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UNIVERSIDADE DE PERNAMBUCO - UPE

ESCOLA POLITÉCNICA DE PERNAMBUCO

Escola Politécnica de Pernambuco


Curso: Engenharia Eletrônica
Disciplina: Sistemas de Telecomunicações
Professor: Hamiltom Rodrigues
Equipe:
André Ricardo
Fabio Oliveira
Marcos Tibúrcio
Marcus Vinícius
Otacílio Rocha

RECIFE
2

MARÇO DE 2003

Sumário

APRESENTAÇÃO............................................................................................4
INTRODUÇÃO.................................................................................................. 5
CONCEITO.........................................................................................................6
O QUE É XDSL?................................................................................................6
REDE DE ACESSO............................................................................................7
TIPOS DE ACESSO...........................................................................................9
MODULAÇÃO.....................................................................................................9
MODULAÇÃO QAM...........................................................................................10
MODULAÇÃO DMT E CAP................................................................................10
PADRÕES E ASSOCIAÇÕES...........................................................................13
MODEMS: AINDA EM ALTA..............................................................................14
COMPONENTES DE UMA REDE XDSL...........................................................15
REDE DO PROVEDOR DE SERVIÇOS (REDE DE ACESSO LOCAL)...........17
DSLAM................................................................................................................18
TIPOS DE TECNOLOGIAS DSL........................................................................18
DSL SIMÉRICO..................................................................................................19
HDSL - HIGH-BIT-RATE DIGITAL SUBSCRIBER LINE.............................19
SDSL - SYMMETRIC DIGITAL SUBSCRIBER LINE .................................21
HDSL 2 - HIGH-BIT-RATE DIGITAL SUBSCRIBER LINE 2.......................22
MSDSL – MULTI-RATE SDSL.....................................................................23
MSDSL COMERCIAL..............................................................................23
IDSL - ISDN DIGITAL SUBSCRIBE LINE...................................................24
G.SHDSL - MULTI-RATE AND EXTENDED REACH.................................25
VANTAGENS...........................................................................................26
DSL ASSIMÉTRICO...........................................................................................27
ADSL - ASYMMETRIC DIGITAL SUBSCRIBER LINE................................27
G.LITE OU FULL RATE ADSL?..............................................................31
ARQUITETURA DO SISTEMA ADSL.....................................................35
O PROTOCOLO PPPoE..........................................................................38
O COMPARTILHAMENTO DE UMA CONEXÃO ADSL.........................40
LIMITAÇÕES FÍSICAS............................................................................43
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RADSL – RATE-ADAPTAIVE DIGITAL SUBSCRIBER LINE.....................45


VDSL – VERY-HIGH-BIT-RATE DIGITAL SUBSCRIBER LINE.................47
HARDWARE................................................................................................49
VANTAGENS DO XDSL.....................................................................................53
DESVANTAGENS DO XDSL.............................................................................54
ADSL NO MUNDO.............................................................................................55
ADSL NO BRASIL..............................................................................................56
APLICAÇÕES DO XDSL....................................................................................60
PERSPECTIVAS................................................................................................61
CONCLUSÃO.....................................................................................................63
BIBLIOGRAFIA...................................................................................................64
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APRESENTAÇÃO

A abertura da Internet para fins comerciais, com o conseqüente crescimento de


usuários da rede, abriu novos mercados que estão se expandindo vertiginosamente.
Um deles é o mercado de Acesso Remoto, onde também se enquadram as
aplicações SOHO (Small Office/Home Office).

Para atender à crescente demanda desse mercado, os fabricantes de


microprocessadores, de equipamentos de comunicação de dados e as operadoras
de telecomunicações estão investindo pesados, desenvolvendo novas tecnologias
para melhorar o acesso remoto na última milha (last mile) e possibilitar aplicações
que exijam grande largura de banda. Este artigo apresenta algumas dessas
principais tecnologias, denominadas xDSL. Que se mostram como a alternativa mais
rápida e viável economicamente. Isto porque apesar do emprego de enlaces de
fibra óptica ser uma ótima opção sua implantação exigiria investimentos bilionários o
que a maioria das companhias não dispõem. E o tempo necessário para implantar
esta nova infra-estrutura levaria em torno de 10 a 20 anos o que seria muito
demorado. Além de que os bilhões de dólares de fios de cobre que já haviam sido
enterrados não poderiam ser simplesmente jogados fora. A melhor alternativa seria,
portanto, desenvolver uma tecnologia que atendesse as necessidades atuais de
comunicação aproveitando as instalações de telecomunicações já existentes.
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INTRODUÇÃO

Com o crescente avanço da tecnologia de redes de computadores e a


popularização da Internet, cada dia mais as pessoas estão descobrindo as
maravilhas de estar no escritório ou no conforto do lar e ter à mão uma quantidade
enorme de informações sobre qualquer assunto de seu interesse. Graças ao avanço
dos browsers, os usuários têm acesso a documentos em formato texto e/ou gráficos,
áudio e vídeo, além de uma grande quantidade de programas disponíveis para
download. O tamanho dos arquivos transmitidos está cada vez maior e o canal de
comunicação está saturado. Os usuários desejam um maior fluxo de dados e o
gargalo está justamente na tecnologia de transmissão.

A tecnologia hoje empregada na comunicação de dados são os modens


analógicos de canal de voz, que utilizam a estrutura de cabos telefônicos e a rede
pública comutada (POTS). Esta estrutura, que foi projetada inicialmente para
transmissão de voz, hoje incorpora avanços e oferece um maior número de serviços
a um custo mais acessível. Sinais digitais são convertidos em sinais analógicos e
transmitidos dentro das características dos sinais de voz. Os sinais de voz são
bastante diferentes dos sinais de dados: são analógicos e em tempo real. Os sinais
de dados, ao contrário, são sinais digitais e não necessariamente em tempo real.

Hoje se consegue até 56Kbits/s dentro do espectro de voz, definido para a


rede telefônica de 3,4 Khz, ou seja já se consegue enviar 16 bits de informação para
cada ciclo do sinal, ou cada hertz. No entanto, esta limitação da largura de banda
torna a transmissão insuficiente para as necessidades atuais e futuras.

A Internet se firma cada vez mais para fins comerciais “e-commerce”, e com o
crescente crescimento de usuários da rede, abriu novos mercados que estão se
expandindo vertiginosamente. Um deles é o mercado de acesso remoto, onde se
destaca a aplicação SOHO (Small Office/ Home Office). Para atender à crescente
demanda desse mercado, os fabricantes de microprocessadores, equipamentos de
comunicação de dados e operadores de serviços de Telecomunicações estão
investindo pesado no desenvolvimento de novas tecnologias para disponibilizar
serviços de Banda Larga.

As Companhias Telefônicas se depararam com um grande conflito, de um


lado o mercado ávido por serviços de Banda Larga, mas com alto custo de
implantação e do outro, a necessidade de dar aplicação a toda uma infraestrutura de
cabos de cobre espalhados por todos os lugares, principalmente nos centros
urbanos, mas com grandes limitações à comunicação de dados.

Foi daí que resolveram adotar no sistema telefônico uma tecnologia de


transmissão que foi desenvolvida na metade da década de 90 pela Bellcore Corp.,
que é chamada DSL. Inicialmente desenvolvida para prover serviços de vídeo on-
demand (expressão que abrange um amplo conjunto de tecnologias e companhias
cujo objetivo comum é permitir que os usuários selecionem um programa de TV ou
filme em um servidor de vídeo e assistam-no através de um televisor ou monitor de
computador), aplicações de TV interativa, home- shopping, home-banking e outros
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98 serviços sobre fios de par trançado, mas que não teve viabilidade comercial
porque a maioria destes serviços estão todos disponíveis na Internet.

Portanto a tecnologia DSL acabou sendo empregada pelas companhias


telefônicas para disponibilizar Banda Larga aos seus assinantes, sem ser preciso a
realização de grandes investimentos, otimizando toda a infraestrutura de cabos de
cobre já instalada, além de se manter competitiva no mercado frente às empresas
de comunicação de dados pra quem tem pouco a pouco perdido clientes.

CONCEITO

A tecnologia DSL, termo abreviado de Digital Subscriber Line, ou ainda Linha


Digital de Assinante, utiliza técnicas digitais de processamento de sinais com
freqüências de até 2,2 Mhz ser interferir na faixa de voz. Permitindo transportar
dados a altas taxas através de uma linha telefônica. Isto é possível devido a
otimização da utilização da largura de banda do par metálico com velocidades que,
dependendo do comprimento do par e da freqüência do sinal, variam de 128 Kbps a
52 Mbps.

Em uma linha telefônica comum, chamada algumas vezes de POTS, é usado


um sinal analógico para transferir informação de áudio (voz) do usuário até a central
telefônica. A partir daí, o sinal entra na PSTN. Um modem comum modula e
converte o sinal digital proveniente do computador em um sinal analógico, e o
transmite através desta linha telefônica. Na outra ponta, outro modem recebe o sinal
analógico e faz a conversão deste para um sinal digital.

O “modem” DSL envia os dados digitais diretamente do computador para a


central telefônica. A partir daí, o sinal de voz é separado do sinal de dados que entra
na rede Multiserviços digital que interconecta as centrais – ATM ou Frame Relay. O
termo modem é impróprio, já que ele não faz modulação/demodulação do sinal. A
denominação linha digital de assinante também é errônea, pois o que constitui DSL
não é a linha em si, mas sim um par de modems existentes nas pontas desta.

Usando o sistema telefônico atual – o loop local da rede telefônica –, a


tecnologia DSL oferece acesso a altas velocidades de transmissão e reduz a carga
sobre a rede telefônica pública. Os provedores do serviço acreditam que DSL irá
oferecer um sistema conveniente para satisfazer a exigência de largura de banda e
irá propiciar a criação de novos serviços de rede sem grandes investimentos de
capital. As companhias de telecomunicação viram no DSL uma oportunidade de
alavancar a demanda por parte do consumidor de um acesso mais rápido.

O QUE É XDSL?

XDSL é um termo genérico utilizado para representar todas as tecnologias


DSL. A letra X pode representar uma das seguintes implementações:
"S", de Symmetric ou ainda Single-line-high-bit-rate;
“"I", de ISDN;
"H", de High-bit-rate;
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"A", de Asymmetric;
"V", de Very-high-bit-rate.

A introdução da transmissão XDSL nas linhas de assinantes não altera em


nada a inteligência presente na rede telefônica atual, pois são apenas técnicas de
transmissão. Na verdade pressupõe-se que seja uma forma de “bypass” da rede
comutada a 64 Kbit/s, pois a comutação dos sinais de alta velocidade da linha XDSL
seria inviável nas centrais telefônicas atuais por razões de dimensionamento de
tráfego. Pelo fato da passagem de dados se dar através de linha dedicada, a
velocidade de transmissão do cliente até a central é fixo. Ao Contrário do Cabo-
Modem que utiliza o acesso compartilhado, o que pode tornar o sistema lento em
horários de pico, dependendo do dimensionamento.

É possível utilizar equipamentos XDSL em diversos locais da rede telefônica


para tornar mais eficiente a utilização dos pares de cobre, pois através dessas
técnicas é possível conectar duas linhas telefônicas no mesmo par. Por isso é
possível que nossos telefones já estejam usando equipamentos XDSL sem que
tenhamos percebido.

Como a tecnologia DSL é basicamente de camada física, as transmissões


são transparentes a protocolos. Sendo assim, tem-se funcionalidades multiprotocolo,
podendo ser utilizados diversos protocolos com IP, IPX, PPP, Frame Relay, ATM,
etc.

REDE DE ACESSO

As redes telefônicas, ou redes de acesso, atualmente instaladas representam


um imenso capital investido. Esta estrutura, projetada inicialmente para serviços de
voz, sofreu modificações e atualizações em sua infra-estrutura ao longo dos anos, a
fim de aproveitar os avanços tecnológicos nas técnicas de transmissão e
comutação. Em particular, instalações baseadas em fibra óptica existem na maioria
das redes telefônicas ao redor do mundo. O uso de fibra óptica aprimorou a
qualidade dos serviços, aumentou a capacidade de tráfego suportado pelo
backbone e reduziu os custos operacionais. Também estimulou o uso do Estágio
Remoto de Assinante, ou URA, que são partes das centrais, instaladas remotamente
e interligadas as centrais mãe, onde o processamento é realizado. Os sinais digitais
são enviados pela Central Telefônica via fibra óptica até a URA, onde são
convertidos em sinais analógicos e distribuídos na rede metálica convencional até os
assinantes. Este tipo de configuração é na maioria das vezes utilizada no
atendimento a lugares mais distantes da Estação, lugares estes que se fossem
atendidos por cabos metálicos, devido a atenuação dos seus pares teriam a
qualidade do sinal comprometido. È necessário à instalação de interfaces XDSL nas
URA`s para que seus assinantes possam usufruir dos serviços, mas estas interfaces
não são baratas.

Uma grande quantidade de serviços está disponível atualmente para uso das
centrais telefônicas Entretanto, a situação é bem diferente quando se observa o loop
local. O usuário final está conectado a um armário de distribuição pelo par trançado
de fios de cobre (rede secundária). Este armário concentra todos os loops locais e
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os conecta com uma central telefônica (rede primária). Estas centrais, por sua vez
estão ligadas entre si através de uma rede composta de anéis ópticos.

Limitações da Rede de Acesso

Alguns usuários estão localizados a uma distância muito grande da central


telefônica e necessitam de um loop local muito longo. Um problema que surge daí é
a atenuação do sinal ao atravessar o meio, piorando a relação sinal/ruído. Para
contornar este problema são usadas bobinas (potes de pupinização) a cada 1,8 km,
para modificar as características elétricas da linha – indutores, atuam como filtros
passa-baixa –, limitando a faixa dinâmica em 3,3 kHz e permitindo uma melhor
qualidade do sinal de voz. Essas bobinas são incompatíveis com as altas
freqüências de transmissão de DSL e devem ser removidas. Sem elas, é possível
transmitir sinais com freqüências da ordem de MHz, embora com substancial
atenuação. Atenuação essa que aumenta proporcionalmente com a distância e com
a freqüência.

Um dos fatores que podem diminuir a atenuação dos cabos com a freqüência
é o diâmetro dos mesmos. Na tabela seguinte ilustram-se velocidades de
transmissão possíveis em função da distância e do diâmetro do fio.

As configurações de laço de assinante variam tremendamente. Em alguns


países, a distância de 5,5 km cobre virtualmente todos os assinantes; em outros
países, como os Estados Unidos, esta distância cobre menos de 80 % dos
assinantes. O restante corresponde exatamente aos 20 % das linhas que utilizam
bobinas para melhorar o sinal de voz.

Emendas nos cabos também podem atrapalhar a transmissão de dados. DSL só


pode ser suportado através de laços contínuos de cobre. A Bellcore estima que uma
linha telefônica típica (Estados Unidos) passe por 22 trechos de fios durante o seu
percurso.

Outro fator que podem influenciar a qualidade e conseqüentemente a


velocidade da comunicação é a presença de bridged-taps. Estas se traduzem por
extensões do par de cabos em paralelo com a linha que foram deixadas abertas
quando na instalação ou alteração da mesma.
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TIPOS DE ACESSO

Em relação às operadoras de telefonia poderemos ter dois tipos de acesso :

1. Acesso Partilhado
Na variante de acesso partilhado, o serviço de voz e os serviços de banda
larga, ainda que prestados sobre o mesmo lacete local, são disponibilizados,
respectivamente, por uma outra empresa de comunicações especializada neste
serviço e pelo operador de sua preferência.

O acesso partilhado permite que o espectro do lacete local seja partilhado por
esta empresa de especializada e pelo operador de sua preferência, sendo o
espectro de freqüência mais elevado (freqüências não vocais) utilizado para a
prestação de serviços baseados em tecnologias xDSL.

Esta forma de acesso permite que a empresa especializada em acesso


continue a oferecer o serviço telefônico, permitindo simultaneamente que o operador
de sua preferência preste serviços de transmissão de dados de alto débito utilizando
o seu próprio equipamento xDSL, sobre o mesmo lacete local. A divisão do espectro
é garantida pela colocação de um filtro nas instalações do utilizador final e de um
filtro na central de comutação local.

O pedido de acesso partilhado não dará lugar à extinção do contrato, relativo


ao lacete local em causa, que o titular, tem com a empresa de especializada neste
serviço.

2. Acesso Completo
Na variante de acesso completo, o operador de sua preferência tem controle total
sobre o lacete local de modo a fornecer ao utilizador serviços de voz e serviços de
banda larga.

O acesso completo permite que o espectro do lacete seja utilizado, na sua


totalidade, pelo operador de preferência.

O pedido de acesso completo dará lugar à extinção do contrato, relativo ao


lacete local em causa, que o titular, e signatário do pedido, mantinha uma outra
empresa de comunicações especializada neste serviço.

MODULAÇÃO

Há muitos modos para alterar o sinal da portadora de alta freqüência que


resulta em uma onda modulada. Novos esquemas de modulação digital tiveram que
ser desenvolvidos para satisfazer os requisitos especiais dos sistemas xDSL: severa
limitação de faixa e compatibilidade com outros serviços no mesmo par e/ou em
outros pares do mesmo cabo, além disto estes sistemas ainda passam por etapas
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de padronização. Veremos a seguir os principais passos que estão sendo dados


neste sentido:

MODULAÇÃO QAM

Tanto o CAP quanto o DMT, que são os dois sistemas de modulação


utilizados em ADSL , que serão explicados em seguida utilizam a mesma modulação
fundamental, a técnica Quadrature Amplitude Modulation (QAM), mas diferem do
modo como eles aplicam isto. Portanto é importante ter um conhecimento, mesmo
que superficial, do sistema QAM.

