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INSTITUTO DE INFORMÁTICA
CURSO DE BACHARELADO EM CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO
Por
Projeto de Diplomação
AGRADECIMENTOS
SUMÁRIO
1. A TECNOLOGIA DSL..........................................................................................................................10
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE TABELAS
INTRODUÇÃO
questões que dificultam que o cable modem se torne uma ferramenta voltada também
para o mercado corporativo. Para as companhias telefônicas existem fatores
mercadológicos que devem ser levados em conta. DSL não exige grandes investimentos
no aprimoramento das linhas de assinante.
Cable modem é uma tecnologia com acesso compartilhado – não é dedicado
como ISDN ou DSL. Isto significa que a largura de banda disponível é compartilhada
entre os usuários da mesma vizinhança, como se fosse uma rede LAN. Nas horas de
pico é impossível atingir velocidades altas, devido ao congestionamento. DSL, em
contrapartida, garante a velocidade em linhas dedicadas. Questões relativas à segurança
também preocupam os usuários – principalmente os corporativos – já que o meio físico
é compartilhado.
O fato de tantos serviços de acesso continuarem a coexistir confunde os
usuários. Quais tecnologias de acesso remoto irão vingar e quais irão fracassar?
Tecnologias como acesso analógico discado, linhas privativas dedicadas e ISDN
encontram seu nicho no mercado baseado nos serviços que são suportados. Os fatores
que regulam a divisão do mercado e o crescimento dos serviços são: disponibilidade;
preços; facilidade de instalação e uso; habilidade de suportar as aplicações dos usuários.
O que o usuário procura é uma tecnologia que ofereça altas velocidades de
transmissão com equipamentos de baixo custo. O usuário corporativo deseja, além
disso, que os usuários consigam ter acesso remoto às informações do servidor. Com o
desenvolvimento e incremento na velocidade dos processadores e os avanços
conseguidos nos backbones – SONET e DWDM –, o laço local tornou-se um gargalo
mais estreito do que já era antes.
Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo comparativo entre estas
duas tecnologias, do ponto de vista do usuário, a fim de que este possa decidir qual
serviço atende melhor às suas necessidades, levando em consideração aspectos como
facilidade de uso, velocidades de transmissão oferecidas e custos. Será apresentada uma
descrição das tecnologias empregadas e enfocadas as vantagens e desvantagens de cada
uma.
No capítulo 1 serão apresentados os principais sistemas DSL atualmente
propostos. No capítulo seguinte será descreve brevemente o sistema de TV a cabo e
apresentado o sistema de comunicação de dados proposto na IEEE 802.14 – cable
modem. No capítulo 3 será apresentado brevemente o protocolo MAC sugerido na IEEE
802.14. No capítulo 4 serão apresentados critérios de comparação entre as tecnologias.
10
1. A tecnologia DSL
A DSL (digital subscriber line) ou linha digital de assinante é uma
tecnologia de transmissão que pode ser usada para suportar uma ampla variedade de
serviços. Tenta eliminar o gargalo existente na última milha, que conecta o usuário ao
provedor de serviços. Permite o uso de recursos existentes, como a rede de fios de cobre
e os protocolos dos níveis 2 e 3 – Frame Relay, ATM ou IP. DSL já foi bastante testada
e é oferecida em uma grande quantidade países.
Em uma linha telefônica comum, chamada algumas vezes de POTS, é usado
um sinal analógico para transferir informação de áudio (voz) do usuário até a central
telefônica CO1. A partir daí, o sinal entra na PSTN. Um modem comum modula e
converte o sinal digital proveniente do computador em um sinal analógico, e o transmite
através desta linha telefônica. Na outra ponta, outro modem recebe o sinal analógico e
faz a conversão deste para um sinal digital. Estes dados são tratados pela rede telefônica
exatamente da mesma maneira que os sinais de voz.
O “modem” DSL envia os dados digitais diretamente do computador para a
central telefônica. A partir daí, o sinal entra na rede telefônica digital que interconecta as
centrais – ATM ou Frame Relay. O termo modem é impróprio, já que ele não faz
modulação/demodulação do sinal. A denominação linha digital de assinante também é
errônea, pois o que constitui DSL não é a linha em si, mas sim um par de modens
existentes nas pontas desta.
Usando o sistema telefônico atual – o loop local da rede telefônica –, a
tecnologia DSL oferece acesso a altas velocidades de transmissão e reduz a carga sobre
a rede telefônica pública. Os provedores do serviço acreditam que DSL irá oferecer um
sistema conveniente para satisfazer a exigência de largura de banda e irá propiciar a
criação de novos serviços de rede sem grandes investimentos de capital. As companhias
de telecomunicação viram em DSL uma oportunidade para alavancar a demanda por
parte do consumidor de um acesso mais rápido.
Esta tecnologia foi projetada inicialmente para suportar aplicações de vídeo
sob demanda (VoD2) e TV interativa sobre o par trançado telefônico. A tecnologia DSL
foi concebida como uma reação das companhias telefônicas aos serviços de transmissão
de dados por cabos de alta capacidade (fibras ópticas e cabos coaxiais). Quando estes
mostraram-se muito caros para uma expansão em larga escala, o interesse sobre DSL
aumentou muito. Outro fator que impulsionou o seu crescimento foi a reforma das
telecomunicações ocorrida nos Estados Unidos em 1996. Companhias telefônicas locais
1
CO — central office: Central telefônica. Localização central de uma rede pública de telecomunicações
tradicional aonde as linhas telefônicas são terminadas e que contém o equipamento de comutação.
2
VoD — video-on-demand: Expressão que abrange um amplo conjunto de tecnologias e companhias
cujo objetivo comum é permitir que os usuários selecionem um programa de TV ou filme em um
servidor de vídeo e assistam-no através de um televisor ou monitor de computador.
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baixas velocidades baseados nos modens convencionais integram-se bem na rede POTS,
já que o comutador telefônico está integrado na solução. Os serviços de tráfego de
dados de altas velocidades, no entanto, são configurados como uma rede dedicada,
contornando o comutador. A partir daí, estes dados são concentrados no DSLAM e
enviados através da rede que interconecta as centrais telefônicas.
