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revisional

Teoria da Literatura + Literatura Brasileira


Manoel Neves
O sapo-tanoeiro,
Parnasiano aguado,
Diz: — “Meu cancioneiro
É bem martelado.
Vede como primo
Em comer os hiatos!
Que arte! E nunca rimo
Os termos cognatos.
O meu verso é bom
Frumento sem joio.
Faço rimas com
Consoantes de apoio.
Vai por cinquenta anos
Que lhes dei a norma:
Reduzi sem danos
A fôrmas a forma.
Clame a saparia
Em críOcas céOcas:
Não há mais poesia, BANDEIRA, Manuel. Os sapos. Disponível em: http://manoelneves.com.
Mas há artes poéOcas…” Acesso em: 03 set. 2016.
QUESTÃO 01
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
No fragmento acima, extraído do poema “Os sapos”, de Manuel Bandeira, imita-
se o esOlo da escrita parnasiana com vistas a criOcar
a) o apreço pela forma
b) o preciosismo vocabular
c) a influência estrangeira
d) o afastamento da poesia popular
e) a ausência de envolvimento emocional
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
No fragmento em análise, percebe-se uma apropriação da ideologia parnasiana
presente na transcrição da fala do sapo tanoeiro. Em tal discurso, percebe-se
claramente um elogio da perfeição formal, facilmente percebido, por exemplo, em
fragmentos como: “Meu cancioneiro/ É bem martelado”. Marque-se, pois, a
alternaOva “a”.

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semana de arte moderna, primeira geração do modernismo brasileiro
Longe dessa grita,
Lá onde mais densa
A noite infinita
Veste a sombra imensa;
Lá, fugido ao mundo,
Sem glória, sem fé,
No perau profundo
E solitário, é
Que soluças tu,
Transido de frio,
Sapo-cururu
Da beira do rio.
BANDEIRA, Manuel. Os sapos. Disponível em: http://manoelneves.com. Acesso em: 03 set. 2016.
QUESTÃO 02
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
O trecho acima foi extraído do importante poema “Os sapos”, recitado durante a
Semana de Arte Moderna. Nota-se, nesse fragmento, defesa:
a) da liberdade temáOca.
b) de uma poesia coloquial.
c) de uma poéOca popular brasileira.
d) dos versos livres.
e) da intertextualidade.
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Ao longo do poema “Os sapos”, percebe-se, por intermédio da figura do sapo
sururu e do uso da redondilha menor — verso de cinco sílabas métricas —, a
defesa de uma poesia autenOcamente nacional. Marque-se, portanto, a
alternaOva “c”.

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semana de arte moderna, primeira geração do modernismo brasileiro
Em memória daquele velho
Da distante joazeiro
Que entregou tão bela arma
Sem querer glória ou dinheiro
Fiz esse relato em verso.
Ao doutor delegado peço
Que o receba, por derradeiro.
Recolhemos a tal arma
sem força ou resistência
O velho cumpriu o trato
Sem gastar uma insistência
O velho nunca mais vi
Deve estar por ai
Em paz com a consciência
Soldado cria poema para registrar entrega de arma em MG. Disponível em: http://migre.me/dhUbZ. Acesso em: 10 fev. 2013.
QUESTÃO 03
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Considerando a forma, o conteúdo e a intencionalidade do texto acima, é possível
inferir que ele:
a) arOcula-se por intermédio da apropriação do discurso naOvista presente em
toda a literatura brasileira.
b) mescla apresentação e análise de um fato com metalinguagem e recursos
bpicos da linguagem poéOca.
c) dialoga com as narraOvas da Literatura de Cordel na medida em que traz
elementos que abarcam desde o real até a chamada literatura fantásOca.
d) vale-se exclusivamente das funções emoOva e referencial.
e) possui intencionalidade clara de incenOvar o desarmamento da população.
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
No texto em análise, nota-se a presença de quatro funções da linguagem, a saber:
referencial [o texto é um BoleOm de Ocorrência; visa, pois, a registrar um fato
relacionado à área de segurança pública], emoOva [farta presença de modalização
do discurso], metalinguísOca [o locutor afirma, na primeira estrofe ter feito o
relato em verso], poéOca [os versos são rimados e metrificados]. Assinale-se,
portanto, a alternaOva “b”.

