Você está na página 1de 107
VALTER DOS SANTOS FERNANDES : Pee e te Cr) Toe SP INSTITUTO BRASILEIRO DE EDICOES PEDAGOGICAS, E-mail: ibep @uol.com.br (CENTRAL DE ATENDIMENTO Distribuigdo, Promacto e Vendas - LIGACRO GRATUITA 0800 17 56 78 Vendas ~ Fax: (XX) 0694 5938 ~ Propaganda - Fax: (OXX11} 6592 0122 Fu Jol, 294 — Tel: (OXX11) 291-2965 (PAB) ‘CEP 03016-020 ~ Caixa Postal 285 ~ S40 Pavlo~ Brag ‘SEDES REGIONAIS [ACNE ~ Ms Branco ~ Rua Poiana Pak, 749 = Te. HS 229 749 ~ Fae 2247058 ALAGOAS ~ ces — Pr Vigo ce Caos 26 Ta. (XK 221 Sere Faw 338 7050, faliazones * Movaue~ Maram Morin, So - 2 era O40) 699 43 Fe: OS 970 BAMA —Sohacor=-R.Veconde de nto) 989 ~ Tol: (HX!) ado 121/380 Tat) — Fox 208 2, [BYSLM (Dr) ~ Seu ~ hasta 3” Boma © Lap 68 Tal, (RNG) S44 1500” Fa 94 St CEEARA ~ Fries ~ Ar Aganamb 146 ~ el (OG) 26 an an 250 08, ESolnTO SANTO Yiu Vea. Prescarn Lina, 02) = Ta (ORKET 2097180 Fax 229 2872 Soins = Gown R70 est — Tax (U6) 20 2s, MARAWABO ~ Seo Lae” Av Catia Vann 14 Tet. (008) 2522810 — Fox 238 ab NATO Grosso GO Sut ~ cago Grate Av Guratarar, @f3--"e. Hse) Dee 306) — Fae 7 TCs. MINAS GES — Bop Hysol Intel Bram {02000 Ta [OT] 4 ae0 Fo 11 ~ Taste Con Ay, Gat Vg 922 Yaa 2 co Far 52 te” Gator = in Ba Fel, 485 ~ Tel GROG 271 SEND. —Foe re al Fatcaro Pus ea ses, 25 Teac (DOH) 82 TDN ans Clee Ri Clap Cos 70 Teh Fae (HH 28100 in de Fo Rue al, 776 ~ ConraVaay or) 25 Batt Dan ~‘alem Tay, Paste Eula, 650 — Tm NK) 229 107 = Fae 282 ocr analga = Jogo Pesta Av "do hao, 260” Tels (OOD) et 2708 = Fan 201 88% PARANA — Gutta R Engerta Hetor Somes Gus 472 Tes GREAT Ao TEN. Fae 285 781 PEINABUCO ~ Race Pa Gerns Pes 1ES~ TH. (KG) 423 589 ~ Fax #25 0108 Paul Tarana "Bux Quntna Satstne, S20 Sl Tolan (OEE) 222 7 RO GRANDE BO NORTE ~ Nas = ua Cis le, 1113 ~ Sara vermao~ Tela (Kes) 2122140, FO GRANDE 00 SuL~ Pons Aly Aun Esto 6 Fura 220° Tl OI 98 S088 | an 34 801, 10 DE JANEIRO ~ Ao ob snoro™ Av Labo lier Sl'"= Tal: (0G!) 374 847 Fax S00 OOS RONDBIUA = Ports Vana ~ Pus nag Nebuc, 2513 Te. (0X88) 220 S89 = Fax 284 127 = Panna — fu 10809 (ane ae nuns Cogn Mei) “dare Nova Bra = Tal. (0G) 421 4000 (Fa 424 4100 FRORANIA Wisin Ay ame Bra 99 Tels OENeD) 206 uae” En 2 I SATA CATARINA = Pnanipote A Joa Cando de Sho, 28 Baldo Eno Tel: (HA) 2489060 / 284186 — Fax 28 S00 80 PAULO ~ Aasahbe ~ R Osvalo Gz, 173177 ~ Te xxi 2d 2017 Fax EEE T8et.~ Baw fy, hareane Guia 696 (001 200 Bt0T = Fax Bat 1487 ~ Preacete Pucere ke Cornel ed Sore acd 120 "Te (OXON 21 S11 Fax 2292086 boo Pew Fitendo da Aoreu, 63" hrdes Tels) ENE 7H18-Pax. C10 GAN” Stns ch Al Peo Finan Gea. 286 Ta [007 28 Oba Fax 28 ASE Henenits Caro colega, Este volume abrange todo 0 contetido de Matematica do Ensino Médio, de acordo com os Parametros Curriculares do Ensino Oficial. Sem abrir mao do rigor matematico, téo necessério para a elaboracdo e compreensio dos textos, usamos uma linguagem bem acessivel Sendo 0 Ensino Médio o tiltimo estagio na formagao basica de nossos alu- nos, a presente obra fornece todos os subsfdios para que essa formacao mate- miatica seja satisfatoriamente realizada. Os autores Bh conunros Bh runcko avannirica CONJUNTOS.. 2 FUNCAO QUADRATICA. ote REPRESENTAGRO DEUMCONJINTO nce, 8 Grlico do fung80 qUSdSIC8 ennenrnnnes 53 pare " § _Concavdade da parabola 5 ia aa REE Bales ou zeros da fansto guard evens 54 pemenisaticn Berroco geométicn das ies nnn 56 P Vinice da parsbola 7 eee ps oe Imagem da fungho Quadratic’ serene 58 suBcONUNTOS 10 Vaviago do sinal da gio quadrstioa 60 UNIAO DE CONIUNTOS i RESOLUGAO DE INEQUACOES. 64 INTERSECCAO DE CONJUNTOS “gy DIFERENCA DECONIUNTOS janes 13 Ml FUREGAO MODULAR CCONJUNTO COMPLEMENTAR, a for eee cies CONJUNTOS NUMERICOS.. 15 FUNGAO MODULAR eee |ARETA REAL we 16 eQUAGRO MODULAR 6 INTERVALS NUMERCOS nnn 17 APLICACAO DA TEORIA DOS CONJUNTOS NA FUNCAO EXPONENCIAL NARESOLUCAO DE ALGUNS PROBLEMAS.. 21 ras = a Propriedades ds poten. 70 RELAGAO E FUNGAO Expoente into negative n Ae eee ag Bont exes por ma ago n Siar in a TUNGAO EXPONENCIAL 2 OS ‘ ge FQUACAO EXPONENCIAL 74 ogee ee 70 INEQUACAO EXPONENCIAL snare Tee eae Resolugio de inaquagées exponencais 77 Determinago da dominio de wm Fungo... 31 a Grafieo de uma fungio: ” LOGARITMOS onic ico enn LOGARITMOS.. i" 20 CCondigdes de existe do logattin enon. 82 TUNCAO SOR EIORA rr 24 ropriedades decorretes da detnigdo 2 FUNGAO INIETORA w= 35 ropredades operation 83 FUNCAO BIJETORA ... rs 36 ‘Mudanga de base " 88 FUNCAO INVERSA ... = v7 FUNCAO LOGARITMICA = 8g Ene eee fro vera de uma Gai da ng gain 2 See sa OURO DETREI i FUNCAO DECRESCENTE = PROGRE! Es Bhruncio DO 1° GRAU PROGRESSOES ~~~ Saat PROGRESSOES ARITMETICAS °s Se ee a Formula da termo geral da P.A. parers6 FUNCAO IDENTIDADE... " ee “ose PRS alee Un eee eee Q celehaaicher area ee ater oa iB PROGRESSOES GEOMETRICAS ..... 100 pm oaemrasn ens ny ee a Formula do temo geral da P.G. ss 102 Sin da funeio Jo gave annnnnnnn 48 price 104 RESOLUGAO DE INEQUAGOES, 0 Formula da soma dos temos da P.. fnita.. 105 Fh raconomerain RAZOES TRIGONOMETRICAS NO TRIANGULO RETANGULO Tabela de razbes trigonométicas de angulos agudos CIRCUNFERENCIA TRIGONOMETRICA ACO Angulo central. Unidades de medida de arcos Convorsio de unidades Circunfereneia orienta ‘Arco orfentado Cielo wigonometice Quadrante - Arcos cingruos NOMEROS TRIGONOMETRICOS Seno (en) de UF a0 enn CCossena (cos! de um arca Seneconena coe ate det 90 ae 70" Yanaginde aldo eno do cosena Seno. cesta dos feos de 10° Seno‘ conane dor atosmaiplos de 45° Tangente (ig) de um arco CCotangente (cotg) de um arco. Secante (see) de um arco Cossecante (cossec} de um areo - Relagbes fundamentais. Relacoes derivadas Redugéo 20 1° quadrant ‘cos no 2 quent Arcos 3 quadrants Arcos no quent ‘TRANSFORMACOES TRIGONOMETRICAS. Adigd0 @ subtra630 de 8608 oon Atco duplo FUNGOES TRIGONOMETRICAS Fungdo seno Gri datungiosera Funeao cosseno. Getic fungi coveena Funcdo tangente ‘Grfeada fungso tangent ‘Outras fungées trigonométricas EQUAGOES TRIGONOMETRICAS wena TD nareizes MATRIZES vn MATRIZ QUADRADA. a ‘Matiz linha Matiz clu ssn ae Diagonal principale dlagonal secundaria IGUALDADE DE MATRIZES. (MATRIZ.NULA 7 MATRIZ TRANSPOSTA..... (OPERAGOES COM MATRIZES.. Algo de matiZ85 an 123 124 135 135 126 128 123 133 13 134 136 136 138 139 141 17 148 148 49 151 151 12 152 153 153 Matiz oposta. Subtragio de matrizes ‘Muliptcagso de uma matriz or um ndmero ‘eal Multiplicago de maize seman MATRIZ IDENTIDADE IMATRIZ INVERSA. il orrenmnaneres B SISTEMAS LINEARES FQUAGAO LINEAR.. Soluco de uma equagdo linear SISTEMAS DE EQUAGOES LINEARES lassficagio dos sstomas lineares. Sistema homogéneo Matrizes de um sistema... Sistema notmal oor Resolugo de sitema normals Bi ccomerma GEOMETRIA PLANA wenn Razdo de segments Segmentos proporcionais nan / 179 Feixe de etasparalelas ‘Teorema de Tales. Figuras semelhantes ocean “Tangulos semelhantes Projeeso ortogonal on Elementos do tringulo retangulo Relages métricas no triangulo retangulo ‘Aplcagaes do teorema de Pigoras Relagdes métricas num triéngulo qualques Reconhecimento da ratureza de um wiingulo Lei dos senos. Lei dos 088608 Poligonos regulares Notes Poligon insert a una cheunrneia Poligona cheunsrie a uma cicunfertrcia Eleni de um poigona regular Relpdee mériear nor poligonosrgulre, ‘rea das principas figuras geomerias planas GEOMETRIA ESPACIAL DE POSIGAO. Posigdes telatvas a duas tons ets coplanares ets reverse Rees perpendicular reas onogonals Posigdes relativas de uma reta e um plana. Posicves relativas de dois planos: 154 155 _ 157 157 159 160 162 163 168 168 . 169 170 170 wm 12 176 176 7 180 12 en 185 186 186 193 196 197 199 200 205 209 22 214 2s (CEOMETRIA ESPACIAL METRICA Peed 0§ i ements do poledro Pokeso convene Neomenclairs dos politics olds regulares Balagao de Euler Definigzo ements do ims Nomenclatua dor pra Prisma toe pris oligo Prisma epuar ‘rea volume de pina asos panicles de prismas quadrangles Paralelepipedosespecins, Pirdmie Detinico lmentos de pride Piamide regular ‘Area de una pide ‘Volume de uma pide Gilindro circular Definigao Elements do cindro lind rete cliecko oblique Gilindo qiero ‘Area otal dum lindo sto Volume de um clin. Cone clicular esinigso Element do cone Cone ret e cone ablquo {Cone equlstera ‘tea de om cone Volume de um cone Bera. Detinieao Volume de uma esfera Area da supertice efi Seegie de uma exer GB, INOMIO DE NEWTON FATORIAL en NUMEROS BINOMIAS TRIANGULO DE PASCAL. BINOMIO DE NEWTON... Formula do termo geral Bsus COMBINATORIA PRINCIPIO FUNDAMENTAL OA CONTAGEM ARRANIOS SIMPLES PERMUTACOES SIMPLES COMBINAGOES SiaPLes. Te -osasuioanes EXPERIMENTOS ALEATORIOS ESPAGO AMOSTRAL, EVENTO vs Eventos mutuamente exclisivas Eventos complementares. 