11
FTTC — fiber to the curb: Rede onde a fibra óptica vai do comutador telefônico até um armário de
distribuição próximo dos usuários, localizado geralmente na calçada – daí o nome curb (do inglês,
meio-fio). A partir deste armário, partem pares de fios de cobre até as dependências dos usuários.
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percurso. O tráfego DSL deve, então, terminar no terminal remoto 12, onde será
convertido para um formato compatível com o DLC. A arquitetura do sistema telefônico
baseado em terminais remotos resolve muitos problemas relativos ao POTS, mas cria
problemas para o fornecimento de serviços DSL.
1.1.3. DSLAM
1.1.4. ATU-R
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Unicast — Transmissão de uma mensagem para um único receptor (endereço), em contrapartida com
os conceitos de broadcast e multicast.
18
CSU/DSU — channel service unit/data service unit: O DSU é um dispositivo que executa funções de
diagnóstico e proteção em uma linha de telecomunicações, enquanto o CSU é um dispositivo que
conecta um terminal a uma linha digital. Usado nas terminações de conexões T1 e T3.
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PBX — private branch exchange: Rede telefônica privada interna a uma empresa. Os usuários
compartilham um certo número de linhas externas para atender os ramais internos da empresa. Uma
variação da central PBX – que fica localizada fisicamente no prédio do usuário – é a chamada
“centrex”, que fica localizada na própria companhia telefônica e oferece discagem direta a ramal.
20
FRAD — frame relay assembler/disassembler: Dispositivo de comunicação que particiona um fluxo
de dados em quadros para a transmissão sobre uma rede Frame Relay e recria o fluxo de dados a partir
de quadros que chegam da rede.
21
MIB — management information base: Base de dados de objetos monitorados por um sistema de
gerenciamento de rede (SNMP ou RMON).
22
MTBF — mean time between failures: Indica o número médio de horas de funcionamento de um dado
dispositivo até a ocorrência de uma falha.
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analógica) e transmissão de dados digitais sobre a mesma linha telefônica, sem que um
serviço interfira com o outro.
Uma conexão DSL sobre linha telefônica que permite fluxo de chegada de 6
Mbit/s, por exemplo, é cerca de 200 vezes mais rápida que uma conexão de 28,8 kbit/s.
DSL não é uma tecnologia de acesso discado; é uma conexão ponto-a-ponto com linha e
largura de banda dedicadas entre o “modem” e a Internet ou a LAN corporativa. O
throughput não é afetado por outros usuários nas vizinhanças, como acontece com o
cable modem, onde vários usuários compartilham a capacidade da rede de cabo coaxial
ou fibra óptica.
1.2.1. DMT
1.2.2. CAP
1.3.1. ADSL
23
PDH — plesiochronous digital hierarchy.
24
A/D — Conversão analógica/digital.
25
DSP — digital signal processing.
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composto recebido. Esta modelagem é muito complicada, pois o eco varia com o tipo de
cabo usado e isto deve ser compensado pelo circuito DSP.
Um modem ADSL organiza o fluxo de dados criado pela multiplexação dos
canais e os agrupa em blocos, além de anexar um código de correção de erros em cada
um destes blocos. O recipiente corrige os erros ocorridos durante a transmissão.
Uma ligação de voz tem uma duração média que varia entre 3 e 7 minutos.
Um usuário permanece, em média, 30 minutos conectado à Internet. Para as companhias
telefônicas, ADSL representa uma alternativa muito boa. Com a explosão do tráfego na
Internet, os circuitos de comutação estão congestionados com tráfego analógico discado
e ISDN. Até então, a única solução seria adicionar circuitos mais rápidos e ampliar as
instalações, o que torna-se muito caro para a companhia telefônica. Usando-se splitters
no POTS e um DSLAM na central telefônica, pode-se agregar linhas ADSL
provenientes dos usuários. O tráfego de dados pode ser separado, enviando-se apenas o
tráfego de voz para os circuitos de comutação e para a PSTN, reduzindo
dramaticamente o congestionamento. A partir daí, os dados são canalizados para uma
linha digital de alta capacidade em direção ao backbone WAN.
freqüências menores sofrem menos atenuação que as freqüências mais altas, assegura-se
que o sinal ainda esteja com amplitude suficiente para enfrentar o ambiente de maior
ruído nas vizinhanças da central telefônica – onde o cross-talk é pior.
Apesar das declarações de que todos os esquemas de codificação teriam
uma eficiência teórica idêntica, DMT foi o primeiro a implementar suporte para o
serviço de vídeo a 6 Mbit/s e foi selecionado como o padrão oficial para serviços de
vídeo ADSL em linha discada.
A latência entre o modem ADSL do usuário e o da central telefônica
depende da técnica de codificação da linha empregada e a complexidade do esquema de
correção de erros. Este pode ser programado para latências da ordem de 60 ms.
Normalmente, porém, é fixado em torno de 20 ms, oferecendo melhor proteção contra
ruído impulsivo e melhorando a taxa de erro de bit26. Conseqüentemente, existe a busca
de um equilíbrio entre a latência e a interatividade versus o desempenho na correção e
detecção de erros. Desativando-se a correção de erros, a latência residual fica em torno
de 2 ms.
Ao mesmo tempo que a indústria estudava as características dos laços
locais, as companhias telefônicas desenvolveram um grande interesse no fornecimento
de entretenimento (leia-se serviços de transmissão de vídeo). Por volta de 1992, os
esquemas de codificação emergentes que poderiam suportar transmissão de vídeo
através de linhas discadas eram QAM, CAP e DMT. Diferente de 2B1Q, que é uma
tecnologia de banda base e transmite em freqüências que incluem 0 Hz (sinal DC), estes
operam a freqüências mais altas – pré-requisito para a separação das freqüências de
envio e recebimento.
Entre 1992 e o início de 1993, o grupo T1E1.4 do ANSI direcionou seus
esforços para uma codificação padrão para serviço de vídeo sobre ADSL. Estes esforços
foram concentrados em uma variedade de opções, que variavam desde MPEG-1 pré-
gravado e pré-comprimido até um sistema – 6 Mbit/s – que suportaria até quatro fluxos
MPEG-1 concorrentes ou um fluxo MPEG-2 através de distâncias de até 2 km. O foco
voltou-se, então, para a maximização do alcance do laço. A natureza síncrona da
transmissão de vídeo exigia uma taxa de transferência estável, para evitar a degradação
da qualidade da imagem.
