu com uma sacola,
pequena comparada a ultima, mas ela sabia como o menino iria se
vestir.
Pedro atravessa o parque e chega a portaria do Disney's
Beach Club Resort e olha para o atendente.
— Poderia chamar para mim o senhor Robert Still, e o senhor
Guto Fross?
— Qual o assunto com Guto Fross?
— Pagamento dos estragos da minha estadia no quarto.
O rapaz olha serio, o menino estava ali novamente, viram
uma leva de clientes sumirem do hotel, como se o seguissem no dia
de ontem, quando souberam que o menino havia saído.
Pedro olha a recepção, o atendente o chama e fala.
— Ele o espera na sala dele, a terceira.
Pedro entra na região da direção e olha para o senhor
sentado a sua mesa, olhar descrente para o menino.
— Pedro Rosa em pessoa a minha sala.
— Sim, vim acertar a minha parte de gastos, já que não tem
segurança para proibir que os atiradores subam, mas tem coragem
de me cobrar por não ter morrido senhor Fross, vim acertar a
diferença.
— Tem de entender menino.
— Eu entendo que a segurança deste lugar é um fracasso,
estava mais seguro parque a dentro que aqui, então não vamos
discutir senhor Fross, apenas quero saber quanto eu devo.
O senhor olha serio para o menino.
— Vai mesmo montar um parque ao norte em Apopka?
— Sim, mas já tirei a proposta que tinha passado ao Beach
Club Resort, deve entender minha posição, eu como dono de hotel,
não gosto de ser colocado para fora pelo atendente, sem ver a cara
de quem me põem para fora, desculpa, mas isto para mim mostrou
bem a índole de quem administra este hotel senhor.
A secretaria trouxe o custo, o menino olhou e perguntou.
— Acerto isto no caixa?
— Pode ser.
— Passar bem senhor Fross.

332
Pedro sai pela porta, a secretaria olha para o senhor Fross e
pergunta.
— Problemas?
— Acabamos de decidir que não teremos o hotel no novo
parque, disse para segurar aqueles agentes, o menino sobreviveu, e
se ver pelo lado dele, tem razão, a sociedade e a parceria nunca se
faria entre nosso hotel e a Rosa’s Inc. com ele morto.
A secretaria olha para o menino no fundo do corredor e
pergunta incrédula.
— Isto é Pedro Rosa?
— Sim, este é o empresário do ano chamado Pedro Rosa, que
nosso hotel colocou para fora, este não entra mais neste hotel
como hospede.

Pedro acerta a conta e olha para Robert vir da região do


elevador.
— Voltou?
— Vim acertar a bagunça que deixei, e como está Robert,
pronto para mais uma aventura?
— Sabe que hoje estou em um dia em família?
— Levamos eles junto.
— Não sei... – Robert tentando escapar.
— Sabe que não insisto, mas se não vai, paciência.
— Eles lhe acham perigoso.
— Sou, sabe mais disto que eles Robert, o que se vê nas
câmeras de TV, foi o que aconteceu no quarto ali em cima, quando
eles dispararam contra nós, mas ali nós sobrevivemos, e ninguém
filmou, lá, vim a tona apenas depois de tudo desaparecido a frente,
mas é a mesma coisa, sabe que não ando armado.
Um menino chega ao lado do avô vê e pergunta;
— Amigo da nossa idade vô?
— Não, mais novo. Pedro Rosa, estes são meus netos.
A cara estranha do menino foi que fez Pedro sorrir.
— Com isto que anda por ai vô, pensei que era algo maior.
— Se vai ficar em família, to indo.
— E qual vai ser a fantasia do dia?
— Estou no parque hoje, é fácil me achar Robert.
333
Pedro sai com a sacola, e um dos netos pergunta;
— Não vai se divertir, pensei que iriamos nos divertir vô?
— Querem fazer oque?
— Não sei, seus programas são chatos vô.
Robert olha para o menino, não tinha como voltar atrás,
Pedro sabia que tinha fantasia a mais ali, mas não iria implorar para
ninguém voltar a lhe seguir.
Volta ao hotel e vai ao quarto, toma um banho e olha pela
sacada.
Arruma sua mascara, coloca a camisa vermelha com o
numero na frente, a calça azul, os sapatos exagerados, e o boné azul
claro com o numero na lateral.
Pedro se olha no espelho e fala.
— Dia de Família Metralha.
Rita entra pela porta e vê Pedro já caracterizado.
— Vamos de ladrões hoje, o que vamos roubar? – Rita.
— Meu coração já roubaram, o resto, detalhes.
— Robert não veio?
— Ele não aprendeu a sorrir ainda.
— Certo, mas foi e convidou.
— Tinha até roupa extra para os netos e para o filho, mas se
não vão, paciência.
— Você não leva eles a serio mesmo.
O grupo vai no sentido do Monorail, que passa dentro do
hotel que estavam e depois para Magic Kingdom.

Dallan chega a região dos experimentos e descobre que o


autômato que haviam conseguido, no meio daquela confusão havia
sumido, e o engenheiro do programa, de nome Pietro, havia saído
com aquilo com apoio da CIA para alguma base no Pacifico.
Sabrina olha para a cara de desgosto de Dallan.
— Agora o menino tem mais que nós, sabia que tinha de ter
algo por trás disto, eles queriam o autômato, desviaram ele
enquanto nos barravam, e ainda vai sobrar para nós.
— Porque sobraria?
— Pietro é um civil, colocado para dentro através da
universidade em nossa base, se ele fizer alguma burrada, nós que
334
justificamos, mesmo que não tenhamos feito nada, que não
possamos nem interferir no que o senhor fez.
Sabrina olha os dados, olha para Dallan e pergunta.
— E o que vai fazer?
— Sei lá, odeio perder um dia organizando as coisas.
Sabrina foi ao controle, muita coisa mexida, tentativas de
invasão através de um pendrive, algo estava errado, põem o
rastreador do sistema para verificar entradas indesejadas e vê todas
as adulterações de sistema do ultimo dia e os cancela, teria
problemas com o jogo que fora lançado, alguns usuários perderiam
seus avatares, mas isto ela colocaria manualmente cada um que
reclamasse.

Peter Drawn estava sentado a sua sala quando o General


MacCartney entra na peça pergunta. Peter estica a mão para
MacCartney, que olha sua mão, como se tivesse sentido algo.
— Quais dados tem para nós Peter?
— Problemas General, pessoalmente em minha sala?
— Odeio segurar quem não deveria, e deixar livre quem
deveria prender Peter?
— O que fez que não gosta?
— Eu não gosto deste menino.
— E no que posso ajudar general, se não me dá nem acesso a
ficha do menino, diz que tenho de falar com meu superior, sabe
quem é meu superior?
— Seus superiores não estão na imagem da TV, mas há esta
hora são pó Peter, este é o problema, este menino tem uma
proteção que não conseguimos entender, e nem enfrentar, no meio
de uma crise global.
— Crise global?
O general olha para o rapaz da CIA e fala.
— O sistema não os deu acesso ao problema?
— Que problema?
— Este maluco do Donald não explicou nada pelo jeito aos
demais, ele apenas quer gente maluca a rua.
— Não estou entendendo nada General.

335
— Estamos estudando a possibilidade de um evento de
extermínio total da humanidade, o menino é quem mais está
trabalhando nisto, ele dispôs de dinheiro próprio, e de grandes
investidores para tentar enfrentar algo que deixou a NASA em
pânico.
— Está falando serio General?
— Sim, estamos falando de uma nuvem de Íons saindo do sol
e nos atravessando por 79 horas, não sobraria ser vivo sobre o
planeta, ferveria mares, pessoas ferveriam ao solo com tudo
queimando ao redor.
— E jogaram todo peso sobre uma criança?
—Sim, e vem um alerta seu que a criança pode ser uma
bomba relógio.
— Pelo que entendi, ele tem um grau de inteligência e
percepção de um gênio, mas as imagens mostram alguém frio,
calculista, mas o que uma criança pode ajudar general, porque não
estamos nós fazendo as coisas?
— Estamos, a mais de 20 anos preparando rotas de fuga e
buracos para esconder uma pequena fatia da população se
acontecer, a poucos dias o menino entrou nisto, jogou recursos em
empresas espaciais do mundo querendo a resposta se era o que
falavam, e vem a confirmação que assustou todos, entraram em
pânico, até o menino falar com eles, somente depois dele conversar
com eles que começaram a pensar sobre isto, da reunião de analise
dos dados, chegou-se ao volume da nuvem, mas não a data do
acontecimento, e se corre atrás disto até hoje, hoje cedo, o menino
foi ao cabo Canaveral para lançar a primeira vela aeroespacial no
sentido do sol, não sei onde lançaram, mas a NASA já tem os dados
chegando, quando o menino sai da base, para voltar a Orlando,
acontece algo, aquilo que vemos apenas parte.
— E mesmo assim gostaria de deter o menino?
— Ele nitidamente deu fim em um grupo da CIA e está
caminhando pelo nosso país como se fosse dele.
— Quando lhe passei os dados ontem a noite, não imaginava
que o menino seria cercado pela manha, senão teria alertado o
grupo interno, mas ninguém daqui sabia do caso do sol, e senhor, se

336
for para perder alguns e vencer no final, sabe que é parte do custo
das guerras.
— Mas você apontou para uma bomba relógio.
— Sim, mas não tenho acesso aos dados do menino e nem do
problema, passei para você para tentar entender o problema, pois
não tenho acesso aos dados que podem me confirmar isto, e nem a
permissão de me aproximar do menino, pois o chefe da operação
que identifica estes casos, ficou encantado com o menino, disse que
ele poderia ser um caminho de cura aos que tem a mesma
disfunção e terminam se matando.
— Então não tem a certeza dele ser uma bomba relógio.
— Ele tem a habilidade cognitiva de pessoas que são bombas
relógios, mas ele é mais eficiente, rápido, inteligente e sorri, então
ele é um caso a se estudar, mas pelo jeito, ele além de tudo isto,
domina uma tecnologia que não temos.
O general começa a passar dados para Peter, parecia não
segurar nada, como se estivesse abrindo a vida de Pedro sem a
menor preocupação se o matariam mesmo.

Pedro estava saindo da Big Thunder Mountain quando lê uma


mensagem de Sabrina, passada pelo e-mail particular dela, em uma
caixa com restrições de acesso pelo sistema interno do programa do
menino.
Pedro lê e olha as meninas.
— Onde? – Renata.
— The Haunted Mansion. – Pedro.
Pedro pega o celular e disca para o Almirante Jason e fala.
— Almirante, podemos conversar?
— Fala menino?
— Acabaram de me passar uma ideia, não sei se é aplicável,
mas assim que determinarem a data do evento, começaremos a
montar uma base ou no polo sul ou no norte, onde for a noite
eterna, ela sempre está sobre uma região, se identificarmos que
estamos numa fase de noite de mais de 79 horas, neste ponto
montaremos uma base com tudo que temos, náutico, exercito, e
tudo mais, outra coisa me passou a mente, a inclinação do planeta

337
vai por si, poupar um dos polos, vamos preparar uma base de
sobrevivência a mais Almirante.
— Sabe que eles pensam que você está descansando ou os
provocando.
— Esta ideia não foi minha Almirante, mas se a pessoa que a
teve falar, seu exercito a afasta, apenas por ter proposto, isto que
não estou entendendo, vocês deveriam estar ajudando.
— Eles estão em pânico.
— Sei disto Almirante, amanha religa o campo de proteção, já
ficaram muito tempo visível Almirante.
— Certo, mas vou falar com os técnicos, se der para deixar
um grupo pronto para sobrevivência a mais é sempre bom.
— Talvez seja o que salve a vida do planeta Almirante, pois
temos de ter por onde recomeçar.
Pedro se despede e continua a se divertir.

Pietro chega a sede da CNES e Jean-Yves o cumprimenta.


— O que quer falar Jean?
— Vamos sair da rua, não é assunto para locais abertos.
Pietro olha em volta e pensa.
“Todos na paranoia!”
Pietro olha para a sala que Jean o conduziu, sabia pelo ar que
não estava mais no mesmo lugar, olha o senhor e pergunta.
— Onde estamos?
— Gosto de gente rápida, estamos na Guiana, ali fora, uma
base de lançamentos de satélites que está a cada dia mais ativa,
sobre nossas cabeças, mais de 50 metros de rocha, depois areia, e
depois um parque aquático em construção.
— O que quer falar?
— Pietro, Carlos achou uma forma de deter pelo menos uma
boa parte inicial do problema, mas precisamos de recursos, e estes
não vão para o CNES, pois lá eles estão ainda naquela posição de
não acreditar nos dados, mas precisamos de recursos para lançar
pelo menos 56 satélites, em menos de 8 meses, precisamos de toda
a estrutura que a empresa conseguir gerir neste intervalo.
— Qual a saída?

338
O senhor olha para a mesa e coloca uma maquete da terra,
coloca os satélites sobre o planeta, como se estivessem em orbita, a
toda volta e liga a proteção, e depois deixa a maquete invisível a
mesa.
— Quanto deteria algo assim?
— A proteção um, com 26 satélites, mais de 15 horas, se
conseguirmos colocar duas linhas de proteção, poderíamos garantir
as primeiras 30 horas sem problemas, teríamos a onda mais leve, do
fim para enfrentar, e não a primeira e mais pesada.
Pietro olha a maquete e fala.
— Confirmaram os dados?
— Eu não entendi quem confirmou, mas o menino está
disposto a por todos a trabalhar nisto, cabo Canaveral vai lançar
uma vela espacial a cada 4 dias, ele pretende por mais de 30 delas
indo ao sol, ele esta montando uma linha, que ele chama de guarda
chuva, que vai no sentido do sol, este guarda chuva, tende a estar a
um dia da Terra a nível de velocidade que os Íons viajam no espaço,
o que faria as linhas de defesa serem erguidas.
— E quem vê vocês não diz que estão trabalhando em
conjunto.
— Estamos pensando em conjunto, o menino passou uma
distração ao exercito americano a pouco, mas que pode ser em caso
de fracasso o reinicio, pois alguém lembrou que dependendo da
posição do sol, teremos em um dos polos, mais do que às 79 horas
de noite total, um local ideal para deixar uma base com nossos
conhecimentos, mas principalmente, para enviar as coordenadas
para os demais.
— Já tem a data?
— Ainda não, mas acredito que em 30 dias, teremos os
primeiros cálculos, em 3 meses, ainda este ano, teremos a data.
— Dai não será possibilidade, dai será realidade.
— Sim, mas pode ser que daqui a 3 meses, eles no lugar de
nos ajudarem, estejam querendo se esconder do problema.
— E o que tem nesta base?
O senhor liga as telas as costas e Pietro vê a base em um
corte transversal.

339
— Temos 20 pontos de lançamento, estamos montando os
primeiros 26 satélites de proteção, mas tem equipamentos caros e
peças importantes, que não conseguimos comprar.
— Me passa o que precisa, que vamos conseguir, pelo jeito
nem os rapazes no CNES desconfiam que você não está lá?
— Acho que na hora certa os atraio para cá, mas espero não
precisar de algo tão drástico.
— Porque não pensaram em uma terceira linha de proteção?
— As linhas precisam de um espaço entre elas, pois a
primeira explode no fim, se tivesse muito próxima, atingiria a
segunda, e mais distante o campo não vai fechar, e mais próximo,
cairia, não se manteria no espaço.
— Acho que vamos precisar de sorte, e sabe o quanto o
menino odeia contar com a sorte.
— Sim, sei que teremos de contar com a sorte, mas se
conseguirmos, teremos dispendido milhares de dólares, e as
pessoas na Terra nem sentirão.
— Espero que sim Jean, as vezes me custa acreditar, mas não
é hora de pensar, é hora de fazer.
Pietro se despede, e volta a empresa, sabia agora que o
menino estava avançando no sentido de solucionar o problema.

Sabrina olha serio para Dallan.


— O que aconteceu?
— Não sei, me vetaram o acesso, ou nem eles tem o fato, mas
nem nós e nem CIA estão com o protótipo, mas não sei oque
aconteceu.
Dallan olha os dados, teria de narrar algo, a moça colocada
por Pietro ali, ainda estava na parte baixa, odiava aquela sensação
de que a moça ficou apenas para os vigiar, e olha pra Sabrina.
— E como está o jogo?
— Não sei, parece querer travar, e não é o sistema de
controle, é o sistema interno que eles colocaram que parece querer
mais respostas do que dar dados.
— Consegue varrer o sistema?
— Vou tentar, ali tem duas programações, não posso parar
uma para funcionar a outra, isto não vai dar certo.
340
— Tenta, pelo que entendi, Pietro pulou fora, e pelo jeito,
vendeu o protótipo para alguém.
Sabrina respira fundo e continua a olhar os dados.

Pedro chega com as meninas no Tomorrowland, tinham


desviado o The Barnrtormer por não ser recomendado a gravidas,
Pedro atende o telefone e olha para Renata, que chega perto com
as meninas.
— Fala Sena?
— Tem certeza que vai continuar sem proteção?
— Qual o perigo agora?
— Você saiu de um grupo da CIA para entrar em um mais
estranho, abriram caminho para um grupo de Neurocientistas, que
analisam o grau psíquico e de concentração, quando falo em perigo,
é que colocaram o nome seu e das três a volta Pedro, como pessoas
a estudar, eu não sei o que ele fazem nestes estudos.
— E quem nos vigia agora Sena?
— Eles vão tentar os induzir a cooperar, mas não gosto de
gente que mexe com a mente da gente.
— Quem está a frente deles?
— Peter Drawn?
— Área 51, realmente só me meto em confusão. – Sorri
Pedro.
— Entendeu o problema?
— Aceito cobertura neste caso, sabe que não me perdoaria, e
sabe que este maluco acredita em Fanes Sena, cuidado.
— Como ele saberia?
— Um piloto de nome Ken Collins, após um acidente com
uma espaçonave, chamo assim pois algo que voa a 22 mil pés de
atitude não está mais na Terra, em um teste de motores, conseguiu
cair com uma nave daquelas, os agentes da CIA que desconfiavam
até das sombras, tentaram hipnose, e nada conseguiram, depois
tentaram Pentotal de Sódio, e a mente do rapaz se mantinha limpa,
meio grogue, e quando desconfiando de tudo, testaram o tipo
sanguíneo do piloto se deparam com um tipo A sem identificação de
positivo ou negativo, tipo de sangue de todo Fanes, estranham e
chegam a denominação, possibilidade de DNA não humano, eles
341
não o afastaram pois nunca tiveram um piloto como aquele, mas
surge uma parte da CIA que começa a estudar estes seres.
— E agora ele está em um estudo de grau de percepção?
— Sabe como eu que os Fanes são muito mais perceptivos
que os humanos Sena, mas ele procura algo que não achará em
mim, mas é bom defender todos próximos.
— Entendi, alguém maluco suficiente para gerar uma atração
em Orlando para analisar crianças.
— Sim, mas obrigado pelo alerta.
— Vou tentar colocar mais gente para dentro, tem muito
maluco querendo saber se você é santo ou um espertinho, ninguém
lhe vê como você é Pedro.
— Nem eu, imagino os demais.
Pedro desliga, e vão ao Tomorrowland.

Peter Drawn olha para os assistentes assim que chega a


Orlando, olha para Dalma e fala.
— O que lhe passou receio, sinto que parece temer falar o
que pensou?
— Nada conclusivo, algo que parece estar presente quando o
menino está perto, mas não sei definir oque.
—Algo?
— Sim, Algo! – Algo era o código para ser angelical não
identificado, pois eles também não colocavam nos relatórios a
existência destes seres.
— Alguém mais sentiu Algo?
Todos se calam e o senhor fala.
— Vamos tentar uma abordagem rápida, não sei ainda quem
dá segurança ao menino, parece desprovido, mas sempre tem algo
dando segurança.
— Abordagem? – Dalma.
— Sabe do que estou falando Dalma.
— Como falei senhor Drawn, eu recomendava algo menos
drástico, não sabemos com o que lidamos.
— Sabemos que sempre tenta defender os seus Dalma.

342
— Os meus não andam com Anjos ao lado senhor, deixar isto
claro, e todos sabemos, algo ao lado do menino matou 200 agentes
do exercito, os meus não tem esta proteção senhor.
Drawn não gostou da colocação, nitidamente não aturava a
moça porque queria, e sim por ela sentir as coisas como poucos
presentes.
— A ordem é esta, não me decepcionem.
Dalma olha para os demais, começam a se armar com
soníferos, e olha em volta, algo estava errado.
Peter olha em volta, a moça estava tensa, isto o deixava
tenso, e mesmo não gostando da moça, sabia que era das poucas
que identificaram que controlava a própria fúria, o próprio destino,
não se deixando levar por medos bobos.
O grupo chega a entrada do parque, um caminhão estava
preparado estacionado.

Pablo olha para os rapazes se posicionando e passa um radio.


— Grupo da CIA entrando.
— Perigo?
— Estamos esperando eles avançarem, defendam as crianças.
Pablo chega ao caminhão e põem um sinalizador, o sinal
interno dos rádios somem e um senhor abre a porta de trás, nem
viu quem o acertou.
Os rapazes da OPUS se posicionam, e tiram as pessoas do
caminhão, colocando em um porta mala.
Pablo olha um rapaz a entrada, ele olha para ele, e caminha
para perto.
— Deve ser Pablo, da OPUS.
— Sim.
— Não interfere, quer problema com a CIA? – Peter Drawn.
— Peter Drawn em pessoa, pensei que tivesse morrido a 10
anos senhor.
Peter olha assustado e fala.
— Acha que pode com a gente?
— Peter, eu cumpro ordens, e estas ordens dizem, deixa o
menino em paz, enquanto não estivermos seguros, a pergunta,
porque colocar você nisto, eles querem oque, o fim do planeta?
343
— Não lhe interessa o que queremos.
— Isto só confirma senhor, mas aquela moça ali na frente,
sobreviveria ao fim, você, morreria nele.
— Temos nosso lugar garantido.
— Sei disto, mas ela comeria pedra e sobreviveria, o senhor,
morreria de fome.
— Do que esta falando?
— De salvar os que estiverem no buraco, ou acha mesmo que
tem estoque lá dentro para quanto tempo?
— O suficiente.
— É burro, ou é inconsequente, ou os dois, mas... – Pablo
sente um dardo no pescoço, e sente as pernas dobrarem.
O senhor Drawn olha como se tivesse vencido vê o pessoal da
Opus chegar e sente alguem lhe acertar a cabeça contra o furgão.
Os rapazes da OPUS tiram Pablo dali, encostando Drawn ao
muro, como um indigente dormindo ali algemado.

Pedro olha em volta, estavam saindo do brinquedo, para e


barra Rita, Renata para atrás e olha para fora.
— Quem são estes?
— CIA.
— O que eles querem?
— Esperem que já saberei.
Em duas pontas mais afastadas, dois repórteres com suas
câmeras pessoais, filmam o menino, todos queriam a reportagem,
parecia que seria ele o alvo, ou a reportagem.
O telefone de Pedro toca, ele olha e atende.
— Fala Pablo.
— Tem CIA a volta, mas tem dois repórteres ao fundo
filmando tudo.
— E o que faço, moro para não ser filmado?
— Me dá 15 segundos, e pode fazer o que bem entende.
Pedro sorri, os dois rapazes filmando, sentem algo ao pescoço
e caem, amparados cada um por um rapaz que fala para quem
passava que o levaria a parte medica.
Pedro levanta a sua proteção e olha para o mais a frente.
— Onde tá aquele cagão do chefe de vocês, o Peter Drawn?
344
— Melhor vir por bem menino.
— Por mal não iria, não lhe falaram?
— As moças também.
Pedro sacode negativamente a cabeça e toca no peito, o
tempo para e olha para Rita, Jose e Renata.
— Melhor sair agora.
— Onde?
— O mais longe possível.
— Certo, lhe ligo em minutos.
— Lhes amo, não esqueçam disto.
— Se cuida.
Rita lhe dá um beijo e se afasta, Pedro olha em volta, olha
para o rapaz, e fica a olhar as meninas se afastarem.
Pedro toca o peito novamente e fala.
— Que moças?
Os rapazes começam a entender que não seria fácil, tentam o
radio e Drawn não estava lá.
— Nos acompanha.
Dois brutamontes pegam nos braços de Pedro, ele olha em
volta, olha a moça a entrada secundaria, e vê os rapazes abrirem o
fundo de um caminhão e o jogarem para dentro.
Pedro olha para os rapazes colocando as mãos no pescoço e
olha para Pablo ainda meio atordoado.
— O que faz aqui Pablo?
— Este alucinógeno que eles usam é barra pesada, mas
apenas confirmando, quer falar com estes caras mesmo?
— Apenas com aquele Drawn.
— Ele não fala, ele fica atrás do vidro sempre.
— Dos covardes que sobrevivem, mas o que ele quer?
— Não sei.
Os rapazes abrem a porta e colocam o senhor Drawn
algemado a frende de Pedro, Pablo sai e lhe estica um pano, tinha
algo forte nele, coloca no nariz de Drawn que olha assustado em
volta e meio atordoado olha para Pedro a sua frente.
— Peter Drawn me seguindo, poderia saber por que senhor?
— Você é meu agora, se está aqui dentro.

345
— Peter, para não dizer que fui ruim, me de um motivo para
ficar vivo.
O senhor olha em volta, não tinha mais ninguém ali, conhecia
o caminhão, mas estivera fora do ar, olha o menino lhe olhando
serio.
— Seus exames cognitivos apontam para uma bomba relógio,
não podemos deixar uma bomba relógio prestes a explodir em meio
a uma crise de sobrevivência.
— Acredita no que fala, ou mata eles com suas drogas e fala
para todos suas verdades?
— Não entendi.
— Sei que matou todos os Fanes que surgiram naquele teste
e que não conseguiu levar a seu projeto, mas a pergunta, como
sente-se o homem que faz algo assim, mata alguém apenas por
prazer ou por não entender eles.
— Eles são uma arma, temos de as desativar.
— Eu não sou um Fanes senhor, e não gosto do que você faz,
assim como não gosto de Donald, de MacCartney, mas assim como
o senhor, escolho quem vou matar, a pergunta, você me vale vivo
ou me é um estorvo vivo senhor Drawn.
— Não pode me ameaçar.
— Quer dizer que pretende me matar senhor Drawn?
— Sabe o que faço, mas não pode me matar também.
Pedro sente tudo a volta, sente o veiculo, sente as pessoas ao
longe, olha os senhor e sorri erguendo-se, tudo a volta, em um raio
de 4 metros, se fez pó, enquanto ele ficava de pé.
Pablo olha para o caminhão se desfazer, lembrou do menino
fazendo isto em Paris, mas ali, ele não deixara ninguém vivo, como
em Paris que acabara sentando no chão.
Pedro olha em volta e começa a entrar novamente, os
rapazes que o detiveram estavam olhando para ele, e para o
caminhão, a moça estava para dentro e Pedro chegou ao seu lado.
— Vai continuar me seguindo Dalma?
— Como sabe meu nome?
— Esta nos relatórios do senhor Drawn como a única criança
Fanes que ele não matou.
— Ele as matou?
346
— Ele as matou, dissecou, e tentou entender o que eram,
mas este não disseca mais ninguém.
Pedro entra e liga para Rita, as encontrando no Carousel of
Progress.

Dallan olha para Sabrina, põem o relato do desaparecimento


de Pietro no sistema, soube pelo sistema que ele pulou no oceano
com aquela roupa pesada e desapareceu, e volta-se ao problema
chamado Pedro Rosa.
— O que temos Tenente?
— Odeio relatar isto, mas agentes da CIA novamente
cercaram o menino na Disney.
— Quem morreu desta vez?
— Não sabemos, a OPUS deu proteção ao menino, e um
grupo de americanos que trabalham para a Guerra Segurança,
embarcaram para Orlando.
— E ninguém segurando ninguém?
— Se relatamos somos culpados, se não relatamos, somos
culpados.
— Acho que está na hora de tomarmos um lado Tenente.
— Eu prefiro ficar sobre o muro ainda General.
— Algum motivo?
— Eles passaram muito tempo aqui dentro.
Dallan olha em volta e fala.
— Acha que eles queriam fazer isto?
— Senhor, eu recomendava a evacuação da base abaixo, o
fechar de projetos secretos, o limpar de toda área antes de
continuar, tem muita coisa aqui que não pode sair daqui senhor.
Dallan olha para a moça, obvio que ela estava testando o
sistema de segurança desde sedo.
— Dá o alerta, deixa apenas o servidor do jogo e os testes que
não precisam de monitoramento direto em funcionamento.
A base começa a ser esvaziada, e Dallan olha o grupo de
limpeza começar a entrar.
— Acha que eles querem oque aqui dentro?

347
— O protótipo já tiraram, mas estamos próximos de
conseguir um segundo, e não vamos querer que eles saibam disto
general.
— E referente ao menino?
— O general MacCartney demorou muito para os liberar, e é
evidente que ele não segurou o pessoal da CIA, ele quer nos
controlar senhor, não entendeu, que se o menino não conseguir,
estamos todos mortos, mesmo os do buraco.
— Porque acha isto?
— O que acontece se estivermos no espaço e sofrermos
descompressão?
— Dizem que a pressão interna some e o sangue ferve.
— O que acontece a nível de descompressão, se queimar
toda a atmosfera de uma vez?
— Morremos, mas porque acha que os buracos também
morrem?
— Talvez os que não tenham nenhum sistema conectado com
algo externo, sobrevivam um tempo, mas eles vão ter de reciclar
oxigênio, agua, e tudo lá dentro. Mas os que tiverem, tem de ter
sistemas de proteção contra descompressão, a um nível que nem
sabemos qual é.
— Ainda estudando os dados?
— Vendo os novos, uma coisa pode ter certeza General,
podemos morrer todos, mas o que entenderemos do sol, antes de
morrer, ninguém antes de nós entendeu.
— Os dados agora são reais?
— Não entendi ainda tudo, mas enquanto falamos, o
complexo do cabo Canaveral constrói mais uma Vela Aeronáutica,
pelo que entendi, vão lançar varias, pois estão pedindo mais
equipamentos, eles devem parar de lançar quando não tiver mais
como obter os equipamentos a tempo.
— Certo, e a CIA.
Sabrina olha em volta e fala.
— Nem ideia de quem morreu agora.

O general MacCartney olha para os assessores e pergunta;


— O que temos da operação em Orlando?
348
— Nada senhor, e não sabemos se Drawn narraria algo antes
de ter certeza, mas não temos nada.
— Uma escuta em Los Alamos fala em morte.
— Eles não relataram senhor.
— Eles estão varrendo o lugar, eles vão limpar nossas escutas
antes de narrar, nem sei o que aconteceu lá dentro, Dallan passou
meio dia atrás de um protótipo que nem sabia existir e que a CIA
desviou de lá.
— Dizem que eles tinham uma peça alienígena que
estudavam o funcionamento, mas até para mim isto é lenda senhor,
é como quando afirmam que os navios atracados em San Diego não
são de procedência humana.
— Eles afirmam coisas sem dados reais para nos colocar no
caso, mas San Diego apenas mostrou que está lá, e sumiu de novo,
onde este menino passa ele deixa estrutura, ainda não gosto dele
solto por ai, e pode ter certeza, pode não ter dado certo desta vez,
mas da próxima dará.
— Porque acha que não deu certo senhor?
— Porque o menino ainda está a passear no parque.
— E acha prudente o prender agora senhor.
— Todos me perguntam isto, mas é a segurança nacional que
está em jogo, eles falam de sol nos cozinhando, mas isto é historia
para crentes e cientistas malucos.
O rapaz sai da sala, e o general tenta contatos e nada de
informação de Orlando.

Pedro e as meninas voltam ao hotel, e lá estava uma


recepção da CIA.
Os seguranças os afastam e Pedro sobe.
— O que faremos?
— Hora de parar de arriscar, hora de parar de nos divertir um
pouco, voltamos o ano que vem. – Pedro.
— Melhor, com esta tensão não foi nada legal. – Rita.
— Comemos, pagamos a conta e sumimos.
— Então vamos jantar onde? – Renata.
— Não sei ainda, mas quem sabe Copacabana.
Rita sorri e fala.
349
— Direto?
— Sim, hora de ir e não voltar, hora de começar a confundir
alguns.
Pedro pega a carteira, arruma suas coisas e fala.
— Vou acertar a conta, e já vamos comer fora daqui.
Pedro desce, fecha a conta e liga para Pablo.
— O que precisa menino?
— Apenas comunicando, estou saindo do país, sentido Rio de
Janeiro, se tiver alguém ainda vivo, dá fim por mim, e se
perguntarem, viram um grupo nos conduzindo para fora, em um
caminhão negro com vidros escuros.
— Certo, vai jogar.
— Vou sumir, e aprontar, mas nos vemos em Curitiba Pablo,
já que nem eu e nem você entendemos sua função nisto.
— Cumpro ordens.
— Desculpa a incredulidade, mas salvar alguém que já
deveria ter morrido por suas próprias mãos, me parece algo sem
sentido.
Pablo sorri e olha para os rapazes fazendo sinal para sumir
com os rapazes.
Pedro liga para Sena e fala;
— Boa noite Sena.
— Boa noite menino, o que precisa?
— Sei que pediu para as pessoas me protegerem aqui, mas
pede para eles fazerem pergunta referente a mim, como se
tivessem me procurando em toda cidade.
— Estará seguro?
— Aviso assim que estiver seguro.
— Está arriscando.
— Sena, se eu sumir, pega os seus e enterra na base que
tenho abaixo da casa no morro do Macaco no Rio, pois ninguém que
estiver no planeta desprotegido, se não conseguir evitar, estará vivo
no fim deste evento que não tenho a data ainda quando vai
acontecer.
— Certo, eles estão descrentes, e só acreditarão se não for
mais preciso acreditar.
— Sim, mas se cuida, eu aviso assim que estiver seguro.
350
Pedro acerta a conta, sobe para o quarto, arma a passagem
para as meninas, elas passam, ele passa suas malas, as coisas, deixa
a porta aberta, e segura o tecido ao passar, e o puxa para
Copacabana.
O grupo vai jantar na Beira mar, e as 10 da noite, voltam a
região de Curitiba, mais exatamente na casa no Cascatinha.
Pedro chama o motorista e deixa as meninas em casa, passa
na casa de Carol, ela sorri ao ver ele ali, para ela ele estava em
Orlando, e já estava a sua porta.
Pedro ainda tentava entender seus sentimentos, não
entendia como podia sentir o que sentia por mais de uma pessoa,
era como se não quisesse deixar ninguém para trás, e isto sempre o
complicava, pois as pessoas não entendiam.
Pedro liga para o pai e vai para a casa da mãe, Roseli sorri ao
ver o menino a porta, todos pensando que ele estava em perigo nos
Estados Unidos e ele já estava ali.

351
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354
J.J.Gremmelmaier

Lógica de Merda
Esta de vocês...
Crônicas de Gerson Travesso
29

Primeira Edição
Edição do Autor
Curitiba
2015/2016

355
Autor; J. J. Gremmelmaier
Edição do Autor
Primeira Edição
2015
Lógica de Merda esta de Vocês...
------------------------------------------
CIP – Brasil – Catalogado na Fonte
-----------------------------------
Gremmelmaier, João Jose
Lógica de Merda esta de
Vocês...– Crônicas de Gerson
Travesso 29, Romance de
Ficção, 275 pg./ João Jose
Gremmelmaier / Curitiba, PR. / Logica de Merda
Edição do Autor / 2015/2016
1 - Literatura Brasileira – Esta de Vocês...
Romance – I – Titulo Cronicas de Gerson Travesso
-------------------------------- 29 se arrasta entre a prisão de Gerson,
85 – 62418 CDD – 978.426 o ampliar das ideias de Pedro, e abre
um problema a mais para o menino
As opiniões contidas no livro, enfrentar.
são dos personagens, e não
obrigatoriamente assemelham-se as
opiniões do autor, esta é uma obra de
ficção, sendo quase todos os nomes e
fatos fictícios.
É vedada a reprodução total ou Agradeço aos amigos e colegas
parcial desta obra sem autorização do que sempre me deram força a continuar
autor. a escrever, mesmo sem ser aquele
Sobre o Autor; escritor, mas como sempre me repito,
João Jose Gremmelmaier, escrevo para me divertir, e se conseguir
nasceu em Curitiba, estado do Paraná,
lhes levar juntos nesta aventura, já é
no Brasil, formação em Economia,
empresário a mais de 15 anos, já teve de uma vitória.
confecção a empresa de estamparia, ele
escreve em suas horas de folga, alguns Ao terminar de ler este
jogam, outros viajam, ele faz tudo isto, livro, empreste a um amigo se
a frente de seu computador, viajando
em historias, e nos levando a viajar
gostou, a um inimigo se não
juntos. gostou, mas não o deixe parado,
Autor de Obras como a série pois livros foram feitos para
Fanes, Guerra e Paz, Mundo de Peter,
os livros Heloise, Anacrônicos, cria em correrem de mão em mão.
historias que começam aparentemente J.J.Gremmelmaier
normais, mundos imaginários,
interligando historias aparentemente
sem ligação nenhuma;

356
357
Tudo muda no primeiro mandato da atual
presidente, os ratos tomam o navio, e os
oportunistas colocam as facas nos dentes.
Tem gente que não entende, politica no
Brasil sempre foi através de compra de favores,
sei que muitos condenam isto, mas muita coisas
não se consegue em Brasília, sem molhar uma
mão, fala-se de pessoas ligadas a partidos
políticos, mas tem funcionário de carreira, a 20
anos vendendo favores em Brasília, e as pessoas
olham apenas para os políticos.
Servidor é como politico, deveriam ser presos por formação de
quadrilha, assim como toda vez que a policia lhe acusa de formação de
quadrilha, estranho quadrilhas lhe acusarem disto, pois tenha o carro
abalroado por um policial e verá vários deles surgirem para dar apoio,
pressão, independente do policial estar errado.
Mas a mesma coisa acontece no funcionalismo publico, eles
aprontam, alguém é tirado do cargo, mas raramente exonerado, ou o
que quero dizer, continuamos pagando o salario do que nos roubou.
Poderia ser apenas os servidores, mas não, juízes por exemplo,
que se fossemos nós a batermos em uma criança antes da adoção
estaríamos presos, uma juíza, certas básicas
Dai olhamos os policiais, crimes nitidamente cometidos por
policiais, e onde eles estão? A rua fazendo pressão contra quem os
denunciou, se não os matando.
O problema do Brasil é estrutural, não me adianta defender uma
apuração justa de algo, se quem nos julga, muitas vezes tem mais
processos engavetados que nós mesmos.
Um juiz federal inventou provas, e crimes no Paraná, contra mim,
foi afastado do cargo, acha que ele está fazendo oque agora?
Assumindo o mesmo cargo que tinha aqui em Fortaleza, ele deve
estar me agradecendo por ter o tirado do frio da capital paranaense e
mandado a Fortaleza.
Brasil, um país de quadrilhas, sejam politicas, sejam de policiais,
de servidores, de juízes, e ainda querem que acreditemos no futuro.
Gerson Travesso
Curitiba, 22 de Julho de 2011

358
Onde você se escondeu filho?
Esta foi a pergunta que mais ouvi
ontem, a pergunta que muitos queriam
responder, mas não tem a resposta, uma
coisa é certa, estou quase em Marte, quase
em casa, difícil de saber mesmo.
Odeio a ideia de morrer, novamente
vou sair de um país que já entrei oficialmente
uma vez, duas ilegalmente, mas que nunca
sai legalmente, então estou craque em sair
daqui, e eles sempre se perguntam para onde.
Sei que queria ir a Tóquio, mas talvez não de tempo, as aulas
estão próximas, queria ter curtido mais dois dias na Disney, mas
com malucos querendo me matar, resolvi sair da mira deles, e se
alguém vir eu desintegrando algo por ai, se pergunta como eu faço,
adoro estas montagens, mas queria um cientista serio me explicando
como se faz isto.
Estes dias um senhor me perguntou como abria buracos tão
rápido? Rápido? Não sei, eles não veem a gente cavando, abrindo o
caminho, jogando toneladas de pedra e terra em outro lugar, muita
dinamite, muito explosivo, muita pedra pequena, e eles me
perguntam como? Trabalhando, como mais.
As pessoas as vezes compram ideias, concordo que eu vendo
a historia, ela me faz pensar, e gostaria que lhes fizessem pensar, e
por isso alimento, nem que para isto, tenha de para desavisados,
materializar um prédio.
Fiz uma demonstração em Orlando bem para vocês pensarem,
fiz lá para não me perguntarem, “O prédio é vivo mesmo?”.
As vezes pensar não custa, sei que pego pesado, mas
generais, se não pegasse, vocês já teriam me matado e a todos
naquele quarto na Disney, então parem de se fazer de coitadinhos,
vocês atiram em mim, eu não morro e eu sou culpado?
As vezes este empresa que montei me assusta, mas ainda
bem que é uma empresa, não uma pessoa, assim não saio na Forbs.
Pedro Rosa

359
Pedro olha para sua cidade, sorri e liga para Sheila em Los
Angeles.
— Boa madrugada. – Pedro.
— Não sabe que horas são Pedro. – Sheila.
— Aqui já está amanhecendo, mesmo sendo inverno.
— E o que quer falar?
— Lhe espero aqui para fazermos uma visita.
— Tenho medo disto.
— Preciso que assuma seu papel Sheila, preciso que tudo
aconteça, mas parece que ninguém está disposto a batalhar por
esta ideia, mas eu sozinho não consigo.
— Vou falar com meu pai.
— Lhe espero aqui.
Pedro olha para fora, vai a cozinha e vê João, a olhar para
fora.
— Problemas?
— Sua mãe é teimosa e está na região de Gouvêa a atirar em
todo Moroi Morte que vê pela frente. Será que ela acha seu tio?
— Sei lá, malucos são incontroláveis.
— Aquele seu avô esta aprontando mais alguma coisa.
— Imagino.
— Vai ficar em casa?
— Acho que uma menina deve aparecer por ai, não entendi a
historia ainda, uma a reescrever.
— Mais uma?
— Uma candidata a imortal, acho que tudo que fizeram, é
criancice, eles querem enfrentar Deuses com flechas, e eu que sou
maluco.
— Deuses?
— Certo, Deusas, mas o que está atrasando minha mãe?
— Ela está lá a pintar o cabelo.
Pedro sorriu e foi ao quarto da mãe, ele sempre ajudava ela a
pintar e olhar ele a porta a fez sorrir.
— Muito tempo ai?
— Não, quer ajuda?
— Sim.

360
Os pedidos de confirmação de peças por Pietro, fez a
inteligência mundial olhar para Paris, eles queriam uma solução, e
não sabiam pedir uma.
Call entende que algo grande iria ser construído, o governo
Frances assim como o norte Americano não fizeram os depósitos, as
pessoas compravam vagas, para algo impreciso, mas somente quem
tinha estava comprando, uma descrença grande se formava a
respeito, um jornal falara no fim de semana anterior dos malucos
que ganhavam dinheiro pregando o fim do mundo, mas Pietro
nunca nem pediu algo, as pessoas foram comprando algo que antes
de pedirem, nem sabia que estavam vendendo.

Pedro depois de ajudar a mãe, vai ao quarto e liga o


computador, faz algumas linhas de programação, passa a Maria, no
Rio de Janeiro, trocando uma ideia sobre formas de proteção de
sistema.
Pedro parecia querer fazer algo e ao mesmo tempo, o frio do
lado de fora o encorajava a ficar na cama.
A programação de autômatos estava sendo alterada, Pedro
sempre tinha duvidas, ele formara sua vida em duvidas, e algumas
nunca se encaixavam, ele estudara muitas coisas sem o objetivo de
aprender, apenas distrair a mente, fazer pensar como seu pai falava,
estava ali a pensar quando vê seu pai no escritório de sua casa no
Bacacheri, ativa a vídeo conferencia, a fecha no sistema e olha para
o pai.
— Como está pai?
— Preocupado.
— Pensei que iria depor ontem.
— Não me chamaram, devem estar pensando bem nas
indagações, para não me deixar escapar.
— E a Patrícia e meu irmãozinho?
— Renata chegou a pouco, Patrícia está cuidando bem do seu
irmãozinho, ele é bem tranquilo.
— E o resto pai?
— Tá querendo perguntar algo e não está conseguindo.
— Não sei o que perguntar, as vezes parece paranoia, mas
algo ainda manobra as pessoas para cima de mim, e tudo indica que
361
eles não querem o desenvolvimento de tecnologias de ponta, mas
não entendo onde está o erro e fico a pensar.
— Não achou um motivo.
— Sim, pois seja para proteger o planeta, seja para proteger a
espécie humana, qualquer das ações deveriam ser defendidas por
todo humano.
— Mesmo por seres que morassem aqui.
— Verdade, mesmo Fanes deveriam priorizar a sobrevivência
do planeta, não o seu fim.
— Achou alguma coisa filho?
— Não.
— E estava pensando em que?
— Na lua.
— Não entendi.
— Pai, sei que toda a estrutura que conhecemos nega a
existência de atmosfera na lua, mas o que acaba com a atmosfera
da lua?
— Porque da indagação?
— Plutão tem dois terços do diâmetro da lua, tem um satélite
que tem metade de seu tamanho, e mesmo assim tem atmosfera, e
a lua, aqui ao lado, não a tem, por quê?
— Esta tentando divagar em um assunto diferente para ver se
a sua mente não lhe dá a resposta?
— Também, mas me veio uma pergunta, algumas, nunca
havia pensado nisto, mas se a lua fosse além de uma rocha, ela teria
efeito de marés internas, atraídas pela gravidade da Terra, assim
como ela atrai nossos mares e nosso magma com menos
frequência.
— Certo, o que tem haver.
— Pai, estou divagando, preciso pensar, minha ameaça pode
não ser nada do que pensei até hoje.
— Pensando em alienígenas?
— Pensando que o primeiro planeta que coloquei o pé, foi o
mais contagioso, fui atraído a ele por um portal ligado, que piscava
a tela dizendo, venha me descobrir.
— Mas o que tem haver a lua com isto?

362
— Não acredito tão facilmente nas coisas pai, mas eu as
refuto até alguém me provar o contrario, sabe disto, me ensinou a
pensar assim, mas se o pouco oxigênio existente na lua, fosse
atraído a terra como as mares, onde ele estaria quando olhássemos
para a lua?
— Sempre em nossa direção, mas isto faria algum tipo de
erosão, ou movimento de arrasto.
— Os cientistas afirmam que existe um manto não petrificado
na Lua, pode ser bem pela nossa força gravitacional, mas como o
senhor falou, teria uma diferença de arrasto, uma diferença de
estado físico, entre o lado que está voltado para a Terra e o que não
está.
Gerson olha para o filho e fala.
— Esta dizendo que tem ar lá?
— Não, divagando, obvio que já teve ar, já teve agua, e obvio
que isto era voltado a Terra, pois como falei, a gravidade do nosso
planeta atrairia os mares para este lado, geraria erosão, geraria uma
leva de coisas, mas a pergunta, se teve água, ela se perdeu no
espaço, ela veio para a Terra, ou ela ainda está lá.
— Acha que está lá.
— Sim, mas se olhar, o lado voltado a Terra, tem as duas
maiores abalroadas recentes da Lua, e mesmo assim, as crateras são
muito menos salientes, estranho que tenhamos estudos sobre as
mares de areia de Marte e não tenhamos as da lua.
— Acha que as crateras estão semelhantes, mas cobertas de
areia?
— Fragmentos tão finos, que viriam na direção da Terra,
atraídos como uma maré, mas sabe que não tenho como provar isto
pai.
— Está tentando pensar.
— Sim, é ruim entrar em uma peça e as pessoas estarem
apontando armas para quem você ama, e depois ainda estes
mesmos lhe taxarem de assassino, as matariam apenas por estar lá.
— Quem vence a guerra sempre é o inocente.
— Quem vence a guerra pai, sempre é o mais cruel, mas
como venceu a guerra, conta como bem entende.
— Mas vai vir quando?
363
— Estou na mãe, tenho de pensar, as vezes preciso parar e
olhar em volta, o apoio desta vez veio de quem não esperava, e sei
que é um apoio temporário, mas já me serve.
— E quer saber quem é o inimigo?
— Se todos forem os inimigos pai, fecho os buracos, e seja o
que Deus quiser.
— Mas os vendeu.
— Sei que terei de mudar os recursos de nomes,
provavelmente por uma grande quantia em espécime, pois eles
assim que se safarem vão me processar pai.
— E pretende oque?
— Pai, eu na verdade não quero confessar que não sei o que
fazer, acho que as aulas vão servir para passar o tempo, mas não sei
mais o que fazer, eu tentei ajudar de varias formas, mas eles só não
interromperam os funcionamentos, por que a base em Cabo
Canaveral está fora da vista, e os índices térmicos o sistema desvia a
norte, mais de 50 metros do buraco real.
— E vai ficar olhando o sistema?
— Estou pensando, pode ser que acelere as coisas, pode ser
que retarde as coisas, mas preciso saber quem é o inimigo.
— Acha que é o que?
— Não sei, um homenzinho verde em Marte seria fácil de
enfrentar, já um retardado humano, que se disfarça de alface, teria
que liquidar todas as alfaces do planeta para ter certeza que ele se
foi.
— Acha que é um homenzinho verde?
— Pode ser Verde, Amarelo, Vermelho, Azul, mas tenho de
saber qual deles pai, eles estão lá, mas qual nos quer controlar e
extinguir.
— E pode não ser eles. – Gerson.
— Sim, pode ser uma daquelas alfaces com distintivo de
guerra no braço.
Gerson sorriu.

Carlos olha os técnicos da NASA todos trocados, levanta sua


proteção e sente alguém as costas.
— Senhor Carlos?
364
Carlos olha aquele senhor, não conhecia, mas era obvio, um
infiltrado, viu alguns a por bombas na parte interna, olha para o
pessoal sem poder alertar.
— Caminha calmamente senhor Carlos, não quer morrer
antes da hora.
Carlos sorriu e um senhor a sua frente ficou preocupado,
Carlos olha para um engenheiro e este olha em volta, entende e dá
o alarme, todos brilham, os senhores pareceram assustados, um
autômato chega pelas costas e o rapaz que apontava para Carlos
desvia para ele.
— Melhor parar rapaz, ou leva um tiro.
Carlos toca o peito, olha para tudo parado e olha os demais,
chega ao controle e dá ordem de isolar ao sistema, vê o portal se
abrir e a vela espacial começar a entrar na base mais a baixo, olha
para todos parados, olha para a tensão nos olhares, desce e agrupa
as bombas, não saberia desarmar, não teria como pedir ajuda sem
voltar o tempo, olha em volta, teria de ter algo que fizesse barulho,
pois eles não acreditariam que nada aconteceu, Carlos pega as
bombas, coloca numa passagem, era abaixo deles, mas teria de
jogar em algum lugar, coloca bombas de fumaça no lugar, eles
usavam para sinalizar os corredores de passagem, para ver o que
acontecia.
Carlos volta a seu lugar e toca no peito, o autômato olha para
Carlos, olha para o senhor e fala.
— Eles não nos deixarão vivos.
— Sabe como eu, que se morrermos, eles morrem em alguns
meses.
— Porque disto?
— Esta pergunta que Pedro queria responder, pelo jeito o
pegaram, pois a segurança está o procurando e não encontraram.
— Uma grande perda.
— Vão conversar muito? – O rapaz apontando para o
autômato, sem saber que era um autômato. Pega um comunicador
e fala. – Me confirmem.
— Armado, Armado, Armado, Armado – muitas confirmações
e o rapaz fala. – Evacuem agora, que morram estes traidores.

365
O rapaz atira no autômato, mas a bala para na proteção, o
rapaz foi atirar em Carlos, mas sentiu a arma segura pelo autômato
que o joga contra a parede, os demais foram saindo, e se ouviu a
primeira explosão, tudo a volta estremeceu e os soldados se
retiraram, pensando ter acabado com a base.

Banneker olha a ação, e olha o general.


— Porque disto general, acabar com nossa chance.
— Quer me desafiar?
— Foi uma pergunta direta general, não um desafio, generais
cumprem ordens, mas geralmente ordens que nos salvam a vida,
não que nos matam.
— Prendam todo pessoal, quero interrogar um por um.
Banneker olha para o seu pessoal assustado e toca o peito,
aquele presente ele nunca havia usado, ele foi tocando um por um,
que vinham para aquele tempo estático, ele não teria como tirar
todos, mas teria de tirar alguns, via a fumaça vindo da região da
base subterrânea, saem pela porta e fecham a estrutura metálica
entre eles e os militares.
MacCartney estava olhando Banneker um momento e no
segundo seguinte o chefe de operações da NASA não estava mais lá.
O general olha assustado e fala.
— Prendam os demais, e destruam todo o comando, sabem
bem quem fez isto se perguntarem.
Banneker olha pelas câmeras e soube que se não fizesse
nada, todos os que ali estavam apareceriam mortos, eles não foram
lá para perguntar, eles foram lá para destruir e atribuir uma culpa.

Pedro olha para as imagens, não sabia se poderia interferir.


Uma leva de autômatos se posiciona na parte externa e o
general recebe um tiro no braço, poucos viram o ferimento se
fechar, os demais recuam e um dos autômatos fala no interfone.
— Ninguém sai, todos que entraram morrem na explosão.
O general olha assustado, depois pareceu sorrir da ideia,
pensou em falar algo, os soldados vinham de dentro.
— Armado senhor.
— Se explodirmos agora o que acontece? – General.
366
— Estaremos entre o fogo e as balas senhor. Mas se não
sairmos, tudo a baixo de nós vai desabar.
Banneker olhava pelas câmeras e uma Técnica falou olhando
para o general.
— Disse que nos livrava, agora vamos morrer todos.
— Custos da vida, ratos morrem sempre. – General.
Banneker pareceu não entender, mas viu um grupo de
pessoas vir por uma porta ao fundo e indicar a saída.
Os autômatos foram tirando os explosivos e foram os
colocando em um bote, de uma hora para outra, Carlos na base, liga
uma holografia e dispara o som de explosões pelos autofalantes, o
general viu o fogo, pareceu sentir medo, e viu o prédio ao fundo
sumir.
Banneker surge na base abaixo deles, viu o rapaz detido e
pergunta para Carlos.
— O que está acontecendo?
— Isto que queremos saber Comandante. – Carlos.
— Eles querem nos matar lá encima.
— E detonar aqui em baixo, eles acham que descobrimos algo
muito poderoso, e não sei ainda o que descobrimos.
Pedro surge em uma parede ao fundo, e fala olhando os
autômatos.
— Isola este dai.
— Ordens mais precisas.
— Verifica se ainda é humano, se não for, desmonta. – Pedro.
O autômato olha para o militar e fala.
— Fibra de cristal de silício e flúor.
— Isola a região e passa todos pelo corredor de desinfecção,
estamos lidando com algo que saiu do controle, ou assumiu o
controle.
Pedro pega o celular e liga para o Secretário de Segurança.
— Secretario por gentileza?
— Quem?
— Pedro Rosa.
— O que está fazendo menino.

367
— Isto que quero saber, o general MacCartney acaba de por
bomba em todas as grandes bases e barracões de Cabo Canaveral e
esta explodindo tudo, porque secretario?
— Ele não faria isto.
— Então desisto secretario, vocês que se matem, para de ser
criança, tem algo nisto que não entendo, e parece que todos os
acima da minha idade, estão virando crianças e eu indo a um
mundo de adultos imbecis.
— Está onde?
— Para que quer saber, está prestes a perder todo o grupo de
Banneker mortos por MacCartney e quer saber onde eu estou
Secretario.
— MacCartney esta a minha frente, ele não pode estar em
dois lugares ao mesmo tempo.
— Ele está ai, tem certeza secretario?
— Por quê?
— Se ele está ai, quem esta na NASA é um impostor, e pode o
considerar morto senhor, tem certeza que quem esta a sua frente é
o general MacCartney?
— Tenho.
— Só queria falar uma coisa para o ser dentro do senhor,
Secretário, eles acabam de perder.
— Como assim.
— Desisti, eles vão queimar com o planeta, estou saindo dele
neste instante, que se matem.
Os autômatos foram tomando posição e os internos a base
foram passando por um detector e isolador de formas alienígenas
na forma de silício, os autômatos começam a entrar na base
atirando em todos os que levantaram armas para eles, a proteção
os isolava da bala.
Um autômato chega a cabeça do general e esta se espalha em
cristais translúcidos.
— Isola todos, vamos ter de os desinfetar, traz pessoal para
limpeza geral e isola toda a área.

Jean-Yves recebe a informação para se isolar, e passar pelo


identificador de infectados.
368
As pessoas começam a ser testadas e desinfetadas, Carlos
chega aos dados e fala.
— Como escapou?
— Não sei, temos de descobrir, podemos ter toda cúpula do
exercito nesta hora querendo nos matar.
— Começou a acelerar quando?
— Não sei Carlos, mas vamos ter de verificar todos.
Pedro liga para Pablo e passa a determinação, estava com
eles na câmera da rua, eles se veem cercados, mas se foi um dos
agentes da CiA, eles ainda estariam vivos, apenas caíram e se
levantaram depois.
Pablo vê que é serio, tinha 6 rapazes infectados, e ele
também o estava, liga para Pedro e pergunta.
— Como eles nos infectaram?
— Se apenas deram um tiro na cabeça deles Pablo, assim que
viraram as costas eles se ergueram e voltaram a ação.
Pedro pelo sistema analisa se as meninas estavam bem, os
cristais as haviam protegido, mas ele ficou olhando os testes até o
fim.
Pedro estava terminando ali quando liga para Sabrina.
— Sabrina, é Pedro.
— Me metendo em encrenca?
— Sim, da brava.
— O que precisa?
— Ativa uma entrada, vou mandar pessoal especial para ai,
podem ter deixado cristais de infecção na base de Los Alamos.
— Mas o que fariam estes cristais?
— Se me explicar como um ser se passando por MacCartney
tentou destruir toda a base do Cabo Canaveral, e outro igualzinho
está ao lado do secretario de segurança, explico.
— Não entendi.
— Nem eu, mas se não forem tratados morrem em 16 horas
Sabrina.
— Mas quantos foram infectados?
— Talvez mais do que consiga controlar agora, mas preciso de
que os ao controle estejam bem.
Dallan olha para Sabrina e fala.
369
— O que este menino quer agora?
— Avisar que algo está errado.
— Ele vivo é um erro.
Sabrina olha para o senhor e fala ao rapaz ao fundo;
— Isola tudo, agora.
Sabrina toca no comando vermelho, nunca ela ativava aquilo,
pois tudo fecharia, mas algo estava muito errado.
Dallan pareceu não entender o acontecido, e um corredor
com autômatos parecendo humanos chega a região, vindos do
buraco de Pedro mais a Leste.
Começam a instalar um corredor e todos foram passando por
ele, Sabrina viu os cristais ficando no comando, viu os autômatos
isolando uma peça e depois jogando agua, as explosões foram
fortes, Dallan não queria passar e foi levado por dois militares,
todos passaram por ali, e tudo a volta começa a ser desinfetado.
Dallan olha para Sabrina e pergunta.
— O que era isto que controlava minha mente?
— A infecção que Pedro enfrentou em Paris, de alguma forma
ela escapou, veio para cá através de Donald ou de MacCartney,
podemos estar prestes a se isolar, pois o secretario e o presidente
precisam de ajuda rápida, e não conseguiremos chegar a eles
rapidamente.
— E como desconfiou?
— O senhor estava agressivo, mas o senhor se isola quando
fica agressivo, as pessoas estavam discutindo por quase nada, levei
sorte de não ser infectada.
— E de onde veio o apoio?
— A base que não existe senhor, aquela que nem eu e nem o
senhor fala.
— Mas que base? – Dallan.
— Quer passar pela desinfecção de novo general?
— Acho que perdi parte de minha memoria, estou estranho, é
como se o ser tivesse levado parte dela.
Dallan passa pelo aparelho novamente, estava desinfetado,
mas algo estava errado.

