COmo se aqui, escrevendo, pedisse um respiro. Tomasse um fôlego de coragem. Do
medroso que se põe à frente do penhasco. Quer saltar. Vai. Saltar. É isso. Escrevo agora como se as palavras fossem meu ar de coragem. e são preciso vários até que se pule, até o momento em que só respirar começa a eclipsar a adrenalina da prévia. Típico de quem sempre teve muito a perder e poucos motivos pra se arriscar. Agora entendo. Viver constitui o risco maior da própria vida. Só se vive mesmo sem medo da vida. Amando-a. Errante. é sobre Tesão, e talvez nada sobre acertar qualquer porra.. aTRITO. Antes falasse sobre a necessidade de posição num mundo dominado pelas paixões boas. Mas não. O caso é que estamos em guerra. A guerra são também várias. Se desdobram as internas e as da TV, do Facebook. Uma dobra, uma certa subjetividade atravessada por fantasias européias transmutadas/ decodificadas em privilégios, ao mesmo tempo por certos protocolos de subordinação e obediência, um corpo pouco embativo relativo À tudo que possui. Talvez porque realmente cague. Talvez quero mesmo é outra coisa. A classe média se vale do que tem e do que não tem também rs. E nessa fuzuê/história parece só me caber a desobediência. Me sobra trair minha própria classe. calotear meus próprios valores, fazer valer a traição em sua potência mais nobre: romper com tudo que paralisa a vida. Quebrar com os pactos que oprimem a imaginação, os pulmões, o desejo, a floresta. Que nenhum se mantenha em pé sem titubiar a todo tempo pelo tremor nas colunas que os sustentam. Ao cabo, quem puxa o gatilho sou eu memo. é nois. Quem desvia o olhar sou eu. é você. quem paralisa de dúvida no racismo/machismo/LGBTQIFobia acontecendo no busão é nois.