1.3.2. RADSL
26
BER — bit error ratio: Medida da qualidade da transmissão que indica o número de bits transmitidos
incorretamente em uma dada seqüência em comparação com o número de bits transmitidos em um dado
período de tempo.
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permite uma degradação mais “elegante” e dependente das condições do loop local.
Alguns fabricantes introduziram também suporte a um canal de envio de dados (usuário
→ central telefônica) de maior capacidade – cerca de 1 Mbit/s. Isto permite que RADSL
suporte aplicações com taxas de transferência simétricas e assimétricas. Existe também
a opção de configuração manual, permitindo que os provedores do serviço configurem
individualmente – e cobrem proporcionalmente – as taxas de transferência de acordo
com o desejo do usuário. Significa, novamente, uma economia de equipamentos e
manutenção, já que um único produto dá suporte a uma grande variedade de serviços.
A indústria e as tecnologias evoluíram de maneira dramática desde a
padronização dos serviços de vídeo ADSL sobre linha discada, em 1993. Em
reconhecimento a isso, o grupo ANSI T1E1 estabeleceu um grupo específico para
desenvolver a padronização de RADSL. Até a época desta publicação, estavam sendo
consideradas propostas de combinação de CAP e QAM para a codificação. Além disso,
o grupo T1E1.4 está atualizando o padrão original do DMT para refletir as necessidades
adicionais para os serviços de transmissão de dados.
Os sistemas RADSL são implementados usando-se FDM. Como resultado, o
canal de envio de dados –1,088 Mbit/s – ocupa a banda mediana acima do POTS e o
canal de recebimento – 1,5 Mbit/s a 7 Mbit/s – ocupa a porção superior da banda.
Preocupações surgiram quanto à compatibilidade espectral dos sistemas RADSL
baseados em CAP ou QAM com os sistemas ADSL baseados em DMT ou CAP, já que
estes últimos possuem um canal de envio de dados que opera a velocidades muito
menores – 64 a 640 kbit/s. Levado-se isto em conta, estão sendo tomadas as medidas
necessárias para que seja assegurado um cross-talk minimizado do RADSL sobre o
ADSL.
Alguns equipamentos que dispensam o uso de separadores detectam
dinamicamente os estados “fora do gancho” e “no gancho”. Quando o telefone está fora
do gancho, o equipamento desloca para cima as freqüências de portadoras e atenua as
freqüências mais baixas do sinal digital para eliminar interferências com o sinal de
áudio. Quando o telefone é retornado ao gancho, o sinal digital é deslocado de volta,
para sustentar altas taxas de dados.
1.3.3. SDSL
27
WWW — world wide web: Sistema de servidores internet que suportam documentos formatados em
linguagem HTML e que podem ser visualizados através de browsers.
25
1.3.4. HDSL
em dois canais de 784 kbit/s – 2 pares, quatro fios. Separando-se os canais em duas
linhas e aumentando ligeiramente a taxa de transmissão, foi possível reduzir o espectro
de freqüência e aumentar a distância atingível. Esta técnica ficou conhecida como
HDSL (high-bit-rate digital subscriber line). Como resultado, foi possível implementar
o serviço sobre laços CSA29 específicos de até 3,7 km (fios 24 AWG) ou 2,7 km (fios 26
AWG) sem repetidores. Existia também uma técnica para separar um canal E1 de 2,048
Mbit/s em três – 3 pares, 6 fios. Com o amadurecimento da tecnologia e o
aprimoramento do desempenho, houve uma migração para uma implementação que
separa o canal E1 em dois de 1,168 Mbit/s – 2 pares, 4 fios –, de maneira análoga às
implementações com T1. Os equipamentos podem ser conectados em portas V.35 ou
portas nativas – G.70330/G.704 para E1 ou DSX-1 para T1.
Nesse meio tempo, a Paradyne (subsidiária da AT&T 31) começou a
desenvolver um transceiver similar usando CAP, que permitia representar múltiplos bits
de informação (2 a 9 por baud). Isto permitiu a transmissão da mesma quantidade de
informação usando-se uma faixa mais estreita do espectro de freqüências do que a usada
pela codificação 2B1Q, com menor atenuação e maior alcance.
Em (fig. 1.6) pode-se observar o espectro de freqüências usado por uma
transmissão convencional T1 AMI e por uma usada por uma transmissão T1 HDSL. T1
AMI usa, aproximadamente, um espectro quatro vezes maior que o usado por 2B1Q e
cerca de nove vezes o usado por CAP. Os sinais de mais alta freqüência associados à
implementação AMI enfraquecem mais rápido que os sinais de transmissão de HDSL.
Como resultado, sistemas CAP e 2B1Q HDSL têm um alcance substancialmente maior
que sistemas T1 AMI ou HDB332 E1.
29
CSA — carrier serving area.
30
G.703 — PDH (plesiochronous digital hierarchy).
31
AT&T — Companhia telefônica norte-americana que foi dividida em sete companhias telefônicas
locais: Ameritech, Bell Atlantic, Bell South, NYNEX, Pacific Bell, Southwestern Bell e US WEST.
32
HDB3 — high density bipolar three zeros substitution ou high density bipolar of order 3: Técnica de
codificação de linha usada para acomodar a densidade de uns requerida para a transmissão em linhas
E1.
27
33
FEXT — far end cross-talk: Interferência entre dois sinais que ocorre na ponta da linha mais distante
em relação ao comutador telefônico.
28
provedores de serviço DSL é a interferência conhecida como Self NEXT, presente entre
sistemas que usam cancelamento de eco.
Os serviços simétricos HDSL aplicam-se também no caso de uma infra-
estrutura de rede celular, que oferece canais T1 ou E1 a partir da MTSO 34. É
particularmente importante, pois evita-se o arrendamento de linhas T1 ou E1 de
terceiros. Uma empresa que disponibiliza serviços de transporte de dados por enlace de
rádio tem uma grande redução de custos em tarifas de aluguel de serviços T1 ou E1.
1.3.5. IDSL
1.3.6. MSDSL
35
SoHo — small office/home office: Mercado de produtos projetados especialmente para satisfazer as
necessidades de profissionais que trabalham em casa ou pequenos escritórios.