O QAM é um processo de conservação de largura de banda, usada


habitualmente em modem, que habilita dois sinais de portador digital para ocupar a
mesma largura de transmissão. Com QAM, são utilizados dois sinais de mensagem
independentes para modular dois sinais de portador que têm freqüências idênticas,
mas diferem em amplitude e fase para superar ruído e interferência no par trançado.
Abaixo temos uma notação do sistema QAM sobre os eixos seno e co-seno:

Seno Seno

Coseno

4 QAM 16 QAM
Quantos mais pontos forem utilizados mais bits poderão ser transmitidos por
unidade de sinal (baud).

MODULAÇÃO DMT E CAP

Há dois tipos de modulação para transmissões DSL. Vejamos os princípios


básicos destes tipos de modulação:

CAP
A modulação CAP (Carrier-less Amplitude/Phase) determina uma outra
versão de modulação QAM, na qual os dados modulam uma única portadora, que
depois é transmitida na linha telefônica. Antes da transmissão, a portadora é
suprimida e, depois, é reconstruída na recepção. A portadora em si não carrega
informações. A CAP adota o esquema de codificação multinível, para representar
grupos de 3 a 8 bits, ou seja, 8 ou 16 símbolos. Uma única combinação de amplitude
do sinal e mudança de fase representa cada um símbolo (3 a 8 bits).
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A geração de uma onda modulada que leva mudanças de amplitude e fase


não é fácil. Para superar este desafio, aversão de CAP de QAM armazena partes de
um sinal de mensagem modulado em memória e então reagrupa as partes na onda
modulada.

Antes de ser estabelecido o fluxo de dados o sistema CAP testa a qualidade


da linha de acesso e instrumentos transformando-o na versão mais eficiente de
QAM. Para assegurar desempenho satisfatório para transmissão de sinais
individuais. A modulação CAP normalmente é baseada em FDM

DMT
A modulação DMT (Discrete Multi-Tone) - que foi selecionada como padrão
pela ANSI (American National Standards Institute) através da recomendação T1.413
e, posteriormente, pela ETSI (European Telecommunications Standards Institute) -
descreve uma técnica de modulação por multi-portadoras, na qual os dados são
coletados e distribuídos sobre uma grande quantidade de pequenas portadoras, com
cada uma utilizando um tipo de modulação analógica QAM (Quadrature Amplitude
Modulation), que, por ser até hoje é usada nos modems analógicos V.32/V.34
nossos velhos conhecidos 33 Kbps, é uma técnica já dominada e de relativo baixo
custo. Os canais são criados utilizando-se técnicas digitais conhecidas como
Discrete Fast-Fourier Transform para criar e demodular portadoras individuais.

A modulação DMT (Discrete Multi-Tone) é relativamente nova, e ao contrário


da modulação CAP, divide o espectro de freqüência de 1.1 Mhz, existente em um
par de cobre de até 4 Km, em 256 portadoras de 4 Khz cada um para a transmissão
downstream, e 20 portadoras de 4 Khz para a transmissão upstream. Com isto é
possível as seguintes velocidades teóricas, usando 8 ou 16 bits por portadora:

Upstream (Usuário para Internet) Downstream (Internet para Usuário)


20 x 8 x 4 Khz = 640 Kbps, ou 256 x 8 x 4 Khz = 8.192 Khz
20 x 16 x 4 Khz = 1.280 Kbps 256 x 16 x 4 Khz = 16.384 Khz

O DMT utiliza algoritmos de compactação para codificar e compactar sinais


de dados em 256 subcanais em incrementos de 32 kilobits. O DMT essencialmente
envia dados em 256 freqüências discretas ao mesmo tempo. Ele utiliza freqüências
diferentes ou subcanais, para a parte upstream da rede e outros subcanais
(freqüências) para a transmissão downstream, da rede da concessionária para o
cliente. A velocidade máxima da transmissão upstream é um megabit. A velocidade
de transmissão mais alta no downstream é de 8 megabits ou 8 milhões de bits por
segundo.

ADSL não pode usar um sistema banda-base porque tem que ser compatível
com POTS (Plain Old Telefone System, ou sistema telefônico tradicional), que usa a
de zero a 4kHz, Para distâncias de até 4000m, a faixa utilizável vai então de 10kHz
até cerca de 1Mhz. Em DMT, esta faixa é subdividida em 256 subcanais de 4 kHz
cada um. Com base na medida da qualidade de cada um destes subcanais na linha
instalada, uma taxa de bits adequada é alocada a cada um deles. Assim, regiões do
espectro que estejam contaminadas por ruído ou interferência de outros sistemas
que usam o mesmo cabo são automaticamente evitadas.
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Um problema na instalação de ADSL é a possível preexistência de outros


serviços de alta velocidade usando o mesmo cabo. Estudos mostram que densidade
espectral de potência do sinal transmitido em ADSL na modulação DMT pode ser
otimizada para obter compatibilidade com sistemas T1, HDSL, e ISDN de faixa
estreita (taxa básica de acesso), operando no mesmo enfeixamento (brinder group)
ou em enfeixamento vizinhos do mesmo cabo. A compatibilidade é facilitada pela
natureza assimétrica de ADSL, que favorece o sentido descendente (downstream);
no sentido ascendente (upstream), os sinais podem se originar em pontos distantes
entre si, chegando ao cabo em níveis desiguais de potência, o que agrava de
potência, o que agrava a incidência de diafonia: é por isso que o canal ascendente é
sempre alocado nas faixas inferiores de freqüência, onde a diafonia é menos
intensa.

Da mesma forma da modulação CAP, um teste acontece no início do trafego


das mensagens a fim de determinar a capacidade de envio de cada subcanal e os
dados entrantes são separados em uma variedade de pedaços e distribuídos a uma
combinação específica de subcanais base do na habilidade delas para transporte de
informação. Num caso mais grave, um transceptor ADSL baseado em DMT possui a
habilidade de bloquear completamente um subcanal se ele se torna muito ruidoso. A
vantagem mais significativa da DMT é sua habilidade de se adaptar dinamicamente
às condições da linha como forma de obter o máximo fluxo de dados por canal,
sendo possível ao transceptor DMT adaptar-se às condições da linha durante todas
as transmissões subseqüentes, assim pode-se atingir por este sistema a mais
elevada taxa de transferência possível em qualquer linha telefônica dada. Por esta
razão, o transceptor DMT tem sido chamado, algumas vezes, de “Transceptor
Otimizado”.

A modulação DMT também tem desvantagens: será inicialmente mais caro


que CAP, e é muito complexo. Uma variante de DMT, o Discrete Wavelet multi-tone
(DWMT), entra em um passo mais adiante em complexidade e desempenho criando
mais isolamento até mesmo entre subcanais. Quando completamente desenvolvido
o DWMT poderia se torna o protocolo padrão do ADSL para transmissão em
ambientes com interferência alta. Outras versões de DMT, incluindo DMT
Sincronizado e "Zipper" estão sendo propostos para uso com VDSL.

Para a criação de múltiplos canais na linha, os modems ADSL podem dividir o


espectro da linha telefônica de duas formas:
1. FDM - divisão na freqüência
2. Cancelamento de eco

Em FDM o espectro é divido em duas bandas upstream e downstream. A


banda de downstream é por sua vez dividida no tempo (TDM) num ou mais canais
de alta capacidade. O canal de upstream é dividido em canais de baixa capacidade.

No caso do modo de cancelamento de eco a banda de upstream está


sobreposta á de downstream e os dois canais são multiplexados por via do
cancelamento do eco gerado localmente, técnica usada na norma V.32 e V.34 . Para
a realização deste modo são utilizados circuitos híbridos. O cancelamento de eco
usa largura de banda mais eficazmente, mas a complexidade faz aumentar os
custos. Tanto para FDM e cancelamento de eco, utilizam um filtro (splitter) de POTS
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(plano antigo de serviço telefônico) para dividir fora 4kHz para serviço de voz. Isto
significa que podem ser transmitidos POTS a ADSL no mesmo fio, eliminando a
necessidade de ter POTS para separar o canal de voz.

Abaixo vejamos figuras representativas de como cada um dos dois modos de


modulação está distribuído no espetro de freqüências:

Espectro do sistema FDM

Espectro do sistema por cancelamento de eco

PADRÕES E ASSOCIAÇÕES

O American National Standart Institute (ANSI), trabalhando no grupo T1E1.4,


aprovou recentemente um padrão de ADSL a taxas de até 6.1 Mbps (ANSI Padrão
T1.413). O European Technical Standart Institute (ETSI) contribuiu com um anexo a
T1.413 refletindo as exigências européias. T1.413 incorpora uma única interface
terminal. A Edição II ampliará o padrão para incluir uma interface de multiplexação
nos terminais, protocolos para configuração e administração de cadeia, entre outras
melhorias.

O ATM Fórum e DAVIC, ambos reconheceram o ADSL como um protocolo de


transmissão de camada física para pares trançados sem blindagem. O ADSL Fórum
foi formado em dezembro de 1994 para promover o conceito de ADSL e facilitar o
desenvolvimento de arquiteturas de sistema ADSL, protocolos, e interfaces para as
principais aplicações ADSL. O Fórum tem aproximadamente 300 membros que
representam os provedores de serviço, fabricantes de equipamento, e companhias
de semicondutores de todo o mundo.
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Há ainda um sistema de modulação quaternária em banda básica conhecido


como 2B1Q (no qual cada 2 dígitos binários são codificados por 1 quinário) que foi
padronizado pela ANSI ( American National Standard Institute) para HDSL.

MODEMS: AINDA EM ALTA

Muitos profetizam o fim dos modems com a introdução e a adoção dos


serviços digitais. Contudo, não só os modems não estão em baixa como seu uso
vem experimentando uma considerável alta.

Qual o motivo do aumento de demanda? O aumento do número de PCs nas


residências e uso exponencial da Internet, sem dúvida são fatores catalisadores.
Além destes as inovações tecnológicas como a introdução do modem v.34 e a
adoção de PCMCIA (Personal Computer Memory Card International Association,
uma interface padronizada encontrada nos notebooks, laptops e palmtops)
também têm contribuído neste sentido.

Hoje me dia os modems utilizados são os voice-modems que têm as suas


limitações.Um modem consegue transmitir em modo simétrico até 28.8Kbps por uma
linha telefônica normal e ninguém acredita que sejam conseguidas velocidades
superiores a 36.6Kbps. Estes modems utilizam uma largura de banda de 4KHz , ou
seja, modems utilizando a norma V.34 conseguem colocar 10 bits por cada Hertz de
largura de banda, formando para isso constelações de 13 bits (8192 pontos em
QAM), o que está teoricamente nos limites da capacidade daquele canal . Mesmo
assim estas velocidades só são conseguidas em duplex devido a algoritmos
avançados de processamento digital de sinal.

Por outro lado, houve recentemente o desenvolvimento de uma das mais


excitantes tecnologias de modem: a DSVD (Digital Simultaneous Voice and Data)
em que voz e dados podem ser transmitidos simultaneamente através de um meio
único.

Os modems DSVD propiciam ao usuário os benefícios do uso otimizado da


linha telefônica em que voz e dados compartilham os mesmos recursos
simultaneamente. Neste esquema, a linha poderá ser compartilhada por um ou mais
usuários. Os modems com transmissão simultânea de voz e dados (modems SVD,
ou Simultaneous Voice and Data) operam de duas maneiras. Na primeira, a voz é
digitalizada, empacotada e multiplexada com dados. Este modem é conhecido
DSVD. Na segunda, a voz é transmitida na sus forma analógica, e canais separados
para a voz e informação de controle devem existir, reduzindo, assim, a taxa de
transmissão. O modem operando desta maneira é conhecido como ASDV (analogue
Simultaneous Voice e Data).

O DSVD trata toda a informação enviada digitalmente. Os pacotes de voz são


priorizados em relação aos de dados. A degradação na velocidade e na qualidade
da informação é mínima.
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A tecnologia DSDV está disponível nos Estados Unidos e na Europa. O seu


desenvolvimento ocorreu sem que uma padronização fosse de antemão concebida.
E isto deverá ser o próximo passo.

Os modems DSL usam cablagem do tipo twisted-pair que tem uma largura de
banda dos 0 até aos 80KHz. Estes modems fazem a transmissão por dois fios
independentes. Sendo a tecnologia xDSL um tipo de transmissão analógica – para –
digital, um modem básico xDSL transmite dados em ambos diretórios
simultaneamente a 160 kbit/s sobre linhas de cobre acima de 5,5km. Utilizando este
sistema poderemos chegar em velocidades de até 8Mbps. Isto é aproximadamente
143 vezes mais rápido do que o acesso em 56Kbps.

Recentemente foram testados, com êxito, modems ADSL em mais de 100


companhias de telefone nos EUA, operadoras de telecomunicações, e milhares de
linhas foram instaladas com tecnologias variadas na América Norte, Europa e Ásia.
Algumas companhias telefônicas planejam diversas alternativas de mercado que
usam o ADSL, principalmente porque têm acesso a dados, mas também incluindo
aplicações em vídeo compras on-line, jogos interativos, e programação educacional.

As companhias de semicondutores introduziram transceptores de chipsets


que já estão sendo usados como alternativa de mercado para os modems. Estes
chipsets combinam os componentes comuns, processadores digitais programáveis e
customização da ASICS. O investimento efetuado pelas companhias de
semicondutores aumentou a funcionalidade, reduziram custos, baixou o consumo de
energia, possibilitando o desenvolvimento em massa de serviços baseados em
ADSL.

Além de codificação de linha e compactação, os modems DSL têm outras


funções como:
1. Correção de erro
2. Monitoramento de desempenho
3. Encaminhamento

A funcionalidade de encaminhamento permite que múltiplos computadores


pessoais compartilhem uma linha de DSL. Por exemplo, em residências, enquanto
uma criança joga videogame baseado na Internet, seu pai pode estar trabalhando
remotamente. Ambos podem estar on-line simultaneamente utilizando uma conexão
de DSL e um modem de DSL com um roteador embutido. A conexão do modem
para o computador é uma conexão Ethernet 10base-T.

Um modem xDSL agrega e organiza a informação em tramas que são


multiplexadas formando canais (TDM) , e associando a cada um deles códigos de
correção de erros . O receptor corrige os erros que ocorrem durante a transmissão
de acordo com a dimensão do código corretor e o tamanho do bloco utilizado. Se o
utilizador pretender, a informação pode ser agrupada em super-tramas , deste modo
é possível detectar erros num certo número de bits independentemente do tipo de
tramas a que estes pertencem.
16

COMPONENTES DE UMA REDE xDSL

A seguir vemos a estrutura simplificada de uma rede xDSL e seus


componentes básicos:

Como se pode ver na figura anterior uma rede xDSL é formada por vários
componentes :
• um modem xDSL
• POTS splliters - servem para separar o canal de voz do canal de informação
• DSLAM - é o com maior inteligência num sistema xDSL , é uma central com
modems xDSL e SAMs (Service Acess Multiplexer ) ,e faz interface com um
NSP s ATM ou com um Frame Relay backbone .

A arquitetura básica que permite transmitir dados digitais em alta velocidade


através da rede telefônica é composto pelo par trançado telefônico e alguns
equipamentos adicionais. Do lado do usuário está situado o POTS splitter, que
separa os sinais de dados digitais dos sinais de voz. Neste dispositivo são
conectados o telefone e o modem DSL. Uma boa alternativa é ligar um hub para
compartilhar a conexão entre várias estações de trabalho.

A linha de assinante sai da residência do usuário, conecta-se a um armário de


distribuição e daí vai para a central telefônica. Já dentro da central telefônica, entra
no multiplexador DSLAM, que separa o tráfego de voz e dados. Os dados são
enviados para uma rede ATM, por exemplo, enquanto o tráfego de voz é passado ao
comutador telefônico do POTS. Esta estrutura pode variar, em função dos diferentes
tipos de xDSL existentes.
17

Arquitetura DSL
SISTEMA DE TRANSPORTE

Fornece uma interface entre o backbone e o sistema DSLAM. Este dispositivo


pode fornecer vários tipos de serviço: T1/E1, T3/E3, OC-1, OC-3, STS-1, e STS-3.

REDE DO PROVEDOR DE SERVIÇOS (REDE DE ACESSO LOCAL)

Utiliza como base a rede que interconecta as centrais telefônicas e promove


conectividade entre os múltiplos provedores de serviços e os usuários. Para isso,
devem ser instalados equipamentos adicionais, como switches Frame Relay ou
ATM. Existe o conceito de nó de acesso (AN), que é o local onde os equipamentos
de comutação e roteamento estão fisicamente localizados. Dependendo do tamanho
da rede de acesso e dos custos associados com o transporte, podem existir mais de
um AN por rede local (LAN), criando uma estrutura sobreposta à rede de
interconexão das centrais telefônicas. Em alguns casos, este nó está integrado no
próprio DSLAM.

A rede de acesso consiste dos loops locais e do equipamento associado que


conecta o usuário à central telefônica. Alguns usuários estão localizados a uma
distância muito grande da central telefônica e necessitam de um loop local muito
longo. Um problema que surge daí é a atenuação do sinal ao atravessar o meio,
piorando a relação sinal/ruído. Para contornar este problema são usadas bobinas
(loading coils) a cada 1,8 km, para modificar as características elétricas da linha –
indutores, atuam como filtros passa-baixa –, limitando a faixa dinâmica em 3,3 kHz e
permitindo uma melhor qualidade do sinal de voz. Essas bobinas, que compõem até
20 % dos laços locais, são incompatíveis com as altas freqüências de transmissão
de DSL e devem ser removidas. Sem elas, é possível transmitir sinais com
freqüências da ordem de MHz, embora com substancial atenuação. Atenuação essa
que aumenta proporcionalmente com a distância e a freqüência.

