Brasília - DF
2012
TAILCE KALEY MOURA LEITE
Brasília
2012
L533v Leite, Tailce Moura.
Variabilidade genética na população brasileira: ancestralidade
genômica e fenótipos de capacidade cardiovascular – 2012.
152f. : il.; 30 cm
CDU 796:575.1
RESUMO
The process of recent admixture between ancestral populations can lead to spurious results in
genetic association studies. Stratifying by “skin color” is a useful method to control for
population structure, but, in the Brazilian population, several studies have demonstrated that
stratifying according to “color” is not a suitable strategy, due to the dissociation between self-
reported “skin color” and genomic ancestry. In the first chapter of this research we report the
results of a study in a group of Brazilian siblings in which we measured skin pigmentation
using a reflectometer, and estimated genomic ancestry using 21 Ancestry Informative
Markers (AIMs). Self-reported “color”, according to the Brazilian census, was also available
for each participant to explore the relationship between self-reported “color” and skin
pigmentation, self-reported “color” and genomic ancestry, and skin pigmentation and
genomic ancestry. We observed that, although there were significant differences between the
three “color” groups in genomic ancestry and skin pigmentation, there was considerable
dispersion within each group and substantial overlap between groups. We also saw that there
was no good agreement between the “color” categories reported by each member of the
sibling pair and that socioeconomic status was significantly associated with self-reported
“color” and genomic ancestry. Also, we observed that rs1426654 (gene SLC24A5 from the
AIM panel) was strongly associated with constitutive skin pigmentation in this sample.
Hence, this chapter shows that subjective classifications based on self-reported “color” are
inadequate to describe the population structure present in recently admixed populations. The
second chapter report the investigation of peak oxygen uptake (VO2peak) measured by
ergoespirometric graded test with 12 SNPs markers of the renin angiotensin aldosterone
system (RAAS) in postmenopausal elderly, adjusting for age, fat percentage and fat free mass
measured by dual-energy X-ray absorptiometry. In despite of no observation of significant
associations after correction for multiple comparisons by the false discovery rate (FDR)
method, there was detected some borderline associations with the cardiovascular phenotypes
in the analysis of each marker individually and some borderline associations of epistatic
analysis of three SNPs genotype combinations with a principal component calculated from the
cardiorespiratory test and with the VO2peak. In summary, even with the difficulties to explain
heritability for complex phenotypes, demonstrated by genome wide studies, the second
chapter highlighted some possible genetic contributors to the cardiovascular fitness in the
RAAS.
Figura 01: Modelos da evolução humana. (a) Origem Africana Recente. (b) Evolução Multirregional.
.........................................................................................................................................................13
Figura 03: Diagrama das forças evolutivas moldando a estrutura genética de variabilidade do
cromossomo Y na América do Sul. ...................................................................................................15
Figura 05: Exemplo de fotografia da quantificação do DNA de alto peso molecular extraído das
amostras sanguíneas realizada em gel de agarose. ..............................................................................28
Figura 07: Diagrama de dispersão: ancestralidade genômica e índice de melanina entre os pares de
irmãs.................................................................................................................................................41
Figura 10: Esquema representativo do SRAA, incluindo os SNPs genotipados em cada componente.
.........................................................................................................................................................73
Figura 11: Gráfico representativo da variância explicada por cada componente principal (autovalores)
- Scree Plot. ......................................................................................................................................89
Tabela 01: Descrição dos 21 AIMs: posições citogenéticas e físicas; alelos e frequências do alelo 1
em cada população parental; descrição do conteúdo informativo de ancestralidade pelos métodos de
diferença de frequência alélica (δ), valor f e escore In entre as três populações parentais arranjadas par
a par..................................................................................................................................................29
Tabela 02: Descrição das sequências e dos tamanhos dos iniciadores de PCR (F e R) e dos iniciadores
de extensão de única base (S). ...........................................................................................................31
Tabela 03: Concentração dos iniciadores de extensão de única base (S). ...........................................34
Tabela 05: Descrição dos AIMs – Frequência Alélica e Teste de Hardy-Weinberg. ..........................39
Tabela 09: Índice de Melanina x Cor de pele (ANOVA com correção de Bonferroni). ......................45
Tabela 11: Ancestralidade genômica e Índice de Melanina X Nível Socioeconômico (ANOVA com
correção de Bonferroni). ...................................................................................................................47
Tabela 13: Estudos prévios que avaliaram a ancestralidade genômica na população brasileira. .........51
Tabela 14: Estudos prévios que avaliaram a ancestralidade genômica x cor de pele na população
brasileira. ..........................................................................................................................................56
Tabela 15: Herdabilidade de fenótipos antropométricos. Fonte: Adaptado de Clark (1956). ..............68
Tabela 16: Estudos de herdabilidade para potência aeróbia e composição corporal na população
brasileira. ..........................................................................................................................................69
Tabela 17: Estudos de herdabilidade para potência aeróbia e composição corporal em populações não
brasileiras. ........................................................................................................................................70
Tabela 19: Descrição das sequências e tamanhos dos iniciadores da PCR (F e R) e da extensão de
única base (S). ..................................................................................................................................84
Tabela 20: Concentração dos iniciadores de extensão de única base (S). ...........................................86
Tabela 23: Nível de atividade física e cor de pele autorrelatada (n=148). ..........................................93
Tabela 28: Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA (3 SNPs).........................98
Introdução Geral.............................................................................................................................................11
1 Introdução .........................................................................................................................................12
3 Objetivo .............................................................................................................................................24
3.1 Geral: ............................................................................................................................................24
3.2 Específicos: ...................................................................................................................................24
5 Resultados .........................................................................................................................................38
5.1 Caracterização amostral ................................................................................................................38
5.2 Ancestralidade Genômica ..............................................................................................................39
5.3 Análise de concordância entre os pares de irmãs ...........................................................................40
5.4 Ancestralidade Genômica, Cor de Pele e Índice de Melanina..........................................................42