36
MVL — multiple virtual lines: Tecnologia de acesso ao laço local desenvolvida pela Paradyne.
Projetada e otimizada para os mercados residencial, SoHo e corporativo (pequenas empresas).
Transforma uma única linha telefônica em múltiplas linhas virtuais, suportando múltiplos serviços
simultaneamente.
30
1.3.7. UDSL
1.3.8. VDSL
1.3.9. MVLDSL
modens em um único par POTS, permitindo que cada um tenha uma banda de até 768
kbit/s para envio e recebimento e alcance de até 9,1 km. Não usa splitter e pode ser
usada para conectar vários computadores dentro de um mesmo prédio, como se estes
fizessem parte de uma LAN.
32
43
Proxy server — Servidor que localiza-se entre uma aplicação cliente – como um web browser – e um
servidor de arquivos. Intercepta as requisições feitas ao servidor real e tenta fornecer os dados
solicitados. Se isto não é possível, repassa a requisição ao servidor. A utilização principal é a melhora no
desempenho de acesso a dados, comportando-se como uma memória ou servidor cache, mas também
pode ser usado para filtrar o acesso a certas páginas ou bases de dados.
34
diferença da assinatura individual para a coletiva é que foi implantada uma infra-
estrutura tecnológica que permite a adoção de um único cable modem e uma linha
de retorno compartilhada. Essa infra-estrutura é composta por um computador, um
cable modem e equipamentos de comunicação, que serão instalados numa área
comum do prédio, potencialmente na guarita de segurança. O único equipamento a
ser adquirido diretamente pelo condômino é a placa de rede padrão Ethernet, cuja
instalação no micro segue os mesmos critérios do cable modem. Para o assinante, o
maiores benefícios dessa solução são: liberar a linha telefônica, que representa um
transtorno típico aos usuários; acesso permanente, denominado always-on, onde o
usuário estará conectado à Internet assim que acionar o seu software de browser,
sem necessidade de discagem para o provedor do serviço de Internet.
c) Assinatura corporativa — Destinada à empresas com um número pequeno de
usuários. Tecnicamente, essa modalidade é semelhante aos condomínios podendo
ser customizada de acordo com o interesse e a forma de utilização do serviço pela
empresa.
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Laser — light amplification stimulated emission of radiation: Feixe de luz acromático de grande
intensidade luminosa.
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2.2.1. Externo
2.2.2. Interno
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RJ-45 — registered jack-45: Conector de 8 fios usado para a conexão de periféricos de rede.
48
WinModem — Nome popular pelos quais são conhecidos os modens do tipo host-based, que utilizam
o processador do computador para realizar algumas operações (software). Como não utilizam
processador próprio (hardware), tendem a custar menos que os modens convencionais.
49
PowerPC — Arquitetura de computadores baseados em RISC desenvolvida conjuntamente pela IBM,
Apple Computer e Motorola Corp.
50
RISC — reduced instruction set computer: Arquitetura de microprocessador que usa um número
relativamente limitado de instruções, em oposição à arquitetura CISC (complex instruction set
computers).
41
51
POS — packet over SONET.
52
Gateway — Combinação de hardware e software que interliga duas redes de tipos diferentes.
42
53
A taxa de transferência bruta é ligeiramente maior que a taxa de transferência efetiva devido à correção
de erros, framing e outros tipos de overhead.
44
de lado de vez em quando. O cable modem tenta enviar o segundo slot. O CMTS
mede o tempo e envia ao modem um valor positivo ou negativo para a correção do
relógio. Os slots anterior e posterior – ranging slots – definem um intervalo de
segurança para evitar que o slot enviado colida com o tráfego normal. Um outro uso
deste tipo de slot é assegurar que todos os cable modens transmitam a um nível de
potência que faça com que todas as rajadas de dados enviados cheguem no CMTS
com níveis iguais. Isto é essencial para a detecção de colisões, mas é necessário
também para otimizar o desempenho do demodulador no CMTS. A atenuação do
sinal pode variar até mais de 15 dB. Se dois modens transmitirem simultaneamente,
mas o sinal de um for mais fraco que o outro, o CMTS ouvirá apenas o sinal mais
forte e ignorará o sinal mais fraco. Se os dois sinais tiverem potências iguais, haverá
interferência mútua entre eles e o CMTS saberá que ocorreu uma colisão.
O fluxo de dados enviados é composto de breves rajadas. O padrão
DVB/DAVIC exige que esta rajada tenha um comprimento fixo, ao passo que o padrão
MCNS especifica rajadas de comprimento variável. E este fluxo de dados é composto
de uma única rajada, e o demodulador precisa de um sinal que avise que esta está para
ocorrer. Para o padrão DVB/DAVIC, este aviso é a existência de uma palavra de 32 bits
de dados. Sem este mecanismo, o demodulador poderia estar ocupado, demodulando
ruído, e não poderia atender os dados reais, quando estes chegassem. Este mecanismo
determina também uma ressincronização a cada rajada. Aqui também é usado o
algoritmo Reed-Solomon. É transmitida uma célula ATM por rajada e 18 slots em 3 ms
(DVB/DAVIC).
O fluxo de dados recebidos (downstream) é estruturado em quadros, de
acordo com a especificação MPEG TS56. Cada quadro é um bloco de 188 ou 204 bytes
com um byte de sincronismo na frente de cada bloco. O algoritmo de correção de erros
Reed-Solomon – 6 erros em 204 bytes – reduz o tamanho do bloco de 204 para 188
bytes, deixando 187 bytes para o cabeçalho MPEG e carga útil. No padrão
DVB/DAVIC, o quadro interno à carga útil é simplesmente um fluxo de células ATM.
Como uma estação não pode ouvir as transmissões das outras estações, ela é
incapaz de detectar colisões e de coordenar suas próprias transmissões. Com um
protocolo de acesso ao meio (MAC), estações com ramificações podem compartilhar a
largura de banda de upstream. Para o downstream, o problema de acessos múltiplos não
existe, pois somente o head-end pode transmitir dados nesta direção. Uma parte deste
canal é usada para o controle de difusão e para a informação de realimentação,
requeridos pelo protocolo MAC. Os três problemas principais abordados pelo protocolo
são: sincronização, modos de acesso ao canal upstream e resolução de colisões.