As configurações de laço de assinante variam tremendamente. Em alguns


países, à distância de 5,5 km cobre virtualmente todos os assinantes; em outros
países, como os Estados Unidos, esta distância cobre menos de 80 % dos
18

assinantes, o restante corresponde exatamente aos 20 % das linhas que utilizam


bobinas para melhorar o sinal de voz.

O outro procedimento utilizado para melhorar o sinal de voz é o uso de


terminais remotos ou nós de acesso remotos e a criação de áreas de distribuição
com loops de, no máximo, 1,8 km, onde os sinais são terminados, agregados e
enviados de volta à central telefônica, que hospeda o equipamento de comutação e
transmissão. Este retorno, feito através de circuitos T1/E1, pode ser feito através de
fios de cobre – usando HDSL – ou fibra óptica. Em áreas suburbanas, estas áreas
de distribuição conectam uma média de 1.500 pontos telefônicos, enquanto que nas
áreas mais centrais essa densidade chega a 3.000 pontos por área. Esses números
diminuem à medida que crescem as taxas de dados. Um sistema FTTC oferecendo
taxas STS-1 – 51.840 Mbit/s, com alcance de 300 m – conecta cerca de 20 pontos.

DSLAM

O DSLAM (digital subscriber line access multiplexer) está localizado na


central telefônica e é a pedra fundamental da solução DSL. Funcionalmente, o
DSLAM agrega o tráfego de dados dos múltiplos loops DSL no backbone. Fornece
serviços a aplicações baseadas em pacotes, células ou circuitos, concentrando
também os canais DSL em saídas 10Base-T, 100Base-T, T1/E1, T3/E3 ou ATM.
Caso seja necessário, o DSLAM é capaz de abrir os pacotes de dados, podendo
suportar endereçamento IP dinâmico usando-se DHCP. Suporta uma grande
quantidade de serviços, protegendo os investimentos à medida que a tecnologia e o
mercado DSL avançam, bastando para isso a troca de placas e componentes
modulares. É flexível, pois suporta codificação CAP, DMT e QAM. É compatível com
NEBS, permitindo fácil ampliação e manutenção. Oferece também compatibilidade
com NMS e SNMP.

Um ISP que queira competir com a companhia telefônica local deve,


inicialmente, tornar-se um CLEC. A partir daí, basta alugar a fiação de cobre entre
cada usuário e a central, onde deve estar localizado o DSLAM. Este concentra um
certo número de linhas de assinante em um único canal ATM. A partir daí, é
necessário pegar o tráfego de saída do DSLAM (células ATM ou quadros) e
transportá-lo até onde estiver localizado o roteador primário de acesso à Internet.

Existem dois tipos de DSLAM: um localizado na central telefônica, capaz de


suportar e concentrar uma grande quantidade de canais e o DSLAM remoto,
localizado no sistema DLC, nas vizinhanças dos usuários e locais públicos.

TIPOS DE TECNOLOGIAS DSL

Existem alguns tipos diferentes de DSL, mas podemos agrupá-los em DSL


simétrico e DSL assimétrico, cujos detalhes, características e aplicações de cada
tipo serão descritos posteriormente.
19

DSL simétrico (SDSL) que é otimizado para navegar na rede proporcionando


ao cliente mais largura de banda, dando forma à rede. Tem a mesma taxa de
transmissão de dados upstream (do desktop à Central Office) e de downstream (da
Central Office ao desktop).

DSL assimétrico (ADSL) que é projetado para apoiar aplicações como Web
hosting, computação interativa e acesso à Internet. Oferece transferência de dados
mais rápida na direção do downstream do que na direção oposta. Em outras
palavras, os usuários podem receber dados em velocidade bem maior que aquela
em que podem enviar. Como sabemos a aplicação clássica do ADSL consiste em
serviços de internet rápida para o usuário doméstico, tal como esta tecnologia vem
se disseminando no Brasil.

DSL TIPO SIMÉTRICO


(Digital Subscriber Line)

HDSL - HIGH-BIT-RATE DIGITAL SUBSCRIBER LINE

A tecnologia HDSL é essencialmente uma extensão do DSL, é simétrica


provendo a mesma largura de banda de upstream e de downstream. HDSL é a
tecnologia xDSL mais madura, e já tinha sido implementada em alimentadores de
plantas telco (linhas que estendem do escritório central para nódulos remotos) e
também em ambientes de campus(universitário). HDSL Tem dois ou três fios de par
trançado o que faz dele ideal para conectar sistemas PBX, laços digitais locais, IEC
pontos de presença(POPs), servidor Internet, e redes baseadas em campus.

Possibilita comunicação simétrica a velocidades T1 (1,544 Mbps) com dois


pares de fios metálicos ou E1 (2,048 Mbps) com três, a distâncias de até 4 Km.
Muitos fabricantes já apresentaram modems HDSL E1 para uma distância máxima
de 5,5 Km e, dependendo do hardware e das características elétricas do fio, pode
chegar até uns 7 Km sem repetidores. A tecnologia HDSL atualmente fornece a
solução mais rápida e de menor custo para oferecer canais digitais E1/T1 em nível
de usuário com qualidade comparável a de fibra ótica.

Os modems HDSL (High-bit-rate Subscriber Line) foram os primeiros a serem


introduzidos no mercado e marcaram uma revolução para as operadoras de
telefonia e também para os clientes comerciais. Estes modems permitem velocidade
de até 2 Mbit/s sobre dois pares de fios da rede telefônica até uma distancia de 5,5
Km. A comunicação é simétrica: pode-se enviar e receber simultaneamente a 2
Mbit/s. A CTBC Telecom foi a primeira Operadora no Brasil a utilizar o serviço
comercialmente. Esta tecnologia é muito boa para conectar PABX's à central
pública, ou para a interligação de redes locais e acesso 2 Mbit/s para Provedores
Internet. Boa para o cliente, pois dá a ele um serviço rápido, veloz e com qualidade
muito superior aos acessos analógicos e boa para as operadoras pois representa
uma economia de custos: pode se enviar 30 canais de voz (linhas telefônicas) em
20

apenas 2 pares de rede, em vez dos 30 pares necessários no sistema analógico. A


rede física é responsável pelos os maiores investimentos para implantação do
serviço de telefonia. Esta tecnologia já está consolidada e cresce velozmente em
todo mundo.

Funcionamento do HDSL

O HDSL permite que organizações públicas e privadas façam um uso


otimizado de um dos seus maiores valores, o par de fios de cobre implantado. O
HDSL transforma o par de fios de cobre, que era apenas visto como uma simples
linha para telefone, em canais digitais de alta velocidade com capacidade de prover
serviços avançados, não somente para corporações e pequenos negócios, mas
também para residências. Hoje, a aplicação mais destacada do HDSL é para prover
serviços digitais avançados em enlaces de usuários finais de corporações.

O HDSL utiliza eletrônica avançada, permitindo às organizações privadas e


empresas de telecomunicações usar o par de fios de cobre, com qualidade
comparável à da fibra ótica, sem Ter que condicionar de alguma forma o par de fios
já existente. Ultimamente o HDSL tem encontrado sua maior aplicação entre
usuários finais e na redução de custos, porque ele quadruplica a distância que um
sinal digital pode viajar sem a necessidade de amplificação ou regeneração.

O funcionamento básico do HDSL pode ser mostrado como segue. Um cartão


compatível é instalado no lado da central e outro cartão é instalado no ambiente do
usuário dentro num equipamento chamado de NT, terminação de rede, (network
terminating) porém de propriedade da companhia telefônica, ou também em dois
locais separados em uma área privada. Estes sistemas usam avançados circuitos
integrados, que utilizam técnicas complexas de processamento digital de sinal DSP
(Digital Signal Processing) e algoritmos de codificação, modulação e entrelaçamento
dedicados.

O HDSL possui técnicas eficientes para manter ou recuperar a integridade do


sinal face às imperfeições do par de fios de cobre, permitindo uma transmissão
perfeitamente equalizada e constantemente adaptada para compensar as distorções
do par de fios de cobre. Este ajuste ocorre continuamente, para que o sinal de
transmissão não seja degradado ao longo do fio devido a alterações das
características físicas que o par venha a sofrer ao longo do tempo.

As grandes vantagens do HDSL

Benefícios mais significativos que podem ser conseguidos com o uso do


HDSL estão relacionados principalmente com o fornecimento de serviços digitais
avançados. Para isto o HDSL apresenta as seguintes vantagens:

O HDSL diminui o custo da Instalação de linhas T1/E1, e diminui


significativamente o tempo necessário para sua instalação. Permite que você
estenda a conectividade usando par de fios de cobre com bitola padrão, 24 ou 26
AWG (φ: 0,5 ou 0,4 mm), em distâncias até 7 Km.
21

Os algoritmos de processamento adaptativo do sinal oferecidos pelo HDSL,


resultam em uma transmissão de qualidade melhor que T1/E1 com repetidores. No
lado remoto da linha, o HDSL usa uma porção mínima de energia da central (baixo
consumo).

A solução HDSL é aplicável em cerca de 99% das linhas de enlace local


implantadas. Não requer condicionamento de linha, remoção de pontes de ligação
ou implantação de cabo para fornecimento de energia para a unidade remota. A
eliminação de repetidores aumenta a capacidade do sistema e a performance de
transmissão. Nenhum equipamento separado de monitoração é necessário com o
HDSL.

Através dos avanços da eletrônica, hoje em dia, o HDSL é imune ao crosstalk,


e fornece uma qualidade de sinal comparável ao da fibra ótica, ou seja, taxa de bits
errados BER=10-10.
Principais aplicações do HDSL

Existem muitas aplicações para o HDSL, e certamente existem infinitas


possibilidades ara o uso crescente desta tecnologia. A primeira aplicação envolve os
serviços fornecidos pelas companhias telefônicas, genericamente rotuladas de
acesso a rede pública ou acesso a rede de dados. Este envolve o controle da linha
E1/T1, para o comércio ou uso residencial, para transferir voz, dados ou tráfego de
vídeo. A companhia telefônica local fornece este serviço e cobra de você por isto,
baseado em tarifas locais aplicadas.

For a das companhias telefônicas, o HDSL começa a ter um aumento efetivo


de aplicações em grandes áreas como em redes indústrias ou em campus. Neste
contexto campus é um termo usado em redes de dados para definir múltiplos
prédios ou andares dentro de um prédio, localizados a poucos quilômetros uns dos
outros (3 a 4 quilômetros), que precisam trocar informações via uma rede de
trabalho comum (link). A aplicação comum, nesta situação de campus é implantar a
estrutura de cabos de cobre.

Tradicionalmente, redes em campus prevalecem em número nas indústrias,


incluindo local, estatal, federal e companhias de utilidades. Com isso, o HDSL tem
sido particularmente bem aceito dentro de hospitais, universidades e bases militares.

O HDSL está sendo usado em inúmeras aplicações específicas para o


campus, incluindo:
LANs - na conectividade/expansão - interligando redes de trabalho e usuários
em diferentes locações para facilitar a troca de dados.
PBX - rede/extensões - distribuindo voz de uma PBX centralizada para
usuários ao longo do campus.
Vídeo conferência/aprendizado à distância - habilita múltiplos vídeos
conectados, distribui um site subjetivo em vídeo para interação com pessoas em
outros sites distribuídos.
Extensões de Backbone de fibra ótica - usando HDSL e o tradicional circuito
de cobre para conectar o backbone de alta velocidade em fibra ótica através de uma
rede em um campus.
22

SDSL - SYMMETRIC DIGITAL SUBSCRIBER LINE


OU TAMBÉM SINGLE DIGITAL SUBSCRIBER LINE

SDSL é uma versão de linha individual do HDSL. Ele transmite sinais T1/E1
sobre um par trançado avulso. SDSL pode acomodar aplicações como um servidor e
power Lans que necessitam de acesso simétrico. Ele pode também fazer serviços
como linha privada ou tráfico frame relay. SDSL é um precursor do HDSL 2.

SDSL pode assim operar sobre POTS, para que uma única linha possa
suportar POTS e T1/E1 simultaneamente. Tem uma importante vantagem em
relação a HDSL pois serve ao mercado do usuário doméstico que normalmente está
equipado com apenas uma linha telefônica.
Esta tecnologia serve a qualquer aplicação que necessite acesso simétrico
(como servers e LAN remota), complementando assim o ADSL . É no entanto de
notar que o alcance do SDSL não vai além dos 5,5 km, uma distancia na qual ADSL
consegue taxas acima de 6Mbps.

Fornece tráfego bidirecional (duplex), simultâneo de voz e dados em altas


taxas, que vão desde 160 kbit/s até 4 Mbit/s. SDSL junto com ADSL aliviam o
congestionamento na rede de tráfego de voz. Ambos, voz e dados, não passam pela
rede de comutação de circuitos como é feito atualmente com os modems analógicos
e os serviços ISDN. Ao contrário, as companhias telefônicas poderão rotear o
tráfego de voz para a rede de comutação de circuitos e os dados para a rede de
comutação de pacotes. É apropriado para usuários que não apenas necessitam
receber, mas também transmitir grandes volumes de dados. E aí saímos de uma
perspectiva exclusivamente doméstica, para uma perspectiva talvez muito mais
rentável; isto é: a oferta de aplicações corporativas de voz e dados a custos
altamente competitivos. Empresas de médio porte, por exemplo, podem utilizá-lo
para conectar sua rede de modo a ligar diversas LANs regionais ao computador
central da rede corporativa.

Comparação com outras Soluções de Banda larga

As principais diferenças são as seguintes:


• Ausência de taxas de contenção. A largura de banda contratada é garantida.
Custo verdadeiramente fixo, sem limites de tráfego e sem custos telefônicos
associados.
• Velocidades simétricas (upstream e downstream) e superiores (de 128 Kbps a
4Mbps), definidas em função dos requisitos do cliente
• Utilização de um circuito independente, exclusivamente para dados,
proporcionando assim um nível de qualidade de serviço superior
• Acesso verdadeiramente dedicado e permanente (sem login nem password)
• Permite redundância (back-up RDIS)
• Utilização de protocolos com menor overhead (IP + HDLC/PPP) que o ADSL
(IP + PPPoE + ATM)
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Velocidades disponíveis atualmente

A VIA NET.WORKS Portugal, por exemplo, disponibiliza este serviço em


velocidades que vão dos 128 Kbps aos 4Mbps. As soluções de banda larga VIA
SDSL podem fornecer-lhe uma solução completa, desde as soluções básicas de
conectividade até soluções de conectividade de valor acrescentado com elevados
níveis de segurança.

HDSL 2 - HIGH-BIT-RATE DIGITAL SUBSCRIBER LINE 2

HDSL 2 é proposto como a nova geração HDSL dentro da ANSI e ETSI. Ele
oferecerá a mesma performance do HDSL, mas sobre um par de fios apenas. O
HDSL suporta transmissão simétrica dos sinais T1/E1.
Uma linha HDSL-2 suporta dados e vídeo, utilizando ATM, linhas dedicadas
T1, E1 ou Frame Relay

MSDSL – MULTI-RATE SDSL

A tecnologia MSDSL capacita operadoras a oferecer às empresas


transmissão simétrica, suportando voz e dados e videoconferência com taxas de
MPEG2

Como a distribuição de voz, tradicionalmente, é feita através de infra-estrutura


de dois fios, a maioria das residências só conta com essa base de comunicação.
Mas se é verdade que o avanço tecnológico propicia o aproveitamento dessas
linhas, tanto para voz quanto para dados, também é fato que em ambientes
empresariais são cada vez mais abundantes conexões a quatro fios, tais como
enlaces CSU-DSU para serviços digitais de dados, como nos Estados Unidos, ou
para conexões de modems de banda base, como acontece na Europa.

Assim, em áreas residenciais, onde a infra-estrutura é quase exclusivamente


de dois fios, a tecnologia precisa adaptar-se por si só a uma operação de dois fios,
com soluções como RDSI, ADSL e MSDSL (Multi-rate Symmetrics DSL). Essas
soluções possibilitam atender desde às pequenas e médias empresas até os
clientes residenciais, antes mesmo de qualquer atualização dispendiosa da infra-
estrutura do loop local. Entre os sistemas de dois fios há a MSDSL, que oferece
soluções de par único como evolução da HDSL. A MSDSL permite a transmissão
simétrica de 272 Kbps a 2.320 Kbps, suportando voz e dados integrados e
videoconferência com taxas de MPEG2.

O novo padrão também capacita as operadoras a oferecer às corporações e


às pequenas e médias empresas tecnologia simétrica, que inclui alcance estendido
para acomodar necessidades atuais e futuras de largura de faixa, a transmissão a
dois fios, para melhor utilização da infra-estrutura, e um retardo de menos de meio
milissegundo de atraso de quadro.

MSDSL COMERCIAL
24

A maioria dos pequenos e médios negócios requer taxas de dados acima de


64 Kbps, mas não tem tráfego suficiente para preencher linhas E1 ou T1 inteiras.
Infelizmente, a maioria dos provedores oferece apenas 64 Kbps, 128 Kbps ou
serviços E1/T1. Para a transmissão de 64/128 Kbps, os provedores usam a
tecnologia IDSL (ISDN DSL), enquanto a tecnologia HDSL proporciona taxas E1/T1.
A tecnologia MSDSL foi desenvolvida para capacitar as teles a oferecer numa
variedade de taxas, o que constitui uma melhoria importante sobre HDSL.