26 216 220 27 232 . 234 27 238 239 240 242 ms 246 248 250 256 256 257 259 259 PROBABILIDADE ... maa Propriedades decorientes da definiga0 Probabilidade da reunio de dois eventos Probabildade da interseccao de eventos Independents o [NUMEROS COMPLEXOS [NUIMEROS IMAGINARIOS NUMEROS COMPLEXOS. Igualdade de dois nimeros complexos (OPERACOES COM NOMEROS COMPLEXOS Ag © SUBEE2650 wasn Mulitpliescao — Pottacias def Divisio PLANO DE ARGAND-GAUSS FORMA TRIGONOMETRICA DE UM NUMERO ~ 278 a) COMPLEXO. ‘ Médulo de um ndimero complexe Argument de um niimera complex0 Forma trigonomética.. Bh cromereia ana © PONTO.. Sistema cartesiano plano. Distancia entre dois pontos Ponto que divide um segmento erm uma razi0 dada Caso paricul: Ponto reo Baticentro de um riangulo CConuigSo de alinhamenta de tes pontos ‘ARETA Equacao geral = Casospanticulares da equagio gral Inversecezo de retas Equacdo segientiria [Equacbes paraméricas Coeficiente angular ou declive. Céleulo do coaticints angus Equacdo reduzida FEquagio de uma reta, dads um pontowa diragso Paralelas ~ Condicao de paralelismo Porpendiculares - Condicio de Perendicularisno Distancia de ponto a reta Area do wngulo ‘A CIRCUNFERENCIA Equagio redzida Equagio normal Posico de um ponto em relago a ume ircunteréneia. i Posiio de uma rea em relagdo a uma EiUMFETENCI sonnei 271 359 260 262 264 267 268 269 269 269 270 272 2s 275 276 279 279 281 283 286 287 208 288 201 292 295 296 298 302 308 305 306 306 307 309 310 BB oumomos FUNCAO FOLINOMIAL Grau de un politi ‘lor numa de un pin. Folin iderticanente nla Politics encos OPERACOES COM POLINOMIOS: Adige sobrasto Muipicagao Divisio : DIVISAO DE POUINOMIOS POR 2 Thorens de DAlember Dispos rca de Brit Rin a EQUAGOES POLINOMIAIS RAIZES DE UMA EQUAGAO POLINOMIAL "TEOREMA FUNDAMENTAL DA ALGEBRA EQUACAO POLINOMIAL NA FORMA FATORADA NUMERO DE RAIZES. MULTIPLICIDADE DE UMA RAIZ RELAGOES DE GIRARD RAIZES RACIONAIS 313 314 315 316 317 318 318 318 319 320 320 321 322 324 325 35 226 a7 328 331 FB voces oe maremarica FINANCEIRA PORCENTAGEM 1UROS. Taxa de jute nn “axa unitiria. Clasiticagso das juros Jus simples lealodo montane Juros composios Clea do montane FB wocors ox astaristica NOCOES DE ESTATISTICA sevsnsenannir Froqténeia, taxa percentual e grafico de Grstico em colunas ou em barrae Discrbuigao agrupada de frequencias Represeniagto grea da dstibuicae agrypade do rrequencas Peligone de egaancis ‘Medias de rendencia central ou de posica0. Madiana Mods Masia arriica Os exercicios esto classificados em trés niveis: ) ROXO @® LARANIA (Operacional) © VERDE (Basico) (Global) 33 335 335 as 336 336 339 343 a3 36 uy 350 A letra x representa um elemento genérico e a sentenca “x é dia da semana” é a _ propriedade caracteristica do conjunto. Outros exemplos: T= (x|x 6 impar} P= {x|x 6 par e maior que 3} PERTINENCIA EXERCICIOS at Se um elemento x é um elemento de um conjunto A, escrevemos: "XGA (que se lé: x pertence ao conjunto A) Por outro lado, se o elemento x nao é elemento de A, escrevemos: _x@A (que se lé: x nao pertence ao conjunto A) Represente os seguintes conjuntos, enumerando os seus elementos entre chaves: a) D= {x|xé dia da semana} b) V = {x1 x 6 vogal do nosso alfabeto} ©) L={x|xé pare maior que 3] d) M=[xix€Nex>7] e) J={x|x€INex<2} f) U=(x|x@INex>4dex<6} g) T=[xix€Ne33} @® De os subconjuntos: Modelo: A = {x, y}, os subconjuntos de A séo: {x}, fy}, (x, yl, @ a) B=(4,7} b) C= {a,b,c} 5. Passe para linguagem corrente: Modelo: ACB A esta contido em B. a) MIN EDF b)P¢A dxea @ Sendo A= {x,y,z}, coloque V (verdadeito) ou F (falso): a)xEA oo tyhCA b) fy}EA d)zcA Capitulo + Conjuntos = TT Dados‘dois conjuntos A e B, chama-se uniao de Ae B e se indica A U B (A unio B) 0 conjunto cujos elementos pertencem a A ou a B. Exemplos: ¥. A={1,2,3,4} B= (3, 4,5, 6} AUB=(I1,2,3,4,5, 6} 2. V ={vogais do nosso alfabeto} C= {consoantes do nosso alfabeto} VUC= (a,b, 6 dye, ony 2} Definicao de unido ou reuniao de conjuntos: AUB=Ix|x@A ou xB) INTERSECGAO DE CONJUNTOS Dados dois conjuntos A ¢ B, chama-se intersecgio de Ae Be se indica ANB (A inter B) 0 conjunto cujos elementos sé comuns a A e B, isto 6, que pertencem aAe também a B. Exemples: 1. A={1,2,3,4) B={3, 4,5, 6] ANB=(3,4) 2. V=[vogais do nosso alfabeto} C= {consoantes do nosso alfabeto} vnc=@ TZ copituiot + Conjuntos Defini¢ao de intersec¢ao de conjuntos: ANB=IxIxGA ex © 8} EXERCICIOS 7 Dados 0s conjuntos: = {1,2,3,4);B ={1,7,9;C= {3, 5, 8}eD=@, determine: a) AUB ad Anc Bg) BNA b) ANB e) AUD h) AUA o) AUC f) BUA i) (ANB)UC DIFERENCA DE CONJUNTOS Dados dois conjuntos A e B, chama-se diferenga entre os conjuntos Ae B nessa ordem ¢ se indica A - B 0 conjunto cujos elementos pertencem a A mas nao pertencem a B. Exemplos: A={1,2,3,4} 3. R=(1,2,3, 4) = (3,45, 6} S=(3,4,5, 6} A-B={1,2} CONJUNTO COMPLEMENTAR Particularmente, quando B é um subconjunto de A, a diferenca A — B cha- ‘ma-se conjunto complementar de B em relagao a A: CK=A-B Ci (emos: complementar de B em relagio a A) Exemplos: EXERCICIOS 8 Hachure a operacao indicada: (a) ) A-B i i Set ae \ 7 eh (A )C B)pea | he Pe | ) (A (r)¢@ WY ® Dados 0s conjuntos: A= {x,y, Z, Wi: B= {x, y}; C= {a} e D = {a, x, y, z, Wh, determine: a) A-B e) D-A i) BUC b) B-A f) A-D jy ANB oa 9) CG ny Gos d) A-C h) AND m) UB V4 capitulo? + Conjuntos CONJUNTOS NUMERICOS Os principais conjuntos numéricos recebem as seguintes notagées: Conjunto dos Ntimeros Naturais IN: N=(0,1,2,3,4,..} * (asterisco) € usado para indicar a supressao do zero. Assim: No = Gpseaed Conjunto dos Niimeros Inteiros Z: Z={..., 3, -2,-1, 0, 1, 2,3, 1} =(0,1,2,3,..} (inteiros nao negativos) 2,-1,0} _(inteiros nao positivos) Conjunto dos Niimeros Racionais Q: o- {2jaezevez} Niimeros racionais so todos os ntimeros que podem ser representados na forma de +, com ae b inteiros e b diferente de zero. Os ntimeros que nao podem ser expressos na forma ie , com ae b inteiros e b diferente de zero, chamam-se irracionais. Exemplos: V2 = 1414213. V3 = 1,7320... n= 31415... Conjunto dos Niimeros Reais IR: O conjunto dos ntimeros racionais reunido com o conjunto dos ntimeros irracionais forma o conjunto dos nimeros reais. Copituio? * Conjuntos 15 Sendo: Q (racionais) > QUI=R (reais) I. (irracionais) Assim, os ntimeros reais podem ser racionais ou irracionais. Os reais racionais, quando expressos na forma decimal, ou so decimais exatos ou tém infinitas casas, porém periddicas. Os reais irracionais, representados aproximadamente na forma decimal, tm infinitas casas decimais e no periédicas. Exemplo: 1.7 0,8 5,3232... = reais racionais 9 2 27008. | eis rains Através dos diagramas de Venn visualizamos melhor a relagao entre os conjuntos numéricos. Observe: Os ntimeros reais sao representados graficamente considerando a corres- pondéncia biunivoca existente entre os pontos de uma reta e os ntimeros reais. Assim, a cada ponto da reta corresponde um e um s6 ntimero real e cada naimero real 6 correspondente de um tinico ponto. Por outro lado, assim como entre dois pontos de uma reta ha infinitos pontos, também entre dois mimeros reais quaisquer existem infinitos nuimeros reais: 1 2 076 0 . 