A rede HFC necessita de dois níveis de sincronização: a sincronização ao
nível físico, que alinha os sinais em nível de bit e a sincronização ao nível MAC, que
alinha os fluxos de bits em nível de pacote. Como o atraso na propagação sobre HFC é
significante, a sincronização ao nível MAC não pode ser ignorada, como ocorre no
protocolo CSMA/CD57 das redes Ethernet. Cada estação tem um atraso de propagação
diferente. Isto significa que, quando o head-end reserva um slot de tempo para uma
56
TS — transport stream.
57
CSMA/CD — carrier sense multiple access with collision detection.
46
determinada estação, esta deve adaptar-se para transmitir de acordo com o seu atraso de
propagação, para que o quadro transmitido encaixe-se perfeitamente no slot temporal
reservado para ele ao chegar no seu destino (head-end).
As estações também não têm condições de detectar colisões, pois não
podem escutar o canal de upstream. É impossível abortar transmissões que geram
colisões, como acontece no CSMA/CD. Uma prática usual para reduzir as perdas de
largura de banda com colisões consiste no envio – por parte da estação que deseja
enviar um quadro de dados – de um quadro pequeno de requisição para informar ao
head-end que se deseja transmitir. Este é conhecido como modo de acesso reservado.
Existe também um modo de acesso isócrono, que libera a estação da tarefa de enviar
periodicamente as requisições no caso de um fluxo de dados contínuo.
Ainda assim, podem ocorrer colisões entre as próprias requisições. Para isso
é necessário um mecanismo de resolução de colisões. Os mecanismos adotados são o de
árvore n-ária e p-persistência.
Os conceitos de mini-slot, intervalo de resolução de colisões e modo de
acesso do protocolo IEEE 802.14 serão apresentados no cap. 3, juntamente com uma
descrição dos mecanismos de resolução de colisões e dos problemas de sincronização.
2.4.1. IEEE
2.4.2. DVB/DAVIC
2.4.3. MCNS/DOCSIS
É o padrão dominante nos Estados Unidos, apesar de ainda não ter uma
padronização formalizada. Este padrão surgiu para atender os desejos das operadoras
MSO60, que querem que os modens sejam facilmente encontrados no varejo. A
Broadcom desempenhou um importante papel promovendo o padrão e a
integração/miniaturização dos componentes.
Este grupo é formado, em sua maioria, por operadoras de TV a cabo, e o
objetivo destes é minimizar o custo dos produtos e diminuir a janela de mercado. Para
tanto, procuraram desenvolver uma tecnologia que se adequasse às necessidades dos
membros e que tivesse pouca complexidade técnica – o que não se observou na prática.
A complexidade do padrão é grande; maior até que o necessário na prática. A primeira
versão do padrão – março de 1997 – não suportava QoS, requerido para aplicações de
telefonia – voz sobre IP –, o que foi adicionado na versão 1.1. Inicialmente era aberto
apenas para versões de modens externos com interface Ethernet, mas agora contempla
também os modens internos e os modelos externos com interface USB – futuramente,
também irá oferecer interface IEEE 139461. Originalmente desenvolvido para o mercado
58
TCP/IP — transmission control protocol/internet protocol: Conjunto de protocolos de comunicação
usado para conectar computadores na Internet, constituindo o padrão de facto para a transmissão de
dados sobre redes.
59
AAL5 — ATM adaptation layer 5: Uma das camadas de adaptação de ATM da recomendação do ITU-
T.
60
MSO — multiple system operator.
48
norte-americano, o DOCSIS gerou uma versão voltada ao mercado europeu 62 que difere
apenas na camada física, sendo compatível com o padrão DVB.
As especificações da camada física – que define as técnicas de modulação –
são semelhantes nos padrões do IEEE e MCNS. A especificação IEEE 802.14 suporta os
Anexos A, B e C do padrão ITU J.83 – modulação QAM-64/256 para downstream com
um throughput de 36 Mbit/s por canal de 6 MHz. O Anexo A é o padrão europeu
DVB/DAVIC, o Anexo B é o padrão norte-americano MCNS e o Anexo C é a
especificação do padrão japonês. O padrão proposto pelo IEEE 802.14 para o upstream
é baseado nas modulações QPSK e QAM-16 – virtualmente o mesmo que o MCNS.
QPSK atinge um throughput de 320 kbit/s por canal de 160 kHz.
Para o controle de acesso ao meio (MAC), o IEEE especificou ATM como a
solução padrão, por causa da garantia de QoS e flexibilidade para a entrega de tráfego
de vídeo, voz e dados. MCNS definiu uma estratégia diferente, usando um esquema
baseado em pacotes de tamanho variável que favorece o tráfego IP – menor custo e
complexidade. Ambas estabelecem como padrão uma conexão Ethernet 10Base-T para
conectar o cable modem ao computador.
A batalha pelo mercado norte-americano já está ganha pelo padrão DOCSIS,
mas os padrões DVB/RCC e EuroDOCSIS ainda estão disputando o mercado europeu.
Alguns artigos relativos a essa disputa podem ser obtidos através de white papers
disponíveis em formato PDF63 nos seguintes endereços:
http://www.cable-modems.org/standards/DVB/dvb_rcc_wpaper.pdf
http://www.cable-modems.org/standards/DOCSIS/DOCSIS_DVB-RC_comparison.pdf
http://www.cable-modems.org/standards/DOCSIS/DOCSIS-in-Europe+White+Paper+v1.pdf
61
IEEE 1394 — Padrão de barramento e interface que suporta transferência de dados isócrona com taxas
de até 400 Mbit/s com entrega garantida e pode conectar até 63 dispositivos simultaneamente. Surgiu na
indústria com alguns nomes proprietários, tais como: FireWire, I-link e Lynx.
62
EuroDOCSIS — Especificação equivalente ao DOCSIS voltada para o mercado europeu.
63
PDF — portable document format: Formato de arquivo desenvolvido pela Adobe Systems que captura
a formatação de uma grande variedade de aplicações de editoração eletrônica, tornando possível o envio
e a visualização de documentos formatados.
49
64
RTC — round trip correction.