Além disso, no novo padrão, o alcance máximo da HDSL é ajustado segundo


sua taxa mais alta, mesmo que o cliente não use a largura de banda total. Isso
significa que, independente da taxa de dados requerida pelo usuário, a área de
cobertura é limitada em 4,8 quilômetros sem repetidores. Provedores de serviços
que necessitam oferecer taxas de dados menores do que E1 pleno, porém maiores
que 128 Kbps, são geralmente forçados a implementar HDSL.

Para estes, a MSDSL proporciona uma área de cobertura estendida em


combinação com a taxa de dados requerida pelo usuário final. Por exemplo, para
serviços em 256 Kbps, a tecnologia MSDSL estende a faixa máxima para até 11
quilômetros. Com a HDSL a faixa máxima é somente de 4,8 quilômetros. Isso coloca
o serviço à disposição de muito mais clientes. Adicionalmente, a preferência por uma
tecnologia de dois fios sobre a tecnologia de quatro fios faz da MSDSL a escolha
óbvia.

Funcionamento do MSDSL

A MSDSL é uma tecnologia baseada na transmissão 2B1Q, com capacidade


de 3,32 Mbps. A largura de banda é repartida entre uma carga E1 plena (2,048
Mbps) com a largura restante, acomodando até três canais de voz ou dois canais
ISDN. Largura de banda adicional é usada para fins gerenciais.

A transmissão via o par único requer cancelamento de eco e equalizadores


adaptativos, a fim de conseguir a faixa máxima numa taxa especificada. Para cada
taxa de usuário, o modem cambia a taxa de transmissão 2B1Q, empregando
diferentes posicionamentos dos filtros. O posicionamento adaptativo do modem é
determinado durante o seu uso inicial e continua constante durante a operação.

Assim, devido à crescente demanda de conexões avançadas para as


pequenas e médias empresas e usuários residenciais, e também pelo aumento da
infra-estrutura de quatro fios nas áreas empresariais, pode-se prever que a MSDSL
será uma das alternativas predominantes no cenário nos próximos anos. Para os
clientes empresariais, a escalabilidade da tecnologia MSDSL até taxas E1/T1 é, por
sinal, uma garantia de fácil migração futura para maiores larguras de banda sem
custos adicionais.

IDSL - ISDN DIGITAL SUBSCRIBE LINE


25

Utiliza as mesmas técnicas de codificação ISDN com interfaces BRI


compatíveis, mas apenas para dados. Assim, os atuais usuários ISDN podem ter os
serviços IDSL sem a necessidade de nenhum equipamento adicional.

A comunicação é duplex (simétrica) a 1448 Kbps, com distâncias que atingem


até 6 Km em apenas um par de fios metálicos, e que pode ser estendida utilizando-
se repetidores de loop ISDN.

ISDN (Integrated Services Digital Network) é um padrão digital de rede que


permite que os usuários enviem voz, dados e vídeo através de uma linha telefônica
a partir de uma interface de rede comum, a uma velocidade de até 128 Kbps.

A estrutura de transmissão ISDN utiliza três tipos de canais:


• canais B duplex, de 64 Kbps;
• canais D duplex, de 16 ou 64 Kbps;
• canais H duplex, de 384 Kbps (H0), 1536 Kbps (H11) e 1920 Kbps
(H12).

As especificações definem dois tipos de interfaces de acesso para uma rede


ISDN. A primeira é a interface BRI (Basic Rate Interface) e a segunda é a interface
PRI (Primary Rate Interface). A interface BRI é definida da seguinte forma:

BRI = 2 canais B mais um canal D (2B+D), com o canal D de 16 Kbps.

Há duas versões para a interface PRI. Uma utilizada na América do Norte e


Japão, que opera na velocidade T1 de 1,544 Mbps, definida como:

PRI = 23 canais B mais um canal D (23B +D), com o canal D de 64 Kbps, ou


ainda 24 canais B (24B); e outra utilizada nos outros países, que opera na
velocidade E1 de 2,048 Mbps:

PRI = 30 canais B mais um canal D (30B +D), com o canal D de 64 Kbps.

ISDN Versus IDSL

Desde 1973, começaram os estudos para planejamento de sistemas digitais e


serviços integrados, mas só em 1984 o então CCITT publicava as primeiras
recomendações para ISDN - Integrated Service Digital Network (Rede Digital de
Serviços Integrados - RDSI), com especificações para a integração de serviços de
voz, dados e imagens numa mesma rede, completamente digital, com serviços de
conexão por comutação de circuitos e/ou de pacotes.

G.SHDSL - MULTI-RATE AND EXTENDED REACH

G.SHDSL é uma tecnologia simétrica multi-taxa DSL que combina o melhor


de SDSL e HDSL2, tem o visado recurso DSL para voz e acesso de dados e
serviços de internet.Transmite e recebe dados com elevada velocidade simétrica
sobre um único par de fios a taxas entre 192 kbps e 2,31 Mbps. Além de ser mais
rápido e de atingir distâncias mais longas, Comparado ao SDSL, isto equivale a uma
26

performance até 30% maior em termos de distância - um fator decisivo de custo para
as operadoras de redes DSL, uma vez que reduz drasticamente as despesas com
dispendiosos amplificadores, usados para atingir os pontos mais remotos da rede. O
G.SHDSL também garante a interoperabilidade entre múltiplos DSLAMs
(multiplexadores de acesso DSL) e IADs (integrated access devices), além de
oferecer ótima imunidade a ruídos.

Foi desenvolvido para incorporar as características de outras tecnologias do


DSL, tais como o ADSL e o SDSL e transportará sinais do T1, do E1, do ISDN, do
ATM e do IP e é a primeira tecnologia do DSL a ser tornar um padrão internacional
(G.991.2) desenvolvido pela união internacional do setor das telecomunicações
(ITU) sediada em Genebra.

Para completar, a indústria de ponta em dispositivos de telecomunicações


chegou, finalmente, ao desenvolvimento de uma nova classe de modems
adaptativos, baseados na G.SHDSL, que visam resolver o problema de
incompatibilidade entre modems de diferentes fabricantes. De custo bastante factível
e integração muito simples, estes novos dispositivos permitem que as operadoras
ofereçam serviços de voz e dados sobre sua infra-estrutura de cobre a distâncias
bem superiores - até mais que 5 Km). Por serem adaptativos, os modems G.HDSL
balanceiam perfeitamente as suas taxas de dados (de 2.048 Mbps), de modo a
superar as limitações do legado e oferecer o máximo de desempenho ao menor
TCO (Total Cost of Ownerchip) do mercado.

VANTAGENS DA TECNOLOGIA DE G.SHDSL

Multi-taxa e alcance estendido

A figura abaixo demonstra a potencialidade taxa-adaptável de G.HDSL's. O


protocolo de G.HS (handshake) negocia a taxa de dados avaliada a mais elevada
dada as condições do laço. Figura 1 ilustra também as características de
desempenho superiores da taxa e do alcance de G.HDSL's comparadas a outras
tecnologias disponíveis. A habilidade de G.HDSL's de estender o alcance do serviço
por 30 por cento aumenta o mercado endereçável total do DSL.
27

Taxa de G.HDSL's e desempenho do alcance de encontro a outras tecnologias

Custo Baixo

O padrão de G.shdsl atraiu a atenção de muitos vendedores e é permitida a


competição do preço nos mercados que tradicional monopolizado por únicos
vendedores. Diversos vendedores estão enviando atualmente componentes de
G.HDSL's habilmente. O código da linha Tc-tc-pam, que é a fundação para
G.HDSL's, permite o interoperação fácil devido ao nível baixo da complexidade dos
transceptores.

Retransmissão e DLC prontos


O código da linha do Tc-tc-pam de G.HDSL's é capaz de aumentar o alcance
por 30 por cento. A tabela 3 fornece uma comparação de recurso/performance entre
G.HDSL's e alguns das tecnologias populares do acesso desdobradas hoje.

Comparação de desempenho da característica


entre G.shdsl e outras tecnologias

G.shdsl SDSL HDSL2 HDSL T1 E1 IDSL/ISDN


Padrão Sim Não Sim Sim Sim Sim Não
Moldar do Sim Não Não Não Não Não Não
Atm
Quadro T1 Sim Não Sim Sim Sim Não Não
Quadro E1 Sim Não Não Não Não Sim Não
Alcance Sim Não Não Não Não Não Não
Super
Densidade Sim Sim Não Não Não Não Sim
Elevada
Taxa Sim Não Não Não Não Não Não
Adaptável
Repetidores Sim Não Não Sim Sim Não Sim

DSL TIPO ASSIMÉTRICO


(Asymmetric Digital Subscriber Line)

ADSL - ASYMMETRIC DIGITAL SUBSCRIBER LINE


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A Linha Digital Assimétrica de Assinante (ADSL - Asymetric Digital Subscriber


Line), foi concebida em 1989 e é uma tecnologia baseada em modems que
convertem linhas de telefônicas de par-trançado comuns existentes em caminhos de
acesso para multimídia e comunicações de dados de alta velocidade. A tecnologia
ADSL, ao contrário da HDSL, permite a transmissão de dados em apenas um par de
rede, ou seja foi concebida visando o aproveitamento dos acessos telefônicos
existente até os assinantes. Ela permite que o usuário faça uma chamada telefônica
ao mesmo tempo em que usa a Internet em alta velocidade. O ADSL full rate
(padrão ITU G.992.1) permite taxas de recebimento de dados (download para um
assinante) de até 9 Mbit/s e taxas de envio (upload) de até 1,5 Mbit/s através de
distâncias de até 5,5 km entre o usuário final e a companhia telefônica – com taxas
de erro da ordem de 10 -7, segundo o ADSL Fórum (associação de fabricantes e
provedores de serviço com o interesse comum de agilizar o processo de distribuição
ao público).

O ADSL é um protocolo assimétrico que foi originalmente projetado para


entregar mais dados do que o usuário pode enviar – uma proporção aproximada de
10:1. A idéia inicial era transmitir vídeo pela linha telefônica. Com o desenvolvimento
da Internet pode-se observar também que o tráfego gerado pelos usuários tem uma
natureza assimétrica – recebem mais dados do que enviam. ADSL pode transformar
a cadeia de informação pública já existente que é limitada a voz, texto e gráficos de
baixa resolução para um sistema poderoso, onipresente capaz de trazer multimídia,
incluindo vídeo em full-motion como, por exemplo, videoconferência, para a casa de
todos. A característica assimétrica é que faz com que o ADSL seja mais
recomendado para acesso a Internet. E as várias opções disponíveis de
velocidade/distância é mais um ponto a favor do ADSL. Como a maioria dos serviços
padronizados pela ANSI com T1.413, o ADSL permite que se aloque e pague
apenas pela largura de banda necessária.

TECNOLOGIA USADA:

As linhas de telefone longas podem atenuar sinais a um megahertz (a


extremidade inferior da faixa usada pelo ADSL) por 90 dB, forçando as seções
analógicas do modem ADSL a trabalhar muito para atingir faixas largas e dinâmicas,
canais separados, e manter baixas figuras de ruído. ADSL depende fortemente de
técnicas avançadas de processamento digital de sinais e de quanto os seus
algoritmos são capazes de comprimir os dados envia-los pela linha telefônica. Os
modems também, beneficiam das novas tecnologias utilizadas em transformadores,
filtros analógicos e conversores A/D, isto permite que as suas partes analógicas
possam trabalhar em gamas dinâmicas mais elevadas, existindo melhor separação
entre canais e mantendo as figuras de ruído muito baixas .

Os modems ADSL fazem uso de técnicas de processamento de sinal que


permitem o tráfego de dados acima das freqüências do serviço de transmissão de
voz. Modificando-se a freqüência da portadora é possível trafegar grandes
quantidades de dados através de grandes distâncias. Diferentemente dos modems
convencionais e ISDN, é permitido ao usuário conectar-se à Internet e realizar uma
ligação telefônica simultaneamente, sem diminuir sua velocidade de acesso. Ao criar
canais múltiplos, os modems ADSL dividem a largura de banda disponível de uma
29

linha telefônica em uma das suas duas formas: Multiplexação por Divisão de
Freqüência (FDM) ou Cancelamento de Eco. O FDM determina uma faixa inferior de
dados e outra faixa superior. A inferior é dividida então através de multiplexação por
divisão de tempo em um ou mais canais de alta velocidade ou em um ou mais
canais de baixa velocidade. A faixa superior está também multiplexada em canais
correspondentes de baixa velocidade. O cancelamento de eco sobrepõe a faixa
superior na inferior, e separa os dois por meio de cancelamento de eco local, uma
técnica conhecida em modems V.32 e V.34. Em ambas as técnicas, o ADSL divide
uma faixa de 4 kHz da linha comum até o final da banda.

Um modem de ADSL organiza o fluxo de dados agregado, criado por


multiplexação de canais, canais duplex, e manutenção de canais agregados em
blocos, prendendo um código de correção de erro a cada bloco. Os receptores,
então, corrigem erros que acontecem durante a transmissão até os limites indicados
pelo código e extensão do bloco. A unidade pode, por opção do usuário, criar
também super blocos de dados intercalando páginas em branco dentro dos sub-
blocos; isto permite ao receptor corrigir qualquer combinação de erros dentro de um
pedaço específico de bits. Isto permite a transmissão efetiva de dados e vídeo com
sinais semelhantes.

Um circuito ADSL consiste em três canais lógicos, um de alta velocidade para


download, um canal duplex de média velocidade e uma POTS (Plain Old Telephony
Services, ou sistema telefônico tradicional), que é a linha de voz utilizada pelas
companhias telefônicas.O canal de POTS é dividido do modem digital por filtros,
garantindo canal de voz ininterrupto, até mesmo se houver falhas com o ADSL.
Mesmo quando ele estiver desligado, em falha ou desconectado o serviço telefônico
convencional estará sempre disponível, não importando o estado da conexão ADSL.
Para tanto, é necessária a instalação de um separador (splitter) para separar a
transmissão de dados da conversação telefônica .

As faixas de capacidade do canal de alta velocidade podem ir de 256Kbps a


6.1 Mbps, enquanto a faixa de capacidade das taxas duplex vão de 16Kbps a
640Kbps. Cada canal pode ser submultiplexado para formar canais de múltiplas
taxas mais baixos, dependendo do sistema utilizado. Ao contrário dos modems
comuns que equipam nossos microcomputadores e que exigem conexões discadas,
a conexão ADSL está sempre ligada, acabando assim com os "logins" e "logoffs",
sinais de ocupado e a espera de que a conexão seja estabelecida, porém a questão
30

de segurança entre em pauta aqui, sendo necessário o uso de firewall (usuário


doméstico ou empresarial), proxy e/ou roteadores para se obter um nível de
segurança aceitável.

O ADSL é uma tecnologia assimétrica que através de modems transforma a


tradicional linha analógica numa linha de alto débito de dados, ao utilizar técnicas
avançadas de modulação, codificação e transmissão em freqüências acima das
utilizadas para o serviço de voz/fax. A largura de banda usada para o ADSL é
dividida em três partes:

1. O intervalo espectral dos 0 aos 4 Khz corresponde ao serviço de voz;


2. O intervalo espectral dos 30 aos 138 KHz ,corresponde aos dados de
upstream (transmissão).
3. O intervalo espectral 138 aos 1110 Khz corresponde aos dados de
downstream (recepção).

A utilização de técnicas de multiplexagem como o FDM (Frequency Division


Multiplexing) permite ao ADSL criar múltiplas bandas de freqüências para a
transmissão simultânea de dados upstream e downstream. A FDM resume-se em
dividir o espectro de freqüências em várias “fatias” separadas umas das outras, de
modo a poder utilizar-se o canal simultaneamente para receber e enviar dados.

Cada ligação ADSL tem um modem em cada extremo da linha telefônica e


cria ai três canais de comunicação:
• canal de alta baixa capacidade, halfduplex no sentido rede-cliente
(downstream) capacidades 1.5 a 6.1 Mbps .
• canal de media baixa capacidade duplex , capacidades de 16 –
640kbps .
• canal de comunicação normal (analógico) POTS - Plain Old Telephone
Service este canal é separado do modem ADSL para garantir a sua
existência de POTS , em caso de falha da ADSL.

Cada um destes canais pode ser subdividido para formar vários canais de
mais baixa capacidade .
31

Tipos de Canais Utilizados

American National Standard Institute (ANSI) trabalhando no grupo T1E1.4


aprovou um padrão ADSL com taxas até 6.1Mbps (ANSI Padrão T1.413) e o
European Technical Standard Institute ( ETSI ) contribuiu com um anexo a T1.413
para atender as exigências européias O padrão ANSI utiliza 256 canais de
freqüência para "downstream" e 32 canais para "upstream", todos os canais tem
uma banda de 4,3125 Khz e uma diferença de dois canais consecutivos de 4,3125
Khz e o canal de voz fica nos primeiros 4Khz.