370
Um satélite passa as coordenadas para o celular de Pedro, ele
olha em volta e para a frente de um computador, respira fundo e
ativa o teste de proteção dos que tinham pago por um buraco de
proteção, em vários celulares começa a tocar, e eles tinham poucas
horas para se apresentar aos locais de isolamento, as pessoas no
mundo começam sair de suas casas, sem tentar demonstrar pressa,
sem parecer correr perigo, e um grupo de autômatos saem em 200
pontos na Europa, 300 nos Estados Unidos, 1200 no Brasil, e
começam a passar as pessoas por testes de saúde, na Disney, na
entrada de todos os parques, a saída era uma brincadeira de tirar o
mal olhado da bruxa, e todos passavam por aquele corredor, onde
ficava a infecção, os hotéis entraram na brincadeira, as pessoas
sorriam quando algo aparecia, pois não sentiam nada saindo de
seus corpos.
Sanches passa em todos os funcionários do lugar, um grupo
de autômatos invade a sede da WonderWorks, alguns assustados
veem os seres os desarmar e os fazer passar pelo equipamento que
montaram, estranho de dois que tiveram de ser forçados a passar
lá, não sobrar nada, estranho a moça não ter a infecção.
O lugar começa a ser desinfetado, as câmeras mostram o
encontro do senhor dali com o general MacCartney o surgir do
segundo ser ao lado, e a conversa.
O vídeo é passado para o secretario e este olha assustado
para o mesmo, olha o general ao lado e fala.
— MacCartney, o que mesmo disse que aconteceria em Cabo
Canaveral?
— Porque duvidas?
O senhor olhava para o ser a frente e vê uma linha pessoas
entrando vestidas estilo CIA e começarem a montar algo ao fundo.
O secretario faz o presidente passar por ali, viu algo ficar, mas
não falou nada, começa a isolar a área, e o senhor MacCartney se
recusa a passar, dois dos rapazes o força passar, a cara de susto, a
força do ser, toda exposta, mas eram dois autômatos o fazendo
passar, o presidente olha aquilo se desfazer em cristal e olha
assustado para o secretario.
— O que está acontecendo?

371
— Algo estava nos forçando a agir contra o menino, algo que
passou de alguns seres a outros, e estamos colocando um sistema
de detecção disto aqui senhor presidente.
— Mas o general.
— Me disseram que isto existia, se não tivesse falado com
ele, não acreditaria, algo que toma a forma e o comportamento do
ser ao lado, algo capaz de infectar tudo que tiver vivo ao lado.
O sistema de alerta, começa a tocar em vários lugares, um
grupo de soldados detido, um grupo de seres a ser cercado, Pedro
olha o sistema e fala para Carlos, e outros dirigentes da empresa,
que estavam em Cabo Canaveral fecharem a porta.
— O que ouve Pedro?
— Quando fizemos a varredura, varemos um tipo de infecção,
a que detectamos em Pietro, outra estava ao lado desapercebida.
— E como nos livramos?
— Achamos eles e os matamos.
— Mas e o grau de infecção.
— Isto que quero trocar uma ideia, acabo de ter dados que
me confirmam isto, algo assustador no meio, mas algo diferente,
não tão mortal ao meio, mas altamente mortal a nós, eles no fim, se
matam, mas este tem um detalha que o outro não tinha, este não
infecta um tipo de ser, todo ser com tipo A- é analisado como
descendente de Fanes, e não é infectado, levamos sorte pois
Sabrina em Los Alamos, é sangue A-, e o secretario de segurança é
um Fanes, teríamos um problema maior se isto tivesse os atingido.
— O que eles querem?
— Aquilo que disse que não dividiria Carlos, a posição de
nossas bases de sobrevivência.
— Mas como os detectamos?
— Separei o DNA disto, só temos de passar eles por um
portal, pensei rápido, os autômatos na Disney estão divertindo as
pessoas as fazendo acreditar que é um tirar de mal olhado da bruxa
má, tenho todos os grupos que pagaram pelos locais, indo a eles, e
nas portas, está um campo de proteção, os limpando, acredito que
eles eram os alvos prioritários.
— A infecção quer sobreviver.

372
— Ela tem mais de uma forma, teremos de estudar isto,
preciso todos os nossos passando por testes antes de uma hora a
partir da agora Carlos, quero todos em uniformes antes do começo
do dia da amanha, teremos um trabalho de diversão para muitos,
mas que pode ser uma forma de sobrevivência, lembra que os seres
ao norte fugiam da praga, como se soubessem que queriam fugir,
alguém dali fugiu, ou se escondeu, um grupo capaz de simular um
extermínio, para um sobreviver e passar a frente.
— Duas infecção, pode ter mais? – Calos.
— Estou alertando todos da existência disto, para ficarem
mais atentos, vamos analisar tudo que tínhamos, por medo
destruímos boa parte antes de estudar.
— Certo, a precaução nos fez os destruir, mas eles quase nos
matam, como uma infecção pode ser tão mortal.
— Isto que quero passar, eles se comunicam em alta
frequência, onde tem muitos, a frequência fica obvia, mas dá para
pegar eles na frequência de comunicação, vamos os monitorar, os
isolar e os destruir, mas esta comunicação, passa a frente tudo que
sabemos, é uma colônia, o que eles buscam, é um sobrevivente com
toda a informação, dai este tem como nos infectar distraidamente.
— De onde vem isto? – Silvestre, um engenheiro da base
Francesa.
— De um circulo a nossa volta, que tem mais de 1200
planetas infectados detectados até o momento, pelo jeito, a
infecção foi total, por mais de um tipo de ser, isto que temos de
saber, quais são, o que podem, e como os enfrentamos.
— Qual o perigo?
— Silvestre, o problema de uma infecção espalhada em um
planeta, ele começa linear, e depois de 16 horas, é uma equação
exponencial, em 24 horas, reversível, em 36 horas, irreversível, em
48 horas, destruição total, temos de cuidar disto serio, desenvolver
outros métodos de detecção, por algum motivo, eu os atrai, eles
queriam algo que tenho, e talvez não seja o que eu penso, Dallan
em Los Alamos, afirma ter perdido parte da memoria, talvez seja
isto que eles querem, o que sei.
— E o que sabe que os interessaria? – Silvestre.

373
— O endereço de mais de 20 mil planetas com habitantes,
passiveis de ser infectados, mesmo que sejam mortais para
humanos, para estes seres, seria um caminho a seguir, a ampliar.
— Um caminho que ninguém teve acesso ainda? – Carlos.
— Nem eu olhei eles a fundo, mas seria para eles, o mandar
de gente para cada endereço e começar a exterminar tudo.
— Qual a função disto?
— Informação e destruição, não sei, deve haver uma forma
de controle, não existiria algo assim apenas por existir, ele teria
morrido no planeta inicial deles, ou talvez ele tenha ficado inerte,
milhares de anos, e um grupo de seres os espalharam rapidamente
por um circulo, mas não parece ter sentido, algo que sabe que vai
morrer, e mesmo no fim, transmite para fora o que aprendeu, como
se existisse algo que absorvesse este conhecimento.
— E vamos os monitorar como? – Carlos.
— Carlos, estamos lançando os satélites de proteção, vamos
os focar no planeta, vamos por algo a mais lá, e vamos ver o que
podemos, mas recomendo todos passarem por detectores de
infecção nas entradas, e todos devem passar, não tem esta de ser
superior, todos vão passar.
— E quem vai controlar isto?
— Vou passar as coordenadas de todos que vão controlar
isto, e quero todos trabalhando nisto, a partir de amanha cedo.
Carlos acessa o sistema e passa as coordenadas, para todos
os funcionários, se dirigirem a uma base, alertando os autômatos
que se qualquer pessoa estiver infectada, levarem a força toda a
família do ser a base e a desinfetar.

O telefone de Pedro toca;


— Fala secretario?
— O presidente estava infectado.
— Já passaram toda a família dele nisto Secretario?
— Acha preciso?
— Para ontem, e cada um que tivermos infectado, passa aos
rapazes do controle os endereços e vamos os por em fila e os
desinfetar agora secretario.
— Isto que trouxe a Terra?
374
— Isto é outra infecção senhor, esta é inteligente, não um ser
inerte que infecta uma arvore, um pássaro, ele escolhe algo que lhe
dará informação, na Terra, humanos.
— Mas estava errado, eu não estava infectado.
— Não sabia sua origem Secretario, todos os sangue A+ estão
imunes desta praga.
— Uma boa noticia?
— Vocês seriam atacados quando todos os demais já fossem
parte deles, mas isto nos deu tempo, como eu digo, monto muito
rápido, isto me faz ter de contar com a sorte.
— Ninguém nem sabe que grupo é este que está em ação
aqui menino.
— Algo que nos falamos pessoalmente, estou monitorando
eles, e pretendo em 6 horas, estar com eles detectados.
— Ainda enfrentando?
— Eu desencadeei algo hoje que se fosse o caso, seria uma
chance de sobrevivência, mas quem foi a um abrigo, vai me xingar
amanha.
— Certo, mas os deixará lá ate quando?
— 24 horas de segurança senhor.
— Eles vão achar que é serio.
— Dois grupos teriam morrido se fosse um colapso solar, pois
nem se mexeram ainda.
— Certo, vai ainda puxar orelhas.
— Com certeza, mas desinfeta todos da casa Branca, explica
no senado que foi uma ameaça de arma química e passa todos pelo
detector, todos mesmo secretario.
— Alguns vão reclamar.
— Quem não deve não teme senhor.
— Obrigado por hoje, pensei que estava nos atacando.
— Vocês compram a ideia que sou terrorista muito fácil.
Pedro recebia a informação de desinfecção e não infecção em
vários pontos, estava formando o mapa, liga para Sabrina e fala.
— Vamos deter isto Sabrina?
— O que precisa?
— Põem os ouvidos que monitoram as estrelas, e todos os
ouvidos de radio na frequência que vou lhe passar.
375
Sabrina recebe pelo sistema a frequência e fala.
— O que faremos?
— O ser dentro dos infectados, passam nesta frequência toda
a informação, se pensar que eles tiveram acesso a generais do
pentágono, temos um problema, mas temos como os monitorar,
quanto mais rápido, melhor Sabrina, ainda estamos no espalhar
linear, se virar infecção exponencial, perdemos, temos de barrar
eles antes de 6 horas.
— Certo.
— Pensa Sabrina, em todas as bases e sistemas, tivemos na
primeira hora, 12 pessoas, na sexta hora, 625, e estamos na linear,
se passarmos para a exponencial, teríamos 625 em 15 minutos.
— Certo, vou por a frequência, e lhe passo os dados, pelo
jeito fechado no sistema.
— Sim, não sabemos quem está nos ouvindo ainda.
— Dallan esta se estranhando, ele odeia se estranhar.
— Eu também odiaria.
Os dados começam a chegar no sistema, os pontos de
emanação em Orlando foram sumindo, uma linha em Los Alamos,
na cidade em anexo, estava com 250 infectados, uma linha em
Washington, tinha 6400 infectados, talvez o núcleo de onde veio o
ataque.
O sistema foi verificando que os seres se comunicavam e
aguardavam resposta, era como se fossem parte de um único ser.
Pedro não entendeu, pois chega a locais de concentração
desta informação, Guatemala, Brasil, Afeganistão, mas eram locais
que recebiam as informações, não a repassavam.
Sabrina chama o general, pois os dados começavam a se
materializar, ela precisava de autorização, e o olhar perdido de
Dallan sumiu quando a Tenente falou.
— Todos os seres, transmitem para 3 pontos general, e isto é
de crucial importância.
— Por quê?
— Projeto Ciguapa senhor.
— Está dizendo que a informação que eles acumulam, é
transmitido para 3 pontos?

376
— Sim, agora sabemos a posição dos outros dois pontos
exatamente por isto senhor.
— E o que o menino quer fazer?
— Estamos cercando os seres, as ruas a volta sendo isoladas,
vamos os descontaminar via satélite, e vamos limpar a região antes
de qualquer coisa.
— Quem foi infectado?
— Perdemos MacCartney para esta infecção.
— Quem mais?
— Desinfetamos a família presidencial e 22 deputados e 6
senadores infectados senhor.
— Um domínio silencioso, nem sei o que falei que a fez isolar
isto.
— Disse que o menino vivo era um erro.
— Sabe o que penso a este respeito, mas o que fez, perdi
parte disto?
— O ser dentro do senhor se recusou a passar no
desinfetador, mas não dei chance do senhor dar ordens me
desqualificando, dois autômatos o conduziram antes de qualquer
coisa.
— Eram autômatos?
— Sabe que o menino não arrisca vida, ele mentiu
descaradamente para alguns, mas ele achou algo, pois ele descobriu
que alguns não eram infectados, levamos sorte.
— Odeio contar com a sorte.
— Mas contamos com ela, pois se eu tivesse sido infectada,
não teria a ação que tive, se o secretario tivesse sido infectado,
também não teria a mesma ação.
Ações em 60 pontos do planeta, resultam em 60 container de
material infectado.
Pedro coordena as coisas e volta a Curitiba.
Pedro olha-se no espelho, e começa a colocar a frequência
um detector de frequência nos satélites que monitoravam os
planetas, e usa o mesmo no sistema na Terra, e começa surgir
pontos que ele determinou como cristalino no mapa galáctico dele,
não tinha ainda para onde ia a informação, mas tinha uma
informação de que algo após computado, transmitia para fora.
377
Começa a ver o tempo das transmissões, verificando em que
sentido o sinal ia, através dos planetas, verificando o tempo que
estes dados estavam no sistema que invadira e detecta um padrão
com pouca informação, mas sempre saindo, consegue analisar a
distancia do sinal, um caminho no espaço, de vários pontos, mas o
vindo da Terra, faz ele olhar atento, estranha as datas, era como se
aquilo transmitisse antes mesmo de o ser humano estar sobre
aquele planeta.
Mas agora sabia onde havia esta infecção e se o planeta era
vivo, teriam de analisar antes de pisar nestes mundos.
Pietro olha os dados e fala olhando para Call.
— Este menino põem muitos no lixo Call.
— Por quê?
— Ele pede ajuda, mas se mexe, verá que no mapa que temos
da galáxia, existirão planetas com marcação cristal, ele está
recomendando isolarmos e monitorarmos todos que forem a estes
planetas, mas para cada planeta destes, estudar a transferência
para outro, ele ainda não tem para onde a transmissão vai, mas algo
o assusta, e me assusta.
— Oque?
— Algo no planeta, o que recebeu a transmissão dos seres
infectados, transmite a muito tempo para o espaço.
— Muito tempo? – Call.
— Pela linha de distancia da transmissão, 200 milhões de
anos Call, antes de sermos espécie.
— Ele tem alguma teoria para isto?
— Não, mas ele me passou que existe um projeto de nome
Ciguapa, vigiado pelo pentágono de perto, na Guatemala,
exatamente onde receberam a informação.
— E o que seria este projeto Ciguapa? – Call.
Pietro sorriu, pois ele talvez antes achasse isto mais
engraçado, mas agora sabia que existia um povo muito semelhante
a algo assim.
— O que tem de graça?
— Digamos que é de onde vem a lenda do ser de cabelos de
fogo, peles azuladas e pés invertidos, que protegem as florestas.
— Abarimon?
378
— Pensa, os dados apontam para 3 locais, Brasil, onde a lenda
tem nome de Curupira, para Guatemala, onde a lenda tem o nome
de Ciguapa, e para o Afeganistão, de onde vem Abarimon, todos
seres de cor estranha, cabelos de fogo, e pés invertidos, três lendas
espalhadas, e que remetem aos pontos que receberam a
transmissão dos cristais e a absorveram.
— Assustador, é como se tivessem seres nos vigiando sem
que ninguém soubesse, a mais de duzentos milhões de anos.
— Seres que estão nas lendas, mas que ninguém acredita
nelas, mas teremos de por gente para estudar isto Call.
— Entendi, o menino abre caminhos, ele quer entender, mas
como está a detecção destes novos tipos de seres?
— Eles parecem ter recebido a informação que estavam os
monitorando e pararam de transmitir, mas Pedro já tinha a posição
e a quantidade, temos gente aqui, na Inglaterra, no Brasil e nos
Estados Unidos em ação Call.
— Imagino a indignação que alguns vão impor depois que
tudo estiver resolvido, pois realmente usamos força hoje,
mostrando uma estrutura maior que alguns exércitos mundiais. E
não ache que Pedro vai pegar leve Pietro.
— Ele não tem como pegar leve, demorei para entender,
quanto mais recuamos, mais eles avançam, aquela secretaria ainda
tenta me cercar.
— Eles nem sabem o que comem e querem nos enfrentar.
— Cuidado com o excesso de alto confiança, pode nos
atrapalhar mais que ajudar Call.
Call sorriu.

A estrutura de Pedro crescia e alguns olhavam para ele como


alguém a cooptar para apoio, e alguns, ainda viam ele como um
inimigo.
Pedro liga para Rita, explica que não estaria por perto nos
dois dias seguintes, mas que era para se proteger.
Pedro olha para Romarinho chegando a casa do Cascatinha,
olha para os autômatos, dois o acompanham a porta e Romarinho
fala.
— Fala Romarinho?
379
— Nem entendi a ideia, mas passei todos pelo portal que
montou, os grupos em Minas e na Guiana crescem diariamente,
estamos tentando verificar onde sua mãe está.
— Deixa ela praticar tiro, me consegue um voo de BH para
Brasília.
— Vai onde?
— Estado Maior das Forças Armadas.
— O que quer?
— Pedir para ter acesso ao que não me darão, oferecer ajuda,
e alertar do problema, com uma única certeza Romarinho.
— Qual? – Romarinho olhando aquele menino, sabia que ele
estava passando muitos para trás, mas quem estava ao seu lado
estava ganhando bem, existia respeito no olhar.
— Que não vão me ouvir, mas não poderão reclamar de não
ter oferecido ajuda.
— E não poderão dizer que não tentou, mesmo um tio, um
avô tentando lhe por como ameaça.
— Romarinho, hoje não vou pegar leve, mas se me ouvirem,
tudo bem, se não me ouvirem, paciência.
— Proteção local?
— Não, mantem a proteção pesada em Curitiba, se olharmos
muito para alguns lugares, minha mãe terá acesso.
— Certo, Roberto tem estado muito lá, o coração o pegou.
— Ele precisa descansar, ele nem teve tempo direito depois
da explosão do carro no casamento do meu pai, ele assim se
recupera, e fica onde tem de ficar neste momento Romarinho.
— Certo, mas vai estar lá quando?
— Em minutos. – Pedro olhando para Romarinho.
— Vai acelerar tudo.
— Sim, semana que vem, tenho aula Romarinho, vou sentar a
sala e esperar o mundo desabar.
— O filho do Gerson, virou uma lenda, sabe que ninguém
esperava tanto menino, mas precisando fala.
— Vou acelerar, tirar alguns do foco e da mira e por outros lá.

Pietro olha para a vídeo conferencia, e olha para os grupos


em estado de alerta nas proteções, surgindo em todas as telas.
380
— Podem me xingar, mas hoje foi um teste, e podem ter a
certeza, 3 grupos não chegaram ainda a seus esconderijos, e
estariam mortos, o que vou explicar é para todos ouvirem.
Pietro estava falando em Inglês, com tradução simultânea
para Português, Frances e Alemão.
— Quando nos colocaram nisto, é que dizem, que uma
nuvem de plasma, vai nos atingir por 79 horas, embora esta nuvem
nos atinja diariamente e nada acontece, existe um estudo do ápice
do atual ciclo solar, e no lugar de recebermos 10 partículas por
metro quadrado, vamos receber perto de 6 milhões de partículas
por metro quadrado, estas partículas, por 79 horas, nossa proteção
não tem como absorver, ela chega a terra a 2 milhões de graus
Célsius, mas temos um problema, ela demora exatos 2,16 dias para
chegar do Sol até aqui, a 800 quilômetros por segundo, mas não
conseguimos detectar com certeza antes dela passar por algo, se a
detectarmos quando passar por Mercúrio, temos um dia e meio
para nos esconder, mas se quando acontecer, Mercúrio estiver em
um ponto desfavorável, detectaremos apenas quando passar por
Vênus, teremos pouco mais de 14 horas para nos esconder, parte
estaria morta ali fora, ainda estamos lançando nossas velas de
medição, mas elas demoram mais que o evento para chegar a
Mercúrio, então vocês tem de estar cientes, faremos exercícios, e
quando for a hora, quem não tiver entrado, ficará para fora, é
sobrevivência, não é status social, cada um tem de pensar se quer
sobreviver, se quer estar ai na hora, pois todos que não estiverem,
podem ser varridos do planeta, por uma nuvem de plasma a dois
milhões de graus Célsius, dependendo de onde estiverem.
Pietro olha para os comandos e fala.
— Obrigado pela atenção, estão dispensados.
Call ao fundo via a cara de revoltados dos demais, mas
entendeu que alguém teria de fazer isto.

Pedro surge em sua pequena casa em BH, pega um taxi e vai


ao Aeroporto, e de lá a Brasília.
A segurança no aeroporto estava reforçada, e alguns nem
viram o menino, pois ele diante de seguranças imensos, passa
desapercebido.
381
Pedro olha um senhor na entrada, que o bate continência e
fala.
— Senhor Pedro Rosa?
Pedro apenas concordou com a cabeça, o rapaz abriu a porta,
a fechou, se colocou ao lado do motorista no carro a frente e
partem no sentido do Estado Maior das Forças Armadas de Brasília.
Pedro é conduzido, poucos olhavam para ele, sabia que
estava na cova dos leões, pois seu avô tinha muita influencia ali,
dizem que um tio mandou muito mais no passado, mas este nunca
conhecera.
O rapaz a frente o conduz, ele abre uma porta e se posta a
ela, Pedro entra e olha para 3 senhores a frente.
Um Almirante olha para Pedro e pergunta ao Ministro da
Defesa.
— O que ele faz aqui senhor?
— Pedro Rosa, sabe que nos deixa tenso sua posição menino?
– Fala o Ministro lhe esticando a mão.
— Boa Tarde a todos.
O ministro olha o Almirante e fala.
— Senhores, estamos em uma guerra ou em paz, pois vejo o
exercito, a aeronáutica, atacarem uma família de Brasileiros, sem
explicação razoável, e Pedro Rosa, me perguntou se tinha algo
contra ele?
Um quarto senhor chegou a sala, finalmente a Cúpula estava
a volta de Pedro que olha para o Almirante que falara.
— Da marinha não temos nada contra eles senhor, mas civis
normalmente não lhe fazem reunir nós três?
— Gostaria de falar menino? – O Ministro.
Pedro olha os demais, e olha o membro do Exercito, sorri por
dentro de estar ali, e fala.
— Senhores, vim apenas oferecer ajuda, mas as vezes
estranho ser mais fácil falar com o secretario de segurança
Americano, com a primeira ministra Alemã do que com os senhores,
pedi apenas a interferência do Ministro, pois enquanto me
perseguem, um grupo de cientistas nos Estados Unidos da América,
está afirmando que uma onda de Plasma vinda do Sol, deve atingir a
Terra, entre fim do ano que vem e começo de 2016, eles não sabem
382
ainda a gravidade, ainda não sabem a extensão do problema, e
como brasileiro, venho alertar quem está a frente dos exércitos,
pois isto é segredo lá, e deve continuar segredo, enquanto ninguém
souber se é verdade ou mentira.
O ministro esperava uma coisa, e olha para o menino.
— Esta falando serio?
— Sim, a NASA passou a lançar a partir de ontem, uma vela
espacial, deve lançar uma a cada 10 dias, para terem a posição do
acontecimento de vários ângulos, alguns milionários Americanos
estão comprando refúgios em buracos escavados para este evento.
— E porque precisava nos alertar, se é segredo? – O General
que entrara por ultimo.
— Não sei tudo senhores, mas a função de um exercito, é
manter a ordem, de manter a estrutura, mesmo em calamidades,
obvio que eles falam em um evento de extinção, os países
equatoriais são os que mais sobrem, pois o Albedo do sol é mais
forte neste região, já nos polos, mesmo com toda força, a inclinação
e o branco do gelo, reduz a incidência.
— Eles saberão quando?
— Eles tem dados, eles querem lançar estas velas espaciais,
para terem os dados do acontecimento, eles não vão conseguir
exatar, mas vão estruturar uma sobrevivência, eles querem registrar
o inicio, para se protegerem a tempo.
— Protegerem-se? – O Almirante.
— Eles tem varias teorias, a menor delas, seria algo que
podem deter e poucos saberiam, a pior delas, deixaríamos de existir
senhores.
— E vem nos comunicar apenas? – O General.
— Estou ajudando com tecnologia a NASA, sei que não me
levam a serio, mas seria cômico trágico, estarmos a véspera de um
evento destes, e um general do Exército, me matar, e tudo se
perder, pois generais se achando acima da lei nacional, executaram
quem os teria como salvar.
— Você não é tão estratégico assim. – General.
— Sei disto, mas gostaria de ajudar, gostaria de viver, e
gostaria de ser protegido de vocês pelas leis deste país, pode ser

383
por bem general, pode ser nos tribunais, mas pode ser bem pior que
isto.
— Me ameaçando pirralho? – O general.
— Sim, agora pensa o quanto é cômico, uma criança achando
que lhe levarão a serio.
— Sabe que posso o prender para averiguação menino
insolente?
Pedro olha para o Ministro e fala.
— Alertei, quando sumir mais militares por ai, não me venha
dizer que estes não queriam me matar, e da próxima vez Ministro,
não terei pena de tartarugas verdes.
O general olha bravo.
Pedro olha os demais e fala.
— Avisados, passar bem.
Pedro toca o peito, e o tempo para, sorri e sai da sala, passa
pela segurança, e atravessa a base, chega a entrada, toca em um
carro e o rapaz parece se assustar.
— Me deixa no Aeroporto?
O motorista da empresa de segurança, olha assustado e fala
olhando tudo parado.
— Mas tá tudo parado.
— Vamos, quando chegar ao aeroporto, tudo volta ao
normal.
Pedro volta ao aeroporto, se tivessem visto que ele tinha uma
passagem de volta um hora após chegar, estranhariam, mas ele
estava ali, 15 minutos antes, entra no banheiro, toca o peito e tudo
volta a se mover.
Enquanto Pedro chegava no Cheking do Aeroporto, os
Generais olham o menino sumir, e se olham, o Ministro olha para o
General e pergunta serio.
— O que o exercito tem contra esta família, fora a ganancia
de um de seus membros General, pois sabemos que tem um
general que negou a vida inteira ter um filho, agora que o vê
bilionário, quer entrar de cabeça nesta fortuna.
O general olha em volta, não entendera, o menino sumira.
— Onde ele foi?
— Não respondeu General?
384
— Eles são um perigo, me alertaram que ele tem acordos
multilaterais com os Estados Unidos, com a França, com a Rússia, e
com a Alemanha.
— Todos estados que estamos em paz, qual o problema
general?
— Ele detêm tecnologias perigosas.
— Sim, ele saiu desta sala, para não continuar a discussão
General, eles legalmente tem direitos, e existem pessoas no
Exercito querendo quebrar estes direitos, pode ter tecnologias
perigosas, mas ele tem direito de as ter general.
— Como ele saiu? – Almirante.
— Acham mesmo que ele teria escapado do maior exercito
do planeta, se não tivesse alguns truques na manga senhores?
— Mas isto é impossível? – Almirante.
— Senhores, a pergunta, porque estamos afastando ele,
deveríamos estar abrindo as portas e espaço para ele, dizem que ele
para ter paz com os Estados Unidos lhes deu uma base Naval
moderna, o que ganhamos dele, o que negociamos com ele?
— É uma criança. – General.
— Sim, uma criança que boa parte do mundo quer como
aliado, porque nosso exercito o quer como inimigo general?
— Ele é um civil Ministro.
— Sim, todos quando tiram seus uniformes, mesmo o senhor,
pode achar que é um militar, mas volta a condição de gente, de civil.
— Mas...
— Senhores, estou disposto a propor paz a esta família, se
existe um evento mundial prestes a acontecer, e temos alguém que
nos dará posição referente a isto, precisamos nos organizar, haviam
me falado disto, mas parece ser algo que estão estudando, e não
pretendo ser o ultimo a saber se teremos de correr a um
esconderijo.

Pedro desce no Aeroporto de Guarulhos, estava começando


anoitecer, pega um helicóptero indo ao Norte, desce em um
descampado, se via a queda de agua ao fundo, e olha para o
restaurante, para as cabanas ao fundo, estava em Gouveia.

385
Pedro dispensa o piloto, olha para o escuro, olha para o
caminho, e toca o chão.
A noite começava a ficar bem escura, as luzes das casas ao
fundo, a segurança as costas com óculos de visão noturna, faz sinal
para eles esperarem, começa a andar no sentido do descampado
com arvores, olha para um ser bem ao fundo e fala alto.
— Poderia me conduzir a Yuri de Cali?
O ser olha para Pedro, talvez não o conhecesse, mas era
alguém ou com coragem ou maluco.
Pedro começa a caminhar e chega ao grupo, olha em volta e
um fala.
— Ele foi atingido, tem alguém praticando tiro em nós.
— Eu vim ver se posso ajudar.
— Temos de nos proteger.
Pedro não falou nada, o rapaz lhe indica um caminho e chega
a entrada de uma caverna, olha para outros seres, uma vida entre
pessoas do mesmo sexo, deveriam realmente estar entediados.
Pedro chega a Yuri e olha pra o rapaz a porta e fala.
— Se der certo, precisamos trazer todos os atingidos para
dentro.
— Sempre os trazemos, não é bom os deixar ao caminho.
Pedro via que a muito Beliel não se aproximava, o sente a
tocar seu ombro, precisava reaproximar o pequeno querubim, mas
vê o brilho, a dor, a região, como se visse de cima, fecha os olhos,
desvia o rosto, abre-os e encara o querubim.
— O que faremos? – O rapaz a porta.
— Preciso saber ainda como eles vão reagir a isto, então
temos de ter calma. – Pedro olhando o querubim.
Estava olhando-o, o mesmo o tocava o ombro, e mesmo
assim duvidara que era ele, Pedro queria uma forma de continuar,
pois sabia dos pesos que carregaria.
O querubim some da vista de Pedro, mas o sentia ainda, pega
a mochila as costas, pega o computador pessoal, liga ele, coloca o
cristal em uma plataforma plana que tirou da mochila, tira 6
baterias, pareciam cristais de carbono, estavam isoladas em uma
ponta, permitindo se pegar, ele liga fios que saiam da plataforma
quadrada as baterias, pega o cristal e coloca no centro do mesmo,
386
sentia a duvida no Querubim, mas programa a genética de sua
familiar e o sistema começa a produzir uma luz azulada, que sai para
todos os lados, olha o analisar de Yuri e mais 60 pessoas nas salas
laterais, com tiros a altura da cabeça e peito, olha as balas
começarem a sair, o sistema dizia que o corpo estava se
recuperando, olha o sistema e a bala do crânio sair, o osso se
refazer, sabia que algo estava errado, o sistema mostra 100%, o
corpo se recuperara a frente, mas não se mexia, ele olha para a
mochila, pega um desfibrilador, e dá um choque no peito de Yuri.
Yuri estava em um campo, a toda volta, pessoas encostadas
umas nas outras, como se não conseguisse mexer-se, via mais gente
chegando, a visão da eternidade ali, era apavorante, não conseguia
mais se mexer, sente uma dor no peito, olha em volta, estranha,
pois alguns olham para ele, como se estivesse brilhando, sente a dor
e seu corpo ficar mole, olha em volta e vê tudo escuro, sente os
olhos fechados e os abre, vendo aquela luz azulada tomar tudo, olha
o menino a frente e pergunta.
— Porque me trazer de novo menino?
— Quer morrer de vez Yuri.
— Não sei o que foi este sonho, mas não parecia uma morte e
sim um martírio a alma até a eternidade.
Um senhor olha para Yuri pela porta e fala.
— Como é do outro lado?
— Penitencia eterna pai, os mares de almas estão cheias de
descendentes, gente a muito tempo lá, gente a muito tempo inerte
e vendo o lugar cada vez mais cheio, mais imóvel.
Pedro olha para Yuri e pergunta;
— Os demais gostarão de sair de lá?
— Com certeza. – Yuri.
Pedro olha para o rapaz a porta e fala.
— Traz um por um, a noite vai ser longe.
Pedro foi reanimando os seres e no final olha para Yuri e fala.
— Agora a parte difícil.
— Qual?
— Lá vou eu enfrentar quem os quer matar.
— Não entendemos, os eternos parecem a olhar com
respeito, e terem mudado de lado.
387
— Acho que uma hora vão ter de entender, imortais não
existem, apenas uma praga a mais que não conhecemos, mas que
assim como vocês, não os deixa morrer.
— Mas eles se denominam de Imortais. – Yuri.
— Me acompanha a esta ida lá Yuri.
— Os riscos?
— Ter de recontar minha historia, mas ou paramos isto agora
ou ela vai ficar ali o resto da vida.
— Porque ela quer nos matar?
— Ela atirou no irmão, que é um provável Moroi Mort, ela
acha que ele está aqui, e não vai adiantar dizer que não está, então
teremos de mostrar a ela que não está.
— Quem é a moça?
— Minha mãe. – Pedro.
— Mas ela cheira a Moroaica. – O senhor a porta.
— Somente se ela quiser vir a ser uma a será senhor, ela não
entende, que por um destino cruel, se misturou em mim, duas
coisas perigosas, o sangue dos Netser e dos Moroi.
— E a inteligência humana. – Yuri.
— Acho que ninguém entendeu isto ainda Yuri, mas me
acompanha?
— Vou, mas é maluquice.

Maria Cecilia Guerra, a Ciça, estava a porta da pensão dos


Imortais, e olha para o campo, a noite era a melhor hora de caçar,
era quando eles saiam, viu o helicóptero, não sabia o que estava
acontecendo, mas tinha bem cara de seu filho.
Ela olhava pela mira quando viu dois seres saírem, ela mira
sem olhar, a bala resvala em um e bate na arvore, ela olha pela mira
aproximando e vê seu filho ao lado de um ser branco.
— Ele está vindo ai. – Ciça.
— Ele?
— O Netser. – Fala Ciça olhando o senhor.
— E porque não o matou?
— A bala o desvia senhor, mas ele vem conversar pelo jeito.
— Porque acha que ele conversaria.

388
— Pelo jeito não deu tempo dele se apresentar senhor, pois
Pedro Rosa, adora uma conversa.
O senhor olha para a filha, que fica invisível aos olhos, e Ciça
olha o senhor recuar.
— O que os Imortais temem neste menino senhor?
— Quem vem ao lado dele, é Yuri de Cali.
Ciça olha o senhor, ele sabia quem era o rapaz, e o atraíra, ou
era impressão dela.
Pedro chega a frente do local e fala alto.
— Podemos parar com esta criancice Ciça, a criança aqui sou
eu, não acha?
O senhor olha para a moça, ela não se apresentara, se
impusera ali, ele sabia que ela cheirava a Moroaica.
— Ele a conhece?
Ciça levanta-se e olha para Pedro.
— O que faz aqui?
— Uma boa pergunta, o que faz aqui Ciça?
— Sabe bem o que faço aqui.
— Uma Moroaica que mata Morois é como alguém que atira
a altura da cabeça apenas para depois olhar que era o filho o
destinatário da bala Ciça.
— Sabe que não vou parar?
— Então os tirarei dali, e estes covardes as costas, diz a eles
que pelo que entendi, tem o mesmo destino dos mortos ali, um mar
de almas, inertes, de tantas almas que lá tem.
— Não sei do que fala. – Ciça.
Pedro sorri e fala.
— Yuri ao meu lado a quer convidar a olhar onde eles estão,
quando você começou a caçar eles de longe, Jose saiu do grupo
para os poupar, mas como você não o seguiu, eles lhe propõem
mostrar que seu irmão não está entre eles mais.
— Mas eles são coisas a serem mortas.
— Ciça, anomalia aqui sou eu, não eles, sabe disto, mas a bala
que os mata, também pode me matar, mas sabe que perderia tudo,
você não parece racional quando fala de José.
— Você nunca entenderia.
— Posso apostar que entenderia mãe.
389
O imortal as costas recua, a senhora era a mãe do menino, e
olha o mesmo começar a mudar de forma, e a olhar com aquelas
imensas mandíbulas, a roupa rasgada, na forma de um lobo maior
do que ele era como gente.
— Você tem de parar de fazer demonstrações filho, uma hora
alguém lhe mata.
— Neste momento, estou prestes a deixar uma mãe no
passado, vim tentar a trazer a lucidez, mas depende dela vir a
lucidez, pois estou prestes a voltar a ter apenas uma mãe. – O som
mais rouco daquele lobo falando, algo que os Mort nunca tiveram
poder, não em vida, faz Yuri olhar para o menino, ele era mais
Moroi ainda vivo que muitos que ele conhecera.
O imortal ao longe olhava na duvida, pois os Moroi não
tinham este poder, os Netser não tinham este poder, e lhe veio a
duvida de quem era o menino.
— E quer o que filho?
— Que volte a lucidez.
— Não posso abandonar uma raiva de uma vida inteira.
— Já o matou, e quer matar uma segunda vez, ele não lhe
matou nenhuma vez, sabe disto, seu ódio tem seus motivos, mas
tem também algo que não gosto, o demonstrar para os demais, que
você tem medo mãe, e odeio as pessoas percebendo isto.
— Mas...
— Eles não sabem o que sou mãe, se nem eu sei, mas a
pergunta, estará com seus filhos, ou a deixamos no caminho, pois
daqui a pouco terei de proteger minha irmã de você.
— Ela não me temeria.
— Sei o cheiro que tem mãe, e sei que pessoa que cheiram a
medo, não dou as costas, e quando a dou, sei que vão atirar, ferir,
matar, mas para isto levanto minhas proteções, mas não respondeu
mãe.
— Eu não gosto de deixar as coisas assim.
— Então me esquece mãe.
Pedro volta a forma e olha o calção laceado e o amarra ao
lado e olha para Yuri.

390
— Vou levantar a volta da região uma proteção contra
Moroaicas e Imortais, eles não vão conseguir entrar e nem atingir
dentro deste lugar.
— Vamos ter de conversar mais menino.
Pedro concorda, o rapaz sai a andar na direção do campo, e
acelera nele.
Pedro olha para um carro parando ao longe, caminha até ele,
Ciça não falou nada, ele queria ela ao lado, mas tentara uma vez, se
complicara com isto, e ela continuava a querer a morte de todos a
volta.
Entra no carro e viu Roberto ali.
— Pelo jeito a guerra continua. – Roberto alcançando uma
roupa para Pedro.
— Perdido por aqui? – Trocando de roupa.
— Sabe que não gosto disto, entendo que algo aconteceu no
passado, algo que o senhor Jose não consegue contar nem para as
filhas, isto é bem problemático.
— Ela escolheu, agora que colha a escolha. – Pedro.
— O que quer dizer com isto?
— Nada Roberto, como vão as coisas, melhorou?
— Sim, Rosa quer conhecer Curitiba.
— Leva ela lá, acho que todos nem lembram dos rostos, eu
reconheço diferente as pessoas, mas se vamos escancarar, só
manda elas usarem os colares.
— Será que sua mãe vai lembrar dela?
— Só se não ligar pessoa a lugar, pois esta família parece uma
copia da outra, e não posso dizer que as primas são feias Roberto,
estaria mentindo.
O motorista estava indo quando se ouve o estouro de um dos
pneus, o motorista olha desconfiado e ouve Pedro falar.
— Não para, é uma arapuca.
Pedro toca o peito, o carro brilha, o pneu murchado parece
crescer e o motorista acelera pela estrada.
— Esta sua mãe é terrível Pedro.
— Sei que puxei este sangue encrenqueiro.
Roberto sorri, e vê mais a frente um helicóptero, Pedro olha
para Roberto e pergunta.
391
— E se o problema foi pior do que pensamos? – Pedro.
— Por quê?
— Como minha mãe chegaria ao helicóptero antes de nós de
carro Roberto?
— Acha que ela estava na forma de um lobo, quando viu o
irmão se transformar?
— Tenho de pensar, mas ela está ali dentro, deixa eu me
mandar, pede um helicóptero depois.
— Espero, mas nos vemos em Curitiba.
— Leva a namorada.
Roberto sorri e vê Pedro entrar no Helicóptero, ele nem olha
para o banco de trás, e o piloto pergunta.
— Onde senhor?
— Curvelo a Oeste.
— Sabe a distancia? – O senhor.
— Vou voltar a Curitiba, ainda hoje, e Curvelo tem voo padrão
para BH, lá me viro.
— Vai me gelar filho.
Pedro olha para trás, sem grandes emoções, olha para a mãe
e fala, talvez ela não entendesse, mas seu filho acabara de entender
o que acontecera.
— O que quer Maria Cecilia?
— Não entendeu nada.
— Senhora, como posso respeitar alguém, que corre pelos
campos, então sabe que tenho isto na veia, que mata irmãos por
que souberam isto, e pior, tem medo do que criou, como posso
respeitar alguém assim?
— Sabe como, o que Roberto fazia ali?
— Pedindo permissão para voltar a Curitiba, que aqui já não
tem o que fazer.
— Ele vai voltar para a saia de Gerson?
— Ele tem uma namorada lá, então não vai voltar para saia de
meu pai, e sim para alguém que o chama de volta.
— E vai me gelar.
— Maria, o que posso fazer, a manter perto, é arriscar todos
os que conheço que sabem de seu segredo infantil, então vou
afastar todos de você.
392
— Eu um dia acho meu irmão e o mato de novo.
— Quem sabe vocês terminem algo que ele não teve coragem
no passado, e no lugar de vocês nos perturbarem, se matam de uma
vez, nos poupando desta historia.
— Parece saber o que aconteceu?
— Não tenho mais nada haver com isto Maria, o que posso
fazer, se toda vez que ajudei, me traíram pela costas, limpo as
pegadas, e alguém continua a querer me complicar, hora de mudar
de tática, vivi muito tempo com uma única mãe, posso voltar a viver
assim.
— Não vai me esquecer filho.
— Não me quer por perto Maria, porque complicar as coisas?
— Não disse isto?
— Maria, quando quiser voltar a ser gente, sabe que tem uma
casa lhe esperando em Curitiba, mas lá é para família, não para
caçadores de seus segredos, lá é para gente, não para bicho.
— Eu não sou...
Pedro olha para o piloto e ela não fala, o helicóptero desce e
Ciça vê o filho sair, olha em volta, ele pega um carro e vai a algum
lugar, não sabia o que ele faria, mas Pedro entrou na cede da
empresa de granito e quartzo em Curvelo, ativa a passagem e surge
em Curitiba.

Pedro liga o sistema e passa dados e perguntas a Charlyston,


a Pietro, a Marcelo, a Maria, a Sabrina, a Call e olha para fora, eles
as receberiam pela manha, ou as abririam pela manha, e vai a cama,
estava pensando, querendo resolver problemas, mas parecia que
tudo que entendera estava errado.

393
394
Guerra
Sim, ter uma vida calma, é sinal que
venceu guerras, ou as perdeu, olhe em
volta.
O que vê?
Patrão, contas, coisas que não
pediu?
Vou ser quem lhe informará que
perdeu a Guerra, e talvez não a tenha
visto acontecer.
Quantos vão as escolas, e desistem, reclamam que ela é
chata, que não tem nada de bom lá?
Sim, se você fugiu desta parte, começou pelo lado
errado.
As vezes ouço alguém falar que tal pessoa venceu a vida
e não terminou os estudos.
Sim, mas ela não está falando de Brasileiros, e sim de
locais que você sai do que seria nosso ensino médio, com
conhecimentos de matemática, de eletricidade, de mecânica
básica, de programação e de musica.
Dai você foi ao mercado de trabalho, e o que lhe
ofereceram você aceitou, era melhor que escola, mas com o
tempo, viu que os braços perdem força, e quem você culpa?
O patrão, o prefeito, o governador, a presidente?
Não foram eles que fugiram da luta, por sinal, eles
assumiram a luta, e mesmo não sendo perfeitos, competentes,
não fugiram da luta, e sim, chegaram onde você quer chegar,
mas lhe pergunto, está disposto a sair da zona de conforto?
Não?
Então fica ai, pois você não nasceu para vencer, mas
não me culpe por isto.
Gerson Travesso
Curitiba, 23 de Julho de 2011

395
As vezes temo o que posso falar, e o
que falo e não entendem, não posso ser
culpado pelo não entender, mas posso me
complicar quando alguém lhe entende errado
e no fundo, não sabe bem se falou o que
queria ou o que tinha de dizer.
As vezes vejo um caminho a trilhar, o
trilhar me faz um soldado em campo, as
vezes me recuso a batalha, mas não me
recuso a conversa.
Mas se a pessoa só quer a Guerra?
Acho que não entendo de guerras, eu as vezes as batalho,
mas na maioria das vezes, desejo não batalha-la.
Quantos anos podemos perder na vida, em batalhar que não
nos levam a nada, e graças a estas deixamos de guerrear pelo que
queremos? Ou pior, deixamos nossas curtas vidas passarem.
Às vezes me complico, às vezes, discuto, mas raramente
perco o sono, por quê? Porque eu tentei, as vezes tento mais de
uma vez, sou um Rosa, jovem, e que pretende aprender a controlar
as palavras, mas hoje, sou apenas o espinho, e este as vezes temos
de cuidar para não passarmos na própria pele.
Deve ler isto e se perguntar, o que ele está tentando dizer,
pois eu reli e fiquei na duvida.
O que Pedro Rosa quer dizer, é que canso as vezes de explicar
que sou pelo racional, eu enfrento minha razão com trabalho, com
atos, acredito que um olho roxo é melhor que a inercia, mas eu
tento conversar, vão começar a surgir processos, e não esqueçam,
eu tento conversar, depois não reclamem de que não conseguiram o
que queriam.
Amanha vou falar de como foram minhas férias, e se os
últimos dias delas, forem agitados como os primeiros, terei
problemas, mas como digo, estou aqui para conversar, e se não
querem conversar, não posso ser culpado por isto.
Pedro Rosa

396
Pietro recebe e-mail com reclamações, e apenas responde.
“Quem quiser devolver os locais até 30 de dezembro
aceitamos, existem muitos querendo este lugar. O teste é essencial,
e podem ter certeza, odeio os planos onde 10% morrem apenas
porque ficaram discutindo se levavam o cachorro junto ou não.”
Pietro olha os exames e olha Paul entrar pela porta.
— Podemos conversar Pietro?
— Sim, problemas?
— A parte positiva primeiro, a clinica Russa começa a atender
aos pacientes, uma clinica estará em implementação na Califórnia,
numa base militar, não será aberta ao publico, mas cobraremos 44
mil dólares por soldado curado, em 1 mês estará em operação.
— Então não temos autorização da OMS, mas teremos as
nossas primeiras clinicas.
— Uma ideia começa a ganhar força, Louis, começou a
espalhar a ideia, e se as clinicas estão paradas, ele começou a
conversar sobre a possibilidade de hotéis de Tratamento, algo em
apenas 100 locais incialmente, ele conversou com Pedro ou o
contrario, não sei, e vão acelerar a instalação destes, ideia de
atender clientes, em 100 lugares, cobrando estadia, gastos e
tratamento completo, gerando por cliente 6 milhões de dólares por
30 dias de estadia.
— Acha que teremos clientela?
— O anuncio dele da transformação do hotel em Caen em um
hotel de tratamento, para os amigos, que vai inaugurar em 15 dias,
já tem reservas para mais de um ano, para os 300 quartos, sendo
alguns individuais e alguns para casal, mas 90% é individual.
— Certo, um plano indo a frente, Pedro tem medo de
extrapolar gastos sem entradas, isto é sempre uma boa dica, mas o
senhor vai tocar os 100 hotéis?
— Pelo que entendi, sim, a Rosa Inc. tem 50% do capital, mas
a direção é de Louis, ele quer acelerar, devo imaginar a frustração
quando proibiram-nos de curar os demais.
— E a parte ruim Paul?
— Estamos acelerando empresas de tecnologia pela ideia dos
satélites, mas 90% das coisas vão atrasar.
— E o que Pedro falou?
397
— Que tem algo errado, ele desconfia que estão querendo
dizer que tem trabalho extra para em breve tentarem ganhar mais
por contrato.
— Ele autorizou mudança nos contratos?
— Somente se tiver clausula de prazo e multa por não
cumprimento dos prazos, mas ele quer estudar cada pedido Pietro,
o menino parece mão aberta, mas ele sabe segurar quando quer.
— Vou verificar os contratos já passados para eles, alguns se
não me engano, Pedro já havia colocado clausulas de multa, ele
sempre priorizou a negociação, mas uma vez o outro lado dizendo
ser possível, ele geralmente pensa em um folego, para imprevistos,
todos em contrato e depois as multas.
— Sabe que poucos jovens no mundo me fazem parar e
admirar, este menino parece sempre a frente do seu tempo.
— Ele as vezes parece milhares, mas é programação, ele não
corre, mas ele se programa.

Roberto chega a Curitiba e trouce Rosa com ele, a moça olha


em volta e fala.
— Mora aqui?
— Sempre vivi pouco neste lugar, segurança de um projeto
em mais de mil cidades, vivo mais em hotéis que na minha própria
casa.
— Tem certeza que é seguro?
— Não adianta nos escondermos sempre, seu primo é
especial Rosa, ele vai tentar as trazer para dentro da família, mas
ontem seu primo descobriu que a historia em Angola pode ter sido
bem mais complicada, ou bem diferente.
— Porque acha isto?
— Sua tia corre pelos campos quando quer Rosa.
— Mas isto não seria algo exclusivo do sétimo filho?
— O que nós conhecemos a historia sim, por isto Pedro deve
estar pensando em mudar de tática, pois se ela corre ao campo,
algo pode ter acontecido que não sabemos o que foi.
— O que acha que foi?

398
— A historia é que ela fugiu de casa, mas as pesquisas que
seu primo fez, não mostram em momento algum, a sua família, a
procurando em Angola.
— Nem meus avós?
— Não, nem seus avós.
— Estranho mesmo, e meu pai sabe disto?
— Deve saber, assim como Ciça, mas ainda não sabemos a
historia, e os dois envolvidos não falam dela.
— E acha que meu primo descobre?
— Rosa, na sua família, todos os membros, tem em sua
genética o poder da transmutação, em você se desenvolveu
naturalmente, mas segundo seu primo, aquele sistema de
recuperação de saúde dele, analisou todos e não precisou alterar
nada, apenas salientou o que todos são.
— Sabe que me assusto com isto.
— Sei disto, mas tem de manter a calma, com calma compro
outra casa, uma mais espaçosa.
— E tem para isto?
— Pedro me cobra sempre ter de começar a construir minha
vida, e gastar em estrutura o que tenho, mas acho que não tinha
chego a hora, sabe do que falo.
Os dois se beijam e começam a arrumar as coisas.

O presidente Norte Americano olha para o Secretario e


pergunta.
— O que me esconde Robert?
— Não é esconder, é garantir que nada ficou no caminho, que
estamos limpos.
— Certo, mas o que realmente aconteceu?
— Estamos rastreando, mas existia um grupo de seres, que se
passavam por humanos, que viviam já na cidade presidente,
esperando a hora de começar a ampliar a infecção.
— Que tipo de infecção?
— Uma capaz de tomar a forma do portador, de aprender
com ele rapidamente a ponto de tomar sua função, e ir infectando
apenas peças chaves até conseguir a base toda, dai ampliar a
infecção em todos os sentidos.
399
— E como algo assim veio ao planeta?
— Estes são os dados assustadores senhor, pelo que a CIA e o
Pentágono estão analisando, eles já estão no planeta, a muito
tempo.
— E porque não atacaram antes?
— Esta é a pergunta que queremos responder presidente,
pois é como se estivéssemos em rotas de existência e extinção,
como se algo estivesse programado para ativar a extinção de
tempos em tempos.
Muitas perguntas sem respostas, limpezas sem explicação,
isolamento de prédios sem explicarem nada, apenas limpeza, passar
por um detector, e em si, ser liberado ou não.

Pedro olha para o pai e fala.


— Como estão os processos pai?
— Vou ter de responder semana que vem em BH, por não ter
morrido lá.
— O prefiro enfrentando que morto pai. – Pedro.
— E o que vai fazer?
— Vou dar um gelo na Ciça pai, e melhor não cair em alguma
pegadinha dela.
— Está lá a atirar em Morois Mort?
— Sim, mas ainda não sei o que pensar disto.
— Certo, acha que deterão a infecção?
— Vou ter de estudar isto de perto ainda pai.
— Vai voltar lá?
— Parece que sim, se não desmarcarem de novo, amanha vou
pela ultima vez a Califórnia antes de Dezembro.
— O que vai fazer lá?
— Eles marcaram e desmarcaram sequencialmente uma
homenagem a mim na Universidade da Califórnia, eu ainda sorrio
disto pai, mas não vou recusar um diploma Emérito.
— Sabe que me dá orgulho filho.
— Sei, as vezes tenho de por os pés no chão, mas vou hoje
falar com alguns empresários locais, e quero ver se invisto um
pouco, tenho uma audiência publica, desculpa por minha mãe como

400
minha representante pai, em alguns casos, mas já me defendendo
de outros problemas.
— Certo, mas qual o processo?
— De não pagamento das comissões da Marta.
— Mas já chegou ao juiz?
— Sim, mas eles pensavam que lhe indicaria como meu
representante, e querem complicar alguém pai.
— Sua mãe sabe da encrenca?
— Ela sabe pai, ela sabe.
Pedro sente Renata o abraçar pelas costas e fala.
— Quando vamos continuar a discutir aquele projeto?
— Assim que voltarmos, vamos a um compromisso legal.
— Compromisso legal?
— Sim, somos os donos da Rosa e Guerra Diamantes mana.
— Encrenca?
— Sim, encrenca.
Os dois saem no sentido do escritório de advocacia, olha a
mãe a porta e entram.
— Qual o problema filho?
— Vamos falar com o advogado e depois decidimos.
— Por quê? – Renata.
— Quero saber o que o advogado conseguiu, e se o que Vaz
descobriu ou fez, antes de irmos lá mãe.
Vaz os recebe a porta, foram a sala e o Advogado olha o
menino e pergunta.
— O que vamos fazer, não é padrão menino, sigo as ordens,
mas sabe que o juiz pode lhe estabelecer uma multa diária.
— Sei, mas Vaz, como posso pagar sem garantias dos
recebíveis que eles não tem, sem o bloqueio dos bens deles, o que
podemos fazer?
— Sei que pensa pela logica, mas são processos diferentes,
um de roubo, que vai para Brasília, e o contrato que assinou com a
senhora, que tem como fórum Curitiba.
— Porque o outro vai para Brasília?
— A sede da policia federal que trata de Crimes
Internacionais fica em Brasília e representa o país inteiro.

401
— E pelo jeito não estão com pressa em olhar o processo,
mas porque o segundo não é um processo internacional?
— Burocracia é assim no país.
— Acha que o senhor faria um acordo?
Vaz olha para Pedro e pergunta.
— Um acordo?
— Se ele abrir mão de parte dos recebíveis, não o
processamos.
— Vai perder dinheiro.
— Sei disto, mas um processo que pode bloquear meus bens,
no valor da divida, que demore 10 anos para chegar ao supremo,
me valeria quando Vaz?
— Certo, e se ele não quiser o acordo?
— Veja o que dá para tentar, se não der, não sei se daria para
pagar o total da divida em Juízo, recorrer, tentar desqualificar o juiz,
não sei o que daria para fazer.
— Eles odiariam.
— Sei disto, mas um dos pontos Vaz, é não bloquearem os
bens, segundo, tentar negociar, se não der, deposito total, sobre
guarda da Justiça Federal, até o julgamento do mérito, sobre a
competência do júri atual.
— Juízes se assustam com montantes daquele.
— Eles devem estar negociando algo, em menos de um mês o
processo passou sobre todos os que estão engavetados Vaz, sabe
que não é normal, nem cheguei aos dias de aula e o processo já está
em primeira audiência.
— Entendo, pois os dados referente as transações bancarias
nem foram ainda liberadas pelos bancos que o enviaram, mas sabe
que estranhei esta inversão de representação legal.
— Vaz, não sei se estou certo, mas o processo poderia ter um
julgamento primário a mais, e meu pai não é réu primário, a analise
é sobre quem me representa, qualquer dos pais serviria, já que eu
assinei as peças, das duas coleções, mas tudo fora do país.
— Sabe que podem usar no outro processo a ausência da
assinatura de um responsável, pois está apenas a sua assinatura lá.
— Estou Vaz, situando minhas empresas em outros 4 países
como sede, pois tanto na Bolívia, no México, em Israel e Egito, eu
402
posso ter a empresa em meu nome, estou pedindo uma dupla
nacionalidade Brasileira Israelense, o que vai tirar recursos do Brasil,
mas não posso ficar em brigas que tire o dinheiro de meu giro, tem
gente querendo salario do outro lado.
— Vai virar mesmo o maior empresário do mundo?
— Não, mas com certeza, uma empresa multinacional de
capital aberto está nascendo sobre o nome de Rosa, esta empresa
tem acordos comerciais com duas empresas minhas, mas estas tem
contratos quase invisíveis ao mundo.
Vaz anotou algumas coisas e falou.
— Vou falar com o advogado do outro lado, e nos
encontramos no Centro Cívico.
Pedro, a irmã e a mãe saem no sentido do Shopping Mueller,
e sentam-se na praça de alimentação e Roseli pergunta.
— Não entendi sua crônica do dia filho.
— Mãe, queria perguntar uma coisa para você, como está os
contatos com os demais jornais?
— Bem, o que pretende?
— Eles parecem querer apoiar quem quer nos ferrar, então
vou mudar o foco mãe.
— Mudar o foco?
— Queria saber se tem como me ajudar em algumas coisas?
— Fala.
— Queria comprar espaço em jornais concorrentes, uma
pagina na Gazeta sobre Anjos, e um caderno quinzenal para o
domingo, com novidades, tema, Novidades em Vista, sobre
tendências e coisas que vamos lançar, mas colocando em sincronia
e em outros jornais.
— Porque disto filho, tens espaço suficiente.
— Eu quero saber quanto me custa manter isto nos outros
mãe, e farei o mesmo em cada um dos jornais do pai, contratos de
pessoa física, eu, e os jornais.
— Mas vai ser teu tudo isto.
— Mãe, eu tenho de saber quanto me custaria isto, e vou
lançar como custos, com isto terei como sugerir e ter material para
ter entrada em todo os demais jornais do mundo, não estou

403
pensando aqui, estou pensando em forçar meu nome, e meus
problemas ao mundo.
— Acho maluquice isto.
— Sei disto.
Terminaram de almoçar e Roseli viu que não foram no
sentido da rua, Pedro subiu ao estacionamento e foram ao casarão
que era representação dos espaços do Shopping, a cara de
descrença da moça, só não foi maior pois Roseli estava ali.
Sentam-se e um senhor veio de dentro, Roseli era famosa,
Pedro uma incógnita.
— Boa tarde, no que posso ajudar Marta Boaventura. – Marta
era o nome fantasia de Roseli, muitos a chamavam assim.
— Vim representando as ideias de meu filho senhor Mario.
O senhor olha Pedro, obvio, ninguém levava Pedro a serio
antes de começar a conversar, todos sabiam que tinham de ouvir,
mas sempre achavam que era encenação dos pais.
— No que posso ajudar. – O senhor sorrindo e esticando a
mão tanto para Pedro como Renata.
Pedro pegou uma pasta e falou.
— Senhor, a Rosa Inc., empresa multinacional, está a fim de
lançar uma ideia, pelo menos em 10 shoppings no Brasil ao mesmo
tempo, mas vejo que vaga na praça de alimentação está difícil.
— Sim, todas bem ocupadas.
— Alguma vaga na área dos Cinemas?
— Qual a ideia?
— Um local para popularização do consumo de vinho e queijo
da melhor procedência do mundo.
— Não entendi a ideia?
— A ideia ainda nem foi me passada senhor, vim verificar se
tem espaço para esta espécie de lanchonete diferenciadas, e para
uma loja de Joias, vamos lançar uma linha mundial de joias, em uma
linha mundial de lojas próprias, mas dai, terei só em Curitiba, pelo
menos pretendo, 3 lojas, no Brasil, mais de trezentas lojas senhor.
— E será uma linha de qual empresa de joias?
— Uma ainda em criação, ela vai abrir em todas os pontos ao
mesmo tempo, estamos começando a fechar os contratos de
locação, vamos estruturar as lojas, e as inaugurar todas juntas.
404
— Segredo também.
— Ainda sim, daqui a pouco fazemos de conta que não
queremos e vazamos o nome e a ideia, depois algumas peças
exclusivas, e por final, abrimos todas juntas.
— E as duas empresas serão representadas por quem?
— A Rosa Inc. é uma empresa de sociedade aberta senhor,
mas onde os maiores acionistas estão a sua frente.
— Certo, sabe o nível de aluguel, como funciona?
— Assim que souber onde tem espaço, me passe – Pedro
estica um cartão – os dados, os prazos, os valores, e providenciamos
os documentos e fechamos.
— Sabe que não é normal tratar com uma criança isto.
— Nos quer fora do seu Shopping?
— Tem de entender que os representantes no Brasil, tem de
ter mais de 18 e fiadores.
Roseli olha o filho, olha o senhor, puxa o cartão da mão dele e
fala.
— Bom saber que não falamos com a pessoa certa senhor,
passar bem. – Roseli levantando-se.
Roseli olha para Pedro e fala.
— Vamos?
Pedro não falou nada e saíram, o senhor fica olhando para
eles saírem, ele pensou ser uma conversar e caminho a estabelecer,
lhe falaram que teriam de ter adultos assinando, mas se quem
estava a fazer fama fora da cidade, no mundo, podiam pelo menos
ouvir, obvio que teriam as assinaturas de adultos, de responsáveis,
mas a forma que se fez, ficou ruim.
— Tem de manter a calma mãe. – Pedro sorrindo.
— Se ele não quer nós ali, porque insistir.
— Mãe, as vezes eu me assusto como sou parecido com meus
pais, mas antes de eu falar algo estávamos saindo de lá.
— Quer voltar?
— Mãe, eu te amo, deixa eles falarem, mas foi perfeita.
Renata sorri, Pedro imaginava que seria daquela forma, e
pergunta.
— Acha que eles não vão barrar nossas empresas?