65
TDMA — time division multiple access: Tecnologia para serviço de comunicação sem fio, que usa
TDM. Funciona dividindo uma radiofreqüência em slots temporais e alocando-os para múltiplos canais
simultâneos. É usado no sistema de comunicação celular GSM.
50
Este mecanismo assume que as estações, quando estão prontas para enviar
dados, devem competir para obter acesso ao barramento. A responsabilidade do
protocolo de controle de acesso é arbitrar o acesso, resolver as disputas e controlar o
fluxo de dados, a fim de otimizar o uso dos recursos disponíveis (largura de banda). A
ocorrência de colisões é controlada pelo head-end, que age como um nó de controle
central, que recebe as requisições e envia mensagens às estações através do canal de
downstream.
Uma estação que deseje transmitir dados deve enviar uma requisição – em
um determinado slot temporal – através do canal de upstream. O head-end ecoa a
requisição no canal de downstream (broadcast). A estação que enviou a requisição
entende isto como uma permissão e envia os seus dados. Se ocorre uma colisão –
quando duas estações enviam requisições em um mesmo slot – o head-end ecoa estas
duas requisições no canal de downstream. As estações que provocaram a colisão
esperam um tempo aleatório e tentam novamente enviar requisições. Dependendo da
distância entre as estações e o head-end, este mecanismo gera problemas de alocação do
canal, devido ao atraso na propagação ao longo da rede. Uma estação que esteja mais
perto do head-end detecta as informações mais cedo que outra mais distantes.
Outra desvantagem que ocorre neste mecanismo é que a QoS deve ser
negociada previamente pela estação. Esta deve conformar o tráfego de acordo com o
que foi negociado, tornando-se um problema quando ocorre tráfego ABR, CBR, VBR e
UBR66 na mesma estação.
3.2. Objetivos
As estações não podem ouvir diretamente as transmissões umas das outras
no canal upstream e, portanto, são incapazes de detectar colisões e coordenar as suas
transmissões sozinhas. Com o uso de um controle de acesso, as estações dentro de uma
mesma ramificação podem compartilhar a largura de banda disponível. Para o canal de
downstream, o problema de multiacesso não existe, pois somente o head-end pode
transmitir dados nesta direção. Parte deste canal é usado também para transmitir
informações de controle e resposta a requisições.
O ATM Forum e o comitê IEEE 802.14 criaram critérios e objetivos que
guiaram a avaliação das diferentes propostas de padronização do protocolo MAC que
foram sugeridas por diferentes fabricantes.
a) Suporte a serviços orientados e não-orientados à conexão.
b) Suporte ao conceito de qualidade de serviço baseado em cada conexão. Cada
conexão deve poder especificar seus requerimentos de largura de banda, atraso
(delay) e jitter.
c) Conformação do acesso à largura de banda de acordo com a aplicação (ABR, CBR,
VBR e UBR).
66
UBR — unspecified bit rate: Taxa de bit que não garante nenhum nível de throughput. Usada para
aplicações que toleram atrasos, como transferência de arquivos.
51
3.3. Sincronização
Como o atraso de propagação sobre a rede HFC é significante – pode ser
maior que o tempo de transmissão –, o MAC deve ter um controle de sincronização,
similar ao CSMA/CD67 da rede Ethernet. Cada estação tem um tempo de propagação
diferente até o head-end. Quando o head-end reserva um slot de tempo para uma
determinada estação, esta deve adaptar seu tempo de transmissão de acordo com seu
tempo de propagação, para que o quadro transmitido seja encaixado no slot de tempo
que lhe foi designado. Como cada estação sabe o seu tempo de propagação e como
utilizá-lo para calcular o tempo de propagação? Isto também é função do protocolo, que
define os slots de emparelhamento.
Cada estação deve também saber a referência de tempo global e sua RTC.
De posse destas informações, cada estação pode transmitir com precisão os dados no
minislots a ela designado pelo head-end. Evitam-se, assim, colisões e períodos ociosos
devido às diferentes posições relativas das estações.
67
CSMA/CD — carrier sense multiple access/collision detection: Tipo de protocolo de resolução de
colisões que define uma série de regras, que determinam como os dispositivos de rede devem reagir
quando dois deles tentam usar o mesmo canal de dados simultaneamente – colisão. Depois de detectar
uma colisão, o dispositivo deve esperar um tempo aleatório e tentar transmitir novamente. Se o
dispositivo detectar uma nova colisão, deve esperar um tempo duas vezes maior que o anterior, tentar
transmitir mais uma vez e assim por diante. Este método é conhecido como back off exponencial.
68
CRI — contention resolution interval ou collision resolution interval.
53
Neste modo de acesso, o head-end pode fornecer uma largura de banda não
alocada – toda a largura de banda, quando a rede estiver completamente ociosa.
Normalmente, a largura de banda é dividida em unidades menores para a transmissão de
pacotes pequenos e eventos de curta duração – um botão pressionado, por exemplo.
Transmissões de pacotes grandes e eventos de maior duração devem usar os modos de
acesso reservado e isócrono.
colisão
minislot de resolução
inicialização confirmação de colisão
sucesso
completa
chegada de
tráfego esperando
permissão
chegada de espera
tráfego
ociosa
pronta transmissão
de dados
ACESSO e requisição
chegada de
RESERVADO piggyback
tráfego
transmissão
chegada de
de dados
tráfego
ACESSO conexão colisão
IMEDIATO fechada minislot de resolução
confirmação de colisão
sucesso completa
conexão
estabelecida
transmissão ACESSO
de dados ISÓCRONO
slotted ALOHA reduz a chance de colisões fazendo divisão dos canais em slots temporais e exigindo
que os usuários transmitam apenas no início de um slot.ALOHA foi a base para o padrão Ethernet.
57
45
40
atrasoo médio da requisição (ms)
35
30
25
20
15
10
0
0 1 2 3 4 5 6
carga (em milhares de pacotes por segundo)
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 50 100 150 200 250 300
carga de 50 % tempo x (ms)
A (fig. 3.2) ilustra o atraso médio da requisição versus a carga gerada pelas
estações para os algoritmos p-persistente adaptativo, árvore ternária bloqueante e árvore
ternária não-bloqueante quando o ciclo de requisição e resposta dura aproximadamente
3 ms em um canal de upstream de 3 Mbit/s, com 32 minislots de disputa e requisições
que ocupam dois minislots. Os testes foram feitos com pacotes de 64 bytes – 48 bytes de
carga e 16 bytes de controle do MAC –, gerados de acordo com uma distribuição de
Poisson, com média variável para cada carga.