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funções da linguagem, gênero textual: bole<m de ocorrência
MAGRITTE, R. Ceci n’est pas une pipe. Disponível em: http://cognosco.blogs.sapo.pt/arquivo/592561.html.
BANKSY. This is a pipe. Disponível em: http://barcelone-art.blogspot.com. Acesso em: 02 set. 2016.
QUESTÃO 04
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
No texto 1, reprodução da pintura surrealista de Magrihe, a frase em francês
significa “Isto não é um cachimbo”. No texto 2, reprodução da intervenção do
arOsta contemporâneo Bansky, a frase em inglês pode ser traduzida por "Isto é um
cano" ou “Isto é um cachimbo”, já que “pipe” pode significar cano ou cachimbo,
conforme o contexto. A relação que o texto 2 estabelece com o texto 1 é de:
a) paródia, já que a pintura original é relembrada para trazer novas ideias sobre a
arte e a realidade.
b) imitação, à medida que as formas básicas e a estrutura linguísOca originais são
preservadas.
c) repeOção da ideia que a arte revela a realidade, mas com alteração da forma e
das palavras.
d) sáOra ao ideal surrealista de fazer arte representaOva, por meio da
ambiguidade de senOdos do termo "pipe".
e) afirmação da ideia de autonomia da arte, com a exploração de representações
figuraOvas e realistas.
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
A intervenção de Banksy lembra fortemente a obra de Magrihe, mas para pôr em
discussão outras relações entre arte e realidade. Enquanto a pintura do surrealista
defende a autonomia da arte, lembrando ao receptor que aquilo não é a realidade
(Ceci n’est pas une pipe), mas uma mera representação dela, a intervenção cria
um relaOvismo: a arte pode ser a realidade (This is a pipe), mas não uma realidade
única. Pode ser o que se vê (o cano que sustenta a torneira), pode ser o que se
imagina (o cachimbo que também está conotado na palavra “pipe”) e o que se
evoca (o objeto arbsOco de Magrihe). Marque-se, pois, a letra “a”.

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intertextualidade, arte moderna, arte contemporânea
Quando a hora dobra em triste e tardo toque
E em noite horrenda vejo escoar-se o dia,
Quando vejo esvair-se a violeta, ou que
A prata a preta têmpora assedia;
Quando vejo sem folha o tronco anOgo
Que ao rebanho estendia sombra franca
E em feixe atado agora o verde trigo
Seguir o carro, a barba hirsuta e branca;
Sobre tua beleza então quesOono
Que há de sofrer do Tempo a dura prova,
Pois as graças do mundo em abandono
Morrem ao ver nascendo a graça nova.
Contra a foice do Tempo é vão combate,
Salvo a prole, que o enfrenta se te abate.
SHAKESPEARE, William. Soneto 12. Disponível em: http://www.manoelneves.com. Acesso em: 03 set. 2016.
QUESTÃO 05
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
O soneto de Shakespeare foi escrito no século XVI e se insere no contexto cultural
do Renascimento. Sabidamente, no Barroco, são percepbveis as heranças tanto
renascenOstas quanto medievais. Indique, dentre as temáOcas barrocas indicadas
a seguir, aquela que se manifesta no “Soneto 12”, de Shakespeare:
a) o culOsmo
b) o concepOsmo
c) o carpe diem
d) a consciência da fragilidade da vida
e) a tensão que se manifesta por meio de opostos
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
O soneto de Shakespeare trata exclusivamente da passagem do tempo. Deve-se,
pois, assinalar a alternaOva “d”.