Vídeo em Demanda
1- Canal de Upstreem
2,048 Mbit/s Conversor
Fibra Ótica MPEG 1
1 - Canal Downstreem de
atéCentral 16 kbit/s
1 - Canal de Voz telefônico
Unidade analógico de 4 kHz Unidade
ADSL de ADSL de
Rede Linha de Assinante Assinante
Telefone

Rede Usuário

FTTC - Fiber To The Curb (fibra até a calçada). Nesta tecnologia é feita uma
ponte entre a central e o usuário através de uma caixa de distribuição ou junção que
é ligada à rede por um tronco de fibra ótica e ao assinante pela linha de assinante
(par telefônico)

Par
Telefônico
Tronco
Troncos Ótico
Nó de Óticos
Comu Caixa de
t.
Junção

Rede de Banda Larga


32

Note que nem todas as estações estão equipadas para possibilitar tráfico de
dados sobre a sua linha telefônica. Geralmente são estações mais novas que
contam com novos equipamentos que fornecem essa possibilidade.

G.LITE OU FULL RATE ADSL?

Os modems ADSL foram projetados e desenvolvidos para poderem suportar


serviços de vídeo, especificamente Vídeo-on-Demand. Na época não existia
Internet. Os primeiros modems tinham velocidade de 8 Mbit/s, o que permite a
transmissão de vídeo em alta qualidade. O padrão de compressão digital de vídeo
MPEG-2 (Moving Picture Experts Group) proporciona 2 Mbit/s - qualidade de
imagem similar ao de um tape VHS, Utilizado pela industria DBS (Direct Broadcast
Satellite) e pela operadoras Cable que fornecem serviços digitais de vídeo com set-
top boxes e 4 Mbit/s - qualidade melhor que um SVHS tape, próxima à qualidade de
um DVD.

A princípio a maioria das empresas de telecomunicações pensava em


oferecer o serviço a 6 Mbit/s, para garantir um canal de vídeo (download) e mais
uma banda Upstream para acomodar os serviços interativos, que com o surgimento
da Web, foram por ela absorvidos, deixando as empresas de telecomunicações com
uma tecnologia cara e sem mercado a vista. Mas as empresas de computadores
viram no ADSL uma solução ideal permitir os serviços multimídia na Internet. Na
Comnet de 1998 em Washington, capitaneada pela Microsoft e outras 35 empresas
de telecomunicações, foi anunciado oficialmente a formação do consórcio Universal
ADSL Working Group, cujo objetivo principal era acelerar a padronização do que
eles chamam de ADSL G.Lite, ou seja um ADSL simplificado com taxa de
transmissão até 2 Mbit/s (download) e 640 Mbit/s (upload). No final de 1998, o ITU-T
aprovou a norma do G.lile.

Valores máximos de largura de banda calculados teoricamente. Na prática,


observa-se que cada fabricante implementa a velocidades próximas às mostradas
acima.
33

ADSL Full Rate (Padrão ITU G.922.1)

É um método de acesso "modem-like" que permite até 9 Mbps de


downstream e 1,5 Mbps upstream, É Assimétrico, ou seja, as taxas de transmissão e
recepção de dados são diferentes. Apesar de utilizar o mesmo par de fios de um
modem 56Kbps, os modems ADSL fazem com que mais (muito mais) sinais digitais
sejam inseridos e extraídos da linha analógica, além das freqüências dos serviços
de voz. Isto permite com que muito mais informação seja transmitida de uma vez só,
na linha telefônica.

Um equipamento necessário é o splitter, que se resume num filtro/misturador


que divide o espectro do sinal recebido em duas partes (separa o sinal de voz do
sinal de dados): uma para o telefone/fax convencionais (baixas freqüências), e a
outra (altas freqüências) que é entregue ao modem ADSL. No sentido de envio de
dados (upstream), o splitter mistura a informação que vem do telefone/fax com a que
vem do modem ADSL, e envia-a. Isto permite que a "linha" de voz fique isolada para
recebimento de fax e chamadas normais. É diferente do ISDN onde um dos canais B
fica "emprestado" para este fim. A velocidade do acesso em ISDN sofrerá uma
queda de rendimento. No xDSL isto não acontece.

Para dar uma idéia, quando uma transmissão é recebida pelo CO (Central
Office - que distribui as linhas telefônicas até a sua casa), o splitter envia o tráfego
de voz para o multiplexador de voz e o tráfego de dados para o multiplexador de
dados, liberando desta forma o fluxo de dados e voz.
34

ADSL full

DSL Lite (Padrão ITU G.922.2)

A ADSL Lite foi desenvolvida para reduzir o custo do provedor de serviço


DSL. Funciona consistentemente em loops mais longos da companhia telefônica,
que é a distância entre o equipamento da companhia telefônica e a instalação do
cliente.

ADSL lite é um xDSL simplificado, padronizado pela ITU como G.992.2. Ao


contrário de algumas xDSL oferecidas, o G.lite é alguma coisa muito próxima de
DSL plug and play. Outros serviços DSL requerem um truck roll - uma visita on-site
do pessoal de serviços das empresas de telecomunicação, para instalar os
equipamentos, um modem DSL, um splitter (que mantém os canais de voz e dados
separados) e uma placa Ethernet no computador dos clientes. Na teoria, o G.lite
pode eliminar a necessidade da instalação on-site, fornecendo aos clientes todo os
equipamentos necessários para eles mesmos instalarem os sistemas, o splitter não
é necessário. Essencialmente, o G.lite é uma resposta ao cable modem. Inicialmente
dirigido pela UAWG (Universal ADSL Working Group), um consórcio liderado pela
Microsoft, Intel e Compaq para padronizar uma versão do DSL para o mercado de
massa, que pudesse ser implementado rapidamente e que fosse acessível. O G.lite
oferece aos consumidores uma variedade de opções de serviços DSL com
velocidades menores que se ajustam as requisições particulares de seus sistemas.

Também conhecido como ADSL Splitterless (sem divisor) ou G.LITE, é uma


versão de menor velocidade do ADSL que dispensa o uso do splitter. Isto o torna
mais próximo à realidade do usuário pois tem seu custo reduzido. Ao usuário final,
seja ele doméstico ou pequena empresa, bastará comprar um modem e plugá-lo no
conector RJ11. Por ter uma instalação simplificada e custo reduzido, o ADSL Lite
torna-se mais atraente para o grande maioria de consumidores. Isto permitirá uma
redução do preço do modem, e dos custos de instalação, mas irá sacrificar a
velocidade, dos atuais 8 Mbit/s para 2 Mbit/s. Como o fluxo de dados é menor, é
possível gerenciar as interferências e ruídos. Suas velocidades são: 1,5 Mbps para
Downstream e 512 Kbps para upstream. Já que também possui suporte voz e
dados, será de grande utilidade para quem não necessita de ADSL Full Rate.
35

ADSL lite

Com o G.Lite as empresas de telecomunicações puderam resolver um dos


seus maiores problemas, que é o custo da instalação (truck roll) do Full Rate ADSL.
O processo de instalação de um ADSL com splitter requer um tempo considerável.
Estima-se que cada equipe ( 2 técnicos) possa instalar apenas dois ADSL com
splitter por dia. Temos este exemplo na CTBC Telecom. Muitas vezes o processo se
estende por dias, pois é preciso fazer modificações na rede interna do cliente.
Evidentemente com o G.Lite este problema desaparece, o usuário cuida da
instalação, como faz hoje com seu modems analógicos.
Entretanto, talvez seja necessário conectar filtros em cada tomada de
telefone. Alguns aparelhos telefônicos não são fabricados de acordo com os
padrões. Nesses casos, o telefone pode gerar ruído no cabo de telefone, e este
ruído interfere na transmissão de dados. Nesses casos, os filtros cortam os sinais
acima de 4 kHz de modo que a interferência é eliminada.

Existe hoje um pequeno grupo anti G.Lite, formado por acadêmicos,


estudantes, consultores que defendem com unhas e dentes o Full Rate ADSL, para
permitir HDTV (compressão entre 7 e 8 Mbit/s) e outras fantasias multimídia.
Pregam a extinção do G.Lite. Evidentemente os serviços ADSL G.Lite e full rate
coexistirão. A maioria das pessoas ficará muito satisfeita com o G.Lite. Os mais
exigentes comprarão o Full Rate ADSL.

ARQUITETURA DO SISTEMA ADSL

A tecnologia ADSL permite transferências de dados desde 64kbps até 8.192


Mbps, no sentido downstream e desde 16kbps até 1Mbps no sentido de upstream.
Contudo, para operar a estas elevadas taxas de débito é necessário que o
equipamento eletrônico seja sofisticado, com filtros de alta qualidade, o que implica
necessariamente que seja dispendioso e o torna inviável para consumo doméstico.
Vale salientar que estas taxas de transferências só são possíveis para distâncias
muito curtas.
36

Arquitetura do sistema ADSL

A seguir podemos analisar os fluxos de voz e de dados, tanto na central


quanto na residência do usuário.

Em sua casa

A. Dentro de Seu PC: O modem ADSL de seu computador conecta a


uma linha de telefone analógica padrão.
B. Voz e Dados: Um modem ADSL tem um chip chamado "POTS Splitter"
que divide a linha telefônica existente em duas partes: um para voz e um para
dados. A voz viaja nos primeiros 4kHz de freqüência. As freqüências mais
altas (até 2MHz, dependendo das condições da linha, densidade do arame e
distância) são usado para tráfego de dados.
C. Dividida Novamente: Outro chip no modem, chamado "Channel
Separator", divide o canal de dados em duas partes: um maior para download
e um menor para o upload de dados.
37

Na Central Telefônica.

A. Pelo Fio: Na outra ponta do fio existe outro modem ADSL localizado na
central da companhia telefônica. Este modem também tem um "POTS
Splitter" que separa os chamados de voz e de dados.
B. Chamadas de Telefone: Chamadas de voz são roteadas para a rede de
comutação de circuitos da companhia telefônica (PSTN – Public Switched
Telephone Network) e procede pelo seu caminho como de costume.
C.Pedidos de Dados: Dados que vem de seu PC passam do modem ADSL ao
multiplexador de acesso à linha de assinante digital (DSLAM – Digital
Subscriber Line Access Multiplexer). O DSLAM une muitas linhas de ADSL
em uma única linha ATM (Asynchronous Transfer Mode) de alta velocidade
que fica conectada a Internet por linhas com velocidades acima de 1Gbps. De
Volta para Você: Os dados requeridos anteriormente retornam da Internet e
são roteados de volta através do DSLAM e o modem ADSL da central da
companhia telefônica chegando novamente ao seu PC.

A arquitetura fica completamente transparente com a interiorização da função


do SPLITER e do DSLAM (Digital Subscriber Line Access Multiplexer). O spliter que
divide o espectro do sinal recebido em duas partes: uma para o telefone/fax, baixas
freqüências e a outra, altas freqüências, entrega-as ao modem/router. ADSL. No
sentido de envio de dados, o spliter mistura a informação que vem do telefone/fax
com a que vem do modem/router ADSL, e envia o sinal resultante para o spliter que
se encontra do outro lado da linha. O DSLAM efetua a multiplexagem de várias
linhas ADSL (entre 500 e 1000) num sinal ATM (Asynchronous Transfer Mode). O
DSLAM faz também a operação inversa: demultiplexa um sinal ATM nas
correspondentes linhas ADSL e entrega a cada utilizador os respectivos dados.

O emprego de modem ou de um router prende-se com a utilização que se


pretende dar à ligação. Se se deseja que esta esteja disponível em apenas um PC,
então a opção adequada é um modem; se a ligação é para partilhar numa rede de
computadores o router é o equipamento indicado. É tecnicamente possível, contudo,
efetuar a partilha de uma ligação quando se está a utilizar um modem, mas nesta
situação é necessário um equipamento que sirva de interface entre o modem ADSL
e a rede local (hub/proxy server)
38

O ADSL implementa uma ligação ponto a ponto permanente.


ATU - são os emissores e receptores de informação estes módulos são
compostos por modems .
Acess Node - nó de acesso que faz a interface entre os ATU-C e as redes de
dados
PDN- é uma ligação que pode ser uma ligação ponto a ponto ou multiponto,
ou mesmo uma rede local.
SM - equipamento da rede PDN que faz interface entre a mesma e os TE.
ATU-C - ADSL Transmission Unit - situa-se no estremo da rede , um ATU-C
pode fazer parte de um Acess Node .
ATU-R - ADSL Transmission Unit - situa-se no lado do utilizador .
Loop - Linha telefônica normal constituída por cabo twisted-pair.
Narrowband Network - Ligação a redes com bitrates inferiores a 2.0Mbps.
Splitter - Filtro que separa as alta freqüências(ADSL) das baixas freqüências
(POTS) .Este filtro geralmente está integrado nos modems ADSL.
T-SM - Faz a interface entre o ATU-R e a rede .
U-C - Interface entre o Loop e o POTS .
VA - Interface lógica entre ATU-C e um Acess Node .
VC - Interface entre um Acess Node e uma rede

O PROTOCOLO PPPoE (point-to-point over ethernet)

A tecnologia ADSL é um meio físico de conexão, ela define como os sinais


elétricos serão enviados e recebidos, sendo assim, então é necessário um protocolo
para encapsular seus dados do seu computador até a Central telefônica. Este
protocolo fica na camada de enlace do Modelo OSI ( entre a camada física “ADSL” e
a camada de rede “IP”).

O protocolo PPPoE ( Point-to-Point over Ethernet RFC 2516) trabalha sobre


Ethernet que é a placa de rede que você usa para ligar seu computador ao modem e
ofereçe autenticação para conexão (CHAP ou PAP), resolve problemas de
limitações de IPs usando DHCP, soluciona também o problema de broadcasts e
fornecendo assim apenas o meio físico de acesso a internet ( Exigido por lei ).
39

Depois das privatizações o Brasil hoje é um dos paises com a mais avançada
tecnologia de telecomunicações. Em 2001 no Japão não existia ainda a tecnologia
ADSL disponível, apenas as conexões ISDN que eram tarifadas e limitadas a 128K.
Isso é muito bom para nós, pois temos um mercado muito grande e isso faz com que
as empresas de telecomunicações invistam pesado em novas tecnologias, mas
também existe o lado contra.

Quando a telefônica começou a implantar as conexões Speedy, a Tecnologia


ADSL ainda era nova e o PPPoE era algo desconhecido ( o PPPoE RFC2516 foi
homologado em 1999 ), isso pode ter sido o motivo das primeiras instalações não
utilizarem o protocolo. Mas a tecnologia amadureceu e as empresas de todo o
mundo adotaram o protocolo PPPoE como um padrão nas conexões xDSL, Cable,
Wireless, etc. Para seu computador se conectar via PPPoE é necessário instalar o
protocolo, que para o Windows 95/98/NT/2000 pode ser o: BroadJump "Access
Manager", WinPoet, RASPPPoE, ou para linux, Roaring Penguin.

Devido à necessidade de encapsulamento do PPPoE de acrescentar 8 bytes


ao header , o mesmo gera um overhead, fazendo assim, a conexão perder um
pouco o desempenho (que alguns dizem que é quase imperceptível e outros dizem
que é de 10 a 20 por cento). É preciso alterar o tamanho da MTU (Maximum
Transfer Unit) que na ethernet é 1500 para 1492 ( 1492 + 8 bytes = 1500 ) e alterar o
tamanho do TCP RWIN (TCP Receive Window ).

COMPARAÇÃO DAS TECNOLOGIAS PPPoE E PPPoA

CARACTERÍSTICA PPPoE PPPoA


Significado PPP-over-Ethernet - PPP-over-ATM –
mecanismo de encapsulamento mecanismo de encapsulamento
de informações PPP dentro de de informações PPP dentro de
quadros Ethernet. células ATM.
Requer a instalação de um Sim Não
software cliente em cada
estação de trabalho.
Muitos usuários podem Sim, até 8 usuários Sim, não existe limite de
compartilhar o mesmo acesso simultâneos. usuários.
Acesso simultâneos a mais de Sim. Esta característica permite Não. Uma vez que o modem é o
um ISP através do mesmo que coexistam sessões usuário que faz a autenticação (o
acesso DSL ou Cable distintas em PCs distintos, username e password estão
claro) para provedores previamente gravados no
distintos. modem), apenas um serviço
poderá ser logado por vez.
Tipo de CPE utilizado Modem Bridge Modem Router
CPE pode realizar função de Não. Sim, uma vez que é o modem
NAT quem loga, ele poderá realizar a
função de NAT para a LAN do
cliente.
Tipo de mídia de acesso XDSL, Cable Modem e XDSL.
Wireless Modem.
40

Apropriado para uso residencial Sim. Não. É uma tecnologia mais cara.

Trabalha com sistemas Sim. Não.


Windows, Mac e Linux.
Permite controle do usuário Sim, uma vez que é o usuário Não. Como é o modem quem
pelo ISP (PC) quem loga, pode-se fazer loga, o ISP não tem controle de
um accounting (relat) completo quem (dentro da LAN do cliente)
de sua sessão. está utilizando os recursos da
Internet, nem os dados das
sessões de cada usuário.
Preço do CPE Mais barato. Mais caro. Normalmente o CPE
que faz PPPoA (modo Router)
pode também funcionar como
Bridge (PPPoE). Quando
funcionando como router, ele
executa as funções básica de um
router de acesso.
Vantagens operacionais para o Melhora a segurança porque o Facilidade de acesso rápido ao
assinante logon na rede é feito máquina provedor Internet. É só ligar o
por máquina, não o barramento CPE xDSL, e pronto.
inteiro, como no caso do O cliente poderá utilizar quantos
PPPoA. PCs na sua LAN quando desejar.

Vantagens para o ISP Controle de logon e accounting A mesma senha é compartilhada


de cada usuário logado. por todos os usuários de um
acesso, uma vez que é o modem
quem loga, não os usuários.