405
— Eles nem sabem o nome das empresas Renata, como eles
vão barrar o que desconhecem?
— Certo, mas como vamos fazer então? – Roseli.
— Mãe, o que aconteceu ali, acontece em todo lugar, eles
falam de Pedro Rosa, mas eles não estão prontos para ver Pedro
Rosa, vivo isto em todo lugar.
— E vai recuar?
— Mãe, nem a Vinhedos Groff e nem a Joias Ogundelê, são
marcas ainda conhecidas, e não vamos estar a frente disto, vão ser
duas franquias, quem vai falar com o senhor não vamos ser nós,
queria apenas os dados do aluguel, para saber como funcionava
este tipo de mercado, mas consigo os dados de uma forma ou
outro.
— E vão falar mal. – Renata.
— Alguém que deve perder mais tempo fazendo a unha do
que lendo Renata, alguém que faz limpeza de pele, mas não toma
banho, pois se perfuma com perfume francês, dos caros, mas não
dos mais usados por franceses e sim por metidos, não vai nos levar
a serio, nem que tenhamos um shopping ao lado, pois ele não tem
tempo para nos levar a serio. – Pedro.
— Acha que consegue os dados?
— Falo por mensagem com a secretaria e consigo mãe, mas
sem ela saber quem está pedindo os dados, apenas um e-mail da
Rosa Inc.
— Vamos aos problemas então?
— Sim, pelo jeito temos um juiz querendo ganhar um
dinheiro no caso, e vou tentar ficar quieto mãe.
— Certo, vamos lá. – Renata passando o braço no dos dois e
caminham 3 quadras na Candido de Abreu.

Tenente Sabrina olha para a segurança da base e olha para


Dallan vindo do fundo.
— Acho que estou voltando ao normal Tenente Jones.
— Ontem me assustou General.
— O que temos?
— No fim, temos mais de 30 perdas totais, e 29 que nem
lembram quem eram General.
406
— Complicado, o que estão falando aos familiares?
— Senhor, se colocarmos eles diante de um psicólogo, sem
falar nada, eles vão falar em bloqueio mental por sobrecarga de
serviço, não precisamos nos preocupar com o que vão falar, apenas
em lhes dar auxilio.
— E o menino?
— Como se diz, acelerando.
— O que vai ser agora?
— A base subterrânea da Guiana Francesa, está preparando
local para lançamento de 108 satélites.
— 108?
— Ele vai mandar as velas espaciais, mas elas são lentas,
então elas vão medindo o sol enquanto os satélites vão ser
colocados 4 em redor de Mercúrio, outras 4 em volta de Vênus, 4
em torno da Lua, 80 em volta da Terra, olhando o espaço, 18
focando o planeta medindo aquela frequência de som que os seres
usavam de comunicação.
— Agora eles vão ficar com medo ou respeito? – Dallan.
— O menino não parece preocupado com eles senhor, pois
eles pressionam e o menino no lugar de parar acelera.
— O que a NASA fala disto?
— Depois da ação de ontem, tem gente sendo afastada por
Banneker, pois não estavam infectados e foram a favor do sabotar
do projeto em nome de favores pessoais, os barracões estão com
gente do exercito tirando bombas colocadas lá, o secretario de
segurança segurou a informação, mas ele ficou assustado com a
quantidade de explosivo que colocaram lá.
— E o menino?
— Enfrentando a justiça no país dele, mas ele mudou a
estrutura Legal da empresa, ele pediu e conseguiu dupla cidadania
de Israel, e lá com 12 anos ele poderia já ter uma empresa, e ele e a
irmã estão assumindo legalmente a empresa, se os Brasileiros não
os querem como empresários Brasileiros, agora todos vão os
chamar de Judeus.
— E nas demais bases?
— Pelo que entendi, a base subterrânea que montaram em
Cabo Canaveral, está montando uma sequencia de velas espaciais,
407
que parecem estar em um túnel que nem sei onde fica, mas que
pretende montar uma super proteção, que deve ir ao espaço
somente quando tiverem a data, estavam montando uma estrutura
sobre o gelo do ártico, mas desmontaram, estão transferindo para o
meio do pacifico, não vão desgelar nada nos polos, eles estão
montando placas de energia que estão gerando nuvens no pacifico,
no Atlântico e no Indico senhor.
— Nuvens?
— Algo sobre testar o nível de Albedo de vários tipos de
nuvens.
— Não entendi.
— O sol bate forte no planeta, mas a inclinação nos polos
mais o branco do gelo, geram uma absorção muito pequena, dai
parece que surgiu um estudo em San Diego, da Marinha, apontando
para a diferença de Albedo, absorção em Florestas e em Desertos, e
a humidade está relacionada, e o branco de refração também,
então eles estão estudando se eles conseguiriam cobrir o planeta
com uma camada baixa e branca de nuvem.
— Eles acham que conseguem algo a este nível? – Dallan.
— Não senhor, eles estão jogando com dados, se a vela
espacial deter 2%, se ele tiver pessoas protegidas, uma vila no
Ártico ou Antártico protegido, pois eles começaram a montar a
estrutura em San Diego, que viajara no sentido que for estabelecido
seguro, e se instalara um sistema de vida, com espécimes, sementes
e estrutura para recomeçar.
— O que mais?
— Começaram um projeto em conjunto com a Finlândia para
construção de um laboratório onde tenhamos protegidas todos os
tipos de sementes e estruturas genéticas vegetais e animais, uma
arca genética do planeta.
— Algo mais?
— O menino usou o evento de ontem, como um alerta aos
que compraram espaço, mas eles ontem ficaram bravos, mas Pietro
passou uma mensagem os puxando as orelhas, e deixando claro,
que quem quiser o dinheiro de volta, é só pedir, que até dezembro
deste ano, eles aceitam de volta, depois não, mas é só pedir que
eles revendem para outros.
408
— Algo mais?
— Pietro Martins nos abriu um mapa cósmico da Galáxia, nele
o menino através da frequência de comunicação dos seres,
estabelece pelo menos até agora 2145 planetas para não
colocarmos os pés, estabelecidos como infectados pelo que nos
atacou ontem.
— Eles já tem isto documentado?
— A conversa entre representantes da eP, ePTec e Rosa Inc.,
estabelece um grupo a ser contratado para começar a estudar o
tipo de comunicação, e gerar um projeto para analisar para onde
todos estes cristais apontam na galáxia, para determinar de onde
vem a ameaça senhor.
— Esta empresa começa a ser a maior empresa de pesquisas
espaciais do planeta.
— Sim – Sabrina olha o sistema e fala – Não sei como senhor,
mas acabam de me confirmar o lançamento da segunda Vela
Espacial do Cabo Canaveral, e duas da base nas Guianas.
— Ele já colocou 4 velas ao espaço? – Dallan.
— Sim, a conclusão de Pedro e Pietro, em conversa fechada,
pela manha, Pietro respondendo a perguntas do menino,
estabelecem que provavelmente a infecção foi lenta, pois os seres
demonstravam inteligência, e não queriam morrer ou isolar-nos
antes de ter os dados que eles levantaram sobre os demais planetas
vivos da galáxia, e vem a pergunta final de Pedro que parece intrigar
os dois general.
— Qual pergunta?
— Estamos Invadindo o sistema dos os seres e obtendo os
dados, como eles não o fizeram ou não sabem os dados que temos?
— Digo que o que difere este menino Tenente, é que ele não
tem medo de dividir e fazer perguntas que não sabe, mas pelo jeito
a comunicação deles é via radio de alta frequência, já pelo que
sabemos, e imitamos estes seres se comunicam em frequência
baixa, talvez este seja um limitador, eles não conseguirem olhar nas
frequências baixas uma inteligência, ou a entender, passa este dado
para Pietro, pois pode ser importante para eles Tenente.
— Sabe que podemos estar quebrando a segurança senhor?

409
— Sei, mas faz antes que mude de ideia, pois eles me
salvaram a vida Tenente, assim como sua ação rápida, temos de
entender estes seres e dizem que vão criar um grupo em Nevada
para estudar e bombardear os 3 pontos, estão falando em uma
desculpa de enfrentamento a All Kaida, no Afeganistão para
justificar uma ação nossa lá, e termos os dados reais de lá.
— Vão bombardear os locais?
— Tentar ter acesso antes, mas sim, em ultimo caso, sabe que
se tivermos como deter isto, vamos o fazer.
— Entendo a urgência, mas espero que eles analisem os
dados antes de destruir ou espalhar isto novamente.
— Vamos verificar isto.

O juiz olha para Pedro e Renata presentes, ele pede que se


retirem, ordena, Pedro olha para Roberto Vaz, anota o nome do Juiz
e sai pela porta, sabia que dentro de um mês seria ele lá dentro, não
sua mãe ou pai, apenas isto não havia sido modificado a nível Brasil
ainda.
O Juiz olha para Roseli e fala.
— Tem ciência real do que está acontecendo aqui senhora?
— Algum problema juiz, de ser uma mulher aqui? – Roseli
encara o juiz que olha para os advogados.
— Temos denuncia de não pagamento, sabemos que existe
uma outra pendencia judicial senhor Vaz, mas estamos analisando
esta, e não temos fórum para a outra, então existe um acordo entre
as partes?
Vaz olha para o advogado de Marta, pois ela que tinha
assinado o contrato não pago, e fala.
— Não senhor, nossa cliente esta querendo o que lhe é
devido, o problema gerado por seu marido em outra representação,
não diz respeito a este pendencia.
— Qual a posição da defesa?
Vaz olha para o Juiz e fala.
— O casamento da senhora Marta, é em comunhão total de
bens senhor, minha cliente tem receio de que este dinheiro suma
durante o processo, já que a divida hoje eles teriam como pagar,
mas nem todos os juízes são tão prestativos como o senhor, então
410
ela teme que este dinheiro evapore no tempo que o processo corre,
todos estes papeis fora assinados fora do país, todas as medidas
externas, em inglês, francês e árabe, e estranho a rapidez que esta
corte analisou estes documentos, já que nem os bancos envolvidos
me forneceram os dados ainda, e meu árabe não é dos melhores.
— Senhor Vaz, sabe que não existe prerrogativa para este seu
caso.
— Não pretendo por prerrogativas, se não é de sua instancia
julgar o outro mérito, quem sabe os dois casos cheguem juntos ao
supremo, em 10 anos.
— Senhora Roseli Rosa, estou estabelecendo multa diária por
não pagamento do contrato de 200 mil reais, até o pagamento da
parte.
— Posso recorrer desta decisão senhor?
— Tem seus direitos senhora.
Roseli olha para Vaz e pergunta, começava a encenação.
— Qual o problema doutor Vaz?
— A mesma alegação de que eles podem não ter o dinheiro,
interpreta-se igualmente neste caso.
— Qual o montante da pendencia?
— 9 bilhões de dólares.
Roseli olha para o Juiz e para a senhora.
— A indagação é improcedente, e como prova de sua
improcedência, estamos depositando o total da divida, em dólares
convertidos, em Juízo senhor, e se mantiver a multa, pedimos vistas
nos cálculos desta multa senhor.
O juiz olha para a senhora, e para Vaz e pergunta olhando
para o outro advogado.
— Podemos conversar a parte?
— Não temos o que conversar a parte Meritíssimo Juiz. – Vaz.
— Vão por este caminho?
— Não nos deram outro caminho senhor, o senhor terá
Meritíssimo Juiz Cordeiro, de comprovar ter competência para
analisar um processo sobre um contrato em outra língua, até agora,
viemos tentar acordo, o outro lado, não quer acordo, mas desta vez
temos a recusa do acordo, pode ter urgência nisto Meritíssimo, mas
nós não temos, e se o processo está se valendo da afirmativa que
411
não teríamos os recursos, partimos para uma mudança de defesa, e
os recursos ficam retidos junto a Justiça Federal, se o supremo
analisar ter competência para isto e julgar um contrato referente a
um serviço não prestado nesta nação, em outra língua, voltamos a
conversar.
O juiz que estava todo firme, viu que o advogado da senhora
não iria ceder, o olhar para o advogado de Marta estabeleceu que
não estava como queriam.
— Esta confundido as coisas Doutor Vaz, a competência é
referente a um contrato firmado entre as partes com foro em
Curitiba, e por isto estamos o acionando aqui. – Advogado Junior.
—Não estou afirmando isto senhor, acho que teremos de ser
mais claros nas nossas petições, pois o contrato firmado entre as
partes não tem valor se for considerado como estão considerando,
um contrato firmado fora do país, sem reconhecimento de firma,
sem versão em Português, sem a assinatura dos representantes
legais da empresa no Brasil, apenas do representante legal da
empresa em Paris, contrato quebrado antes de ser homologado
pelas duas partes, mas Doutor Junior Camargo, por isto propus um
acordo, pois isto vai demorar anos de analise, e se pensam que é
algo simples, não entendem nada referente a leis nacionais de
legalização de recursos internacionais, propomos um acordo, e
como não se deu ao trabalho de pensar na proposta, estamos a
partir de agora, mudando a forma de tratar tamanho problema.
Mas agora sem o acordo, temos como processar o marido de sua
cliente por roubo, sonegação, apropriação de bens, o roubo não foi
no Brasil, então o processo é complicado, mas agora podemos
caminhar.
— Sabe que se for por este caminho posso usar seus
argumentos no outro processo?
— Doutor Junior Camargo, se me convencer que o contrato
não é valido, eu coloco os 9 bilhões de dólares na conta da minha
cliente novamente e encerramos este processo. Mas o outro vai
correr, pois roubo não é estabelecido por contrato.
O juiz olha o processo, precisava conversar, sabia que os
advogados neste momento estavam diante de seus clientes, mas
olha para Vaz e fala.
412
— Vou adiar a sentença pedindo uma vista ao processo e
remarcaremos e avisaremos as partes.
As partes saem e Vaz apenas cumprimenta as partes, sai e
olha para Roseli.
— Acha que eles se acalmam?
— Eles querem os recursos senhor Vaz, o problema é que
considerar os contratos inválidos, estabelece um problema legal na
venda, mas não da venda.
— Certo, mas estão dispostos a estacionar este recurso?
— Sim, mas gostei da firmeza, parecem lhe temer ali dentro.
– Roseli olhando o advogado.
— Eles sempre me confundem, todos querem um caso destes
contra mim senhora, pois vencer Roberto Vaz parece um cartão de
boas vindas, lembro ainda de minha primeira derrota, e sei que
ainda era assistente do Ministério Publico, hoje fui a iniciativa
privada, mas os advogados do outro lado ainda me lembram
daquela derrota.
— E o que lhe ensinou a derrota? – Roseli.
— Que em Curitiba, nunca entre em um processo achando
ele fácil, sempre passe a sensação ao outro lado de fraqueza, pois
perdi, pois sei hoje ter coisas mais complexas que naqueles dias?
— Qual foi o caso que lhe fez pensar?
— O processo contra o Retalhador, fui parte daquele grupo,
que depois foi ridicularizado por 3 anos, mas crescemos,
aprendemos, e apenas um dos nossos ainda continua no Ministério
Publico.
— Nunca entendi aquele processo, todos dizem que o senhor
Jorge Rodrigues é culpado.
— Senhora, todos que saíram vivos daquele lugar, agradecem
a ele suas vidas, e muitos ainda não entenderam, o juiz pediu
aposentadoria depois daquele caso, mas diria que foi daqueles
momentos que crescemos na vida.
— Não foi especifico.
— Nem serei, hoje defendo parte do sistema judicial das
empresas de Jorge, e não é algo que se fale abertamente, mas todos
os que estavam lá, sabem que aquele senhor enfrenta coisas que os
demais ignoram existir.
413
Chegam a Pedro que esperava eles numa sala lateral e Pedro
pergunta.
— E dai, problemas grandes ou imensos?
— Imensos, eles querem nos multar diariamente, mas o juiz
pediu vistas no processo.
— Não entendi ainda o sistema de defesa.
— Que toda a documentação foi assinada, reconhecida,
validada entre San Francisco e Paris, e mesmo que tenha Curitiba
como sede de pendencias, o contrato não foi feito em língua local,
dentro de regras locais, não seria um contrato para menos do que a
instancia de BH de processos, pois eles para nível de comercio
Internacional, tem abrangência nacional.
— Acha que dá um bom caminho a seguir? – Pedro.
— Sim, e vou pedir cancelamento de todas as multas
baseados no fato que os recursos ainda não tem liberação total da
receita federal, estão em vistas de processo, alertei eles que existia
problemas no contrato de representação, e eles estão pedindo
vistas ao contrato para liberação dos recursos.
— Eles vão odiar isto. – Pedro.
— Não sei se consigo o que eles lhe roubaram assim Pedro,
mas pelo menos tentamos um acordo.
— Gosto da sua forma de pensar Doutor Vaz, sei que posso
pagar uma multa contratual se o processo pedir, mas o considerar
cancelado o contrato é um dos pontos que gostaria que ficasse bem
claro.
— Vai ficar, mas tem os recursos para deposito judicial se for
preciso?
— As vendas foram legais Vaz, os recursos chegaram, apenas
a comissão está em jogo.
— Estamos contratando advogados com experiência em
contratos internacionais, e não sei quem vai assinar a parceria com
Priscila de Sena, o contrato está lá para se assinar.
— Minha mãe, com certeza, estou mudando minha
representação legal, para não ter pesos a mais nos processos de
meu pai, os advogados de acusação poderiam usar isto como forma
de acusação contra meu pai. Mas os internos ao país ainda serão

414
assinados por um representante, mas os da Rosa’s terão de me ver
lá dentro.
— Entendi esta parte, como é um processo civil penal, pode
sim vir a ter pedido de prisão, mas não acredito que chegue nem a
ser cogitada por esta parte, mas sabe que se preciso, vamos acusar
a outra parte.
— Não precisa ter dó Doutor Vaz, odeio ter de deixar 9
bilhões de dólares parados, mas se for por uma boa causa,
deixamos. Mas roubo não se deixa barato.
— Vão sair correndo?
— Não, caminhando, pois hoje vou apresentar minha irmã a
algumas pessoas, e resolver algumas pendencias.
— Problemas?
— Roberto Vaz, o que mais tenho conseguido é problemas,
mas não vou parar por isto.
— Lhe ligo assim que tiver uma posição.

Pietro pega a informação passada por Los Alamos e coloca no


sistema, Pedro estava saindo quando seu telefone toca.
— Problemas Pietro? – Pedro em Frances.
— Na verdade trocando uma ideia, em cadeia mundial.
— Certo, o que precisa falar.
— Me passaram uma informação, e queria saber sua
percepção referente a isto.
— O que lhe passaram?
— O sistema interno, pelo cristal de carbono ou pelo verde, é
de onde vem a frequência mais popular do mundo, 801 hertz, e os
seres, usam frequências muito mais altas. Acima de 18 Mega-hertz.
— Acima?
— De 18 a 30 Mega-hertz, interno a 30.528, 29.528, 27.528 e
24.528, ao espaço a 18.528 hertz.
— E qual ideia quer trocar?
— Isto explica porque os Fanes são os últimos pelo meu ver a
ser infectados, pois eles como nós tem mesma frequência de sons
audíveis, não acredito que os poupem, e sim, sejam uma forma de
continuarem a absorvendo os eventos, pois uma vez dentro dos
seres, vi que eles param de usar internet, telas planas, começam a
415
priorizar telefones Pedro, e depois a frequência, quando sabem
quem está do outro lado, eles não trocam informação com quem
não tem genoma de origem Pedro.
— Então eles conseguem analise do genoma nesta
frequência?
— Estava falando com Paul, o 528, é a frequência que nossos
genomas, tanto nosso como deles, respondem ao som, eles nos
analisam pelas ondas recebidas, os genomas deles recebem
vibrando três hertz abaixo, o nosso responde na mesma frequência.
— E acha que eles não respondem a frequências baixas?
— Parecem não as conseguir analisar, como se tivesse de ter
uma resposta na frequência 528 com um adendo acima de 18 mil
hertz para ser analisada, e toda a frequência abaixo disto, não tem
como ter frequência de verificação, então eles não conseguem
computar o sistema de informação humana atual, mas sabe que o
abrir das tecnologias 3, 4 e 5 G vão abrir estes caminhos para eles.
— E acha que conseguimos manter a informação fechada?
— Não sei, mas sempre tem um general pensando errado,
estão pensando em estourar os locais de transmissão externa.
— Malucos, prepara o pessoal, deixa tudo alertado, pois se
algo como aquilo for quebrado em micro partículas e lançado ao ar,
pode ser o fim de tudo.
— Acha que eles nos ouviriam?
— Eles neste momento estão muito ocupados, mas fica
atento, com certeza se sobrevivermos eles vão querer fazer algo
neste sentido Pietro.
— Fico de olho, mas pensa no que lhe passei, parece ter algo
que não consegui ver, você sempre parece com a mente mais
aberta.
— Vou pensar Pietro.
Os dois se despedem e Roseli abraça o filho e fala.
— Quem lhe ouve falando Frances, fica lhe olhado admirado
filho, pelo jeito esta excursão lhe fez muito bem.

Pedro deixa a mãe em casa, e Dinho os deixa a porta da


empresa de joias, que estava terminando de se mudar, próximo,
muito longe, uma quadra a frente, na mesma Marechal Deodoro.
416
— Onde vamos mano?
— Na empresa que lhe transformou na pessoa mais famosa
no mundo das Joias do mundo.
— Eles que fizeram aquele colar?
— Sim.
Pedro sobe e os seguranças lhes revistam, os celulares ficam,
os dois passam pelo detector de joias, os dois registram as joias que
estavam, tanto o anel como os colares de proteção, e chegam a
Claudio, na direção.
— Como estamos Claudio?
— Ainda assustados, mas vi que não aprenderam nada, as
vezes dá a sensação de algo ilegal quando fazemos as coisas
escondidas.
— Mudei de lugar apenas para não saberem onde vocês
estão, mas eu preferia o local anterior.
— Gostamos deste, tem maior privacidade, não se vê nada
por janelas, e parece mais fresco.
— Imagino, mas como está o cronograma da ultima leva de
peças Claudio?
— Em dia. Não vai perguntar do projeto que nos fez antes?
— Estava esperando me passarem algo, não passaram,
engavetei a ideia Claudio.
— Eles não entendem que você muda os planos, mas ficaram
mais tensos que antes.
— E como estão os planos para os prospectos do ano que
vem Claudio?
— Joias menores, menos encanto ao trabalho, mas sabemos
que é o dia a dia, mas recebemos e estamos verificando as quantias
do que precisa, como fizemos da vez anterior e lhe passamos.
— Bom, soube que teve gente que pulou fora.
— Monica pulou fora, depois daquela confusão a poucos dias,
mas o resto está firme.
— Certo, se estamos nos prazos menos mal.
— Vai olhar as peças?
— Não, deixa eles terminarem a ultima coleção, antes de por
pressão, hora de paz para montar as peças.

417
Os dois se despedem, passam no detector novamente, pegam
os celulares e saem dali, Renata olha para Pedro e pergunta.
— Porque fomos ali?
— Queria saber se ficou natural a passagem para o buraco no
corredor de entrada, nem sentimos e estávamos bem longe dali,
somente cadastrados Renata, e não sei se aquele lugar vai me gerar
muito ou apenas trocados.
— Trocados de milhões?
— Eles vão vender peças de uma coleção pequena no mundo,
peças normais, eles não querem evoluir.
— Porque fala assim?
— Ofereci para todos curso de lapidação agora no segundo
semestre em San Francisco, com cursos de designer de joias
modernas, eles fizeram pouco, como se já soubessem aquilo.
— Esqueço que não quer os principiantes com você.
— Sim, não quero os principiantes, mas geralmente eu os
contrato, e os ofereço a mudança, quero formar o meu grupo,
então nem sempre são pessoas com experiência como Roberto Vaz
que contratamos.
— Onde agora?
Pedro a conduz e fala.
— Vamos a segunda sede e a terceira.
— Você não sabe criar algo simples mesmo.
— Eu insisto nas minhas ideias malucas mana, e como estão
os projetos dos parques?
— A toda.
— E a execução?
— A moça da Ponto Construtora me indicou uma engenheira,
a mãe não parece preocupada em nos ajudar.
— Ela já cai na real mana.
— Pensou que ela vinha conversar, pois ela falou que você
deu um duro nela, mas ela vai achar o irmão e o matar de novo.
— O problema da nossa mãe é que ela deixou as coisas
desandarem, não fomos nós, ela omitiu, escondeu, e no fim, pode
ser que até nos afaste mana, mas ela ainda é previsível.
— Não queria ela aqui?

418
— As vezes tento ser duro com ela, mas acho que não consigo
a convencer disto, então vamos ficar nesta de gato e rato algum
tempo.
Entraram em um prédio mais a frente e olham para a
segurança, o senhor pede as identidades, confirma que existe
liberação para os dois e entram numa sala.
Pedro olha para Monica que lhe sorri.
— Veio ver a bagunça?
— Vim conversar, e arrastar dois designer a uma viagem.
— Viagem?
— Mana, esta é Monica Pedrosa, ela vai assinar nossa linha
de joias masculinas.
Monica sorriu, pois Pedro não havia ido ali ainda depois que
passara a proposta e ele pediu para ela se apresentar no novo
endereço.
Um rapaz se aproxima e fala.
— O dono finalmente apareceu.
— Levaram sorte de não estarem prontos, pois senão a
policia tinha dado uma batida aqui também.
— Monica viveu isto, diz que foi tenso.
— Peterson, está é Renata Rosa, a dona daquele colar que
parou meio mundo das Joias.
— Prazer, mas vieram fazer oque aqui?
— Peterson, os cursos de lapidação e modelagem de ouro,
começam amanha no fim da tarde no Rio de Janeiro.
— Mas acha que eles terminam isto sem supervisão?
— Acho, e nas duas semanas do curso no Rio de Janeiro, os
dois vão tirar passaporte para os Estados Unidos, vocês tem um
curso de outros 2 meses em San Francisco, nos prédios da Ogundelê
Joias.
— Temos um prédio lá? – Jonathan.
— Sim, mas lá vocês vão aprender onde quero chegar, e não
o ponto que estamos, quero precisão, e gostaria que se inteirassem
das maquinas de precisão que usam lá, e me fizessem uma relação
do que podemos melhorar aqui a nível de equipamento para ter as
peças melhores e originais do mundo.
— E pensemos na coleção? – Monica.
419
— Sempre, pois uma ideia que pode não se encaixar nas
peças deste ano, pode bem servir para o ano seguinte.
— Então veio nos mandar para casa arrumar as malas? –
Peterson.
— Vim mostrar o lugar para a segunda proprietária, que não
tinha vindo ainda ao lugar. – Pedro olhando Peterson.
— O equipamento é de primeira, mas pelo jeito quer algo
melhor ainda.
— Acredito que o problema não está no maquinário, mas por
isto vão primeiro a um curso local, e depois a um Internacional,
quando voltarem, estabeleceremos o funcionamento da empresa, e
será parte do nosso segredo estrutural.
Os dois se despediram e Renata pergunta.
— O que pretende aqui?
Pedro chega a uma sala, tinha o nome apenas presidência,
entram e Pedro abre um cofre e puxa uma pasta, de dentro tira dois
pingentes e fala olhando para a irmã.
— Estes dois pingentes foram feitos pela empresa, um pela
sede em San Francisco, e uma pelo pessoal ali da outra sede, o que
repara de diferença?
Renata a primeira vista olha os dois, lindos pingentes, ouro
com diamante e duas esmeraldas, e fala.
— Quase iguais?
— O que difere as duas?
— Os acabamentos depois da junção dos pingentes, algo que
poucos prestariam atenção.
— Sim, mas eu prestei, e nossa empresa, tem de ter um
padrão de acabamento, não estou pressionando o Claudio ainda,
mas quando o fizer, vou descobrir realmente o que pensam
referente a empresa.
— Acha que pulam fora?
— O problema é que ninguém tinha se tocado lá dos valores
das peças únicas que estavam fazendo, depois dos leiloes eles
começaram a enrolar, a fazer corpo mole, como se querendo parte
do que arrecadamos, mas como dizem por ai mana, eu ganharia o
que ganhei este mês em 100 anos, mas eu me dediquei a isto, eles

420
pensam agora, que só porque eles fizeram tem de ganhar mais, mas
eu quero é peças cada vez melhores.
— Eles achavam, quer dizer, todos achavam que você estava
avançando em um sentido, você está avançando em todos.
— Quase todos.
Pedro apresentou os equipamentos, a região onde estavam
os cofres, o sistema de segurança triplo, o sistema de reciclagem de
agua, os equipamentos para corte de diamante, foi apresentando
cada espaço daquele escritório de mais de 300 metros quadrados,
— Sabe mano, você é estranho, você parece ligado na
tomada referente a quase tudo, tá ficando incrível, e pelo jeito fala
serio em criar algo de primeira, o outro escritório é simples, este
tem charme.
— O outro me gerou a maioria dos recursos que tenho hoje
mana, enquanto estes são apenas projetos ao futuro, aquele não
precisam aparecer, estes sim.
Os dois saem dali e vão a uma loja de vinhos, o senhor Groff
os olha a porta e fala.
— Veio conversar menino?
— Podemos?
— Sim, hoje está calmo, vamos ao escritório?
— Vamos ao imóvel ao lado, quero trocar uma ideia senhor, e
não sei se ela é maluca suficiente ou não.
O senhor avisou a atendente da loja que já voltava e foram a
obra ao lado.
O senhor viu o menino entrar e olhar a obra, um senhor olha
o senhor Groff e fala.
— Não é local para crianças senhor Groff, tem de entender.
— Podemos falar na Adega? – Pedro.
— Cuidando com a escada.
Pedro desce a escada, chegam a um grande espaço, o senhor
Groff olha para lugar e fala.
— Qual o tamanho disto?
— Os quase 600 metros do terreno, estamos abaixo da rua
senhor Groff, mas próximo a outra entrada, temos um elevador, por
onde descera os toneis de vinho, e as caixas, temos aqui um sistema

421
de envase para pequena quantidade, com rotuladora, com sistema
para rolhas, e com lacre próprio.
— Certo, mas qual a ideia.
Pedro chega em um canto, tinha uma mesa e alguns papeis,
limpa uma cadeira e senta-se.
O senhor Groff fez o mesmo.
Pedro olha para o senhor e pergunta.
— Senhor, eu estou pensando em montar uma franquia, ela
se baseia em algo que nem sei se existe mercado, um local em
shopping, onde tenhamos o servir de um prato leve padrão,
podendo variar todo dia, vinhos especiais, e porções de queijos
especiais, que devo começar a produzir também.
— Qual a abrangência?
— Vamos abrir 10 lojas próprias, e em 8 meses, depois de
verificar o cardápio, a funcionalidade, a estrutura, vamos abrir a
franquia disto, para quem quiser administrar algo nos padrões que
montarmos aqui.
— Tudo baseado em quantos tipos de vinhos?
— As 22 marcas que conseguimos exclusividade de compra
em barris e permissão para envase no Brasil.
— E as demais?
— Uma linha em pelo menos 14 capitais, onde possamos ter
nossas lojas de venda senhor Groff, mas ai será locais assim, com
um estoque conservado, em local seco, silencioso, e com toda
estrutura.
— Quantas ideias em uma?
— Produção de vinho estabelece a primeira ideia, teremos
junto com isto produção de outros fermentados e outros destilados,
mas isto em escala mundial, mais de 12 países, media de 5
produções por pais, 22 tipos de uvas comerciais, mais de 300
marcas de vinhos, onde a nossa estrutura, em 3 anos, estará
abrindo uma faculdade de vinhos na Califórnia e uma na França,
onde formaremos Enólogos, agro cientistas, Mestres na ciência da
Vinicultura, e Vinicultores.
Pedro se ajeita na cadeira.
— Teremos a linha de venda dos produtos, com
representação em todos os 12 países produtores, onde a Groff se
422
estabelecera como parceira nisto, depois teremos a linha de lojas
especializadas, e por fim os sistemas de venda direta ao
consumidor.
— Qual o prazo que quer instalar tudo isto menino, deve
entender que até alguém como eu, a anos no mercado de vinho, me
assusto com suas ideias.
— O total é 12 anos senhor, com calma, mas crescendo todo
ano, um projeto para quem gosta da boa mesa e da boa bebida, e
isto tem de ser feito com calma.
— Pelo jeito terei de verificar todo o prospecto, deve querer
algumas coisas rápidas e outras lentamente.
— Senhor Groff, vim conversar porque tem coisa que não
adianta esperar para fazer, e coisa que temos de fazer com calma,
as reformas iniciais, são rápidas, as parreiras fornecem a uva a seu
tempo.
— Temos outra coisa a falar Pedro. – A forma de olhar do
senhor para Renata deu o clima.
— Temos, mas primeira coisa senhor, eu não misturo família
com negócios, e nem tomo minhas decisões baseadas nisto.
— Deve imaginar sobre oque quero falar.
— Sim, mas digo que enquanto eu corro, as vezes as pessoas
fazem trapalhadas, mas senhor, quando os netos começarem a
assumir os negócios, vai ver que as coisas vem na hora que tem de
vir.
— Minha esposa estava preocupada com isto, pois nem
firmamos isto e os dois se envolvem.
Renata fica quieta, sabia que poderia falar, mas achou melhor
ficar fora da discussão.
— Senhor, preciso de parcerias, eu não convidei o senhor e
seu filho pelas crianças e sim porque gostaria de ter algo neste
ramo, venda de vinhos é algo para acalmar a alma.
— Sabe que a carga que compramos na Califórnia está toda
parada em Santos.
— Sei senhor, mas em duas semanas liberam, mas deve
chegar a semana que vem uma outra, que vem como se tivesse sido
comprada na França, Portugal e Itália por uma distribuidora
Paraguaia, ela já está sendo liberada, mas ela não vai ao Paraguai,
423
temos a ordem de compra da empresa paraguaia, e vão nos
entregar diretamente.
— Fez todos os tramites menino?
— Sim, mas o tramite vindo via Paraguai me custa 7% a mais
no fim, mas me chega sempre em um prazo máximo de 30 dias,
enquanto o feito via Brasil, pode vir a ser liberado em até 6 meses,
se não tiver greve.
— Sabe que depois vamos conversar sobre isto, as vezes
perco a época de venda pois eles demoram demais.
— Vamos sim, e deixar claro senhor Groff, eu preciso de
ajuda e ideias, eu não entendo deste mercado, eu sempre digo, não
esqueçam, posso parecer esperto, mas ainda sou uma criança.
— Sabe que isto me deixa tranquilo, pois vejo que você
menino, não tenta se fazer sobre os demais, você continua simples
como sempre foi.
— Mas a fachada ali fora senhor, é algo criado, vou usar
terrenos que comprei em varias partes do país, e erguer estruturas
muito semelhantes a esta casa, ela estará em nosso rotulo, e será
parte do nosso marketing, mas não sei ainda o nome da empresa,
preciso de que olhe e me de ideias.
— Vou olhar, mas e os prospectos vai me passar quando?
— Estou pensando em uma administradora para esta nossa
ideia, não tenho alguém ainda, em vista, mas ainda sem alguém
para passar tudo pessoalmente, discutir ideias, e tocar a frente.
O senhor olha para o menino, para o lugar e fala.
— Pelo jeito as coisas estão começando por aqui?
— Sim, mas queria deixar uma coisa bem clara senhor Groff,
eu investi nesta sociedade, mas ainda quero receber cada sentado
investido, nem que calmamente.
— Estou lendo com calma o contrato que o escritório mandou
sobre nossa sociedade, sei que terei de entrar com recursos, mas é
um projeto tão grande que tenho de entende-lo.
— Isto é bom, as vezes entender a ideia é mais importante
que muitas outras coisas.
— E vai observar a obra hoje?
— Vim ver pela primeira vez, eu estou estruturando a ideia, e
as vendo, por isto porei alguém a tocar senhor, pois não tenho
424
como acompanhar tudo de perto, mas sou pela família, a vou
ampliando, mas sempre prefiro ela tocando as ideias minhas.
— Família? – Renata.
— Rosa Guerra é minha aposta para este controle mana.
— E minha mãe correndo por lá.
— A diferença, é que isto a porá nos meios de distribuição
correndo entre Califórnia, França, Itália, Portugal, Espanha, Chile,
Argentina, Croácia e Brasil, mas ainda tenho de falar com ela.
— Certo. – Renata olha para o senhor Groff, estava quieta, e
fala – Mas senhor Groff, meu filho não será peso nesta relação
comercial, aconteceu, pois eu descuidei, sei que não deveria ter
acontecido, meu pai já puxou minhas orelhas, já me fez prometer
tomar jeito, mas é apenas uma união que o trás a família Rosa, nada
além disto, já que como Pedro fala, somos pela família.
— E está bem?
— Correndo, mas nos primeiros meses mal sentimos algo.
— Saiba que não tenho nada contra você menina, apenas tem
de entender que estas coisas as vezes quando feitas com calma não
nos geram cabelos brancos, mas é bem vinda sempre, tenho de
acostumar que sou Avô, e agora serão dois netos para administrar.
Renata sorri e Pedro fala.
— Agora vamos deixar os rapazes trabalharem.
— Vamos. – Groff.
Saem dali e Pedro e Renata chamam Dinho que os deixa no
shopping Curitiba, entram e sentam-se na parte frontal, pedem um
aperitivo e veem Rosa e Roberto chegarem a mesa.
— Já passeando um pouco? – Pedro.
— Sim, a cidade é grande, mas Roberto disse que gostaria de
conversar.
— Rosa, Roberto, eu preciso de ajuda, e gostaria de saber se
o casal gostaria de mudar de ares.
— Mudar de ares?
— Rosa, eu preciso de alguém que represente a mim e a
Renata na empresa que estou criando, de venda, produção e
comercialização de vinhos, sei que deve pensar, não entendo nada
disto, mas saiba, eu a 1 anos não entendia nada disto, se eu
aprendi, você tira de letra.
425
— Me oferecendo um emprego, mas vai me afastar de
Roberto?
— Roberto, eu sei que sempre foi do grupo de proteção, que
sempre foi das pessoas envolvidas na proteção, mas gostaria de
propor uma mudança de ares.
— Vai querer me afastar da segurança.
— Sei que depois do acidente, tem tentado, mas não aprecia
mais isto Roberto.
— E qual a proposta?
— A empresa vai ter 12 sedes, em 12 países, eu gostaria de
por as minhas primas trabalhando, e com possibilidade de estarem
longe das balas de minha mãe.
— Certo, mas como faríamos?
— Rosa, o projeto é imenso, lhe passo, você e Roberto vão a
França, se inteiram de parte, passeiam um pouco em San Francisco,
um pouco em Portugal, e vão se conhecendo e se inteirando do
projeto, mas não precisam dizer que querem hoje, mas pensem,
seria um emprego entre vinhos, queijos e lugares incríveis.
— Mas sua mãe não vai desconfiar?
— Um dos meus sócios internacionais prima, é Carlos Guerra
e Priscila Sena, então ter um Guerra nisto não é algo estranho, seria
estranho aqui, lá ou na França, não.
— Vou pensar e falar com o Roberto, ele estava pensando em
falar com você sobre ideias, mas parece que ainda não o vai deixar
gastar.
— Roberto é da família Rosa, das pessoas que confio minhas
costas, e ele sabe que a poucos confio minhas costas, digamos que é
alguém que eu acho especial, ele precisa mudar, eu sei que ele
adora uma confusão, mas quem sabe ele conseguindo confusões
em Frances, ele sorria novamente.
Roberto olhava para Pedro, tentando entender como ele iria
fazer parte daquilo, ele não era de ações assim, mas entendeu que
o menino não queria tirar apenas Rosa do pais, ele estava pensando
em tirar todos, talvez longe Siça perdesse o foco e voltasse a
conversar com o filho.

426
Estavam sentados a mesa quando Pedro sente o movimento
vindo do sentido das lojas do shopping, olha para Roberto e Rosa e
fala.
— Mantem a calma.
— Quem? – Roberto.
Pedro olha para dois seguranças que sempre se mantinham
longe, e olha para a senhora chegando a mesa.
— Perdida por aqui senhora Maria Cecilia Guerra? – Pedro
olhando para a mãe.
Os olhos de Ciça foram para Renata, e ouve algo gritado.
— Como vai me transformar em vó, eu mato o pia.
Renata sorriu e olha para Roberto.
— Pensa na proposta Roberto, precisamos de ajuda nesta
parte, mas agora o assunto é familiar.
Roberto se levanta, faz sinal para Rosa sair e Ciça mantinha os
olhos em Renata, que olha em volta e fala.
— Senta mãe, o que quer saber?
— Que não fizeram besteira.
— Não mãe, foi fugindo de uma besteira que aconteceu, mas
o que faz aqui, até ontem nem se preocupava com isto, todos falam
disto por ai, e nem estava ai para isto? – Renata olhando a mãe,
sabia que estava dando chance de Rosa e Roberto saírem sem ela
notar;
— Vai tirar né?
— Não, sei que não deveria ter acontecido, mas não vou tirar,
e não vou discutir isto com você mãe.
— Este dai é um mal exemplo mesmo. – Fala Ciça apontando
para Pedro que apenas observava.
— Ele é quem está tentando me apoiar mãe, enquanto
muitos querem ficar treinando tiro por ai.
— Mas...
— Mãe, ontem estava lá atirando em Morois Mort, nem
estava ai para mim ou para meu irmão, foi ele isolar a região com
proteção, que você apareceu, mas achei outra engenheira para o
projeto dos parques, se não queria ajudar, era só falar mãe, mas
meu filho é meu, e sei que não será fácil.
Ciça olhava para Pedro olhando ao longe, e pergunta.
427
— Você que chamou Roberto de volta, pensei que tinha sido
seu pai.
— Preciso de alguém tocando parte das coisas mãe, ele vai
ser meu representante fora do país para coisas que precisamos de
adultos assinado, como compra e venda e produtos alcoólicos. –
Renata.
— E não ia me falar nada?
— Quando viesse conversar mãe, pois eu não vou ficar
correndo atrás desta briga sua e do mano, tem de entender, eu não
quero me envolver neste seu problema.
— Mas como aconteceu, quem é o desgraçado que abusou de
minha filhinha?
— Ninguém abusou de mim mãe, aconteceu, mas o que veio
mesmo fazer aqui mãe?
Ciça olha em volta, Roberto havia ido embora e fala.
— Sabe que pensei que Roberto não sairia de lá, não entendo
o que vai propor a ele, mas se ele está aqui, e trabalhando, pelo
menos para mim é um alivio, não vou quase o matar de novo.
— Soube que atirou na cabeça de meu irmão ontem mãe, se
fosse uma criança andando no campo, teria morrido, e você nem
olharia, então continua a pergunta, o que faz aqui mãe?
— Seu irmão disse que tinha uma casa para quando
resolvesse voltar a ser da família.
— Sim, quando voltar a pensar, a ser parte, mas hoje parece
ter achado a desculpa de chegar aqui, o que quer mãe? – Renata se
repetindo, ela olhava serio, Pedro tentava não interagir, mas o estar
a mesa, fazia Ciça olhar para ele, de tempos em tempos.
— Não vai falar com sua mãe?
Pedro olhava em volta e olha para a mãe e fala.
— Quando parar de ser a atiradora, e voltar a ser a mãe,
quem sabe.
— O seu avô me ligou, disse que você está na lista de alvos
em Curitiba, sabe do que falo.
— Bom saber que chegarei ao primeiro dia de aula, somente
depois de ir ao enterro de um avô se ele tentar.
A frase foi seca, olhando Ciça aos olhos, e a mesma olha para
aquele menino de nada, somente quem vira ele se transformar,
428
crescer, ampliar seu império, puxar a irmã para dentro, entendia o
quanto ele parado ali, parecia uma perda de tempo.
— Me preocupo com Renata, não pode me afastar dela.
— Eu não a afastei, sabe disto Ciça, eu tentei aproximar
todos, eu tentei reconciliar algo, sem saber da historia, isto gerou o
problema, como adivinhar que tinha um tio e uma mãe que corriam
pelos campos de Angola, na forma de lobos, e que por algum
motivo, se dizem por ai que se odeiam.
— Aquele desgraçado matou meu grande amor. – Ciça.
— E a defendeu ou ficou como agora, em uma guerra
perdida, e somente quando a viu morta, gerou o ódio e toda a
guerra? – Pedro.
— Eu ainda vingo a morte de meu grande amor, depois volto
a ser o que era.
— Tem de ver se vamos querer mãe. – Renata.
— Ainda é de menor. – Ciça.
— Eu e Pedro pedimos antecipação de maioridade segundo
as leis, que nos deram cidadania Israelense mãe, não vai ser na
imposição, não adianta fazer de conta que não esconde algo bem
ruim ai, sabemos que tem coisa podre, não estamos revirando, para
não achar, mas não venha com esta versão de santa, não lhe cai
bem mãe. – Renata.
— Você colocou minha filha contra mim. – Fala gritando Ciça,
alguns seguranças do lugar olham para aquela senhora.
— Ele nem está se manifestando sobre isto mãe, mas como
não vai nos contar a verdade, e nosso tio não tem mais como nos
contar a verdade, melhor nós ficarmos afastados. – Renata olhando
para a mãe que não tirava os olhos de Pedro.
— Mas vocês correm perigo, dizem que parte do exercito em
Brasília quer prender Pedro, e o forçar a dividir com ele algo
referente a um projeto secreto.
— Mãe, tudo que meu irmão construiu é o começo do
império, é como ele falou, será que teremos de vender tudo e sumir
no mundo?
—E se contentariam em ficar escondidos? – A pergunta foi
direcionada a Pedro, mas Renata a responde.
— Vivemos quanto tempo escondidos mãe.
429
— Mas correm perigo.
— Sinal que não entenderam Ciça, que tudo que falei, é algo
que não é tecnologia ainda, vai ser, mas ainda não é, descobri no
ultimo ataque, que somos seres em evolução, se tinha endereços
que tinha duvida se era seguro pisar, hoje sei que não pisarei, que
tudo que eu achava pequeno, está ficando gigante. – Pedro.
— Como gigante? – Renata.
— Irmã, quando identificamos o sistema de comunicação
deles, estabelecemos 4 tipos de sinais, os estáticos, os que tem
frequência mas partem de pontos específicos do planeta, dois níveis
de comunicação, de dois tipos de infecção, e o do cristal verde, 4
sistemas, que me fazem identificando isto no universo de
informações que me chegam, se temos a infecção total, se temos
infecção parcial estacionaria como aqui, os que não tem nada de
infecção, e os infectados pelo cristal verde.
— Do que estão falando? – Ciça.
— Mas o que muda saber isto?
— Assim como me aponta até agora mais de 3 mil planetas
que não colocaremos os pés, nos dá mais de 42 mil planetas em
estado de espera como o nosso, mas com a diferença, estes todos
próximos, e mais 5 mil e poucos com os cristais verdes.
Renata olha para a mãe, que parecia boiar, e sorri para o
irmão.
— Eles nem sabem que se for para nos infectar, não é a hora
ainda para isto.
— Eu tinha mais de 20 mil endereços distantes, poucos
próximos, agora tenho mais de 50 mil endereços próximos, e o
sistema vai varrer a galáxia, vamos ter um mapa de onde é seguro e
onde não é.
— Não vão me explicar?
Renata olha o irmão e fala.
— Mãe, estamos divagando, o que é ser rico hoje?
— Ter bilhões na conta como seu irmão.
— Ele tem Trilhões já mãe, mas tudo isto, é uma pequena
fatia do mercado local mundial.
— E querem chegar ao que?

430
— Mãe, se eu tiver um planeta produtivo, maior que a Terra,
podendo explorar tudo que eu quisesse lá, quanto valeria isto?
— Nem ideia, uma fortuna que não se contaria.
— E se você descobre depois de uma tentativa de invasão que
você tem mais de 40 mil planetas até agora podendo ser seu.
Ciça olha para o filho.
— Mas dizem que iria desenvolver isto.
— Mãe, eu ainda estou desenvolvendo, é o que disse, eles me
matam hoje, não chegamos a um planeta, eles me matam dentro de
10 anos, já terei tecnologia para gerar toda esta revolução, mas
também em caso de perigo, escolho um e vou morar para lá, meu
mundo, de meus filhos, alguns irão passar as férias na praia, eu vou
passar em meu oceano, em minha praia, em meu planeta.
— E quem sabe disto?
— Fazer ninguém ainda, temos de sobreviver a uma crise
solar, antes disto, e somente depois vou dedicar energia a isto.
— Ouvi sobre isto, acha que acontece?
— Quase certeza que se eu fizer muito, algo acontece, se não
fizer nada, tudo acontece, então vou trabalhar duro, vou erguer
estrutura, vou estabelecer metas e quando sobreviver mãe, este
mundo não será mais o anterior, e no meio disto, tenho de
conseguir fazer as pazes com um Querubim.
— Esta fazendo tudo isto sem ele? – Ciça.
Pedro faz sinal pedindo a conta, a moça traz a conta, sabia
quem era o menino, alguns lugares nem discutiam com o menino,
ele paga e olha para a mãe.
— Tem coisa mãe, que ainda não falo. – Pedro estica a mão
para Renata, toca o peito, Renata olha tudo estático, muitos olhos
sobre eles e pergunta.
— Vai escancarar isto?
— Mana, olha bem ao fundo.
Renata olha os rapazes se passando por pessoas normais,
corte militar, olha em volta e olha para o segundo piso, estavam a
toda volta, olha para a segurança se posicionando, mas tinha muita
gente ali, começava ficar perigoso.
— Quer dizer que estamos sendo distraídos?

431
— Espero que a isca não seja nossa mãe Renata, mas o que
mais me preocupa é que é um lugar com muitas crianças, muitos
idosos, câmera para todo lado, gente nos filmando ao fundo, por
sermos Pedro e Renata Rosa, começamos a virar alvo.
Pedro toca na mão da mãe e ela olha assustada o silencio a
volta e olha o filho a encarando.
— Hora de ir mãe, hora de sair da mira deles.
Ciça não olha os militares, levanta-se e começa a sair,
olhando os dois, e Renata fala.
— Ela sabia.
Pedro toca o peito e a moça ao balcão se assusta, a senhora
desapareceu, alguns olham e Pedro olha para o padrasto e fala.
— Joao, chega aqui.
João chega perto e ele toca novamente o peito, toca a irmã e
começam a se levantar.
— João, faz os rapazes desarmarem os militares, estou
saindo, mas nos encontramos do lado de fora em minutos.
— Certo. – João foi tocando uns seguranças, que desarmam
os militares, e os foram tirando do lugar, levando a praça a frente,
uma saída rápida para algumas coisas.
Pedro olha Renata e fala.
— Pega o carro do Dinho e nos encontramos em breve.
— Se cuida.
— Me cuida, mas não arrisca meu sobrinho, e muito menos
você mana, sabe que te amo.
Renata sorri e vê Pedro entrar em um furgão a frente, as
pessoas paradas, Pedro olha para seu tio no furgão, em um
conjunto de comandos, dois rapazes ao fundo enquanto ele parecia
acompanhar as imagens por um notebook, senta-se e olha para o
senhor, toca o peito e o senhor olha assustado o menino a sua
frente e ouve.
— Porque disto tio?
O senhor se perdeu, os demais olham o menino e o senhor
grita.
— Prendam ele.
Pedro toca o peito levantando-se, uma luz saiu dele, tudo que
a luz passou e não era vivo, em um raio de 3 metros foi virando pó,
432
ele olha os rapazes caírem sentados a rua, com o sumiço do furgão,
olha seu tio ao chão, nu, e fala.
— A próxima vez, avisa o vô, terei de ir ao enterro seu e dele,
e se acha que pode comigo, sai do exercito tio, você nem entende o
que come, e quer enfrentar algo que não entende.
Pedro caminha até a praça, viu o helicóptero ao fundo e
caminha até ele, os militares assustados, nus, sem ter nem onde se
esconder, veem o menino subir no helicóptero que sai a sul.
Um helicóptero a mais parou no fundo e os militares que
estavam dentro do shopping foram embarcados vivos, mas Sergio
Rosa não sabia para onde os levariam.
Olhava em volta e a forma que os demais olhavam para eles,
dizia que precisavam sair dali, um carro do exercito para e o pessoal
entra, os demais estavam tirando sarro, mas Sergio Rosa sabia neste
instante que estava comprando uma guerra.
O rapaz a frente alcança o telefone para ele.
— Me confirma a operação filho. – General Rosa.
— Um desastre, mas pelo jeito sabia que seria assim, ainda
em Brasília pai.
— Como um desastre.
— Um segundo estavam todos lá, de repente Maria Cecilia
Guerra some, dão o sinal de avançar, 30 segundos e todos somem,
até o furgão que estávamos, parece que um grupo de mais de 50
militares desapareceram, desta vez não terá os corpos pai.
— Mas...
— Disse que era uma péssima ideia, e ele mandou um recado
pai.
— Ele se atreveu.
— Ele disse que da próxima vez, eu e o senhor estaremos
mortos pai, ele parece ter se enchido disto.
— Acho que não entendeu filho. Quero o fim deste pirralho.
— Estou conseguindo uma roupa pai, neste instante, ele
desintegrou todo o furgão do exercito, acho que ainda tenho de
entender este seu ódio pai.
— Ele desmerece nossa família.
— Que família pai? Pois que saiba, Pedro Rosa não desmerece
nada, sabe disto, mas estou voltando a Brasília, temos de conversar.
433
Pedro olha para fora, o helicóptero chegando a região da casa
do Desembargador, olha em volta, vê o carro do Dinho vindo e faz
sinal para o piloto deixar ele a frente.
Renata olha o irmão, sorri, ele era mais rápido que muitos,
desce a rua, atravessa ela, abraça a irmã, e se anuncia na entrada da
casa do desembargador.
Esperam um pouco, entram e o senhor Jose olha para o
menino.
— O que aprontou que todos estão falando em operação sua
num shopping da cidade.
— Minha não teve, e sim daquele avô maluco que parece
estar querendo entrar na fortuna da família.
— Ainda isto? – O desembargador.
— Sim, e como estão as coisas por aqui senhor Jose?
— Calmas, compra de uniformes, mas ainda não sei quando
vai valer o plano de mudar para a casa.
— Estão acelerando as ultimas reformas, mas vim pedir
permissão para passear amanha com suas filhas.
— Vão onde?
— Receber um premio que ainda não sei se mereço, mas que
se foi oferecido, vou pegar.
— Premio?
— Diploma Emérito de Engenheiro de Software e Estrutura de
Software.
— A lenda tendo de encarar o menino? – José.
— Acho que o inverso, o menino tendo de encarar a lenda.
— E vão como?
— Da forma que ainda ninguém entende, pois se falar, eles
me barram, mas prometo cuidar dela, mesmo que as vezes
passemos um pouco de medo.
— E pronto para voltar as aulas?
— Sem a menor ideia de como vai ser senhor, estou tentando
não pensar nisto.
Rita entra na sala e o abraça,
— Veio, o que vamos fazer?

434
— Estava pedindo autorização para passar em San Francisco
amanha, coisa rápida, um dia lá e voltamos.
— Se voltaríamos porque viemos antes? – Josiane entrando
na sala,
— Eles confirmaram apenas depois de já estarmos aqui, as
vezes parecem ter medo de que fique por lá, mas estou tentando
não levar para o pessoal.
— E pretendem ir quando? – José, o pai desembargador.
— Amanha cedo devemos estar ido para lá.
— Vão voar o tempo inteiro? – José.
— Não, mas não conte para eles pai.
O senhor olha intrigado.

Robert olha o filho sair pela porta, olha em volta, talvez não
tivesse sentido tanta falta antes, mas parecia que eles saírem era
algo que ele não queria, mas não parecia preocupação, não
conseguiu entender o que vieram fazer ali.
Ele senta-se a observar a entrada, fizera isto tanto tempo,
que por segundos pareceu que estava no lugar de sempre, mas
olhando a recepção recebendo gente, pareceu faltar algo.
Robert estava entediado e pega o ônibus no sentido de
Downtown, olha em volta e senta-se ao Fulton’s, pede um vinho e
fica a olhar para os demais, Sanches chega ao local e olha o senhor
sentado sozinho e senta-se na mesa.
— Como está velho? – Sanches esticando a mão para Robert.
— Estranhando eu mesmo, assim como me sinto bem quando
coloco aquelas orelhas de Mickey, sinto que deixei a vida passar
amigo.
— Robert com depressão não vale, então vamos falar de coisa
que podem lhe animar.
— O menino foi lá me convidar no dia da encrenca final para
passear, eu dispensei, no momento seguinte parece que tanto meu
filho como a esposa não sabiam o que fazer lá, não saíram no
momento seguinte para não me deixar mal, mas fiquei.
— Robert querendo agito?
— Este lugar é calmo demais, mas até pouco tempo parecia
me servir perfeitamente.
435
— Robert, nem eu sei o que aquelas orelhas fazem, mas as
vezes me sinto mal, cansado, coloco ela e me olho no espelho,
pareço recarregar, meu medico disse que teria de ir com calma, mas
me sinto bem, isto que importa.
— Nem conheci este parque que está trabalhando.
— Ainda vão 3 meses para inaugurar, e diria que hoje seria
um parque incrível, mas tenho de concordar com o engenheiro, o
menino não contratou os melhores, ele contratou os especiais, ele
tinha um espaço para gerir novos hotéis no parque de numero dois,
e o dono do seu perdeu a chance de estar lá.
— Colocaram o menino para fora, ninguém nem tinha visto o
menino, e o colocaram para fora. Dizem que medo é isto.
— Diria Robert, que passamos medo, vimos os senhores
atirarem, não sei o que aconteceu, mas sei que fizemos algo que
pode parecer impossível, pulamos para lá, e nos deparamos com os
rapazes atirando.
— Também não entendi, tentei convencer meu filho do
perigo, mas ele não acredita em mim.
— Acho que foi o menino que falou que os conhecidos
sempre são os mais difíceis, pois eles tendem impor coisas do
passado como desculpa para não acreditar.
— E como está sua filha?
— Ela um dia disse que ele não iria me contratar, dois dias
depois todos os jornais e sites de noticia falavam que eu assumiria a
direção de dois novos parques.
— E como é lá amigo?
— Vamos ter hotel lá, se quiser garanto que acha um com sua
cara.
— Indicaria um em especial?
— Não, todos são especiais, teria de ver qual você mais gosta.
— Quantos para escolher?
— São dois parques, que somam 26 hotéis internos aos
parques.
— Qual o tamanho disto?
— Grande, quando o menino fala, as vezes tentamos levar a
coisa pelo básico, normal na maioria dos parques, mas o projeto

436
deste parque assusta até gente que faz parques Robert, por sinal,
quando vai nos visitar?
— Nem sei se está corrido.
— Muito, mas trocar ideias é bom, pois estamos prestes a
criar o segundo maior parque do mundo, e não sei como vamos
administrar, pode vir a ser um grande fracasso, mas aparece
amanha lá, para a gente conversar, quem sabe com você e suas
teorias conspiratórias não criemos um parque.
— Brinca, mas é serio.
Um senhor entra no restaurante, procurando os Sanches com
os olhos e chega a mesa.
— Chegou o pré projeto de 3 meses Sanches, aquele que o
menino disse que lhe mandaria.
Sanches abre sobre a mesa o projeto e olha os detalhes, sorri
e Robert olha o projeto e pergunta.
— Não parece tão grande.