5.5 Nível Socioeconômico ...................................................................................................................46
5.6 Associação de AIMs com Índice de Melanina (Pigmentação) ..........................................................47
6 Discussão ...........................................................................................................................................49
6.1 Ancestralidade Genômica ..............................................................................................................49
6.2 Análise de concordância entre os pares de irmãs ...........................................................................52
6.3 Ancestralidade Genômica, Cor de Pele e Índice de Melanina..........................................................54
6.4 Nível Socioeconômico ...................................................................................................................58
6.5 Associação de AIMs com Índice de Melanina (Pigmentação) ..........................................................60
7 Conclusão ..........................................................................................................................................61
1 Introdução .........................................................................................................................................62
3 Objetivos ...........................................................................................................................................75
3.1 Geral .............................................................................................................................................75
3.2 Específicos ....................................................................................................................................75
5 Resultados .........................................................................................................................................92
5.1 Caracterização amostral ................................................................................................................92
5.2 Teste ergoespirométrico ...............................................................................................................93
5.3 Potência aeróbia e ancestralidade genômica (19 AIMs)..................................................................94
5.4 Marcadores genéticos do SRAA .....................................................................................................94
5.5 Aptidão cardiovascular e marcadores genéticos do SRAA...............................................................96
5.5.1 Efeitos principais ..................................................................................................................96
5.5.2 Efeitos epistáticos ................................................................................................................98
6 Discussão ......................................................................................................................................... 100
6.1 Caracterização amostral .............................................................................................................. 100
6.2 Teste ergoespirométrico ............................................................................................................. 102
6.3 Potência aeróbia e ancestralidade genômica (19 AIMs)................................................................ 103
6.4 Aptidão cardiovascular e marcadores genéticos do SRAA............................................................. 105
6.4.1 Efeitos principais ................................................................................................................ 105
6.4.2 Efeitos epistáticos .............................................................................................................. 111
ANEXOS ........................................................................................................................................................130
ANEXO J. RESULTADOS ANÁLISE DE DADOS MB-MDR (VO2 PICO E PC1) ........................................................... 148
11
INTRODUÇÃO GERAL
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
Figura 01: Modelos da evolução humana. (a) Origem Africana Recente. (b) Evolução
Multirregional.
FONTE: Adaptado de Excoffier (2002).
teve um papel importante na origem dos povos nativo americanos. Segundo estes autores, os
habitantes da Beringia entraram nas Américas ao sul da América do Norte passando pelo
corredor livre de gelo de Alberta, o qual foi posteriormente bloqueado isolando a Beringia do
resto do continente americano, fato que desencadeou o desenvolvimento da identidade
genética dos ameríndios, os quais comparados às populações que permaneceram em Beringia
(Na-Dene e Eskimo) apresentam maior diversidade de mtDNA (BONATTO e SALZANO,
1997).
Em relação à população da América do Sul, Tarazona-Santos et al. (2001) propuseram
um modelo evolutivo baseado em estudos de linhagens masculinas (cromossomo Y), no qual
as populações do oeste sul-americano (área dos Andes) apresentam tamanhos efetivos e taxas
de fluxo gênico maiores quando comparadas às populações do leste (região amazônica e
Brasil), resultando em uma maior diferenciação genética entre estas últimas. A Figura 03
representa as forças evolutivas na América do Sul. Nesta figura, o tamanho dos círculos
representa proporcionalmente de forma aproximada o tamanho das populações e o tamanho
das flechas, a quantidade de troca genética.
Este modelo simula uma árvore populacional, com a pigmentação de pele representada
pela cor em cada segmento, que parte de um ancestral hominídeo comum, provavelmente de
pele clara em decorrência da camada de pelo que cobria todo o corpo, substituído pelos
indivíduos de pele escura devido à forte seleção natural da pigmentação de pele escura em
decorrência da perda da pelagem, paralelamente ao surgimento do Homo sapiens sapiens,
representado na Figura 04 pelo segmento 1. O modelo apresentado por estes autores
(segmentos 3 e 4, Figura 04) propõe ainda que a diferenciação da cor de pele entre asiáticos e
europeus provavelmente resultou de mecanismos genéticos diferentes e, portanto, não evoluiu
antes da separação destas duas populações, identificando inclusive alguns genes como fortes
indicativos da evolução da pigmentação de pele na população asiática (segmento 3) e na
população europeia (segmento 4): genes ADAM17 e ADAMTS20 e genes SLC24A5 e
MAPT, respectivamente (MCEVOY et al., 2006).
O grande ponto a ser ressaltado é que adaptações evolutivas que no passado foram
benéficas ao homem, hoje podem representar fatores de risco em um ambiente modificado.
Por exemplo, com as mudanças recentes nos hábitos de ingestão alimentar, grupos
populacionais que passavam por períodos de restrição alimentar e sofreram seleção natural
para maximização da eficiência metabólica, atualmente apresentam alelos comuns
relacionados a doenças metabólicas, tal como diabetes (NEEL, 1999; BALARESQUE et al.,
2007). Sendo assim, variantes genéticas presentes em populações ancestrais podem, ainda
hoje, expressar fenótipos positivos ou negativos para o homem. Foi demonstrado em africanos
18
hipótese doença comum variante comum (CD/CV, do inglês common disease/ common
variant) a qual postula que algumas poucas variantes comuns de alelos (frequência que >5%
na população) determinam a variabilidade genética de risco para o fenótipo ou doença; e a
hipótese doença comum variante raro (CD/RV, do inglês common disease / rare variant)
assevera que variações raras na sequência de DNA são as principais causadoras de doenças
comuns encontradas na população (SCHORK et al., 2009).
Mas, além de focar em variantes raros ou comuns, os estudos têm incluído, juntamente
com a sequência herdada de DNA, variações genéticas estruturais, variações epigenéticas e
interações entre genes e meio ambiente na tentativa de entender a presente estrutura fenotípica
moldada ao longo do processo de evolução, tal como nos estudos de câncer revisados por
Hindorff et al (2011).
entre grupos populacionais (LI, 1969; KNOWLER et al., 1988; DEVLIN e ROEDER, 1999;
DEVLIN et al., 2004; ROSENBERG e NORDBORG, 2006; ZHENG et al., 2006). Portanto,
se o fenótipo está correlacionado à ancestralidade e nos grupos de estudo existe uma maior
representação de indivíduos com determinada ancestralidade, os alelos mais frequentes neste
grupo populacional podem apresentar-se equivocadamente associados ao fenótipo sob
investigação.