2 fl V3 2 3 4 16 copiuiot » Conjuntos INTERVALOS NUMERICOS Considerando dois ntimeros reais a e b, sendo a < b, vamos definir alguns subconjuntos de IR, chamados intervalos numéricos de extremos ae b. Por exemplo, sendo a= 5 eb = 8, o conjunto dos infinitos ntimeros reais compreendidos entre 5 8 é um subconjunto de IR chamado intervalo numéri- co de extremos 5 e 8, Um intervalo pode incluir ou nao os extremos, daf termos a seguinte classi- ficagao: Intervalo fechado Quando inclui os extremos a e b. Notagao: Na reta real: Subconjunto de R: [ab] e+» xe Rja Exemplo: 158[ ——o 9+ x ER[S3 ou 30} e (x ER|x <3} h) [0,3] e ]-4,4. i) KER x<0) e (xERix>0} j) KER|-11 APLICACAO DA TEORIA DOS CONJUNTOS NA RESOLUCAO DE ALGUNS PROBLEMAS Exemplos: 1. Se dois conjuntos A eB tém juntos 25 elementos, A tem 18 elementos ¢ ha 3 elementos comuns, entio quantos elementos tem o conjunto B? Como 0 ntimero de elementos da intersecc4o de A e B que se indica n(A 9B) =3, temos no diagrama: Se o ntimero de elementos de A n(A) = 18, no diagrama temos 18 —3 = 15 elementos que pertencem somente a A. A O ntimero total de elementos n(A U B) = 25; assim, elementos somente de B: 25-15-3=7. Assim, B tem 10 elementos. Algebricamente podemos escrever: n(A U B)= n(A) + n(B)—n(A NB) 25 18+ 10- 3 Essa expressao algébrica pode ser generalizada. Copitulo + Conjuntos 21 2g, Numa cidade séo consumidos trés produtos: A, B ¢ C.No més passado, levantamento sobre o consumo desses produtos apresentow oS seguint resultados Produtos A Cc AeB AeC BeC A,BeC Ntimero de consumidores Observe que todas as pessoas deste levantamento consumiram pelomenos um dos trés produtos. Entao pergunta-se: 2) Quantas pessoas consumiram somente o produto A b) Quantas pessoas consumiram somente um produty, A, BouC? ¢) Quantas pessoas consumiram mais de um produto? 1) Com base nos dados, fazemos o diagrama abaixo e colocamos inicial- mente os elementos comuns aos trés n(A 1 BM C)= 29) Em seguida, com n(A 1B) = 30, n(A 1) C) = 208 n(B NC) = 15 € sub- trainde 5 de cada uma dessas interseccbes, colocamos no diagrama: 39) Completamos cada conjunto A, Be C levando em conta os elementos ja colocados, no conjunto A. por exemplo, faltam 80 ~ 25 ~ 15 ~ 5=35e assim por diante: 22 capitulo ¢ Conjuntes Respondendo as perguntas temos: a) Consumiram apenas 0 produto A: 35 pessoas. b) Consumiram somente um produto, A, B ou C: 35 + 30 + 60 = 125 pessoas. c) Consumiram mais de um produto: 15 + 25 + 10 + 5 = 55 pessoas. EXERCICIOS @® Num grupo de pessoas pesquisadas todas assinavam pelo menos um dos dois jornais A e B: 50 assinavam o jornal A; 800 jornal B e 30 assinavam Ae B. Qual 0 total de assinantes? @® Nama escola 150 alunos estudam Matemética, 20 estudam Portugués ¢ ‘Matematica e os 30 restantes estudam outras disciplinas. Pergunta-se: Qual 0 total de alunos dessa escola? @® Num clube exatamente 30% dos sécios praticam futebol, 80% vilei, Se to- dos os sécios praticam pelo menos um dos dois esportes, qual é 0 percentual de praticantes dos dois? @® A tabela abaixo € 0 resultado de uma pesquisa feita em uma cidade sobre 0 consumo de trés produtos: pamesnne sieve eet Seneca es oo Eee eee et Nenh Produtos A BoC A GEhAgGmeCe A)BeG eimamut dos trés Naimero de consumidores | 50 | 50 | 70] 10 | 5 | 6 1 10 000 Com base nesta tabela, pergunta-se: a) Quantas pessoas foram pesquisadas? b) Quantas consomem apenas um dos produtos? ©) Quantas no consomem o produto C? d) Quantas consomem s6 dois produtos? 2D Em um condominio de 600 familias, 315 possuem carro, 240 familias pos- stem TV e 182 nao possuem nem carro nem TV. Pergunta-se: a) Quantas possuem carro ou TV? b) Quantas possuem carro e TV? ©) Quantas possuem carro e no possuem TV? CCopitulo? + Conjuntos 23, Relagao e Functo PRODUTO CARTESIANO Dados dois conjuntos A e B, chama-se produto cartesiano de A por Be se indica A X B (A cartesiano B) 0 conjunto cujos elementos sio todos os pares ordenados (x, y), onde o primeiro elemento de cada par pertence a Ae o segun- do aB. Exemplo: Dados {12,3} e B={2,4} entio: A X B= {(1, 2), (1, 4), (2, 2), (2,4), (3, 2), G, 4)] Podemos representar esse produto cartesiano em: Diagramas de setas ou graficamente: Sistema de coordenadas cartesianas ‘Observe: No eixo horizontal, eixo das abcissas, colocamos 0 1° conjunto (A) eno eixo vertical, eixo das orde- nadas, 0 2° conjunto (B). a Resumindo a definigao: Ax B=((x, yllx@Aey €B) EXERCICIOS 1 Sendo: A=(3,5) e B=[1L 4) determine: a) AXB b)BXA 24 capitulo 2 + Relagtio e Funcdo: @ Dados: M=(0.5) e N={41,0,5}, determine: a) MXN b)NXM c) Em diagrama de setas: MXN NXM N M / / a [3c] (a \ 54 Ley Nat See 3 Sendo: A-{L2, B=(0,1} e C={o}, determine: a) AXA e)BXC b) AXB Coxe c) AXC B)CXA d)BXB h)CXB 4 Represente graficamente, usando 0 sistema de coordenadas cartesianas, os Produtos cartesianos do exercicio anterior. 5 Observando a representacao 8rdfica do produto cartesiano A X B, escreva © valor da abcissa e da ordenada dos pontos A, B, C, D, E, E.G, Hel: @® Dado 0 produto cartesiano A X B= {(1, -1), (1, 2), (1,3), (2, -1), (2, 2), (2, 3)} determine os conjuntos A e B. Copfrulo2 * Relagdoe Fungdo | 25 RELACAO BINARIA Relagao bindria de A em B é qualquer subconjunto do produto cartesiano AXB. Exemplo: Dados A={1,2} e = (2,4), entdio: A X B= {(1, 2), (1, 4), (2 2), (2, 4) Subconjuntos de A X B, tais como: (1,2), (2,4)} BY R= ((22)} ) R= 11, 2), (1, 4), 4) sao exemplos de relagdes de A em B. Podemos representar essas relacdes em: Diagramas de setas tA ou graficamente: Sistema de coordenadas cartesianas R R, Be Podemos ainda representar uma relagéo tomando um par ordenado arbi- trétio (x, y) do produto cartesiano A X B para representar um elemento genérico e uma “lei” que relacione o 1° elemento do par com 0 seu respec: tivo 2° elemento. R,=[& y) GA X Bly = 2} Observe: 8,6 uma relacao formada pelos pares ordenados de A X B que obedecem 2 “lei” *c: 0 segundo elemento (y) é 0 dobro do primeiro (x). R,=(y) GA X BIx=y) R= (0 y) EA X Bly > x} 26 — copitlo?2 + Relogie eFuncao EXERCICIOS 7 Represente as relagdes enumerando seus pares ordenados: Modelo: 8 Dados A={1,2,3} e B=(0,2,3,6,71, determine as seguintes relagdes, enumerando seus pares ordenados: Modelo: R,={@ y) A X Bly =2x41} parax=1 = y=2-14+1=3 = y=2-241 = y=2-34+ para => R,={(1, 3), 3,7)} para a) R=(&y)EAXBly=3x} — ) R= {(%y) @A X Bly =3x- 1} b) R= (xy) EA X Bly =x +1} 9 Represente graficamente as seguintes relacdes de A em B, dados: A=(0,2,3} e B=(0,1) a) R= (2,1), 0) c) R={,0) @ D} b) R= ((0, 0), @ 1), 2 O)} d) R,= ((0, 1), (2, 0), (3, 0)} AO) Dado o conjunto A = (1, 2, 3, 4, 5) represente graficamente as seguintes relacdes: a) R={%y)EAX Aly=x+1) 0) R=((% y)EAX Aly =x} b) R,={% y) EA X Aly=x} d) R,={&% y) EA X Aly =2x-1} Capiulo2 + Relogee.o Fungto 27 FUNCAO Dados‘dois conjuntos A e B nao vazios, chama-se fungao uma relacdo R de Aem B se e somente se para todo elemento x de A existe um tinico correspon- dente y em B. Exemplo: Sejam os conjuntos A = (1,2, 3} e B={1,2,3,4,9} eas relacées: > R, € uma funcao de A em B, pois todo elemento de A tem um tinico correspondente (imagem) em B. > R, é uma fungio de A em B, pois todo elemento de A tem uma tinica imagem em B. Aimagem do 1 € Aé LemB. Aimagem do 2 € Aé1emB. A imagem do3 © Aé4emB._ Para ser funcao: a) Todo elemento de A tem imagem em B. b) Cada elemento de A s6 tem uma nica imagem em B. Contra-exemplo: » R, nao é fungao de A em B, pois ha elementos de A, 0 2 e 0 3, que nao tém imagem em B. » R, nao é funcdo, pois hé elementos de A, 0 1, com mais de uma ima- gem (le 2emB). 28 capita? « Reagto ering 2 Dados os conjuntos: E=~(1,2,3,4) e F=(2,5,6} eas relagdes abaixo, escreva se a relacdo 6 fun¢ao ou no é funcao: Sugestao: Represente cada relacao em diagramas de setas e verifique a) R= {(1, 2), (2, 5), (3, 6)) d) R,= {2 2), G, 5), (4, 6)} b) R,={(1, 2), 2, 5), (3, 2), 4, 6)}—e) R= {(1, 2), (1, 5), (2, 6)} ©) R= (1,5), (2, 5), (3, 5), (4, 5)} Dada a funcao f de A em B pelo diagrama de setas, dé a imagem dos ele- mentos: a, b, ce d. Copitule2 + Relacioe Funcio © 29 NOTACAO Uma funcao f de A em B, ou seja, dominio em A e imagem no contradomi- nio B, indica-se: £A3B — (lése:fde Aem B) Assim, cada elemento x de A est associado a um tinico y, imagem dex pela fungao £, que se indica f(x) e lé-se f de x. Resumindo: > O-conjunto A chama-se dominio da funcao f. > O conjunto B chama-se contradominio da funcao f. > x60 elemento arbitrario do dominio. > y = flx) €a imagem de x no contradominio. © conjunto dos elementos de B que sdo imagens dos elementos de A forma 0 conjunto imagem (Im). Exemplo: Seja R uma fungao de A em B: Dominio: A = {1, 2, 3} Contradominio: B = {1, 2, 4, 6, 7} Imagem: Im = (2, 4, 6} EXERCICIOS 14 Dadas as fungées abaixo em diagramas de setas, dé o dominio D, 0 contra- dominio CD e o conjunto imagem Im: FUNCAO NUMERICA DE VARIAVEL REAL Uma fungao é chamada funcao numérica de varidvel real quando o domi- nio ¢ 0 contradominio dessa fungao sao subconjuntos do conjunto dos nimeros reais. Exemplo: Seja a funcao f de IR em IR definida por f(x) = 2x +1 ou y =2x +1 Assim, esta fungao tem dominio IR e a cada x deste dominio esté associado um tinico y € IR, através da “lei” f(x) = 2x +1 ou y =2x +1 Resumindo 0 exemplo: FR R definida por f(x) = 2x +1 DETERMINACAO DO DOMINIO DE UMA FUNGAO Na pratica, € bastante comum indicarmos uma fungdo apenas pela “lei” que a define, nao mencionando, portanto, os dois conjuntos A e B, dominio ¢ contradominio, da funcao. Neste caso, devemos admitir que: » Ocontradominio é R. » O dominio é 0 conjunto formado por todos os ntimeros reais que a va- tidvel arbitréria x pode assumir, de modo que as operacées indicadas em f(x) possam ser efetuadas em R. Exemplos: Te Seja f(x) = -3 A varidvel x nao pode assumir valores que anulem 0 denominador. Entio, devemos ter: x-340 => x43 Portanto, D = {x € IR|x# 3). 