O COMPARTILHAMENTO DE UMA CONEXÃO ADSL

A Microsoft criou uma solução chamada ICS ( Internet Connection Sharing )


ou ( Compartilhamento de Conexão com Internet ). Na verdade este componente
que você instala nas versões do Windows 98 SE/2000/ME/XP ou posterior é um
conjunto de soluções NAT e DHCP.

O NAT (Network Address Translator ou Tradutor de Endereços de Rede


funciona da seguinte maneira: Os endereços IP são divididos em Classes A, B, C.
Em cada uma das classes existem grupos de IPs que são reservados. Isso significa
que se você quiser criar uma pequena rede em sua casa você deve usar este
grupos de endereços IPs para que estes IPs, não existam em nenhum outro lugar.

É ai que entra o NAT, se uma máquina da sua rede local quiser conversar
com a internet ele vai precisar de um endereço IP da internet, mas como você usa
um IP local (reservado), então a máquina que esta conectada pelo ADSL e possui
um endereço IP válido, ele vai pegar o endereço da estação, mudar para o endereço
dele e depois enviar como se fosse ele que estivesse enviando. Isso é uma forma de
dar mais segurança a sua rede local, pois as pessoas na internet vão ver apenas a
máquina com o NAT, e também fica impossível haver uma conexão da internet para
alguma máquina da rede local.
41

Isso aumenta a segurança da sua rede local e também resolve outro


problema de falta de endereços IPs, considerando que você vai usar apenas um
endereço IP para várias máquinas se conectarem a internet. Segue abaixo os
grupos de endereços reservados:

Classe A: 10.0.0.0 até 10.254.254.254


Classe B: 172.16.0.0 até 172.31.254.254
Classe C: 192.168.0.0 até 192.168.254.254

Qualquer endereço dentro desta faixa, não é propagado pela internet, a não
ser que você use algum tipo de tunelamento com VPN.

O NAT além da tradução de endereços a tradução de porta também, e no


Windows 2000 Server pode ser configurado filtros de portas onde uma requisição
para a porta 80 no computador com NAT faz a tradução e envia a requisição para
uma estação: exemplo: 192.168.0.3. Isso ajuda na segurança também pois você
pode utilizar servidores WEB atrás de um NAT com Firewall. No linux existe a
solução IPCHAINS, que além de fazer a conversão de endereços também é um
firewall, mas o servidor DHCP não faz parte do pacote e tem de ser instalado
separadamente. Mas o pacote ICS também fornece um servidor DHCP (Dynamic
Host Control Protocol), isso quer dizer que suas estações não precisam ser
configuradas com IPs estáticos, gateways e servidores de DNS. Se você mudar o IP
ou DNS da máquina com ADSL, não será preciso alterar a configuração em todas as
máquinas, pois o servidor DHCP vai enviar as novas configurações quando as
máquinas iniciarem. Isso deixa a sua rede local dinâmica, reduzindo o custo de
manutenção.
42

O NAT, DHCP, Firewall, etc. podem ser instalados em qualquer conexão,


ADSL, ISDN, Frame-Relay, ATM, Wireless, e também podem ser feitas através de
roteadores e outros dispositivos. Este exemplo com base na tecnologia ADSL foi
usado por ser uma solução de baixo custo e amplamente usada atualmente, mas
todas as informações contidas aqui podem ser aplicadas em qualquer conexão e
qualquer dispositivo.

A Trama

No transporte de dados é usado uma super-trama (super-frame) composta de


69 tramas (68 transportam informação e 1 transporta o símbolo de sincronização) de
período 17ms. Para o utilizador a freqüência de símbolo é de 4000 baud (período de
250μs), contudo, devido ao símbolo de sincronização inserido no final de cada
super-trama a taxa de transmissão é de 69/68*4000 baud.

Super-Trama: 17ms

Trama Trama Trama Trama Trama de


... ...
0 1 n 67 sincronização

Trama n: 69/68*250µs

Fast Bytes de
Fast data Interleaved Data
Byte redundância FEC
O fast byte transporta bits de controle, manutenção administração e
sincronização. Durante a inicialização da comunicação são enviados dados de
controle para estabelecimento da ligação e análise do estado do canal (atenuação e
ruído).

CODIFICAÇÃO DE ERROS

Devido às más condições da linha especialmente quando a freqüência se


aproxima de 1.1Mhz, são geralmente usados códigos de detecção e correção de
erros (FEC - Forward Error Correction). Um dos códigos que apresenta maiores
vantagens e sendo portanto usado em ADSL é o Trellis Code.

O funcionamento deste método de detecção de erros consiste em permitir


apenas um conjunto de transições entre estados trelling. Se a mudança de estado
não for permitida significa que houve um erro na transmissão. Este código é
especialmente usado em sistemas em que a largura de banda de transmissão é
limitada (como é o caso de ADSL) e, embora exija um aumento do número de níveis
de modulação, é bastante eficaz introduzindo um ganho de codificação.significativo.
43

Ganho de codificação usando Trellis Code

No gráfico 1 representa-se a taxa de transferência simulada com a variação


da distância a que o utilizador se encontra e do ganho de codificação para um par de
cobre de 24 AWG.

É de se notar o ganho de taxa de transferência quer com um maior ganho de


codificação, quer com técnicas de cancelamento de eco. Note-se ainda que o uso de
técnicas de FEC obriga a implementação eletrônica mais avançada e portanto
encarece quer os ATU-C quer os ATU-R.
44

LIMITAÇÕES FÍSICAS

Sendo os canais de downstream os que suportam elevados bitrates existem


ai problemas do ponto de vista físico que limitam a performance da ligação. A
capacidade dos canais de downstream depende de um grande número de fatores e
entre eles estão o comprimento da linha, a qualidade das linhas, a presença de
repetidores e interferências proveniente de efeito acoplamento. A atenuação da linha
aumenta com os bitrates utilizados e diminui com o diâmetro dos fios utilizados.

Uma das grandes limitações da tecnologia ADSL, e talvez a mais relevante,


traduz-se na distância que pode separar o modem do cliente ADSL com o respectivo
DSLAM (ver gráfico abaixo) que não pode exceder os 6km. Este valor é um máximo
absoluto nos dias de hoje e admite que a qualidade das linhas telefônicas é boa, isto
é, que a qualidade dos fios de cobre que sustentam a propagação das ondas é boa.
No caso em que as linhas POTS (plain old telephone lines) não verifiquem essa
condição a distância máxima pode ser drasticamente reduzida, podendo ser inferior
a 1 km.

Um dos fatores que pode diminuir a atenuação dos cabos com a freqüência é
o diâmetro dos mesmos. Na tabela seguinte ilustram-se velocidades de transmissão
possíveis em função da distância e do diâmetro do fio.
45

Comparativo: velocidade de transferência, comprimento e diâmetro das linhas.

Velocidade de Diâmetro do fio Comprimento


transferência da linha
1.5 or 2 Mbps 24 AWG 0.5 mm 5.5 km
1.5 or 2 Mbps 26 AWG 0.4 mm 4.6 km
6.1 Mbps 24 AWG 0.5 mm 3.7 km
6.1 Mbps 26 AWG 0.4 mm 2.7 km

Atenuação do sinal com a freqüência

De modo a facilitar o uso desta tecnologia e diminuir a atenuação existem


também cabos de baixa atenuação. O uso de loading coils (filtros passa-baixo que
melhoraram a resposta dos fios nas comunicações telefônicas) é também um fator
relevante pois tendem a bloquear o sinal transmitido, inviabilizando ADSL sobre
estas linhas.

Outro dos fatores que podem influenciar a qualidade e conseqüentemente a


velocidade da comunicação é a presença de bridged-taps. Estas se traduzem por
extensões do par de cabos em paralelo com a linha que foram deixadas abertas
quando na instalação ou alteração da mesma. Podem também ocorrer problemas de
ruído devido ao cross-talk entre cabos dispostos paralelamente. O efeito de “cross-
talk” existe quando duas linhas de dados se situam tão perto uma da outra, que os
campos elétricos e magnéticos de cada uma das linhas se confundem. Como é
46

impossível saber que informação foi enviadas nas linhas adjacentes nenhum
equipamento eletrônico pode reconstituir o sinal que foi enviado. O cross-talk em
conjunto com o ruído proveniente de outras fontes pode levar à diminuição da
velocidade da transmissão (diminuindo o número de bits por tom ou mesmo
interrompendo a comunicação nessa freqüência). O NEXT (Near End Crosstalk)
ocorre quando as interferências são geradas próximas aos receptores e o FEXT (Far
End Crosstalk) ocorre quando as interferências nos receptores são originadas no
final da linha de transmissão.

Interferências de AM com freqüência a partir de 540 kHz afetam a área de


downstream. Temos também os ruídos impulsivos, caracterizados como pulsos
aleatórios, de amplitude muito maior que o ruído ambiente. Segundo pesquisas da
NYNEX, os pulsos ocorrem entre 10 a 40 mV, com uma duração de 30 a 150
microssegundos.

A experiência de implantação em outros países confirma que ADSL opera


com boa performace sob os obstáculos apresentados. O fator determinante da
performance é a atenuação do sinal devido ao comprimento da linha.

Aplicações do ADSL

• Vídeo Conferência
• Vídeo On-Demand
• Acesso Internet de alta velocidade
• Feiras e mostras virtuais
• Serviços de transmissão de imagens
• Interconexão de redes locais
• Processamento compartilhado em tempo-real
• Tele-educação e Treinamento à distância
• Serviços médicos (Telemedicina) e financeiros através do acesso a
bases de dados e informação.
• Aplicações gráficas
• Redes virtuais de alta velocidade
• Outras aplicações que exijam transferência de grande volume de
dados em alta velocidade.
• Vídeo Clip On-Demand. Vídeo e som com qualidade de CD
simultâneos
• Interligação de centros clínicos e de imagens
• Acesso à Internet por grupos de usuários como empresas e
condomínios, compartilhando um único endereço IP válido.
• Facilidade na compra e venda de produtos, especialmente aqueles que
necessitam de um grande número de imagens ou vídeos de elevada
qualidade, como por exemplo a compra de terrenos, habitações ou
escritórios. É possível ao cliente ver os detalhes de uma casa em
diversos ângulos, quer exteriormente quer internamente.
47

RADSL – RATE-ADAPTIVE DIGITAL SUBSCRIBER LINE

Quando a aplicação depende de sincronização – tráfego de vídeo, por


exemplo – a transmissão deve ter uma vazão contínua. Dados, entretanto, podem
trafegar em uma ampla gama de velocidades – a diferença reside apenas no tempo
de transferência. Tanto os transceivers CAP como os DMT suportam redução e
incremento da velocidade de transmissão, a fim de garantir o alcance em função da
qualidade da linha. Esta capacidade de adaptação implementou o que veio a ser
RADSL (rate-adaptive digital subscriber line) – ANSI T1 TR-59. Além de simplificar a
implementação do serviço, permite uma degradação mais “elegante” e dependente
das condições do loop local.

O RADSL opera dentro da mesma taxa de transmissão do ADSL, mas ajusta


dinamicamente de acordo com o comprimento/qualidade das linhas de par trançado
de acesso local.

Alguns fabricantes introduziram também suporte a um canal de envio de


dados (usuário → central telefônica) de maior capacidade – cerca de 1 Mbit/s. Isto
permite que RADSL suporte aplicações com taxas de transferência simétricas e
assimétricas. Existe também a opção de configuração manual, permitindo que os
provedores do serviço configurem individualmente – e cobrem proporcionalmente –
as taxas de transferência de acordo com o desejo do usuário. Significa, novamente,
uma economia de equipamentos e manutenção, já que um único produto dá suporte
a uma grande variedade de serviços.

A indústria e as tecnologias evoluíram de maneira dramática desde a


padronização dos serviços de vídeo ADSL sobre linha discada, em 1993. Em
reconhecimento a isso, o grupo ANSI T1E1 estabeleceu um grupo específico para
desenvolver a padronização de RADSL.

Os sistemas RADSL são implementados usando-se FDM. Como resultado, o


canal de envio de dados –1,088 Mbit/s – ocupa a banda mediana acima do POTS e
o canal de recebimento – 1,5 Mbit/s a 7 Mbit/s – ocupa a porção superior da banda.
Preocupações surgiram quanto à compatibilidade espectral dos sistemas RADSL
baseados em CAP ou QAM com os sistemas ADSL baseados em DMT ou CAP, já
que estes últimos possuem um canal de envio de dados que opera a velocidades
muito menores – 64 a 640 kbit/s. Levado-se isto em conta, estão sendo tomadas as
medidas necessárias para que seja assegurado um cross-talk minimizado do
RADSL sobre o ADSL.

Alguns equipamentos que dispensam o uso de separadores detectam


dinamicamente os estados “fora do gancho” e “no gancho”. Quando o telefone está
fora do gancho, o equipamento desloca para cima as freqüências de portadoras e
atenua as freqüências mais baixas do sinal digital para eliminar interferências com o
sinal de áudio. Quando o telefone é retornado ao gancho, o sinal digital é deslocado
de volta, para sustentar altas taxas de dados.

No link ADSL são utilizados dois modems: um lado central, recebendo dados
a 1 Mbps e transmitindo a 10 Mbps; outro no ambiente de usuário, com recepção a
48

10 Mbps e transmitindo a 1 Mbps. Essas velocidades podem variar em função das


características da linha. É a função RADSL (Rate Adaptive Digital Subscriber Line)
que permite que os modems adaptem-se para transmitir sempre na máxima
velocidade possível, livre de erros na comunicação.

VDSL – VERY-HIGH-BIT-RATE DIGITAL SUBSCRIBER LINE

VDSL (very-high-bit-rate digital subscriber line) é a tecnologia DSL mais


rápida sobre um par de fios – de 12,96 a 51,84 Mbit/s para downstream e de 1,5 a
2,3 Mbit/s para upstream - permite a transmissão simultânea de voz, dados e vídeo
em pares telefônicos comuns. O problema desta tecnologia de transmissão
assimétrica é o baixo alcance – de 300 m a 1,5 km. Além de suportar as mesmas
aplicações que ADSL, permite que um NSP (network service provider: Companhia
que oferece acesso ao backbone Internet e aos NAP (network access points) para
os ISP) ofereça transmissão de HDTV (high-definition television: tipo de transmissão
de televisão com resolução maior que os padrões atuais de 525 ou 625 linhas.
Atinge resolução horizontal de 1.125 linhas e utiliza relação de aspecto entre as
dimensões horizontal e vertical de 1,778:1 – mais próxima dos padrões da indústria
cinematográfica, como o esférico de 1,850:1 e o Panavision de 2,350:1 –, em
oposição à relação de 1,333:1 dos televisores convencionais. O padrão de
transmissão de áudio é o Dolby Digital e os sinais digitalizados são transmitidos com
compressão.), vídeo sob demanda e vídeo digital comutado.

Dependendo das aplicações, VDSL pode ser configurada para operação


simétrica ou assimétrica. As distâncias alcançadas, em par de cobre, podem variar,
dependendo da velocidade de dados, bitola do condutor, tipo do condutor e ruído de
cross-talk.

VDSL – distância × velocidade


Taxas de transferência Taxas de transferência
para downstream Distância para upstream
12.96-13.8 Mbps 1500metros 1.2 - 2.3 Mbps
25.92 –27.6 Mbps 1000metros 19.2 Mbps
51.94 –55.2Mbps 300 metros Iguais as de Downstream
(versão simétrica)

Como ADSL, deve transmitir vídeo comprimido e incorporar FEC (forward


error correction) com interleaving suficiente para corrigir os erros gerados por ruído
impulsivo.

No estágio de definição de padrões e os candidatos a código de linha são


CAP, DMT, QAM, DWMT e SLC (simple line code). As primeiras versões usam
multiplexação em freqüência para separar os canais de envio e recebimento de
dados dos canais POTS e ISDN. Versões futuras com taxas de transferência
simétricas poderão usar cancelamento de eco.
49

Podemos observar que o VDSL é bem mais rápido do que o ADSL, mas
apenas em distâncias curtas. Existem também outros problemas. Usando cabos
telefônicos comuns a transmissão é muito susceptível a interferências. Para atingir
as velocidades máximas teriam que ser utilizados cabos blindados, e as curtas
distâncias permitidas limitam a possibilidade do seu uso no sistema telefônico em
substituição ao ADSL.

Limitações

A mais potente versão de VDSL apresenta velocidades de downstream de


52Mbits/s na versão assimétrica, 34Mbits/s na simétrica, no entanto só o fará em
laços de até aproximadamente 300m. Como a maioria dos assinantes encontra-se a
mais de 1 km da central, a tecnologia VDSL terá que ser combinada com alguma
arquitetura de acesso que leve a fibra até mais perto do assinante. As menores
distâncias (até 300m) pressupõem a arquitetura FTTC (fiber to the curb, ou fibra até
a calçada) ou FTTB (fiber to the building, ou fibra até o prédio). Já as maiores
distâncias (até 1 km) pressupõe FTTN (fiber to the node, ou fibra até o nó,
fisicamente localizado num armário apropriado na vizinhança). O VDSL é uma
alternativa econômica para a solução FTTH (fiber to the home: rede onde a fibra
óptica vai do comutador telefônico até as dependências dos usuários), visto que as
interligações finais são feitas por par metálico.