Para pesquisas desta natureza junto à população brasileira, mesmo agrupando-se os
indivíduos por cor de pele ou características físicas que possam inferir a origem africana ou
europeia, o risco dos grupos apresentarem heterogeneidade genética é alto (PARRA et al.,
2003; SUAREZ-KURTZ et al., 2007; SANTOS et al., 2009), fazendo-se necessária a
utilização de variáveis contínuas tal como a ancestralidade estimada a partir de dados
genéticos (SORTICA et al., 2011). Pimenta et al. (2006) analisaram 12 microssatélites de uso
comum na genética forense em 752 indivíduos da cidade de São Paulo e também verificaram
dissociação entre a cor de pele dos 3 principais grupos raciais brasileiros (brancos, pretos e
intermediários) e a ancestralidade genética.
Apesar deste aspecto negativo, populações geradas pela miscigenação recente
representam uma possibilidade para a identificação de genes responsáveis pela expressão de
determinados fenótipos, quando estes genes se manifestam de maneira diferenciada nos
grupos populacionais ancestrais contribuintes para a formação destas populações
(STEPHENS et al., 1994; MCKEIGUE, 1998). Esta metodologia é conhecida como
mapeamento por MALD (do inglês, Mapping by Admixture Linkage Disequilibrium), ou seja,
desequilíbrio de ligação gerado por miscigenação. As bases do MALD estão no desequilíbrio
de ligação gerado pela miscigenação entre indivíduos de diferentes grupos populacionais e na
possibilidade de identificar regiões genômicas que tenham sua origem em um determinado
grupo populacional. Sendo assim, em um grupo de indivíduos miscigenados com determinado
fenótipo, tem-se um maior compartilhamento de regiões genômicas com a mesma origem
ancestral. Este desequilíbrio de ligação é particularmente alto entre marcadores polimórficos
que apresentam alelos com grandes diferenças de frequência entre as populações parentais
(HALDER e SHRIVER, 2003).
Para avaliar a composição ancestral de uma população são utilizados marcadores
genéticos informativos de ancestralidade. Um marcador informativo de ancestralidade (AIM,
do inglês Ancestry Informative Marker) pode ser compreendido como qualquer marcador
genético que apresente diferenças de frequências alélicas em duas ou mais populações
distintas (CHAKRABORTY e WEISS, 1988; SHRIVER et al., 1997). Qualquer tipo de
21
marcador molecular pode ser considerado um AIM, contanto que satisfaça a condição de
diferenças de frequência alélica entre populações.
Campbell et al. (2005) avaliaram a estratificação dentro de uma população de norte-
americanos descendentes de europeus, e, após a genotipagem de 67 AIMs específicos para
diferenciação de regiões genéticas de ancestralidade descendente de africanos e europeus, não
encontraram evidências de estratificação. No entanto, quando foi avaliado o polimorfismo
LCT (rs4988235), cuja frequência alélica varia entre o norte e o sul europeu, foi possível
identificar a estratificação, inclusive com este marcador fugindo ao equilíbrio de Hardy-
Weinberg. Portanto, a qualidade dos AIMs, em termos de diferença de frequência alélica entre
as populações a serem discriminadas, é fator indispensável na análise da ancestralidade
genética, sendo inclusive preponderante sobre quantidade de marcadores.
Basicamente, a diferença de frequência alélica (δ) entre as populações ancestrais
indicada para um AIM de grande conteúdo de informação e correta atribuição é tal que δ ≥
0,60 (HOGGART et al., 2003; ROSENBERG et al., 2003). As diferenças na acurácia de
predição da ancestralidade em função do tipo de marcador (SNPs em íntrons, éxons, regiões
regulatórias ou codificantes de RNA mensageiro) são extremamente pequenas e SNPs que
apresentam diferença de frequência entre os grupos são os mais eficazes (ALLOCCO et al.,
2007).
Mas, além da diferença de frequência alélica, há na literatura formas mais complexas e
acuradas de inferir o poder de discriminação ancestral de um painel de AIMs. McKeigue
(1998) estabeleceu que o poder de um painel de AIMs depende de quão distante o processo de
miscigenação está do presente (número de gerações) e do conteúdo informativo ancestral de
cada marcador (f), o qual é derivado em função das frequências alélicas do marcador nas duas
populações ancestrais. O cálculo do f para marcadores bialélicos está descrito na Equação 01.
( − ) 1
= , na qual = ( + )
4(1 − ) 2
Ainda segundo McKeigue (1998), marcadores com valor f iguais ou superiores a 0,30
são eficientes para determinar a ancestralidade em populações cuja miscigenação ocorreu há
22
10 ou menos gerações atrás. É importante ressaltar que quanto mais distante no tempo está o
processo de miscigenação, maior o número de marcadores necessários para capturar a
estrutura dentro da população (TIAN et al., 2007) e, consequentemente, quanto mais
informativos os marcadores, melhor a estimativa.
Há ainda o método proposto por Rosenberg et al. (2003) para estimar o conteúdo
informativo de cada AIM, denominado de informativeness (In). Este cálculo, assim como
descrito de forma simplificada pela Equação 02, abaixo, é resultado de funções logarítmicas
das probabilidades de cada alelo estar presente em cada uma das populações. O cálculo do
somatório da equação abaixo para cada alelo resulta na In total para cada marcador.
= − log + log
In = conteúdo informativo;
pj = média da frequência do alelo entre as populações;
p i j = frequência do alelo na população i;
K = número de populações;
N= número de alelos;
i = populações (1, 2, ...., K);
j = alelos (1, 2, ...N).
(Equação 02)
Estes métodos de avaliação dos painéis de AIMs são importantes, pois, de acordo com
Rosenberg et al. (2003) marcadores altamente informativos reduzem a demanda de
genotipagem, em relação ao número de marcadores, necessária para inferência da
ancestralidade.
Uma das formas de utilização de marcadores informativos de ancestralidade é pela
genotipagem de polimorfismos de base única (SNPs, do inglês single nucleotide
polymorphism). Os SNPs geralmente ocorrem devido a substituições de nucleotídeos não
reparadas durante a replicação de DNA, sendo a maior parte proveniente de mutações
herdadas que de mutações de novo (SERRE e HUDSON, 2006). Lins et al. (2010)
genotiparam SNPs com diferentes frequências nas populações europeia, africana e ameríndia
e corroboraram que a população brasileira é uma mistura destas três populações ancestrais,
com maior contribuição da ancestralidade europeia (77,1%), seguida pela contribuição
africana (14,3%) e ameríndia (8,5%).