2. Seja f(x) = 2x + A varidvel x nao pode assumir valores que tornem o radicando 2x + 8 um ntimero negativo, pois nao ha raiz quadrada real de nimero negativo, Ento 2x +820 = 2x2>-8 = x24 Logo: D = (x € R|x>-4} Copitule2 + Relagioe Funcio © 37 8. Seja f(x) = 7x A varidvel x pode assumir qualquer valor real, pois 7x é um ntimero real qualquer que seja x. Entéo, D = IR. EXERCICIOS @®) Determine o dominio das seguintes fungées numéricas: a) (x) =3x f) y=./3x 12 =. 7 b) f(x) =-5x Bay-y 2 f(Q) = eeu eal 2) "saa hy J2x + 10 pees freee 4) if) == a0 Bey ook eee: 7 meg? 4 2) (=a j) f@) =x? 43x-2 Exemplos: 1. Considere a fungo f : IR R, definida por f(x) = 2x + 1. Calcule £(0), (1), (2), *(3)- f(x) =2x +1 £(0)=2-0+1=041 = f0)=1 f(1l)=2-141=2+1 = f(1)=3 {(-2)=2-(2)+1=-441 = f(2)-3 Qe Gas G Dada a fungio f: IR > R, definida por y = 3x°+5 ou f(x) =3x°+5, calcule: £(0), £1), £(2), £(3). ya3e45 y=3-0?+5= 0+5 yo3-P45= 345 ya3-245=12+5 yn3-345=274+5 32 capitulo? + Relagie e Funcie EXERCICIOS 16 Dada a fungio f : IR > R, definida por f(x) = 5x + 2, calcule: £(0), £2), f-3) e Zz ) (GD seja a funcao f : IR > R, definida por y = x? + 2x — 3. Calcule: £(-3), (2), £(-1), £(0), £(1) e £(2). GRAFICO DE UMA FUNCAO Exemplo: Construa o gréfico da fungao f: IR > IR, de- finida por y = 2x +1. Come reconhecer se um grafico representa ou ndo uma funséo ‘Vimos que uma relagao é fungao quando a todo x corresponde um tinico y. Assim, um gréfico representaré uma funcao quando qualquer reta que tragar- mos, paralela a y, interceptar o grafico em um tinico ponto. Exemplos: iT ys E fungao, pois qualquer reta paralela f Peet ct ay intercepta 0 grafico em um s6 ponto, isto é, todo x tem uma tinica imagem. 2. Nao é fungdo, pois existe reta parale- la a y que intercepta o grafico em mais de um ponto, isto é hd x com mais de uma imagem; x, por exem- plo, tem imagens y, ¢ yy. Copitlo? * Relago.eFunedo 33 EXERCICIOS 18 Quais sao os grdficos que podem representar uma funco? a) wh d) yt i (Met ice x ww) x | b) ys e) ys ee. x Ve x °) ya f) yr : i : : FUNGAO SOBREJETORA Dada uma fungao f : A> B, ela serd sobrejetora se 0 conjunto imagem for igual ao contradominio. | Exemplo: | Seja f: A B, definida por f(x) = 3x’. E sobrejetora: nao “sobram” elemen- \ tos em B. 4 2 | oa 34 Capitulo? ¢ Relagio e uncto Contra-exemplo: Seja g: AB, definida por g(x) = 2x. £ aan fr 2 t+4 Nao é sobrejetora: “sobram” elemen- tos em B. Resumindo a definigao: fésobrejetora = Im=B FUNGAO INJETORA Dada uma fungio f: A B, ela seré injetora quando dois elementos quais- quer distintos de A (dom{nio) tiverem imagens distintas em B (contradominio). Exemplo: Seja f: A> B, definida por f(x) = x +3. E injetora: cada elemento de B sé re- cebe uma “flechada”. Contra-exemplo: Seja g: AB, definida por g(x) = Nao 6 injetora: hd elementos em B recebendo mais de uma “flechada”. Resumindo a definicao: £6 injetora quando x,#x, = flx,) #f(x,) Copiie 2 + RelagdoeFungdo = 35. EXERCICIOS 19 Classifique as fungdes em sobrejetora ou injetora: FUNCAO BIJETORA Dada uma fungao f: A > B, ela serd bijetora quando for ao mesmo tempo sobrejetora ¢ injetora. Exemplo: E bijetora, pois é sobrejetora (nao so- bram elementos em B) e é injetora (cada elemento de B sé recebe uma flechada). Nao é bijetora, pois nao é sobre- jetora. Nao € bijetora, pois nao ¢ injetora. EXERCICIOS FUNGAO INVERSA Dada uma fungao bijetora f: A > B pelo conjunto dos pares ordenados sy) chama-se fungao inversa de f e se indica fa funcdo f!:B—> A. formada pelo conjunto dos pares ordenados (y, x), onde My)EE Exemplo: Sendo f: A> B: f= {(1, 2), (2, 4), (3, 6)) Observe: ruoeio {pam Importante: entéo f: B A seré: ie a x cee fsb tase eee 42 |} ey 3} o so f= (2,1), 4 2), 3) ao ¢2 | Dominio = B oe { Imagem = A 56 ha funcao inversa de fungao bijetora, Capitulo 2 * RelacSoe Fungio |= 37 COMO SE DETERMINA A FUNCAO INVERSA DE UMA FUNCAO Quando uma fungio bijetora f : A> B nao é dada por um conjunto de pares ordenados e sim definida por uma expressao algébrica, obtemos a inversa usan- do a seguinte regra prética: 1 Trocamos x pelo y ey pelo x. 2 Isolamos y em fungao do x. Exemplo: Determine a funcgao inversa da fungao y = 5x +3. 1) Trocamosx peloyeypelox: x=5y +3 2) Isolamos y em funcao do x: Sy=x-3 y = X= fungi inversa) ou ft = X=3 EXERCICIOS <@® Determine a funcao inversa das seguintes funcdes: a) y=2x d) y=2x+8 b) y=x45 e) y=5x-15 o) y= 7-2 f) y=3x+7 FUNGAO CRESCENTE Uma funcao é crescente num certo intervalo do seu domfnio quando para dois valores quaisquer x, e x, desse intervalo, valer a seguinte relacao: X,>%, = fl) > fx) Exemplo: Observe: Aumentando x aumenta y. 38 — Copitulo2 + Relagdo e Funcéo | FUNCAO DECRESCENTE Uma funcdo ¢ dectescente num certo intervalo do seu dominio quando Para dois valores quaisquer x, e x, desse intervalo, valer a seguinte relagio: X>%, = flx,) < x) Exemplo: Observe: Aumentando x diminui y. EXERCICIOS (@ Classifique as funcdes em crescente ou decrescente no intervalo [a,b]: a) ya qd) ya Copttulo2 * Relagdoe Funsso | 39 Founcao do FUNGAO CONSTANTE Chamamos de fungao constante a qualquer funcao de IR em IR definida por f(x) = c onde ¢ é um ntimero real. " Resumindo a definicao: 2 1R > R definida por f(x) =c, cER Exemplos: = ps8) 3 1. i) =5 c=5 3. fa-2 : 2. fox) O gréfico de uma fungao constante f(x) = c, € uma reta paralela ao eixo x passando pelo ponto (0, ys 432471 Assim, qualquer que seja 0 valor de x a imagem correspondente é ¢. FUNGAO IDENTIDADE Chamamos de fungio identidade a fungéo de IR em IR definida por f(x) = x. Resumindo a definigio: f:R R definida por f(x) = x O grafico da funcao identidade é a reta que contém as bissetrizes do 1° e 3° quadrantes: Assim, a imagem de um elemento b € IR é 0 préprio nimero real b. Capitulo 3 * Fungo do Grav 41 Exemplos: 1. Construa os gréficos das seguintes fungdes: a) f(x) =3 b) fy=- uP ye (03) 5 0-3) 2. Em um mesmo sistema cartesiano, construa os graficos: a) fx) =3e g(x) =x b) f(x) =-1e g(x) =x y ya Gd) =x fix) = 3 go) =x EXERCICIOS 1 Construa os graficos das seguintes fungdes: a) f(x)=7 ¢) f(x) =-V2 b) f(x) =-1 d) f(x) =0 2 Em um mesmo sistema cartesiano, construa os graficos: 3 e g(x) =x Tes) a) f(x) =2e g(x) =x b) £9) FUNGAO DO 1° GRAU Chamamos de fungo do 12 grau ou afim a qualquer funcao de IR em IR definida por f(x) = ax +b, onde a ¢ b sdo ntimeros reais e a é ndo nulo. Resumindo a definigao: f:R > R definida por fx) = ax +b, ae R*ebER A2 copies + Fungo do F Grou Exemplos: 1. f(X)=3x-1 0 a=3e b= 2. f(x)=-2x+5 a=2eb=5 3. f(x) =4x a=4eb=0 4. £0) =x a=-leb=0 Notas: a) O grafico da funcao do 1" grau € uma teta. b) O conjunto imagem da funcao do 1° grau é R. ©) Afuncao do 1® grau com b = 0, ou seja, f(x) = ax é chamada linear. Nos exemplos anteriores sao lineares: f(x) = 4x ¢ fix) = -x. Exemplo: Construa o gréfico e dé o conjunto imagem das seguintes fungdes de IRem I: a) f(x)=x+2 ye =x+2 * Im=R Como o grafico é uma reta, bastam dois pontos distintos para tracé-lo: (0, 2)e (1,3). b) f(x) =-3x+1 ya x 3x1 o} 1 1.