A idéia é que o sistema VDSL conviva com o sistema telefônico tradicional e


ISDN de faixa estreita no mesmo par, e possivelmente com sistema ADSL usando
outros pares do mesmo cabo (o que é problemático por causa da diafonia induzida
em cabos de pares não blindados). Por isso, a faixa ocupada deverá ir de 600 kHz
até 10 Mhz aproximadamente. Nesta faixa, operam as estações de AM, rádio em
ondas curtas, e diversas faixas destinadas aos radioamadores, o que levanta o
problema da interferência de RF que poderá ser causada por estes sistemas sobre o
sistema VDSL, e por este sobre aqueles. O pior problema é causado pelos
radioamadores, devido à alta potência de transmissão e possível proximidade às
linhas de transmissão aéreas; e também sobre os radioamadores por causa da alta
sensibilidade de seus receptores.

Para minimizar o problema da interferência de RF sobre e pelos sinais que


trafegam no par telefônico, é fundamental manter um excelente balanceamento das
linhas. O par suporta dois modos: o modo comum, que afeta os dois fios igualmente,
50

e o modo diferencial, que consiste na diferença de potencial entre os dois fios. Em


um sistema perfeitamente balanceado, o sinal trafega no modo diferencial, ao passo
que as tensões induzidas pelos interferentes se dão no modo comum. No sistema
real, a interferência é causada pelo vazamento entre os dois modos, provocada pelo
balanceamento imperfeito do par. Quanto mais alta a freqüência, mais se acentuam
os efeitos parasíticos que provocam o desbalanceamento. Tipicamente, o
vazamento de um modo para o outro é de 50 – 60 dB em 100 kHz, caindo a 30 – 35
em cima de 10 MHz. Infelizmente, por haver muita variação de um cabo para outro,
e de um par para outro dentro de um mesmo cabo, estudos estão sendo realizados
sobre o balanceamento das linhas.

Felizmente, as freqüências de operação dos radioamadores estão


concentradas em algumas sub-faixas relativamente estreitas. Por isso, os sistemas
VDSL estão sendo projetados para apresentar buracos espectrais nestas sub-faixas,
com mais de 20 dB de supressão em relação ao restante da faixa do sistema.

Aplicações
• Distribuição de TV em blocos de apartamentos
• Acessos à informação de alta velocidade
• Vídeo conferencia
• Vídeo e informação combinados na mesma linha
• Tele-medicina
• Tele-radiografia
• Diagnóstico à distância
• Monitoramento de pacientes
• Intervenções cirúrgicas assistidas

HARDWARE

Configurações necessárias em um computador para instalação do xDSL

É necessário ter um computador com as seguintes características e


programas:
• Pentium 133 Mhz ou equivalente;
• Memória RAM de 32 Mb;
• CD ou disquete de instalação do Windows 95, 98, 2000, Millenium ou
NT;
• Resolução de vídeo SVGA;
• Espaço livre em disco acima de 200 Mbytes
51

O Modem

Há vários tipos de modems ADSL: Modem interno (placa PCI), Modem


externo mono ou dual link (USB), Modem externo conector RJ-45, Modem router
externo conector RJ45, etc. Placa de rede 10BaseT (IEEE 802.3), placa de rede
10BaseT/100BaseTX (IEEE 802.3u). Cabo crossover/par trançado categoria 5 (ou
5e) quando ligados ao Hub ou Switch e, cabo straight/paralelo, quando os dois
conectores RJ-45 forem "climpados" na mesma seqüência (padrão EIA/TIA-568A).

O Zipcomm, com tecnologia ADSL, é o mais recente modem da Digitel para


utilização de provedores de acesso e usuários da Internet que buscam alta
velocidade e melhor performance em suas conexões à distância.

Características Benefícios
Velocidade de "download" de até 10 Viabiliza a Internet para aplicações de alto tráfego de dados
Mbit/s e "upload" até 1 Mbit/s como vídeo on demand, vídeo conferência, telemedicina,
etc.
Velocidade adaptativa de 32 em 32 Disponibiliza sempre a máxima velocidade permitida na
kbit/s – RADSL linha telefônica, livre de erros ( taxa de erro < 10E-7 ).
Led´s para monitoração de status no Facilita o diagnóstico durante o processo de instalação ou
painel frontal falha na transmissão.
20 modens por sub-bastidor de 19" Facilita a instalação no ambiente de central com nível ótimo
de integração.
Interface LAN 10Base-T nas duas Fácil integração com os sistemas existentes.
pontas ( central e remota ) Otimização do tráfego de dados e flexibilidade das
aplicações.
Roteador interno Permite vários usuários no mesmo link, para aplicações em
empresas, condomínios, etc. Economia de endereços IP.
Conexão permanente Reduz a zero o tempo de conexão ao provedor. O tempo é
todo disponível para acesso a informações.
Splitter interno nas duas pontas Simplifica o processo de instalação física de equipamentos.
( central e remota ) Permite o uso simultâneo de voz e dados sobre a mesma
linha.
Forward Erro Correction e Interleaving
Otimiza o desempenho e o throughput efetivo de dados
mesmo nas piores linhas.
WebSetup - Programação HTML Simplifica o processo de instalação, configuração e
através de Browser monitoração dos modens.
Opção de fonte AC ou DC para o lado Permite a instalação do sistema em diversos ambientes,
central sem a necessidade de conversores externos.
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O Microfiltro ADSL

O Microfiltro para ADSL da Corning Cable Systems foi projetado para uso na
instalação do assinante. ADSL significa Linha Digital Assimétrica do Assinante
(Asymmetrical Digital Subscriber Line), que fornece sinais digitais de alta velocidade
em linhas comuns de telefone do assinante (POTS). O termo POTS significa Serviço
Tradicional de Telefonia (Plain Old Telephone Service).

O Microfiltro é um filtro passivo que permite que somente sinais de ÁUDIO


sejam encaminhados para o telefone, secretária eletrônica, fax e outros dispositivos
analógicos do assinante, enquanto que os sinais de DADOS são encaminhados para
o computador (Modem).

Microfiltro ADSL | Foto DSL-85

Características / Benefícios

• Capaz de ser ligado em qualquer tomada de telefone - maior flexibilidade


• Instalado pelo cliente – não é necessário assistência profissional
• Não requer ferramentas para a instalação
• Diminui o custo da instalação
• Não requer uma tomada ADSL dedicada
• Cor cinza padrão – cores opcionais sob encomenda
• Fornece serviço ADSL ininterrupto por toda a instalação do assinante

A seguir as especificações técnicas para este microfiltro.


53

Especificações Técnicas Microfiltro da Corning Cable Systems

Descrição Condições Requisitos


Resposta de Freqüência Entre 300 Hz e
4,0 kHz ± 0,5 dB Em relação a perda por inserção a 1020 Hz
Atenuação a
12 kHz >=-23 dB Em relação a perda por inserção a 1020 Hz
Freqüência de Corte 4 kHz a 7 kHz
Perda por Inserção <=0,8 dB, na freqüência de 1020 Hz
Atenuação da Faixa De Freqüência ADSL 30 kHz/300 kHz >=40 dB
300 kHz/1,1 MHz >=50 dB
Resistência Ohmica De cada um dos lados <=25 Ohms
Somatório de ambos os lados <=50 Ohms
Perda de Retorno Freqüência: 1020Hz >=19 dB
Freqüência: 300/1500Hz >=19 dB
Freqüência: 2000Hz >=15 dB
Freqüência: 3000Hz >=12 dB
Equilíbrio/Balanço Longitudinal 300 Hz a 600 Hz > 58 dB
600 Hz a 3400 Hz > 53 dB
Distorção de Impulsos Decádicos < 1ms
Impedância de Entrada/Saída 600 Ohms

Especificações do Produto
Dimensões 25 mm x 25 mm x 83 mm
Peso 0,041 kg

CARACTERÍSTICAS DAS PRINCIPAIS TECNOLOGIAS xDSL

DSL TIPO SIMÉTRICO

DESIGNAÇÃ DISTÂNCIA PAR DOWN-


NOME UP-STREAM VOZ COMENTÁRIO
O LIMITE (FIOS) STREAM

Não Implementação do HDSL


Symmetric
SDSL 5,5 km 1 2 Mbit/s 2 Mbit/s com apenas um par de fios
DSL
trançado
Serviço T1/T2 entre
servidores e companhia
High bit Não telefônica ou entre
HDSL 5,5 km 2-3 2 Mbit/s 2 Mbit/s
rate DSL companhias; WAN, LAN,
server acess; chegando a 2
Mbit/s em linhas dedicadas
High bit
1,544 Similar ao HDSL mas com
HDSL2 rate DSL 5,5 km 1 1,544 Mbit/s Não
Mbit/s apenas 1 par de fios
tipo 2
Sim Variação do SDSL que
Multirate N x 64kbit/s N x 64kbit/s permite o provimento de
MSDSL 11 km 1
SDSL até 2Mbit/s até 2Mbit/s serviços TDM com múltiplas
taxas de dados
Não Similar ao ISDN BRI , mas
IDSL com apenas Serviço de
ISDN DSL 5,5 km 1 144 kbit/s 144 kbit/s
ISDN DSL Dados (sem voz na mesma
linha)
Desenvolvido
posteriormente ao SDSL,
reduz drasticamente as
192Kbit/s a 192Kbit/s a Sim despesas com dispendiosos
G.SHDSL 6 Km 1
2,3 Mbit/s 2,3 Mbit/s amplificadores; oferece
ótima imunidade a
ruídos;cotada para se tornar
a substituta da RDSI
54

DSL TIPO ASSIMÉTRICO

DISTÂNCIA PAR DOWN-


NOME DESIGNAÇÃO UP-STREAM VOZ COMENTÁRIO
LIMITE (FIOS) STREAM

Utilizado para acesso a


Asymmetric 1,5 a 8 Sim
ADSL 5,5 km 1 16 kbit/s – Internet , vídeo on-demand
DSL Mbit/s
1,5Mbps e acesso remoto a LAN
Padrão ADSL; sacrifica a
velocidade para não
necessitar de um “splitter”
DSL Lite/
instalado nos usuários
DSLLite Consumer 5,5 km 1 2 Mbit/s 512 kbit/s
Sim domésticos ou nas
DSL
empresas; Instalação mais
fácil para companhias
telefônicas
Variação do ADSL que
Rate
128k a 7 384 a Sim permite adaptação da taxa
RADSL Adaptative 3 a 4,5 km 1
Mbit/s 640kbit/s de transmissão de acordo
DSL
com a condição da linha
Exige fibra óptica em
Very high bit distâncias maiores que
VDSL/ rate DSL ou 300m a 1,5 13 a 70 1,5 a 16 Sim essas. Acesso a LANs,
1
BDSL Broadband km Mbit/s Mbit/s WANs , serviços T1/E1e
DSL HDTV. Distâncias até 300m
em versão simétrica.

VANTAGENS DO xDSL

Para o Provedor de Serviço

1. Uma das maiores vantagens do xDSL – se não a maior - é a utilização de


mesmo par de fios da linha telefônica comum, onde seu modem está conectado
através de um conector RJ11. O DSL permite que as companhias de telefone usem
quase 750 milhões dos fios de cobre existente no mundo para disponibilizar alta
velocidade para acesso remoto à Internet, redes corporativas e serviços on-line em
cima de linhas de telefone comuns. Essencialmente, o xDSL provê os meios para
entregar a próxima geração de serviços de banda de difusão em cima de redes de
telecomunicações existentes habilitando de tempo em tempo atualizações e
vantagens de mercado.

2. Utiliza técnicas digitais de processamento de sinais com freqüências de até


2,2 MHz sem interferir na faixa de voz

3. O xDSL habilita novas aplicações em real-time, multimídia interativo com


qualidade na transmissão de vídeo. Tais aplicações incluem computação interativa,
vídeo conferência, aprendizado a distância que requerem grande quantidade de
banda disponível.

4. O xDSL autoriza os provedores de serviço a prover uma taxa contínua


garantida ou alternativamente uma taxa de serviço semelhante e adaptável a
modems analógicos. Com ADSL, os usuários podem obter velocidades:
55

300 vezes mais rápidas que um modem 28.8Kbps


100 vezes mais rápidas um modem 56Kbps
70 vezes mais rápidas um modem 128Kpbs
Opções simétricas garantem de forma contínua ou alternada uma taxa de
serviço com velocidades de até 2Mbps em cada direção. Colocando vários modems
simétricos juntos podem atingir velocidades ainda maiores.

5. O xDSL proporciona para as companhias de telefone a capacidade de


oferecer um canal privado e segurança de comunicações entre o consumidor e o
provedor de serviço: Por ser uma linha dedicada ao cliente, as velocidades de
transmissão não são afetadas por outros usuários que estão conectados.

6. O xDSL está sempre ativo e conectado, como um telefone comum. Não há


nenhum tempo desperdiçado discando o serviço várias vezes por dia esperando ser
conectado, o xDSL está pronto para uso sempre que seu cliente necessitar.

7. Todo provedor de serviço principal realizou testes provando a qualidade da


tecnologia. Hoje, os provedores de serviço estão utilizando o DSL mundialmente.
Em defesa deste mercado, um número grande de vendedores dos principais
equipamentos estão despejando produtos de terceira e quarta geração, que
oferecem melhor desempenho com baixo custo.

8. O xDSL provê o portal de comunicação para a próxima geração de


tecnologias de rede sem infra-estrutura nova somada e sem reinvestimentos.

Para o Usuário Final

1. Alguns tipos de DSL permitem usar telefone ao mesmo tempo para


conversações normais enquanto efetua a transmissão de dados. Isso proporciona
uma enorme vantagem tanto em casa como no trabalho, otimizando o seu tempo.

2. O xDSL provê um acesso remoto de alta velocidade à Internet, redes


corporativas, e serviços on-line em cima de linhas de telefone comuns, sem a
necessidade de uma linha adicional. Utilizando xDSL poderemos chegar em
velocidades que, dependendo do comprimento do par e da freqüência do sinal,
variam de 128 Kbps a 9 Mbps.

3. O xDSL está sempre pronto para uso.O xDSL funciona permanentemente


assim como a linha telefônica comum.

4. Não é necessário compartilhar acesso com outros usuários

DESVANTAGENS DO XDSL

1. A taxa de transmissão é inversamente proporcional à distância. Geralmente


a distância é de 5,5 Km.

2. A maioria dos usuários desse serviço enfrenta desconexões ocasionais que


podem durar de uma fração de segundo a algumas horas. Quando isso acontece,
56

pode ser preciso reiniciar o modem e, em alguns casos, também o micro. O


problema é mais sério em determinados bairros e horários.

3. Conexões ADSL estão disponíveis apenas em alguns bairros nas maiores


cidades.

4. A banda larga é cara no Brasil

5. O conteúdo específico para banda larga é ainda escasso. A maioria dos


sites prefere dirigir suas páginas aos usuários de modem que são, de longe, a
maioria dos internautas.

6.Qualquer que seja tipo de DSL, o objetivo desta tecnologia é prover


transmissão de alta performance para o maior número possível de usuários. Em
cargas de alta transmissão, a ocorrência de ruídos por interferências mútuas -
também chamados "linhas cruzadas" - podem se registrar principalmente nos
entroncamentos de cobre com fibra. Também neste aspecto, há uma diferença entre
os vários tipos de DSL.

Os ADSL são particularmente sensíveis a interferências de vários sinais


trafegando através do mesmo cabo. Quanto maior a multiplicidade de serviços
utilizando este mesmo duto, maior a dificuldade de gerenciamento da configuração
do cabo para se garantir uma coexistência livre de problemas. Uma complicação
adicional, e que deve se agudizar a cada dia, está no fato de que diferentes
operadoras partem cada vez mais para o uso da mesma infra-estrutura de última
milha.

Para prevenir qualquer deterioração da performance geral das transmissões,


as operadoras tendem a preferir qualquer tipo de solução em detrimento daquelas
que possam incrementar os níveis de ruído ou linha cruzada.

ADSL NO MUNDO

XDSL x Cable-Modem

Atualmente a maior concorrência está no cable-modem oferecido pelos


players de TV a Cabo (NET e TVA). Certamente é mais interessante ao assinantes
de TV a cabo o acesso pelo cabo da TV do que pelo telefone. O usuário doméstico é
o alvo preferido deste mercado que teoricamente é capaz de oferecer 30Mbps de
Downstream e Upstream de até 10 Mbps. Entretanto, o Cable-Modem possui uma
particularidade muito especial. Diferente do ISDN ou do xDSL o acesso é
compartilhado com numa rede local. Desta forma ninguém em particular utilizará 30
Mbps sozinho. Outro fato é que durante os horários de pico haverá lentidão, xDSL
garante uma velocidade mínima de banda.

Cable Modems:

Uma vez que não é sustentada numa rede já existente é preciso implantar
uma rede nova;
57

Sendo a linha não exclusiva a segurança dos dados é posta em causa, tendo
que existir processos para evitar a violação da privacidade dos clientes;
A ligação é dedicada, com as vantagens que daí advêm;

As velocidades de transferência de dados oscilam, tipicamente, entre os


500kbps e 1.5Mbps em downstream e em upstream não passa os 256kbps; Sendo
estes valores típicos não se exclui a possibilidade que usufruir de taxas superiores a
1.5Mbps nem a possibilidade de ficar aquém dos 500kbps; As oscilações dependem
do número de utilizadores a transferir dados;

Apesar de tudo as operadoras estão se movendo devido à ameaça


representada pelos cable modem, que se encontram mais adiantados em relação à
padronização.