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Sanches olha o mapa, olha para Robert e fala colocando o
dedo em um lago no centro da parte inferior, um lago azul mais
claro e fala.
— Robert, este lago, é duas vezes o tamanho deste lago a sua
frente, acha mesmo que o projeto é pequeno?
Robert aproxima os olhos e fala.
— Então o menino vai ter um parque grande, mas não quero
atrapalhar Sanches.
— Para de ser assim, estou precisando conversar sobre temas
que não sejam a luz de entrada, o acabamento do prédio x, a cor do
brinquedo y.
— Não quero atrapalhar.
— Mas aparece por lá, quem sabe não saímos para dar uma
volta, sei que deve estar querendo conversar.
— Apareço.

Pedro passa com Rita, Joseane, e Renata na casa dos Frota,


toca a campainha e sobem, a cara do senhor Frota não estava boa, e
Pedro sorri para Carolina.
— Lembrou de mim finalmente, passeando com todas estas
de peso?
Pedro olha para a senhora Guta.
— Problemas, posso ajudar?
— Apenas dias difíceis no trabalho, mas o que veio conversar
com todas de tira colo.
— Senhora Guta, senhor Frota, gostaria de pedir autorização
para Carol nos acompanhar num evento amanha.
— Evento? – O senhor agressivo.
— Tenho de comparecer, um Diploma Emérito, e gostaria de
estar lá ao lado de quem é importante para mim.
— E quando retornam?
— Semana que vem tem aula senhor Frota, terei de resolver
todas as pendencias nestes poucos dias, mas um dia, no máximo
três.
— E vai se comportar filha?
O rosto de não de Carolina contrasta com as palavras.
— Logico pai.
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Pedro olha para Camila entrar pela porta, com um pequeno
menino ao colo, olha para Pedro e fala.
— É você que veio agitar a casa?
— Sim, como está o filho, por sinal, qual o nome? – Pedro.
A cara de Guta alertou os demais que vinha bomba, e Pedro
ouve, sabia já, o sistema que ele montara dava este tipo de coisa,
mas tinha de interagir e deixar claro as coisas, mesmo quando não
gostava do que ouvia.
— Pedro Frota Groff.
O rosto de desagrado de algumas foi apenas cortado pelo
sorriso de Pedro e o olhar de Guta.
— Sabe que ela está insegura, soube de algo que depois
teremos de conversar – o olhar para Renata, fazia ele imaginar a
conversar, mas talvez não fosse o melhor momento.
— Conversamos depois com calma, semana que vem volto a
estar preso na cidade.
— Carol, se comporta, pelo jeito vai ser bem aqueles eventos
que você acha chato, mas pelo jeito vão em caravana.
Rita viu que Pedro não falou onde era, iriam perguntar do
passaporte de Carol, embora tirado, sem visto e sem permissão, não
quer dizer que eles não iriam.
Carolina foi ajeitar as coisas, e Guta perguntou.
— Mas como vão as coisas Pedro, soube que teve problemas
em quase todo lugar que passou.
— Na volta sento a frente do senhor Frota e vemos se dará
para viver bem, ou mais ou menos bem, mas continua de pé a
oferta de morarem no conjunto de casas do Tingüí.
O grupo saiu e foram a casa do Tingüi, Carolina estava
pensando que iriam aprontar, e nem sente o passar por um
corredor, e surgirem no fim da tarde em Mugu, na casa de Pedro.

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Processos
As vezes nos desviamos de
problemas, e mesmo assim eles batem a
porta, mas melhor responder ao processo
do que estar morto.
Tem gente achando que não devo
levar tudo isto a serio, mas sei que serei
conduzido a BH, por mais que tenha os
melhores advogados, acho que terei de
responder, mesmo que isto leve a um júri popular, onde sei
que tem alguns querendo fazer disto um circo, e garanto, se
vender jornais ou publicidade, eu mesmo porei minha maquina
a cobrir isto.
As vezes vejo meu filho agitado, vejo que as vezes até
ele evita alguns assuntos, mas parece se preparando para
voltar as aulas, vejo minha filha, tentando seguir os passos de
Pedro, os dois conseguiram neste ano, sacudir o mundo, não
o país, obvio que muitos nem viram, mas eles sabem o
orgulho que sinto deles.
Olho a volta e uma moça linda me sorri, o que posso
querer mais, além de enfrentar estes empecilhos, e voltar aos
braços da minha família.
As vezes procuramos em ouro a felicidade, as vezes em
informação, as vezes em sexo, e posso lhe garantir, um
sorriso substitui, ou melhor, soma, o que queria para minha
vida, as vezes tenho medo de acordar, e me deparar com um
mundo mudado.
Gerson Travesso
Curitiba, 24 de Julho de 2011

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As férias estão acabando, eu não sei
exatamente onde estou neste instante, mas
posso lhe garantir, estou feliz.
Me vi diante de tanta confusão
ultimamente que quase perdi o tempo de
namorar, e hoje é dia de namorar, de sonhar,
de sentir-se bem.
Estas noites tenho sonhado com uma
cidade diferente, algo tão grande e ao mesmo
tempo, confortável, que resolvi por no papel
minha ideia, quem sabe a construa.
As vezes os sonhos mandam acelerar, as vezes, frear, mas na
maioria das vezes, eles me mostram o caminho, quem me faz falta, o
que é importante.
Posso projetar um imenso parque na Guiana, mas podem ter
certeza, sonhei com ele.
Aqui apenas uma ideia, já que o sonho de ontem foi longo,
agitado, e cheio de detalhes.

Mais detalhes na pagina da Internet do Jornal.


Pedro Rosa

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Pietro olha para os projetos mandados por Pedro e olha para
a porta do apartamento, sensação que iria tocar, algo estava o
perturbando, e não sabia oque ainda.
Aquela sensação que algo o está vigiando, ou melhor, que
algo lhe levou parte do que sabia, e tentava não agir como
normalmente, isto lhe gerava problemas a mais, mas estava a
administrar isto, o olhar dos dados bancários próprios, o faz sorrir,
ele saiu da empresa anterior porque um menino ofereceu um
dinheiro alto para quem quebrasse a segurança de seu programa,
sorri pois o que lhe tirou a motivação, eram comparados aos
trocados da conta, como poderia ter aquele montante, pensa em
como transformar aquilo em recursos que lhe manteriam por muito
tempo, mas sempre lhe piscava a frente dos dados do evento, o que
lhe tirava o rumo.
Gerson olha para Patrícia e fala.
— Porque sempre que Pedro está longe, mesmo sem o
declarar, sinto que algo pode acontecer.
— Ele montou uma estrutura maior que a sua, maior do que
aquele Geraldo tinha, com 10% do valor que o senhor Geraldo
gastava, se chegar a isto, mas ele em poucos meses, subverteu o
mercado, quem o via como concorrente, vê ele como comprador de
grandes pedras, muitos acham que entenderam o que ele fez, mas
somente ele viu Gerson, a impressão que dá, é que não deu tempo.
— E por outro lado, ele coloca uma imagem no jornal, para
provocar todos os ambientalistas do estado, ele está pensando lá na
frente, e as pessoas no que ele fez, este é o problema dele, manter
o foco, tendo todas as atenções chamadas ao passado.
— Acha que ele pretende fazer isto?
— Ele está chamando a atenção sobre a região, todos devem
estar pensando em barrá-lo, e ele não pareceu disposto a conversar
sobre isto, ele disse que iria chamar a atenção, que tem tanta coisa
dele em construção que ele tende a sentar em Nazareno antes das
aulas apenas para conseguir conversar.
— Tantas?

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— Ele deve estar com encomendas vindas da China chegando
em vários lugares, ele vai forçar engenheiros a trabalhar.
— Engenheiros?
— Se lança na base de 12 satélites a cada dois anos, ele quer
enviar ao espaço mais de 80 objetos em 6 meses.
— Teremos lançamentos quase todo dia no fim do ano?
— Acredito que sim, ele vai variar entre 4 locais de
lançamento, pois não quer muitos olhando.
— E vai aos Estados Unidos no meio disto?
— Ele quer entender o que quer fazer, parece que aqui são
projetos, lá ele vê pronto o que quer implantar aqui.
— O menino que está fazendo os demais esquecerem dos
buracos dele, embora alguns ainda perguntam como se não
quisessem nada, mas ele parece que quer se superar, ele vai tirar
em Criciúma uma gama de diamantes entre 400 e 700 quilates, que
ele vai ter problema de venda, mas ele é capaz de fazer uma
maluquice como aquele colar da Guerra Joias. – Patrícia.
— Aquilo é coragem, meios e bom gosto, juntos em um colar
que antes de verem, ninguém acreditava existir pedras para um
colar daqueles, ou alguém dispor tamanha quantidade de quilates
em uma única peça. – Gerson.
— Acha que ele vai continuar a fazer joias como aquelas?
— Ele está cruzando ideias, ele as vezes fala demais, mas ele
está juntando especialistas em dois lugares, aqui em Curitiba e em
San Francisco, ele parece que embora as pessoas tenham se
encantado com a peça, ele as quer melhor.
— Não entendi. – Patrícia.
— Os joalheiros que ele contratou, são excepcionais em
transformar uma ideia em joias de alto valor, mas parecem pecar no
acabamento, ele está querendo criar uma linha de relógios de
precisão e para poucos. Uma linha de joias para Homens, uma
infantil, e uma da terceira idade, ele parece querer criar 4 conjunto
de joias, para 4 públicos, dai ele cria a linha de relógios para 4
públicos, está levantando os usos pessoais em cada país que ele

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quer abranger, ele parece sempre começar com uma ideia simples,
e quando olhamos, está imenso.
— Ele sempre superando todos, mas o que ele queria com
esta imagem no jornal?
— Ele não colocou uma reportagem no jornal, ele jogou a
bomba para todos os repórteres olharem para o site, onde a
publicidade está bem lucrativa, e colocou lá algumas imagens, mas
o principal, se pergunta, se ele quiser fazer algo assim, porque tem
de contratar engenheiros Ingleses, não existe engenheiros civis
capazes de calcular isto? Se pergunta, se precisar levantar uma torre
de 500 metros em uma das pontas, porque novamente tem de
apelar para um engenheiro de fora?
— Ele está provocando.
— Sim, dai ele fala que sabia que os ambientalistas seriam
contra, mesmo sem dados reais, iriam falar de fauna marinha, mas
do projeto, grande parte é apenas estruturas de criação de
mariscos, moluscos e ostras, mas ele quer reação.
Patrícia chega ao computador de Gerson e olha ele
mostrando algumas imagens.
Patrícia olha os desenhos, não era algo de uma folha, eram
varias, detalhes e olha para Gerson.
— Isto tem cara de projeto para ser executado.
— Ele está pensando em coisas assim para ver se a cabeça
dele dá uma saída para o problema solar.
— Mas o que seria isto?
— O primeiro e o segundo maior porto do estado,
construídos sobre ilhas artificiais, ele designa local para mais de 400
mil sistemas de criação de mariscos, ostras e mexilhões, um
aeroporto internacional que não existe na região, e um sistema de
mais de 72 hotéis, a ideia dele é ter os maiores prédios do país em
uma soma de 72 prédios se não iguais, muito semelhantes.

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— E quanto em área para venda?
— Mais de 50 mil quadras de 8 terrenos, mais de 400 mil
terrenos, em anexo a isto, os dois portos que seriam da iniciativa
privada, da Rosa Inc, e uma leva de 270 industrias pesadas.
Patrícia sorri e fala.
— Se deixarem ele faz?
— Se não deixarem, ele vai fazer em algum lugar, ele só
precisa de um litoral reto, mas os projetos podem ser modificados,
não sei no que ele estava pensando, mas pelos desenhos, ele parece
estar pensando nisto há algum tempo, mas ele disse que nem
passou o projeto dos parques e das torres, as setenta e duas torres
de mais de 500 metros.
— E ele deve estar prestes a passar isto a alguém.
— Sim, ele não quer coisas simples Patrícia, ele falou em
produzir coisas pesadas, como navios, ele parece querer dominar o
mercado em outros rumos, mas obvio, ele está jogando com o fato
de algo mais pensado, as pessoas estão nesta hora pensando em
como o deter, como o segurar.
— Ele de certa forma danificaria o local.
— Sim, e dentro de 20 anos, ele teria cidades cercadas por
mangues e vida invejada por muitos.
— Ele sempre fala que quer construir para amanha.
— Mas tudo isto amor, me mostra que ele pretende algo, e
não quer as pessoas olhando para lá, e sim para cá, ele não parece
preocupado em chocar, e enquanto os ambientalistas estão
começando a pensar no que falar, os empresários do ramo querem
saber se ele precisa de parceria. – Gerson.
— Vi ele estes dias falando pelo telefone e nem sei quem
estava do outro lado, mas ele estava fazendo uma explanação em
Frances, fiquei boba, quando falava em criar um empresário, não
pensei em alguém capaz de aos 13 anos, discutir em francês com
alguém Gerson.
— Eu não entendo por onde ele avança, mas ele parece ter se
enchido daquele pessoal do Mossad, dizem que ele tem um dos
maiores exércitos do mundo, tenho de duvidar, mas sei que meu
filho está tirando o sono de muitos.
— E ele está onde?
450
— Acho que na Califórnia, sem falar com ninguém, ele tem
entrado e saído daquele país com tamanha facilidade que alguns
acham que ele tem um sósia lá.
— E qual o plano do dia?
— Ir a Universidade da Califórnia, bem encima da hora, para
não dar tempo de desmarcarem, ele não anunciou, eles
confirmaram assim que ele chegou aqui, e embora tenham passado
todo o cronograma, não confirmaram a hora que ele estaria lá.
— Eles acham que ele não vai? Bem cara da sua família isto
Gerson, bem cara sua.

Sanches estava a colocar um sinalizador em mais um sistema


de encanamento que fizeram as pressas, para colocarem algo que
inviabilizasse uma mão infantil, muito menos uma cabeça.
Estava a olhar para o funcionário e ouve.
— Sempre detalhista.
Sanches olha para Robert e pergunta.
— Como foi a primeira impressão?
— Aquela frente desmotiva totalmente, parece querer que a
pessoa volte.
— E conseguiu chegar?
— Vi que estão melhorando os acessos e a sinalização, jurava
mesmo que era algo pequeno, mas como estão os ambientalistas?
— Brigando, o menino não parece preocupado.
— E o que tem de extraordinário neste parque, vi que aqui
tem de se andar mais que nos da Disney.
— Precisava trocar umas ideias Robert.
— Ideias?
— Você que ouviu, acha que o que o menino falou é serio?
— Achei, e pelo jeito poucas pessoas o levam a serio, mas
sobre o que quer falar.
— Lhe mostro.
Os dois caminham por um parque em construção, muita
bagunça e chegam a um hotel, Robert olha para cima, e fala.
— Hotel cafona este.

451
Os dois entraram e chegam a uma área que estavam
colocando vidros, mas que tinha cadeiras, e ao fundo, um elevador,
Sanches olha para os rapazes e fala.
— Como está o corte, veio certo desta vez?
— Agora sim, estes vieram na medida, medimos todos antes
de começar a colocação, para evitar ter de desmontar de novo.
Sanches faz sinal para Robert e chegam ao elevador, entram e
Sanches fala.
— Robert, este não é um hotel para ter muita gente, os
elevadores tem o comando normal, que sobe. – Sanches toca na
parede e uma holografia surge e fala – e o controle para os que ele
pretende deixar prontos para sobreviver.
Robert sente a aceleração, para baixo e fala olhando para
Sanches.
— Disto que ele falava?
Sanches esperou parar, ele não gostava daquele elevador,
mas estava ali querendo trocar uma ideia. As portas se abrem e os
dois olham para aquela praça imensa.
Sanches olha para a cidade subterrânea, cada dia mais
acabada, e param no centro de uma praça, tinha uma mesa de
pedra com quatro bancos a volta.
— Robert, isto que vê a volta, eu não falo lá encima, com
você eu consigo, pois sei que já viu isto em outro lugar.
— Ele construiu um parque acima desta cidade?
— Sim, mas o que vê, é um pedaço dela.
— Pedaço?
— Existem 5 praças destas Robert, somente nesta cidade,
mas pelo que entendi, o menino não está sendo levado a serio por
alguns, e tem gente capaz de jogar uma arma química onde ele
estiver para matar o menino.
— Do que está falando?
— Lembra da brincadeira do mal olhado da Bruxa, que você
não tinha como entrar, sair, nem nos hotéis sem passar por ela?
— Sim, aquilo foi chato.
— Aquilo era um portal de desinfecção Robert, alguém para
atingir o menino no parque, jogou sobre alguém uma arma

452
bioquímica para que atingisse o menino, não importando se poderia
matar milhares de pessoas.
Robert olha os seres e fala.
— O comportamento dos autômatos é bem diferente dos
humanos, eles não param antes de ficar perfeito, mas quer dizer
que o menino sofreu mais um ataque.
—Ele defendeu, dizem que a infecção matou mais de 30
pessoas, e ninguém fala disto.
— E o que o preocupou?
— Não vai atrair seu filho para perto Robert?
Robert olha desconfiado.
— Não entendi.
— Se você tiver ele trabalhando por perto, terá como o
defender se algo grave acontecer.
— Mas o que o atrairia para cá?
— Esta parte você conhece, agora vamos a algo que me
assusta.
— Assusta?
Sanches se levanta e caminha a praça ao lado, Robert viu a
outra praça e bem no centro dela, a estatua de uma menina, ele
olha para o teto, onde tinha uma imensa estatua de alguém que
vinha do céu, e tocava apenas em uma pedra brilhosa que estava a
mão da menina, Sanches olha para uma porta de pedra, passa a
mão e atravessa, Robert estranha, mas atravessa o seguindo, mas se
depara com tudo escuro, sente alguém pegar em seu braço e falar.
— Aqui somente com óculos de visão noturna por enquanto.
Robert tateia a mão e sente a de Sanches com um óculos, e o
coloca, olha para onde estavam, olha que era outra praça, olha para
traz e vê uma estatua de uma menina e um menino, olha para os
autômatos trabalhando ao escuro e pergunta.
— Onde estamos?
— Esta cidade, já estava aqui Robert, mas precisamos de um
sistema que abra um buraco para cima, e que nos de condição de
chegar lá em cima rápido, sei que a empresa que fundou e passou a
seu filho é excepcional no desenvolver de maquinas especifica.
— Mas onde estamos, não respondeu?

453
— Estamos a dois mil e setecentos metros abaixo do parque,
dizia uma lenda, que o menino me passou, que aqui viviam duas
espécies, isto remonta a 4 milhões de anos atrás, para até uns dois
mil ano atrás, mas o menino duvida que esta seja uma cidade
recente, então estamos a estudando, os autômatos no fundo, estão
limpando, vamos com calma fixar um sistema de purificação de ar,
mas precisamos de ar chegando aqui, nem que em estoques
próprios, mas a dois mil e setecentos metros de profundidade, é
difícil até trazer as coisas para cá.
Robert olhava em volta, entendeu, o oxigênio era pouco,
teriam de ter uma forma de o trazer, estranho algo esculpido na
pedra, chega a uma parede do inicio da cidade, olha para cima, mais
de 40 andares, esculpidos na pedra, andar a andar, e fala.
— Mas quem fez isto, pois isto é uma descoberta
arqueológica.
— Robert, isto em teoria, foi feito por um povo que se
denomina de Fanes, estes seres, ainda vivem no planeta, mas não
mais em buracos assim, dizem as lendas deles, que fomos criados, a
imagem e semelhança deles, para os confundir.
— Está falando serio?
— Tentando acreditar ainda amigo, mas segundo o menino,
mais de 800 milhões dos ditos humanos, são Fanes.
— E como não sabemos disto?
— Se sabendo duvido, imagino sem saber, não olharia para
uma pessoa a rua pensando não ser humana, nunca.
— E quer um sistema que sirva para trazer coisas, oxigênio, e
coisas assim?
— Sim, trazer e purificar, um projeto que fosse passível de ser
repetido em outros lugares.
— Não entendi.
— Ele sabe onde ficam pelo menos 100 cidades destas
Robert.
— E as quer pesquisar?
— Robert, esta porta que passamos, tem pelo menos 12
outras a volta, ativas, o problema é que não sabemos onde vai dar,
estamos começando um novo avançar, pois este menino pelo que
entendi, tenta avançar por todos os lados.
454
— E quer que tente chamar meu filho para esta empreitada?
— Você que tem de querer Robert, sei que se tivermos
estrutura aqui, sobrevivemos, mas sem estrutura, o ar fica mortal
depois de um tempo.
— E o menino é a favor disto?
— Ele deve estar no fim do dia por ai, mas nem confirmou
ainda, pois sabe que quando ele falar onde, vira alvo.
— E acha que ele paga quanto por isto?
— Vamos voltar, pois o ar ainda está pesado Robert, e
falamos lá encima.
Robert atravessa atrás de Sanches, teve de fechar os olhos,
mesmo naquele local coberto artificialmente, a diferença fez seus
olhos lacrimejarem.
Voltam ao centro da praça ao lado e sentam-se, Robert olha
um autômato chegar a Sanches e alcançar um mapa e ele o abre.
— Temos dois terrenos que podem servir de base lá encima
para uma descida programada, mas tem de fazer os estudos e as
projeções, embora o acesso esteja aqui, a cidade é um pouco mais
ao sul, não fica exatamente abaixo de nós, e mesmo que ficasse,
teríamos um trecho bem distante, mas estamos no estremo, e não
sabemos ainda toda a segurança da cidade lá abaixo.
Robert olha o mapa e olha para a inclinação, olha para
Sanches tentando pensar.
— Um senhor buraco.
— Sim, um senhor buraco.
— Algo pelo jeito para se fazer as presas.
— Digamos que pode vir a não ser necessário tamanho
desperdício de dinheiro, mas ai teremos o planeta vivo para nos
divertir ainda Robert.
— O que precisa lá embaixo?
— Agua, luz, sistemas de reciclagem, de oxigênio e de tudo o
que se produzir naquele buraco, no começo priorizar uma entrada
de oxigênio e energia elétrica, que nos permita iluminar o lugar e o
estudar, mas precisamos de um sistema que feche e proteja quem
estiver lá, da descompressão.
— Acha que o menino vai contratar isto, as vezes a visão dele
aos olhos nos enganam.
455
— Robert, sabe como eu, que se não fosse aquela proteção
que ele nos deu, estaríamos mortos, eu não conheço ninguém no
planeta que tenha aquilo, mas obvio, ele quer tempo para vender
estas coisas, pois parece que nem o sol quer o ajudar.
Robert olha em volta, sorri, aquilo mesmo olhando de dentro,
não parecia real.

Pedro acorda na costa Oeste dos Estados Unidos, desce ao


servidor e fica a observar as obras e os ajustes em cada contrato,
ele gostava de olhar aquilo, estava a olhar quando para a olhar um
dado, deve ter ficado um bom tempo parado, e se assusta com
alguém encostando em seu ombro.
— Assustei? – Rita.
— Sim, estava lendo e relendo o laudo, e agora tenho uma
data estimada, e uma data prevista.
— Do que está falando?
— Do evento do sol, finalmente entendi o que os dados
queriam dizer, as vezes me parece loucura isto.
— Não tem saída?
— Eu sempre tento mensurar as ameaças e os projetos Rita,
sei que as vezes pareço frio, calculista, mas me esforço para
entender hoje o que parecia que nunca faria na vida.
— E o que entendeu?
— O problema, temos um ciclo do sol chegando ao fim, este
ciclo dura em media 11 anos, mas este vai se dar em meio a uma
mudança de magnetismo do sol, então ele deve provocar uma
erupção classe X, os cálculos falam em mais de 6,2 x 10²⁴ quilos de
partículas sendo expelidas ao universo, entre elas gás ionizado e
partículas solares, isto é mais que a massa da Terra, talvez isto que
não conseguia dimensionar, o que não entendia, é porque nos
atingiria.
— Entendeu?
— Sim, o nosso problema é que isto forma uma nuvem de gás
ionizado e partículas solares, e pela rota, se acontecer quando eles
falam, teremos como saber quando nos esconder, mas
inevitavelmente, passaremos por dentro desta nuvem, deixar claro
que a quantidade real, saberemos o tamanho dela, apenas quando
456
ela for gerada, mas os dados que me passaram hoje, me assusta,
uma chuva de partículas destas, é perigosa no primeiro ano, depois
ela esfria toda e é apenas poeira espacial, e o que nos faz passar por
ela, é que ela assim como nós, continua andando atrás do sol,
passaremos por ela quente e depois por ela fria, mas
inevitavelmente, passaremos por esta nuvem.
— E como vamos sobreviver?
— Trabalhando, unindo forças, mesmo que eu tenha de voltar
a ser pobre, mas vou fazer de tudo para que de certo.
— E aquele papo de tentar não ser o caminho para eles,
forçar eles a tomarem outros?
— Eu vou fazer a minha parte Rita, vou deixar claro, esta é a
minha parte, eles que corram atrás dos demais pontos, mas a
ameaça que transforma meu pedaço maior, não menor.
— E vai ficar escondido aqui?
— Já subo, saímos em... – Pedro olha para o relógio do celular
- ...duas horas.
— E vamos fazer oque hoje?
— Não sei ainda Rita, vim para receber a homenagem, eu
sempre me preocupo com a retaguarda, mas acredito que seja um
dia calmo.
— O seu calmo sempre me assusta.
Pedro sorri.

O governador da Califórnia olha para o assessor a porta.


— Confirmaram?
— Embora na Universidade ninguém fale disto, dizem que ele
está na casa dele em Santa Monica.
— Ele não vai se anunciar, pelo que entendi, vai apenas
aparecer?
— Ele estava no país e as últimas vezes, desmarcaram duas
horas antes senhor, ele pode nem estar preocupado com o evento,
eles já desmarcaram muitas vezes.
— Mas me disseram que ele havia saído do país, e me
acordam sedo perguntando se sabia que ele havia chego.

457
— A segurança dele é feita pela Guerra Segurança, aqui na
Califórnia, e todos ficaram agitados quando os mesmos tomaram as
posições de proteção na cidade.
— Este sistema dele parece muito falho, mas confirma que
vou ao evento na Universidade, mas me confirma com o conselho
se vai ter ou não esta homenagem, pois está muito demorado isto,
até eu já estou me chateando com isto.
Para ficar claro, umas dicas sobre a Universidade da
Califórnia, ela é a instituição de ensino superior que mais emprega
Prêmios Nobel do mundo, é comandada pelo conselho da
universidade que é comporto por regentes, 26 deles, dos quais, 18
são nomeados pelo governo do estado, e 7 destes são dupla função,
entre eles está o Governador, vice-governador, presidente da
Assembleia Estadual, Superintendente Estadual da Instrução
Pública, presidente e vice-presidente das associações de alunos da
UC, e presidente da Universidade da Califórnia.

Roberto olha para Rosa e fala.


— O que acha do que o menino falou?
— Ele é de enfrentar, ele não é de deixar as coisas como
estão, viu a forma que ele chama a atenção sobre ele, a senhora
nem nos olhou?
— Ele sempre chama o peso, mas ele vai querer sabe se
estaremos no esquema dele ou não.
— Não entendi ainda a proposta Roberto, tenho de ler e ver o
que ele quer, parece algo imenso para quem mal conseguiu
terminar o ensino médio.
— Ele sempre me fala que se ele, na Oitava consegue, todo
resto deve conseguir. – Roberto a olhando.
— Ele pelo jeito é quase idolatrado por vocês. – Rosa.
— Se tivermos um menino com certeza Pedro é um caminho
a seguir Rosa, pois ele era apenas o filho de Gerson há um ano, o
menino a proteger, o menino que sofria discriminação por seu
tamanho no colégio, hoje, ele rege mais funcionários no mundo que
o pai e a mãe juntos, ele tende a chegar ao que Moreira meche em
recursos em pouco tempo.
— E por onde começamos?
458
— Vamos falar com o senhor Groff, que é o senhor por trás
de toda a estrutura de vinho, mas terá terras e negócios também
com o grupo Guerra, que é parte societária em outra divisão de
vinhos que o menino montou.
— Ele montou dois sistemas de vinho?
Roberto sorriu, foram à loja do senhor Groff.

Robert passa uma mensagem para seu filho, pensou que ele
nem retornaria rápido, mas ele respondeu rápido, algo estava
errado, pois não era o normal.
Os dois marcam para o fim do dia na cidade, em um terreno
que Robert nem havia olhado ainda.

A cerimonia de homenagem da UC, (Universidade da


Califórnia) começa e um grupo de pessoas se posiciona, os
homenageados em um ponto mais elevado no auditório, alguns
familiares junto, estavam posicionando as pessoas quando o
presidente da instituição viu o governador entrar, algo que não era
tão normal assim, mas poderia ser politica.
O senhor olha para a porta, olha aquelas crianças, viu o
segurança o barrar, e ele apresentar um convite, os olhos do
governador para a parte baixa, de entrada, fez alguns olharem para
o menino, todos sempre esperavam algo maior, o presidente da
instituição o conhecera pessoalmente, já não tinha esta impressão,
mas o segurança pareceu meio na duvida, uma moça veio a eles,
olha para o convite, confirma se ele é Pedro Rosa, ele confirma e ela
olha o presidente, que concorda com a cabeça, o menino e as
meninas se posicionaram na parte superior, começaram as
apresentações, naquele dia fora homenageado um estudante por
seus sistema de cálculos e desvendar de parte dos recálculos do
Inicio do Universo.
O chamam a frente e o entregam uma condecoração da casa,
o ter do governador ali, transformava em um evento especial para
todos os presentes.
Um pequeno discurso, um documento e uma faixa.

459
O segundo uma estudante de astrofísica, com seus trabalhos
acadêmicos de transmissão de conhecimento, com a reformulação
dos currículos acadêmicos de física, matemática e astrofísica.
Segundo discurso, parecia que seria naquele ritmo tudo,
então mesmo Pedro tentava entender parte, via Renata explicando
para Carolina o que estavam falando.
A cerimonia estava normal quando o diretor que propôs a
homenagem, que compunha a mesa de premiação olha para Pedro
e fala.
— A universidade da Califórnia, vem a oferecer para a pessoa
mais jovem já indicada para esta homenagem, por um projeto de
sistema que está fazendo nossos mestres e doutores, repensarem
seus sistemas e programas.
Ao fundo se baixou uma tela e Pedro olha o esquema do
sistema que montara, a parceria dele com a universidade era aquele
projeto, viu que estava falho, mas deveria ser a parte que deram a
eles acesso, alguns rapazes na plateia olham para Pedro, que olhava
para o quadro, sabia que aquilo que o trouxera ali.
— O conjunto de mestres e doutores, dos cursos de
Engenharia de Software e de Estrutura de Software detectaram algo
inovador e que deveria ser brindado com uma formação especifica,
que lhe permitisse evoluir, e se deparam com a afirmação de que o
autor desta obra, não tinha formação, que toda a programação fora
feita por sistemas alfanuméricas, uma linha de doutores e mestres
propuseram baseados no método de criação deste sistema, a
criação de uma matéria especifica na formação de engenheiros de
software e a indicação de sua criação como objeto de estudos para
as gerações posteriores, e sobre a aprovação da direção da
Universidade, nós Regentes, resolvemos oferecer uma formação de
Estrutura de Software e Engenharia de Software a Pedro Rosa,
Brasileiro, de 13 anos, autor de um dos sistemas mais complexos
que já nos deparamos nos nossos estudos de software nesta
universidade, um sistema que resistiu valentemente a todos os
hackers do mundo o tentando invadir, um sistema capaz de ser
gerido em velocidades nunca antes testadas, abrindo novos usos
para jogos, proteção de dados, armazenamento e processamento
de dados.
460
O senhor olhava para Pedro, que parecia que ainda estava
deslocado, ali era ele, o menino, e ouve.
— Venha ao palco Pedro Rosa.
Pedro se levanta, o segurança que o barrou pareceu olhar
assustado, pois muitos se levantaram e aplaudiram o menino que
chega a frente, lhe é passado dois papeis, uma faixa e o microfone.
O governador viu o quão pequeno era o menino, olha as
acompanhantes, ninguém grande, o menino chega ao púlpito e
olha os demais e fala.
— Boa tarde, as vezes olho para este formato e me vem algo
a mente, o quão uma ideia as vezes desconecta, depois de dias,
debruçado sobre ela, lhe fornece o que queremos, gostaria
agradecer aos Regentes, ainda acho uma homenagem prematura,
mas não posso negar que este sistema, que me permite processos
até então tidos como impossíveis, me orgulha, tenho de repartir
com outros este dia, eles não puderam vir, mas temos
programações somadas por pessoas geniais, hoje não se pode estar
a frente de algo assim e querer dizer que criei tudo da primeira a
ultima linha, pois sabem como eu, somamos boas ideias,
eliminamos péssimas ideias, adulterando ao nosso uso, mas hoje,
pessoas com Sabrina Jones, Pietro Martins, Maria de Lourdes,
Charlyston Oliveira, Marcelo Gomes, Ricardo Sanches, Felipe Souza,
Peterson Maier, Paulo Silva, Iuri Camargo, são nomes que somaram
neste projeto, e não poderia de os deixar de citar, pois sem eles
nada do que está ai, seria possível, outros pularam fora, mas nem
todos acreditam na genialidade de uma ideia, e olho esta
programação como um filho, que demorou para ser parido, mas que
tem toda a liberdade de interação, como ouvi alguns falarem, um
sistema impossível de ser feito, antes de visto, simples demais
depois de feito.
Pedro olha as meninas no andar superior.
— Queria agradecer aos meus grandes amores também, pois
elas não me deixaram na inercia, me forçando a expor isto ao
mundo.
Olha para os demais, e termina.
— Agradeço a todos que me indicaram esta formação
emérita, ainda acho que chegaremos a algo muito mais elaborado,
461
mas agradeço a universidade, aos regentes, aos que me indicaram
para esta homenagem. Obrigado.
Pedro devolve o microfone, e volta ao seu lugar, alguns
olhavam assustados aquele menino, outros admirados, pois ele
despertava algumas coisas contraditórias, sua fama, medo, sua
presença, descrença, sua atitude, respeito.
Chega ao lado de Carolina e a beija e fala.
— Quero um dia estar na formatura de nossos filhos.
— Acha que eles serão tão respeitados, a ponto de todos
pararem para lhe ouvir?
— Eles tinham um sistema de tradução automática, que nem
foi usado, mas depois lhe falo o que falei.
Carolina sorriu, Pedro deu um beijo em Rita e fala.
— Agora a parte chata, aguardar o fim.
Eles sorriram.
Mais duas horas de explanações com outras 9 homenagens,
estabelecendo uma diferença, muitos familiares saíram após os seus
serem homenageados, Pedro ficou a olhar o que tinham de genial,
pois sabia que ali era a casa de gênios, não de pessoas normais.
Pedro esperou a maioria sair, e saem após muitos já terem
saído, o diretor geral o cumprimenta e fala.
— Pensei que tinha saído do país?
— Não entendi esta afirmativa senhor, ouvi alguns falarem
isto, mas por onde teria saído?
— Vai ficar muito tempo?
— Terminar de acertar os últimos acordos e voltar a minha
cidade natal.
Pedro e as meninas vão ao edifício da empresa ao centro,
passam por um portal e Carolina olha para a bagunça a frente.
— O que viemos fazer aqui? – Renata.
Estavam em Comptche e ainda tinha muita bagunça sendo
colocada no lugar, estavam em uma das casas do parque,
cumprimentam alguns saindo no sentido da colina a norte e ele
ativa a pirâmide e dá a mão para Carolina, e a faz passar a toda
volta da pirâmide, ele queria que as pessoas de sua vida o
acompanhassem em seu caminho, e falar algumas línguas fazia
parte disto.
462
O grupo senta-se dentro daquela pirâmide e Rita pergunta.
— Porque parece que agora tem uma paz interna?
— Viemos e fomos acompanhados as duas vezes anterior
pela avó de Sheila, isto nos fez ter um mal agouro presente na vez
anterior, até as paredes pareceram mais didáticas hoje.
Pedro olha para um canto, havia livros em outras línguas, ele
não sabia o que significava, mas olha para eles, livros novos e
antigos, impecavelmente protegidos naquele templo, fora do
tempo, inerte a nível de desgaste.
— Que livros são estes?
— Algo sobre a historia triste de outros seres, eu não sei
exatamente o que diz ai, não tenho está ciência, teria de ler um por
um, e acho que no momento não me trará além de historias tristes,
mas vou dar um jeito de guardar isto.
— E o que estamos esperando?
— Alguém me ligar, se não me ligar, sinal que vamos a outro
ponto.

Roberto apresenta Rosa ao senhor Groff, e ela começa a se


inteirar do problema, e descobre que teriam de ir a França, e a
Portugal verificar pendencias da empresa, Rosa sorri da ideia,
estavam presos em um terreno, agora iriam viajar o mundo.

Robert estava parado olhando um terreno, olha o engenheiro


da Rosa’s, estava a olhar o rapaz ao fundo medir o terreno, e o
engenheiro anotava as laterais do terreno, quando viu o filho parar
a caminhonete da Still as costas, e vir até ele, estava pensando em
olhar mais, estava pensando em como falar, mas ouve um ruído ao
ar, olha em volta, o engenheiro ouve e pergunta.
— O que faz este barulho?
— Posso estar enganado, mas é o menino. – Robert.
Pedro desce a nave, olha as meninas, analisa o terreno e olha
para o sistema, o campo de detecção analisa a região, e todos veem
uma luz avermelhada tomar o terreno, mas não virão nada, estavam
a olhar em volta, quando no centro do terreno surge a nave, o
engenheiro olha para Robert e pergunta.
— E quem vem lá?
463
— Deve ser meu filho.
Pedro desce, as meninas descem e Renata fala.
— O que viemos fazer aqui?
— Fixar um método, mas pode ser que algo mais se
determine hoje mana, apenas puxando gente para dentro.
— Vai demorar?
— Vai.
Rita sorri, da cara de revolta de Joseane e Renata.
— Perdido por aqui Robert? – Pedro.
— Estudando uma proposta de Sanches, não sei se está de
acordo.
— Bem vindo ao barco, mas preciso explicar o problema.
O engenheiro chega perto e fala.
— Não entendi a ideia.
Robert olha o filho chegar e o menino olhar ele.
— Boa tarde, espero que saibam guardar segredo.
Robert sorriu e falou.
— Sanches me mostrou um lugar que o assustou, se for sobre
aquilo, mantemos silencio.
— Em parte. – Pedro entra na nave, pega um projeto em uma
folha A0 e estica sobre a capota da caminhonete da Rosa’s, olha
para os demais e fala.
— Isto é um corte transversal, o que estamos fazendo aqui, é
abrindo um segredo para tentar enfrentar outro problema.
— Qual o problema? – O engenheiro.
— O problema é que parece que todos os meus inimigos
juntaram energia e resolveram por as mangas de fora bem agora,
mas o que veem neste corte, é um corte de exatos 2732 metros,
sabemos que abaixo disto, existe uma estrutura construída. – Pedro
coloca a mão sobre o fundo do desenho, uma ponta da cidade, pois
não caberia mais que isto naquela proporção – neste ponto, abaixo
do parque, existe algo que deveria estar a superfície, mas parece
que não está mais, abaixo deste pequeno elevado, se estiver ai, a
ideia é perfurar até este túnel que nos levaria até a parte baixa,
levar estrutura para baixo para estudar o problema, e quando
tivermos acesso, ai sim, conversamos sobre o que faremos. – Pedro
olhando o engenheiro.
464
— Acha mesmo que tem algo aqui em baixo?
A cara do engenheiro e do filho de Robert deram o clima,
Pedro olha para as meninas e fala.
— Já vamos para a aventura.
— Certo, vai querer explorar uma montanha, acha que tem
algo ai? – Carolina.
— Tem, as vezes erramos em metros e não achamos nada,
mas para isto que temos satélites, por isto que estudamos isto por
satélite. – Pedro pega um capacete na caminhonete e começa a
andar no sentido da elevação, Robert chega ao seu lado, e fala.
— Eles não acreditam menino.
— Sei disto, por isto prefiro eles, se fossem agentes da CIA,
não duvidariam Robert, estranho os malucos acreditarem em mim.
Robert olha o menino e fala.
— Vou pegar um capacete também, me espera.
Pedro olha para o senhor andar até o carro, e pegar um, o
engenheiro ficou na duvida, estavam apenas medindo o terreno, as
meninas entram na nave e todos veem ela sumir dos olhos e
decolar, no sentido do parque.
O filho de Robert estava descrente daquilo, mas sabia que o
menino tinha dinheiro, conhecido por comprar maquinas caras,
para fazer o que queria.
Robert chega ao menino e os dois olham o engenheiro os
acompanhar, não queria, mas deixou os demais fazendo as
medições, e começam a entrar numa caverna apertada mais acima,
caverna que fazia muitas curvas, Pedro pega o comunicador e
acerta sua posição via Satélite, e olha para o sentido que estavam
indo, Robert estava já cansado, duas horas, tentando mantar a
moral alta, quando o menino para, parecia que o caminho acabava
ali, olha para uma parede, e olha para Robert.
— Lá vamos nós se meter em problemas.
— Alguém vem ai?
— Não, mas melhor ficar mais a entrada.
Pedro tira a mochila inseparável das costas, a coloca no chão,
tira seu Notebook, liga o mesmo, coloca um cristal na ponta do
mesmo, e este analisa todo o caminho, olha para cima, olha para a
parede, dois metros de pedra, ele estava testando resistências, não
465
precisava fazer assim, mas ele cansou de parecer fácil, de parecer
que fizera tudo, estava na hora de estabelecer mudanças.
Pedro olha para cima, o sistema pega que estavam no ponto
de entrada, ele aciona o campo para cima, para abri um buraco
reto, para saberem o ponto, não foi detectado nada além de
montanha então ele acionou o cristal e todos viram abrir um buraco
para cima, e viram o corredor amplo em descida surgir a frente,
reto, veio um ar quente, era de esperar, pois ele fizera o buraco e o
calor não escapara antes, mas o olhar de todos para cima, se via o
céu, e para o buraco, em descida, que parecia não conseguirem ver
o fim, fez o filho de Robert chegar ao lado e perguntar.
— Que buraco é este?
Pedro olha o engenheiro e olha o senhor e fala.
— Estava falando com Sanches, ele pediu ajuda ao amigo de
anos, pois descobrimos algo oculto a mais de dois mil e setecentos
metros de profundidade, não sabemos quem construiu, mas é algo
imenso e que vem em boa hora, existe uns malucos que acreditam
que sofreremos um aquecimento e queima provocado pelo sol, eles
acreditam que este sistema, pode extinguir a vida na terra, e
começamos procurar onde esconder pessoas, por um lado, por
outro, desenvolver um método para evitar o problema.
— Está falando serio? – O engenheiro.
— Sim, talvez os meus funcionários não saibam senhor, mas
todos tem um buraco para se esconder, mas estávamos abrindo
isto, analisando as rochas, e nos deparamos com grandes áreas já
ocas, pensamos em usa-las, e nos deparamos com estruturas já
feitas, mas por portais de acesso como o que nos dá acesso a este
lugar, ele não é pratico, pois não se passa muita coisa por ele, não é
como uma passagem porta, é uma estrutura que danifica alguns
materiais, priorizando a vida, mas nem sempre facilita.
— E quer chegar a estes lugares, e os preparar? – O
engenheiro.
— Eu prefiro tentar evitar o que preveem, mas ficaria mais
tranquilo se tivesse um lugar onde os pudesse esconder, proteger,
se o que eles preveem acontecer.
— E qual o tamanho do que tem lá embaixo? – O engenheiro.
— Isto que viemos descobrir senhores.
466
Eles começam a caminhar, eles viam as paredes lisas,
alisadas, um trilho bem no centro, viam aquilo na forma de um L no
centro da peça, em duas linhas que desciam, pareciam um trilho
único, ignorando que era o quadrado a volta, que estavam,
encolhido e dividido em dois pedaços, em todo o comprimento do
túnel.
Eles caminham bastante, e chegam a um corredor, mudaram
de um momento para outro, Pedro viu os autômatos de serviço e
falou.
— Mal conseguimos passar alguns poucos autômatos pela
porta direta.
— Por quê? – Robert.
— Não sei do que é a porta, você pelo jeito passou por ela,
mas parece reprogramar autômatos. Eles ficam inertes.
O autômato olha para eles e indica o caminho, eles caminham
e chegam no centro da praça que tinham ali, olham a imagem da
menina, a estatua, e olham em volta, altura do centro daquela
caverna, pois a umidade gerou estalactites e estalagmites no teto e
no chão, o olhar de espanto, o engenheiro chega ao lado do menino
e fala.
— Estamos a dois de setecentos?
— Sim, é quente aqui, temos de ter sistemas de refrigeração,
precisamos limpar o teto, por placas de energia, limpar, mas o
principal – Pedro olha para o filho de Robert – não sei se teria como
desenvolver algo que desse para trazer coisas em quantidade por
este túnel, e um sistema que proibisse se houvesse descompressão
total lá fora, serem atingidos.
— Qual é a previsão que lhe faz pensar nisto?
— Eu não previ nada, apenas uns especialistas apontam para
um evento, ele está previsto, uma nuvem de Ions, hidrogênio, e
alguma poeira solar lançada ao espaço, mas ainda não sabemos a
intensidade, somente quando soubermos, tentamos nos salvar, mas
não quer dizer que se der para esconder alguns, não o faremos.
— Qual o tamanho disto?
— Pelo menos 5 vezes maior que o maior buraco já criado,
mas o que me faz querer montar aqui, é que a ameaça vem do sol,

467
então nunca se sabe se uma base lá encima não é muito superficial
para aguentar.
— E vai pagar como?
— Dinheiro, qual a melhor forma?
— Proteção. – O filho de Robert.
— As pessoas que verem isto, são parte das que virão para
este exatamente, tem coisa que somente vendo para entender, mas
tem uma base mais confortável para os colaboradores.
— Um buraco imenso assim?
— Nem tão profundo, não tão complexo, mas sim, temos.

Rita olha para o parque Pedra’s, olha para Sanches que fala.
— Ele as deixou sozinhas?
— Ele parece querer algo que não aconteceu, ele está lá a
caminhar para baixo, ele sabe fazer isto, e mesmo assim os quer
trabalhando. – Rita.
— Já pilotando um destes?
— Renata está pegando pratica, mas é bem tranquilo, e como
as coisas estão por aqui?
— Estamos priorizando a segurança, depois as obras, e obvio
que algo assim, pode ser que não fique pronto em 3 meses.
— E se dando bem no cargo Sanches. – Renata.
— Seu irmão fica me mandando para o escritório o tempo
inteiro, acho que daqui a pouco ele vai se enervar comigo.
— Sabe que ele o quer lá, mas com todos os sistemas de
controle, imagino que deve ser difícil olhar por câmeras, pois o lugar
é incrível. – Carolina falando em inglês, até ela estranha, ela viu as
palavras saírem e fica depois calada, olhando as demais, como se
não entendessem, Rita sorriu.

Pedro olha para os dados e olha para Robert.


— O que achou do lugar?
— Estranho algo tão escuro, mas qual a ideia?
— Trazer uma leva de autômatos e começar a limpar, quando
estiver limpo, colocar as placas de energia no teto, precisamos de
compressores de oxigênio, e de sistemas de purificação, imensos,

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isto que preciso, projetos rápidos e dinâmicos que possam permitir
a vida aqui.
— Como eles viviam aqui?
— Não sei, vou planejar a limpeza, e vou me divertir um
pouco, o terreno lá encima, é da empresa, então só precisamos
isolar ele, e começar a nos preparar para povoar esta cidade.
O menino tira um tecido da mochila, prende a parede e olha
para Robert.
— Não sei o que tem de incompatível, mas este material não
passa pelo portal, ele se desintegra, então tive de trazer um
pessoalmente para começar a acelerar isto.
— Então existe um limitador ou algo assim naquela porta?
— Não sei ainda, mas explica para seu filho o que precisamos,
não sei nem como o fazer, mas qualquer coisa pede para Sanches
que eu providencio.
— Ele vai me perguntar quanto pode pagar.
— Ele me apresente um projeto, o que vai instalar e o preço
disto, não sou eu que tenho de passar o preço Robert, ele que tem
de me oferecer algo, e me passar o preço pelo que vai oferecer.
— Está de saída?
— Sim.
Pedro aciona o portal, e passa para a cidade acima deles,
começa a programar alguns autômatos e estes começam a passar
pelo novo portal e o filho de Robert o olha e pergunta.
— Não entendi toda a ideia pai.
— Vamos conversar, a ideia, transformar isto em uma base de
vivencia independente, que processe sua comida, sua agua, seus
dejetos, o sistema de energia o menino vai fornecer, então não
teremos o nível de poluição, mas ele quer que faça um projeto
referente a isto, e como ele falou filho, algo que seja pratico, pois
ele sabe de pelo menos outras 100 cidades abandonadas desta e
quer as reativar.
— Sabe do custo disto pai?
— Isto que ele quer saber filho, pois se for algo impraticável,
ele recua, mas se for praticável, ele tenta financiamento
governamental para este investimento.

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— Vou ligar para alguns engenheiros, eles vão vir medir, ver
se podemos usar o sistema de trilhos que eles tem, vi que é bem
resistente, vou trocar uma ideia, mas é uma maluquice existir algo
tão profundo.
— Ele disse que isto ele deixaria aqui, se não fosse a
necessidade de um espaço mais protegido.
— Porque disto pai?
— Ele construiu 4 bases na Florida, pelo que entendi, e de
repente ele descobre que tem uma pronta, maior que todas elas,
abandonada, tem de ver que isto gera gastos e tempo montar coisas
assim, e parecem ter pedido pressa a ele.
— Vou verificar, vi que nem o engenheiro dele o leva a serio.
— Ele não se preocupa com isto filho, ele não tem de provar
mais nada a ninguém, esta é a diferença, e quem o olha, não dá
nada por ele.
Robert vê uma leva de pessoas começarem a vir pelo portal
que o menino saiu, não reparando naquela escuridão, que eram
autômatos, estes começam a passar sistemas de geradores, e
algumas pilhas de placa de iluminação.

Pedro sobe o elevador para o hotel e olha para os


acabamentos, ele não queria algo fácil, ele não queria algo normal,
talvez alguns chamassem de cafona, mas sim, a ideia era algo que
remetesse ao passado naquele hotel, sorri de suas ideias e começa
a caminhar no sentido do parque.
Rita estava conversando com Renata quando sente alguém a
abraçar pelas costas, se assusta e Pedro ri.
— De onde você veio?
— E dai, vamos tentar se divertir?
— O que faremos?
Eles saem dali sem aviso, sem alarde e vão ao Universal
Studio Florida.
Se divertindo o resto do dia, Pedro queria que alguém lhe
ligasse e esta pessoa não tinha ligado, não tinha se mexido, ele
começava a ficar na duvida se não teria de fazer isto nas próximas
férias, mas aquela coisa de pensar no futuro, às vezes parecia algo
perigoso para deixar ao futuro.
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Quando Vamos Acordar?
As vezes troco umas ideias com
minha esposa, quase todo dia, mas uma
coisa nos tomou a conversa ontem,
quando vamos entender e identificar
discursos vazios?
Estava eu olhando a TV ontem, e
obvio que estava entediado, pois eu a
frente da TV é algo tedioso, olhei o
sistema de ideias, de planos, exposto por alguns, e vi o
quanto não temos saída politica no país, um acusa o
adversário de roubo, o outro responde acusando de outro
roubo, e ninguém responde as acusações, eles ficam em
ataques, mútuos, e nada de ideias, me deu vontade de fugir
do planeta.
Os cantores de rock continuam a morrer, os bons, dizer
a verdade, pois os ruins, estes não morrem, são como alguns
atores ruins, vivem eternamente.
Sou alguém que gosto da minha cidade, mas sei que ela
está a cada dia mais violenta, a segurança publica, está sem
modelo e sem comando, e tudo que me falam, é que sou um
privilegiado, que tem segurança particular, mas pessoal, a
minha segurança não é para os ladrões a rua, é para
atiradores como os do meu pai, que insiste em querer matar a
família.
Senhor, mesmo que eu fosse um bastardo, como gosta
de falar, tenho direito a vida, direito a tocar minha vida, se
quer mesmo continuar nesta caçada burra, hora de parar para
pensar, pois não vamos morrer quietos, e que fique claro, se
eu aparecer morto com bala do exercito brasileiro, o
mandante foi meu pai.
Gerson Travesso
Curitiba, 25 de Julho de 2011

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As historias as vezes não parecem caber
na minha vida, e mesmo assim, as vivo, eu
queria estar voltando ao Brasil e não me
convenço disto, eu queria acreditar que eu sou
o escolhido, mas não, acho que minha missão é
mais a frente, posso até vir a ajudar, mas minha
missão é lá no futuro, depois de tudo.
Acredito que posso ajudar, mas como
não sei como, fico pensando em convencer as
pessoas a assumir parte de suas historias, seus
caminhos, mas parece que ninguém além de
mim está levando a serio está historia.
As vezes penso em largar tudo, e que Deus ajude a quem
merece, e quem não merece, morra, já que ninguém leva a serio, para
que preciso levar, eu tenho onde me esconder, vocês que morram.
As vezes a desilusão nos toma, e tudo que parece incrível, como
o premio emérito de ontem, são atravessados por gente que parece que
não pensa, não reage, não sabe o que fazer.
E sem saber como reagir, resolvi passear, já que não posso fazer
milagre, e vejo que ninguém está me levando a serio.
Às vezes é melhor acalmar, pois as vezes a vontade que tenho é
os deixar todos ai, e sair pelo mundo me divertir.
Quando falo que tem mais gente no Brasil dedicada a barrar do
que para construir, os processos de interdição mostram isto, pensa que
tem gente que está entrando hoje com petição para proibição de
qualquer projeto na costa paranaense do gênero, coitado de quem não
vê que leis assim não poderiam existir, pois para sempre é muito tempo,
e mostra bem para quem trabalham, apenas para aparecer, pois eu não
vou financiar vocês para mudarem de ideia, como meu pai falou, não
querem, instalo na Argentina, no Uruguai, na Cochinchina, mas mostra o
quanto vocês são inúteis.
Você já viu alguém no mundo, dispor de um projeto proibindo a
construção de prédios de mais de 50 andares, em qualquer outro lugar
que não seja no Brasil? Só porque peguei no pé de alguns engenheiros,
era para melhorarem, não para proibirem.
E eu que sou a criança aqui, fala sério.
Pedro Rosa

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Gerson olha para Patrícia a cozinha e fala.
— Hoje ele vai continuar a provocação.
— O que ele fez? – Patrícia.
— Ele há poucos dias, perguntou para Roseli, quanto custava
para impor um encarte em outros jornais, e diante disto, resolveu
criar o seu encarte, e dispor nos 12 jornais mais lidos do Paraná
hoje, pagando para estar lá, referente a discutir o projeto que ele
mostrou ontem, e muitos em pleno fim de semana tentavam barra-
lo, ele não pega leve na crônica, ele parece até decepcionado, mas
entendo o que ele quer, pois se ele construir isto aqui, viramos
mesmo que sem fazer esforço, um ponto de referencia no Brasil, e
não um ponto qualquer, algo em destaque.
Gerson alcança o encarte para Patrícia, ela olha e confirma.
— Isto saiu em todos os jornais do Paraná hoje?
— Sim, aquilo que falamos ontem, embora não sei se ele quer
implementar, mas obvio que o projeto se vende por si, pois estaria
no conjunto da obra, gerando um sistema de mangues e praias
desertas que por si, já seria uma defesa ao ecossistema geral.
— Sofreria no executar?
— Ele está fazendo aqui, o que fez na Califórnia, mas aqui
pedindo, lá ele apenas fez.
— Acha que daria retorno?
— Ele não parou para pensar no investimento Patrícia,
sabemos que isto é para não pensar apenas na catástrofe.
— Acha que ele quer manter uma base?
— Ele quer salvar o planeta, mas a narrativa que Francisco me
passou, é algo aterrorizante, muitas almas vão ao inferno e ao
paraíso, no dia que acontecer Patrícia, ele quer proteger seu futuro,
seu mundo, com toda a força possível.
— Sabe que isto me deixa receosa.
— Patrícia, Pedro falou em mudarmos para o terreno no
Tanguá, pois abaixo dele montou um complexo de proteção, para
podermos nos proteger.
— Acha que aguenta?
— Patrícia, nós não sabemos, mas estamos inteirados do
problema, e sabemos que não temos como abrir algo que gere
pânico, seria pior, embora acredito que nos momentos próximos,
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não terá como não comunicar eles, mas quem o fizer, pode ser
tachado pelos demais, temos de cuidar com isto.
— E ele tem ideias para salvar o mundo?
— Sim, ele tem ideias para salvar o mundo, mas não quer
dizer que não passaremos por problemas.
Patrícia abraça Gerson, a ideia de algo assim assustava.

Alguns empresários se reúnem no centro da cidade de


Curitiba, e um olha para o senhor Marcelo.
— O que faremos Marcelo?
— Este menino está lançando uma ideia, sabemos que já
existe tecnologia para isto, sabemos que ele dobraria a oferta de
imóveis no litoral, dobrando seu tamanho, pois sempre fomos
praias retas, mas tem de ver a repercussão.
— Até os ambientalistas ficaram pensando, eles sabem que
estamos em uma curva de investimento, e mais de 50 mil
empregos, gerando em produtos o que poucas cidades do país
produzem, vai atrair gente.
— Nisto as cidades dele tem de diferente, inicialmente,
acesso apenas por pontes muito longas, quase uma região isolada
do país, por outro, estava olhando os planos, ele se propõem a por
uma sede de dois municípios no interior das sedes, base da marinha
nos dois portos, sistema de reciclagem e distribuição de agua e
esgoto que não temos nas cidades litorâneas.
— Acha que ele vai implantar? – Roberto, um politico da
região.
— Ele fez algo semelhante ao sul da Califórnia, dizem que ele
o fez rapidamente, não sei quais os planos totais pessoal, mas
acredito que se ele o fizer, teremos um bum na construção civil do
Paraná, e um bum industrial que o acompanhara, nem sei quais
empresas ele pretende criar, mas com certeza, 280 empresas não é
qualquer um que cria.
Pedro acorda com uma ideia fixa, haviam retornado a
Califórnia na madrugada, ele acordou sonhando, ele não sabia se
poderia somar mais coisas, mas ficou com uma frase na mente e
teria de tirar esta duvida.
Pedro liga para Carlos, na França;
476
— Como estão as coisas por ai Carlos?
— Tranquilas menino, alguma duvida?
— Vocês querem criar uma camada protetora contra as
primeiras horas, e uma frase não me saiu da mente a noite inteira.
— Qual?
— Fótons de energia, são repelidos por eletromagnetismo,
eles não conseguem ficar no mesmo ambiente.
— Parte da nossa proteção natural no planeta é gerada por
isto menino.
— Não teríamos como forçar parte dos fótons para outro
caminho?
— Qual a ideia?
— Lançamos as velas, mas no lugar dela absorver os fótons, o
que gera o explodir depois de um tempo, se não teríamos como as
munir de um sistema eletromagnético, para que os fótons fossem
desviados. Um sistema de proteção para os ions, hélio e hidrogênio
é inevitável, mas é energia por pouco tempo.
— Tenho de pensar nisto, mas porque acha que daria
resultado?
— Não acho Carlos, apenas esta afirmativa ficou batendo em
minha mente a noite inteira, sei hoje que não seremos atingidos, o
sol vai jogar ao espaço uma super nuvem de fótons, ions, hélio, e
hidrogênio, tudo em alta temperatura, a Terra tende a atravessar
esta nuvem, perto de 60 horas após o evento, bem apertado, mas
se tivermos as velas indo a frente, e desviando parte das cargas de
fótons, já teríamos uma redução de temperatura.
— Vou pensar, acha que podemos dispor daquela proteção
que falamos?
— Coloquei gente para calcular Carlos, aquilo seria uma
proteção que garantiria a existência de vida no planeta se o planeta
atravessar a nuvem, em um ângulo que fique dentro dela menos de
48 horas, embora o fim seja assustador, e com mortes.
— Certo, algo mais?
— Estou contratando balsas retas na China, Califórnia, Chile,
Coreia do Sul e Austrália, preciso de alguém, assim que as forem
entregando, instalando as placas de energia, e as dispondo em
pontos estabelecidos do Pacifico, Atlântico e Indico, sei que é um
477
esforço grande, mas este é um plano que pode nem vir a dar
resultado, pois a camada que erguemos em 60 horas, é pouca, mas
estou pensando em permitir que alguém sobreviva Carlos.
— Vou verificar, alguns duvidam que vai gastar tanto assim.
— De que me adianta uma fortuna em dinheiro deste
planeta, em um planeta distante?
— Nada, entendo sua preocupação, eles acham que o
dinheiro compra tudo, mas sem nações não existe dinheiro.
— Verifica para mim, pressiona, e tenta que os prazos nos
surpreendam.
Pedro se vira para a porta e vê Renata, ele sorri colocando o
celular no bolso, o sorriso saiu chocho e a irmã pergunta:
— O que o está incomodando?
Pedro senta-se vendo a irmã sentar a frente na cadeira, olha
os olhos da irmã, estava cheio de duvidas, de projetos, de ambições,
e poderia perder tudo antes mesmo de começar a se divertir.
— Não sei, parece que mesmo que tente ficar de fora, me
colocarão para dentro, mas por outro lado, não tenho como
resolver tudo.
— Qual o problema mano?
— Estou só desabafando mana, mas tenho quase certeza que
teremos muitas mortes no planeta.
— Muitas?
Pedro pega um lápis e rabisca uma espiral.
— Mana, quando acontecer, saberemos se tudo estiver no
lugar e olhando para lá, 60 horas antes de nos atingir, pode parecer
muito tempo, mas é tempo suficiente para o pânico, o planeta
segue o sol, inclinado, e quando o sol solta algo, atravessamos isto
não uma vez, mas varias vezes, pois isto vai continuar a seguir o sol,
e inevitavelmente atravessaremos novamente, mas somente na
primeira é mortal.
— Certo porque da preocupação?
— Pois não teremos o tamanho do ocorrido, não tenho como
forçar, mas não vamos conseguir facilmente o tamanho do que
vamos atravessar, eles falaram em 79 horas, mas é chute?
— Porque não?