| -2 ©) f(x) = 5x Como o grafico da fungao linear é uma reta que passa pela origem (0, 0), pois para x = ( temos y = 0, basta obter apenas mais um ponto. Copitulo 3 ¢ Fungo do Grau 43. EXERCICIOS ® Constrita o grafico e dé o conjunto imagem das seguintes fungdes de Rem IR a) f(x) =3x41 ©) f(x) = 2x b) f(x) =-2x +3 f) f(x) =-3x ©) f= 45 8) {=F d) f(x) =5x-1 h) f= = COEFICIENTES a E b DA FUNCAO y = ax + b Na fungo do 1° grau y = ax + b, o mimero real a 6 chamado coeficiente angular. Exemplo: Dé 0 coeficiente angular das seguintes funcées: a) y=3x+4 — coeficiente angular a = 3 b) y=-x+2 coeficiente angular a a ©) y=-845x _coeficiente angular a a) y=-S+7 coeficiente angular + Observacées: Se a> 0, a funcao é crescente, ou seja, aumentando x aumenta y. Se a <0, a funcao é decrescente, ou seja, aumentando x diminui y. Exemplos: 1. f&)=3x+1 a=3 > a> (crescente) 2. f(x)=-2x+3 a=-2= a<0 (decrescente) Na fungio do 1° grau y = ax + b, o ntimero real b é chamado coeficiente linear. Exemplo: Dé o coeficiente linear das seguintes fungdes: a) y=2x+3 coeficiente linear b =3 b) y=-S+ > Coeficiente linear b = -5 Observe: Em y = ax +b, para x = 0 temos y = b; 0 ponto (0, b) éa interseegao da reta com oeixoy, 4A copitulo3 « Fungo do F Grav Exemplo: ~yaxt2 parax=0, y=2 => (0,2) EXERCICIOS 4 Déocoeficiente angular das seguintes funcées e classifique-as em crescen- te ou decrescente: a) y=5x-8 b) y=x42 ©) y=-3-x d) y=9+3x 5 Dé 0 coeficiente linear das fungdes do exercicio anterior e 0 ponto de interseccao com 0 eixo y. RAIZ OU ZERO DA FUNCAO DO 12° GRAU Dada a fungao do 1° grau y = ax + b, chama-se raiz ou zero da funcéo, 0 valor de x para o qual ax + b =0, ou seja, o valor dex que anula a funcao. Entao, para determinarmos a raiz ou o zero da fungao, fazemos y = 0 e resolvemos a equacao. Exemplos: Determine a raiz das seguintes equagses: 1. y=3x-6 a 3x-6=0 Observe: Em y = 3x-6,y=0 e x= 2, calculado anteriormente, o ponto (2, 0) 6 a interseccao da reta com 0 eixo x. Copitule 3 ¢ Funcée de Grau 45, Construindo 0 grafico: y (2, 0)26a« (0, -6)-6 6 0b (coet. linear) EXERCICIOS 6 Determine a raiz de cada uma das fungées seguintes: a) y=2x-8 b) y=4x +20 ©) y=2x-3 d) y=-x-9 e) y= 2x +10 f) y=-5x-7 g) y=-3x43 h) y=8x+1 “7x43 =13x+26 i) i? “® Construa o gréfico das funebes do exercicio anterior, usando o valor da raiz 0 coeficiente linear. SINAL DA FUNGAO DO 1° GRAU Dada uma funcdo do 12 grau y = ax + b, conforme o valor atribuido a x podemos ter: a) y>0 b) y=0 Exemplos: We y=x-3 para x =4, por exemplo, y= 1 para x = 3, por exemplo, y = 0 para x = 2, por exemplo, y 2. y=-2x+6 para x= 4, por exemplo, y para x =3, por exemplo, y = 0 para x= 2, por exemplo, y =2 46 Capitulo3 + Fungo do Grau oy<0 y>o 3éaraiz y<0 y<0 3éaraiz y>0 Graficamente visualizamos que pontos da reta tém ordenada (y) positiva e que pontos tém ordenada (y) negativa. I. y=x-3 a=1 crescente 2. y=-2x+6 a=-2 decrescente y y y>o y>0 sinal sinal dea contrario dea yr Y sinal contrario de a y mesmo sinal dea x Exemplo: Estude a variagio de sinal das seguintes fungdes: a) y=4x-8 Raiz da funcao: y=0> 4x-8=0 4x=8x—2 (raiz: Sinal da funcio: ke 2 x22 y sinal contrario de a= 4 0 “ymesmosinaldea=4 Xx y<0 y>o Logo: parax>2 = y>0 parax<2 = y<0 parax=2 = y=0 Copitules + Fungo do Gray 47 b) y=-2xt5 Raiz da fungao: yo0 > 245-0 > x3 (raie r= Sinal da fungio: 5 5 5) xb B xd yeinalcontitiodea | y mesmo sinal dea x y>o 3 y<0 Logo 5 parax>S = y<0 parax< 3 = y>0 parax-5 => y=0 2 EXERCICIOS 8 Estude a variacao de sinal das seguintes funcdes: e) y=-2x +6 f) y--3x-7 g) y=x-5 h) y=-9x41 RESOLUCAO DE INEQUACOES Exemplos: J. Resolva a inequagao -8x + 16 > 0. Raiz da fungio: y=-8x + 16 y=0 > -8x+16=0 8 16 = x=2 (a raiz é2) Sinal da fungao: x>2 y mesmo sinal dea + y 0 ot > 0, entéo devemos ter x <2. Logo: V = {x € IR | x <2} 4B capitulo’ + Fungi do Grau - Resolva a inequagao 2x +5<0. Raiz da fungio: yr2x+5 y=0 > 2x+5=0 = = 8. 2x=-5 > x 5 Sinal da func xe 3 xed yssinal contrario de a ymesmo sinal dea x y<0 y>o yn-0 Como queremos ys0 => x<-3, logev={xeR xs—5] EXERCICIOS 9 Resolva as inequagées: a) x-550 8) 8x +16<0 b) 2x-820 h)x+130 ©) 3x+730 i) «+250 d)-x+3>0 px-220 ©) -2x+8>0 }) 5x-20<0 f) ~3x-5<0 Exemplos: Resolva a inequagao (x +3) (x 2)>0. Devemos lembrar que um produto (x +3) (x2) € positive ou nulo quando as duas funcies y, =x+3ey,=x—2témo mesmo sinal ou quando uma das fungées é nula. Capitulo 3 + Fungiodo Grau = 49 Estudando o sinal de cada uma das fungdes, temos: y,=x+3 Raiz=-3 y,=x-2 Raiz=2 Sinal de y,: Sinal de y,: 2 ——— a sen eevee eee bao! wed bent) eo Montando o quadro de sinais, poderemos determinar o sinal do produto: 3 2 y,=x+3 rarer = teeteet Yo Vu °Yo= (+3) (X-2) O conjunto verdade sera: 2. Determine o conjunto verdade da inequacao: Estudando o sinal de cada uma das fungdes, temos: y,=-2x-8 Raiz=—4 yyaxt2 Raiz=2 Sinal de y,: Sinal de y, a 2 a ee eae ee x rere x y>0 y,<0 y,>0 4 o yy, =-2x-8 atts Yp=-x42 Feet ee 3 -2x-8 Dre! i Observe que o denominador tem que ser diferente de zero, ou seja, x +2+0 (entéo x #2) e para que a fragao seja nula o numerador tem que ser igual a zero, ou seja, -2x-8 = 0 (entdo x = -4). {KEIR | -40 x=3=0 > x=3 x+2=0 = x=-2 3 2 a aaa era == rr -2x+4=0 > x=2 2 thee Sosa 5 2 3 x-3 wae ta ee eee x+2 mnn-- | Fett | pete pee “2x4 a Pere (x =3) (x +2) 2x +4) 4 a é it Logo: V = {x IR | x<-20u20 g) MB 20 3x9 ©) (&+2)(x-1)>0 hy SRE? 0 oes <0 2x+7 b) (@x-3) 4)<0 eae ae ) Bx-3) K+ 1) Ax+4)s ) @=3)Qx-1) Capitulo « FunciodoRGrau BT FUNGAO QUADRATICA Chamamos de fungao quadratica qualquer funcao de IR em RR definida por f(x) = ax+ bx +c, ondea IR, bER ecER Exemplos: Te f(x) = 5x74 3x2 a=5 2. f(x) = x24 2x-3 aml 3. f(x) = 8+ 7x 4. f(x) =2-9 a=1 Resumindo a definigao: f:R > R definida por f(x) = ax’ + bx +c,ae R', bE RecER GRAFICO DA FUNGAO QUADRATICA O grafico da fungao quadratica é uma pardbola. Exemplos: 1. Esboce 0 grafico da funcdo f(x) = x¢+ 2x -3. 24 2x-3 -3)?+2(-3)-3=0 2} y=(-2)+2(-2)-3 | Ly a a (1)?+2(-1)-3=-4 o| P+2-0-3=-3 1| y=#42-1-3=0 2| y=2?4+2-2-3=5 copie 4 « range visita 53 EXERCICIOS {) Esboce os graficos das fungdes seguintes, atribuindo ax os valores: ~ -1,0,1,2,3 a) y=xe + 2x o) y= -2x41 b) y=X* dyy= 1 CONCAVIDADE DA PARABOLA Na representacdo grafica da funcio quadrética, notamos que: » a> 0= concavidade da parabola voltada para cima >» a<0— concavidade da parébola voltada para baixo 2 a>o ¥ a<0 RAIZES OU ZEROS DA FUNGAO QUADRATICA Raizes ou zeros da fungao quadrética y = ax’+ bx + c so 08 valores de x para os quais a fungao se anula (y= 0) Determinamos as raizes da funcao quadratica resolvendo a equacao: axttbx+o=0 co que pode ser feito aplicando a formula resolutiva: abe VA onde: A = b*— 4ac 2a x Exemplo: Determine as raizes das seguintes fungSes: a) y= 5x? 3x-2 Bx? + 3x-2=0 as5 b=3 c=2 A=b—4ac AaB-4-5-(-2)=9+40=49 SAH nee b+ VA _3 2 V9 _-347 x 0 Si SENDS see io "10" 5 2a 2-5 10 eal oe 2 — dae 8 -4-1-0= 64-0 A= 64 yaa VA _ C8) + Ved 828 2a 2-1 2 Rajzes: 8 e0 ©) y= 6x24 3x47 6x°+3x+7=0 a=6 b=3 ca7 A=b?-dac A=3-4-6-7=9- 168 =-159 => A =-159 yee va _ 3 + 59 2a 122 Como nfo ha raiz quadrada real de ntimero negativo (-(—159 ¢ IR), en- tdo esta funcdo nao admite raizes reais. EXERCICIOS \ 2 Sem esbocar o grafico, escreva se a parabola que representa a fungao tem a concavidade voltada para cima ou para baixo: ! a) y=x?-2x-7 Oy=X-3x42 b) y= 8x74 4x-3 d) y=? 3 Determine as raizes reais das seguintes funcGes: a) yx? 4 5x +6 g) y=-x°+ 12x-20 b) y=x2-7x +12 h) y=x?-3x ©) y= 2x24 5x-3 i) y=7241 d) y=@-x +30 j) y= 3e e) y=xt- 6x49 1) y=x?-49 ) yext-x+2 m) y=3e-x41 Capitulo 4 © Funcde Guodrética = 5S INTERPRETACAO GEOMETRICA DAS RAIZES Sendo.as raizes os valores de x para os quais y = 0, geometricamente as raizes vao representar os pontos onde a parabola corta ou tangencia 0 eixo x Como a existéncia e a natureza das raizes dependem do A, poderemos ter: 12 Caso: A>0 ‘A fungdo admite duas raizes reais e diferentes; entao, a parabola corta eixo x em dois pontos distintos. ye 22 Caso: A=0 ‘A funcao admite duas raizes reais e iguais; entao, a parébola tangencia 0 eixo x. vt v+ 32 Caso: A<0 ‘A funcao nao admite raizes reais; entdo, a parébola nao tem ponto em co- mum com 0 eixo x. ya ya a x os EXERCICIOS A Determine as raizes, se houver, esboce os gréficos levando em conta o sinal de ae assinalando apenas as raizes das seguintes fungdes: a) yet +x +4 d) y=-Sx+x-8 b) y= 6x? + 6x e) y=xt- 10x +25 6) Y= =x 46 f) y=-7x? 56 capitulo 4 + Fungo Quadrética VERTICE DA PARABOLA Obse tvando os gréficos que representam a fungo quadrdtica y = ax?