Na Comnet (Conference & Expo 28 - 31 de janeiro de 2002 Washington (DC)


Estados Unidos), liderados pela Microsoft e outras 35 empresas de
telecomunicações, foi anunciado oficialmente a formação do consórcio Universal
ADSL Working Group, cujo objetivo principal é acelerar a padronização do que eles
chamam de ADSL G.Lite (ITU G.992.2), ou seja um ADSL simplificado com taxa de
transmissão até 2 Mbit/s (download) e 640 Mbit/s (upload). Isto permite uma redução
do preço do modem, e dos custos de instalação, mas irá sacrificar a velocidade, dos
atuais 9 Mbit/s para 2 Mbit/s. Com a padronização, torna-se possível ao usuário
adquirir na loja o modem do fabricante que quiser e instalá-lo, como fazemos hoje
com os modems analógicos, ou até com os modems RDSI.

Mas há interesses contrariados que podem atrasar o processo. Hoje 90% dos
fabricantes de modems ADSL utilizam a modulação CAP, e o consórcio Universal
ADSL, adotou a modulação DMT, que já havia sido escolhida padrão na América em
1993.

ADSL NO BRASIL

O Brasil está numa ótima posição para implementar o serviço ADSL, e as


razões são simples:

Nossa rede física é relativamente nova e curta. Na CTBC Telecom os


assinantes estão em média a menos de 2 Km da central mais próxima.

Devido nossa tradição de usar equipamentos europeus, as operadoras no


Brasil adotaram o conceito de Estágios Remotos. São partes das centrais instaladas
remotamente e interligadas as centrais mãe, onde o processamento é realizado.

O ano de 2003 será o do ADSL. A aposta é da Telefônica, a concessionária


que lidera o número de acessos ADSL em toda a América Latina, repetindo o
desempenho de sua matriz, a Telefônica, na Espanha. Ela reserva, para o ano de
2003, dois grandes projetos que, no mínimo, deverão ampliar em 50% a sua base
instalada. A Telemar e a Brasil Telecom, com 10 mil e 30 mil acessos mensais,
respectivamente, seguem o mesmo caminho. Nesse ritmo serão, por baixo, de 700
58

mil a 1 milhão de acessos instalados em 2003, movimentando recursos da ordem de


R$ 1 bilhão.

No próximo ano, a Telefônica quer ultrapassar a faixa de 500 mil usuários


ADSL no país. Mas pode ir muito mais além. Fábio Bruggioni, diretor de negócios
Internet da Telefônica São Paulo, afirma que a meta do total de acessos, e também
os investimentos, para 2003 não estão fechados. Mas, com um histórico de
crescimento de 50% ao ano, acredita que esse seja o percentual mínimo a ser
atingido. Na sua avaliação, o mercado ADSL está atingindo um novo estágio. Se,
antes, a velocidade de acesso era o atributo mais desejado por quem comprava o
produto, agora o que mais pesa na decisão de compra é a relação custo/benefício, o
que exige melhorias no sistema.

No que diz respeito ao custo, o executivo considera que é preciso acelerar as


soluções para vencer as barreiras de entrada do usuário. Uma diz respeito à
redução no preço da instalação, ainda um impeditivo para o crescimento do serviço.
Outra é mais radical, envolvendo a eliminação desse custo por meio de incentivo à
auto-instalação, com a entrega de kits fáceis de serem manuseados.

Como benefício adicional, o usuário do Speedy, o serviço de acesso banda


larga da Telefônica, passa a receber uma gama maior de soluções, explica o
executivo, inclusive com muito mais orientação sobre como encontrá-las na web. O
call center do serviço Speedy, por exemplo, passou a ser orientado de forma a
prestar também consultoria de conteúdo, inclusive nos games on-line, músicas e
utilidades clássicas. A Telefônica optou por não ter uma área própria de
desenvolvimento de conteúdo, mas oferecer uma plataforma mais flexível para os
desenvolvedores de conteúdo poderem criar, mais facilmente, novas soluções.

No intercâmbio com a matriz espanhola, a Telefônica reforça os testes para a


utilização da rede de cobre para novas aplicações, como transmissão de serviços
multimídia e interativos. Para isso, é importante a chegada ao país, em dezembro,
da Telefônica Pesquisa e Desenvolvimento — conhecida na Espanha como
Telefônica I + D, ela tem know how nessa área, já tendo desenvolvido sistemas para
transmissão de imagem e vídeo on demand, na rede ADSL.

Com estardalhaço, e polêmica, a Brasil Telecom foi quem saiu na frente no


que diz respeito à utilização da rede ADSL para transmissão de imagem. Ela
anunciou o lançamento do Turbo Vídeo que, pela rede de cobre, levaria vídeo à
casa do assinante. Depois de alguma discussão com operadores de TV a cabo, a
questão acabou esclarecida com a assinatura de dois acordos, no mês passado,
com a ViaCabo e a NET Foz do Iguaçu. O serviço será lançado, comercialmente, no
primeiro trimestre de 2003 e, pelo acordo, a concessionária é a responsável por
receber os sinais das operadoras de TV a cabo, transformá-los em IP para que
possam trafegar na rede e convertê-los para sinal de TV na entrega ao assinante.

Lembrando que a origem do sistema ADSL é, justamente, a transmissão de


imagens, Yon Moreira da Silva Jr, vice-presidente corporativo da Brasil Telecom,
entusiasma-se ainda mais com a potencialidade de sua rede. Ele já pensa na
possibilidade da substituição dos satélites, hoje responsáveis pela emissão de sinais
59

das TVs abertas, pela infra-estrutura terrestre das concessionárias, como a de cabos
ópticos. "Nossa rede tem capacidade de cerca de 80 satélites", comenta.

O executivo quer que a Brasil Telecom feche o ano com 220 mil acessos
ADSL instalados, o que dá à operadora o status de segunda maior planta da
América Latina. "Estamos instalando cerca de mil acessos por dia", ressalta. Esse
ritmo, no mínimo, deverá continuar no próximo ano — as projeções de crescimento
ainda estão sendo trabalhadas. Em setembro, a operadora contabilizava 118,3 mil
acessos ADSL comercializados, ou seja, um crescimento de 16,6% em relação ao
ano anterior.

Concorrência reduz preço

Em sua área de atuação, a Brasil Telecom é, praticamente, a única


concessionária que enfrenta concorrência em banda larga de uma empresa-espelho,
a GVT, já que a Vésper, que concorre com a Telefônica e a Telemar, não oferece,
ainda, serviço alternativo nesse mercado. Não é por outro motivo que, para proteger
sua base de clientes, a Brasil Telecom reforçou seu esquema de atendimento ao
mercado de clientes residenciais, de alto poder aquisitivo, e ao segmento SoHo
(Small Office Home Office), justamente onde sua concorrente tem atuado.

Em setembro, a GVT ofereceu uma redução de até 30% na mensalidade do


Turbonet, seu serviço de acesso banda larga via ADSL. Em novembro, aumentou o
número de lojas onde seus clientes poderiam comprar os modems compatíveis com
o seu sistema, além de ter homologado o modem Speed Touch Pro Alcatel, que, na
avaliação da empresa, é o mais adequado para clientes residenciais, pequenas e
médias empresas, e mercado SoHo. Lançado em março deste ano, o Turbonet
contava, em novembro, com 4 mil clientes — 40% são pequenas e médias
empresas e SoHo — e a previsão era fechar o ano com 5 mil clientes e dobrar esse
número até março do próximo ano. Com um total de 450 mil clientes, a GVT conta
com 40% de sua receita geral proveniente do mercado corporativo.

Se a disposição das operadoras de continuarem investindo na tecnologia


xDSL pode animar os fornecedores, eles, ao mesmo tempo, terão de administrar
melhor suas vendas. Isso porque, no que depender das operadoras, os estoques
ficarão por conta dos fabricantes, já que o ritmo de compras será bem pausado. Na
melhor das hipóteses, as aquisições serão feitas de três em três meses. Mas há
quem já trabalhe com a hipótese de prazos mais prolongados de compra, com a
entrega acompanhando o movimento de vendas.

A estratégia da Telemar é a de prover serviços Internet, como um todo, com


um portfolio mais amplo, baseado na conectividade. O xDSL faz parte dessa oferta e
está sendo oferecido tanto para o mercado residencial, que responde por 70% de
sua base de clientes, como para o empresarial, que fica com os 30% restantes. Mas
sua base de acessos ADSL ainda é pequena, comparada às das outras
concessionárias locais: atingia, em novembro, cerca de 40 mil acessos em serviço.
No terceiro trimestre de 2002, o Velox, serviço ADSL da concessionária, atingiu uma
receita de R$ 8 milhões, contra R$ 2 milhões no mesmo período de 2001. Para a
empresa, isso foi um marco que dá início ao foco maior nesse produto.
60

Nos Estados Unidos utiliza-se o conceito dos DLC (Digital Loop Carrier) que
permite o atendimento via a central pública de assinantes distantes. Os DLC são
interligados a central digitalmente, daí os sinais seguem via fibra óptica até um ponto
remoto, onde são convertidos em sinais analógicos e distribuídos na rede metálica
convencional até os assinantes.

Estima-se que 30% dos assinantes aqui são atendidos via DLC's e 40% dos
usuários Internet estão entre estes assinantes. Somente agora estão se
desenvolvendo interfaces ADSL para equipar os DLC's.

Velocidades e Custos

Brasil Telecom:

ADSL Turbo - Plano Residencial (1 computador)


Taxa de habilitação: R$ 60,00
Mensalidade Mensalidade
Plano Downstream Upstream
Brasil Telecom Hbinfo(*)
Turbo 300 Até 300 Kbps Até 150 Kbps R$ 69,90 R$ 15,00
Turbo 600 Até 600 Kbps Até 300 Kbps R$ 99,00 R$ 15,00
Mega Turbo Até 1,0 Mbps Até 300 Kbps R$ 179,00 R$ 15,00
(*) - Custo referente à autenticação + 1 endereço de e-mail com proteção de antivírus e suporte via telefone.

Vélox: Telemar
Taxa de Habilitação: R$198
Assinatura mensal :Velox 256: R$59,10 ; Velox 512: R$129,00

Modem
A Telemar instala o modem na sua residência e você paga uma taxa de
aluguel de R$19,90 mensais.

Velocidade
O Velox oferece duas velocidades: de até 256 kbps (kilobits por segundo)
para download e 128 kbps para upload e de até 512 kbps para download e 128 kbps
para upload.

Área de Cobertura em Recife


Aflitos ,Boa Viagem, Boa Vista, Casa Amarela, Casa Forte, Derby,
Encruzilhada, Espinheiro, Graças, Ilha do Leite, Imbiribeira, Jaqueira, Paissandu,
Parnamirim, Piedade, Pina, Rosarinho, Santo Amaro, Setúbal, Tamarineira, Torreão,
Madalena, Candeias, Monteiro, Poço, Santana, Santo Antônio, Soledade

Algumas Vantagens do ADSL sobre o modem convencional:

Custo
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A conexão ADSL tem tarifa mensal fixa, independente do tempo de uso. Não
há "pulsos" sendo acumulados durante o uso da conexão ADSL. Para usuários
médios ou pesados (algumas horas por dia) de Internet, ADSL é mais barato: A
tarifa fixa do ADSL é menor que o custo dos "pulsos" telefônicos.

Disponibilidade
Cada usuário de ADSL tem seu próprio terminal, de modo que não existe a
possibilidade de encontrar "linhas ocupadas". A conexão ADSL está disponível 24h
por dia. O computador do usuário pode ficar conectado permanentemente à Internet,
sem custo adicional além da tarifa mensal fixa.

Serviços
A instalação de uma linha ADSL depende das condições do sistema
telefônico no local. Um nível de ruído elevado ou um sinal fraco podem inviabilizar o
uso dessa tecnologia. Isso exigiria a troca de cabos ou de equipamentos da rede,
um investimento que várias operadoras estão fazendo, mas que ainda não atinge
muitas áreas.

A qualificação em massa para serviços DSL é a resposta para o maior dilema


das operadoras: Aceitar ou não um pedido do cliente para DSL. A chave para
minimizar decisões incorretas de instalação por operadoras de DSL e para aumentar
o market share sem comprometer a satisfação do cliente é ter uma informação
confiável de ponta a ponta sobre a rede de acesso. Armado com dados concretos
referentes às verdadeiras características, capacidades e roteiros de cada par de
cobre, as operadoras podem realmente prometer e entregar lucrativos serviços DSL.

Um exemplo de software desenvolvido como uma solução para manutenção e


qualificação em massa para serviços xDSL é o PairQ. O PairQ realiza um conjunto
de testes compreensivo em cada par da rede metálica.

Utilizando tecnologia de testes a partir de um ponto apenas, PairQ pode ser


instalado em qualquer ponto da linha do D.G. até o local do cliente.

A maioria dos problemas com conexões de banda larga não tem nada a ver
com tecnologia. A causa deles, muitas vezes, é o atendimento confuso de
companhias telefônicas e outras empresas que prestam esses serviços.

Com a banda larga, não acabam os problemas de lentidão. A comunicação


entre o micro e o provedor pode até ser rápida, mas isso não vai eliminar o
congestionamento em servidores, roteadores e backbones.

APLICAÇÕES DO XDSL

Além de melhorar tremendamente o acesso remoto para usuários Internet e


disponibilizar serviços de alta velocidade para interconexão de redes locais, estão
sendo vislumbradas diversas outras aplicações nas redes xDSL como, por exemplo,
videoconferência, home shopping, ensino a distância, sistemas interativos,vídeo sob
demanda (incluindo televisão de alta definição), etc
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Empresas:
• Acesso a Internet
• Hospedagem de sites
• Escritórios remotos
• Comunicação Matriz/Filial
• e-Commerce
• Vídeo-conferência,etc;

Doméstico:
• Acesso a Internet
• Acesso a Redes corporativas (VPN)
• Games On-line, etc;

Redes Particulares:
• Universidades (Ensino a distância)
• Governo (Troca de informações em tempo real)
• Hospitais (imagens de cirurgias, conferências médicas), etc.

PERSPECTIVAS

O IDC calcula que, em 1998, havia 70.000 linhas xDSL em uso no mundo e
prevê que, em 2003, serão 27 milhões. Neste ano, diz o IDC, 13% das residências
com acesso à Internet no mundo terão xDSL. Isso corresponde a um crescimento de
200% ao ano.

Nos próximos 3 anos a família xDSL fará uma reviravolta na tecnologia de


acesso à Internet/Intranet, video-on-demand, serviços on-line, TV, video-interativo,
transmissão de voz e imagens. Todos estes serviços são possíveis
em alta velocidade.

Perspectivas Futuras

Sendo as vantagens desta tecnologia bastante elevadas e a pressão por


parte das operadoras telefônicas elevadas para o melhoramento desta tecnologia,
estão atualmente a serem estudadas diversas soluções para tornar o produto mais
atrativo e mais eficaz. Entre elas encontra-se o uso de melhores técnicas de FEC de
forma a garantir um maior ganho de codificação e conseqüentemente permitir
estender o uso de ADSL em distâncias superiores.

Outro fator que poderá tornar o produto mais atrativo para os clientes é a
transmissão de voz juntamente com os dados e, possivelmente a dedicação total
das linhas para ADSL. Desta forma será possível um melhor aproveitamento das
baixas freqüências de modo a tornar as taxas de transferência de dados superiores.
63

São também possíveis velocidades de transmissão muito superiores às

indicadas se as distâncias entre ATU-R e ATU-C forem inferiores. Contudo, a


implementação desta tecnologia obriga a grandes investimentos por parte dos
fornecedores de serviços que teriam de instalar regeneradores de sinal entre o
consumidor e a central telefônica.
Figura 1 - Crescimento do número de linhas instaladas na Europa e nos EUA

Estudam-se ainda possibilidades de usar esta tecnologia através de fibra


óptica sendo nesse caso possíveis velocidades de transferência muito superiores.
Entretanto as velocidades de transferência de dados proporcionadas pela ADSL
farão com que, num futuro próximo, o serviço pay-per-view vídeo seja uma realidade
acessível à grande maioria dos utilizadores da World Wide Web, bem como o
serviço de vídeo-conferência. Contudo este último serviço padece da limitação nas
velocidades de upstream.

As figuras 1 e 2 refletem a evolução e perspectivas futuras de


desenvolvimento do número de bases de linhas DSL, quer no mercado residencial
quer no mercado empresarial e as perspectivas de crescimento das linhas de
serviços broadband em todo o mundo.
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Figura 2 - Número de linhas de serviços Broadband instaladas em todo o mundo.


(Fonte: The future of local loop: market strategies)
CONCLUSÃO

As tecnologias DSL são bastante promissoras justamente pelo fato de


disponibilizarem alta largura de banda para o assinante, sem requerer grandes
investimentos em nova infra-estrutura de telecomunicações, já que toda a atual infra-
estrutura de transmissão de voz é completamente aproveitada.

Há uma ampla variedade de velocidades de serviço e opções de centenas de


provedores a nível mundial. O DSL habilita o uso em real-time de multimídia
interativa e transmissão de vídeo com qualidade superior ao utilizado hoje para
novos serviços como transmissão de canais de TV pela Internet, vídeo-conferência,
e até aprendizagem à distância através de vídeo/áudio/texto.

Tanto estabelecimentos residenciais e comerciais, em todo mundo já estão


sofrendo a escassez de linhas livres em cabos de telefone instalados, duplicando
deste modo sua capacidade em um benefício real. O DSL provê um canal privado e
seguro de comunicações, entre o usuário e o provedor de serviço. Seus dados
viajam através de sua própria linha telefônica e as velocidades de transmissão não
são afetadas por outros usuários que estarão on-line. Com as conexões via "cable
modem", as velocidades de transmissão caem sensivelmente à medida que mais
usuários estão on-line.
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BIBLIOGRAFIA

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