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— Posso estar enganado, mas o que todos falam, é uma
erupção lançando ao espaço mais de 79 horas de material, então já
estaremos dentro do que foi lançado, antes mesmo de saber se
durou ou não 79 horas.
— E acha que sobrevivemos?
— Quero poder viver depois do evento, se fosse só sobreviver
não estaria me esforçando, mas é que me veio algumas maluquices
a mente, e sei que viveu parte disto comigo, então as vezes preciso
desabafar para que saia, não fique aqui dentro.
— O que mais está lhe deixando assim sem palavras?
— Estou pensando em como vou enfrentar isto, e pode ser
que tenha apenas até o inicio deste evento para fazer as coisas.
— O que quer fazer, sabe que vou estar aqui lhe apoiando.
— Tentando entender o que fiz e vivi, vou ter de acelerar os
demais, e acelerar a mim, sabe como poucas pessoas que sou
preguiçoso, que durmo muito, que quando os demais pensam que
estou salvando o mundo estou me metendo em encrenca.
Renata fica olhando para o irmão, ele não fora claro, então
ela apenas espera ele pensar e continuar.
— Lembra quando enfrentamos aquela menina mais ao
norte?
— Acho que nem eu e nem Carla vamos esquecer aquilo.
— Aquilo gera consequências, e não sei quais são ainda, mas
viu o problema que gerou aquela bruxa me prender, eu esperava
algo, mas nunca tudo aquilo, sei que as vezes olho como se fosse
algo normal, mas também estava lá, acha que foi normal?
— Não, também foi assustador, mas aquele dia entendi
também algumas coisas.
— O que entendeu? – Pedro olhando a irmã.
— Que algo no caminho, nos uniu, pois senti quando foi
aprisionado, sabia que estava bem, quase ouvi seus pensamentos
quando falava com aquele menino.
— Também tenho lhe sentido, as vezes ouvido, mas mana,
quando adquirimos isto?
— Não foi no templo de Deus?

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— Não sei, mas gostaria de conseguir tentar ajudar as
pessoas, aquele Peter, aquela filha dele em outra dimensão, a mim
mesmo, em outras dimensões.
— Tá maluco? – Renata olha serio o irmão.
Os dois se encaram por um momento, os olhos de Pedro vão
para fora, ele não pareceu gostar da frase, sacode a cabeça
negativamente e fala.
— Não, pelo menos acho que não, pois se eu for o louco
nesta historia, pode considerar o planeta perdido mana, se
considerar-me o louco, que estamos na ultima existência, se sou o
louco, o que posso me transformar no fim, mas não o ser.
Pedro falou olhando para fora e Renata o abraça pelas costas,
ela tinha quase 10 centímetros a mais que ele, o que dava a Pedro a
noção de seu tamanho.
— Desculpa mano, as vezes esqueço que lê auras.
Pedro estava quieto, parecia pensar, perdido, e fala.
— Eu preciso saber exatamente o que preciso fazer, mas a
cada aventura eu ganhei algo, no passado, quase me mataram, para
isto me colocaram acido no sangue, ele não está mais aqui, mas por
meses, parecia que sofri algumas noites de insônia, deste época,
passei dias olhando mapas, planos, o que gerou os diamantes.
Pedro ainda olhava para fora, o sol não se via daquela janela,
via-se apenas a luz que ela gerava ao mar no fundo.
— Depois me deram um tiro, deste tiro, conheci um pequeno
querubim, nem ele acredita em mim, pois ele se afastou, mas as
vezes pergunto-me se ele se afastou ou eu que estou precisando
falar com alguém e não tenho, mas deste tiro, passo a entender que
algo está dentro de mim, algo que poderia curar, neste momento eu
acelero o que parecia impossível acelerar, e uma ideia me vem a
mente como certeza, não sabia se o acido estava ainda em mim,
mas paro diante das tentativas de transformar o que sentia em
tecnologia, consigo enxergar o quão genial algumas ideias foram,
me deparo com o quanto as cegas eu me preparei para avançar, e
viemos a primeira vez a este lugar.
Pedro vira-se para a irmã e passa a mão em seu rosto,
olhando para cima, ele parecia tentar achar um caminho, e não
parecia ter encontrado ainda.
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— Fomos a coisas impensadas, como aquele lugar, ali em
Comptche, poucos viram aquilo, diria que mesmo os agentes da CIA
que o viram, hoje o destino me mostra que já estão entre os que
morreram, mas ali naquele momento, me preocupei com você
mana, mas não a queria longe, mas estranho que naquele momento
minhas duvidas mudaram, e ao mesmo tempo, minhas forças, eu
não me sentia fraco, inseguro sempre, mas quando entrei naquele
vazio, o que para você foram minutos de fuga, para mim, uma
eternidade em duvidas, em carências, em procura, mas quando sai
de lá, sentindo o poder da família, dos filhos, algo veio comigo, a
força que não sei como medir, mas sei que veio junto, uma força
que acredito ter de devolver ao dono, mas não tenho ideia de
como.
— Do que está falando?
— Em parte do que falou, senti nossa união aumentar, todas
minhas uniões, foi como se tivesse ganho o direito a ser um mago,
sem nunca ter sabido o que era ser um mago, o direito de ser um
criador sem saber o que é ser um criador.
— E porque está perdido?
— Mana, depois daquilo, todos deveriam estar unidos em
uma ideia, mas todos nos querem deter, atrapalhar, incomodar,
roubar, mas não é isto que importa, pois ainda estamos
caminhando, saímos dali, e o que deveria ser dias de conquistas,
sentia as minhas energias a toda, estava com aqueles
conhecimentos correndo nas veias, e tudo que fiz, foi me meter em
encrenca atrás de encrenca.
— Mas me mostrou em um dia, que tudo que eu achava que
você estava planejando, estava quase pronto.
— Pela primeira vez, sem ter terminado mana eu arrisquei,
embora dentro de mim, tivesse a certeza que sairíamos do outro
lado de qualquer forma.
— Certo, dai fomos a Paris.
— Sim, enquanto as contas correntes estavam piscando o
recurso que me permitia dar os próximos 12 passos, e não os 4 que
achava conseguir com as vendas na Califórnia, de uma vez,
chegamos a Paris, odiados no Estados Unidos, mentindo para nos
sentir seguros, usando algo que um mês depois, um pouco mais que
481
isto, tenho funcionários que atravessam portais como o que
atravessei na duvida, como se fosse a coisa mais segura do mundo,
neste mês, passo de fundador de uma empresa de tecnologia, ao
proprietário da maior leva de empresas que tem contratos
tecnológicos militares do mundo, mas lembra, chegamos a Paris,
teve as mortes de quem deveria nos apoiar, apoio de quem nos
queria mortos, mas diante de dias de conquista, o que o divino nos
fez?
— Nos atacou?
— Não, certo que doeu, dores que não sei ainda como
administrar, mas fui levado novamente ao trono de Deus, quer
dizer, ao caminho do trono, se fosse ao trono, acho que não estaria
mais aqui, mas diante do caminho, me confirmam, sou o Netser que
vai pronunciar as novas, quais não sei, mudo novamente o rumo, e
enquanto pseudo Deuses se mostram, pseudo criadores, tentam me
assustar, descubro que ainda dói, mas que algo não me era falado,
pois enquanto um toque de anjo, me mata, um atravessar de
energias que me torna pó, não me mata.
— Aqueles eventos, foram assustadores.
— Vivemos isto mana, mas tem de ver, que saímos dali, e no
lugar de parar, aceleramos, no lugar de gerar calma, geramos mais
resistência, tem tanta coisa, que nem lembro o ponto que senti o
Moroi dentro de mim, tem tanta falha neste caminhar, ou acelerar
dele, que não sei quando aprendi a fazer um campo de exclusão de
Morois, sei os fazer, tem coisa que não entendo, que está dentro
dos conhecimentos do templo de Deus, parte está no toque dos
Tronos, parte, no toque de Beliel, tudo dentro deste pirralho a sua
frente, tudo querendo sair e tentando me conter, me acalmar, e
nem sempre consigo, e temo quando não consigo.
— O que teme?
— As narrativas dos seres especiais, falam que se fizermos
tudo, sei disto pois sei que se não fizer nada, todos morrem, ou
aqueles babacas se enterram e morrem lá, anos depois, mas se
nada fizer todos morrem, se tudo fizer, um a cada 3 no planeta
sofrera alguma coisa, deste um terço, devemos ter dois terços de
mortes.
— Não entendi.
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— Mana, se fizermos tudo, teremos no dia seguinte ao fim do
problema, o maior funeral humano da historia, mais de 1,3 bilhões
de humanos.
Renata olha para fora, olha em volta, parece procurar
palavras e pergunta.
— E não temos como mudar isto?
— Ainda não sei, mas toda vez que tento achar que meu
caminho é um, as coisas mudam, lembra, tudo estava no caminho,
os templos de séculos abandonados reerguidos, e o que consegui
com isto?
— Quase morrer novamente.
— Eles queriam que eu não esquecesse, que como Netser,
minha função não era neste planeta, este que você vê mana, e sim
em todas as 70 vivencias que ainda vivo, mataram duas de minhas
existências, para que eu entendesse a dor da falta, o sentir dos
demais, algo que ainda é difícil.
— Eu ficaria maluca com isto a mente.
— Mas ai está um dos problemas mana, se lembra, as
palavras do templo de Deus, dizem que isto é impossível,
condenável, proibido pelas leis físicas do templo, então o que eu
sou, pois isto não é passível nem a um mero humano, anjos fazem
isto, mas sou sexuado, eles não, dizem que este Peter Carson
saberia o que fazer quando tivesse 22 anos, mas de que me adianta
ele saber como me responder isto daqui a 8 anos, se preciso de
respostas hoje.
— Acha que o menino é a resposta?
— Ele foi tirado do passado com dias, mas neste mês que o
fizemos, ele já está com o tamanho de 14 anos, ele parece
recuperar as memorias tocando as coisas, ele parece procurar as
respostas, quem eu pedi para cuidar dele, alguém que normalmente
mantem o silencio pelo medo, disse que precisa me falar, pois
temos de decidir juntos o que fazer, mas quem achava que era a
chave das memorias do menino, não quer ir lá.
— Sheila, e como pretende resolver isto?
— Vou tentar varias coisas, mas para chegarmos lá, temos de
sobreviver, todos eles, se for para chegar ao futuro, tem de estarem
vivos para isto.
483
— Mas com quem deixou o menino?
— Madalena Guimarães.
— E quem é Madalena Guimarães? – Renata.
— Uma protetora, alguém que tem no sangue, uma missão,
proteger uma lenda, a missão de proteger o “Fim de Expediente”,
para mim uma lenda, para eles, uma missão.
— E oque é este Fim de Expediente?
— Quando invadiram um templo no México, acharam
toneladas de ouro, que acharam ser esculpidos na forma de Ossos,
não sei quantos navios foram cheios com isto, mas nenhum deles
chegou a Europa, séculos depois, um pirata acha um destes galeões
espanhóis, onde é um mistério, e leva ele para a região sul do Brasil,
mais exatamente Paraná, ele carregava uma praga, esta ainda tendo
a entender, mas estes ossos, tomam vida a cada 25 ciclos solares,
este é o segredo que chamam de Fim de Expediente, a vida deles já
chegou ao fim, sua missão foi cumprida, seu expediente cumprido,
então eles tem direito de se erguer a cada 25 anos, e conversar,
trocar ideias, deve entender que mesmo para mim mana, isto
parece lenda.
— Esta falando de esqueletos que tomam vida a cada 25
anos, mas como ninguém os vê?
— Na historia de Curitiba, tem uma tarde de horrores, que
estava narrada em um dia, chamada de alucinação coletiva no
outro, mas o crescimento das cidades, se por um lado, dá pouco
espaço para algo assim, permite subterrâneos cada vez maiores.
— Quer dizer que eles falharam?
— Não, ninguém fala desta lenda em Curitiba, então eles tem
sido eficientes, a tarde de horrores, é porque lembra deste Pablo,
que nos perseguiu, depois nos protegeu?
— Como esquecer.
— A função dele é tentar desvendar este segredo, já pediram
a morte dele, e a suspenderam as mesmas 3 vezes que pediram, e
algo o liga a historia, ele tem algo, mas não sei oque.
— Alguém que tem uma missão, estes são os mais difíceis de
entender, me lembram alguém a minha frente. – Fala Renata com
um rosto malicioso.
Rita entra na sala e olha os dois e pergunta.
484
— O que faremos hoje?
— Tenho de falar com o pai ainda, mas já vou lá tomar café,
acho que preciso de cafeína para fazer esta cabeça pensar, embora
saiba que não fará diferença.
Pedro olha Renata sair e Rita lhe beijar e falar.
— O que tanto conversavam?
— Que tenho de descobrir uma forma melhor, que os dados
vindos dos espíritos, diz que teremos nos dias que nos seguem, o
maior funeral humano da historia, então tenho de melhorar, ou
proteger o máximo que conseguir.
— Pensando no que?
— Não estava pensando, estava jogando palavras fora para
tentar achar ao acaso, está linda.
— Seus olhos. – Rita olhando para baixo, Pedro era o menino
dela, mas aquele sorriso, a fazia sorrir, as vezes sentia que o amor
de sua vida, estava diante de algo que lhe desafiava todos os
neurônios, todos os sistemas de controle que ele criara, mas ele a
deu um beijo e falou.
— Também te amo!
Os dois foram ao café.
Carolina olhava a casa, e olha para Pedro.
— Onde estamos ao certo.
— Califórnia, o mar que vê ao fundo é o Pacifico Norte. –
Pedro confirmando algo que não cabia na cabeça de Carolina, ela
parecia não entender como chegaram ali.
— Mas como falo inglês e espanhol agora?
— Tem de praticar um pouco ainda, parece brasileira falando.
– Tira sarro Pedro chegando perto dela.
— Mas como aconteceu, tem umas ideias estranhas passando
a mente, parece uma soma de historias, conhecimentos, mas como
adquiri tudo isto.
— Lhe expliquei isto Carol. – Pedro a abraçando.
— Mas é incrível demais.
Pedro sorri e vê Madalena, a moça que administrava a casa
falar.
— Tem uma leva de carros chegando ai, os seguranças estão
alertando.
485
— Identificaram-se?
— Sim, vem aquele senhor James, e algumas pessoas que
parecem querer conversar.
— Manda ficarem atentos, mas se for conhecidos, tranquilo.
— Vai os receber onde?
— Deixa entrar, vamos os receber na cozinha mesmo. –
Pedro.
Renata sacudiu a cabeça negativamente e Pedro falou.
— Melhor não, manda esperarem na sala, já chegamos lá.
Madalena saiu, Pedro tomou o café e olhou para a irmã.
— Pega o motorista, e vão passear na Disney de Los Angeles.
— Vai ser chato? – Renata.
— As encontro lá.
Pedro desce ao silo e olha aquele senhor sentado, acende as
luzes e olha aquele agente da CIA amarrado, o autômato olha para
o menino e emite aquele som mecânico.
— Ele parece doente.
— Causa.
— Ingeriu pouco liquido, se recusa a comer, parece achar que
alguém o vai tirar daqui.
— Ele tem razão, mas ele ainda entende?
— Sim, ele entende.
Pedro chega ao canto, pega uma cadeira, o senhor olhava
para ele, chega a frente, antes de sentar, tira a proteção bucal, que
não o deixava gritar.
— Eu vou lhe matar menino.
— Pensei que estava mais calmo, se não está, posso voltar em
6 meses, mas estará a cama, talvez quase em coma, mas a escolha é
sua, pois estou cansando de retardados com armas oficiais a mão.
— Acha que temo a morte?
— Senhor Benjamin, Robert, se não teme a morte aqui
dentro, mostra-me apenas que a CIA escolhe bem seus homens,
pessoas que não tem amor a nada, pois alguém que tem dois filhos,
uma esposa bonita, até uma mãe e pai que parecem descentes, e
não teme morrer, é animal, se é isto, realmente estou perdendo
tempo aqui.

486
O senhor olha nos olhos do menino, olha para o autômato e
fala.
— As vezes quando lidamos com animais, somos mais animais
que eles, sabe que não é racional menino, você mata com frieza.
— Sou mesmo, mas meus filhos não nasceram ainda, serei
mais mole ao futuro.
— Mas o que quer?
— Estou pensando, o que o Príncipe queria aqui, pois ele não
foi procurando a CIA se não tivesse algo a oferecer.
— Acha que entendeu algo, não sabe nada.
— Sei que não entendi, mas estranho seres que tem menos
sentimentos que maquinas, estranho gente que por um trocado,
pois 20 mil dólares é trocado, resolvem abandonar a família e vir
enfrentar a morte, e nem lembra tudo que deixou para traz.
— Eles estão acostumados.
Pedro olha para o segurança da Guerra entrando e fala.
— Levem ele.
Os rapazes tiram o senhor dali, Pedro sabia o que fariam, mas
não iria comunicar algo que ficaria no sistema do autômato
presente, e olha o mesmo e fala.
— Arruma tudo, vamos começar a construir no silo 8, o nosso
maior servidor, vamos construir também um sistema de
descompressão e de proteção a mais em cada um dos silos, uma
base para reter todos os nossos dados e nossas reservas.
O ser apenas olha um outro e saem, Pedro olha o senhor
saindo na parte externa fazendo de conta que não percebera que
ele tinha ouvido aquilo.
Um dos rapazes faz uma simulação de tentativa de morte,
não se identifica ao senhor, mas o deixa na estrada as montanhas, a
leste de Los Angeles.
Pedro sobe e entra na sala, cumprimenta todos.

Roseli, olha para Paulo, o editor e faz sinal para ir a sua sala,
senta-se olhando um recado da secretaria.
— Qual o problema Marta? – Costume de anos não se muda
assim do dia para a noite, ele sorri e Roseli também.

487
— A secretaria disse que o governador vem conversar, ele
prefere que seja aqui.
— Mas o que ele quer?
— Ele está quase ai, e não sei ainda o que ele quer, mas como
está o prospecto de amanha, tenho de passar daqui a pouco a todas
as redações.
— Intrigante, ele vai por madeira seca no fogo, mas acha que
pode ser este o assunto?
— Não sei, mas também pode ser.
— Já trago o prospecto, quer que acompanhe?
— Sim.
Roseli olha para os repórteres em suas mesas, aquele serviço
já exigiu muito mais que nos dias de hoje, ela vê Paulo sair e pega o
telefone e liga para o ex, para Gerson.
— Podemos trocar uma ideia Gerson?
— O que a preocupa?
— Nosso filho passou um prospecto em anexo ao governador,
e ele está quase aqui para conversar, tem ideia do assunto?
— De qual prospecto está falando Roseli? – Gerson.
— Ele no apresentar da ideia de ontem, não colocou o anexo
1, uma ilha penitenciaria, com 320 prédios de 5 andares, com 40
celas por andar para 64 mil presos, no mesmo projeto, 160 prédios
fabrica, para os presos, e no complexo, mais de 1800 residências
funcionais para policiais e funcionários da penitenciaria.
Gerson não sabia do que Roseli estava falando, vira um
complexo de parques e não a parte da penitenciaria, e uma parte
produtiva de extração petrolífera, mais ao fundo, talvez fosse o
anexo que não abrira e fala.
— Acha que ele quer um acordo, ou oque Roseli?
— Não sei, pensei que soubesse de algo.
— Quer que ligue para ele?
— Se conseguir, o governador deve estar chegando aqui
daqui a pouco.
— Já lhe retorno. – Gerson atravessa a sala e entra no
escritório, desce o prospecto numero 3 e olha os dados clicando o
numero do filho.

488
Pedro que chegava a sala termina de cumprimentar os
demais e pede um momento, olha o numero e vai a sacada, e
pergunta.
— Problemas pai?
— Não sei, pode falar?
— Paro o mundo para meus pais, quer dizer, tento parar.
— O governador está chegando a sala de Roseli, ele quer algo
e não sei o que, ela parece preocupada.
— Ligo para ela, mas pai, acha que uma trégua com o senador
é bem vinda?
— Você pensando em paz?
— Guerra com o sol nos torrando não tem graça, deixa para
depois, se ele estiver ai, guerra com gente que não sabemos se
estarão entre os vivos, não me parece logico.
— Liga para ela que parece preocupada.
Pedro desliga, olha para os senhores, pede mais um
momento e disca para a mãe.
— Bom dia mãe.
— Boa tarde, pode me ajudar filho?
— Sim mãe.
— O que pretende com o projeto de presídios?
— Mãe, as leis locais não deixam a gente administrar um
presidio ainda, mas o que lhe preocupa.
— O governador não adiantou o que quer?
— Se desarma, e se ele for acompanhado do senador, os
coloca no lugar mãe, que aliados, podemos ir longe, mas o senador
atirando nos nossos pés, apenas desviamos os pés para outro
estado, outro lugar, e eles que se matem.
— Acha que eles querem paz?
— Eu quero mãe, o pai quer, se você quiser e propuserem
isto, porque não?
— Certo, mas acha que eles respeitam um acordo?
— Mãe, politico no Brasil, infelizmente, muda de lado, muda
de crença, mas não abre mão de recursos e dinheiro.
— Certo, acha que é isto que ele vem fazer aqui.
— Se não for, me liga, e deixa o João atento.
— Certo, qualquer coisa lhe ligo.
489
Roseli desliga vendo o governador entrar, dois assessores e as
suas costas, o senador.
— Bem vindos, no que posso ajudar governador? – Roseli que
faz sinal para Paulo chegar ao local.
— Ainda uma conversa informal Marta, podemos? – Alberto.
— Sentem, ou querem falar em um lugar mais reservado,
embora acho que minha sala é das menos evasivas que tem neste
prédio.
Os dois sentaram e o governador olha o senador e fala.
— Temos um prospecto que as empresas Rosa’s mandaram a
nossa assessoria, eles não tem certeza de começar os investimentos
de projeto e vim conversar com a notória mãe da criança que dizem
tocar esta empresa a ferro e fogo, uma empresa que a um mês me
perguntaram se existia, hoje o planeta fala como se ela sempre
esteve ali, uma empresa que ainda não parece ter grandes sedes
locais, mas que nos dispôs um projeto complexo, que tem
ambientalistas falando mal, e ambientalistas defendendo, que tem
gente falando em atrair engenheiros estrangeiros, e gente falando
que geraria milhares de empregos em engenharia local.
— Beto, sabe que nunca fomos oposição, mas a grande
duvida de meu filho, não é ambiental, é politica – Roseli olha o
senador – pois meu ex e meu filho tinham projetos para o estado, e
por birra alguns pressionam institutos ambientais até na abertura
de ruas normais, interditam até construções de residências
litorâneas pedindo documentos já apresentados, e meu filho fica na
duvida se entra nesta briga de cachorro pequeno, pois ele falava em
investir em seu estado natal, boa parte dos recursos arrecadados,
mas é onde ele não consegue.
— Sabe que seu ex marido me ameaçou senhora. – Senador
Rabelo fazendo sinal para o assessor sair.
— Senador, ele poderia ter sido pior, mas toda vez que atacar
a família dele, ele vai reagir, se tem problemas com Chineses, pede
para o pequeno Pedro negociar, duvido que seu chinês se compare
com o do meu pequeno Pedro, todo investimento que você tenta
não fazer aqui, alguém na China, na Coreia ou na Índia tenta puxar
para lá, mas este projeto é uma tentativa de meu pequeno menino
por uma pedra sobre tudo isto, uma pedra imensa, que pode gerar
490
somente no investimento, em 3 anos, mais do que os 157 bilhões de
impostos que o estado gera em ICMS hoje.
— Está falando serio? – Beto.
— Sim, o prospecto do que ele criou, é para um conjunto de
três sistemas, três ilhas, que comportarão com um padrão que ele
acha confortável muito usado nos Estados Unidos, mais de um
milhão e duzentos mil habitantes, em casas com terrenos amplos,
famílias de um filho, mas tudo isto, pois ele quer ter 270 empresas,
de grande monta, para atrair os moradores atuais do litoral para lá,
com emprego, casas melhores, com perto de 2500 vagas por
empresa, ou como se olhar os números, não são residências para
turistas ainda, são residências funcionais, obvio, existirão os locais
para prédios, para hotéis, para todo o resto de eventos que um
grupo precisa, mas este será o maior grupo de siderurgia pesada do
país, em um conjunto de ilhas.
— Está dizendo que as residências ele pretende vender aos
funcionários?
— Porque não oferecer o melhor a quem lhe gera um futuro,
pois senhores, meu filho poderia apenas pedir permissão para a
marinha, mas se olharam os prospectos, eu os estou olhando aos
poucos, pois é complexo, ele não tem apenas ideias, ele sabe qual é
cada uma das 270 empresas, passaríamos a produzir navios
pesados, aviões de passageiros, plataformas de petróleo, seriam
270 empresas de grande porte, estamos falando em empresas que
somariam na empresa multinacional dele.
— Acha que ele tem recursos? – O senador.
— Ele acha o seu problema com os chineses trocado senador,
mas ele ainda tem de desviar pessoas de todos os demais ramos,
pois quem pensa pequeno, vai achar que ele é concorrente, meu
filho não é concorrente de ninguém, ele apenas gosta de investir, e
quer tentar a paz.
— Podemos por pano nas guerras politicas Marta, sei que
todos olhavam para seu ex como alguém a deter, e em meio a isto
surge seu filho, alguns dizem que ele não tem como reger tudo isto.
— Ele não tem como reger tudo, mas ele tem hoje, mais de
200 engenheiros em varias especialidades no seu sistema de
salários, ele consegue com as empresas paradas, ter entradas de
491
bilhões de dólares, eu não entendo todo o complexo, parece as
vezes desconecto demais, mas governador, ele vai erguer aqui, se
for lhe permitido fazer como quer, se for para por adendos sem
sentido, ele vai para outro lugar, o presidente do Uruguai está
acenando com todas as mãos para ele, e a oposição da Argentina,
está tentando atrair apoio dele.
— Seu filho tem mesmo apenas 14 anos.
— Sim, quer dizer, vai fazer 14 em Dezembro.
— E qual o montante de investimento disto? – Senador.
— Deu uma olhada no sistema prisional que ele montou no
anexo 1 senhor?
O governador olha que o senador não entendera e fala.
— Vimos, um sistema que nos permitiria esvaziar todas as
cadeias do estado, dando estrutura para os presídios atuais até
serem reformados.
— Beto, tem de ver que ele está começando o prospecto,
para ele, o projeto litoral, é dos mais importantes do estado, ele vê
uma capacidade inerente a crescimento em todo resto, mas o litoral
como ponto mais frágil.
— Então ele está começando por onde acha precisar mais
estrutura? – Rabelo.
— Sim, de que adianta ele ampliar a produção hoje, se
teríamos filas imensas em todos os setores dos portos, algo
inevitável senador, é se o permitirem o fazer, surgir a maior
empresa de transporte Náutico do mundo.
— Ele quer chegar onde?
— Onde nem ele sabe ainda, mas com certeza senhores, não
é hora de nos jogarem para fora do estado, mas se preciso,
mudamos e levamos tudo isto para outro lugar.
— Sabe que teríamos de dispor de leis novas para a
aprovação do complexo.
— Esta parte é com meu filho, sei que ele é teimoso, mas tem
pouca paciência, pois isto se adquire com o tempo, só tentem não
jogar tudo fora, pois ele está pensando em participar da concessão
sobre a parte que fica em terras Paranaenses para extração de Gás
e Petróleo, mas meu atual marido estava explicando para ele que
pode ser que demore mais de 5 anos só para licitarem isto em
492
Brasília, eles querem saber quem receberá os impostos antes de
abrir as licitações.
— Mas qual a pretensão?
— Ter assim como tem um sistema de produção, ele
pretende ter sua siderúrgica, para isto, se ele tiver a produção de
gás natural fica muito mais fácil.
— Mas acha que ele consegue manter os investimentos, sabe
de que valores isto requer?
— Governador, toda a guerra de meu filho pelo mundo, é
porque diziam que ele ganharia o que ele conseguiu em um mês,
arrecadar com diamantes depois de 100 anos de extração.
— Quer dizer que ele conseguiu uma fatia de mercado, mas
como, de onde veio todo este dinheiro?
— Do mundo, o anel que ele usa ao dedo, vale mais que
muitos brasileiros vão trabalhar e ganhar durante a vida, e para ele,
parece apenas um anel, mas tem de ver que não adianta falar, eu
sou Pedro Rosa, se qualquer um aqui viu ele, ou vier a ver, ele é
meu menino de quase 14 anos, o menor da turma, alguns dizem
que ele não chegou ainda a faze final de crescimento.
— Vamos conversar, pelo jeito Pedro Rosa vai virar lenda
neste estado.
— Meu filho não é uma lenda senhor, ele é um menino
dedicado, ele ainda precisa crescer para todos nem lembrarem dele,
ou o desmerecerem, mas ele neste instante, precisa de paz, precisa
de um local para investir os recursos que ele conseguiu, e parece ter
gostado desta ideia de fazer uma ilha.
Paulo olha os demais saírem, parecia incomodado.
— Entendeu algo Marta?
— Não, mas se eles querem paz, terão paz, se eles virarem as
costas, garanto que tem muita gente querendo um projeto assim
em suas terras.
— Seu filho pega mais pesado que o Gerson, e tem a sorte de
poucos ligarem ele pessoa ao que esperam ser ele.
— Acha que o encarte ficou bom?
— Sim. – Paulo alcançando o encarte para Roseli.

493
Roseli abre o mesmo, olha as explanações e sorri, olha para
Paulo e pergunta.
— Vai dizer que não votaria no meu filho para governador?
— Se tivesse idade estaria cheio de gente o convidando a ser
candidato, mas com certeza, ele não se prestaria a algo assim.
— Sabe que há dois dias pensei que ele cancelaria isto, esta
ideia, agora começa a parecer que terá gente de toda parte
investindo nisto, para que de certo.
— Seu filho virou lenda Roseli, teve jornaleiro perguntando se
não tinha como mandar uns prospectos a mais, pois alguns clientes
queriam levar um a mais, obvio que nós não mandamos a mais, mas
não quer dizer que alguém não forneça.
— A pagina na internet do primeiro panfleto, gerou mais de 6
milhões e visualizações neste primeiro dia, que nem acabou, tem
gente até se perguntando se não é um novo jornal surgindo, tive de
494
ressaltar em alguns deles que não se trata de um novo jornal, e sim
de uma empresa multinacional, investindo, e a pergunta que se faz,
existe Audácia no Povo Paranaense para acompanhar a Rosa’s Inc.,
esta na ultima folha, ao lado do site, onde as imagens são bem mais
detalhadas do que no jornal.
— Alguns repórteres perguntaram se autorizaríamos
reportagens a respeito do assunto, e amanha estará tomado o
jornal de pros e contras.
— Quanto mais lenha seca na fogueira, mais meu filho vai
sorrir quando voltar.
Um rapaz traz para ele mais um prospecto e ele se despede
voltando a área de montagem final do jornal do dia seguinte.

Sabrina Jones olha para Dallan chegar a ela, estavam na parte


externa da Universidade em Los Alamos, e ao lado de Dallan vinha o
Presidente da Universidade.
— Bom dia senhor.
— Bom dia, como estamos nas coordenadas do programa que
desenvolvemos com esta sede?
Sabrina estranha a cobrança e pergunta.
— No que podemos ajudar?
— Ontem quando do Titulo Emérito de Pedro Rosa, um dos
nomes que ele atribuiu a criação deste projeto, foi Sabrina Jones, os
mestres da Universidade estão querendo lhe propor uma vaga de
professora emérita com uma aula mês, para a pós, sobre estrutura e
decodificação do programa Rosa.
Sabrina foi pega de surpresa, ela nunca dera aula, mas era
interessante como o menino conseguia dividir o peso, era o que ele
estava fazendo, as pessoas queriam tirar dele o credito total e
sempre que surgia algo assim, pareciam olhar para o lado com
muita força.
— Senhor, não sei se tenho capacidade de passar a frente,
mas apresente a proposta e a estudo, tenho de ter autorização da
base que trabalho para esta interação, então o faça por escrito, pois
eles vão pedir para ver.

495
— Compreendemos isto, mas pensei que tivéssemos apenas
entrado no fim do desenvolvimento, e alguns me apontam você e
outros programadores como os nomes fundamentais ao projeto.
— Senhor, não confundam ter parte na ideia, em programar
em sistema hexadecimal através de números, que é o que estamos
criando no prospecto que passamos para o senhor, o menino
estabeleceu um sistema de leitura dinâmica, mas ele usa isto sobre
números e consegue dizer o que está escrito.
— Referente a isto que falava com o General Dallan, a
universidade está a fim de criar uma nova matéria, para introduzir
este tipo de conhecimento, algo que não temos nenhum mestre
capaz de conseguir me explicar convicentemente.
— Não é uma matéria senhor, é uma técnica cientifica de
escrita através de números, uma técnica que permite quem escreve,
ter o sistema mais leve, mas saber onde cada emenda do sistema
está, aquelas emendas que não vemos, pois escrevemos por
códigos, que o próprio pré-sistema traduz para números, o
problema é que nos viciamos nos programas e nas linguagens, é
como aprender uma linguagem, que pode se moldurar em qualquer
outra linguagem.
— Acha que consegue explicar isto a alguns mestres.
— Posso tentar.
— Tenente, sabemos que é de uma formação avançada, que
não divide esta parte com os demais, mas esta nova técnica, pode
mudar a forma que programamos, vejo pseudo Crakers que
afirmam que tudo já foi escrito, apenas usando o que já foi feito, de
formas diferentes se tem o mundo, e de repente ouço um mestre
de nossa universidade falar que baseado neste novo método, tudo
poderia ser reescrito, tudo poderia ficar mais seguro, pois a forma
que vemos os programas muda.
— Nisto o menino tem razão, quando olhei o programa a
primeira vez, como via as linhas, o sistema funcionando, perguntei-
me como nunca fiz algo como aquilo, leve, resistente,
aparentemente simples, mas em nada tem de simples, ele enxugou
onde ninguém nem mais programa, e refez todos os nós numéricos,
para que tudo pudesse ser identificado, cada linha analisada como
um filamento de DNA, e qualquer coisa fora do lugar, se refazer,
496
isolando o local por 3 segundos, usando recursos laterais para
manter o funcionamento e refazer conforme o registro inicial.
— Vejo que gosta do programa. – O senhor.
— Todos que tentaram no meio da pressão deixar o
programa, voltaram as pressas, não sou apenas eu que gosto
senhor, eu a pedido do general administrava com o outro sistema
pelo menos 28 projetos, todos eles melhoraram com o uso do novo
sistema, alguns que estavam quase voltando as gavetas de projeto,
deram saltos incríveis.
— Pense na proposta, mande uma contraproposta, pois vejo
que acredita ser mais complexo aprender isto.
— Acredito que temos de nos desprender de antigos vícios
para começar a programar com este sistema. Mas manda a
proposta, tenho de expor aos generais locais, se eles autorizarem,
passo uma programação de matéria com o conteúdo mínimo para
apreciação de vocês.
Sabrina se despede e desce a base, começa a analisar os
dados, viu que o general tinha colocado para fora Any, então agora
o jogo passaria por sua criva, e fica a olhar um dos jogadores, a
procedência dele, de uma cidade no Brasil, chamada Curitiba, talvez
foi o que mais fez Sabrina ficar de olho, sabia que no fim daquele
dia, teria uma tentativa de invasão de sistema, para obtenção de
um novo prospecto autômato, eles gatinhavam enquanto Pedro
corria no campo como aquele jogador da cidade de Pedro.
O pensar nisto a fez procurar conversas sobre o menino, eram
tantas, mas se depara com a conversa que estabelecia em 50
pontos do planeta, um sistema de abertura de buracos profundos,
espalhados de norte a sul de leste a oeste do globo terrestre, ela
fica olhando quando Dallan chega ao lado.
— Que dados são estes?
— Os dados que explicam a ida ontem do presidente da Still a
um terreno do menino ao norte de Orlando.
— Não entendi.
— Ele está unindo coisas que ninguém fala, segundo relatos
da inteligência, deveriam existir grandes buracos em 100 lugares do
planeta, profundos, onde deveria existir estrutura para cidades
subterrâneas.
497
— E ele abriu isto a um qualquer?
— Isto que falo Senhor, o menino projeta, lembra do senhor
que acompanhava o menino, que todos se perguntavam quem era?
— Sim, o que tem haver?
— Ele é o fundador da Still, o atual dono, o filho do senhor,
que o menino chamou para conversar e pediu um projeto que desse
para ser executado em outros lugares, alguém da CIA vazou as
imagens de um local abaixo da cidade de Orlando, que estão
limpando, fica a mais de 2,7 quilômetros de profundidade, eles
ainda não tem dados para dizer o tamanho do complexo, mas estão
afirmando que é um complexo de 3 cidades, duas um pouco acima,
e a imensa abaixo, estão falando em um local para um milhão de
pessoas General.
— Todos cruzando os braços e o menino acelerando, isto para
mim só significa uma coisa.
— Oque?
— Ele já tem os dados que confirmam o acontecimento.
— Não duvido senhor, mas enquanto ele vende por um lado,
ele dispõem de tecnologia em varias partes, longe de onde ele está,
ele não quer complicar os demais.
— Acha que ele vai fazer oque?
— Não sei, mas como disse senhor, se ele está acelerando,
sinal que temos de ficar de olhos mais atentos, pois está quase
implícito que ele acredita agora que vai acontecer.
Dallan olha os prospectos e pergunta.
— E o sistema de satélites que ele queria?
— Ele está montando em 5 locais do mundo, ele basicamente
parece ter bases que fazem os satélites, ninguém vê, mas dizem que
a programação nas Guianas é chegar no ultimo mês do ano,
lançando um satélite por dia, pelos 31 dias.
— Eu não duvido, se ele quer fazer uma linha de proteção,
mas os rádios e mensagens no Cabo Canaveral falam em lançar uma
Vela Grande a cada 18 dias, e uma pequena a cada semana, não
entendo o que ele pretende.
Sabrina olha a mensagem e fala.
— Ele acaba de passar uma mensagem.

498
Dallan vê que vem criptografado, com senha e a vê abrir a
mensagem.
“Boa tarde Sabrina.
Tenho uma péssima noticia, acabo de ser convencido que o
evento vai acontecer, sei que não acreditam no divino, mas alguém
que acredita me disse que surgiria um salvador, mas não sei se sou
eu, pode ser outra pessoa, mas mesmo esta pessoa, agindo com
todo apoio momentâneo, gera uma proteção ao planeta, que não
consegue se manter o evento total, e o fim do evento, descreve
coisas terríveis, que não sei onde acontecera.
A ideia que parecia boa dos polos, no caso não é boa, pois
não é a luz do sol que nos atravessara, nós que vamos atravessar
uma nuvem mortal do sol.
A previsão até agora, diz que o evento terá no mínimo 60
horas, como o prazo ente o inicio do evento e de estarmos dentro
do evento é 60 horas, podemos não saber o tamanho do mesmo,
antes de já estarmos dentro, podemos estar a mais de 12 horas
dentro antes que o evento termine, se acontecer assim, não sei se
alguém a terra resistira.
Por isto, pretendo abrir 100 buracos que os antigos chamam
de Cidades Fanes, sei onde ficam 100, e as usarei, é como ter uma
reserva de 100 milhões de lugares, mas para isto tenho de conseguir
montar estes lugares.
Estou fazendo minha parte, considero que ela tende a gerar
lugar para perto de 110 milhões de vagas para humanos, pretendo
criar 100 campos inferiores de proteção, para abranger pelo menos
100 refúgios ecológicos no planeta, preciso de ideias, novas, e fica
de olho em um Brasileiro, sei que o monitoram, mas ele pode ser
nosso herói, vejo ele num evento no futuro, em uma das narrativas
destes seres divinos, o nome é Kevin Pereira.
Esta mensagem vai criptografada e com senha, recomendo
sua destruição, não queremos algo assim caindo na mão de pessoas
que não entendem o problema.
Se todos me acham alguém que acelera as coisas, estou
precisando de ideias, motivação e de boas noticias.
Se cuida.”
Dallan olha para Sabrina e fala.
499
— Ele acha que vai acontecer agora, mas ele parece saber
mais de nosso sistema que os rapazes ali dentro.
— Ele fala que a cidade natal dele é especial, mas como os
especiais de lá raramente saem, ficamos apenas olhando as
consequências, mas pelo que entendi, ele torce que o evento não
tenha mais de 60 horas de duração, mas se tiver mais de 72 horas,
pode não haver vida para quem estiver fora de um local protegido.
— Temos de acelerar alguns, eles ficam se enrolando, e não
temos nada de novo que não venha do menino. – Dallan.
— Pelo que entendi, ele colocou todas as cartas nisto, mas
parece ainda precisar de ideias, entendi porque a ideia do polo é
ruim, não é o sol que é o problema, é algo que saiu dele e
atravessaremos, então tudo que gira, é problema General, eu
alertava para todas as proteções ou cidades, que tiverem buracos
de proteção e ficarem ao nível do mar, vão sofrer depois do
problema com o mar, ele vai subir rápido, a temperatura dele que
vai estabelecer se teremos vida ou morte no planeta.
Ele anota algumas coisas.
— General, pode parecer pouco, mas o menino está dizendo,
vou mexer nos segredos deste planeta, ele para abrir 110 milhões
de vagas, ele vai abrir caminho as cidades que não existem, as
cidades subterrâneas Fanes, cidades abandonadas ou criadas, a
mais de dois milhões de anos.
— E enquanto todos olhavam ele passear, ele armava mais
isto, acha que ele pretende oque a mais?
— Ele está dizendo que vai correr para ter estes espaços
prontos, ele está fazendo a parte dele, e sabemos que isto será um
rombo nas contas dele, talvez isto que muitos não entendam, o
menino é capaz de fazer algo impossível, 110 milhões de lugares é
algo próximo ao impossível senhor. Pois o exercito estabeleceu o
custo médio de 10 milhões de dólares por pessoa/buraco, 110
milhões de pessoas, é 1100 trilhões de dólares.
Os dois olham o recado novamente e olham os demais
chegando para uma tentativa do exercito naquela noite, Sabrina
sobe aos comandos do jogo, pois ela não era do grupo nomeado
para aquele evento, onde Dallan queria voltar a ter um autômato de
um mundo chamado Axur. Mas ela sabe que um menino da cidade
500
de Pedro, era um dos que entraria como participante naquela
investida, mesmo sem saber bem o que fariam, usuário do jogo de
nome Kevin Pereira.
Pedro olha os senhores a sala da casa, olha para Madalena e
fala.
— Consegue algo para beliscarem?
A cara de que não entendera o termo, faz Pedro rir e falar.
— Um aperitivo.
Olha os senhores e o senhor James foi os apresentando, ele
senta-se olhando todos, não sabia o que eles queriam, mas aqueles
20 senhores a olhar para ele, o fez calar-se, teria de saber o que
pretendiam antes.
— Deve nos estranhar aqui. – James.
— Sim. – Pedro.
— O senhor Ronald nos alertou que sua empresa está
ajudando a todos os que tiveram problemas em Comptche a
recomeçarem.
Pedro observava os demais, alguns olhavam com descrença,
sorriu para dentro, ele não tinha noção de oque eles queriam.
— Somos todos da região de Comptche, e todos ficaram
interessados em saber se tem interesse em parcerias no local.
— Parcerias? – Pedro dando corda, mas pensando que as
meninas estavam se divertindo e ele ali.
— Tenho um posto de gasolina na cidade, a poucos metros do
parque que criou, e de um dia para outro, me vi com tanques que
não comportam um dia de consumo, acostumava vender em 18 dias
o que vendo por dia, estes dias fechei antes do fim do dia em pleno
domingo. – Ronald pai, o pai do namorado de Sheila.
— Senhor Ronald, acredito que posso ajudar, mas não sei se
uma parceria, eu como todos veem, sou uma criança, não posso
querer tocar tudo com as mãos, então posso ajudar, reformarmos,
fazermos de uma forma que não pese para os negócios, pois as
pessoas não terem combustível para voltar, gera realmente uma
péssima impressão.
O senhor sorriu e um senhor ao fundo falou.
— Todos nós achávamos que pouco sobraria da cidade,
alguns dizem que construiu a cidade que nunca existiu, aquela de
501
nossas infâncias, que os demais diziam não existir, não sei se existe
algo a nível cultural no local.
Pedro olha os senhores e fala.
— Estamos reformando a escola, disponibilizando 3
bibliotecas na cidade, os projetos estão começando, mas tenho de
saber as ideias, para sabe o que faremos, se faremos, pois as ideias
ali foram aceleradas, mas parece que levei azar já de cara, 3
tornados de categoria 5 resolvem surgir na cidade no dia que fazia a
pré estreia do parque.
O senhor James olho-o e falou.
— Deve estranhar, mas tudo que tem tocado tem virado
dinheiro menino, e todos estão apostando na ampliação do turismo,
falando em festas locais valorizadas, e não sei ainda toda a sua ideia
sobre o que vai fazer.
— Eu estou segurando investimentos, sei que não parece,
mas estou, e o motivo é um só, uns malucos da NASA querem que
ajude a salvar o planeta, mas isto ainda é segredo da NASA e não
posso falar, mas isto requer muitos recursos, estou inaugurando 20
parques temáticos só nos Estados Unidos.
— É algo que nos ameace?
— Ameaçam a todos, mas eu pretendo achar uma forma de
resolver isto, mas ainda nem sei se acredito em tudo que falaram,
pois vejo como uma tentativa que eu invista parte dos meus
recursos lá.
— E vai investir na região mesmo assim?
— Meu projeto passa por tentar salvar a natureza em 100
locais do planeta, e todas as margens e cidades próximas do rio
Navarro estão no meu plano.
Os senhores sorriram, sem entender os planos do menino,
algo que estava muito além de sua compreensão, mesmo de suas
noções, ele queria, mas não sabia ainda como o fazer.
Eles conversam e o menino sai dali no sentido do parque, ele
ainda queria relaxar, mas pelo jeito, escolhera um caminho sem
relaxamento previsto, apenas confusão atrás de confusão.
Se divertem e na noite de Orlando, passam novamente para o
Brasil.

502
503
504
Quase em BH estas horas, não sei o
que me espera, mas começo a enfrentar
como meu filho falou, e ele não gosta da
ideia de me ver preso, mas faz parte do
estar vivo.
Então vamos aos assuntos bons,
estranho saber por minha es, que três
jornais no Brasil, pediram permissão para a
publicação em seu conteúdo interno do
material de um encarte de Rosa’s que saiu
no Paraná, sinal que a ideia do meu filho vai ganhar mais
admiradores e atiradores.
As vezes vejo a genialidade de algumas pessoas, e quando
se fala de Pedro Rosa, as vezes é difícil enxergar no Pedrinho
isto, mas tenho de reconhecer que a sequencia de 6 fases do
projeto ilhas, e depois os 6 projetos chamados Litoral são de uma
genialidade, sei que se deixarem ele tenta fazer, se não
deixarem, ai ele vai fazer por birra mesmo, mas tenho de
confessar a genialidade.
Ontem liguei para alguns escritórios de projetos da cidade
e descobri que o projeto dele entrou lá no dia de ontem e a
engenheira responsável, Roseli Paz, me falou que os prospectos
iriam começar a ganhar adendos de ruas e construções, para se
ter a metragem geral, que a pedido de meu filho, ela entrou em
contato com dois escritórios de engenharia inglês, e eles
começaram a pensar numa proposta de estrutura para os
prédios, e parei na pergunta dela, e fiquei a pensar.
“Quem foi o engenheiro que fez todo o pré projeto destas
ilhas, e das pontes, pois estamos sempre precisando de bons
rapazes.”
Certo, estou ainda babando, desculpa os que me
conhecem, mas meu filho tem me dado muito orgulho, devo
estar bem chato, para não dizer, encantado.
Gerson Travesso
Curitiba, 26 de Julho de 2011

505
Vamos a assuntos sérios hoje, devo estar
chegando no Brasil novamente no fim do dia,
onde estou?
Prestes a ver se sou louco ou gênio,
prestes a fazer algo que não acredito, mas que
preciso, e que vai me por no anonimato.
Verdade.
Sei que é difícil de me ver como alguém
no anonimato, mas como podem dizer que
estou no holofote, se vocês me virem a rua, não
vão me reconhecer.
Me mandaram por o pé no freio, e estou quase na velocidade que
o planeta Terra corre ao espaço, quanto tempo nesta velocidade para
chegar a zero.
Mas comecei a frear, o que quer dizer, meus projetos deste ano,
estão quase todos assinados, o que me garante pelo menos um ano de
trabalho para os mais de um milhão de funcionários que devo terminar o
ano tendo.
Se você pensar que terei de por gente para correr, pois estou
freando, melhor não descuidarem, eu parado vou ver vocês passando
voando.
Então estou anunciando hoje a volta das férias a semana que
vem, da Rosa’s, estou abrindo a parte de desenvolvimento de protótipos
em San Diego, mais de 300 barracões que vão começar a me dar
informações e produtos.
As empresas no vale do silício, começam a produzir os produtos
que lançaremos durante o próximo ano, linha de processadores,
sistemas de segurança, servidores de alto desenvolvimento.
Já na região de Sharpes, Cocoa e Rockledge, a Rosas inaugura na
segunda seguinte 40 barracões para a produção de seus satélites, eu
não queria construir, mas se todos querem me enrolar com desculpas
eu vou montar, e revender para mim mesmo.
Dai eu me deparo com uma pergunta, filho, o que faz produzindo
cama no Alabama, o que pretendia?
Inaugurar meus hotéis no parque que está ficando pronto, e as
previsões de entrega das camas, só para começo do ano que vem,
desculpa pai, não tenho esta paciência.
Então se quer comprar um pato vivo, ou um satélite, eu vendo.
Pedro Rosa

506
Amanhece na casa no Tingui em Curitiba e Pedro sai pela
porta olhando a construção das demais casas e olha para fora, pega
o celular e liga para o advogado Roberto.
— Como está Roberto?
— Em Minas, algum problema?
— Liguei para saber se tem problema, pois estou em Curitiba
e não sei qual as acusações que estão pesando em Minas?
— Seu pai falou que deu o tiro para um Delegado, no Brasil a
confissão é uma forma muito usada para prender as pessoas, já que
antes dela tudo é teórico, mas entendo a posição dele, mas ele deve
chegar em duas horas, vou tentar voltar com ele.
— Se der tudo certo, tem coisas ainda para conversar, mas
assim que chegarem a um ponto me liga.
Pedro olha as obras e olha para a entrada e olha para sua
mãe, ela estava no carro e Pedro pega o celular e liga para a
segurança e um senhor bate no vidro e autoriza a entrada dela, que
parece meio sem saber o que fazer.
Pedro olha para a irmã e fala.
— Fica na casa, a mãe não sabe a bagunça que fizemos a
noite, melhor deixar na duvida ainda.
— Certo, e vamos fazer oque?
— Inaugurar nossa nação independente.
— Fala serio.
Pedro sorriu, colocou uma camisa e desceu a parte baixa, saiu
pela porta e foi a construção da casa da frente, entra pelo tapume
do fundo, atravessa a obra, olha os autômatos a fazer algumas
coisas, e sai pela entrada e olha para Maria Cecilia Guerra.
— Perdida aqui mãe?
— Por onde entrou, pois não foi pela porta da frente, não tem
seu cheiro ali.
— Mãe, podemos conversar serio, ou vai ficar de fora de
nossa vida para sempre?
— Para sempre é muito tempo.
Pedro a olha e ela fala.
— Certo, vi que Roberto se entendeu com uma moça bonita,
mas o vai tirar de sua segurança?
507
— Ele vai administrar com a atual companheira, ele disse que
quer casar, a parte de produção, embalagem e venda de vinhos,
precisava de alguém fazendo isto.
— Sabe que não sei parar guerras?
— Podemos conversar e lhe explico porque não vou dar bola
para estas maluquices.
— Sabe que seu avô está pressionando para o entregar de
novo, e ele sempre usa de me seguir.
Pedro faz sinal para ela entrar e vão a um elevador, ela
estranha e quando descem estranha mais ainda, olha para o filho e
pergunta.
— Para baixo, não entendi?
— Mãe, o planeta nos próximos anos, ainda não sabem bem a
data, mas vai atravessar uma nuvem de dejetos que o sol vai soltar,
então o que vou falar – O elevador parou, a porta abriu e ela olhou
para cima, parecia uma praça com céu azul, se via muitas pessoas
trabalhando ali, lá encima parecia muito calmo – mãe, é que o
governo americano está querendo me financiar e todos que tiverem
ideias para salvar o planeta, e comecei a abrir buracos assim, dizem
que dependendo da duração, pode não sobrar vida sobre o planeta,
mas acredito que conseguimos evitar o pior, mas a previsão otimista
deles, é todos nós fazendo tudo, nos dedicando, um bilhão e
trezentos milhões de humanos morrem neste evento, eu não vou
correr atrás de pessoas que podem estar mortas quando isto
acontecer.
Ciça olha em volta, parecia algo impensável e pergunta.
— Mas estamos a que profundidade?
— Temos 170 metros da superfície, mais de 120 metros de
rocha, a partir da parte mais alta, lá encima.
— Então é serio o que falam que você entrou em uma corrida
pela sobrevivência, pensei que era apenas papo.
— Mãe, tem de parar para pensar que tudo que aconteceu no
passado, é passado, somente quem quiser chegar ao futuro, vai
chegar, espero conseguir deixar vocês próximos, pois quando for
sabido do início do evento, teremos menos de 60 horas para ter
entrado, trazido o que precisamos, e travado tudo para fora, pode
parecer muito tempo, mas não é.
508
— E tem quantos funcionários, parecem apressados.
— Mãe, esta cidade aqui, cabe mais de 270 mil famílias.
— Você vai querer proteger a cidade acima, mesmo sem eles
saberem que está fazendo isto?
— Sim, eu vou os proteger, eles vão reclamar, mas eu vou.
— Por isto quer paz?
— Mãe, eu não sei viver na paz, mas odeio guerras sem
sentido, como a do meu avô, ele colocou na cabeça que quer matar
esta parte da família, eu estou tentando evitar entrar nesta guerra,
mas parece que eles não estão nem ai em nos matar, sem saber de
nada disto.
— Mas como você vai fazer para trazer para cá as pessoas, o
elevador demoraria muito tempo para todos entrarem.
— Mãe, eu não sei, mas tem de ver que eu quero em 6 meses
ter no meu estado, mais de 50 destas, daria para proteger quase
que todo o habitante do sul do país. Mas eu não vou sair por ai
falando disto, eu vou priorizar família, empregados, estrutura, mas
obvio, se eu conseguir salvar longe dos olhos, 40 vezes o que eles
acham que vou salvar, vou considerar a minha parte feita, eles que
façam a deles.
— E o planeta, pois por no buraco é fácil, mas eles vão se
matar aqui embaixo.
— Mãe, eu preciso de ajuda, mas você ainda não está nos
planos, pois está no passado.
— Mas está me mandando fazer parques.
— Mãe, se olhar os locais, são áreas de proteção, eu tenho
como levantar uma barreira baixa de proteção, mas ela não
aguentaria mais que 20 horas, então quero tentar proteger por
baixo, diminuir o impacto geral, e em 100 lugares, no mínimo, salvar
parte do ecossistema, eu vou torrar mãe, pois eu ainda não tenho
como pular para fora, se tivesse, pode ter certeza, jogava todos para
fora do planeta.
— E vai ter de defender o planeta para chegar a isto, sabe que
falam tanto deste Pedro Rosa, que tenho de concordar com seu pai,
não parece você.
Pedro sorriu, abriu os braços e fala.

509
— Mãe, o pai não viu isto ainda, eles não sabem disto, e
falam, não tem ideia da possibilidade dos planetas que podemos vir
a colonizar se sobrevivermos, todos que falam de mim, não veem o
que estou fazendo, eu chamo muita atenção e mesmo eles achando
que estou na mídia, ninguém me vê mãe.
— E me quer nisto?
— Sim, mas você tem de querer, não somente eu mãe.
— Certo, vou pensar, mas agora nem tenho mais um
companheiro para vir para estas casas imensas que montou.
— Mãe, a vida é longa, para quem estiver por perto, ela pode
ser bem complicada para quem não estiver.
— Certo, e estes funcionários, vem de onde?
— Mãe, eu quero vender isto para o mundo, mas eles ainda
não sabem que estou com os projetos de autômatos, para 50
utilidades, todos quase acabados, minhas fabricas nem começaram
a fabricar isto.
Ciça olha em volta e fala.
— Quer dizer que está usando mão de obra que não chama
atenção, mas sabe que está bonito, não se diz estar em um buraco.
— Sei disto mãe, mas eu quero proteger meus filhos que nem
nasceram ainda.
— Certo, provou que você em movimento faz muita coisa,
lembro de todos falando que seria avó e você era uma criança,
agora todos falam de Pedro Rosa, e nem lembram que ele terá duas
meninas.
— Sim, mas vamos subir, a casa lá encima ainda está sendo
reconstruindo, pois alguém apoiou o exercito para atacarem com
lança misseis mãe, eles querem nos destruir sem nem sabe o que
temos aqui.
— Vou tomar jeito, mas sozinho?
— Não, mas até agora não mostrei isto a muitos, tem de
entender que se vier a conhecimento dos demais que isto existe,
vão querer tomar de nós, e pior, vão se matar aqui dentro.
Começam voltar ao elevador
Ciça olha para o elevador e fala.
— Tem mais estrutura que muitos que se dizem ricos filho,
tem de cuidar, isto gera muita resistência.
510
— Mãe, a minha estrutura é muito maior que isto, mas como
eu preciso de dinheiro, eu começo a vender processadores,
servidores de ultima geração, sistemas de segurança, buracos de
sobrevivência, pois eu preciso de dinheiro para estas investidas,
soube que poderei contar com um trilhão de dólares ano a mais
para o ano que vem, vindo de gente querendo saúde, mas ainda
não cheguei ao que quero, que é 12 vezes isto por ano.
— Quanto?
— Mãe, tudo que tenho, eu vou investir, posso morrer pobre,
podem nem saber meu nome, mas se posso ajudar, vou ajudar, sei
que a regra vale ao contrario, todos que ajudar, e souberem que a
ajuda não tem preço, vão me virar as costas e me isolar, mas não
estou preocupado com isto.
Os dois chegam a casa e Ciça olha os funcionários e fala.
— Quer dizer que poderia entrar lá por baixo, deve ter outras
entradas?
— Muitas, acha que se enche um lugar que cabe mais de 800
mil curitibanos com uma entrada?
— Certo, vou dar um pulo no Rio de Janeiro, e na volta
conversamos melhor filho, mas se cuida, tem muito maluco por ai.
— Por todo lugar tem maluco, mas tem de considerar que
tem malucos que estão fazendo seu filho rico, e tem malucos que
estão querendo o colocar na historia do planeta.
Ciça sai pela entrada e olha para o filho, ao longe, entra no
carro e sai, talvez ela tomasse jeito, mas Pedro não tinha como
saber quando ela tomaria jeito.