+ bx +c: Notamos que a parabola é simétrica em relagao & reta r, chamada eixo de simetria da pardbola. A interseccao do eixo de simetria e a parabola (0 ponto V) chama-se vértice da parabola. As coordenadas do vértice sao: ° = 4 H s|> Exemplo: Calcule as coordenadas do vértice da parabola que representa a seguinte fungao: y = x?+ 2x -3. Como a=1,b=2ec=-3, entéoA=2?-4-1-(-3)=16, EXERCICIOS @® Calcule as coordenadas do vértice das pardbolas que representam as se- guintes fungdes: a)y=xt-6x +5, d) y=-3x2 ©) y= 4x2 16x +7 Capitulo 4 + Funcéo Quadrética = 57 IMAGEM DA FUNGAO QUADRATICA Observando os graficos que representam a fungiio quadratica y = ax?+bx +c: Notamos que: a) sea > 0, a fungdo assume um valor minimo: y, b) se a <0, a funeao assume um valor maximo: y, =~ 7 Assim, 0 conjunto imagem da fung&o quadratica sera: im= {yer y2-3} (sea > 0) A ={yeRiys- (sea <0) Im {y ly a} Exemplos: 1. Escreva se a funcao admite um méximo ou um minimo e determine esse maximo ou esse minimo: a) y=5x?-3x-2 Sendo a =5 (a> 0), entéo a fungao admite um minimo. O valor minimo da funcdo é y, 2 : Fea Y= 9g b) y=-x? + 2x-2 Sendo a =-1 (a <0), entdo a funcdo admite um méximo. O valor méximo da fungéo éy, =~“: 2. Determine o conjunto imagem das seguintes funcdes: a) y=2x2-3x-2 Comoa>0-sim={y eR | ye Al A=9+16=25 im={yeR \ y>-35 b) y=-2 + 5x +6 Comoa<0>Im=yeElR | y< A=25+24=49 Im=|yeER/ ys 49 4 EXERCICIOS @ Escreva se a funcao admite um maximo ou um minimo e determine esse maximo ou esse minimo: a) y=x-3x44 d) y= 2x-3 b) y=-5x?+ 2x-3 e) y= 7x 412 ©) y=xtdx+4 G7) Determine o conjunto imagem das seguintes funcdes: a) y=-3x?-3x-1 d) y= + 2x-2 b) y=x®-2x +1 e) y= 5x? ey f) y=x?-4x 8 Determine para cada uma das funcdes abaixo: » as raizes; » as coordenadas do vértice; > o conjunto imagem. a) y=-x°+ 12x20 d) y=2-8x +7 b) y=3x?+ dx ©) y= 20 12x +18 o) yx? 25 f) y=xe4 3x46 ASSINALE A ALTERNATIVA CORRETA: 9. O gréfico que representa uma parabola com a> 0 A <0 pode ser: " a b) d) ; oN 10 As raizes ou zeros da funcao y = x? + 2x - 15 sao: a) 3¢5 c) Bes b) 3e5 d) nao admite raizes. {tA funcao que nao admite raizes reais é: co) y=X- 2x43 d) y=xt4 ax +4 12 A fungao que admite duas raizes reais e iguais é: a) y=x?-5x +6 o) y= xt 4x b) y=x?+ Ox 49 d) y= ax 49 13 A funcdo y = ax?+ 8x—7 admite um valor minimo se: a) a#0 acd b) a>0 d) NRA. 14 A fungao y = mx*- 3x + 2 admite um valor maximo se: a)m#0 o)m<0 b)m>0 d) NRA. @® 0 dominio e imagem da fungio y = x? so, respectivamente: a) ReR, o) ReR b) ReRR, d) ReR VARIACAO DO SINAL DA FUNCAO QUADRATICA ‘Como vimos na funcdo do 1" grau, o estudo da variagao de sinal de uma fun- cdo consiste em se determinar para que valores de x a fungao é positiva, negativa ou nula, Para estudar a variacao de sinal da fungio quadrética y = ax*+ bx + ¢ vamos considerar trés casos: _ 1Caso: A>0 Se A> 0, a funcdo admite duas raizes reais e distintas. Determinamos essas raizes e: Para valores de x entre as duas raizes x, x, a fungao tem sinal contrario de a; para valores de x situados fora do intervalo das raizes, a fungao tem 0 mesmo sinal de a. Resumindo: a enna ee ysinaldea | yeontrériodea , ysinaldea 60 copitulo 4 + Functic Quadraticn Exemplos: 1. Estude a variagio de sinal das seguintes fung6es: a) y=xt- 2x3 Raizes da fungio: A=bi-4dac= (-2)'-4-1-(-3)=4+12=16 ~bs VA _-(2)#V16_ 224 7" wee 2a 267 2 Pods a 2 Sinal da funca ysinal dea y contrario dea ysinal dea parax<-loux>3 > y>0 para-l y<0 parax=-loux=3 > y=0 24 5x —6 Raizes da fungio: A=b?-dac=5?-4C1) (-6)=1 woba VA _-5# V1 521 2a 2 (A) 2 Sinal da funga r 2 3 y sinal de a y contr ysinaldea parax<2oux>3 = y<0 para20 parax=2oux=3 > y=0 2° Caso: A=0 Se A = 0, a funcao admite duas raizes reais e iguais. Determinamos essas raizes e: Para qualquer valor real de x diferente das rafzes x,¢ x,, a fungao tem 0 mesmo sinal de a. Resumindo: y sinal dea ysinaldea x Capitulo 4 + Fungo Quadritica © 67 Exemplos: I. Estude a variacao de sinal das seguintes fungdes: a) y=xe- 6x49 Rajzes da fungao: A =b?-4ac = (-6)-4-1-9= 36 -36=0 -b VA _ (6) V0 _ 640 2a 2-1 2 Sinal da fungao: ysinal dea ysinal dea x Para qualquer valor real de x, com x # 3, a fungao tem sinal de a, ou seja, y>o. ‘] y20\ yoo /y>0 3 x b) y=-5x? Rajzes da fungao: A=b?—dac = 0?-4-(-5)-0=0-0-=0 be Va 0+ V0 2a 2-5) Sinal da fungao: ysinal dea ysinal dea x Para qualquer valor real de x, com x # 0, a fungao tem sinal de a, ou seja, y<0. ya y<0 ye0\ y<0 62 Capitulo 4 » Fungtio Quadrética 3° Caso: A<0 Se A <0, a funcao nao admite raizes reais. Para qualquer valor real de x a fungo tem o mesmo sinal de a. Resumindo: Py dels a st, re Exemplos: 1. Estude a variacao de sinal das seguintes funcdes: a) y=xt-2x +6 Rajzes da fungao: A=b?—dac = (-2)-4-1-6=4-24=-20 Sendo A <0, a fungao nao admite rafzes reais. Sinal da fungio: dea ysi Para qualquer valor real de x, a funcao tem sinal de a, ou seja, y > 0 y y>o y>0 / y>0 b) y=-2-9 Rajzes da funcao: A=b?—dac=0?—4 -(-1)-(-9) =0-36 =-36 Sendo A < 0, a fungao nao admite raizes reais, Sinal da fungao: y sinal de a x Para qualquer valor real de x, y <0. y Copituio 4 » Fungéo Quadrética 63 Resumo geral: 1®Caso: A>0 x % ysinal de a’ y contrério de a ysinaldea x 28Caso: A=0 y sinal de a’ ysinal dea x 3°Caso: A<0 vor Pca ysinal dea x EXERCICIOS 16 Estude a variacao de sinal das seguintes fungoes: a) y=x2-3x 42 e) y=-7+ 5x10 b) y=2e+3x41 f) y= 2x48 ©) y= -x +30 Byars 2x+1 d) y=xt- 4x44 h) y=3x2—4x +2 RESOLUCAO DE INEQUACOES Exemplos: 1. Determine o conjunto verdade das seguintes inequagées do 2° grau em IR: a) x7-4x +320 Rajzes da fungao: ya 4x43 A=(4P-4-1-3-4 seve _ 422 2 2 x Sinal da funcao: y sinal dea y contrério de a ysinaldea x Como queremos que a fungdo seja positiva ou nula, entéo devemos ter x3} 64 capitulo 4 + Fungi Quadrética '-7x-10<0 Raizes da fungio: ~x?-7x-10 = (7P-4-(-1)-C10 ~C7)+V9 _ 743 2.) 2 Sinal da fungao: ysinal dea iodea ysinal dea Como queremos que a fungio seja negativa, -x?- 7x — 10 < 0, entdo de- vemos ter x <- ou x >~2. Logo: V = {x € IR | x <5 oux>-2) ©) 3x°<0 Rajzes da fungio: A=0-4-3-0=0 Or VO ee 6 eo Sinal da fungio: y sinal dea yssinal dea x Entéo, para qualquer valor real de x #0 a fungao 6 positiva (y > 0) para x= 0a fungao é nula. Logo, nao existe x real tal que y <0 ou 3x?< 0. Entéo: V=@ EXERCICIOS 17 Determine conjunto verdade das seguintes inequacées do 2° grau em R: a) x*+5x+4>0 8) ~¢-x +3020 b) 2-7x +12<0 h) -?-x>0 c) = 18x +45<0 i) -8x?>0 d) X°-6x+9<0 j) ?-120 @-2e+10 Copftulo 4 * Fungo Guadrética = 65. Funcao Modular Chamamos de médulo de um ntimero real nao negativo ao préprio ntime- 10; € médulo de um ntimero real negativo ao oposto desse ntimero. Representamos médulo por| |. Exemplos: 1. [3|=73 5. |-3|=43 1 z 4 4 2. [3 |-*3 6 |-$]-+3 3B. [4+2|-42 7. |-7|=47 4. |0|=0 Ou com x € R, definimos: |x[=x,sex20 |x|=-%, sex <0 FUNGAO MODULAR Chamamos de funcao modular a fungio de IR em IR definida por f(x) = Dessa maneira a fungéo modular é definida por duas sentengas: f(x) f(x) =-x, sex <0 sex 20 x,sex20 am f= { sex <0 Construindo 0 grafico da fungio modular f(x) = |x} f(x) =x, sex20 e f() =x, sex <0 foo) fod) Colocando num sé sistema, temos 0 grafico: fa 1 66 Capitulo 5 + Fungo Modular Observe: © grafico € a reuniao das bissetrizes do 1° e 2° quadrantes, O conjunto imagem Im = R.. Exemplo: Construa os gréficos das seguintes funcdes reais: e f(x) = 2x, sex <0 fo) Assim, temos 0 grafico f(x) =|2xf fix) 2 fo) = 2x b) f(x) =[x-3] -3,sex-320 ou x23 Hel“ [e-8) 4 5, ced 20 ot soe 8 f(x) =x-3,sex23 e f() =x +3, sex <3 Aix). 3 Dai. 0 grafico de f(x) =|x-3| fb) fix) =x +3 fd =x—3 EXERCICIOS 1 (Consain os graficos das seguintes fungées reais: a) f(x) = |3x| ©) f@) =|x-1| b) f(x) =|x +2| 4) f(x) =|3x-6| EQUACGAO MODULAR Se o médulo de x é igual ao ntimero real nao negative “m", entao x =m ou x =-m; ou |xljem o x=m ou x=-m Exemplo: Usando a propriedade acima, resolva as equacées: a) |x|=5 @ x05 ou x=-5 V=(5,-5} b) |x-8|=3 @ x-8=3 ou x-8=-3, resolvendo as equagées: x=11 ou x=5 v= {11,5} ©) |3x+2|=3 @ 3x+2=3 ou 3x +2 =-3, resolvendo as equacées: 3x=3-2 3x=-3-2 3xe1 xe 3 d) [@-3x-1]=3 @ @-3x-1=3 ow xe-3x-4=0 -4-1-(4)=25 4 << 1 V=(4-1,2,1) EXERCICIOS @® Resolva as equagées reais seguintes: a) |x+7|=2 d) |x?