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barroco
Misael, funcionário da Fazenda, com 63 anos de idade.
Conheceu Maria Elvira na Lapa, – prosOtuída, com sífilis, dermite nos dedos, uma
aliança empenhada e os dentes em peOção de miséria.
Misael Orou Maria Elvira da vida, instalou-a num sobrado no Estácio, pagou
médico, denOsta, manicura... Dava tudo quanto ela queria.
Quando Maria Elvira se apanhou de boca bonita, arranjou logo um namorado.
Misael não queria escândalo. Podia dar uma surra, um Oro, uma facada. Não fez
nada disso: mudou de casa.
Viveram três anos assim.
Toda vez que Maria Elvira arranjava namorado, Misael mudava de casa.
Os amantes moraram no Estácio, Rocha, Catete, Rua General Pedra, Olaria,
Ramos, Bonsucesso, Vila Isabel, Rua Marquês de Sapucaí, Niterói, Encantado, Rua
Clapp, outra vez no Estácio, Todos os Santos, Catumbi, Lavradio, Boca do Mato,
Inválidos...
Por fim na Rua da ConsOtuição, onde Misael, privado de senOdos e de inteligência,
matou-a com seis Oros, e a polícia foi encontrá-la caída em decúbito dorsal,
vesOda de organdi azul.
BANDEIRA, Manuel. Tragédia brasileira. In.: Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1996.
QUESTÃO 06
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
“Tragédia brasileira” é um dos poemas em prosa mais importantes escritos por
Manuel Bandeira. Atentando-se à teoria dos gêneros textuais, percebe-se que
a) o btulo do texto e seu final confirmam o contato com o gênero dramáOco.
b) apesar de se inOtular poema em prosa, não se nota traços da função poéOca da
linguagem.
c) malgrado se arOcule em prosa, não se nota, no texto, a presença de elementos
da narraOva.
d) o padrão linguísOco aproxima-se do coloquialismo das nobcias policiais bpicas
do jornalismo sensacionalista.
e) profundamente metalinguísOco, o poema dialoga com o formalismo finissecular
parnasiano.
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Dois elementos confirmam o diálogo do poema de Bandeira com o gênero
dramáOco, a saber: o btulo e o final trágico. Assinale-se, portanto, a alternaOva
“a”.

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gêneros e espécies literárias
Mas a nós, que não somos nem cavaleiros da fé nem super-homens, só resta, por
assim dizer, trapacear com a língua, trapacear a língua. Essa trapaça salutar, essa
esquiva, esse logro magnífico que permite ouvir a língua fora do poder, no
esplendor de uma revolução permanente da linguagem, eu a chamo, quanto a
mim: literatura.
BARTHES, Roland. Aula. Trad. Leyla Perrone-Moisés. 16.ed. São Paulo: Cultrix, s.d. p.16. Fragmento.
QUESTÃO 07
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Todo texto arOcula-se a parOr de uma intencionalidade específica. Posto isso,
percebe-se niOdamente que, no fragmento do texto de Roland Barthes,
predomina a função
a) estéOca
b) referencial
c) apelaOva
d) metalinguísOca
e) fáOca
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
O fragmento em análise visa a conceituar literatura. Posto isso, pode-se afirmar
que nele predomina a função metalinguísOca. Marque-se a alternaOva “d”.

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funções da linguagem
As lavadeiras de Mossoró, cada uma tem sua pedra no rio: cada pedra é herança
de família, passando de mãe a filha, de filha a neta, como vão passando as águas
no tempo (...) A lavadeira e a pedra formam um ente especial, que se divide e se
reúne ao sabor do trabalho. Se a mulher entoa uma canção, percebe-se que nova
pedra a acompanha em surdina...
ANDRADE, C. D. Contos sem propósito. Rio de Janeiro: Jornal do Brasil, Caderno B. 17/7/1979. Fragmento.
QUESTÃO 08
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Atentando aos recursos que arOculam o texto literário, pode-se afirmar que, no
fragmento acima,
a) há presença de personificação.
b) percebe-se exclusivamente a presença de sequências denotaOvas.
c) existe somente a presença de aspectos metawsicos.
d) pedra significa matéria mineral sólida.
e) nota-se presença de metalinguagem e de intertextualidade.
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
No fragmento em que se afirma que uma nova pedra acompanha a lavadeira em
surdina, percebe-se a presença da personificação. Marque-se a alternaOva “a”.