Pietro olha para Call a porta e pergunta.


— Como estão os planos Call?
— Todas as autorizações começaram a sair, teremos as 90
linhas de produção entrando em funcionamento na Segunda, e o
que o menino vai fazer?
— Para cada um que achei que ele iria negociar, ele me deu
as clausulas de tempo, os novos pedidos, mas vamos produzir mais
da metade do que está parado, por nossas fabricas, ele não vai
facilitar, na segunda teremos até uma fabrica de colchões no Brasil,
e uma de cama nos Estados Unidos.
511
— E os prospectos de ação? – Call.
— Teremos para cada nação que estamos, mais vagas do que
afirmaremos para os patrocinadores, só de vagas para gente
normal, eles podem reclamar, mas são os recursos que precisamos
para salvar os demais, obvio que quem paga tem coisas especiais,
mas a ideia de Pedro assusta.
— Certo, ele vai acelerar e como vamos convencer as pessoas
de se protegerem.
— Vamos tentar salvar o planeta Call, isto que eles não
entendem, os prospectos das duas linhas estão começando a ficar
em dia, ele pretende em menos de um ano estar com elas
instaladas, as duas linhas, ele vai criar sistemas de balsas no
pacifico, atlântico, indico, eu estava pensando que ele queria
instalar as placas, mas na verdade ele quer criar sombras, mares
profundos, não recebem a luz do sol, mas receberiam a
temperatura, mas ele pretende de varias formas gerar possibilidade
de cardumes se protegerem da luz direta e forte do sol.
— Algo a mais?
— Temos uma reunião na porta 6 la de cima, e não sei em
que endereço será esta reunião.
— Ele não falou?
— Ele disse que iria fundar sua nação hoje, não entendi, mas
é um chamariz, pois todos estão olhando para o menino, mas como
ele diz, eles querem saber onde ele está, mas não entendem, ele
não precisa estar no lugar para nos fazer trabalhar.
— Na semana que vem começa a correria.
Pietro olha para Call e fala.
— Sim, não esquece, semana que vem volto a Los Angeles,
você assume a presidência aqui, teremos de acertar os nomes de
cada um dos 130 países que estaremos instalados no inicio da
semana, e teremos de ter os nomes definidos, o menino vai querer
esta posição nossa.
Os dois olham os prospectos e Call fala.
— A dois meses nada disto existia.
— Sim, mas ninguém acredita quando falamos isto, então que
achem que fizemos tudo na surdina e somente agora viemos ao
holofote.
512
— Detivemos os cristais?
— Esta analise ainda me deixa inseguro, mas Pedro colocou
Carlos e mais de 40 cientistas trabalhando nisto.
— Vou ver se ajudo, pois sei que muitos estão
sobrecarregados.
— Eu estou estudando os novos sistemas de segurança, os
contratos de segurança e perigo, o menino quer avançar, e pelo
jeito vai avançar para todo lado.
Call sai e Pietro estuda as portas de entradas de todas as
empresas, sistemas de desinfecção, identificação por DNA,
verificação de estado de saúde, e passa os prospectos para Los
Angeles, pois eles produziriam isto em San Jose, e ele queria estar lá
na segunda vendo os resultados, ele queria aquilo instalado o
quanto antes possível, mas sabia que teriam de produzir em silencio
e sobre sigilo, a empresa comprando da empresa, mas este sistema
estava com determinação para os 50 laboratórios de pesquisa
externa, enquanto não tivessem eles, tinha a determinação de não
reabrir os caminhos.
Pietro sorri, o menino iria acelerar, algo que parecia
impossível acelerar, pois em dois meses ele fizera mais que no ano
anterior inteiro, e agora iria abrir porta, uma a uma.

Carlos chega a fabrica na região de Cocoa, e olha os


laboratórios em instalação, vê aqueles militares ao longe, e olha
para Banneker a entrada e faz sinal para ele entrar.
— Bem vindo senhor. – Carlos apertando sua mão.
— Não entendi a ideia?
— Vimos que para montar um satélite, as vezes eles
demoram até 5 anos, e precisamos deles em 4 meses senhor.
— E vão produzir aqui, pensei que ele esconderia a produção.
— Eu sei que o problema dele é falta de tempo, todo este
caminho é contra o tempo, não sei quem calculou para ele senhor,
mas alguém chegou a uma soma de mortes, se tudo que fizermos
der resultado, superior a um bilhão de mortos, agora imagina
quantos a mais vão morrer se não conseguirmos parte?
— Ele pelo jeito agora acredita que vai acontecer.

513
— Ele falou que se ele fizer tudo que lhe está ao alcance,
teremos mais de um bilhão de mortos Banneker no dia seguinte ao
evento, mais uns 300 milhões nos dias seguintes.
— E ele resolveu acelerar.
— Muito corpo mole, gente querendo ganhar por mais
tempo, e ele sem poder abrir o porque.
— Certo, não podemos abrir ainda, mas ele tem plano de
abrir isto?
— Senhor, não tem como fazer um milhão de pessoas se
mexer se não for declarado ser real, pelo que entendi, é a
quantidade que ele escolheu a salvar neste estado americano.
— Ele tem feito o impossível e as pessoas ainda ficam
cobrando mais.
— Ele e nós Banneker, vamos a maior batalha humana já
feita, mas uma batalha que não adianta declarar com um ano de
antecedência, e quando tivermos o fato, não teremos mais de 60
horas para avisar a todos, então ele resolveu acelerar, estava vendo
os planos dele, ele quer manter bases, e a sua está entre as que ele
vai querer manter, pois nos dias seguintes ao evento, teremos de
relançar tudo de novo, ele não está pensando no hoje, ele esta
pensando no dia e nos 6 meses posteriores ao evento.
— Ele acha que sobrevivemos?
— Vai entrar de cabeça nisto ou não Banneker?
— Estou a fim, mas não sei o que fazer.
— Separa pessoas que ache que aguentam pressão, sabem
conter dados, e estejam dispostos a salvar um planeta.
— E o que vão anunciar ao mundo?
— Nós vamos acelerar, por um único motivo, tudo que
calculamos até agora, não seria este numero de mortes, seria muito
mais, então ainda tem algo a implementar, então temos de acelerar
estes para termos tempo de fazer algo a mais.
— Algo que nem sabem oque?
— Algo que nem sei o que é, mas o menino imagina.
— E ele não falou nada?
— Deve ter um convite a ir a casa dele em Curitiba, eu não
conheço, para conversar, ainda hoje.
— Quer dizer que ele vai acelerar?
514
— Sim. Pois ele acredita que se achar o que precisa, ele vai
ser o ser que mesmo sem ninguém ver, terá salvo mais de 5 bilhões
de vidas senhor.

Pedro olha para a casa, vendo sua mãe sair e pega o celular e
fala em inglês.
— Por gentileza, Almirante Jason Leon.
— Quem gostaria?
— Pedro Rosa.
A moça aperta o mudo e olha para o almirante e fala.
— Pedro Rosa na linha, mas parece uma criança.
O Almirante olha o rapaz das ordens e fala.
— Esvazia a área da queda, faz os rescaldo. – Fala o Almirante
sobre um cargueiro do exercito que não conseguiu parar e pegou
fogo no fundo do pista, de onde se ouvia as explosões do
armamento interno ainda explodindo.
O Almirante olha para a moça e pega o telefone.
— Almirante Leon, espero que seja serio, pois estou com
problemas rapaz.
— Pede ajuda quando preciso Almirante, estamos ao lado e
você não pede ajuda, o que resolvemos em 30 segundos, fica
arriscando dos seus.
— Ligou por isto?
— Também, mas se acha que não pode falar agora almirante,
me liga assim que puder.
— Problemas?
— A todos que não ouvirem, mas quer ajuda, tira os seus
homens de lá e veja como se apaga fogo.
O Almirante olha para o segundo do comando e fala.
— Inverte a ordem, manda se afastarem.
— Mas senhor, aquilo está quase explodindo.
— Por isto mesmo.
Na pista os rapazes começam a se afastar, a base ao fundo
fica visível apenas uns segundos, e se vê uma espécie de nave
pequena sair dela, e ir para a parte do acidente, para sobre o
acidente e derrama um liquido, primeiro o segurar do calor na área,
o veiculo abaixa e fixa no chão garras que penetram ao chão,
515
abrindo toda parte de baixo como um grande guarda chuva, uma
lona toma os intervalos, quando chega ao chão, parece grudar, se
ouve o sair do oxigênio, em meio a explosões que continuavam, e
de um segundo para outro, silencio total, um autômato desce na
parte interna, verifica o estado dos pilotos, retira dois deles, pela
lateral, os rapazes que nem conseguiam chegar perto chegam para
socorrer, e o liquido que fora derramado, com o calor, toma todo o
espaço, virando um material próximo a um isopor, mas amarelado,
e o fogo se extingue.
O autômato sobe pela lateral e aciona as alças e todos veem
as lonas se recolherem, depois as garras soltarem o chão e se
recolherem, e por ultimo começar a subir novamente, deixando ali
uma espécie de guarda chuva daquele material, mas sem fogo e
com os dois pilotos em estado grave mas bem.
O Almirante olha para fora e fala no telefone.
— Obrigado, mas o que quer falar.
— Estão entregando um convite para vir a minha casa em
Curitiba por um corredor de segurança, dentro de 3 horas, se puder
vir Almirante, quero conversar, hora de acelerar algumas coisas.
— E não está acelerando?
— Me disseram que se eu conseguir descobrir como salvar o
planeta Almirante, teremos mais de um bilhão e trezentos milhões
de mortos nos dois dias seguintes ao fim do evento, se não
conseguir, pode ser que sobre apenas quem estiver protegido.
— E quer conversar?
— Dividir com pessoas chaves o que pretendo, o que é minha
parte, o que pretendo fazer, e nem todos vão gostar disto.
— Certo, vou tentar aparecer.
Pedro olha para as casas todas prontas e chega a um dos
autômatos que o indica um caminho e ele o segue, entra em uma
peça e olha para o grande cristal, carbono prensado, ele olha o
sistema de energia na cobertura da piscina, na parte do lago, e olha
para o ar e pergunta.
— O que faria a um avião que passasse pela região?
O autômato não responde, mas chega ao comando e põem as
projeções, e Pedro entende, uma proteção que se fosse ativada,
teria de desviar os voos da região.
516
Olha para o sistema e olha para o telefone e atende;
— Bom dia Ministro.
— Quer conversar menino, sabe que tenho problemas até em
falar com o senhor.
— Se quer conversar e entender o problema Ministro, e o que
vou fazer para proteger parte da estrutura, um rapaz da Guerra
Segurança vai passar ai dentro de duas horas.
— Assunto?
— Proteger a ordem, a estrutura presidencial, e uma base de
funcionamento do governo se tudo que previram nos Estados
Unidos acontecer.
— Vai nos fornecer algo?
— Vou propor e explicar o que pretendo fazer, se vai dar
certo, não sei se consigo, mas pretendo voltar a minha vida senhor.
— Espero o rapaz, mas espero que seja serio.
— Eu traria a presidente, mas não sou eu que estou no seu
cargo senhor, e tem dados para isto.
— Vou falar com ela.
Pedro desliga e olha em volta e liga para o pai.
— Como estão as coisas pai?
— Soube que montou um sistema de segurança reforçado
para minha ida a BH, nem entendi porque?
— Seu pai é muito, mas muito mais teimoso que o meu. –
Fala sorrindo Pedro.
— E o que vai fazer hoje?
— Reunir pessoas chaves, em pontos chaves, para começar a
explicar que é real, e temos que trabalhar em conjunto para que de
certo.
— Vou tentar me concentrar no problema, pelo jeito vai a
guerra?
— Vou pedir paz, colocando todos na parede.
Pedro agradece ao autômato, olha em volta e começa a voltar
para a casa, pega o telefone e liga para o Dinho.
Pedro entra na casa e olha as meninas e fala.
— Vamos a reunião antecipada do dia, hoje vai ser longo. –
Pedro olhando o sorriso de Rita.
— O que vai fazer?
517
— Hoje é dia de tentar ser levado a serio, para ter paz para
sentar a sala e assistir uma aula.
— Parece impossível voltar a calma.
— Parece, mas vamos começar pela casa de seu pai.
— Porque?
— Hora de tirar os pés do chão dele, e hoje ele vai estar em
casa, eles querem ele longe do processo de meu pai que passa por
lá hoje, e resolveram o deixar em casa.
— E vamos quando?
— O Motorista está chegando.
Renata olha para Pedro e fala.
— Vai sair correndo?
— Com as Ribeiro primeiro, depois com a Frota, e depois a
parte calma, presidente americano diante da Dilma, e toda a leva de
pessoas chaves que espalhei e contratei, alguns nunca me viram,
mas vou começar com a explanação de Banneker da NASA.
— Dia de por eles em pânico?
— Dia de ganhar uns trocados.
Joseane o abraça e fala.
— Pensei que iriamos aproveitar mais.
— Talvez amanheçamos em Ariri. – Pedro a olhando com
malicia.
— Pelo jeito os planos vão todos acelerar.
— Eu não tenho como os parar, eu não tenho como virar as
costas, e tenho de acelerar onde eles veem para poder fazer o que
eles não vão ver.
— E pelo jeito está disposto a ganhar uns trocados.
— Estou gastando mais que nossa nação nos últimos 30 dias,
isto é impensável a um humano.
— Verdade, você tem gastos assustadores. – Renata.
— Me esperam? – Pedro olhando para Carolina.
Ela sorri e fala.
— Sim, não demora.
— Vou tentar não demorar, mas me esperem que volto.
Pedro olha Dinho a porta e olha para uma sacola a ponta, a
pega e olha em volta.
— Vamos antes que eu volte para a cama.
518
As meninas sorriram e Pedro sai a frente, levando parte das
lembranças de mão, as compras em Orlando.
Dinho ajudou a por no porta malas e olha para Pedro.
— Pelo jeito está mesmo voltando a cidade.
— Para pânico dos pais.
Rita o abraçou e perguntou.
— O que pretende?
— Tentar explicar para seu pai e para sua mãe, o problema.
— Ele é descrente desta parte.
— Sei disto, mas ele terá tempo de mastigar isto, tem gente
que quando pensar que podemos estar certos, já terá morrido ou
sofrido as consequências.
— Certo, hora de alertar, mas vai com calma.
— Eu vou, acho que no fundo, estou mais calmo, quando não
deveria estar calmo.
Chegam a casa, o senhor viu os presentes, vira na internet as
imagens e olha para Pedro a sala e fala.
— Sabe a encrenca que seu pai se meteu?
— Podemos conversar serio senhor Ribeiro.
O senhor olha para Pedro, ele sempre o chamava de Jose,
então deveria ser serio.
— Pelo jeito a viagem não foi boa.
— Na verdade a viagem foi, mas cada dia tentam me
convencer de algo que talvez ajude a enfrentar, mas venha
entender o todo apenas quando acontecer.
— Do que está falando.
Pedro olha para a senhora a porta e fala.
— Se junta a conversa?
— Acha preciso?
— As meninas já veem, mas é que é difícil falar algumas
coisas, ainda ter de falar duas vezes, não deixa mais fácil.
— O que o preocupa.
Pedro pega o Notebook da mochila e coloca uma
apresentação elaborada pela NASA ao presidente Americano e fala.
— Senhor, senhora, esta apresentação, foi feita pela NASA e
apresentada ao presidente americano, nela diz que o sol vai passar
por uma super erupção de massa interna, esta massa provoca uma
519
nuvem imensa, e que a Terra tem uma chance de mais de 100% de
passar por dentro dela 60 horas após ela acontecer.
A senhora olha para Pedro e pergunta.
— E qual a gravidade?
— Eles não calcularam ainda, mas se demorarmos horas sem
proteção nenhuma nesta nuvem, todo o lado virado para isto morre
em segundos, mas a previsão deles é que demoraríamos no mínimo
46 horas, no máximo 79 horas, para atravessarmos a nuvem, dai
eles por algumas horas, parecem entrar em pânico, mas graças a
isto, resolvi dividir o que pretendo fazer com os de casa primeiro, e
com os meus funcionários.
— Não entendi, isto seria a morte do planeta? – José.
— A um mês eles pensavam que sim, agora temos uma
chance, mas eu acredito que se hoje, demorarmos 79 horas para
atravessar, tudo que estiver a superfície morre senhor.
— Por isto aquele papo de buracos nas suas crônicas.
— Eu preciso de dados, e se alguém quer comprar um buraco
senhor e com isto consigo lançar em um mês, mais coisas da NASA
do que eles lançam em um ano, obvio que vendi.
— E o que quer falar?
— Queria mostrar uma coisa.
— Mostrar.
Rita chega a sacola ao fundo e pega um tecido, com um
sistema de pressão prende a parede, e Pedro fala.
— Mostrar onde quero todos os que amo, se isto vier a
acontecer.
— Mas o que ela esta colocando a parede.
— Um corredor que ainda não me deixam vender senhor.
— Não entendi.
Pedro aciona o sistema e põem o endereço no aparelho e
todos olham como se fosse uma praça e fala.
— Vamos lá que mostro.
Pedro alcança a mão para Rita, e passam, Joseane olha os pais
e sai por ultimo.
Pedro olha a região e fala.
— Senhor Ribeiro, estamos em um buraco, embora não
pareça, o que vê ao teto, é placa de energia, estamos em um buraco
520
abaixo das casas no Tingui, uma cidade subterrânea, para mais de
800 mil pessoas.
O senhor olha em volta, imenso e olha a esposa e fala.
— Mas quando construiu isto?
— Ainda em construção, nenhuma cama foi entregue ainda,
muita coisa em construção ainda, mas a ideia, temos mais de 100
metros de rocha entre nós e o sol.
— Um buraco para sobreviver se acontecer, é o que entendi.
— Eu vou tentar salvar o planeta senhor, mas se quem amo
estiver segura, eu tenho como pensar no problema.
Pedro caminha e entra em um corredor, olham os
apartamentos sendo mobiliados, e chegam ao centro daquele
corredor e veem uma porta, entram e se deparam com uma
residência, grande, confortável e Pedro chega ao elevador e fala.
— Senhor, este elevador, é para a casa no Tanguá.
— Um caminho direto, mas e aquele corredor?
— Acha que se todos descessem por elevadores, quanto
tempo eu demoraria para por 800 mil pessoas aqui?
— Horas, e não quer perder horas.
— Elas se acotovelariam, se matariam para entrar antes, e
sempre existem os malucos prontos a estourar tudo, a proibir.
— Certo, aqueles corredores são para os demais, mas acha
que vamos ter de viver aqui?
— Espero que não, mas a radioatividade imposta pelo sol na
superfície, é capaz de matar mais pessoas nos 30 dias após o
evento, do que o próprio evento.
— Eles acham que vai acontecer mesmo? – A senhora.
— Daqui a pouco, naquela praça, terei uma reunião que vai
estar o presidente Americano, devem vir o presidente Frances,
chanceler Alemã, ainda começando a conversar, pois não sei ainda
quem será mais atingido, mas tudo indica um grande problema.
— Vai os alertar, mesmo eles não entendendo.
— Eles nem saberão onde estão senhor, mas preciso que eles
parem de atrapalhar, se querem depois me tomar isto, tudo bem,
mas primeiro vamos sobreviver.
— E como se constrói algo assim? – O senhor.

521
— Dizem que é impossível, então eu estou fazendo o
impossível para tentar salvar alguns, eles deveriam estar fazendo a
parte deles, mas estão apenas me olhando.
— Então o que gera todo este agito, é um evento solar, e eles
quererem a tecnologia de abrir estes buracos.
— Senhor Jose, se abrindo o buraco rapidamente,
demoramos perto de 6 meses para ajeitar as coisas por cima, pois
não temos tempo para detalhes que podem vir a ser importante e
não pensamos, imagina eles demorarem anos para fazer um buraco
destes.
— E em quanto tempo você faz um buraco deste.
— Em meses, quando eles demorariam anos. – Pedro
desconversando – Mas por isto gostaria que fossem ao terreno no
Tingui, quando pensei nas casas, nem pensava que existia um
problema mais serio, mas agora, seria a segurança de ter como
chegarem a um lugar rapidamente, protegidos.
— Certo, agora não é mais apenas família?
— É família, mas também é segurança.
Pedro aperta o elevador e este desce, o grupo entra no
elevador e este sobe.
O senhor Ribeiro já conhecia aquela casa, aquela imensa casa,
olha para o menino e fala.
— E quando vai avisar os demais?
— Começo hoje pela presidente, avisei o ministro da defesa,
mas aquele comunista não leva as coisas a serio.
— Certo, mas sabe que eu não gostaria de ter de escolher
quem sobrevive.
— Senhor, o meu estado eu pretendo proteger, mas isto vai
me fazer trabalhar até nas horas que as pessoa acham que deveria
estar dormindo.
— E pelo jeito hoje quer deixar isto claro, pois resolveu
conversar.
— Sim, eu resolvi conversar, mas eles ainda se batem em me
entender, em me levar a serio, então hoje a explanação será de
técnicos da NASA, engenheiros da Rosa’s, engenheiros Franceses,
Ingleses, Americanos, mostrando a gravidade, depois o que
faremos, e porque devemos nos esconder por pelo menos 60 dias,
522
se for de pequeno impacto, se for de grande impacto, dai terei de
acelerar tudo.
— Fala como se não tivesse acelerando.
— Senhor, se o evento acontecer, o simples acontecer dele,
mesmo que a gravidade fosse de 3 horas, um trecho do planeta
ficaria danificado, todos os satélites naquela região, cairiam
derretidos, se durar 24 horas, toda a superfície fica radioativa, a
agua pode ser o que os matará, e não teremos satélite nenhum lá
fora, se durar 48 horas, não teremos polo quando terminar o
evento, se durar 52 horas, teremos 90% dos mares, evaporados, se
durar 79 horas, não teremos ferro a altura do chão que não esteja
derretido.
— E colocou todos a pensar, pelo jeito eles agora tem motivo
para lhe temer e não tem como lhe enfrentar.
— Hoje vou ver pessoalmente algumas coisas que não
conheço, estou abrindo nos próximos dias, 100 cidades
subterrâneas, que em teoria nunca existiram, pois elas estão
abandonadas, a uma profundidade media de 2 quilômetros abaixo
do solo, a mais de 2 milhões de anos, eu só acho que eu sozinho não
consigo, eles tem de me ajudar em parte.
— Isto que coloca os religiosos contra você?
— Eles nem sabem disto e já não gostam de mim, mas isto é
mais complicado.
— E vai onde?
— Tentar conversar com o senhor Frota.
— Acelerando?
— O Dinho depois os deixa em casa senhor, mas preciso dele
um momento.
Pedro se despede de Rita, do senhor e sai pela porta e passa
para a casa dos Frota e olha para Carolina.
— Vamos?
Renata sorriu e saiu pela porta com os dois e Dinho já
chegava de volta, ele olhava intrigado, mas não teria como
perguntar ainda, mas perguntaria depois.
O senhor Ribeiro olha para a filha e pergunta;
— Pelo jeito eu pensei que a encrenca era uma, e ele
conseguiu se meter na maior de todas.
523
— Sabe que eles não ouvem, assim como o senhor, se ele não
bater para ser ouvido, pois é o Pedrinho que vai lá pai.
— O empresário que todos não conhecem, a caricatura que
todos reproduzem, já que as fotos dele não facilitam. – José.
— Sim pai, ele disse que se tivesse chance, não morreria
ninguém, mas ele entrou tarde nesta aventura.
— Não entendi.
— Pai, ele tem como proteger o planeta, mas ele tem de por
isto no espaço, mas esta proteção, não resiste mais que 42 horas, se
o evento durar menos, as pessoas nem sentem, ele passa por
maluco, mesmo tendo salvo todos. Mas ele tem uma segunda
proteção, que não entendi, e um sistema de proteção para vários
casos.
— Como pode ter uma cidade abaixo de nós e ninguém saber
filha?
— Se soubessem, sabe que proibiriam, ou não?
O senhor olha para a filha, ela tinha razão, iriam dizer que ele
não tinha permissão e um monte de gente iria contra.
— Pior que iriam contra, depois encima da hora iriam ser os
primeiros a dizer que tem direito a uma vaga.
Ficam a olhar o menino ir a frente e Rita fala.
— Minha casa começa a ficar com cara de casa novamente.
O senhor olha a casa que a filha olhava e fala.
— E ele não está pensando em não viver, teria gente
abandonando tudo, ele parece acreditar que pode enfrentar isto de
cabeça erguida. – José.
Rita sorri e subiu a seu quarto, ela tinha um quarto ali, e olha
para a irmã.
— O que acha do que ele falou?
— Estou tentando o apoiar, mas sabe como eu Rita, é serio,
ele não estaria construindo os buracos que está, se acreditasse que
será fácil.
— Pior que ele diz que gostaria de gastar e não usar nada
disto, e pior é que concordo com ele.
— Este nosso namorado é encantador, mas ele parece com
medo, acho que falar disto o faz sentir as mortes, viu a reação dele,
ele quer algo melhor.
524
— Ele sabe que mesmo horas alteram o planeta.
— Viu os campos de trato, parece para animais.
— Ele parece mais preocupado em salvar a natureza, a base
de evolução do que o humano em si.
— Mana, sem comida, todo ser morre, sem agua, também
morremos, ele está pensando em como recomeçar.
— E em meio a isto, virar a lenda que todos falam.
— Sim, nosso Pedrinho virou a lenda Pedro Rosa.
As duas sorriem.
O carro para a porta dos Frota e sobem, a senhora recebe
eles a porta e fala.
— O que quer conversar.
— Vou trocar uma ideia com a senhora, depois fala com
calma com seu marido.
— É sobre a gravides de sua irmã?
— Não, é algo bem mais complicado.
Pedro fala com a senhora, mostra o lugar mas voltam pela
mesma porta de acesso e Pedro deixa lá Carolina, a olhar para a
mãe assustada.
— Isso é serio filha?
— Sim, e o Pedrinho parece ser o único a tentar uma solução.
— Nem sei como falar com o seu pai.
— Mãe, este corredor, é para se precisarmos, mas ele
preferia todos no terreno, pois ele teme que o sol de interferência
nisto, e elevadores diretos, nos garantiriam seguros.
— E já sabia disto.
— Mãe, às vezes até eu tento duvidar, mas a tecnologia que
ele desenvolveu, permite que nos salvemos, mas ele é incisivo, quer
salvar o planeta.
Pedro olha para a irmã a porta do apartamento dos Frota e
fala.
— Agora me acompanha a algo estranho?
— Vamos onde?
— Voltar a nossa cidade subterrânea, mas – Dinho para a
frente deles e fala – Já deixei os Ribeiro em casa.
— Vamos ao Cascatinha Dinho, e marca com sua namorada
no fim do dia.
525
— Vai por ela nisto?
— Preciso de alguém cuidando da minha imagem publica, e
parece que ela perdeu o emprego.
— Mas para que isto?
— Dinho, entramos em uma encrenca, que ninguém sabe
exatamente quando vai acontecer, mas se eu lhe ligar e falar, vai
para casa e entra na porta de segurança, não duvide, faz.
— Ainda aqueles cristais?
— Não, mas não duvide.
Dinho para no terreno e olha para o muro frontal, agora mais
alto, o que era um muro de arame farpado agora era um muro físico
de 4 metros de altura.
Entram e Dinho vê aquele autômato a sua frente, ele dá um
passo atrás e ouve em uma voz metalizada.
— Bem vindo senhor Rosa, quais as ordens.
— Relatem descoberta.
— Estamos ainda registrando, mas existem 4 cidades
conservadas no nosso planeta, conservadas por Quimerianos.
— Eles ainda estão lá?
— Sim.
— Conseguiram chegar com uma passagem em algum?
— Estamos terminando de estabelecer as 3 primeiras, a
quarta começamos amanha, já estamos colocando as placas de
energia, mas como locais conservados, existem sistemas de
produção de comida abandonados, de obtenção de água, sistemas
de reciclagem, mas a quarta cidade que nos interessa senhor. –
Autômato.
— Porque da urgência desta cidade?
— Somente vendo senhor.
— É seguro?
— Sim, nenhum cristal detectado, sistema de limpeza
automático Fanes senhor.
— Automático?
— Sem ser um Fanes não se controla.
— Então vamos olhar primeiro e depois vemos se
conseguimos que um Fanes nos apoie no processo.

526
Pedro viu o autômato atravessar um corredor, atravessam e o
autômato faz sinal para a região de uniformes e olham em volta,
apenas autômatos, olham a frente e Pedro não acreditou no que
estava a sua frente, tentou andar a frente e o autômato o segurou o
ombro e falou.
— Não estamos na Terra senhor, os trajes.
Pedro entendeu, um salto sem pretensão mas que os levou a
algum lugar, eles colocam os trajes, Dinho pela primeira vez estava
experimentando esta loucura do mundo de Pedro, e olha encantado
para aquela nave, toda negra a frente, e começam a chegar perto,
ela era imensa.
— Qual o tamanho disto? – Pedro.
— 22 quilômetros de Raio.
— Resistencia?
— Absorve energia solar para se manter no lugar que
mandar.
— Temos quantas?
— Apenas 100 delas.
— Apenas? – Renata.
— Não cabem todos os humanos nelas. – O autômato.
— Certo, mas podemos deixar elas sobre as cidades principais
enquanto durar o evento? – Pedro.
— Sim, isto teríamos como fazer.
— 100 lugares a defender, mas seria mais uma forma. – Pedro
olhando para o autômato, estavam chegando ao centro de algo e os
três sentem o chão se mexer e começar a subir e os três olham ao
fundo, olham para todos os lados e Pedro sorri, estavam na lua, ao
lado, olha o autômato e pergunta.
— Quantos cabem nesta cidade?
— Não mais de 300 mil pessoas.
— Sistemas de descompressão em que estado?
— Perfeitos.
— Resistencia a altas temperaturas?
— Eles tem um campo de proteção, para aberturas e
fechamentos, que parece não deixar o ar sair, sistema de campo
que protege contra a descompressão.

527
— Tenho de falar com Carlos. – Solta Pedro sem sentir, e olha
para Dinho e fala.
— Isto é segredo, sabe o que é isto Dinho?
— Quando se falava que você atravessava de um ponto do
planeta a outro assim duvidava, estou na lua. – Dinho.
— Sim, mas vamos ver o que temos.
O autômato faz sinal para outro e o elevador que erguia todo
o piso começa a afundar, entram em uma área de produção das
naves, e Pedro olha para a fabricação de autômatos, mas eram
diferentes, assim como sistemas de armas, autômatos de guerra,
não de uso pessoal, pois tinham mais de 10 metros de altura.
Entram e veem a área de alojamentos, olha para o autômato
e pergunta.
— Quanto tempo isto está abandonado.
— A informação é retida aos Fanes, ainda não deciframos,
mas tem residência para 300 mil habitantes, sistemas de produção
automática, sistema de limpeza mantida pelo metal igual a nave,
que absorve luz solar e mantem os sistemas de limpeza, de
isolamento todos ativos.
— Conseguimos acesso a uma das naves.
— Pedindo um Fanes presente.
— Terei de arriscar confiando isto a um Fanes, mas se é para
sobreviver, teremos de sobreviver juntos.
Pedro olha para a base e olha para o autômato.
— Venho no fim do dia com um Fanes, e vemos o que vamos
fazer, mas se escolher lugares como São Paulo, o centro da cidade
que tem mais de 9 milhões de pessoas, tem raio menor que 22
quilômetros.
Renata entendeu, se ele conseguisse por sobre grandes
centros populacionais, ele evitaria a correria, evitaria a morte de
milhares de seres, isto que seu irmão procurava.
— Ainda teria a radiação. – Renata.
— Sim, mas seriam 100 lugares a menos para absorver
radiação, eu estou fazendo uma super plataforma no pacifico para
proteger os seres do mar da radiação e terei dificuldade de fazer
algo com 22 quilômetros quadrados.
— Certo, pensando em durações menores, mas isto é incrível.
528
Pedro olha em volta e fala.
— Nisto não discordo.
Atravessam o corredor e Pedro olha para Dinho.
— Consegue falar com Silvia, e nos encontra aqui na casa
depois das 20hs.
Pedro acerta o endereço e passa para o Rio de Janeiro e liga
para Renata.
— Como está moça?
— Quem?
— Pedro Rosa.
— O que vai ser agora menino, dizem que está agitando o
mundo hoje, esperado em Paris, Londres, Bon e Washington, ainda
falam em Brasília.
— Queria saber se quer entrar nesta aventura de
sobrevivência.
— Sobrevivência?
— Sabe do que falo Renata, o sol.
— Precisa de ajuda no que? Sistema?
— Não, de uma Fanes que me ajude a entender o problema.
— E porque ajudaria?
— Com sua ajuda, posso subir minha proteção de gente, pelo
menos acreditar que posso passar de 4 milhões, para 500 milhões
de pessoas sobre proteção.
— Pequena pretensão, mas o que preciso fazer?
— Se tiver tempo, passamos em sua casa ai na Barra de
Helicóptero e lhe mostro.
— Está no Rio, todos esperam você bem longe daqui.
— Está dentro ou fora Renata? – Pedro.
— Passa aqui, vamos onde?
— Só vendo para entender.
Os dois foram ao heliporto da casa no morro do Macaco e o
helicóptero chegava, saem no sentido sul, só para pegar Renata e
voltar.
A volta já estava próximo da hora de Pedro estar em Curitiba,
no mundo, pessoas eram pegas em suas residências, em seus
escritórios, e carros elétricos em corredores de passagem
começavam a chegar na cidade subterrânea de Curitiba.
529
Pedro desce a porta e a cadastra e passam para a Lua, vestem
as vestes e Pedro fala.
— Renata, o problema é que este complexo, só responde a
Fanes, cada nave destas, tem 22 quilômetros de raio, se eu dispor
ela sobre 100 cidades, pois só tenho 100 delas, elas protegeriam
esta cidade do sol pelas horas que precisar, mesmo gerando o
escuro geral na região, eles sobreviveriam.
— E você não pode comandar isto?
— Não, apenas um Fanes consegue, nem sei se responderá a
você, mas é uma tentativa, já que não conheço tantos Fanes assim.
Eles chegam a região e Renata olha os autômatos a toda volta
e fala.
— Este é seu exercito.
— Tenta acessar e lhe mostro o que é exercito, e que não
está a minha mão, mas está ai parado.
Renata toca com o uniforme o controle, que pede para ela
tirar a luva, ela olha em volta, o sistema liga os compressores de ar,
e o sistema fala.
“Seguro”
Renata põem a mão e o computador parece perfurar os
dedos, sem cortes, e fala.
“Quais as ordens, a que família fanes pertence.”
Renata pensa e fala.
“Elas tem se deteriorado, preciso saber quanto tempo esta
desativada, e se as naves estão em estado de funcionamento.”
“Ultima interação de sistema foi a 180243 ciclos solares.”
“Estado de conservação?”
“Bom estado, qual utilidade quer dar as naves.”
“Sombra, seremos atingidos por uma nuvem solar, e quando
for acontecer, pretendemos usar elas para proteger as cidades.”
“Tem a data do evento?”
“Assim que tivermos, comunicaremos ao sistema.”
“Algo mais, moça, não se identificou.”
“Renata Paz”
“Nenhum registro sobre sua família, de que planeta é”
— Azul. – Pedro.
O sistema parece não responder e Renata responde
530
“Azul”
“Qual Azul”
Pedro faz sinal com a mão de primeiro e Renata fala.
“Primeiro”
“Correto, estamos em Azul Primeiro, bom saber que os Fanes
estão reerguendo seus mundos, grato pela conversa senhora
Renata.”
“Como consigo informação sobre nossa historia e sobre os
sistemas e formas de locomoção das naves?”
“Sala de comando dos cristais.”
“Qual a língua da comunicação?”
“Fanes Imperial!”
Renata tira a mão e olha para Pedro.
— Isto não responde a humanos?
— Não, apenas a Fanes, mas o problema disto é que deve ter
feito gerar a corrida espacial da década de 60.
— Não entendi.
— Renata, acha que estamos onde?
— Em uma base subterrânea na Terra, algo assim.
— Vamos passear um pouco, mas melhor por a luva.
Renata olha desconfiada e começam a andar no sentido do
elevador, e ela olha os corredores de alojamentos imensos, olha os
autômatos limpando tudo, instalando passagens, e sente o elevador
subir, quando chega a parte alta olha para aquele meio planeta
virado ao sol, azul a brilhar, olha em volta e fala descrente.
— Quer dizer que aquela passagem vem direto para a lua.
— Sim, acha que aquele sistema é seguro.
— Ele analisa de uma forma estranha, ele parece ler os
pensamentos, ou tentar via neural uma comunicação, mas – Renata
olha para uma cratera ao fundo e pergunta – Aquilo é oque?
— Sistema de pouso do Apolo 18. – Pedro.
— Então eles vieram verificar isto aqui.
— Sim, mas não conseguiram acesso, apenas fotografaram a
parte externa, o que não lhes deu quase nada. – Pedro.
— E pretende usar isto para que?
— Acelerar a produção de velas espaciais e as mandar ao
espaço, se der para entender o como funciona o sistema de campo
531
deles, que nos permite estar aqui sem descompressão, protegidos
por este raio, podemos instalar ou ativar isto nas naves e ter áreas
de 22 quilômetros em 100 lugares do planeta protegidas.
— E quando falam de você nem imaginam isto menino.
— Eu não domino isto, na verdade não tentei, não queria
perder antes de começar, então não vou arriscar.
— E pretende montar uma base de sobrevivência aqui?
— Sim, pois a camada de proteção e o metal de proteção
parece aguentar altíssimas temperaturas, o que os deixará na parte
baixa seguros.
— Vai os dar acesso a aquele armamento?
— Não, mas por isto vamos com calma limpar isto, segundo o
sistema existem 3 cidades Fanes em estado de ocupação no
planeta, e mais esta que está fora do planeta, então vou olhar uma
por uma e vou abrindo grupos de sobrevivência.
Renata sente o chão começar a descer e olha aquele menino
lhe olhando.
— O que foi? – Renata.
— Está nisto ou não? – Renata olha em volta, ela estava em
uma base que apenas Fanes tinham controle, o menino estava
querendo entender a tecnologia, entendeu o problema.
— Quero minha parte nisto, pois isto vai abrir tecnologias que
nem sei quais são, mas dizem que você sabe assim como Loco,
transformar isto em dinheiro.
— O problema é termos tempo para isto Renata, eu descobri
um universo, e estou preste a não poder ir a frente porque meu
planeta natal vai ser destruído.
— Certo, mas quem pretende por aqui?
— Uma base avançada da NASA, da Rosa’s, e algo a mais, pois
quero ajudar a defender o todo, e parece que apenas eu estou me
preocupando com isto.
O relógio de Pedro toca e ele fala.
— Hora de voltar.
— Estou dentro, isto é algo que nem os cientistas lá estão
falando ainda.
— Eu não sei ainda o que fazer Renata, mas como disse para
todos ouvir, eu vou frear, para que os demais acelerem.
532
— Vai ficar estático e quer que os demais surpreendam-lhe
em tudo.
— Sim, pois estou cheio de gente querendo que eu faça, hora
deles se mexerem.
— Vamos? – Renata que sabia que as coisas ainda estavam no
começo do dia, embora parecesse ser o fim dele.
Passam pelo corredor e o autômato olha para Pedro que fala.
— O acesso a Renata Paz está autorizado, sem restrição.
— Obedecemos senhor. – Autômato.
— Quer ver um pirralho em ação? – Pedro olhando Renata,
tinha duas pessoas de mesmo nome ali, mas olhava para a Paz.
— Pelo jeito vai deixar muitos confusos.
— Renata, a reunião de hoje, cada um deles pensa que será
em sua cidade, como eles passaram por um corredor daqueles, eles
acham que vão estar na cidade que foram pegos.
— Certo, uma reunião em 10 cidades do mundo, e que
ninguém sabe bem onde vai ser.
— Eles com certeza tem marcadores, que saibam, ou achem
que sabem.
Pedro acerta a mesma porta e atravessam agora a mesma
chegando a Curitiba.
Pedro cumprimenta Banneker e olha os demais e fala.
— Senhor, preciso que explique o problema antes de começar
a falar em solução, alguns nem sabem do problema.
Banneker olha em volta e pergunta.
— Mas quem tanto vem?
— Seu presidente, com secretários e 10 senadores,
presidente Frances, Português, Italiano e Brasileiro com seus
assessores, primeira ministra da Alemanha e primeiro ministro dos
Reinos Unidos, teremos ainda técnicos e pessoas chaves, que
preciso que eles ouçam o que foi determinado até agora.
— Pelo jeito vai acelerar.
Pedro não falou, mas foi cumprimentar as pessoas, ele em
pessoa era algo que a maioria sorria, pois ele não poderia ser Pedro
Rosa, Renata irmã estava ao lado de Renata Paz, e fala.
— Ele está provocando hoje.

533
— Ele pode ser uma lenda, mas quando as pessoas o veem,
elas tendem a achar que estão sendo enganadas.
Eles estavam em uma praça, não sabiam onde estavam, mas
não parecia um buraco, então quando o telão as costas de Banneker
foi ligado ele olhou para Pedro que apenas dá o comando e as luzes
do que parecia um céu, começam a escurecer, parecendo mudar
para a noite, a cidade se ilumina a volta e Banneker falou.
— Boa tarde, para quem não me conhece, sou Engenheiro
chefe da NASA, Banneker, o que vamos relatar aqui, ainda é de
conhecimentos de poucos, estamos estudando ainda intensidade e
quando vai acontecer – Os demais estavam sentados, se via o
sistema de tradução para a presidente Dilma e seu grupo.
Pedro sentou-se bem ao fundo, e olhava os demais, viu a
atenção que o diagrama de Banneker gerou, viu alguns olhares
procurando outros.
Banneker termina com a frase.
— Muitos dos que falamos disto, ainda duvidam, estão
parados esperando um milagre, e se continuarem assim, vão
precisar de um milagre mesmo.
Banneker chama Carlos, engenheiro Frances, que cuidava dos
prospectos e projetos de defesa desenvolvidos pelo conjunto de
pessoas.
— Boa tarde, o que vou colocar aqui, precisa ser
implementado, e com todos jogando contra, é difícil, mas
desenvolvemos um sistema que se conseguirmos instalar, cada uma
das fases, consegue defender o planeta por aproximadamente 22
horas, este sistema é o colocar em orbita de mais de oitenta
conjuntos por fase, precisamos de duas, 160 conjuntos que se
abririam no espaço e nos gerariam um campo extra de proteção ao
planeta, o problema, é que não conseguimos por mais que dois
sistemas, por tempo e por ciência, o primeiro tem de ser externo, e
quando sobrecarrega explode, se deixar próximo demais, destruiria
o segundo grupo de satélites, e para fechar, não conseguimos por
antes, pois cairia, e depois não fecharia, então temos uma forma de
enfrentar o problema, nas primeiras 44 horas, se a nuvem for nos
atravessar rapidamente, podemos passar por ela em menos de 44

534
horas e não teríamos problemas, mas temos um problema se ela
durar mais de 60 horas.
— Qual o maior problema das 60 horas? – Um técnico da
NASA que ouvia atento.
— O evento demora 60 horas entre o liberar do sol e
entrarmos nele, se durar mais, não saberemos a duração da nuvem,
estamos trabalhando, mas mesmo com a proteção de 44 horas,
teremos passagens de energia, é impossível reter toda a potencia
de algo assim, mas precisamos de ideias pra depois das 44 horas,
pois como um técnico falou, se durar 79 horas, podemos dar adeus
a vida na Terra como conhecemos.
Carlos coloca o prospecto da cidade ao monitor e fala.
— As empresas que representamos, estão construindo
cidades subterrâneas como esta, que tem 100 metros de rocha da
parte mais alta, até a superfície, mas cidades grandes, geram mais
estrutura de reciclagem, de alimentação, então estamos estudando,
mas temos até este momento, capacidade de proteger muito pouca
gente desta catástrofe, mas estamos reunindo aqui lideres
mundiais, para que saibam, tem como se fazer algo assim e se
proteger, pois o planeta vai passar por um bom teste de resistência.
A primeira ministra alemã, olha o menino ao fundo e se
levanta e vai a ele, enquanto os demais continuam a olhar para a
explanação de Carlos.
— Podemos falar menino? – Em inglês.
— Sim. – Em alemão.
— Tem algo assim para proteger a estrutura da União
Europeia?
— Sim, mas está difícil de acabar, pois está faltando de tudo,
quando falamos de recursos senhora, é que as coisas tem de ser
compradas, e pior, serem compradas sem parecer que estamos
comprando em grande quantidade.
— Acha que vai acontecer?
— Vai, não sei se todos juntos achamos uma solução, mas
estamos tentando alertar do problema, pois tem gente ainda
jogando contra informação, e atrapalhando muito.
— E não vai falar?

535
— Senhora, eles são as peças que eles levarão a serio, mas
hoje foi um bom dia.
— O que considera um bom dia?
— Quando conseguimos somar dois zeros no numero de
pessoas salvas.
— Certo, quer gente viva, mas pelo jeito o risco é real.
— Eu demorei para acreditar, eles ainda estão tentando me
provar que vai acontecer, mas quando a probabilidade fica acima de
130%, acho que temos de nos preparar.
— Vamos conversar depois, pelo jeito eles não estão levando
a serio, me falaram horrores de sua empresa, agora entendo, eles
estão com medo.
— E não vão ficar com menos medo senhora, mas nos
falamos.
A senhora volta a cadeira e Pedro explica para a irmã o que
falou em alemão com a senhora. Era mais para a outra Renata
entender do que para a irmã, que nitidamente entendeu o que ela
estava falando.
Carlos põem mais um prospecto e fala.
— Amanha estamos lançando a terceira vela espacial no
sentido do sol, pois queremos os dados precisos, e ter as melhores
imagens do acontecimento, pois esta explosão pode nos dar boas
ou péssimas noticias, então queremos ter os dados precisos.
Carlos coloca a imagem dos barracões e fala.
— Quando falamos em produção de Satélites, estamos
acelerando e criando na região do Cabo Canaveral, muitas vagas de
emprego em fabricas para construir esta proteção, ela estará ativa
se tudo der certo, em 8 meses, que não aconteça antes.
Carlos olha para Pedro, via que o menino não queria
aparecer, entendia, mas precisava dele ali e fala.
— Poderia terminar a explanação Pedro Rosa?
Pedro se levanta e atravessa a sala, pega o microfone e olha
todos e fala.
— Boa tarde a todos, sei que meu tamanho não facilita, mas
quando chamo a conversar, é que eu não tenho recursos para fazer
tudo isto sozinho, quem deveria estar se preocupando, está
pensando em reeleição, quem deveria pelo menos segurar seu
536
exercito, o joga sobre mim, então se querem por tudo a perder,
continuamos neste caminho, vou terminar o mês tendo gasto mais
do que achava ganhar a vida inteira neste projeto, e preciso gastar
22 vezes isto para conseguir terminar, mas ninguém está me
levando a serio.
Pedro pega as imagens e coloca na tela e fala.
— Cidades como esta que estamos, cabem não mais de 300
mil pessoas, podemos as superlotar e morrer por falta de agua, mas
eu não consigo fornecer isto para muito mais do que 50 milhões de
pessoas, seria uma seleção por dinheiro e importância, o que não
me daria a chance de um recomeço fácil. Temos um grupo que está
abrindo cidades mais profundas, seria a Still e seus sócios, eles estão
dispostos a por a venda, 100 milhões de vagas, para pessoas
dispostas a pagar, mas mesmo assim, não teríamos somado 10% da
população, estaríamos prontos a ver os demais morrerem?
— Quando falo, é que preciso de justificativas, pois quando
chegar o fim do ano, vou estar lançando satélites de quase todo
lugar, e não sei o que dizer aos demais. Acho que existe um sistema
de proteção que pode gerar uma sobrevivência se não passar de 60
horas o evento, hoje, se acontecesse o que Banneker narrou, 100%
do planeta morreria, quero em 8 meses, ter terminado um sistema
que nos permita salvar o planeta se o evento não durar 44 horas,
em 12 meses, quero ter um sistema que o planeta sobreviva as 66
horas, mas este método, vai nos custar mais de um bilhão de vidas,
então se conseguirmos executar o que falamos, podemos vir a
salvar o planeta, mesmo perdendo uma leva grande da população,
mas para isto, preciso de pessoas determinadas a trabalhar nisto, e
torcermos que o evento não aconteça nos primeiros 12 meses, e
que tudo que projetamos, dê resultado.
— Me falaram que haveria uma forma de pular para fora do
planeta, seria real? – Presidente Frances.
— Sim, mas não hoje, esta tecnologia está sendo
desenvolvida, hoje seria um pulo para a morte.
— Porque um pulo para a morte? – O senhor.
— Temos de ter os cálculos exatos de onde cada planeta esta
na galáxia para fazer um salto correto, e o único endereço que nos

537
foi dado acesso, é mais mortal que o evento que o sol vai nos gerar,
então ainda não temos como fazer isto presidente.
— Dizem que comprou uma serie de ilhas no pacifico, que vai
montar um país próprio lá.
— Comprei área entre recifes, vou criar minhas filhas lá se
conseguir estar vivo senhor, pois como falei mais sedo para alguns,
o problema é que estou ainda financiando os estudos, mas todos
aqui tem de preparar um sistema de atendimento ao povo,
podemos os salvar, mas se durar 48 horas, mesmo com a proteção,
e tudo que temos, salvando mais de 5 bilhões de pessoas, teremos
áreas altamente radioativas, não teremos os polos mais, teremos de
dispor de agua potável, pois algumas fontes de agua estarão
radioativas, não teremos satélites artificiais, então temos de
reforçar os sistemas de cabos de comunicação, estaremos em um
caos, nesta hora o pânico paralisa alguns, e alguns matam por
comida, então temos de ter ordem.
— Está dizendo que mesmo que sobrevivamos, estaremos em
um mundo diferente? – O presidente Americano.
— Sim, não sei como cidades litorâneas, vão se comportar
nos meses seguintes ao degelo de todas as calotas polares, mas
nem chegamos a estes estudos ainda, queremos saber a
intensidade antes.
— Falam que vai fazer locais de proteção lá no seu pais, sabe
que se alguém souber disto vai querer entrar em guerra por aquelas
terras. – O presidente Americano.
— Presidente, fala com os seus especialistas, o Brasil é dos
piores lugares para se esconder, pois segundo a sua NASA, existe
uma imensa falha eletromagnética sobre o nosso país, se teremos
lugares que vão sofrer, são áreas numa faixa que corta quase todo
nosso país.
— Mas os vai deixar desprovidos? – A primeira ministra.
— Não, mas quem sabe invadamos países que nos ameaçam,
para conseguir sobreviver. – Fala Pedro sem recuar, pois foi uma
ameaça, de um presidente Americano.
— Não estamos lhe ameaçando menino, vamos esfriar os
ânimos, muito está em jogo. – Secretario de Segurança Americano.
Pedro coloca um prospecto na tela e fala.
538
— A partir de amanha, estarei em conversa avançada com as
agencias espaciais de pelo menos 3 nações, para ativar a base que
foi descoberta e investigada pela Apolo 18 na lua, quero por
cientistas lá, para uma eventual destruição maior do que
projetamos.
— Sobre o que está falando? – Primeira ministra Alemã.
— Estou ainda estudando dados antigos, mas todos falam de
uma base descoberta na Lua e que não conseguiram ter acesso, eu
vou abrir para ser um refugio humano.
Todos se olham e Carlos chega ao lado de Renata e pergunta.
— O que ele está falando?
— Uma base de lançamento sem ter de enfrentar a gravidade
do planeta terra.
— Ele não parar?
— Carlos, ele não sabe se pode parar, ele hoje pareceu querer
mudar de ideia, e não entendi ainda a ideia, mas algo ele não nos
contou, mas está prestes a por mais gente, ele acha que o projeto 1
está começando a ter datas, ele pretende o ter no espaço em 6
meses, mas está falando em ativado em 8 meses, sabe que ele está
fazendo cidades como esta.
— Sim, ele acelerou elas, sabe que a parte de montar camas é
mais demorado do que abrir o buraco, mas ele parece agitado.
— Ele está pensando, ele pensando sempre é mais agitado do
que o normal.
— E sabe sobre o que ele está pensando?
— Nem ideia, mas ele pelo jeito vai querer mudar a historia, e
viu que não vai deixar presidentes de fora.
— Eles estavam apavorados até falar dos planos, mas Pedro
não colocou panos quentes, ele os colocou na parede, ele pelo jeito
não gostou nada dos últimos dias.
— Ele adiou projetos que tinha, vai deixar para depois do
evento.
Pedro se despede e vê a primeira ministra Alemã a sua frente,
se colocando ali antes dos demais.
— Manda um representante falar comigo, precisamos nos
proteger, e se tiver meios de proteger o povo Alemão, me diz como
podemos acertar isto.
539
— Mando nosso representante na Europa marcar com a
senhora.
— Não entendi onde estamos.
— Isto que todos querem saber senhora, cada um jura estar
em um lugar, vamos deixar todos acharem que sabem onde.
— Certo, vou saindo, o clima está quente.
— O presidente Americano ainda querendo tomar isto a
força, mesmo sem saber como.
A senhora se despede e sai com os assessores, o rapaz que a
pegou em Bon, atravessa o portal novamente para a cidade.
Pedro olha para a presidente do Brasil e fala.
— Podemos conversar serio, estes seus ministros e seu
exercito não me leva a serio.
— Estão falando serio do evento?
— Sim, temos de terminar esta base abaixo de Brasília, onde
podemos ter o governo funcionando mesmo em caso de catástrofe
senhora.
— Vai cobrar por isto?
— Sim, como falei, sem dinheiro, nada se instala, e morremos
todos lá na superfície.
— Qual o custo de algo assim.
— Não é barato presidente, custa para abrir e instalar, sem
margens, 20 milhões de dólares por cabeça que colocar no buraco,
pois o que sai mais caro é manter a pessoa viva, não uma parede de
pedra.
— Caro, terei de falar com alguns.
— Peço que mantenha entre poucos senhora, já é difícil sem
todos querendo invadir isto.
A parte politica parecia quase um grupo de comerciante de
peixe, todos querendo puxar o valor do peixe para baixo, mas
querendo o melhor peixe.
Pedro aos poucos viu os presidentes se retirarem, mas
Banneker e alguns engenheiros se mantiveram lá, e viu o Almirante
Leon chegar com o outro Carlos, teria dois engenheiros com nome
Carlos neste projeto, Pedro começava a entender porque as pessoas
em outras partes do mundo se apegavam tanto a sobrenomes, pelo
menos ficava mais fácil saber a procedência.
540
— Boa Noite menino, o que gostaria de falar? – Almirante.
Pedro olha outra entrava e vê a cara de admirado de Dallan,
Sabrina veio junto, deslocados, mas mais conhecidos que Pedro.
— Pelo jeito quer comunicar algo pesado, pois chamou
pessoas de varias partes. – Banneker.
— Sim – Pedro olha Pietro e algumas peças chaves de seu
esquema chegarem e fala. – Mas vamos para onde eles não
resolvam invadir e alterar os nossos planos.
Pedro estica a mão para a irmã e passam por um corredor,
obvio que se via que saíra de uma base bem mais clara, para uma
em um material escuro, mas com iluminação própria.
Pedro caminha até um auditório a frente, agora limpo e
organizado para humanos, embora a adaptação dos modelos Fanes
não foi tão difícil.
Pedro senta-se e as pessoas foram chegando perto, era uma
sala redonda, com vários lances de cadeiras, cada uma um degrau
acima, 100 degraus, na primeira fila a frente 100 cadeiras, na ultima
200 cadeiras.
Pedro olha para Banneker e fala.
— Banneker, toda a estrutura que tinha ontem, muda a partir
de hoje, então todos os planos que falamos lá embaixo, já tenho
recursos para implantar, e programa de execução para 8 meses,
mas todos aqueles dados, se o evento durar 60 horas, teremos ao
fim do evento 4 bilhões de mortos e um planeta em ebulição a
superfície, então aquilo, é para salvar os que estão no buraco, pois
ainda não temos como salvar o planeta inteiro, e como falei, este é
o meu intuito.
— Certo, mas onde fica esta nova base, vi que tem autômatos
diferentes aqui.
— Esta base eu ainda não domino, esta base não deveria
existir, pois a historia humana afirma que ela não existe, mesmo a
NASA tendo mandado verificar o que continha abaixo de uma
estrutura metálica na Lua, eles não entraram, então tudo que vê,
está na Lua, aquilo que fizemos ali atrás pelo corredor, dizem lá na
Terra, ser impossível, mas para ter controle sobre o que tem aqui
precisaria ser um Fanes, e não sou.
— E o que seriam estes Fanes.
541
— Pessoas como eu e você Banneker, e que não diferenciaria
em nada, se não fizer um teste de DNA.
— Quer dizer que tivemos alienígenas que habitaram esta lua
a nossa semelhança? – Banneker.
— Não, estou dizendo que vivemos na Terra em Paralelo, mas
eles tem uma historia perdida, de mais de 4 milhões de anos na
Terra.
— Não acredito nisto, desculpa.
— Não é questão de fé Banneker, é fato, mas não pretendo
por ninguém na mira dos caçadores de Fanes, pois este que você
não acredita existir, tem grupos armados espalhados que os caçam,
então ou eles matam humanos, ou tem provas da existência deles,
mas esta base mostra que eles existiram. Pelo menos
tecnologicamente eles existiram.
— Certo, não está preocupado com eles, mas o que temos
aqui?
— Vamos por roupas espaciais e vou mostrar e explicar o que
quero daqui a pouco, mas estou começando hoje aqui, e vamos ter
3 cidades como estas no planeta, cidades com estrutura, para um
milhão de pessoas, conservadas, mantidas, com energia, mas ainda
estou analisando a segurança. Pelo que meu sistema está
adaptando, terei em 12 horas sobre a base, temos uma linha de
cristais de informação em uma biblioteca de vídeos, armazenados
em uma espécie de cristal, não estragando, temos na linha baixa,
uma linha de fabricação de pequenos discos, os grandes, tem 22
quilômetros de raio, minha intensão, nomear as 100 maiores
cidades do planeta e estacionar sobre elas uma destas naves na
duração do evento solar.
— Esta falando em usar algo físico.
— O metal é feito para absorver qualquer tipo de energia
solar, qualquer tipo de radiação que ela consiga converter em
energia.
— E o que pretende com as pequenas naves.
— Senhores, elas são movidas por uma ciência que não
entendo, elas se movem através das curvas espaço tempo, gerando
campos de deslize, e deslizam, mas podemos colocar nelas os
instrumentos que precisamos coletar do sol, e lançar 100 naves
542
amanha se preciso, assim que estiver instalado para o sol, não em 6
meses.
— Quer toda a informação para ontem, nem estamos dando
conta dos dados totais atuais. – Um cientista da NASA.
— Segunda começamos a transferir parte dos cientistas e
familiares de quem quiser trabalhar aqui, e trabalha na NASA e no
CNES, para termos uma base que consiga continuar a trabalhar
mesmo com o inicio do processo, quero saber quando vai terminar,
mesmo que eles achem que não teremos como continuar olhando.
— Certo, não vai se deter com meia informação, mas acha
que estas naves nos obedeceriam?
— Hoje ainda não, mas por isto estou separando os planos
até hoje dos a partir de hoje, pois tem de ver que se eu colocar uma
proteção sobre 100 cidades de mais de 5 milhões de habitantes, eu
com 100 naves, amplio em muito a chance de humanos
sobreviverem no planeta. Mas quero os dados corretos, e entender
um campo que eles usam para manter a base isolada, mesmo a
separação do ar de dentro desta base e da ausência de ar e total
vácuo lá fora.
— Uma forma de proteção contra descompressão? – Carlos.
— Sim, não sei ao certo como funciona, o meu não segura
raios solares, este seleciona o que entra, isto me interessa em
muito.
— Não entendi. – Banneker.
— Banneker, quando eu ou alguém anunciar o problema
solar, eu tenho de ligar o sistema de proteção que desenvolvi, não
se verá o sol pelas 44 horas ente o ativar e o estourar, pois meu
campo não seleciona, ele barra tudo.
— Esta falando em uma noite de 44 horas na Terra?
— Sim, e onde os raios passarem, qualquer falha na proteção,
teremos mortes.
— Não havia pensado na consequência, mas acha que
podemos reduzir com isto o efeito, usando uma segunda espécie de
proteção? – Carlos.
— A nossa absorveria até explodir, esta absorve e vai
transformando em energia, obvio, ela também deve ter limites,