-4x -1[=-3 b) |5x-1|=8 e) |x2-7x+ 14] =2 c) |4x + 16|=0 f) [x + 6x|=0 68 Copitulo 5 + Fungéo Modular POTENCIAGAO Definicao: © produto com fatores iguais, tal como 2x 2% 2x2 aa = podeserescrito'em forma de poténcia 2',onde2.é cha. WDSc: =SeaaiRIe mado de base e 4, o nimero de vezes que a base se repe- te, de expoente. azo Genericamente, se a for um ndmero real en um n= mero natural diferente de zero: al=axaxax n vezes Exemplos: 1, 3 =5x5x5=125 eee eel 2. BF=-@)-@)=9 6, P=7 3. (A= (A) -C1)-(1)-()=1 7. (0,2) = (0,2) (0,2) (0,2) (0,2) = 0,0016 « G-G)G)-s PROPRIEDADES DA POTENCIACAO Exemplo: Simplifique, usando as propriedades a) 3°-3?-3-3tagetPetes = ge b) 57. <5) (x-yfext-y* 8) ()-= 07-2= 10° h) (7)8= 7 = 79 ©) aaa = at*9>?. d) 107: 1 70 Capitulo.6 + Fungo Exponencial EXERCICIOS 1 Calcule: a) 5 d) 3 8) (-6P b) 8 e) & h) (03) 2 ) © 2 Usando as propriedades, simplifique: a) 857-5 e) gy am b) 88° 6 (a-by ) ara (a0) ©) b’-b?-b-be 8) (a ae hy) EXPOENTE INTEIRO NEGATIVO. Exemplos: ey 1 we ded S. tet li 2 a -d 3, (2) Oy 2 Invertemos a base e & ae _s trocamos o sinal do aro aed te me 1 -(2) 2225 expoen @) “G4 EXERCICIOS 3 Calcule: a) 6? c) 8 e) 2) 5 b) 53 a (2) f) C5)? EXPOENTE EXPRESSO POR UMA FRACAO Exemplos: Elevamos a \ 2 base ao valor do} a aE numerador pee eae extraimos a raiz 1 de valor do 2. 92 =F =F =3 16 denominador, 81 Capitulo 6 + Func Exponencial 77 EXERCICIOS 4 Escreva sob forma de radical: "i 2 a) 5° 9 (3) e) 2 oa (3) 0B) 5 Passe para forma de poténcia com expoente fraciondrio: a) V5 Oy e) Xo by V3 qd) N7 f) Nae FUNGAO EXPONENCIAL Chamamos de fungio exponencial qualquer funcao de IR em IR definida por f(x) =a", ondea IRvea#l. Exemplos: U1. f= 2 w-) Resumindo a definicao: f: IR > R definida por f(x) = aa € Rie a¥1 Exemplos: 1. Esboce o grafico da fungao f(x) = 2", dé o dominio e a imagem da funcao: Observe: y=2* a=2=9 a> 1 = funcio crescente 72 Capitulo + Funcie Exponencial 2. Esboce o gréfico da funcao f(x) = SL dé o dominio e a imagem da funcao. =4 y= 4 ri. i 0 | y= 2 |B Observe: y -4) a rRle => 0 27x 412=0 by tL ) A= V8 1 _ se perv c) 9=12-3°427=0 Decompondo 9 = 3? = 9: = 3% Substituindo: 3 **— 12 -3*+27=0 Seja 3° = y. Substituindo: y?— 12y +27=0 Resolvendo: y =9 ou y =3 Se y = 9, substituindo em 3*=y > 3°-9 5 x =2 Sey =3, substituindoem3*=y>3*=35x=1 S$=(21) d) 4-8-%+7=0 7?%-8-7%+7=0 Substituindo 7* por y: Observe: 7* = 49° yi-8y+7=0>y=70u paray=7em7=y => 7*= paray=lem*=y 7 =7P=x=0 $={1,0) Copitule 6 + Fungi Exponenciol = 75, EXERCICIOS @® Resolva as equacdes exponenciais: yee a hewe b) 28-91 w t-18 c) 7 =7 yEns d) 8-3=3 j) %-4-343=0 2) ie 1) #-6-248=0 Daord 125 m) 25-6 -5°+5=0 INEQUACAO EXPONENCIAL PRELIMINARES Considere o seguinte problema: Dadas duas poténcias de mesma base ae a? por exemplo, qual é a maior? Resposta: depende da base a. @ Sea base a for maior que 1, a° > a Exemplos: 1. Sendoa=5=35*>5 2. Sendoa=23 2 >2* 3, Sendoa=Z= =(2>F b Sea base a estiver entre 0 e 1, a 1,m>nea">a" 2° CASO: Se Onear7 S={xER|x>7} gsi 3 Nesta desigualdade vamos primeiro obter a mesma base: a<3t Como a base é 3, maior que 1, mantemos o sinal da desigualdade, relacio- nando 0s expoentes: x<-1 x € IR|x<-1 @ y" >@ y 2 2 Como a base é+, um ntimero entre 0 ¢ 1, invertemos o sinal da desigual- dade, relacionando os expoentes: N+2<3 x<3-2 xa S=[kERIx<1} g's Obtendo a mesma base: GG) Como a base é 2 maior que 1, mantemos 0 sinal da desigualdade, relacio- nando os expoentes: 3x+420 3x 2-4 xe {remixz-4} Copitulo 6 + Fungtio Exponenciol © 77 5. (,7)-8s (7) Como a base é 0,7, um ntimero entre 0/e 1, invertemos o sinal da desigualda- de, relacionando os expoentes: 13x-527x+2 13x-7x 2245 EXERCICIOS 9 Resolva as inequagdes exponenciais: a) <5 i) Gy <1 b) 2532 >I ay, 3 7 ° @ez2 1) 927 d) 8<32 m) 0,3*20,3 fila) eas ei " 6) 25 i @) a f) %>3 0) £>a7 ae erg pee h) 0,1*>0,1"7 Oy = >NB 78 Copitule 6 + Fungo Exponencial e 3 cs = scl LOGARITMOS PRELIMINARES Considere os seguintes problemas: 1) Qual é 0 expoente que se deve dar ao 2 para se obter 8? Passando para a linguagem matemitica e resolvendo: a8 Bao = x=8 2) Qual é o expoente que se deve dar ao 10 para se obter 100? 10*= 100 10*= 10? = x=2 Esse expoente x que se deve dar a uma base positiva e diferente de 1 cha- mamos de logaritmo. Assim, nos problemas dados temos: 1) x =3 60 logaritmo de 8 na base 2 e se indica 3 = log, 8 2) x=260 logaritmo de 100 na base 10 e se indica 2 = log,, 100 Esses expoentes 3 e 2 chamados de logaritmos, foram calculados através de equagées exponenciais simples: 2* = 8; 10 = 100. Por outro lado, na maioria dos problemas o valor desse expoente nao é ‘exato, exemplo: 10* = 90, Para a determinagao desse valor utilizamos a teoria dos logaritmos. DEFINICAO ‘De um modo genético, definimo: Dados dois ntimeros reais e positivos a eb, sendo a # 1, chama-se logaritmo de b na base a 0 expoente que se deve dar & base a de modo que a poténcia obtida seja igual ab. Indicamos: —log,b= x a*=b Chamamos: b_logaritmando a base x logaritmo Exemplos: ~~ 1. log,9=29°=9 logaritmando pelt base 2= Jogaritmo a 2. log,,1600 = 3 = 10°= 1000 — 3 = logaritmo BO copituio7 + Logartmes ~~ 3. logy =O <2 5°=1 1 = logaritmando 5 =base 0 = logaritmo Usando a definicéo, determine o logaritmando b, sendo a base 3 ¢ 0 logaritmo 4. Indicamos: —_log,b = 4 f Pela definicao: log,b=4 « 3t=b P Resolvendo: b =3' > b=81 5. Usando a definicao, determine a base a na expressao log,8 = 3. Pela definicéo: log,8=3 © a Resolvendo: a= 8 = a°=29 > a=2 6. Usando a definicao, calcule o logaritmo de 27 na base 9. Indicamos: log, 27 = x Pela definicéo: log,27 =x < % = 27 Resolvendo: 3*=3? 3 2x=3 3 xed EXERCICIOS 1 Usando a definicao, calcule: a) O logaritmo, dados base igual a 5 e logaritmando 25. b) A base, dados logaritmo igual 4 3 e logaritmando 27. ¢) O logaritmo de 7 na base 7. d) O logaritmo de x na base 5. @® Catcule o valor de x: a) log,x=7 6) log, b) loge =2 £) log, é ©) log.27=3 8) log, V8 =x d) log, % =3 4) loge = 1 Capitulo 7 + Logoritmos BT CONDIGOES DE EXISTENCIA DO LOGARITMO Na expressao log, b = x, sé existe o logaritmo x quando a base a é positive e diferente de 1 e o logaritmando b ¢ positive. nindos Existe log, b somente quando a>0,a#1eb>0 Exemplos: 1. Para que valores de x existe log, (5x - 10)? Pela condigao de existéncia, s6 existe 0 logaritmo quando o logaritmando é , positive. Entéo, devemos ter 5x-10>0 5x>10 > xo Boxe? S={xERix>2} 2. Para que valores de x existe log, , 7? Pela condigao de existéncia, a base tem que ser positiva e diferente de 1. Ento, devemos ter: x4+2>0 ex+241 x>2e x¥#1-2 xeDe x #1 Logo: $ = (x € IR|x>-2ex#-1} EXERCICIOS @® Para que valores de x existem os seguiintes logaritmos? a) log,(x-3) ) log... 98 b) log, (3x ~ 6) ©) log,(3x + 1) ©) logy 5 f) logisy.s)7 PROPRIEDADES DECORRENTES DA DEFINICAO Dados os ntimeros reais e positivos a, b e ¢, sendo a+ 1, pela definicao de logaritmo decorrem as seguintes propriedades: (BD, Ologaritmo de 1 na base a é zero. log,1 = 0, pois a° = 1 "Dy O logaritmo da propria base a é 1. Joga =1, pois a’=a 82 capitulo? + Logeritmos MY Dois logaritmos numa mesma base sdo iguais se e somente se os logaritmandos sao iguais. log, b = log,c > b=c Quando nao se escteve a base, convenciona-se que a base é 10. Exemplo: Jog 2= log,,2 EXERCICIOS 4 Usando as propriedades decorrentes da definicao, determine o valor de x: a) log,1 =x d) log, =x b) log =x e) log,x = log,7 €) log,8 =x £) log,x = log, 10 : PROPRIEDADES OPERATORIAS Dados os nimeros reais e positivos a, b e ¢, sendo a+ 1, temos as seguintes propriedades: P, — Ologaritmo do produto b -c na base a igual a soma dos logaritmos dos fatores b e ¢ na base a. log, b -c = log, b + log, Demonstragio: Seja: log,b pela definicdo: a* = b log,c=y pela definicao: a’ = log,b-c=z pela definicao: a= b-c Em a‘ = -c, substituindo b por at e ¢ por a’: Multiplicagao de poténcias de mesma base: = zBo= x + ¥ ouainda: fog,b-c = fog,B + fog.c Copitulo7 * Logeritmos 8S Exemplos: Dados log 2 = 0,3010 e log 3 