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figuras de linguagem, denotação x conotação,
Dona Margarida tocou a campainha com decisão e subiu a pequena escada que
dava acesso à casa. Disse à criada que desejava falar à dona da casa. Dona
SalusOana, que esperava tudo, menos aquela visita portadora de semelhante
mensagem, não tardou mandar entrar as duas mulheres. Ambas estavam bem
vesOdas e nada denunciava o que as trazia ali. […] A mãe de Cassi, depois de ouvi-
la, pensou um pouco e disse com um ar um tanto irônico:
– Que é que a senhora quer que eu faça? […]
– Que se case comigo.
Dona SalusOana ficou lívida; a intervenção da mulaOnha a exasperou. Olhou-a
cheia de malvadez e indignação, demorando o olhar propositadamente. Por fim,
expectorou:
– Que é que você diz, sua negra? […]
Na rua, Clara pensou em tudo aquilo, naquela dolorosa cena que Onha
presenciado e no vexame que sofrera. Agora é que Onha a noção exata da sua
situação na sociedade. Fora preciso ser ofendida irremediavelmente nos seus
melindres de solteira, ouvir os desaforos da mãe do seu algoz, para se convencer
de que ela não era uma moça como as outras; era muito menos no conceito de
todos. […]
BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. Belo Horizonte: Itatiaia, 2001.
QUESTÃO 09
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Lima Barreto é considerado um dos principais nomes da literatura produzida nas
duas primeiras décadas do século XX, denominada de Pré-Modernismo. Sua obra,
profundamente engajada, revela as tensões sociais do período. No fragmento em
análise, nota-se a denúncia:
a) do preconceito social
b) da dissolução do núcleo familiar
c) do preconceito racial
d) do adultério como procedimento burguês
e) da falta de moral da pequena burguesia carioca
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
O fragmento transcrito nesta questão enfaOza o preconceito racial. Deve-se,
portanto, marcar a alternaOva “c”.

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pré-modernismo
Fã page do poeta Sérgio Vaz. Disponível em: https://www.facebook.com/poetasergio.vaz. Acesso em: 05 jan. 2016.
QUESTÃO 10
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Profundamente engajada na defesa dignidade dos moradores dos arredores das
grandes cidades do Brasil do início do século XXI, a obra de Sérgio Vaz insere-se na
chamada corrente denominada Nova Literatura Marginal das Periferias, surgida
nos aos 2000. No poema em análise, predominam as funções:
a) metalinguísOca e poéOca
b) fáOca e conaOva
c) denotaOva e emoOva
d) estéOca e conaOva
e) conaOva e metalinguísOca
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
No poema em questão, o sujeito poéOco convida seu interlocutor a escrever
poemas e a resisOr aos possíveis insultos. Percebe-se, pois, a presença tanto da
função metalinguísOca quanto da conaOva ou apelaOva. Assinale-se, portanto, a
letra “e”.

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funções da linguagem, nova literatura marginal das periferias
PÉ DE PATO
Bruno matou a mãe
Matou o pai
Os irmãos
Os avós
Os vizinhos
Matou
Todo mundo de saudade
Quando foi para a faculdade.
VAZ, Sérgio. A poesia dos deuses inferiores. São Paulo: Cooperifa, 2004.

VOCABULÁRIO
“pé de pato” é o nome dado, na periferia, aos “matadores de bandido/ladrão”
QUESTÃO 11
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Nota-se, no desenrolar do poema “Pé de pato”, uma progressiva quebra de
expectaOva. Nesse senOdo, percebe-se as duas principais ideias em torno dos
quais se arOcula são:
a) moralismo burguês e metalinguagem
b) engajamento social e intertextualidade
c) discurso moralista e paródia
d) discurso periférico e conotação
e) alienação burguesa e metonímia
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
O locutor do poema de Sérgio Vaz assume o lugar de quem fala de dentro da
periferia. Nessa perspecOva, ao invés de defender o moralismo burguês, enuncia-
se um orgulho de se pertencer à periferia, que se revela na quebra de expectaOva
evidenciada na ambiguidade manifesta na forma verbal “matou”. Marque-se a
letra “d”.