23
3 OBJETIVO
3.1 Geral:
3.2 Específicos:
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Amostra
O estudo foi constituído por 86 pares (n=172) de irmãs germanas adolescentes pós-
menarca com idade entre 10 e 20 anos. As amostras foram selecionadas em escolas do ensino
fundamental e médio da rede pública de Brasília.
Foram adotados os critérios de inclusão seguintes:
a) Irmãs germanas (ou seja, filhas de mesmo pai e mesma mãe) com faixa etária entre
10 e 20 anos, em estágio pós-menarca;
b) Não possuir doença crônico-degenerativa.
O grau de parentesco de irmãs germanas foi previamente confirmado na amostra pela
genotipagem de 17 marcadores microssatélites (FONSECA, 2011), utilizando o pacote
estatístico Merlin (ABECASIS et al., 2002). Foi aplicado um questionário de caracterização
amostral (Anexo A) em todas as voluntárias para discriminação daquelas que seriam mantidas
nas análises, partindo de um número inicial de 161 pares de irmãs e finalizando com 86 pares.
O grupo amostral de mulheres adolescentes foi obtido mediante parceria com os
pesquisadores Dr. Rômulo Maia Carlos Fonseca e Dra. Nancí Maria de França, e sob
aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Católica de Brasília (CEP/UCB
Nº 078/2006), de acordo com a Resolução 196/96 (Anexo C). Os dados obtidos no presente
estudo, ao serem publicados e divulgados em revistas científicas, têm resguardada a
identidade de cada participante.
Adicionalmente, todas as participantes da amostra (ou os responsáveis legais em caso
de menores de 18 anos) receberam um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (Anexo
E), pelo qual foram explicadas dos objetivos, dos procedimentos a serem realizados, dos
possíveis desconfortos, riscos e benefícios decorrentes da participação na pesquisa. A
assinatura do termo firmou a concordância em participar do estudo, com a garantia da
manutenção do anonimato dos dados coletados e a possibilidade de desistência em participar
da pesquisa a qualquer momento.
A cor de pele foi determinada pela autoclassificação em uma das categorias propostas
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para classificação de cor ou raça:
26
branca, preta, parda, amarela ou indígena (IBGE, 2000). A autodenominação da cor de pele de
cada voluntária foi avaliada sem interferência de terceiros e sem conhecimento do resultado
assinalado pela respectiva irmã.
4.5 Genotipagem
armazenado em tubos estéreis com vácuo contendo anticoagulante EDTA. O DNA genômico
de alto peso molecular foi extraído dos leucócitos periféricos utilizando-se o método salting
out (MILLER et al., 1988).
Os procedimentos de extração envolveram basicamente três passos:
a) Remoção de hemácias por meio da adição de água deionizada ultrapura. Após a
homogeneização do sangue, um volume inicial de 300 µ l foi depositado em um microtubo de
1,5 mL. Adicionou-se 1000 µl de água deionizada ultrapura, sendo o material centrifugado
durante 5 minutos a 5000 rotações por minuto (rpm) para separação dos núcleos e
sobrenadante. O sobrenadante foi descartado. Então, foi adicionado em cada microtubo mais
300 µl de sangue e 1000 µ l de água deionizada ultrapura e repetido o processo.
b) Lise das células da linhagem branca por meio da adição de um tampão com
detergente. A solução usada no procedimento foi denominada Tampão A, composto por
sacarose (0,32 M), Tris-HCl (10 mM, pH 7,6), MgCl2 (5 mM) e o detergente não iônico
Triton X 100 (1 %). Suspendeu-se o pellet em 700 µ l do Tampão A, sendo o material
centrifugado a 5000 rpm por 15 minutos para condensação do pellet, com posterior descarte
do sobrenadante.
c) Remoção das proteínas celulares e histonas ligadas ao DNA por meio da adição de
uma protease e precipitação com sódio. O pellet foi suspenso em 500µ l de um composto
denominado Tampão B (25mM de EDTA com pH 8.0 e 75mM de NaCl), sendo adicionados
5µ l de SDS (do inglês, sodium dodecyl sulfate) a 10% e 5µ l proteinase K (na concentração de
10 mg/mL). Em seguida, os microtubos foram incubados a 55ºC durante uma hora para ação
da enzima. Após a incubação foram adicionados 200µ l NaCl (em concentração de 6 M) para
precipitar restos celulares e proteicos, seguido de uma nova centrifugação da mistura a 3000
rpm durante 15 minutos, com a finalidade de precipitar as impurezas no fundo dos tubos. O
pellet, juntamente com o microtubo usado, foi descartado após a transferência do
sobrenadante para um novo microtubo devidamente identificado.
d) Precipitação do DNA em álcool. Foi adicionado etanol absoluto ao sobrenadante
obtido no item anterior, na proporção de duas vezes o volume contido no tubo. Por meio de
inversões cuidadosas dos tubos foi realizada a mistura, sendo nesse momento possível a
visualização da precipitação do DNA. Houve então uma última centrifugação a 5000 rpm
durante 5 minutos, com a finalidade de aderir o DNA no fundo dos tubos. Descartou-se em
seguida o sobrenadante com cuidado para não perder o pellet e os tubos foram deixados
descansando com a finalidade de evaporar o restante do etanol adicionado. Após a evaporação
28
Tabela 01: Descrição dos 21 AIMs: posições citogenéticas e físicas; alelos e frequências do alelo 1 em cada população
parental; descrição do conteúdo informativo de ancestralidade pelos métodos de diferença de frequência alélica (δ), valor f e
escore In entre as três populações parentais arranjadas par a par.