O desempenho do algoritmo de árvore ternária bloqueante é melhor em
todos os casos, vindo o p-persistente adaptativo em segundo lugar. Em regiões de baixa
carga – onde o número de colisões é relativamente pequeno –, o desempenho dos três é
praticamente igual.
Outro teste foi a aplicação de uma estratégia de alocação de largura de
banda no head-end e foi observada a função densidade de probabilidade do atraso de
acesso para uma estação – o tempo decorrido desde a geração do pacote até o seu
recebimento pelo head-end. A (fig. 3.3) mostra a função de densidade cumulativa para
os algoritmos de árvore ternária bloqueante e p-persistente adaptativo com 50 % da
capacidade de carga. Novamente, o desempenho do algoritmo de árvore ternária
bloqueante mostrou-se melhor.
512 0,02
1024 0,25
1518 0,03
Fonte: [AZZ 97]
70
atraso médio de acesso (ms)
60
50
40
30
20
10
0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 1,75
Figura 3.4 — Atraso médio de acesso versus carga, para proporções fixas de slots de
disputa e slots de dados
Fonte: [AZZ 97]
60
35
atraso médio de acesso (ms)
30
25
20
15
10
0 0,25 0,5 0,75 1 1,25 1,5 1,75 2
razão CS/DS variável carga (milhares de pacotes por segundo)
Figura 3.5 — Atraso médio de acesso versus carga, para proporções variáveis de slots de
disputa e slots de dados
Fonte: [AZZ 97]
70
PDU — protocol data units.
61
carga útil ATM gap preâmbulo cabeçalho ATM carga útil ATM gap preâmbulo
71
LLC — logical link control.
72
PHY — :Camada física do IEEE 802.14
73
TC — transmission convergence sublayer: Subcamada da camada física (PHY) do IEEE 802.14
62
4.2. Escalabilidade
Para o suporte ao serviço de cable modem, as operadoras de TV a cabo
devem ter toda a rede transformada para HFC. Para o provedor de serviços, isto
representa um alto custo inicial. Além disso, uma pequena parcela da rede existente hoje
em dia suporta transmissão bidirecional. É necessária uma linha telefônica para a
transmissão de dados (upstream), um custo a mais para o usuário.
Antes de oferecer o serviço DSL, a companhia telefônica faz alguns testes
de qualificação do laço do assinante e determina se alguma modificação é necessária
para condicionar a linha. Após esta etapa, basta mudar fisicamente o par telefônico do
usuário do comutador telefônico para o DSLAM, dentro da própria central telefônica.
No momento em que o número de usuários em uma zona geográfica atingir um
determinado patamar, serão criados nós de acesso locais, para desafogar o cabeamento
que entra na central telefônica. O cable modem, por sua vez, exige que o provedor de
serviços já tenha toda a rede instalada e atualizada antes de comercializar o serviço.
A única exigência para a qualificação de um laço local é que não existam
bobinas (loading coils) nem ramificações – “gatos” ou extensões – na linha. As bobinas
agem como filtros passa-baixa, bloqueando as altas freqüências. As ramificações agem
como derivações e capacitâncias parasitas, criando um filtro passa-banda.
4.3. Serviços
O protocolo IEEE 802.14 para o cable modem com conformação de tráfego
pode suportar serviços CBR, VBR e ABR. Se os serviços ABR forem gerenciados pelo
cable modem, as células RM provenientes de todos os cable modens ativos poderão
congestionar o canal de upstream, que é compartilhado por todos os usuários.
Um problema crucial do cable modem para alguns usuários é não poder
contar com um endereço IP estático ou serviços de resolução de nomes (DNS). Com
66
isto, fica muito difícil administrar qualquer tipo de servidor – web ou correio eletrônico,
por exemplo – que use um endereço de domínio. Algumas operadoras bloqueiam
também a porta 25, usada pelo protocolo SMTP, impedindo o recebimento de
mensagens pelo correio eletrônico. Podem surgir, ainda, problemas com o envio de
mensagens, pois o servidor recipiente pode recusar o recebimento de mensagens que
tenham como rota reversa um endereço IP dinâmico ou um nome que não possa ser
resolvido.
ADSL pode suportar serviços CBR, VBR e ABR. Para oferecer serviços de
transmissão de sinais de televisão, está previsto um serviço no qual o usuário seleciona
um canal de TV e este é transmitido – com compressão, basta uma largura de banda de 2
a 4 Mbit/s – através da conexão DSL. O número de canais oferecidos fica limitado
somente pela capacidade do servidor instalado na central telefônica. Esta possibilidade
diminui o apelo das operadoras de TV a cabo, pois passam a ter concorrência também
nos serviços de transmissão de programas de TV.
4.4. Segurança
Devido à natureza do cable modem, com meio compartilhado, este é mais
vulnerável a usos impróprios, escutas e roubo de serviços. Os sinais de todos os modens
trafegam sobre o mesmo canal de downstream, criando chances para a instalação de
escutas ou “grampos”, exceto nos pontos onde o tráfego é feito em cabos de fibra
óptica. O uso de encriptação e autenticação é vital. Recursos compartilhados, como
acionadores de discos e impressoras sofrem também com este problema.
Como a conexão é ponto-a-ponto, escutas feitas a partir da conexão do
usuário não são possíveis. Para isso, seria necessário o conhecimento dos parâmetros
estabelecidos durante a inicialização da conexão, a fim de tentar burlar a segurança a
partir do DSLAM, localizado na central telefônica.
4.5. Custos
Apesar da complexidade dos módulos de segurança e do hardware extra
exigido para o protocolo MAC e para o modulador e sintonizador de radiofreqüência, o
custo de um cable modem gira ao redor de R$ 500.
Em São Paulo, o preço de instalação do @Jato – empresa da TV Abril – é de
R$ 59, mais o custo com a mensalidade do serviço – cerca de R$ 69. O preço dos cable
modens variam entre R$ 499 e R$ 591 [EMP 99]. O primeiro mês de assinatura é grátis.