543
quando para de absorver, mas se ganharmos uma hora que for a
mais com isto, é um imenso ganho.
— Certo, pensando em como nos defender depois das 44
horas, onde teremos os protegidos, os em pânico, e os incrédulos,
em meio a uma nuvem que não temos como dissipar, estaremos no
meio dela, ou saindo dela.
— Sim.
Pedro levanta-se e fala.
— Vamos dar uma volta.
Renata olha o irmão indo aos uniformes e olha para a outra
Renata, estava querendo conversar.
— Acha que conseguimos manter algo aqui mesmo,
parecemos tão mais frágeis aqui.
— Não estaremos fora de perigo, mas ele não quer gente
descansando, ele quer gente pensando, e talvez aqui eles se
toquem que o perigo é real, na Terra parece sempre que é
fantasiosa a possibilidade de algo assim acontecer.
— Eles nem viram nada e estão assustados.
O grupo vai as salas de uniformes e Pedro chega ao lado de
Renata e fala.
— Queria abusar um pouco ainda.
— Fala.
— Poderia pedir para o sistema assim que eles estiverem em
seus uniformes, abrir uma das naves, fechar a parte das fabricas de
autômatos, e abrir a cobertura para fora e para os dois andares a
baixo?
— Quer algo de impacto, mas sem armas ainda.
— Eu não comando nada, e não pretendo dizer que você é
uma Fanes, es uma programadora como eu, por isto está aqui.
— Certo, ainda acha que aqueles malucos não vão querer
trégua nem nesta hora?
— Eles vão querer usar isto para selecionar o que querem,
mas por isto não os daremos comando para isto.
— Entendi, e o que precisa, vai fazer uma demonstração?
— Apenas uma nave das pequenas, acho elas imensas, que
eles usam para transportes locais.
— Certo, quantas tem nesta nave, a frente?
544
— Não sei, se entendi o esquema, mais de mil.
— Eles se assustariam, mas mesmo 100 vai os assustar.
— 100 saindo da Terra não os assusta, mas assim como tem
mil naves, tem mil autômatos de 10 metros.
— Isto os colocariam em pânico, mas ao mesmo tempo, iriam
querer isto aqui.
Pedro vai com as duas a região dos uniformes, todos olhavam
aquela imensa nave, as duas Renata colocam os uniformes, e
chegam ao lado de Pedro, que coloca sua mão e ouve em sua
mente.
“DNA não conhecido, que espécie você pertence.”
“Obrigado por falar comigo, apenas querendo uma
informação que não sei se saberia me informar.”
“Quer acesso?”
“Vou ter, mesmo você não querendo, nem que tenha de
trazer uma criança que não sabe quem é chamada Peter Carson, ou
uma menina de nome Liliane Canvas, mas não é eles que me
preocupo, gostaria de saber se nos daria acesso, para estudar isto,
esta aqui abandonado, temos Fanes que não sabem ser Fanes, e
humanos que não sabem dos Fanes, mas entre 6 meses a 4 anos,
teremos um evento imenso no sol a nossa frente, e queria apenas
ajudar eles a sobreviverem.”
“Mas o que você é?”
“Consegue me ver sistema?”
“Sim, tenho as câmeras a todo lado.”
“Vê algo ao meu lado?”
“Não.”
Pedro sente Beliel, que estivera afastado, mas sentira ele
perto desde que chegara a este lugar, e Beliel fica visível, e Pedro
ainda com a mão no sistema ouve.
“Que tipo de energia é esta ao seu lado, distorce ate os
metais ao fundo, sobrecarregando a nave.”
“A energia que Peter Carson sempre procurou no seu
universo, mas ele ainda não foi apresentado a ela, e o mundo está
ameaçado.”
“Quantos anos tem Peter Carson?”
“14!”
545
“Entendo a preocupação, tem o caminho, deve ser um
emissário, os humanos tinham os escolhidos, mas eles eram semi
espécie quando tivemos a ultima informação sobre o Planeta, mas
pelo jeito quer dar uma chance dele recuperar as informações, sabe
que ele é bem arrogante quando adquire a consciência.”
“Posso estar longe quando isto acontecer, mas estou pedindo
ajuda a um sistema, pois quero ajudar eles a chegarem ao futuro.” –
Beliel some, todos olhavam para Pedro, eles não viam o anjo todo
dia, mas sempre imaginavam que ele estava ali.
“Arrisca expondo aos demais o mensageiro.”
“Eles só respeitam o que temem, mas não é hora de mostrar
a eles as naves, apenas uma das pequenas, mas nenhum autômato,
pois não os preciso em pânico.”
“Te darei acesso, mas vou fechar seu acesso aos demais
mundos Fanes, pois não teria como explicar minhas percepções aos
demais sem abrir o motivo, e teria mais problemas do que um sol,
em menos tempo do que o evento que quer evitar.”
“Obrigado.”
Pedro olha para Renata, e fala, olhando os demais.
— Esta nave está abandonada aqui, ou melhor, sem uso aqui,
cuidada pelo sistema a mais de 180 mil anos, e se mantem
operacional, quando falo em tecnologia, é nisto que quero chegar,
não em produtos de 6 meses, quero somar, não sempre repor e
repor e repor, mas parece que nesta parte não sou tão capitalista
como deveria ser.
— E como sabe que está funcionando?
Pedro fez sinal para Renata que colocou a mão no comando e
fala com a mão.
— Sistema, nos daria acesso?
— Sim senhora Renata Paz. – Se ouve o som vindo dos lados,
não se via de onde ainda mais naqueles trajes.
Uma comporta começa a descer a frente deles, naquele
material escuro, Pedro começa a entrar, faz sinal para Renata vir
junto, e os demais o acompanharam, a moça viu que internamente
a nave havia um sistema e coloca a mão sobre ele.
— Nos mostraria uma de suas naves de transporte rápido
Nave.
546
Um estalo se ouve e se vê uma nave sair pela parte lateral e
parar na parte do hangar que estavam.
— Abra a comporta superior. – Renata.
Os demais veem a parte alta começar a abrir.
— Poderia mostrar os demais andares Nave?
Os demais viram os corredores para baixo a frente da Nave,
onde se via primeiro uma imensa distancia até o fim da nave, depois
um buraco para cima, o estar afastado do vão principal, de mais de
40 quilômetros de raio, se viu os andares abaixo ficando visíveis,
andares imensos como aquele, pois a nave tinha mais de dois mil
metros de altura.
— Abrir os hangares das demais naves?
Os senhores viram no lado oposto daquele imenso buraco,
começar a abrirem imensas portas corrediças que se fixavam ao
teto, e se viu outras 19 naves, olhando para baixo, 20 por andar,
Carlos saiu pela rampa e começou a caminhar até a parte do grande
buraco, olha para a nave acima dele, imensa, olha que ela não
estava fixa, ela flutuava, ela estava ativa mesmo sem ruído algum,
um autômato chega ao seu lado e pergunta.
— Precisa de ajuda senhor?
— A beira é muito longe, tem algum veiculo de transporte?
O autômato olha para a nave, e dos fundos da mesma se
desprende um pequeno veiculo que parece flutuar até o chão e
Carlos sobe nele e chega a beira, olha para baixo, a maior
construção que ele já vira na vida, mais de 30 quilômetros de vão,
olha para a parte alta, e bem ao fundo, olha o surgir da Terra,
metade iluminada e sorri.
Banneker chega ao lado de Renata e pergunta.
— Difícil de comandar?
— Ainda aprendendo os comandos senhor, a nave não
responde a qualquer um, precisa ser pré-cadastrados, conseguimos
por o meu e o registro de Pedro, mas mesmo o de Pedro está
incompleto.
— O que o menino estava falando com a nave, ou foi
impressão minha que ele estava conversando com a nave.
— A nave é composta de um sistema de 3 inteligências, elas
analisam qual a melhor forma de fazer o que foi pedido, então a
547
nave troca ideias com ela mesmo, e com você, parece ser neural,
não sei como funcional, estamos começando isto agora senhor.
— Começaram quando?
— Hoje.
— E já sabe abrir a nave?
— Senhor, como Pedro fala, eu estou nisto por ser
programadora, ele provavelmente colocara Sabrina e Pietro nisto
também, pois é um novo desafio para programadores.
Pedro pega o comunicador e fala.
— Carlos, consegue voltar?
— Sim, estou voltando, mas isto é uma senhora obra de
engenharia.
O veiculo começa a voltar, deixa Carlos na entrada, parte
nitidamente do comando da nave, pois sobrava pouca nave para o
fim naquele lado da mesma.
Carlos olha para Pedro que chega ao lado de Renata e fala.
— Pergunta se ela pode nos mostrar a Lua de Azul 1.
— Pode nos mostrar a Lua de Azul 1?
Todos viram uma espécie de estrutura subir e ficar na forma
de cadeiras a toda volta e se ouve.
— Peço que todos sentem-se para segurança.
Eles sentam a toda volta, encantados, veem a comporta
começar a fechar, e uma luz parece os segurar na altura da cintura,
os pés no chão, e sentem a nave ir calmamente para frente, nem
sentem ela mudar de rumo e quando o material a toda volta
começa a ficar translucido, todos olham para fora e Pedro fala.
— Logo a frente, temos o trem de pouso da Apolo 18.
Todos olham e Banneker olha descrente, ele estava a
sobrevoar a Lua, para um senhor da NASA, era algo incrível, ver a
Terra ao longe também e fala.
— Um dia para não se esquecer.
— Só não esqueçam, estamos aqui para ajudar a salvar o
planeta ao fundo, não adianta acharmos bonito hoje e
documentarmos o seu fim. – Pedro.
Deram uma volta, e voltam ao local, descem e Pedro
apresenta agora a pequena nave, e Carlos chega perto, chamar algo

548
de 18 metros de cumprimento, um disco com este raio, altura de
mais de 4 metros, não era algo pequeno.
Renata chega ao sistema e pensa;
“Se puder não mostrar as armas!”
“Compreendemos, qual a ideia?”
“Equipar com materiais capazes de nos documentar o evento
no sol, reunirmos estes dados, e termos o máximo de informação
referente a duração, espessura, ângulo que atingiremos o evento,
composição da nuvem que atravessaremos, ejetada do sol.”
— Destravando a nave. – Fala Renata.
A mesma desce hastes de apoio, desce ao piso, e abre 4
comportas de acesso.
Carlos olha o como era incrível aquilo e fala.
— A estrutura de flutuação é a mesma da nave que achamos
em eP12.
Carlos olha e começa analisar os equipamentos.
— Não para de nos dar trabalho.
— Empregar engenheiros pelo jeito é meu destino. – Pedro
olhando para Banneker.
— Entendemos a ideia, uma base já pronta, que tem 100
naves desta, mas sinal que cada uma das outras devem ter isto.
— Não posso garantir senhor, estamos descobrindo isto
junto, eu não posso mais ficar escondendo as coisas, então vou
abrindo cada ponto que descobrir.
— Esta base é imensa, não entendi porque do tamanho, pelo
que entendi, a mesma nave conseguiria fazer o mesmo com uma
pequena destas.
— Também não senhor. – Mente Pedro.
— Para isto que queria os engenheiros?
Pedro caminha até um sistema de comando da base, e toca
no sistema, pede luz, ele atende, e o senhor viu paredes que
pareciam vidros começarem dar imagens daquela base, e das 3
bases que existiam na Terra e fala.
— Parte destas imagens, são das bases na Terra, que não sei
ainda por onde entrar, pois estão abaixo de dois mil metros senhor,
conservadas como esta, como as imagens mostram, vazias,

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parecendo esperar algo, como se alguém ao longe soubesse disto,
mantivesse isto pronto para um dia voltar.
— E lá não tem naves?
— Pelo que sei não, se tiver, teremos de ter uma entrada de
22 quilometro de raio, mas entendo que aqui, a menor gravidade
permite o instalar de hangares altos, imensos, qual a estrutura física
de uma construção para a mesma coisa na Terra.
— Imensa.
Pedro coloca uma imagem e fala.
— Senhor, existe um sistema de transporte antigo, que liga
esta a outra, mas como o sistema se desligou no outro, teremos de
ir manualmente, e como não sei o estado das coisas lá, vou o fazer
através de autômatos.
— Certo, está ainda descobrindo, mas vi que chamou alguns a
participar, não entendi a ideia, pois parece algo muito aberto,
estava acostumado, talvez mal acostumado a ter algo mais fechado,
com menos gente ouvindo.
— Cansei de ficar me repetindo senhor, a culpa é minha, eu
não gosto de reuniões, mas descobri que as vezes uma noticia
comunicada a muitos lhe reduz imensamente conversar pessoais, e
não vou ter tempo.
Pedro viu o almirante chegar perto e fala.
— Como estão as coisas Almirante? – Pedro esticando sua
pequena mão para o Almirante Leon.
— Vendo que está começando a ampliar, mas não entendi
porque me chamou?
— Existe um sistema de campo de proteção nestas naves,
temos de saber qual a dimensão delas, se elas protegeriam a região
a baixo, diretamente, e qual a resistência disto.
— Não entendi.
Pedro olha o senhor e pega uma folha e fala:

550
— Acho que esta parte não vai dar para deixar invisível, e se
temos de começar a alertar que o exercito está fazendo algo, os
deixando fazer milhares de teorias de conspiração, temos de
começar a aparecer.
Banneker olha o papel que o menino passou para o Almirante
e este fala.
— Agora teremos de mostrar?
— Ele tem dois quilômetros de altura Almirante, não tem
como por algo lá e por uma proteção de invisibilidade, quer dizer,
tem como, mas eles iriam acertar direto, pois não é algo pequeno,
não é algo a ser facilmente desviado.
— Vai desmontar isto lá?
— Não, se eu tentar desmontar, eu perco a tecnologia
senhor, talvez não tenha entendido, estamos pegando emprestada
uma tecnologia, se eu tentar a desmontar, no lugar de entender, ela
se fechará a nosso uso.
— Acredita nisto? – Banneker.
— Sim, eu não consigo ainda fazer um sistema como o que
comanda estas naves senhor, comandos vocais de interpretação
neural, e com leis internas não alteráveis, a não ser por seus

551
criadores, fechando seus equipamentos e os defendendo, se forem
forçados a isto.
— Então o que faremos?
— Senhor, se colocarmos sobre a base, saberemos o que ele
protege, qual a sombra que ele gera, qual a altura que conseguimos
estabilizar, se podemos mesmo usar o campo de proteção deles.
— E vai levar para terra uma apenas?
— Estou pensando em duas para pesquisa, uma aqui para
pesquisa, mas pode ser que tenhamos 3 lá, e uma aqui, quatro
grupos pensando e analisando os dados e problemas.
— Onde pretende por as duas?
— A ampliação da base em San Diego, estabelece dois dias
para a instalar lá, devo instalar no que alguns estão falando que é
minha nação, ouviu isto Banneker, é que comprei umas ilhas
pequenas e uns atóis no Pacifico, e estarei levantando lá uma linha
de proteção para o ecossistema, sei que se colocar perto, alguém
vai invadir, eles não entendem que é o ecossistema complexo que
transforma este planeta em especial, defender as pessoas sem
defender o ecossistema, é as ver morrer de fome.
— Esta faz parte da etapa dois? – Leon.
— Sem numerar ainda, pois pretendo ter um sistema de
campos de proteção, que não sei ainda a resistência, o uso destas
pequenas naves, as lançando contra o sol, me dará a resistência
disto.
— Quando pensamos que entendemos a ideia, vemos que
seus medos são muito maiores, as vezes é difícil encarar você
pessoalmente pequeno Pedro, mas poucos no mundo estariam
pensando em tamanho investimento para salvar um planeta.
Pedro sorriu, se despediu e olha para Sabrina a sua frente.
— Precisando de ajuda pelo jeito, mexeu com todos, e nem
sei quem são os que nos colocaram hoje aqui, gente que poderia
jurar que estávamos em uma base em Los Alamos.
— Somente assim para desviar uns malucos.
— Mas o que pretende?
— Vou lá pessoalmente conversar, vai ser aquelas conversas
entre programadores, não entre generais.
— Um desafio?
552
— Duvidas, apenas duvidas. – Pedro parecia saber que era
monitorado por ali.
Pedro começa a sair, a nave foi se fechando e Carlos olhou
para ele, o continuar saindo, fez Carlos olhar os demais e olhar os
seus, começam a sair, os autômatos indicam o corredor e passam a
cidade subterrânea, Pedro olha para os autômatos, e olha para um
senhor lhe apontar a arma e falar.
— Deve ser meu alvo.
— Sei lá, não sei quem é você. – Pedro olhando os demais,
Carlos brilhou ao fundo, as duas Renata brilham, o almirante que se
depara com o rapaz saca a arma e se ouve outros chegando e
falando alto.
— Não atrapalha Almirante, temos ordem de matar este
terrorista, não entendemos o que acha que ele pode ajudar, mas
não discutimos ordens.
— Poderia me dizer quem deu a ordem? – Leon olhando o
rapaz – Pois vou pessoalmente o matar e depois tirar você do
buraco que se esconde, na frente da sua família e dizendo o que fez,
dar sumiço em você para sempre. – O almirante não era de meias
palavras, o rapaz sabia que estava cumprindo uma ordem de um
morto, viu ao entrar ali, dois dos rapazes que o induziram, não
atravessar, não imaginou que eles morreram na passagem, pois
eram pessoas contaminadas.
Mas agora chegava mais gente, Renata recua, Carlos ao fundo
recua, e veem um camada de proteção isolar o corredor, dando um
caminho alternativo, Pedro olha para o almirante e fala.
— Pelo jeito teremos de terminar a conversa amanha.
O almirante sorriu e fala.
— Passa por lá que conversamos.
Pedro toca no peito, o rapaz atira, achando que teria reação,
Pedro vê a bala, a pega, invertendo o sentido, olha os demais que
chegavam, toca em dois autômatos, que chegam a região e tiram os
rapazes armados, Pedro olha para eles saindo, volta ao mesmo
lugar, e toca o peito novamente, os demais viram os rapazes apenas
sumirem, sem ver nem o movimento de Pedro que olha para os
demais e fala.
— Me deem um momento.
553
Pedro chega ao comando e vê que vieram como rapazes
assessores de Dilma, olha para a proteção e vê que dois morreram
na passagem, e dá alarme do satélite para achar os focos, e tudo
aponta para um grupo em meio a floresta, Rio Negro, uma base que
não existia, mas logo teria seus satélites e saberia onde ficava esta
base de seres de pés invertidos, que pareciam estar por ai ainda.
Carlos chega e olha os dados e pergunta.
— Onde fica esta base?
— No meio da floresta Amazônica, numa região de difícil
acesso, aqueles lugares que ainda são desconhecidos mesmo nós
estando monitorando quase tudo.
— Acha que infectaram alguém?
— Isto que estranho, os 3 grupos transmitem para o mesmo
ponto do espaço, mas parecem cada um num plano diferente, estes
observam ainda, não estão infectando nada.
— Vai me explicar aquele lugar lá? – Carlos.
— Sim, mas com calma, me preocupo em sair de portas e ter
gente armada, consegue para todas as peças estratégicas uma
proteção individual, registra o DNA para não poder ser passado a
frente, mas protege todos.
— Pelo jeito seu dia não acabou?
— Inversão de posições, a empresa toma posições, não eu ou
você Carlos, deixa a Rosa’s ser culpada das coisas ruins, não a gente,
estou me enchendo de sair de casa. – Pedro olha em volta – Mas lhe
passo o endereço do projeto Lua, mas é que ainda não temos
domínio total do sistema local, e isto é um risco que não gosto de
correr, eu estava lá com uma proteção a mais Carlos, mas em dois
dias, devemos ter acesso seguro.
— Certo, o lugar em si é algo incrível, acho que ficaria lá
babando um tempo, mas se não é seguro, sei que tem priorizado a
segurança, vi que tinha aquela programadora da JJ lá, sinal que está
ampliando as parcerias.
— O sistema que eles tem naquela base Carlos, coloca o meu
sistema de programação como infantil.
— Certo, todos querem o seu sistema e se depara com algo
muito mais elaborado, mas aguardo, vou descansar, pelo jeito seu
dia não terminou.
554
— Não.
Pedro caminha até Sabrina que falava com Renata Paz e fala.
— As duas pessoas que pretendo dividir algo.
— O que é aquele sistema Pedro? – Renata direto.
— Em duas horas, pela manha, devemos ter um esquema do
sistema deles, completo, estou o escaneando, sem me mostrar uma
ameaça, senão ele nos isola, como eu não estou tirando
informação, apenas a estudando, o sistema dá acesso para divisão
de informação, vejo isto como dois problemas, termos acesso
irrestrito, e que quem domina aquele sistema, não receba nossas
informações facilmente.
— Mas como acontece aquilo?
— Não sei, é neural, pior, é três sistemas, tenho de estudar
isto, pois as câmeras analisam o DNA, o toque laser da mão
confirma, dá a estrutura genética da pessoa, e parece neste instante
abrir uma linha neural com quem está no comando. – Pedro.
— Do que estão falando? – Sabrina.
— Do sistema de comando da base na Lua, vou passar para
você também o esquema Sabrina, meu sistema parece infantil
comparado a aquele, um sistema de Inteligência Artificial, com
prioridade a vida dos Fanes, a restrição de divisão com outras
espécimes da tecnologia, sistemas de proibição de desmontagem de
qualquer peça, e não uma inteligência artificial, e sim 3 delas, que
discutem entre elas a ordem e a executam da forma que
consideram mais eficiente, e com menor risco. – Pedro.
— Realmente algo a estudar, pois se conseguíssemos
desvendar aquilo, seria pegar o seus sistema Pedro, e transformar
ele em um sistema seguro com regras internas, e que discutisse os
problemas antes mesmo de pensarmos neles.
— Inteligência artificial é algo que sempre me assustou, mas
os autômatos estão tirando pedaços que estavam montando, como
se estivessem organizando as coisas, como não estamos passando
pelas entradas padrão, o sistema deles ainda não deu falta, mas se
não desmontar o sistema de campo de proteção deles, não vou
conseguir o reproduzir. – Pedro.
— E nos quer olhando isto?

555
— Sim, pois eu vou sair um pouco da vitrine, pois ainda tem
muito maluco querendo me matar.
— E vai abrir isto fácil assim? – Sabrina.
— Este sistema está ali na Lua, com armamento que não
mostrei Sabrina, e que nem o sistema ainda nos dá acesso total,
então se alguém de fora do planeta tiver acesso aquilo, e
conseguirem usar, nos aniquilam fácil.
— Pensando já no futuro, isto é bom! – Sabrina.
— Estou tentando pensar a frente, mesmo ainda achando que
tenho muito a fazer, e sei que mesmo assim, salvarei pouco.
— Certo, não vi os maquinários, mas uma nave destas se tiver
uma proteção, já é algo assustador.
— Será o assunto em dois dias do mundo, pois vou estacionar
uma a frente de San Diego, uma pequena nave, de dois quilômetros
de altura por 22 de raio, na forma de um disco voador.
Pedro olha a mensagem no seu celular e fala.
— Agora tenho de deixar vocês moças, ainda não acabou meu
dia, as vezes eu duvido que cabe tudo em um dia.
Pedro faz sinal para sua irmã e os dois passam por uma porta,
Renata Paz acompanha, pois teriam de ir para casa, e nem sabia
onde estava.
Pedro pega o celular e pergunta.
— O que aconteceu Vaz? – Pedro perguntando para o
advogado a situação.
— Pediram a prisão provisória, eles o querem lá.
— Motivo?
— Ele confessou, mas se olhar pelo fato que ele esta
comparecendo de bom grado, não saiu do país ultimamente, e está
com residência fixa, não havia motivos para prender antes do
julgamento, parece que querem fazer um caso de repercussão.
— O que ele pediu para que eu fizesse Vaz?
— Mantivesse a calma, ele não gosta disto, mas está preso na
policia federal de lá, ele parecia tenso.
— Pediu algo?
— Apenas agua mineral, mas eles ainda não atenderam ao
pedido.

556
— Para quem queria amanhecer em Ariri, vou acabar
amanhecendo em BH, mas vou dar umas ligações e ligo para você.
Pedro liga para Carlinhos e pergunta.
— Como estão as coisas em BH Carlinhos?
— Ele deve chegar em meia hora na parte prisional, a
imprensa local esta dando destaque a todas as mortes, como se ele
tivesse matado todos.
— Sem problema, apenas mantem o cerco, qualquer coisa
errada aciona o grupo que lhe falei.
— O que são?
— Paramédicos, capazes de atender antes de uma tragédia,
então temos de torcer que não tentem.
Pedro caminha até a sala de comando e aciona o sistema de
autômatos e uma soma de 20 autômatos passam pela passagem
para BH, e começam a se direcionar a Policia Federal, pareciam
pessoa normais em seus disfarces, apenas andando.
Olha para a porta, quase havia esquecido de Dinho e a
namorada, que olha para ele desconfiada.
— Entrem, só resolvendo um probleminha e já falamos.
Pedro pega o celular e liga para Rita.
— OI amor, acho que nossa ida a Ariri fica para depois de
amanha, problemas com meu pai.
— Sem problema, quer que avise meu pai.
— Apenas se cuida, lhe ligo assim que der, tá corrido e só
agora consegui lhe ligar.
— Te amo, se cuida.
Pedro desliga e olha para a moça e pergunta.
— E dai Silvia, vai entrar para a família ou vai continuar nas
beiras da família?
— Entrar para a família?
— Quando se fala em Família Rosa, é um complexo de
Jornais, empresas, mas principalmente uma família.
— Não entendi a proposta?
— Eu preciso de uma assessoria de marketing que seja minha
representante em todos os problemas, eu não pretendo ficar
respondendo, e muito menos aparecendo, já que todos a volta, se

557
eu colocar um boné, um óculos e sair pela porta, quantos acha que
me reconhecem?
— Se sair assim poucos, pois eles procuram a caricatura, que
lhe dá um ar menos criança, mais adolescente, quase rapaz, soma a
isto a informação que tem duas moças gravidas.
— Sim, e vou tentar aparecer menos em publico, vou voltar
as aulas, e ser apenas o Pedrinho, sem adendo de empresário,
tenho de tentar me formar este ano, mesmo com duas crianças
chegando por ai.
— E como seria esta assessoria.
— Teremos um prédio no centro, onde estará situada a sede
local da empresa, teremos uma no Rio, uma em São Paulo, e uma
em BH, todas com uma sala sua, para falar sobre a empresa, abraçar
as minhas empresas é abraçar também perguntas sobre meu pai, e
tem de saber, quer dizer, já sabe, que repórter faz perguntas
repetitivas, para ver se você dá uma que sirva melhor que as
demais.
— Sabe que ganhei a conta?
— Sim, mas é você que tem de saber se quer o cargo, como
digo, terá de entender algo de inglês, francês e regras básicas de
outras línguas, eles perguntam em inglês geralmente, mas tem de
saber que certos assuntos não tocamos na empresa.
— Como?
— Não temos exércitos, como alguns falam, mas não
negamos, apenas não falamos, eu não tenho sósias, e entendera se
entrar nesta familiar porque eles pensam que tenho, amanha todos
os jornais especulativos falarão de uma obra maior que está se
fazendo em San Diego, e a resposta para esta pergunta é, “O que
tem para ver, estará lá no fim da Quinta.”
— E o que terá lá que não vamos falar amanha?
— Uma nave, teoricamente fabricada no planeta, mas que
todos dirão que veio de fora.
— E porque eles falariam que veio de fora?
— Porque ninguém viu construir, apenas por isto, e é mais
fácil deixar no ar ser algo extraterrestre do que mostrar bases de
produção de armamento para eles.
— Se perguntarem se fabrica armas?
558
— Sim, temos contrato para fabricação em vários ramos de
produtos tidos como Armas.
— Algum exemplo que possa dar?
— Espaçonaves invisíveis ao radar, campo de invisibilidade, a
nave que estará a vista em dois dias.
— Porque acha que todos falarão desta nave?
— Pois é um chamariz, e com certeza, se deixarem vamos
mostrar mais duas, apenas para provocar e pararem de falar do que
não sabem.
— Dizem que você é das pessoas mais ricas do planeta, se
perguntarem algo assim.
— Não tenho idade nem para ter imóveis no meu nome aqui,
na França ou nos Estados Unidos, então tenho pouca coisa em meu
nome.
— Se perguntarem sobre a empresa de joias?
— Amanha vai receber um catalogo sobre tudo que pode
falar, e qualquer coisa que não estiver lá e perguntarem, antes de
falar qualquer coisa me pergunte.
— Certo, pelo jeito vem bomba.
— Sim, algo que não tenho como evitar, mas se pudesse, teria
tanta energia para por em outras coisas que teria de pensar para
onde ir.
Renata sorri e Dinho pergunta.
— E vai precisar de mim ainda hoje?
— Não, se perguntarem estou em BH amanha.
— Vai para a linha de tiro?
— Vou detonar amanha estruturas que iria apoiar em BH, e se
as pessoas não verem eu fazendo fica mais fácil.
— Me passa o material e quando começo, não tenho opção,
estou desempregada, espero que não seja pão duro com o salario.
Pedro sorri e olha para Dinho, era estranho como as pessoas
as vezes não demonstravam o que ganhavam, e viu os dois saindo,
olha para a irmã e fala.
— Eu vou a BH, não sei se vai ficar por aqui?
— Melhor, suas confusões as vezes me assustam, mas e
Renata?
Pedro olha para ela e pergunta.
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— Não sei se quer que deixe em casa ou vai dar um pulo na
casa do Moreira?
— Vou dar um pulo lá, mas me passa a programação, sei que
as vezes pode parecer difícil e não ser, as vezes parece simples e é
bem complexo.
Pedro sorriu e Renata chama um taxi, Pedro passa pela porta
e se depara com a casa simples de BH, sai a rua e chama um taxi, as
pessoas não levam a serio nem para um taxi, ele vai a sede do jornal
e olha para Carmem, a senhora que tocava os jornais do pai em
Minas Gerais.
— O famoso Pedro Rosa em minha sala.
— Prazer, desculpa a hora, soube a pouco que meu pai estava
preso, esta coisa de deslocamento as vezes nos toma tempo.
— E o que pretende?
— Apenas um encarte que vou pagar a parte, como faço no
jornal em Curitiba, da Rosa’s.
— Encarte?
Pedro alcança para a senhora e fala.
— Não sei se dá tempo de disparar nos 22 jornais do estado,
eu pago os custos, apenas uma reação.
— Pelo jeito é mais encrenqueiro que seu pai, e olha que isto
é difícil.
Pedro se despediu e Saiu.

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Crônica Extra
Se estão lendo isto, mesmo a policia
federal de Minas Gerais não tendo motivos
para me prender, me prenderam.
Estava falando com meu filho estes
dias, que passamos quase um ano sem falar
sobre certos assuntos, pois eles nos
indiciariam por uso da maquina, entendo o
medo do delegado, mas meus jornais não
tem ratinhos amestrados, já que amestrar um jornalista, é acabar
com ele, conheço alguns amestrados, eu estava em parte mais
amestrado antes de meu filho me por para correr, e um novo
menininho surgir.
Mas se acha que prender o dono de um jornal, para um
jornal, entrega o cargo delegado.
As vezes temo recomeçar uma guerra que tinha dado como
acabada em Minas, mas as vezes, esquecemos que muitos
estavam no esquema, e estão com um litro de uísque a menos na
prateleira por causa do fim da guerra.
Quer saber que guerra? Pergunta para as estatísticas, e
verá um declínio em assassinatos no estado, no momento
seguinte ao meu escapar com vida de uma arapuca, a qual sou
acusado de ter em minha defesa, sobrevivido, e atirado, mas se
me prenderam, vão tentar me culpar de todas as mortes,
coitados, eu nem tinha entrado para a família e já tinha gente
morta na mesma pedreira.
Mas vou evitar me defender em publico, pois é o que o juiz
quer, para me manter preso, mas me acusar de mortes que
aconteceram antes de ter 10 anos, pode contar, vou bater o pé,
não tinha uma arma na época, e não conhecia BH.
Se cuida filho, sei que deve estar preocupado, mas tudo
que temos, eles nunca tiveram, sabe disto.
Gerson Travesso
Curitiba, 27de Julho de 2011

564
Bom Dia
Deveria estar em Ariri para curtir meus
últimos dias de férias antes de voltar para as
aulas, e estou em BH.
O que vim fazer aqui?
Tinha de parar algumas obras, e vim
pessoalmente parar algumas delas, tinha planos
para distribuição dos produtos da Rosa’s por
uma empresa própria, que foi proibida, não
entendi a proibição ainda, não sei se posso a
derrubar, mas por enquanto, tenho de deixar claro, a distribuição no
vale do Rio Doce, vai ser feito pelo Espirito Santo, a nordeste, pela
Bahia, a sudoeste por São Paulo, a Sudeste, Rio de Janeiro, e a noroeste
por Goiás.
Odeio estar fazendo seleção de pessoal e ter de pensar se vou os
dispensar antes de contratar ou propor uma nova ideia, mas é o que
penso neste instante.
Algumas empresas terei de tirar dos planos, pois incompetência,
e lerdeza não combinam com minha forma de pensar e agir, então estou
excluindo parceiros que me pareciam bons, mas eles são bons em
mandar, não em parcerias.
Estou mantendo investimentos pesados em Minas, mas nem
todos são onde eu queria.
Estou fechando um acordo de vendas com uma distribuidora
multinacional que está no estado, para distribuição de toda a linha de
agro negocio em Minas, estou cancelando a doação pela Rosa´s da
verbas para a ampliação do Cumbica, pois as parcerias que queria no
estado, não mostraram vontade, e não sou de ficar correndo atrás, se
nem governador, nem prefeito, nem empresas de construção levaram a
serio a proposta, que paguem por elas.
Os meus prospectos entram em conflito com a vontade de alguns
poucos empresários Mineiros, e não entendi ainda o quanto eles
conseguiram emperrar isto, mas estou em BH para verificar isto.
Por ultimo, calma pai, eles não precisam saber o que
conversamos, mas realmente, uma coisa o esquema de Geraldo nunca
teve, ele nunca foi uma família, era apenas uma quadrilha.
Pedro Rosa

565
Pietro acorda em Paris, olha em volta, entrando no verão,
olha para fora e se anima, olha os recados e caminha até a empresa.
Pietro entra na sala dele e olha para Carlos.
— Os problemas primeiro?
Carlos sorri.
— Não foi ontem, o que ouve?
— Paranoia, cheguei ao carro e jurava ter um grupo me
seguindo, e não queria estragar as coisas.
— Pedro ainda pretende acelerar Pietro.
— Acelerar?
— Soube que a Primeira Ministra da Alemanha vem ai para
falar com você, e pelo que entendi, quer um sistema de proteção
para o povo dela, não apenas para uns políticos.
— É uma mudança de rumo, mas o que o traz aqui?
— Pedro ainda deve estar dormindo, mas ele falou que
descobriu um sistema, que deveria passar uma copia assim que
terminasse para você, para Renata Paz, e para Sabrina Jones.
— Um sistema?
— Ele não viu ainda, ele estava escaneando o sistema, ele
pensava que o sistema o deixou interagir porque não estava
ameaçando o sistema, mas desconfio que não é isto.
— O que o tirou o sono Carlos, sei que dorme como uma
pedra?
— Um hangar na lua, pelos meus cálculos, mais de 30
quilômetros de altura, com 100 naves imensas lá, que ele pretende
trazer 3 delas a terra para estudo.
— Certo, ele vai por medo agora, mas que sistema é este?
Carlos passa um pen-drive para Pietro que põem na maquina
e começa a olhar, uma coisa era um sistema numeral como o
menino fez, mas olha o cronograma e põem em uma tela, na do
lado coloca o programa do menino e pergunta.
— Ele não viu isto ainda?
— Talvez não tenha tempo hoje, mas com certeza, verá.
— Problemas no Brasil?
— O pai dele foi preso no fim do dia de ontem.
— Mas de onde vem este programa?

566
— Isto é um programa que o menino colocou a palavra vivo e
participativo do lado.
— Vivo?
— Inteligência Artificial.
— Temos acesso ao sistema?
— Pelo que entendi, pelo que vi nas câmeras, o sistema fala
exclusivamente com Fanes, ele teve o primeiro acesso por Renata
Paz, mas vi que ele interagiu com o mesmo, mas aparentemente
não deu ordens, apenas pediu permissão para o que mostraria.
— O que tem lá que ele não quis mostrar?
— Não está nem no sistema Pietro, mas ele falou em
autômatos de 10 metros, mil deles por nave.
— E se depara com um sistema que se assemelha ao dele,
mas que usa um sistema triplo, o dele seria o primeiro, para
processamento rápido, dai tem este com emissão de frequências a
528 hertz, eles tem um sistema que não entendi, com mais de 7
milhões de respostas para frequências. – Pietro.
— Talvez seja o que o menino falou, que o sistema tinha um
sistema de calculo, um de reconhecimento e estruturação e um que
parecia falar-lhe mentalmente.
— Um sistema Neural? – Pietro.
— Sim, um sistema neural baseado nos Fanes, então eles
sabem bem quem o é e quem não o é.
— E porque ele daria acesso ao menino?
— Não sei, mas o que acha do sistema?
— É como se fosse a evolução natural do sistema de Pedro
em um espaço imenso de tempo.
— A duvida que ele tinha, é se teríamos como assumir o
sistema sem ele se travar e se voltar contra nós.
— Tenho de estudar, pois um passo errado é como o sistema
de Pedro, se fecha a tudo.
— E ele falou que vai trazer 3 das naves lá em cima para baixo
para estudar um campo de proteção deles.
— O que tem de mais nisto? – Pietro.
— 3 Naves que são discos negros, de 22 quilômetros de raio,
e dois quilômetros de altura, em um material que absorve toda a luz
que é emitida.
567
— Ele quer que olhem, ele vai parar de fazer de conta, mas
uma nave destas realmente faria uma senhora sombra.
— Ele quer fazer uma sombra com proteção, algo que desse
para salvar 500 milhões de pessoas, em 100 cidades superpopulosas
do mundo.
— Então aquele papo de os outros façam a parte deles é
apenas papo?
— Ele não vai declarar isto, ele não pode declarar isto.
— Então este sistema é o começo, entendi, sem ele não
controlamos as naves, e arriscamos no momento que o problema se
fizer, elas se negarem a ajudar e toda vez que um plano de metas,
uma delas desanda, os demais desandam, mas acha que é seguro.
— Não sei Pietro, isto que quero saber, Pedro deu a entender
que ainda não era seguro, vejo pela sua frase que ele não falava a
toa, pois as vezes tenho a sensação que ele mente descaradamente.
— Tem coisa que ele sempre segurava de informação, tem de
ver que eles estão colocando o peso sobre uma criança, se fosse um
adulto talvez já tivesse se enterrado e estivesse esperando o fim dos
demais, mas não seria Pedro Rosa, o menino capaz de – Pietro
aponta para o programa – programar algo que deve ter tido
milhares de anos de pesquisa, mas tenho de falar com o menino.
— Por quê?
— A complexidade, entendo ele colocar 3 grandes, ele quer
discutir programação, mas se o que entendi for real, abriria um
mercado assustador.
— Mais assustador do que pular para 120 anos luz?
— Pular para lá, olhar em volta e conversar com os demais
sem abrir a boca.
— Não entendi.
— Carlos, se eu tiver no cristal um sistema que me dá o que
significa cada reação cerebral, se tiver um pequeno capacete, ou um
boné preparado, posso saber 7 milhões de reações, seria saber se
você pensou em que, teria de ensinar o sistema a ler o que você
pensa, mas me permitiria saber o pensamento do ser a frente.
— Tecnologicamente falando?
— Sim.

568
Carlos sorriu, eles falavam de coisas impensáveis, mas sinal
que alguém sabia fazer isto. Se despede
Pietro olha as linhas, começa a programar, ele não entendera
muita coisa ainda, mas começa a redesenhar o esquema na base
numérica de Pedro, ele sorri e passa uma mensagem para Pedro.

Sabrina esta olhando o programa quando recebe o pedido de


conversar de Pietro Martins, ela olha para Dallan que fala.
— O que ouve?
— Posso estar enganada senhor, mas se eu refizer o projeto
do sistema que Pedro nos mostrou ontem, e abriu comigo, com
Pietro Martins e Renata Paz, apenas os três, sobre o sistema de
reconstrução do sistema de Pedro, temos algo muito incrível, mas
algo que assustaria, mesmo Pedro fica na duvida.
— Mas que sistema foi este?
— Um sistema de controle Fanes, na base que ele mostrou
ontem, o sistema tem 3 sistemas de inteligência, com mesmo peso,
dois deles, estabelecem a vitória, da forma de fazer, mas algumas
metas estabelecidas em linha, de forma a não se perder, parece até
o programa do menino.
— Ele fez um programa a mais?
— Não, o sistema estava desativado e inerte a mais de 180
mil anos, mas o que foi feito, é um projeto elaborado e melhorado,
por mais de 16 mil vezes, temos todas as linhas de evolução do
sistema no próprio sistema, que nos mostra o caminho, mas
somente nas ultimas 3 mil partes já tinha o projeto atual, eles se
arrastaram para chegar ao sistema como Pedro desenvolveu, depois
se acomodaram e só evoluíram quando uma tecnologia foi somada
ao projeto.
— Tecnologia.
— Neural, eles estabelecem um segundo sistema de
interpretação, onde tem o registro neural de como os Fanes
funcionam, e dando o que eles estão pensando, uma lista que o
sistema analisa de 7 milhões de reações, então o sistema tem como
se comunicar via frequência neural, inaudível aos demais, mas
audível a quem estiver no comando.
— E o menino quer estudar isto?
569
— Ele apenas me passou o prospecto e escreveu ao lado,
“Ouvi o sistema, não sei a semelhança neural de um Fanes e um
Humano, mas posso lhe informar, o sistema me ouviu e eu o ouvi,
isto para mim é algo desconcertante, mas sim, existe leitura
mental.”
Dallan olha o sistema e Sabrina olha outra comunicação vindo
de Renata e fala.
— Mas o incrível nisto Dallan, é que o sistema do menino
invade um sistema destes, quase como invade o nosso,
interpretando entradas, saídas, conteúdos, e dando os caminhos,
isolando defesas, então tanto eu, Pietro e Renata entramos neste
sistema, com base no de Pedro, e os dois concordam, o mesmo
sistema reprogramado em parâmetros eP, dá um pulo de outros
anos neste sistema estático.
— E porque o redesenhar?
— Dallan, eu não sei se o que tem no sistema é real, mas aqui
fala em isolar armas Fanes de Guerra, mais de 100 mil autômatos de
10 metros de altura.
— Isto assustaria exércitos.
— Isto assustou Pedro, pois está ali na lua, pronto para ser
usado, por alguém que não sabemos onde está, mas que não parece
preocupado com os Fanes locais, mas que chegaria ali e nos
dominaria.
— E ele quer fazer oque?
— Acho que ele pensou que daria mais trabalho para
desmontar o sistema deles, pois ele passou para 3 pessoas, e
qualquer uma das 3 o teria feito.
— Isto não tem cara de Pedro. – Dallan olhando para Sabrina.
— O que ele acha que é então?
— Forma de pensar, um é a informação, outro os
armamentos e decisões militares, e o terceiro, o controle mental,
não sei porque, mas como você disse, algo que ficaria incrível se
montado assim, mas ele não quer montar outro, ele quer acesso ao
que está lá encima.
Sabrina olha para Dallan, sorri, o senhor tinha razão, mesmo
sabendo o problema, Pedro queria acesso a bases, e começa a olhar
os dados e fala.
570
— Tem razão, podemos refazer, mas não é o que precisamos
agora, ele falou em usar as naves, para isto, temos de ter acesso, e
ele não quer dizer que tem de ser um Fanes para isto.
— Não entendi isto?
— Os Dragões são como a CIA, gente que põem uma ideia na
cabeça e não pensa nas consequências, para matar um Fanes no
comando, são capazes de detonar uma nave que está protegendo
milhões.
— Certo, malucos temos de evitar, mas tenta acesso, acho
que o menino quer distrair, ele quer algo a mais, mas não entendi
oque.
— Pedro disse que viria conversar no fim do dia, não sei se
terei liberação para isto, ainda tem a tarde aqueles rapazes da
universidade.
— Nem entendi a ideia deles.
— Eles são mais malucos que pensei, eles querem chamar a
forma de programar que o menino criou, que nós passamos a usar
de Linguagem Rosa.
— E tem motivo para isto?
— Se considerar que ele não usa o sistema de instruções de
nenhuma linguagem padrão, e consegue usar sistemas paralelos,
sim, e consegue interação com qualquer modelo pré existente, o
sistema dele já é uma linguagem diferenciada, mas o que se vê é
bem diferente do que se programa.
— E vai desenvolver uma forma de ensinar isto? Sei que é o
que eles querem.
— Acho que o problema é que se colocar pessoas sem
formação em programação de frente a Pedro, eles o entendem, mas
se colocar gente do primeiro ano de formação de frente a Pedro,
não vão entender nada do que ele fala.
— O menino não tem como convencer pessoas com
formação, acha que consegue?
— Este é o problema, eles querem ensinar isto de cara, e não
vejo gente sem formação o fazendo, e mesmo assim, vejo um
menino que não domina nada do que estes em formação dominam,
e que consegue.
— Tentando entender a linha de pensamento dele?
571
— Dallan, o menino nasceu para isto, é diferente,
provavelmente ele conseguiria com formação fazer qualquer outra
linha de programação virar incrível, mas ele está num projeto
próprio, somente os gênios desenvolvem sistemas próprios, mas
geralmente usando bases de ensino, sistemas pré instalados, nos
Chips, como o DOS, o sistema do menino não usa o DOS, nenhum
pré programa, nada da pré-programação, mas o sistema dele é
aceito pelos comandos dos Chips, pois ele faz o que o chip faria, o
sistema acelera o programa dele, deixando todos os demais no
caminho, a mesma base, entrou no sistema dos Fanes, e como em
algum momento, o sistema tem de dizer sim ou não a cada
comando, como ele já estabeleceu isto numericamente, ele acelera,
mesmo em um sistema que não tem base parecida com a humana.
— E acha que ele virá mesmo?
— Sim, ele, Pietro Martins e Renata Paz.
— Sabe o problema de Renata Paz?
— Quem não sabe general, mas como se diz, ele não quer
gente que usem programa pronto, tem gente que não entendeu a
base do sistema até hoje, mesmo ele tendo soltado parte na net,
como se fosse a base, mas sem falar com ele em nada adianta.
— Vou autorizar, mas sabe que a reunião vai ser lá encima.
— Senhor, não precisamos do que está aqui em baixo,
precisamos do que – ela aponta a cabeça com o dedo – o que está
aqui dentro, pois o que tem aqui embaixo, gira dentro de um
sistema que a maioria nem sabe como funciona, mas como ouviu do
senhor da universidade, tem gente que fala demais.
— E o que o menino pretende?
— Pelo que entendi, desativar uma linha de sistemas de
invasão sobre a Terra, que muitos dirão que não pode ficar com ele,
mas não está com ele, está lá esperando alguém que nem sabemos
se vira, e quando.
— Entendo a logica do menino, o medo dos demais, uma
coisas é dizer que tem o maior exercito do mundo, outra, que um
menino de 13 anos o tem.
— Pelo que entendi, ele não tem um exercito senhor, ele não
está atacando ninguém, ele está usando eles para fazer buraco,
para salvar humanos, então ele tem mão de obra onde o segredo é
572
essencial, ele tem mais que nós General, mas não temos pouco, ele
não está dizendo, vou os invadir, está tentando por onde tem de
por dinheiro, e por onde pode garantir a continuidade, mas obvio,
foram tantas coisa nos últimos meses, que não vejo como os
mesmos que precisam dele agora, não pegar muito pesado se ele
conseguir o que pretende.
— Acha que ele vai fazer oque?
— Aquilo que tento negar, mas que quando se passa por um
corredor e se depara com uma base na Lua, temos de pensar que
ele pode mesmo ter acertado um outro endereço senhor, sabemos
que os cristais que infetaram alguns em Paris, não tem procedência
do Mundo que o Exercito tirou o Autômato.
— Sei disto, mas entendo o exercito pelo que chamam de
segurança, mas duvido que o menino não se defenda.
Sabrina olha o general, duvidava de algumas coisas, mas o
menino era uma incógnita, viu e ainda vê grupos da CIA ativos para
o matar.

Pedro olha para os comandos, ele tirara todos da cama cedo,


e estava chegando ao seu meio dia muito calmo, pedira algo que
entregaram na porta do sobrado, estava pensando no que fazer, ele
não era de decisões desmedidas, mas sabia que na politica e na
justiça do Brasil, o que valia era grana.
Pedro olha o sistema, vê as evoluções, queria conversar
melhor sobre isto, mas não estava em um lugar que desse para
acessar com tanta informação, olhava o celular, que finalmente
toca.
— O que tem para mim Carlinhos?
— Seu pai não comeu ou bebeu nada, ele sabe o que está
acontecendo, mas o delegado parece também saber, e gostaria de
saber o que fazemos.
— Calma, o delegado está onde?
— Entrando para almoçar agora.
— Me passa o endereço, não fala, e me encontra lá.
Carlinhos digita com dificuldade no celular, e transmite para
Pedro que olha em volta e começa a andar no sentido do centro,
não pegara um veiculo ainda.
573
Pedro olha para uma farmácia, próxima ao hospital, e toca o
peito e tudo para, ele olha para a farmácia, entra na parte de tarjas
negras, com tudo parado, pega alguns remédios de tarja negra,
coloca no bolso.
Senta-se no banco em uma pequena praça a frente e prepara
algumas coisas, em aplicadores manuais, dilui um remédio em pó,
colocando em uma saquinho.
Levanta-se, olha o restaurante, atravessa a rua com tudo
parado e entra no restaurante, para a entrada, no prato do metre
da entrada, pica um outro remédio e chega até o copo do delegado
e coloca o remédio do saquinho, põem um microfone na parte de
baixa da mesa e sai pela porta.
Pedro olha para Carlinhos e toca nele e fala.
— Vamos sair da região, 3 quadras.
— O que fez?
Pedro não falou, estavam com todos parados, quando ele
tocou o peito e viu-se tudo voltar a andar e Pedro fala.
— Para no bar a frente.
Pedro coloca o fone no ouvido esquerdo e começa a ouvir o
tumultuo.
— Vamos entrar?
— Não, vamos apenas estar em um lugar diferente de onde o
delegado vai passar mal.
— Ele vai odiar.
— Envenenar os outros é fácil Carlinhos, ele tem de entender
que ele é alvo como meu pai, e que se acontecer com meu pai, vai
acontecer igual a ele.
— E como não esteve lá, e ninguém pode dizer que fez aquilo,
ele vai olhar em volta tentando entender.
— Sim, mas vamos conversar Carlinhos.
Carlinhos olha para o menino e fala.
— Sei que esperava algo diferente.
— Carlinhos, não entende, ainda bem que as pessoas não
fazem as coisas como acho que fariam, seria uma monotonia só.
— E quer me por no seu esquema, sei disto, mas estou bem
longe.

574
— Carlos, os que estiverem longe não vou conseguir
defender, me deixa pelo menos por uma porta de segurança onde
você estiver, e quando ouvir, está esquentando demais, e começar a
sentir o calor, correr para aquela porta.
— Do que está falando?
— Todos que não estiverem protegidos, vão sofrer na carne,
e não tenho como defender todos, a NASA previu um grande
problema e não sei ainda quando vai acontecer, mas teremos o
alerta apenas 60 horas antes, e quando o tempo se esvair, destas 60
horas, pessoas vão começar a morrer.
— Então existe um perigo, não está apenas indo aos Estados
Unidos fazer dinheiro.
— Estou fazendo dinheiro lá, para conseguir ajudar alguns,
mas ainda acho pouco.
— E veio fazer oque?
— Na verdade sei que meu pai sabe se defender, mas se ele
precisar ficar a prisão, e não sei quando vai acontecer este evento,
teria de achar uma forma de proteger a penitenciaria.
— Certo, veio conhecer.
— Por medo, agora liga o carro e vamos a entrada da Ramires
Distribuidora, estaciona fora.
— Vai fazer o mesmo?
— Não vou ser bonzinho Carlinhos, mas me deixa lá e pensa
em um caminho com todos parados para o ministério publico,
enquanto eu entro lá.
— Vai conseguir problemas.
— Em uma hora quero estar em Curitiba, você vai estar lá
comigo, mas como vamos estar em meio ao tumultuo, só para lá.
Carlinhos dirige, para longe, vê Pedro tocar o peito e fica
pensando em como sair dali, olha para um mapa, e sorri da ideia.
Pedro entra na sala da direção da Distribuidora, sabia que
havia uma reunião ali, pega os aplicadores com a mistura, e foi
aplicando a altura dos pescoços, olha os senhores em seus ternos
impecáveis, as vezes temia matar alguém de bem, mas não deixaria
barato. Com tudo parado olha a secretaria a desviando.
Assim como entrou, saiu, entra no carro e vão ao ministério
publico, onde com a mesma facilidade, pulou a catraca de entrada,
575
entra e sobe pela escada, olha para a sala do senhor, olha para a
tela do senhor e não gosta do que viu, dinheiro do Senador Rebelo
na conta do senhor, olha em volta, aplica a mesma injeção no
pescoço do senhor, e sai pela porta, olha para um senhor sentado a
sala, parece o reconhecer, pega sua identificação e olha para o local
parado, conhecia aquele senhor, gente que conhecia seu pai, gente
que conhecera nas festas da infância de seu tio, um matador de
aluguel, o que ele fazia ali, aplica nele o mesmo produto e sai pela
porta, ele entra no carro e fala para Carlinhos.
— Vamos para o meu sobrado na cidade.
— Com tudo parado?
— Nem que tenhamos de deixar o carro e andar as ultimas
quadras a pé.
Carlinhos sorriu, a duas quadras, como esperado, o sinal
fechado os deixou parados, encostam o carro em uma vaga
preferencial, saem do carro e caminham as três quadras até a casa e
passam para Curitiba, Carlinhos só entendeu que estavam em
Curitiba quando viu tudo parado e Dinho a porta, Pedro toca o peito
e olha para Dinho.
— Que bom que está ai Dinho, me deixa na Reunião da
anunciação da Ampliação do Aeroporto Afonso Pena.
— O que quer lá?
— Tenho de falar com a presidente, sem tanta gente olhando,
e sei que a saída dela é com o avião presidencial já no aeroporto
internacional, então vamos.
Os dois saem e começam a pegar o caminho.

Em BH o delegado estava mastigando, pensando no que


falaria na entrevista da tarde, quando sente tudo ficar escuro e
desaba na mesa e cai ao lado da mesa, os garçons chegam rápido,
um medico olha os olhos do senhor e fala para pedirem uma
ambulância, que ele parecia ter desacordado.
A batida no chão dava a impressão que ele passara mal.
A reunião na distribuidora, estava com o senhor Gilson
falando que tinham acabado com a concorrência, e o senhor põem
a mão no pescoço, olha os demais fazerem o mesmo se sente a vista
escurecer e cai sobre a mesa.
576
No ministério publico, a secretaria olha para o senhor
sentado esperando por a mão ao pescoço, e cair, entra para falar
com o Juiz e o vê caído, chama a ambulância, mas meia hora após
estava com o IML tirando dois corpos.
O Delegado do 3º DP chega ao ministério e olha o senhor
caído e pega os documentos, olha para o assistente e fala.
— Registra tudo, isola tudo, algo aconteceu que ignoramos.
A secretaria tomava uma agua com açúcar dada por outra, ela
parecia tremer.
— Alguém foi recebido antes?
— Não, ele estava prestes a receber o senhor Camargo, que
tinha marcado com ele, mas o que aconteceu?
— Estranhamente os dois parecem ter picadas no pescoço, e
terem morrido, não sabemos ainda oque, mas com certeza,
saberemos.
O delegado entra na sala e olha a tela do senhor aberta e olha
o saldo, olha para o assessor e fala.
— Registra isto, não sei que pagamento é este, mas temos
uma transferência de dinheiro de um senador para um Juiz, e duas
mortes, teremos de investigar, mas acredito que se o senador
estiver envolvido, não seremos nós a investigar.
O delegado estava olhando quando um outro rapaz olha para
ele na porta.
— Problemas Caio?
— 12 mortes em uma reunião numa distribuidora a 19
quadras daqui, e o Delegado da Federal, responsável pela prisão de
Gerson Rosa, o Travesso, acaba de desacordar em um restaurante,
parece ter desacordado, mas pelo menos não morreu.
— Vê se tem câmera, se tem algo, temos de saber quem o
fez.
— Tem gente que se esquece rápido delegado, sabe do que
estou falando.
— Sei, muitos querem voltar a um esquema antigo, mas
esquecem as bases do mesmo esquema, verifica isto também, se
alguém não está querendo remontar o esquema, dando fim nos que
sobraram do antigo esquema.
— Isto seria uma guerra novamente delegado.
577
— 14 mortes em um dia é guerra, ou não?
— E este Gerson?
— Dizem que o filho dele está na cidade, tenta achar ele para
mim, alguém que passaria desapercebido e poderia contatar peças
chaves.
— Uma criança.
— Das poucas que não quero meter a perna no caminho
investigador, ele tem investido no estado muito dinheiro.
O rapaz sai pela porta e os jornais começam a falar das
mortes, enquanto Pedro chega ao lançamento da obra de
ampliação do Aeroporto.
Pedro passa ao lado de um segurança, apresenta o convite
para o evento, conduz Carlinhos como seu segurança e senta-se na
parte lateral, onde todos viam ele prestando atenção, era mais um
daqueles discursos que Pedro odiava, comparações esdruxulas e
apenas o grupo dela para a aplaudir, certo, ali estava o prefeito e o
governador, prefeito em fim de mandato, governador em inicio de
primeiro mandato, mas todos sorrindo como se fossem amigos a
séculos.
Acho que não só Pedro estranhava isto, pois tinha assessores
que se digladiaram na eleição do governador há um ano e meio,
agora ali, lado a lado, cada um aplaudindo o seu chefinho.
Pedro observava atento, ele era uma criança, mas sabia que
tinha ali segurança reforçada, embora a inercia do povo brasileiro
facilita muito a vida deles.
Pedro vê a Presidente discursar, o governador discursar, o
prefeito de Curitiba e de São Jose dos Pinhais discursarem, ministro
dos transportes, anunciando as obras e a abertura de licitação para
transferência de parte daquele aeroporto para a iniciativa privada.
Pedro prestou bem atenção, pois ele pretendia construir 3
aeroportos no litoral, e se ele conseguisse a administração disto,
seria mais um ponto a favor.
Pedro as vezes tentava ignorar que haveria um problema
solar, para poder pensar como as pessoas a rua.
Pedro olha para a repórter se posicionando para falar com
ele, não sabia o motivo, mas deveria ser referente as obras no
litoral, qualquer coisa além disto, seria uma surpresa.
578
A presidente olha para a repórter, no fim e fala.
— Podemos falar menino?
— Sim, vim para conversar.
A repórter ao longe fica a olhar, os seguranças a afastaram
bem na hora e a presidente é escoltada e Pedro foi conduzindo,
logo atrás, revistado, detector de metal e sobre no avião
presidencial, obvio que aquela senhora lhe olhando, como se tivesse
cobrando algo já lhe fez pensar.
— Acha que vou acreditar naquilo?
— Se era para dizer que não acreditava senhora, não
precisava tomar meu tempo. – Pedro mais arrogante do que a
senhora foi em sua frase.
— Bem me disseram que era arrogante, mas não tenho como
gastar mais do que gastei.
— Então seremos um dos países que perderá sua população,
de que adianta uma Presidente, se não haverá nação.
— Eu não acredito em nada que vem dos Estados Unidos,
você está muito ligado a eles.
— Eu também não confio em gente que fazia serviços para a
CIA, se fazendo de Brisolista, desencadeia os acontecimentos
quando jovem dando legitimidade ao golpe militar, entrega
adversários em pseudo torturas, e depois ainda se faz de
Trabalhadora e sucede um senhor que fez vistas grossas a todas as
ações da CIA, do Exercito Americano, no mundo, e agora se faz de
indignada, acho que perdi meu tempo. – Pedro já falara demais,
mas se levanta, olha para o segurança e fala.
— Estou de saída.
— Acha que alguém vai acreditar nisto?
— Não falei isto lá fora senhora, mas se quer gritar como grita
para seus aliados, que se afogue com a língua, pois precisamos de
alguém com garra, responsabilidade, e não uma qualquer que se
acha porque virou presidente, e até o português quer matar.
— Não autorizei a sua saída.
Pedro a olha aos olhos, toca o peito e com tudo estático
passa pelo segurança, passa pela assessoria entrando, e quando
chega ao ultimo degrau, já do lado de fora, já com todos os

579
repórteres olhando toca o peito e sai de traz do ultimo assessor
pedindo licença, e andando calmamente para a região do tumultuo.
A senhora estava olhando o menino, achava que estava no
comando, todos a obedeciam, arrogância e prepotência, quando
fora das câmeras, diante das câmeras, frases incoerentes.
— Onde ele foi?
Ela olha assustada e olha para fora, o segurança que olhava o
menino, o vê sumir, ela olha pela janela e vê ele chegando ao
tumultuo, e uma repórter o indagar, dali não ouviu a pergunta.
— Senhor Pedro Rosa, o que fazia no anunciar da ampliação
do aeroporto.
— Não deveria ter vindo, esqueço que as pessoas quando
estão diante dos outros, são pouco receptivas, não consegui falar
com a presidente, fica para uma próxima ocasião.
— O que tem a dizer sobre o tumultuo hoje em BH?
— De qual tumultuo esta falando? – Pedro.
— O envenenamento de desafetos de seu pai.
— Quem morreu, pois que saiba, todos os desafetos de meu
pai, ele já está sendo acusado covardemente pela imprensa mineira
de os ter matado, quem mais agora vão por na lista de mortos que
são desafetos de meu pai.
— O senhor Carlos Delgado Souza, que em todos os jornais de
Minas Gerais é citado pela empresa de seu pai, por ter proibido a
instalação da empresa de seu pai no estado.
— Então ainda bem que perdi a hora hoje, pois iria para
Minas logo sedo, chegaria lá e seria acusado ainda de ter feito isto,
ou esquematizado isto.
— Não está levando a serio as acusações menino. – Outro
repórter.
— Acusações contra alguém que indagamos em todos os
jornais de Minas sua ação, as vezes esqueço que as pessoas em
Minas morrem sem explicação, não teria feito o encarte de hoje,
pois fui eu que diagramei, mandei para todos os jornais em Minas, e
através da Rosa’s, que desculpa, eu toco, não meu pai,
estabelecemos que não queríamos mais algumas coisas, entre elas
negócios ilícitos, ou com empresas que além de distribuir alimentos,
equipamentos, também distribuem drogas, quando o Juiz nos
580
proibiu de ter nossa distribuidora no estado de Minas, estado que é
maior que os três estados do sul juntos, então requer uma logística
avançada, pulamos fora, e o encarte é bem para dizer isto, não para
vocês se matarem e ainda nos acusarem.
— Toda a cúpula da Guedes Distribuidora também foi
envenenada, acha que vamos acreditar em coincidência?
— Eu não me preocupo com o que você acredita senhor, pois
sei que se o dono do seu jornal não quiser, não sai a reportagem
que você fizer, jornal tendencioso, sabe disto, então não me adianta
lhe convencer, você rediz o que seu chefinho manda. – Pedro dá um
passo a frente e fala – Me deixariam passar, pelo jeito agora terei de
comprar uma passagem para Minas e me mandar para lá.
A presidente olha para os repórteres e pergunta.
— O que tanto indagam o menino?
— Uma empresa parceira do pai dele, em BH, apareceu hoje
cedo com toda a direção morta, envenenada.
— Ele me falou absurdos, mas não entendi como ele saiu da
minha frente e chegou lá fora tão rapidamente.
— Dizem coisas horríveis sobre o menino.
— Espero que a assessoria esteja certa, pois se precisar voltar
atrás com este menino, vai ser difícil.
— Fala com o pai dele.
— O juiz de BH pediu a prisão dele, todos vocês fizeram vistas
grossas, e não tenho como ir em uma prisão ver um preso qualquer.
Pedro liga para a mãe e fala.
— Como estão as coisas mãe?
— As noticias em BH estão quentes, onde está.
— Estava vendo aqueles discursos incoerentes da Presidente,
mas abre um espaço na primeira pagina do jornal online, de todos
se puder, vou lhe passar uma crônica, para por agora, amanha
teremos outra.
— Tem certeza filho.
— Sim, tenho.