AFR / EUR AFR / AMR AMR / EUR
Posição Posição física Alelo Alelo
rs # EUR AFR AMR δ f In δ f In δ f In
gênica (pb)* 1 2
rs1240709 1p36.3 1337837 A G 0,766 0,050 0,103 -0,716 0,530 0,304 -0,053 0,010 0,005 -0,663 0,447 0,246
rs2814778 1q23 159174683 G A 0,006 0,983 0,019 0,976 0,953 0,630 0,964 0,930 0,604 0,012 0,003 0,002
rs2065160 1q32 204790977 C T 0,088 0,487 0,875 0,399 0,195 0,105 -0,388 0,173 0,091 0,787 0,620 0,355
rs3796384 3p14 64526717 C G 0,154 0,783 0,875 0,629 0,398 0,215 -0,092 0,015 0,007 0,721 0,520 0,290
rs2278354 5p15.2 10448978 G T 0,120 0,703 0,839 0,583 0,351 0,190 -0,136 0,026 0,013 0,719 0,518 0,288
rs267071 5q22 116948503 C T 0,654 0,088 1,000 -0,566 0,343 0,188 -0,912 0,838 0,540 0,346 0,209 0,138
rs222541 6q16 95231163 G C 0,257 0,971 0,018 0,714 0,538 0,316 0,953 0,908 0,582 -0,239 0,120 0,070
rs1480642 6q23 136499528 C T 0,994 0,121 0,621 -0,873 0,772 0,483 -0,500 0,268 0,143 -0,373 0,223 0,139
rs4305737 6q24 145051594 A G 0,250 0,921 1,000 0,671 0,464 0,259 -0,079 0,041 0,028 0,750 0,600 0,380
rs285 8p21 19815189 T C 0,578 0,954 0,448 0,376 0,197 0,111 0,506 0,305 0,173 -0,130 0,017 0,008
rs3176921 8q13 67091379 T C 0,929 0,238 0,983 -0,692 0,493 0,278 -0,745 0,584 0,351 0,053 0,017 0,009
rs803733 9q33 125832879 C T 0,880 0,013 0,411 -0,867 0,761 0,470 -0,398 0,237 0,144 -0,469 0,241 0,128
rs7349 10p11.2 31817905 T C 0,062 0,969 0,000 0,907 0,824 0,507 0,969 0,939 0,623 -0,062 0,032 0,022
rs730570 14q32 101142890 A G 0,896 0,197 0,054 -0,699 0,492 0,274 0,144 0,047 0,025 -0,843 0,712 0,421
rs1129038 15q13 28356859 C T 0,224 0,996 0,983 0,771 0,625 0,389 0,013 0,004 0,002 0,758 0,601 0,362
rs1426654 15q21 48426484 G A 0,013 0,967 0,931 0,954 0,910 0,586 0,036 0,007 0,003 0,918 0,846 0,532
rs734780 15q26 89564958 C T 0,062 0,710 0,854 0,649 0,444 0,250 -0,144 0,030 0,015 0,793 0,633 0,366
rs730086 17q21 40271757 C T 0,667 0,063 1,000 -0,604 0,393 0,220 -0,937 0,881 0,574 0,333 0,200 0,132
rs6034866 20p12 17603728 A G 0,083 0,954 0,143 0,871 0,759 0,456 0,811 0,664 0,390 0,060 0,009 0,004
rs310612 20q13.3 62181508 A G 0,763 0,013 0,966 -0,750 0,593 0,360 -0,953 0,909 0,584 0,203 0,088 0,048
rs727563 22q13 41867377 C T 0,253 0,811 0,948 0,558 0,312 0,166 -0,137 0,045 0,024 0,695 0,504 0,288
rs# = número de referência do marcador no dbSNP; pb= pares de bases; EUR = Europeia; AFR = Africana; AMR = Ameríndia; δ = diferença
de frequência alélica; f = valor f; In = índice de informação de ancestralidade; * Dados da versão GRCh37.p5 dbSNP build 135.
30
Tabela 02: Descrição das sequências e dos tamanhos dos iniciadores de PCR (F e R) e dos iniciadores de
extensão de única base (S).
Direção do Tamanho do
Iniciadores Sequência iniciador iniciador Set
e 0,34µL de água destilada ultrapura para completar o volume final da reação de 5µL. O
programa de termociclagem utilizou as seguintes variações de temperatura: 2 minutos a 96ºC;
30 ciclos compostos de 10 segundos a 96ºC, 10 segundos a 58ºC e 20 segundos a 60ºC, com
manutenção da temperatura em 4ºC até a reação ser retirada do termociclador.
A caracterização amostral foi realizada por meio de cálculo da média e desvio padrão
das variáveis: idade, pigmentação (índice de melanina) e contribuições ancestrais europeia,
36
africana e ameríndia. Estas variáveis foram ainda testadas quanto à distribuição normal
utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnov, e, quando necessário, dados pontuais discrepantes
(escores com mais de 2 desvios padrão acima ou abaixo da média) foram substituídos por
valores iguais à média mais ou menos 2 desvios padrão, respectivamente. Já as variáveis
discretas (cor de pele e classificação socioeconômica) foram apresentadas em frequências
absoluta e relativa.
A análise gráfica de Bland-Altman (BLAND e ALTMAN, 1986) foi utilizada para
avaliar a concordância da ancestralidade genômica e do índice de melanina entre as irmãs.
Para análise de concordância da variável categórica cor de pele autodenominada foi utilizado
o teste de Kappa (COHEN, 1960).
A associação entre cor de pele e índice de melanina, entre cor de pele e ancestralidade
genômica, entre nível socioeconômico e índice de melanina e entre nível socioeconômico e
ancestralidade genômica foi testada utilizando o teste ANOVA, já que não foram encontrados
grandes desvios dos pressupostos para realização deste teste. Foi também investigado o teste
não paramétrico de Kruskal-Wallis para análise das associações supracitadas, no qual foram
obtidos resultados praticamente idênticos ao do teste paramétrico.
Para testar a relação entre o índice de melanina e a ancestralidade genômica foi
utilizada a correlação não paramétrica de Spearman e para testar a relação entre cor de pele e
nível socioeconômico foi utilizado o teste de qui-quadrado.