Esses preços, no entanto, são válidos apenas para os assinantes do serviço de TV a cabo
da TVA [ACE 99]. Em São Paulo e Sorocaba, o Virtua – empresa da
Globocabo/NET/RBS – custa ao usuário R$ 69 mensais (plano básico), só para o acesso
à Internet, sem a TV a cabo.
A ImageTV – empresa do grupo Algar – oferece o serviço bidirecional. A lei
que regulamenta os serviços de cabos diz que uma empresa de telefonia, pode alugar
capacidade via rede de tevê a cabo. A ImageTV aluga o meio para a CTBC Telecom,
que, por sua vez, aluga para os provedores de Internet. A área de atuação compreende o
Triângulo Mineiro e parte de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul. A taxa de
67
74
VoDSL — voice over DSL.
68
(downstream) à Internet pelos cabos da TVA em São Paulo, promete mudar o sistema
para bidirecional aos poucos, de bairro em bairro. As próximas cidades a ter o @Jato
serão Rio de Janeiro, Curitiba e Porto Alegre.
A Blumenau TV Cabo, de Santa Catarina, está implantando cable modem na
região da cidade de Blumenau a partir de 2000. Ainda não existem definições com
relação a preços e modalidade do serviço (unidirecional ou bidirecional). A TV Filme –
que abrange as cidades de Brasília, Goiânia, Belém e Campina Grande – já está
oferecendo o serviço de cable modem unidirecional.
4.8. Confiabilidade
Um problema em um cabo da rede óptica, decorrente de um acidente
automobilístico ou um fenômeno natural, atingem centenas de usuários. Um dispositivo
que introduza ruído ou um cable modem defeituoso em um barramento compartilhado
afeta também os outros usuários conectados à mesma linha. Cada usuário adicional
conectado cria ruído no canal upstream.
Como a conexão ADSL é ponto-a-ponto, uma possível falha afeta apenas
um usuário. Além disso, a largura de banda não sofre degradação com o aumento do
número de usuários conectados. Novamente, DSL leva vantagem sobre o cable modem.
4.9. Mercado
No mundo todo, existem cerca de 180 milhões de pontos de TV a cabo. A
tab. 4.1 mostra dados estatísticos dos Estados Unidos. A maior parte do cabeamento está
velho, transmite em apenas uma direção e é constituído apenas de cabos coaxiais.
Apenas 15 % das redes suportam altas velocidades e comunicação bidirecional [ANG
99]. Estima-se que 6 milhões de assinantes estejam sendo passados para redes HFC.
Com exceção do Reino Unido e da Bélgica, este cenário é bem similar no resto do
mundo [AZZ 97]. As redes de TV a cabo cobrem cerca de 92 % das regiões urbanas dos
Estados Unidos, nas quais 63 % das residências usam o serviço de TV a cabo. Dessas,
50 % têm pelo menos um computador.
A NET da cidade de São Paulo, por exemplo, é a maior operadora de TV a
cabo do país e uma das maiores do mundo. A sua rede de cabos tem, aproximadamente,
8.000 km de extensão, abrangendo 84 bairros e cerca de 2.200.000 residências [VIR
99a].
Tabela 4.1 — Rede de TV a cabo nos Estados Unidos
Casas atingidas pela rede 91 milhões de casas (98 % dos aparelhos de TV)
Casas servidas pela rede 56 milhões de casas (61 % dos aparelhos de TV)
Crescimento/penetração 5 % ao ano
Assinantes conectados com 30 a 54 canais 60 % dos assinantes
Taxa de instalação de fibra óptica 160 km/h
Mensalidade média US$ 30
Rendimento da indústria de TV a cabo US$ 23 bilhões por ano
Rendimento com propaganda US$ 3,5 bilhões por ano
71
CONCLUSÃO
BIBLIOGRAFIA
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76
GLOSSÁRIO
1. 100Base-T — Padrão de rede (IEEE 802.3u) também conhecido como Fast Ethernet
que suporta taxas de transferência de até 100 Mbit/s. Suporta diferentes tipos de
cabeamento: par trançado de 4 e 8 fios e cabos de fibra óptica.
2. 10Base-T — Padrão de rede semelhante ao 100Base-T e que suporta taxas de
transferência de até 10 Mbit/s e utiliza métodos de transmissão em banda base.
Baseado na especificação IEEE 802.3.
3. 2B1Q — two-binary, one-quaternary: Técnica de codificação de linha que
comprime dois bits binários de dados em um único estado de quatro níveis.
4. ABR — available bit rate: Taxa de bit disponível, que oferece uma capacidade
mínima garantida e permite que os dados sejam transmitidos em rajadas quando a
rede estiver livre.
5. AMI — alternate mark inversion: Codificação de linha usada em circuitos T1 e E1.
Os zeros são representados por “01” e os uns são representados alienadamente por
“11” e “00”. Algumas vezes, é chamado de binary coded alternate mark inversion.
6. AN — access node: Uma conexão ou ponto de comutação na rede. Executa também
vários tipos de conversão de protocolos.
7. Anatel — Agência Nacional de Telecomunicações: Criada pela Lei n.º 9.472, de
16/07/97, tem por finalidade promover o desenvolvimento das telecomunicações do
país, de modo a dotá-lo de uma moderna e eficiente infra-estrutura de
telecomunicações, capaz de oferecer serviços adequados, diversificados e a preços
justos, em todo o território nacional.
8. ANSI — American National Standards Institute: Fundado em 1918, é uma
organização voluntária composta por mais de 1.300 membros que criam padrões
para uma vasta gama de áreas técnicas, desde especificações elétricas até protocolos
de comunicação.
9. ATM — asynchronous transfer mode: Tecnologia de rede baseada na transferência
assíncrona de dados através de células ou pacotes de tamanho fixo. Suporta taxas de
transferência de 25 a 622 Mbit/s.
10. ATU-R — ATU-remote: Equipamento colocado nas
dependências do usuário que suporta serviços DSL. Esta denominação está sendo
substituída por CPE (customer premises equipment).
11. AWG — American wire gauge: Especificação do diâmetro do
fio. Quanto menor o número AWG, maior o diâmetro e, conseqüentemente, menor a
impedância.
12. Backbone — Barramento ou tronco principal que conecta os nós.
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