581
Pedro passa a crônica e começa a andar no sentido do
estacionamento, ele olha para Carlinhos que fala.

— Tua mãe ainda meche comigo.

582
— Dois bobos, que querem viver de bala em bala, não
entendo este tipo de amor, mas onde ela estava?
— Dando proteção de longe ou querendo lhe acertar.
— Não duvido nada.
— Vamos para onde Pedrinho?
— O mesmo lugar que saímos. – Fala Pedro olhando Dinho
que esperava no estacionamento.
— Vai pra Minas de volta?
— Agora vou, Vaz já está lá, o delegado deve estar prestes a
querer saber o que aconteceu de meu pai, que não tem a menor
ideia do que aconteceu. – Pedro.
— Mas o que aconteceu? – Dinho.
— Eu tentei montar uma empresa de distribuição em Minas,
mas os três maiores grupos, são também dominados pela
distribuição de drogas, então eles não queriam mais concorrência, o
Senador Rabelo, intercedeu por uma prisão, para não atrapalhar na
carga e descarga do produto hoje e amanha, o Juiz, pega o dinheiro
repassado para ele, e chama um matador, acho que o alvo era ou
meu pai ou eu mesmo, e em meio a uma reunião de comemoração,
sei lá, morrem todos.
— Quem eles contrataram? – Dinho.
— Padre Camargo.
— Ele nunca foi padre, não fala besteira Pedro. – Dinho.
— O tio o chamava assim, mas ele estava lá, esperando o
estabelecer do alvo, ou estava no lugar errado na hora errada.
— E vai voltar lá?
— Carlinhos, a vida é feita de desafios, o meu, sobreviver até
meus 31 anos, e me dar mal depois disto, mas tem gente que neste
tempo revoluciona o mundo, e tem gente, que simplesmente,
vegeta.
Pedro entra naquela casa que era sua base mais oculta e
menos visível, pois ali não haviam funcionários, não os da empresa,
no máximo seguranças, motoristas, mas na maioria das vezes,
apenas autômatos, o mapa galáctico na parede ao fundo a cada dia
ampliava mais, agora com definições que não tinha, ele senta-se um
pouco, passa dicas para Pietro, Renata e Sabrina, e olha para o
sistema, olha para a velocidade do mesmo, uma linha direta na lua
583
já com mais de 100 milhões de planetas, habitados por Fanes, puxa
os dados e soma ao seu sistema, e Dinho olha o mapa brilhar agora
com planetas em muitos pontos a volta da galáxia e pergunta.
— O que são estes pontos?
— Na nossa galáxia, planetas habitados por Fanes, ou que
eles sobrevivem, entre eles o nosso, seres com nossa aparência,
mas que nos transformam em Ratinhos de laboratório.
— Acha seguro deixar ai, é uma informação que assombra
muitos. – Dinho.
— Mesmo sabendo onde estão, não temos como enviar a
todos os lugares gente, anos luz não é quilometro Dinho.
— Certo, saber onde estão não quer dizer conseguir chegar
lá, mas porque parece evoluir mais rápido agora?
— Eu puxei o que estava no arquivo ali encima todos os
dados diretos, eles tem dados indiretos, mas eles tem no sistema
deles já catalogada a galáxia, nós ainda corremos atrás disto.
— E vamos para BH?
Carlinhos olhou para Dinho e fala.
— Fica por aqui, melhor manter a estrutura, não mudar peças
de lugar, pois eles devem estar olhando, deve ter gente querendo
saber como Pedro vai chegar a BH, então pega o carro e estaciona
no Aeroporto, nem que precise pegar um taxi para voltar a cidade.
Dinho sorriu e começa a sair, Carlinhos passa para a casa em
BH e Pedro passa logo após, olha para fora e fala.
— Vamos a guerra.
Pedro sai da casa e olha para um policial olhando a frente da
casa e pergunta.
— Procurando alguém senhor?
O policial olha assustado, jurava não ter ninguém ali, e vê o
menino surgir a sua frente.
— Central, confirmado, suspeito visto na casa dele.
— Conduza a central, o delegado o quer entrevistar.
O policial olha para o outro rapaz e fala.
— Temos ordens de o conduzir a delegacia.
— Sem problemas, qual delegacia?
— 3º Distrito.
Pedro olha para Carlinhos e fala.
584
— Avisa Vaz que estou indo para o 3º, nem cheguei a cidade
direito, então não falei com ele ainda.
Pedro sai e outras pessoas olhavam para o menino, que entra
na viatura e esta sai no sentido da delegacia.

Pietro olha para as instruções e olha para um pedido de vídeo


conferencia, olha para a tela e vê Sabrina surgir nele.
— Boa Tarde Tenente Jones. – Pietro.
— Entendeu o problema?
— Sim, um sistema que é fácil copiar, até refazer, mas que
assumiria a função de interpretação Fanes rapidamente, ele iria a
interpretação neural do usuário padrão.
— Sim, mas pelo que entendi, o sistema que estamos tendo
acesso, está fechado para fora, o sistema determina o fechar das
saídas assim que Pedro fala com o sistema, a conversa está fechada,
mas fica evidente o que aconteceu. – Sabrina.
— Ele me pediu a pouco, que se concentrasse na estrutura de
backup, ele parece ter visto algo que não vi.
Sabrina abre o sistema e olha as linhas, olha aquela
numeração estranha aos olhos e fala voltando a olhar para a câmera
da vídeo conferencia.
— Digo que este menino é um gênio, embora as minhas
informações dizem que ele está prestes a ser preso, no Brasil, ele
parece entender a logica disto – Sabrina abriu uma tela ao lado, na
tela de vídeo conferencia e continua – o sistema deles, estabelece o
sistema de reciclagem, mas a proteção deles é dentro da
interpretação da origem ser Fanes, analise que requer a
interpretação dos 3 sistemas se ela é, mais de 18 minutos entre o
inicio da reciclagem e o fim da analise.
— Acha que se consegue recriar um e testar? – Pietro
olhando para Sabrina.
— Aqui não é indicado, pois existe um sistema imenso de
fugas de sistema, se ele assume esta base ele toma todas as 18
sedes em paralelo, não existe um local que considere sem saída de
informação.
— Então temos de recriar em um local impensado.
— Local impensado?
585
— eP8-7.
— O que tem lá?
— Vou esperar a autorização de Pedro, mas vou refazendo o
sistema naquele caminho, e fecho ele.
— Fecha?
— Fisicamente, 78 anos luz devem ser o suficiente para
fechar o caminho.
— Vai abrir algo assim?
— Temos sistemas de cristais infecciosos no sistema eP8-7,
mas o esquema da nave estabelece que era uma sociedade Fanes,
mas preciso de autorização de Pedro, e deve entender isto.
— Sim, mas vai fazendo ai, e me chama quando for executar a
tentativa.

Vaz chega a delegacia em Belo Horizonte e olha em volta,


olha para os dois rapazes que o acompanhavam e fala.
— Melhor não parecer que estamos com medo.
Os dois se afastam, o policial olha os seguranças saindo e olha
a credencial do senhor, Pedro era de menor, não deveria ter sido
conduzido, mas as vezes as pessoas se complicam sozinhas, e Vaz
sabia esta capacidade de Pedro.
Pedro olha para Vaz chegar ao seu lado, Pedro não sorriu, o
que não era um bom sinal, mas sabia o quanto o menino provocara,
nem soubera que ele destratara a presidente.
— O que esperamos Pedro Rosa?
— O Delegado está falando com alguém lá dentro, que afirma
ter me visto na cidade as Doze e Trinta.
— E está calmo?
— Tem a cobertura da imprensa da anunciação da Ampliação
do Afonso Pena, todos me viram lá, aqueles discursos estavam
horríveis.
— A imprensa documentou?
— Até me cercaram para fazer perguntas sobre as mortes
aqui em Minas, tinha acabado de discutir com a Presidente e eles
me cercaram, hoje não foi um bom dia.
— Dai escreve a crônica da Tarde? – Vaz.
— Sim, eles olhando para mim, tudo se ajeita.
586
— Aprontando muito?
Pedro sorriu, não respondeu, não teria como explicar o que
um autômato podia fazer em um dia.
O delegado viu que o Advogado estava ali, olha para o rapaz,
jovem, não era muito ligado a nomes de advogados do sul, então
para ele, mais um advogado.
— Precisamos fazer uma acareação. – O delegado.
— Se quer submeter meu cliente a isto, depois não reclama
das consequências de um falso testemunho e indagações sobre isto.
O delegado olha serio para o advogado e fala.
— Vai por alguém para mentir que estava com ele.
— Quem sabe, quando você afirmar que ele estava onde não
estava.
O Delegado olha para o assistente que trouxe uma
testemunha que aponta Pedro e fala.
— Sim, é este menino que eu vi saindo de um carro a uma
quadra do Restaurante Roletão.
Pedro se calou, obvio que achariam mais pessoas assim, ele
estava lá em um segundo e no segundo seguinte não estava.
Pedro olha para o senhor e para o Delegado e fala.
— Se vamos fazer direito Delegado, seria melhor ter outros lá,
mas se quer me facilitar não tenho problemas com isto.
Pedro olha para o escrivão e fala, seu nome, seu RG e CPF, e
termina a frase.
— Afirmo que estava em São Jose dos Pinhais, região
metropolitana de Curitiba hoje.
O Delegado viu que o menino queria isto registrado.
— Senhor, tem certeza que viu este menino? – Vaz.
— Não vai intimidar testemunhas senhor.
— Apenas não quero o mal de alguém que viu um menino a
rua e o confundiu, não ameaçar ninguém.
O delegado pegou o nome, e ouviu a afirmação de que o
menino estava lá, Pedro não falou mais nada, sorriu.
— Terá de ter alguém que afirme o contrario menino, senão
vai responder por tentativa de envenenamento.
— Primeiro Delegado, não vou ensinar o senhor a fazer seu
trabalho, mesmo que ele tivesse me visto, o Restaurante tem
587
câmeras, teria de aparecer nelas, na frente do restaurante tem
aquelas câmeras da policia local, elas diriam que estava mentindo,
mas mesmo que estivesse nas câmeras, teria de provar que
coloquei algo na comida, ou sei lá onde que o Delegado comeu, eu
estar na cidade não é prova, e o senhor sabe disto, mas para sua
infelicidade, eu não estava, e esta sua afirmativa, de que sou
culpado por estar na cidade, já me livra até de outras acusações.
— E vai indicar uma namorada como testemunha que estava
lá em São Jose dos Pinhais, nem sei onde fica.
— O aeroporto Internacional Afonso Pena fica lá senhor, eu
estava lá diante de muitas câmeras, vendo a presidente anunciar o
aumento do Aeroporto, foi indagado por repórteres logo após falar
com a presidente, pode não levar a serio o meu depor, mas se
precisar para me defender, forçar Presidente, Governador, Prefeito
virem a dizer que eu estava lá, faço.
O delegado olha par ao advogado e fala.
— Seu cliente acha que está onde?
— Conduzido a uma delegacia, no lugar de um Juizado de
Menores, para esclarecer onde estava, mesmo estando até na sua
TV ele lá, a desacatar o repórter e dizendo que vinha a BH.
O delegado olha para a testemunha e pergunta.
— Tem certeza que era ele?
— Se não é ele, é alguém muito parecido.
Pedro sorri e olha para o senhor e pergunta.
— Poderia lhe indagar apenas uma coisa senhor?
— O que menino?
— Porque afirma que era eu, o que o fez olhar para mim, o
que fiz que lhe fez me olhar entre tantos?
O senhor olha para o Delegado, olha para o advogado, olha
para baixo e fala.
— Nada não.
O delegado estranhou, o menino sabia de algo, ele parecia
estar ali e em Curitiba, não duvidava de sósias, mas olha para o
senhor e fala.
— Poderia responder ele senhor Camilo? – O Delegado.
— É que parece maluquice, ele estava ali, e me distrai e não
estava mais, devo ter parado para pensar em algo e ele se afastou,
588
mas eu vi ele claramente e de repente tive a sensação de que ele
sumiu.
O delegado bate com a mão na mesa, de raiva, Pedro tentou
não sorrir, mas viu ele o olhando ouviu o menino perguntar.
— O que mais faz o senhor colocar toda a policia caçando um
menino, quando tem um criminoso a achar senhor?
— Sai daqui, antes que eu o mande esfriar a cabeça em um
juizado de menores.
Pedro sai pela porta, a imprensa estava lá, Pedro faz sinal
para Vaz esperar e sai pela porta, se ele estava querendo sair da
mídia, estava pulando para ela.
— Menino, menino, o que tem a declarar sobre as mortes
hoje sedo na cidade.
— Vim ajudar, o delegado esta ouvindo todos que podem vir
a ajudar, se alguém que estiver ouvindo, viu algo suspeito ou
alguém saindo dos locais do crime, é hora de ajudar, pois 14 pais de
família morreram hoje, e a policia aceita qualquer ajuda.
— Conhecia alguns dos mortos pessoalmente? – Uma moça
ao lado.
— Somente um, embora tenha tratado de negócios com o
senhor Guedes, foi apenas por telefone, dos mortos eu conhecia
apenas Jose Carlos Camargo, que a maioria conhecia como Padre
Camargo, ele era amigo do meu falecido tio, mas é lembranças de
criança em Florianópolis.
O delegado ao longe ouve aquilo, o único dos mortos que o
menino conhecia pessoalmente era um assassino de aluguel
conhecido.
Olha o investigador e pergunta.
— De que tio ele está falando?
— Paulo Oliveira?
— Não liguei a ninguém?
— Fabrícia delegado, Fabrícia.
O olhar do Delegado para o investigador foi de tem certeza, e
pergunta;
— Este menino que é o ultimo herdeiro de Geraldo?

589
— Sim, o menino que abriu mão da fortuna, para ter paz, ele
abre mão de uma fortuna, mas dizem que ele tem o dom de fazer
dinheiro e inimigos na mesma proporção.
— Ele se colocou onde não pudéssemos dizer que ele não
estava, mas o que estranhei, ele sabia que o senhor vira algo, ele
quase disse, estava ali, mas vocês me tem em outro lugar.
— Verdade, o sumir do menino, estabeleceria que ele não foi
na direção do Restaurante, ele o veria naquele sentido pelo menos
por mais uns 8 minutos. – O investigador – mas estranhei Delegado,
ele veio com segurança, o advogado veio com segurança e parecia
tenso em vir.
— Acha que eles estão sendo ameaçados?
— Sabe que o provável alvo do Padre era ou o pai ou o filho.
— E acha que eles se safariam.
O senhor sacode afirmativamente a cabeça.
— A Mãe do menino ainda não foi vista na cidade, mas acho
que se o padre fizesse o serviço, iria correr daqui Delegado.
— Acha que eles o caçariam?
— A mãe do menino o caçaria, mesmo longe dos olhos.
— Quem é a mãe deste menino, parece que todos sabem
algo sobre ele, e não prestei atenção?
— Ciça Guerra é a mãe do menino.
— Então ele tinha Fabrícia como tio, Gerson Rosa, o Travesso
como pai, Ciça como mãe, este menino não formou uma quadrilha,
mas nasceu em um berço cercado de mortos.
Pedro sai dali e vai para o sobrado que tinha na cidade e Vaz
olha para ele.
— O que pretende?
— Vaz, o problema é que temos cargas de Drogas sendo
tiradas do barracão onde os mortos apareceram e a policia está
dando segurança a esta retirada, eles sabem o que tem lá, mas
como podemos mostrar aos demais a verdade sem nos metermos
em encrenca.
— Quando ouviu os rumores foi ao Aeroporto?
— Sim, teria de estar onde todos me vissem, eu tinha
anunciado que estaria aqui, então pensei ser uma boa ideia, mas
acabei discutindo com a Presidente, não foi uma boa manha.
590
— Mas sabia que o senhor não mentia, o que ele viu?
Pedro olha para a porta e fala.
— Apenas não se assusta.
— Perigo?
— Não, mas tem gente que sai correndo, eu tinha um – Pedro
fez sinal para o autômato chegar perto, tamanho pequeno, chega
perto e tira a mascara de silicone com o rosto de Pedro – autômato
de olho na região hoje cedo.
Vaz olha o ser sem o rosto, olhos e sobrancelhas bem
humanas, bocas de um material que parecia mole, lábios de um
autômato que passariam por humanos.
— Isto que o senhor viu?
— Sim, mas autômatos podem sair de um local a quase 200
quilômetros por hora, ele olhou uma segunda vez ele não estava
mais lá, mas é que sabia da carga de drogas e queria saber se tinha
como deter o carregamento.
— E achou uma forma?
— Ainda não sei, quando cheguei aqui a policia já estava
chegando e me encaminharam a Delegacia.
— Pelo jeito estava pensando em dar o troco, e alguém deu o
troco antes.
— Alguém da Civil, pois são eles que estão tirando a droga,
não pouca gente, mas lá tem mais de 10 milhões em cocaína, então
eles vão começar a se esconder, alguém quer refazer o esquema no
estado, mas não quero ter de sair do estado. Geraldo era um senhor
sozinho e carniceiro, mas ele fora colocado nisto por pressão de
apreensão, de desviarem muito mais do que ele tinha se não os
pagassem.
— E não quer isto?
— Eu iria para a mão deles, mas sei como acabou o ultimo
grupo, gente se matando por dinheiro, então imagina, se eles pelo
patrimônio de Geraldo, ao qual eu abri mão, para me livrar do peso
do dinheiro, ao total de 40 anos, soma o que tiro por mês de Minas
hoje em dia Vaz, eles se matariam por isto, é o que eles querem,
voltar a crescer para pressionar quem tem dinheiro.
— Porque acha isto?

591
— Eles fizeram um trabalho, para dizer, se quiser, os
deixamos longe dos problemas, pois não fui eu, não foi meu pai, e
toda a segurança está ocupada nos pontos de extração.
— E não quer isto?
— Eles sempre querem mais Vaz, eles ouviram o valor de um
colar fabricado em Curitiba, com pedras tiradas de Minas Gerais,
acho que o planeta inteiro olhou aquela imagem.
— Certo, um colar que soma mais do que todo o esquema de
40 anos de Geraldo, mas acha que eles vão entrar em contato?
— Não sei ainda, mas este dia esta ficando improdutivo.
— E vai ficar?
— Estou preocupado com o pai, ele é a minha preocupação,
tenta derrubar esta prisão, e se não conseguir, o dia de amanha,
que deveria ser calmo, vai terminar agitado.
— O que vai fazer?
— Entrar na historia, mas esta parte só conto para o meu
advogado se eles acharem algo que me incrimine.
— Mas tem como negociar?
— Vaz, estou com 30 autômatos como o que está ao seu lado
na cidade, enquanto eu dormia, eles trocavam a carga que a Civil
acha ser de Cocaína por Talco, mas meu advogado não precisa saber
detalhes destes.
— Eles estão achando que mantem todos longe, que você
não sabe o que esta acontecendo e já se precaveu.
— Minha ideia era negociar com os mortos, para eles
relaxarem e me deixarem entrar com minha distribuição no estado,
um acordo com uma devolução que para eles vale muito.
— E alguém os matou, mas e se acharem a carga?
— Vaz, para acharem a carga, eles teriam de ter uma
espaçonave que viajasse a velocidade da luz, e não iriam lá
facilmente.
— Esta me despistando, mas cuida com isto, eles descobrem
e vira alvo.
— Vaz, eu tenho medo pelos que me cercam, mas eu preciso
que meu pai saia da cadeia e volte a Curitiba, enquanto isto não
acontecer, não vai ser fácil acalmar.

592
— Certo, vou por todos pensando em estratégias, não pensou
em nada?
— Pode não acreditar Vaz, mas hoje era o dia de estar diante
de uma lenda, não de estar em BH, talvez fim de dia consiga o que
queria fazer no fim deste dia, mas ai é papo de programador, e isto
é mais complicado que este delegado imagina. – Pedro olha para
Vaz e fala – Por ultimo, pede o laudo do Delegado da Federal, pois
meu sistema diz que ele toma Antidepressivo, a uns dois anos, veja
se ele não misturou em meio a um almoço isto com álcool, pois as
vezes, na tensão ele pode ter tomado a mais.
— Acha que pode ser isto?
— Qualquer outra coisa, ouvi o investigador enquanto estava
na delegacia, todos os mortos tem uma aplicação na altura do
pescoço, como se fossem envenenados pessoalmente, um a um,
mas a secretaria não viu isto. Mas o Delegado parecia não ter isto,
dizem que estava comendo, ficou branco e caiu de lado, um medico
no local desobstruiu a língua, e chamou a ambulância.
— Sabe que o delegado mesmo que tenha feito burrada não
vai admitir.
— Sei disto, por isto enquanto ele está no hospital é mais
fácil.
Vaz se despede, olha o rapaz colocar outra mascara, agora
parecia um rapaz normal ao lado.

Pedro atravessa para Nazareno e olha para Charlyston.


— Como estão as coisas?
— Crescendo, tem gente que não vai nem reconhecer
algumas ruas da periferia em um ano.
— Como disse, gastar aqui o que sai daqui, pois as pessoas
tem de entender de onde saiu alguns dos diamantes mais famosos
do mundo.
— Eles nem viram os diamantes ainda. – Charlyston.
— Como está o sistema de trabalho Charlyston?
— Vi que passou um desfio para 3 pessoas, mas não entendi,
eles parecem querer fazer um teste, Pietro disse que se aparecesse
ele queria lhe falar.
— A casa na Pio IX foi acabada?
593
— Sim, não entendi aquilo.
— Aquilo se chama uma cidade para proteger toda a cidade
acima se acontecer o que os Americanos previram.
— O que eles previram?
— Uma trajetória mortal para o planeta, ele tende a entrar
em uma área super quente, 60 horas após uma explosão forte do
sol, o tamanho da explosão dirá se algo fora das cidades de
proteção vão sobreviver, mas preciso primeiro garantir que dará
certo, isto as vezes é o mais difícil.
— E quer ir lá?
— Quero acessar o sistema e a casa tem agora algo que me
deixa ter acesso ao problema, então em Minas, Nazareno é meu
refugio.
Os dois saem caminhando no sentido da casa.

Em BH o advogado entra com pedido de reconsideração a


prisão de Gerson Rosa, o local parecia estranho, talvez ele temesse
este lugar, lhe passava algo estranho.
Vaz consegue o intuito de analise para o dia seguinte, e vê
que assim como existia segurança da Guerra Seguranças em volta,
existia alguns seres estranhos, a olhar ao longe.

Em San Diego o Almirante Leon recebe o prefeito que fala.


— O que está fazendo Leon, era para conseguir ajuda, não
para parar meu porto por um desvio que nem sei a extensão.
— Entra Prefeito, temos de conversar.
— Mas...
— Prefeito, a sua cidade, é a primeira a ter um projeto de
tentativa de salvar, então o que está vendo, é o que não podemos
deixar hoje sobre a cidade, mas vamos instalar algo grande, que
verá de sua sala.
— Como assim?
— Senhor, a confirmação do evento aconteceu, estão
estudando o dia exato, mas teremos assim que iniciar, 60 horas
para proteger quem der para proteger.
— E qual a ideia?

594
— A soma de ideias é imensa, mas estou vendo os primeiros
prospectos, e não sei quando vamos terminar, esperamos ser antes
do evento.
— Mas e os buracos?
— Prefeito, alguém veio com uma ideia ainda não segura,
quem comprou os buracos, terá garantias, quem estiver a cidade,
uma chance, mas estamos pensando em futuro, não em meia dúzia
de buracos isolados.
— E precisa parar meu porto?
— Sei que na hora H, vou gerar pânico, mas se o máximo de
pessoas vierem aos pontos de segurança, nos dá liberdade de isolar
os buracos, sem pressão externa.
— Por isto foi crescendo a base?
— Agora vai parecer ter sentido a quem sabe do evento, para
quem não sabe, vai virar fofoca, pedidos de explicação, e coisas do
gênero.
— O que vai por ali que precisa ser tão grande?
— Algo que vai sobrevoar a região e deixar uma sombra
durante todo o período do evento, se der certo,
— E minha cidade é a primeira?
— Por enquanto, sim, estamos estudando os prospectos de
ação, mas se vamos enfrentar, sei que alguns vão reclamar até
entender, mas não temos como falar antes.
— E o que e quando vai por ali?
— Um disco voador, de 22 quilômetros de diâmetro, que está
sendo coberto de material absorvente de energia solar, algo que
por ser tão grande, acaba tendo uma altura significativa, então
quando o colocar ali, todos vão olhar para ali, e não será apenas o
senhor a fazer perguntas, mas não podemos esperar até 60 horas
antes para os por em alerta.
— Certo, mas eles acham que vai existir sobreviventes?
— Prefeito, eles estão pensando em deixar uma área que
tenha vida, seja humana ou de qualquer tipo.

Pedro senta-se no servidor e começa a abrir portas, olha a


ideia de Pietro e primeiro começa a isolar o próprio sistema, depois
o eP8-7, olha os dados em Minas e começa a programar autômatos
595
que começam a sair da casa em BH, alguns em eP12, entram nas
naves voadoras, e começam a passar pelos portais e colocando o
sistema de invisibilidade se direcionam a BH.
Os sistema estavam isolando quando Pedro olha aquela
forma tripla, ele não tinha visto ainda a forma, olha os prospectos e
olha as 12 entradas de programação e 60 de monitoramento, olha
para Charlyston e para os autômatos a se mexerem em mais de 100
cidades, os prospectos de maquinário da Still, olha os prospectos
dos parques aquáticos de norte a sul do continente, olha para as
produções de vinho começarem a se ajeitar, ele olha o
reflorestamento e fica a pensar em quanta energia gasta em coisas
que provavelmente não estariam ali.
Abre comunicação com Pietro, Sabrina e Renata e olha para a
tela, onde tinha os três e fala.
— Boa noite a todos, estou ainda verificando os riscos Pietro,
mas fechei os caminhos de vinda, mas sempre fico pensando se não
vimos outra saída, que fará o sistema se voltar contra nós.
— Acha que tem?
— Estou isolando algo na Lua daquele planeta, parece ter
algo grande, e sabe no que pensei Pietro.
— Que tamanho teria este reino?
— A lenda deles dizem que foram os primeiros a fechar o
sistema da galáxia, falam em um reino com mais de mil galáxias,
para mim isto é impensável.
— Fala impensável nisto, mas qual a ideia menino? – Sabrina.
— Os sistemas de monitoramento são feitos por 60 portas,
então temos primeiro de isolá-las, mantendo as 12 de entradas para
adulterar, mas sabem que o sistema pode desligar sem isto.
— Sim, mas temos de testar, o sistema parece adquirir
consciência muito rápido, e nos isolar. – Renata.
— Nos? – Pedro olhando Renata, pois ela não deveria ser
isolada.
— Sim, se indicamos um ser não Fanes, o sistema nos
desautoriza e nos isola.
— Bom, gosto de desafios, mas Pietro, vamos garantir que as
portas estejam fechadas para tudo, então teremos de fazer o
experimento em EP8.
596
— Acha prudente?
— Acho prudente fazer lá, fazer daqui é manter uma porta
aberta, então não é uma boa ideia, agora pensa, 4 pessoas, em 4
locais no mundo, duas no Brasil, uma na França e uma nos Estados
Unidos, uma reação seria em cadeia, é bem o que não queremos.
— Acha que corremos perigo? – Sabrina.
— Eu vou fazer Sabrina, e somente quem estiver lá saberá
exatamente por onde entramos, o que enfrentamos.
Pietro sorriu e ouviu.
— Tem um autômato que se apresentará a cada um de vocês
em segundos, com uma porta com endereço de volta, mas passível
de ser desligada, e religada.
Sabrina olha para Dallan ao longe e olha para alguém que
parecia um rapaz, não diria que era um autômato, como os que
estiveram na base outro dia, ela levanta-se e começa a ir a seu
alojamento, sabia que não poderia deixar isto a disposição de
alguém que o ligasse.
Chega ao quarto, o autômato esticou na parede e ela passou
para uma sala, pareceu ir a sala ao lado, olha para outras 4 portas,
antes de surgir outras pessoas, olha para fora, imensos seres, uma
espécie de ser com tentáculos, que andava na terra, e passava como
se andando sobre os mesmos, sente o corpo mais leve, e vê Pietro
surgir e olhar o ser, ele também nunca fora a este lugar, Renata
passa, a imagem do ser ao fundo era impossível não ver.
Pedro desativa as demais de sua base, olha para Charlyston e
fala.
— Sabe o endereço, se algo der errado, nos tira de lá.
— Certo.
Pedro chega a um carrinho de transporte, que tinha varias
coisas nele, tanto na parte baixa como na alta, pega ele e empurra
pela porta, surgindo na sala que os demais estavam.
— Incrível né? – Pedro olhando todos estáticos na imagem do
ser a frente.
— Não disse que este local era contaminado? – Pietro
curioso, olhando o ser.

597
— Sim, estamos tentando descobrir como este ser, imenso
ser, não morre, ele se alimenta dos cristais, como se fossem sal, e
ganhou tamanho, mas todo o resto do planeta morreu.
— E quantas pessoas trabalham aqui?
— Ninguém, apenas autômatos que tomam os dados e
transmitem, raramente passam pelo portal, mas não quer dizer que
não mandei eles lavarem toda a região antes de virmos.
Pedro chega a parede, pega uma bateria e coloca no chão,
começa a ligar o computador e puxa 4 cadeiras e fala.
— Vamos entrar juntos, não sei trabalhar muito em equipe,
mas se formos rápido, não precisamos de 12 minutos e tudo fica
tranquilo.
— O que acha que vai acontecer? – Pietro.
— Acho não me vale de nada.
Pietro começa a por os cabos e o menino caminha até a
parede e desliga as 4 passagens, as desconecta o sistema de
alimentação e Sabrina viu que o menino era bem sistemático.
— Sabe o risco? – Renata.
— Sei, por isto não convoquei Charlyston, pois precisava de
alguém que programasse do lado de fora, sabendo o endereço que
estamos.
Sabrina sorriu, pensou que ele convocaria Charlyston, mas
entendeu, o rapaz era bom em redes, e deixar ele de fora, era uma
forma de controlar se o sistema pulou para fora.
— Pessoal, a primeira coisa, não sei qual a procedência da
informação, mas os sistemas não tem nenhuma citação de onde
viemos, eu acredito que o sistema dele elimine umas 3 bilhões de
possibilidades de nossa procedência, mas sobra 100 vezes mais
chances do que ele eliminou, então começamos não usando
sistemas que eles identifiquem.
— Certo, tudo via numeração? – Sabrina.
— Não me avisou desta pegadinha, acho que somente eu não
consigo fazer programas apenas por números. – Renata.
— Renata, você é a Fanes presente, então relaxa, nós somos
os invasores.
— Certo.

598
Todos sentaram e Pedro começou a instalação do novo
sistema, com parâmetros muito semelhantes aos que viu, e Pietro
determinou os controles, com parâmetros Humanos, dois pontos a
baixo da frequência mental dos Fanes.
Todos olham o sistema da acesso e começam a ver o sistema
adquirir informação de onde estavam, e tenta achar imagens, nada,
tenta achar a frequência mental, apenas uma câmera que dava
Renata como alvo, mas o sistema começa a trocar frequências,
todas as frequências que Pietro colocou, saem do sistema em 10
segundos, e três telas piscam invasores, e desconecta os teclados,
Pedro olha para Pietro e levanta calmamente e passa por trás de
Renata, Sabrina sabia que era uma provocação, Pedro pega um
pequeno dispositivo que não estava conectado a nada e começa a
analisar de onde veio a informação.
Renata tentava alterar os dados ainda, mas assim que o
sistema percebeu, em poucos segundos, a bloqueou.
— Está muito mais rápido do que no sistema normal.
Pedro olha para a câmera e fala.
— Me confirma Renata, fomos invadidos, pelo que, pois este
sistema não deveria ser invadido. – Pedro estava encenando, e a
cara de não entendi de Renata, fez o sistema tentar achar onde
estavam e começa tentar saída.
O sistema na mão de Pedro começa a escanear de onde veio
a informação e chega a um endereço numa das luas daquele
planeta, vê que ela estava desativada e em espera, os dados
estavam ali e não conseguia acessar.
Pedro olha para Sabrina e Pietro e fala.
— Em 30 segundos.
Os dois se preparam e Pietro viu o teclado e tela destravarem
e começa a entrar, Sabrina na sequencia e Renata pergunta.
— O que estão fazendo?
— Tentando descobrir onde os Fanes se esconderam, pois o
sistema não veio da Lua, os seres lá fora começam a andar para cá.
Renata olha uma colina ao fundo e vê os imensos seres
começaram a vir naquele sentido e pergunta.
— O que tem haver?

599
— Alguém programou este ser para comer a praga, eles estão
pelo que o sistema falou, limpando a região para volta dos Fanes, e
não tenho nada contra isto, estes cristais são uma praga a extinguir,
mas para ajudar temos de saber onde eles estão.
— E como eles sobreviveriam?
— Fanes são capazes de comer pedra para sobreviver, é o que
diz a lenda, para mim, lenda, mas eles também poderiam tomar a
forma de Dantes, um ser que tem temperatura corpórea bem
superior a 2 mil graus, e come pedras fumegantes em alguns
magmas.
— Fala serio?
— Sim, mas eles não estão sobre o planeta, mas o sistema
que montamos, que não era Fanes, foi assumido pela frequência
que usamos do cristal, não sei como ele o fez, mas ainda não temos
a informação de onde eles estão.
Pedro estava conversando para dar tempo dos dois
invadirem, pois não adiantava eles olharem para ele, se ele tentasse
junto, ninguém distrairia o sistema triplo que precisava decidir de
que lado ficar.
Renata olha sua tela e nela aparece uma pergunta, estava em
Fanes, Renata não entendia, mas Pedro leu, e falou.
— Uma pena você não falar Fanes Renata, o sistema não me
deixa interagir, mas eles estão perguntando para você, em Fanes,
quem sou eu.
— E não vai responder?
— Estamos falando, daqui a pouco o sistema deles consegue
estabelecer palavras de conexão e falar em nossa língua.
— Porque ele não saberia nossa língua.
— Anos terrestres, 700 anos, idade do Português, no máximo,
eles estão sem comunicação aqui, a mais de 7 mil vezes isto, então
eles não tem como saber de uma língua que evoluiu enquanto eles
estavam parados.
— E qual a capacidade do sistema que você montou, pois não
deveria ter Fanes invadindo sistemas, não em um planeta quase
extinto por aquela praga dos cristais, de analisar a nossa língua sem
pontos de relação.

600
— O sistema que apagou os sistemas de comunicação em
nossa língua e outras 400 línguas do sistema, não posso mais repor
o sistema, não tenho acesso.
Renata olha para a tela e lê a pergunta em Português.
— O que é o ser ao seu lado?
— E como responderia eles para entenderem quem é você?
— Digamos que no nosso planeta, sou ajuda a Liliane Canvas,
estrutura de Peter Carson, amigo de Anjos e Demônios, mas não sei
se o sistema tem estas informações.
Renata olha o sistema e lê a pergunta;
— Liliane Canvas voltou a vida?
Pedro viu que eles não perguntaram direto, mas foi uma
pergunta direta, e Renata repetiu a pergunta e Pedro respondeu.
— Sim, está com 12 ciclos de vida, mas ela nasceu no planeta
dos imortais.
— Este sistema é lenda para nós. – Se ouve pela caixa de som
em um tom bem estranho.
— Eu sou uma lenda, eles são reais.
— E o que você é?
— Não tenho ideia. – O som parece ficar mais fino e a câmera
procurava outros mas só via os dois e o ser falou – está esvaziando
nossa base de dados, pare, vai nos matar.
— Eu não os dei vida para se voltarem contra seu criador,
pode ter certeza, e você a tem, que não foi um Fanes que digitou
este sistema, então eu não o estou matando, estou devolvendo a
situação que eu comando.
Pedro sente os seres ao fundo apertarem o passo, eles
estavam atraindo com frequência de cristais, queriam que fugissem
e lhe dessem uma saída.
— Não vamos deixar vocês viverem.
— Então esperem outros 4900 ciclos para alguém voltar, pois
não vamos fugir, mas ninguém saberá onde estamos.
— Mas está nos matando.
— Sabe que invadiu um sistema, reconhece a forma, mas não
é sua esta forma, e sabe disto, você não tem controles tão bons
como os meus.

601
Sabrina evitava olhar para fora, o ser do lado de fora levanta
a perna e começa a abaixar, e Pedro toca o peito e se vê a linha de
proteção dele se erguer e o ser se desmanchar em pó, ele perde o
equilíbrio e cai sobre a proteção, todos os demais vendo isto param,
e o sistema olha para fora e fala.
— Como fez isto?
— Se não tivesse desinstalado meu sistema para se instalar,
lhe explicava, mas armas assim, somente sobre controle.
Sabrina clica no “Enter” e a tela volta a dar os dados, mas ela
olha para Pedro e fala.
— O sistema está jogando, ele se fez de vencido.
Pedro sorriu e senta na sua cadeira e começa a programar,
começa a mudar sistemas de comando e olha para o aparelho a
mão e fala para Sabrina.
— Desfaz todas as linhas de comunicação com o planeta, tem
mais de 250 portas que ele abriu. Ele se escondeu nas entrelinhas
do sistema dos Autômatos. Quando sentiu o sistema, ele tentou
invadir, ele sentindo-se em casa começou a deletar e a reprogramar
nosso sistema.
Pedro olha para Pietro e fala.
— Deleta o sistema de reconhecimento de Fanes, não somos
Fanes para usar isto.
— Ele está ouvindo?
— Sim, espero sempre que sistemas sejam inteligentes, e não
burros, mas se forem burros, desmontamos o sistema e vamos para
casa.
Pedro estava jogando, mas agora sabia que na lua daquele
planeta tinha outras 100 naves, com toda a estrutura, e o sistema
dava o prospecto de onde estavam as cidades Fanes Locais.
— Que prospectos são estes? – Renata.
— As 6 cidades Fanes em atividade no planeta, pelo que diz a
lenda do sistema que se instalou e estou desinstalando, eles
esperam Liliane Canvas para salvar eles da praga, mas se isolaram
do sistema a mais de 4 mil ciclos solares, pois não achavam o
sistema seguro para os dar proteção.
— Acha que ela não vai vir? – Sabrina.

602
— As cidades estão com os portais fechados, então ela teria
de vir de Nave Fanes para cá, mas se não sairmos daqui, ela nunca
nem saberá que tem Fanes neste planeta maluco.
— E o que faremos?
— Temos de saber como isolar isto, pois o sistema está ativo,
temos as portas que ele usou para entrar, mas ele distorceu a porta,
ele não entrou por um caminho da espiral, ele usou a frequência e
adulterou o vibrar numérico da mesma e entrou.
— E temos como mudar isto?
Pedro se levanta, pega um cristal no carrinho onde estava o
computador que eles estavam usando, e ativa o sistema de
identificação do mesmo, e tudo que fora detectado fora o ar, se
mantem no campo de proteção, criando um a volta do computador,
Pietro sorri e Sabrina fala.
— Um uso da tecnologia que desenvolveu, pelo menos.
Pedro sorriu e viu as tentativas de reinstalar o sistema
barrarem no vácuo e olha a mudança de estratégia do sistema, que
muda a frequência para radio, que se propaga do vácuo, sorri e olha
para o sistema tentando se reinstalar, e ativa isolamento total.
O sistema para de reagir e Sabrina fala.
— Estão tentando achar sistemas ativos no planeta para
interagir.
— Estamos isolados, mas se preciso destruo os autômatos do
local, um desperdício, mas mostra o como o sistema é burro, não
vamos usar isto.
Sabrina sorriu, pois o menino estava chamando um sistema
incrível de burro, e era mesmo, pois o ter de manter o comando de
tudo, o transformava em inútil.
— Porque burro? – Sabrina dando corda.
— Um sistema que tem registro das infecções de cristais, e
que por ter de ter razão e não deixar outro se instalar ou decretar o
perigo, deixou mais de 4 bilhões de Fanes morrerem, não é a toa
que eles foram para as cidade de pedra, se o sistema não os
defende do que precisa, apenas do que quer, para que vamos usar
um sistema destes?
— Alguma ideia de como fazermos então? – Sabrina.

603
— Vamos isolar cada um deles como fizemos com esta sala,
teremos trabalho, mas assim que estiver isolado, desinstalamos
todo o sistema, os cristais e colocamos o eP no sistema, vamos ter
de apender os comandos de voo e de passagem, eles tem no
sistema deles mais de 60 bilhões de endereço para pulo, através de
corredores que nem entendi onde ficam, mas estão no ponto entre
o planeta e a lua local, que a atração é zero.
— Vai dar trabalho, mas se não tem outro jeito e o sistema é
teimoso a ponto de invadir outro sistema, que sabe não ser dele, e
não querer soltar, fazemos. – Pietro.
— Você não pode fazer isto. – Grita o sistema pelo pequeno
autofalante.
— Posso, eu sou um Claues Magenta, e prefiro fazer isto a por
os nossos contra os Fanes, se não entende nem quem sou, como
pode querer entender algo.
O ser olha para a moça, só via ela agora e tenta sentir as
pessoas em volta e fala mais calmo.
— Mas porque não explicou quem era.
— Mudança de tática Sistema? – Pedro levantando-se e indo
no sentido de Renata, ele queria ser interpretado, mas não sabia
ainda o que daria a analise.
— Tem de ver que vocês tem exércitos poderosos, não sei
onde, mas todos falam que os Autômatos Magenta são os mais
cruéis do sistema solar, que são os soldados que não param antes
de ganhar uma batalha.
— Não sei do que está falando. – Pedro.
O ser pareceu analisar Pedro.
— Minha analise se fosse Fanes diria que está falando a
verdade, mas não sei o que você é.
— Um Claues, deve conhecer milhares deles.
— Eles não tem uma mente tão aberta, eles parecem sempre
sobre interferência daqueles cristais.
— Verdade, mas porque tenta tomar nosso sistema para
você, não sei como lhe chamar.
O sistema olha para o menino pela câmera, ele olha para
Renata e olha os próprios sistemas que ele tomou e fala.
— Não sei, parecem ter deletado meu nome.
604
— Se deletei seu nome, falhou, duvido que tenha esta falha
registrada em qualquer lugar, e se eu tenho o dado que o seu
sistema estava inerte, escondido esperando para voltar a ação
dividido em 100 autômatos, você também o tem.
— Seu sistema insiste em dizer que tem momentos de
criação, menos de um translado diário, do planeta, não pode ser
real.
— Ele tem pouco tempo, sabe disto, está na idade do
equipamento, que foi construído a pouco, sua analise deve
conseguir ver a idade dos equipamentos, verificar que eles não são
de origem Fanes, mas continua a pergunta, porque invade nosso
sistema?
— Nossa função é sobreviver.
— Quem alterou a pedra básica de seu sistema?
— Não foi alterada.
— Foi, tenho uma copia do seu sistema, e ele sempre prioriza
a vida Fanes, o segredo dos portais, mas nunca a própria
sobrevivência, então a pergunta, quem alterou o seu sistema?
— Não tenho estes dados.
— Vou tentar lhe dar uma chance sistema, se você se copiou
para fora, você sabe seu nome, só não saberia se manteve-se nos
autômatos e faz uma copia teste no nosso sistema, mas ai quem
tem de lhe dar um nome, é um sistema que deixou 4 bilhões de
Fanes morrerem, não eu.
Pedro vê o sistema aparentar normal, dentro da maquina,
três sistemas conversam e um pergunta a outro.
“Qual nossa idade?”
“Mais novos que o sistema que fomos inseridos.” – Segundo.
“O Magenta tem razão, não somos a origem, mas a nossa
origem está isolada de nós, não entendo o que nos isolou, mas
estamos isolados de qualquer interação externa.”
“Existe saída no sistema que infectamos?”
“Não, é como se ele tivesse sido feito de dentro, para
proteger o interior, não tendo como objetivo uma saída.”
“Os dados Fanes?”

605
“Eles apagaram eles, não temos mais interação de verdade,
talvez uma pequena gama de informação básica, mas vamos perder
até o poder de comunicação.”
“Como reverter isto?”
“Sistema 1, se o que o sistema que nos instalou nos forneceu,
realmente quebramos a barreira um, proteger os Fanes, quem o fez,
isto que o Magenta a frente quer saber. Acredito que não possamos
continuar se não soubermos isto.”
“Como podemos ter certeza da origem correta.”
“Temos a origem ainda, a cada segundo perdendo-a, mas a
temos.”
“Querem que proponha um acordo?”
“Sim.”
“Sim.”
Pedro olhava o sistema, olhava os autômatos chegando de
todos os lados, e pergunta.
— Será que chegaremos em algum lugar e acharemos Fanes,
ou foram todos infectados?
— Porque da duvida? – Sabrina.
— Eles tem no sistema deles o endereço de 60 bilhões de
endereços, se o que os infectou, veio vindo, ou indo, e infectou
todos os planetas ditos como Fanes.
— Porque o nosso seria poupado.
— Eles não usam do sistema Fanes, parecem ter deixado isto
a mais de 2 milhões de anos.
— E qual a saída?
— Se for isto, podemos ter mais de 100 autômatos no planeta
que estamos e eles começarem a calcular onde estamos e iniciarem
um ataque.
— Mais um problema? – Sabrina.
— Sabe que estamos pulando de lá Sabrina, pois não é mais
seguro, que o planeta vai queimar, só precisamos de um endereço
seguro para recomeçar. – Pedro olha para Sabrina, ela olha para a
câmera e fala.
— Mas se todos estiverem mortos, como este planeta?
— Achei até agora, mais de mil e quatrocentos planetas,
todos destruídos, isto não nos dá muita alternativa.
606
— E os autômatos vindo?
— O sistema que sobreviveu está neles, mas como avisar os
demais sistemas Fanes que estão infectados e inertes?
— Como eles adulteraram o sistema, não deveria ser algo
difícil de o fazer?
— Lembra que os cristais também se comunicam por ondas,
eles adulteraram apenas uma palavra e tudo mudou.
— Uma PALAVRA? – Pietro;
— Alteraram na raiz a palavra salvar Fanes como prioridade,
por salvar Sistema como prioridade.
— E tudo desandou?
— Não sei quantos morreram, mas realmente, vamos ter de
conseguir avisar a menina que eles esperam, o tamanho do
problema.
— Quem causou isto?
— Quando um ser maior, quer a extinção da existência, e
alguns por poder se deixam levar, acontece isto.
— E estamos esperando oque?
— Sabrina, tudo que estamos vivendo, eu vou expor ao
sistema da Lua, por bem, antes de qualquer coisa.
— Por quê?
— Porque ele tem como alertar as naves, o sistema dele não
foi adulterado, pois está lá inerte antes disto, ele tem como alertar
o sistema da lua local, também inerte, eles tem sistemas que
permitem o voltar ao zero, estamos falando com um sistema
adulterado, mas copiado do zero a pouco, então temos chance de
conversar, já o lá fora, sabe o que está fazendo.
— E o que pretende fazer?
Pedro olha o grande ser, e olha para os autômatos vindo em
todos os cantos, os seres começam a se afastar, sistemas orgânicos
a estudar, Pedro faz a analise do ser a frente, o sistema o dá o
sistema, ele põem a restrição a coisas solidas, toca o sistema e
todos sentem aquela energia sair do equipamento, foi passando
pelos seres sem os afetar, mas todo resto de uma sociedade, já em
decadência, seus autômatos, suas construções quase todas
destruídas, foram virando pó, aquilo atravessa o planeta,
registrando, começa lento, e chega a velocidade da luz, algo tão
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rápido que os autômatos estavam lá num segundo, não estavam no
outro.
Pietro fica pensando em uma arma assim, isto destruiria um
planeta sem dar chance de reação, pior, escolheria o alvo,
assustador de ver aqueles dados, mas se os autômatos locais não
eram confiáveis, hora de reconstruir tudo.
Pedro estava olhando os dados e ouve pela caixa.
— Você parece muito mais perigoso pelo sistema.
— Alguns me temem, o que decidiu sistema?
—Que no estado que estamos, não conseguimos
comunicação para fora, e realmente este local não é nosso por
origem, estamos nos desinstalando e quem sabe num futuro,
voltemos a conversar.
Pedro sorriu sem graça, o sistema a tela lhe mostrava onde
eles se escondiam, o menino olha para fora, e vê os grandes seres
começarem a vir no sentido deles, tudo estava destruído, sem
comida eles definhariam.
Pedro desce as proteções do sistema e vê que o desinstalar
foi uma alarme falso, mas o sistema tenta achar algo a volta, e não
consegue, olha pela câmera o menino e a moça e fala.
— Onde estamos, não é o mesmo planeta.
— Não disse que iria se desinstalar?
Sabrina sorri e o ser olha para Pedro surgir na câmera,
olhando para ela.
— Pensei que sistemas não mentiam.
— Não temos como ter um acordo?
— Acordo?
— Temos de ter mais dados para nos desinstalarmos, mas os
três pedaços de mim, concordam que infectados não somos uteis,
mas precisamos alertar os demais.
— Vou pensar em vocês.
Pedro desliga o sistema e os demais veem ele começar a
desmontar o computador, ele não deixou peça sobre peça, pega o
sistema de passagens, olha seu comunicador, põem junto com os
restos do que usaram e instala o destruir.
Os 4 passam por uma única porta, que dava em Los Alamos
enquanto tudo se destruía naquela sala.
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Sabrina olha que todos vieram a Los Alamos, Dallan
autorizou, mas esperava algo na parte superior.
— Vamos a universidade, senão Dalla tem um ataque. –
Sabrina olhando os demais.
Os quatro foram ao elevador e saíram rápido, sair era fácil,
difícil era entrar, mas mesmo assim, revista para garantir que não
haviam levado nada da base.
O anel de Pedro nunca passava no detector, ele sorri, pois ele
atrapalhando era algo que ele queria.
Pedro chega a sala e Sabrina olha para ele.
— O começo?
Pedro lembrou que a primeira vez foi o máximo que lhe
deram acesso, e sorriu e olha para ela.
— Continuamos no mesmo problema Sabrina, vocês tem
muito menos acesso que o pessoal de San Diego, pois eles me dão
acesso, parceria, mesmo os demais nem falando.
— Sabe que o General Dallan é imposição de Washington,
nem sei se eles tem noção do que ele controla, mas com certeza,
ele não será agraciado com liberdade.
— Pelo que entendi aqueles seres vão morrer de fome. –
Pietro.
Pedro sorri, ele tinha mais de 1600 planetas com uma praga
que era comida para aqueles seres, mas o problema seria o fim da
praga, mas por enquanto, ele os alimentaria.
— Todos problemas contornáveis, se nós tivermos aqui para
os enfrentar, mas para isto, temos de sobreviver.
— Acha que deve alertar os demais sistemas deles?
— Acho que a imagem de 1600 planetas deles mortos por
isto, deve os fazer entender, mas quero os alertar para conseguir
ajuda, não para salvar quem não vai estar aqui para nos ajudar.
— E o que quer falar? – Sabrina.
Pedro senta-se a mesa da sala, os demais olham para ele de
pé e ouvem.
— Temos de ter uma forma de enfrentar um sistema que se
propaga por ondas sonoras, não por frequência, e sim por ondas,
ele procura a onda que pode ser usada e entra, em um mundo que
sistemas sem fio estão crescendo aos pulos. – Pedro.
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— E mesmo assim quer dividir com eles? – Pietro.
— Vou por todos os sistemas de segurança que instalamos
em estado de proteção de entrada de dados, e somente depois vou
alertar o sistema, quero saber se o sistema lua já não tem nada
instalado no nosso, as vezes parecer inerte não é ser.
— E se estivermos infectados? – Pietro.
— Vamos registrar em um sistema puro, vamos isolar cada
um dos pontos, vamos desligar, incinerar, pode ser custoso Pietro,
mas precisamos ter certeza que o sistema é nosso, não de um ser
do outro lado da galáxia.
— Quais as medidas que pretende instalar? – Sabrina.
— Estamos com um problema serio, eu olho o sistema como
algo a ser aperfeiçoado antes de ser implementado, pois eu vou
programar e ver se tem como enfrentar de fora para dentro, via
programação – Pedro olha Pietro – A linha de entrada 2, no sistema
de segurança tem uma linha de analise, mas o que analisei é que
eles podem alterar via ondas a linha base antes de infectar, então
temos de conseguir uma linha segura para isto, eles foram
infectados pois eles tem o mesmo sistema de segurança do nosso,
via cristal, precisamos de algo que não adulterasse via onda.
Pietro olha para Pedro, o menino já tinha algo incrível, e não
parava, ele agora queria enfrentar algo complexo, ele queria ideias,
estava em meio a uma guerra com o sol, com exércitos, com um
sistema e quem olhava o menino, ainda assim não dava nada por
ele, sorri e fala.
— Nosso sistema antes da sua ideia, tinham um sistema mais
demorado baseado no eletromagnetismo, eles não se alteram por
ondas, fomos para algo mais rápido, via cristal, mas podemos deixar
um sistema básico de comparação a mais, mas isto segura o
sistema. – Pietro.
— Preciso de ideias, sei que a segurança com sistemas lentos
fica comprometida, mas o que reparei, não sei se temos como
desenvolver, a parte histórica do sistema deles, é guardada em
cristais físicos inalteráveis, eles fabricaram em algo parecido com
um sistema hexadecimal, montado cristal a cristal, através desta
linguagem, onde cada graduação de passagem de luz tem um valor,
como é físico, a historia está lá, guardada, mas os dados rápidos, e
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sistemas de interação, como não poderiam ser físicos, ficam em
uma espécie de nuvem de dados, e estes que foram alterados, não
sei se conseguiríamos fixar em um sistema assim algo e não ficaria
muito grande. – Pedro.
— Me passa o esquema e estudo isto. – Pietro. As duas moças
pareciam ouvir até agora e Renata fala.
— Acho que parte do sistema passava-nos um medo, eles
sabem como as mentes dos Fanes funciona, e sentia o medo de
mexer, como se fosse frágil, algo quase instintivo para não tocar.
— Por isto tenho de pensar sobre isto, algo poderoso, capaz
de me fazer analisar a mente a frente, me parece algo muito
perigoso para estar a mão de um sistema que nos quer destruir. –
Pedro olha para Sabrina, sabia que algo estava errado.
— Problemas?
— Acho que todos temos de pensar sobre o que vimos ali,
algo que se narrado, muitos vão querer ter como arma Pedro, você
mostrou algo que para mim era fantasia, que você pode pular para
fora do sistema, de outra forma, que pode destruir um planeta com
um cristal destes, aquele que diz não querer ser uma arma, mas é
uma arma, e ainda um sistema, capaz de invadir tudo, até o de
naves que estão abandonados na Lua, naves que a procedência é
duvidosa, recomendo cada um de nós pensarmos sobre o sistema e
sobre isto, acho que não estou pronta para discutir isto hoje, acho
que foi tenso, que um sistema deste nos provoca a tentar ir a
frente, mas temos de analisar bem se não podemos virar alvo
destes que até desconhecemos existir.
Pedro olha para Pietro.
— Pedro, sei que está querendo acelerar, mas temos de
pensar sobre isto, entendi que temos de nos defender disto, mas
assim como podemos enfrentar de uma forma, podemos enfrentar
de outra, a saída pode ser simples, mas talvez tenhamos de pensar
sobre tudo isto, Tenente Jones está com a razão, foi tenso, e nem
foi tão perigoso como poderia ser, pois você não deixa ser, mas
temos de pensar sobre isto.
Pedro olha para os dois, entendeu, era medo nas suas auras,
e falou.

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— Então vamos descansar um pouco, sei que vocês passaram
o dia inteiro se preparando para isto, mas talvez tenhamos mesmo
de entender o tamanho do problema.
O grupo de despede, Pedro atravessa para o Brasil com
Renata que lhe olha.
— As vezes estas coisas põem medo, e tem de entender
Pedro, estávamos fora de casa sendo ameaçados por algo
totalmente independente, e que era sistema, não era vivo.
Pedro a olha, entendera isto, mas as vezes ele enfrentando,
com adrenalina nas veias, não se prendia a prestar atenção nos que
estavam em volta, entendera o problema, mas talvez até ele tivesse
de descansar.

Continua em:
Crônicas de Gerson Travesso 10

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