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denotação x conotação, nova literatura marginal das periferias
desfiz noivado
vendo sem uso
almofadas soltas
jogo
mesinha marmórea rosa
cama sofá arquinha
SECCHIN, Antônio Carlos. Aviso. In. HOLLANDA, Heloísa Buarque de. 26 poetas hoje. 2.ed. Rio de Janeiro: Aeroplano, 1998.
QUESTÃO 12
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
Acerca do poema “Aviso”, de Antônio Carlos Secchin, é que correto afirmar que:
a) filia-se à tradição ufanista da literatura brasileira.
b) dialoga com a tradição anOpoéOca do modernismo brasileiro.
c) intertextualiza com a escrita dadaísta.
d) profundamente melancólico, traduz o niilismo do homem moderno.
e) trata-se de uma construção metonímico-cinematográfica.
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
O poema dialoga com o gênero textual anúncio publicitário. É, pois,
evidentemente, anOpoéOco. Dialoga, pois, com a primeira geração do
modernismo brasileiro na medida em que se arOcula por intermédio da
intertextualidade inter-gêneros e que elege elementos do coOdiano como matéria
poéOca. Marque-se, portanto, a alternaOva “b”.

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quarta geração do modernismo, primeira geração do modernismo
Existe um povo que a bandeira empresta
P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!...
E deixa-a transformar-se nessa festa
Em manto impuro de bacante fria!...
Meu Deus! meu Deus! mas que bandeira é esta,
Que impudente na gávea tripudia?
Silêncio. Musa... chora, e chora tanto
Auriverde pendão de minha terra,
Que o pavilhão se lave no teu pranto!...
Que a brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte que a luz do sol encerra
ALVES, Castro. Navio negreiro. Fragmento. Disponível E as promessas divinas da esperança...
em: http://www.manoelneves.com. Acesso em 03 set. 2016. Tu que, da liberdade após a guerra,
Foste hasteado dos heróis na lança
Antes te houvessem roto na batalha,
Fatalidade atroz que a mente esmaga! Que servires a um povo de mortalha!...
ExOngue nesta hora o brigue imundo
O trilho que Colombo abriu nas vagas,
Como um íris no pélago profundo!
Mas é infâmia demais! ... Da etérea plaga
Levantai-vos, heróis do Novo Mundo!
Andrada! arranca esse pendão dos ares!
Colombo! fecha a porta dos teus mares!
QUESTÃO 13
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
A poesia de Castro Alves releva-se, na maioria das vezes, engajada na defesa de
valores ideológicos caros à nascente burguesia urbana brasileira da década de
1870. Nesse senOdo, percebe-se que o fragmento transcrito realiza um diálogo
quase literal com o contexto no qual foi produzido na medida em que
a) defende a inserção social do negro e celebra os heróis da Independência.
b) dialoga com matrizes clássicas da literatura e defende a independência das
Américas.
c) referencia a descoberta da América e menciona as revoltas regenciais.
d) faz referência à vitória brasileira na Guerra do Paraguai e celebra símbolos
nacionais
e) fala do tráfico negreiro e evidencia o naOvismo ufanista românOco.
SOLUÇÃO COMENTADA
revisional de teoria da literatura + literatura brasileira
O fragmento transcrito, que faz parte do final do poema “Navio negreiro” fala da
parOcipação do Brasil na Guerra do Paraguai [Tu, que da liberdade após a guerra/
Foste hasteado dos heróis na lança] e celebra um dos símbolos nacionais — a
bandeira do Império: verde e a amarela —: Estandarte que a luz do sol encerra/ E
as promessas divinas da esperança. Marque-se, pois, a alternaOva “d”.

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