O equilíbrio de Hardy-Weinberg e o desequilíbrio de ligação entre os marcadores
genotipados no grupo amostral foi realizado utilizando o programa PLINK versão 1.07
(PURCELL et al., 2007), disponível em http://pngu.mgh.harvard.edu/purcell/plink/. Foi
utilizado ainda o programa estatístico ADMIXMAP para avaliar a associação dos marcadores
genéticos (SNPs) com o índice de melanina. Os valores de significância obtidos neste teste
foram ajustados utilizando a correção de Bonferroni para múltiplas comparações (p = 0,05 ÷
21 AIMs = 0,002).
Como o estudo teve como amostra pares de irmãs, as análises foram repetidas com
amostras não relacionadas (ao dividir a amostra separando aleatoriamente as irmãs em dois
novos grupos), e os resultados seguiram mesmo padrão daqueles obtidos com o grupo total, o
que viabiliza as análises originais do estudo em termos da possibilidade de correlação de
escores entre as irmãs.
A significância estatística adotada para as análises foi de 95%. Ocorrendo diferença
significativa em alguma das variáveis, testes de comparações múltiplas Bonferroni foram
37
adotados para identificação de contrastes relevantes entre as médias. O software SPSS versão
17.0 foi utilizado para realização de todas as análises.
38
5 RESULTADOS
Branca 54 (31,4%)
Cor de pele Parda 104 (60,5%)
Preta 14 (8,1%)
A 4 (2,3%)
Nível Socioeconômico B 76 (44,2%)
C 76 (44,2%)
D 16 (9,3%)
Dados apresentados em média±desvio padrão ou frequências.
associados entre si, ou seja, estes locos segregam de forma independente, em equilíbrio de
ligação, sendo que nenhum dos pares apresentou associação maior que 0,1 (R2=0,068 foi a
maior escore encontrado).
A partir dos 21 AIMs genotipados, a ancestralidade genômica foi estimada pelo
programa ADMIXMAP, assim como descrito na seção de métodos. Em média, a amostra
estudada tem maior contribuição de ancestralidade europeia, com 69%, seguida da
ancestralidade africana, com 21%, e da ancestralidade ameríndia, com 10% (Tabela 06).
Além de estimar a contribuição ancestral de cada população parental, o programa
ADMIXMAP estima aproximadamente há quantas gerações ocorreu o processo de
miscigenação, chamado de soma de intensidades. No presente estudo, isto ocorreu há cerca de
9 gerações (Tabela 06), o que corresponde a aproximadamente 270 anos, considerando 30
anos por geração de acordo com Helgason et al. (2003).
-0,12 -10,00
-15,00
Figura 06: Análise gráfica de Bland-Altman: concordância das proporções de ancestralidade e do índice de
melanina entre os pares de irmãs.
Figura 07: Diagrama de dispersão: ancestralidade genômica e índice de melanina entre os pares de irmãs.
42
Bonferroni, a ancestralidade africana se mostrou diferente entre os grupos com cor de pele
Branca e Preta (p<0,001) e Parda e Preta (p=0,010), não sendo comprovadas diferenças entre
os grupos Branca e Parda (p=0,056), apesar de mais uma vez o resultado ser bem próximo da
significância estatística.
A ancestralidade ameríndia, com valores estimados de 9% no grupo Branca, 11% no
grupo Parda e 10% no grupo Preta, também se mostrou diferente entre os grupos de cor de
pele autodenominada (p=0,006). O teste de Bonferroni identificou que a diferença de
ancestralidade ameríndia está entre o grupo Branca e o grupo Parda (p=0,004), e os demais
grupos não apresentaram diferenças entre si (p=0,716 entre os grupos Branca e Preta e
p=1,000 entre os grupos Parda e Preta).
grupos: Branca versus Parda (p<0,001), Branca versus Preta (p<0,001) e Parda versus Preta
(p=0,001).
Tabela 09: Índice de Melanina x Cor de pele (ANOVA com correção de Bonferroni).
Branca (n=54) Parda (n=104) Preta (n=14) p
‡ ‡ ‡
Índice de Melanina 34,25±2,56 37,17±3,11 40,26±3,80 <0,001
Dados apresentados em média ± desvio padrão. ‡Diferença estatisticamente significativa em todos
os grupos.
Sendo assim, fica também constatada a associação entre índice de melanina e cor de
pele autorrelatada, com níveis crescentes de pigmentação constitutiva nas classes Branca,
Parda e Preta, respectivamente. Apesar desta associação, a cor de pele não pode ser utilizada
como indicativo do índice de melanina, devido à grande variação da pigmentação existente
46
dentro de cada classificação, inclusive com participantes com mesmo índice de melanina se
classificando em categorias diferentes de cor de pele. É importante ainda ressaltar que esta
classificação, sendo um critério subjetivo, pode estar ligada a fatores socioculturais e
econômicos.
Tabela 11: Ancestralidade genômica e Índice de Melanina X Nível Socioeconômico (ANOVA com
correção de Bonferroni).
A (n=4) B (n=76) C (n=76) D (=16) p
+
Ancestralidade Europeia 0,70±0,02 0,71±0,08 0,67±0,07 0,65±0,07 0,002*
Ancestralidade Africana 0,21±0,03 0,19±0,07++ 0,22±0,07 0,24±0,07 0,021*
Ancestralidade Ameríndia 0,09±0,03 0,10±0,03 0,11±0,03 0,11±0,03 0,068
Índice de Melanina 35,64±4,98 36,13±3,38 36,74±3,44 37,33±3,63 0,498
Dados apresentados em média ± desvio padrão. * Estatisticamente significativo. +Diferente de C e D; ++ Diferente
de D.
6 DISCUSSÃO
Tabela 13: Estudos prévios que avaliaram a ancestralidade genômica na população brasileira.