Podemos escrever: log 6 = log 2-3 AplicandoP,: log 2-3 = log 2 + log 3 Substituindo log 2¢ log 3 = log 2-3 = 0,3010 + 04771. Assim: log 2-3 =0,7781 ou: Jog 6 = 0,781 = 04771, calcule log 6. Resolva a equagao log,2 + log, (x - 5) = 2. Aplicando P,; log,2-(x-5)=2 Aplicando a definicao e resolvendo: Jog, 2-(x-5)=2 = 2(x-5)=3 2x-10 =9 19 2x wd > k= oe Devemos verificar a condig&o de existéncia: o logaritmando tem que ser positivo: x-5>0 > x>5 Comox = oe logo este valor satisfaz. Entao: V = het Resolva a equagio: log, (x + 2) + log, (x 3) = log,6 Aplicando P,; log, (x +2) - («-3) = log,6 Pela propriedade D,: (x +2)-(x-3)= Resolvendo: x2 3x + 2x xox 125 Raizes { x=4 Condigées de existéncia: X+2>0 > x>-2 x-3>0 3 x>3 }= mee) Logo, a raiz x, = -3 nao serve. Entao: V = {4} BA copie? + Logoritmes EXERCICIOS @® Dados tog, 2 = 0,3562 e log, 5 = 0,8271, calcule log, 10. @® Dados tog 2 = 0,3010, log 3 = 0,4771 ¢ log 7 = 0,8450, calcule log 42. Nota: A pro} mais fatores. lade P, também se aplica para o logaritmo de um produto com 3 ou @® Dados log 2 = 0,3010 e log 3 = 0,471, calcule log 72. ® Resolva as equacies: a) log,3 + log, (x + 2) =2 d) log, (x3) + log, (x +2) = log, 14 b) log,,x + log,,x =2 e) log (x +5) + log (x - 4) = log 10 ©) log,x + log, (x -1 P, O logaritmo de um quociente 2 na base a é igual ao logaritmo do dividendo menos o logaritmo do divisor, os dois na base a. Jog,2. = log, b —log,c Nota: ‘A demonstracao desta propriedade ¢ feita de maneira andloga a da propriedade P,. Exemplos: 1. Dados log 2 = 0,3010 e log 3 = 0,4771, calcule log 2 Aplicando P, log 2 = log 2—log 3 Substituindo log 2 e log 3: log 2 = 0,3010 - 0,4771 = -0,1761 ou seja: log = =-0,1761 2. Dados log 2 = 0,3010 e sabendo-se que log, 10 = 1, calcule log Podemos escrever: log 5 = log 2 Aplicando P,: log x = log 10 -log 2 log 2 = 1=0,3010 = 0,6990 ou seja: log 5 = 0,6990 Copitulo7 + Logoritms 85 3. Resolva a equagio log (2x + 3) — log 3 = log 7. Aplicando P,: log ae Pela propriedade D.: a =7 log 7 2x+3=21 = 2x=18 > x=9 Condigao de existéncia: logaritmando positivo: 2x+390 3 Wx>3 a xo-F Como x = 9, este valor satisfaz. Enta {9} EXERCICIOS @® Dados log 2'= 0,3010 e log 5 = 0,6990, calcule log 3 @® Dados log 3 = 0,471 e log 5 = 0,6990, calcule log 0,6. G@® Resolva as equacées: a) log (x + 5) —log 2 = log 6 ©) log (x + 3) + log 2 = log 20 b) log (x -2) ~ log 5 = log 2 d) log (x -2) + log 3 ~log 5 = log 7 O logaritmo de uma poténcia b* na base a é igual ao produto do ex- poente pelo logaritmo da base da poténcia. log,b" =n -log,b Demonstragio: og, b” = log, (b -b-...b) = 1og,b + log,b +... + log,b scree ee CP n fatores mn parcelas Logo: log, b® = n-log,b Exemplos: 1. Dado log 2 = 0,3010, calcule log 32. Decompondo 0 32 em fatores primos: 25 32 | 2 16 | 2 a] 2 Podemos escrever: log 32 = log 2° 4|2 AplicandoP, log 2°= 5 -log 2 oe |. Substituindo: log 2° = 5 -0,3010 = 1,5050 1 | 2=32 Entao: log 32 = 1,5050 86 copitulo7 © Logeriimos 2 Dados log 2 - 03010 e log 3 - 0,171, calcule log 144. Decompondo o 144 em fatores primos: 144 = 2. # Entao: log 144 = log 2'. 3 Aplicando P,: log 2*-3* = log 244 log 38 Aplicando P.: log 24+ log = 4. log 2+2-log 3 Substituindo: log 2.3?= 4.93010 4.2 0A771 = 2,1582 Entao: log 144 = 2,1582 A if) Dado log 2 = 0,3010, calcule log YZ. Como = 2 podemos escrever: log 3/2 = log 2 Aplicando P; log aa = + log 2 0,3010 = 0,1003 Substituindo: log 27 = Entao: logZ =0,1003 5 2BE 4. Dada a expressio $ = ae desenvolva log S pelas propriedades, Aplicando P, e P, log S = log 5 + log a? + log YB? — log c# Aplicando P, e lembrando que VB'= b’ log $= log 5 +3 Joga +2 togb -4-logc EXERCICIOS @® Dados log 2 = 0,3010 log 3 = 0,4771, calcule: a) log 3° ¢) log V3 b) log $- d) log 108 @® Desenvolva as expresses dadas em logaritmos na base 10: Modelo: = _aRh reine Gite log $ = log RA ~ tog ar? . : , log S = log BR = log RR°h — log 3 = log n+ log R + log h~log 3 = =logn+2logR + logh-log3 a) 5-428 2) S=apye eons @) $= we Copitule7 + Logaritmes 87 MUDANCA DE BASE Dados os ntimeros reais ¢ positivos a,b e ¢, sendoa#1ec#1valeaseguin- te relagdo: log.b pa Be 108, = Tog a Demonstracao: Sejalog,b=x=3a*=b Escolhendo log, aplicamos a D,; log.a* = log.b Aplicando Py: x-log.a=log.b Enta Substituindo x: Exemplos: 1. Passe o log,8 para a base 2. 2. Dados log 2 = 0,3010 e log 3 = 04771, calcule log, 3. Pela mudanga de base: log 3 108.3 = Tog2 A771 35 = 1,5850 8" ~ 9.3010 3. Dados log,2 = me log,3 =n, calcule log,? e log, 5. log,2 a) log,2 Te = log,5 1 ») log,5 = Tope = 8B copitulo7 + Logeritmos EXERCICIOS 1 Passe os logaritmos abaixo para base 3: a) log,27 ¢) log,7 b) log,,,81 d) log, 12 Dados log, 5 = ae log,3 = b, calcule: a) log,5 ©) log,7 b) log,7 FUNCAO LOGARITMICA Chamamos de fungao logaritmica qualquer funcio de IR* em IR definida por f(x) = log, x, ondea > Deal. Exemplos: I. f(x) = log, x 2. f(x) = logsx Resumindo a definicao: f: IR) + R definida por ffx) = logx, a Riea#1 GRAFICO DA FUNCAO LOGARITMICA Exemplos: Sendo x € IR*: 1. Esboce 0 grafico da funcao f(x) = log, x, dé o dominio e a imagem dessa funcao. y =log,x ih x ag | poy y 1 pile | baoHysy 1 | logi=y>y=0 2 log,2=y>y=1 og,2=y=y y oe 4 | log4=ysy=2 af Observe: Sea base é 2, maior que 1, a funcdo 6 crescente. %, > x, @ log, x, > log, x, ; qualquer que seja x,, x, € IR* Exemplo: 8 > 4 log, 8 > log,4 Capitvie? * Logoritmes 89 Esboce o grafico da funcao f(x) = log x, dé o dominio ¢ a imagem dessa fun- y Observe: Sea base é + o< 4 <1,a fungio é decrescente. x, > x, @ log, x, 4. log,8 log,3 Primeiro impomos a condigao de existéncia: x > 0 Como a base é 8, maior que 1, mantemos o sinal da desigualdade entre os logaritmos: x>3,entéo V= {x © R|x> 3) log, 7 > log,x, entéo log,x < log, 7 Condigio de existéncia: x > 0 Como a base é 5, maior que 1, mantemos 0 sinal: log,x < log, 7 = x <7 logo, x>0.ex <7, entio0 log,8 cami Condicao de existéncia: x >'0 Como a base 6+, 0<4 <1, invertemos o sinal da desigualdade: 5 x $8, entio x >0ex<8 V= {x ER|01 Condigao de existéncia: x +3>0 Vamos escrever 1 como logaritmo de base 5: 1 = log.5 log, (x +3) > log,5 Como a base 6 5, conservamos o sinal: X+3>5=x>2 Entao, se x > -3 ex > 2, V=(xER|x>2} EXERCICIOS 6? Resolva: a) log,x log 3 3 3 d) log,x > 1 e) log,,x<1 f) log, (8x + 4) > log, 4 g) log,(x—7) > log,9 7 2 h) log, (x +3) $2 Copitulo 7 + Logeritmos 9 PROGRESSOES NOCOES PRELIMINARES Considere os seguintes conjuntos: A= Conjunto dos planetas do Sistema Solar TERRA PLUTAO NETUNO } JUPITER VENUS URANO MARTE SATURNO MERCURIO B = Conjunto das letras do nosso alfabeto tba! dis z 9 r n 5 « y. mp? i I v C= Conjunto dos niimeros naturais impares maiores que 1 ees 3 7 13 9 ; | ae eee nai Daeesseen eens eeeneaeeeeaev rs, sinh SSSEEEIED Podemos representar esses conjuntos ordenando seus elementos: A= (Mercurio, Venus, Terra, ..., Pluto) (2 By Cy yey MO, TY ooep Vy sae Z) C=(3,5,7,9, 11, 13, 15, Esses conjuntos ordenados, chamamos de sucess6es ou seqiiéncias. E importante notar que, numa seqiiéncia, a ordem de cada elemento indica a posicao que ele ocupa. Na seqiiéncia B (letras do nosso alfabeto), 0 a € 0 primeiro termo, ob é 0 segundo termo, oj € 0 décimo termo, e assim por diante. Capitulo 8 + Progressées | 93 Uma seqtiéncia pode ser finita (seqiiéncias A e B) ou infinita (seqtiéncia ©) ‘De unia maneira genérica, representamos uma seqiiéncia assim: Giana primeiro termo | | emeieme. | a, terceiro termo | um termo qualquer Assim, na seqiiéncia (3, 6, 9, 12, 15, ...) temos: 9, Rha. a,=3, 2-6, Na Matemética interessam-nos com maior freqiiéncia as seqiiéncias onde 9s termos sao ntimeros reais e obedecem a uma certa lei de formagao, isto é, um critério que permita determinar de modo inequivoco os termos dessa seqiién- cia. Exemplo: ‘A seqiiéncia dos ntimeros pares maiores que (6,8, 10, 12, 14, 16, ...) 2. A seqiiéncia dos ntimeros reais que obedecem a expressio a, = 2 + 3n, com n & IN*, é obtida fazendo-se: patan=1 = a=24+3-1 = a=5 paran=2 = a,=2+3-2 = a,=8 paran=3 = a,=2+3-3 = aj=1l ‘Assim, essa seqiiéncia pode ser representada por: (5,8, 11, « EXERCICIOS 1) Determine os quatro primeiros termos de cada seqiiéncia nos seguintes ca- sos, sendo n € IN* a) a,=l+n @) a= b) a,=3n-2

Você também pode gostar