Autor / Data Amostra (n) EUR AFR AMR No AIMs Programa
138 brasileiros
(GIOLO et al., 2012)1 61-56% 24-27% 15-17% 250-750 SNPs Structure 2.1
(São Paulo)
(PENA et al., 2011) 2 934 brasileiros 60,6-77,7% 10,9-30,3% 7,4-19,4% 40 Indels Structure 2.1
283 brasileiros
(CAVALCANTE et al., 2011) portadores de 33% 45% 21,7% 7 SNPs Structure 2.2
hepatite crônica
200 brasileiros
(LINS et al., 2010) 77,1% 14,3% 8,5% 28 SNPs Structure 2.1
(103 H e 97 M)
87 estudantes
(SANTOS et al., 2009)3 51,7-88,7 % 7,2-40,9% 4,1-8% 40 Indels Structure 2.1
(Rio de Janeiro)
(CALLEGARI-JACQUES et 12
1037 brasileiros 68-81% 11-18% 7-18% Admix 2.0
al., 2003) Microssatélites
EUR = ancestralidade europeia; AFR = ancestralidade africana; AMR = ancestralidade ameríndia; IM = índice de melanina; S = sim; N =
não; H = homens; M = mulheres; SNPs = polimorfismos de base única; Indels = polimorfismos de inserção/deleção; 1variação de proporções
ancestrais em decorrência de diferentes métodos de cálculo da estimativa; 2= variação de proporções ancestrais para diferentes regiões
geográficas do Brasil; 3= variação de proporções ancestrais para autoclassificação de cor de pele (Branca, Parda e Preta).
A análise dos resultados dos estudos já desenvolvidos com AIMs para estimar a
ancestralidade genômica em brasileiros (Tabela 13) revela que, independentemente do
número e tipo de marcadores utilizados e dos métodos de análise de dados para estimar as
proporções de ancestralidade (IAE3CI, ADMIX, STRUCTURE ou ADMIXMAP), a
população brasileira apresenta como padrão maior contribuição ancestral europeia, seguida da
contribuição africana e com menor porção de ancestralidade ameríndia. Um único estudo
investigado fugiu a este padrão, apresentando maior contribuição ancestral africana
(CAVALCANTE et al., 2011), entretanto o mesmo apresenta delineamento amostral
composto apenas por casos, o que pode ter enviesado os resultados devido a alguma
associação inerente ao grupo amostral, não sendo representativo da população brasileira no
geral.
52
oposto foi observado para a proporção de ancestralidade africana estimada pelos AIMs.
Entretanto, a análise do gráfico exposto na Figura 08, mostra claramente que existe uma
quantidade considerável de dispersão dentro de cada grupo de cor de pele, e, também, que
existe uma substancial sobreposição de cada proporção de ancestralidade genômica entre estes
grupos.
Suarez-Kurtz et al. (2007) estimaram a ancestralidade com 40 polimorfismos de
inserção/deleção e apresentaram o mesmo padrão das proporções ancestrais do presente
estudo: em uma amostra recrutada no Rio de Janeiro que se auto classificou como Brancos
(n=107), Pardos (n=119) e Pretos (n=109), a ancestralidade africana foi significativamente
diferente entre as categorias, mas apresentou grande variação dentro de cada categoria e
sobreposição entre as categorias. O teste de comparação da ancestralidade europeia entre os
grupos não foi realizado, apesar dos valores apresentados serem claramente indicativos de
diferenças. Por sua vez, a ancestralidade ameríndia não diferiu entre os grupos de cor de pele.
Lins et al. (2011) genotiparam 13 AIMs em uma amostra de 189 idosas residentes em
Brasília e verificaram diferenças na ancestralidade europeia e africana entre os grupos de auto
classificação de cor de pele Brancos, Pardos e Pretos, não sendo verificada diferença entre
estes grupos para a ancestralidade ameríndia. Estes autores também pontuaram que nas três
categorias de cor de pele houve sobreposição das proporções de cada ancestralidade, assim
como nos dados desta pesquisa, também mostrado em Santos et al. (2009) para o índice de
ancestralidade africano.
Schlesinger et al. (2011) genotiparam 90 AIMs em 202 indivíduos da cidade de São
Paulo e observaram que aqueles que não se autodeclararam como brancos apresentaram
maiores índices de ancestralidade africana (p<0,01). Entretanto, a presença de pessoas com
mesmas proporções de ancestralidade em diferentes classes de cor de pele também ocorreu,
inclusive, dentre aqueles que se auto classificaram como brancos, houve casos de sujeitos
apresentando ancestralidade estimada africana maior que 70%, e dentre os que não se
declararam brancos alguns apresentaram mais de 99% de ancestralidade europeia.
A partir de dados da composição ancestral genômica apresentados por Pena et al.
(2011) em diferentes regiões do país para cada categoria de cor de pele autorrelatada, foram
calculadas as médias de ancestralidade total de cada categoria (Brancos, Pardos e Pretos), as
quais estão apresentadas na Tabela 14 e são bastante similares às desta pesquisa. No entanto,
estes autores não realizaram testes estatísticos para comprovar associação entre cor de pele
autorrelatada e ancestralidade estimada AIMs.
56
Tabela 14: Estudos prévios que avaliaram a ancestralidade genômica x cor de pele na população brasileira.
Autor/Data Amostra Cor de Pele EUR AFR AMR
categorias. Portanto, ancestralidade genômica e classificação de cor de pele não são bons
preditores um do outro, e devem ser avaliados especificamente (GRAVLEE et al., 2009).
A análise do índice de melanina entre as categorias de cor de pele autorrelatada
apresentou resultado similar ao que foi observado para a ancestralidade genômica estimada
por AIMs. Participantes que se reportaram como Brancas apresentaram em média os menores
valores no índice de melanina, ou seja, pele com pigmentação mais clara, comparadas às
participantes que se classificaram como Pardas. O maior índice de melanina foi observado no
grupo de participantes que se classificaram como Pretas. A diferença do índice de melanina
entre os grupos de cor de pele foi estatisticamente significativa, mas com larga distribuição da
pigmentação dentro de cada grupo, e grande sobreposição entre os grupos.
Os resultados apresentados para o índice de melanina em relação à cor de pele obtidos
no presente estudo são semelhantes aos apresentados por Gravlee et al. (2005), que estudaram
a relação entre as classificações de cor de pele (“Blanco”, “Trigueño” ou “Negro”) e o índice
de melanina uma amostra da população Porto Rico (respectivamente 32,8, 40,8 e 45,9), sendo
estes valores estatisticamente diferentes entre cada categoria. Até a presente data, não foram
encontrados estudos com mensuração direta da pigmentação constitutiva, impossibilitando
comparação do índice de melanina verificado no presente estudo, bem como do
comportamento desta variável em cada classificação de cor de pele. Comparando ao estudo
supracitado de Gravlee et al. (2005) com porto-riquenhos mostra uma maior variação de
pigmentação constitutiva calculando-se um delta médio de 13,2 unidades de melanina ( 32,8
em Blancos a 45,9 em Negros) quando confrontado aos dados desta pesquisa com variação
média de 6,03 (34,23 em Brancos a 40,26 em Pretos).
A relação entre a ancestralidade genômica estimada por marcadores genéticos e o
índice de melanina mensurado pelo refratômetro também foi explorado no presente estudo.
Na amostra de 172 mulheres adolescentes brasileiras estudadas, a proporção de ancestralidade
africana se correlacionou positivamente ao índice de melanina, ou seja, à pele com
pigmentação mais escura (rho=0,258, p=0,001) e a proporção de ancestralidade europeia se
correlacionou negativamente ao índice de melanina (rho=-0,291, p<0,001). Estas correlações
significativas são indicativas de que existe estratificação populacional na amostra.
Em um estudo prévio, Parra et al. (2004b) avaliaram a relação entre a ancestralidade
genômica, estimada com 21 a 34 AIMs, e o índice de melanina, avaliado utilizando o mesmo
instrumento empregado no presente estudo (refratômetro DermaSpectrometer), em quatro
populações miscigenadas: afro- americanos, afro-caribenhos, porto-riquenhos e mexicanos.
Os resultados destes autores também mostraram correlações significativas entre a
58
com a ancestralidade genômica estimada pelos AIMs quanto com a cor de pele autorrelatada
(Tabela 11 e Tabela 10, respectivamente).
As participantes que se classificaram como Brancas tenderam a apresentar nível
socioeconômico mais elevado que aquelas que se classificaram nas outras categorias de cor.
Gravlee et al. (2005) e Gravlee et al. (2009) também apresentaram esta relação, com
indivíduos Blancos, Trigueños e Negros portando diferentes níveis educacionais, indicando
maior nível socioeconômico naqueles de classificação Branca. Foi também observado que em
média a proporção de ancestralidade europeia foi maior nos indivíduos com nível
socioeconômico mais elevado. Estudos previamente desenvolvidos em outros países da
América Latina apresentaram resultados que corroboram essa associação entre o nível
socioeconômico e a ancestralidade genômica (PARRA et al., 2007; FLOREZ et al., 2009;
GRAVLEE et al., 2009).
Na população brasileira, Schlesinger et al. (2011) desenvolveram um estudo com 202
indivíduos residentes na cidade de São Paulo, região Sudeste do Brasil, e determinaram a
ancestralidade a partir de um painel com 90 SNPs. Estes autores dicotomizaram a
ancestralidade genômica estimada em duas categorias: exclusivamente descendentes de
europeus e descendentes africanos (miscigenados que além da ancestralidade europeia
apresentaram contribuição africana, maior que 2%) e, comparando estes grupos, verificaram
que a ancestralidade africana está inversamente associada tanto ao nível educacional (p=0,03)
quanto ao nível socioeconômico (p<0,001).
Estes resultados trazem implicações importantes para o desenvolvimento de estudos de
associação com doenças para as quais fatores socioeconômicos desempenham um importante
papel. Para estes fenótipos, haverá diferenças de nível socioeconômico entre os casos e os
controles. E como o nível socioeconômico também está associado à ancestralidade genômica,
espera-se que as proporções de ancestralidade sejam diferentes nos casos e nos controles.
Nestas situações, ocorrerá um aumento nos casos de falso positivo nos testes de associação, a
não ser que as proporções de ancestralidade genômica sejam incluídas no modelo estatístico
para corrigir os efeitos da estratificação populacional. Um exemplo claro desta associação
espúria pode ser visto em um estudo recente de genoma total para diabetes tipo 2 em uma
amostra da Cidade do México (PARRA et al., 2011), no qual foi descrita uma forte associação
entre ancestralidade ameríndia e diabetes tipo 2, a qual foi possivelmente mediada por fatores
socioeconômicos, já que a ancestralidade ameríndia se mostrou correlacionada inversamente
com o nível educacional (que foi usado como indicativo do nível socioeconômico). Este
60
7 CONCLUSÃO
1 INTRODUÇÃO
2 REVISÃO DE LITERATURA
da massa gorda e redução na estatura. Ocorre ainda uma fragilização dos ossos, com crescente
risco de fraturas, causado pela diminuição progressiva da densidade mineral óssea o qual
ocorre porque com a idade avançada há um crescente desequilíbrio entre os processos de
absorção e formação óssea (CHANDLER et al., 2000). A redução na densidade mineral óssea
associa-se à sarcopenia, estando correlacionada aos índices de composição corporal: massa
muscular, massa gorda e força muscular (LIMA et al., 2009). Os idosos também apresentam
uma dilatação aórtica acompanhada de hipertrofia e dilatação do ventrículo esquerdo do
coração, associadas a um ligeiro aumento da pressão arterial (MARCHI NETTO, 2004).
Assim como explicitado para as variáveis de composição corporal, antropometria e
força muscular supracitadas, a aptidão cardiorrespiratória também sofre mudanças anatômicas
e funcionais com o envelhecimento, começando a declinar durante a terceira década de vida
(BOOTH e ZWETSLOOT, 2010). Balmer et al. (2005) corroboram que a aptidão
cardiorrespiratória aumenta até aproximadamente 30 anos de idade e então começa a
decrescer. Para mensurar a capacidade funcional dos sistemas cardiovascular e respiratório é
utilizado um índice de potência aeróbia (VO2max), também referido como aptidão aeróbia e
consumo máximo de oxigênio (ROGERS et al., 1990; UENO et al., 2002). A potência aeróbia
é determinada pela capacidade do sistema cardiorrespiratório em absorver o oxigênio e ofertá-
lo aos tecidos, pela capacidade de extração de oxigênio da circulação sanguínea e também
pela capacidade de utilizar este oxigênio ofertado às mitocôndrias durante a realização de
exercício em alta intensidade (BASSETT e HOWLEY, 2000).
A redução do VO2max em decorrência do envelhecimento é consensual na literatura
(ASTRAND et al., 1973; ROGERS et al., 1990; HOLLENBERG et al., 2006; WEISS et al.,
2006; CHODZKO-ZAJKO et al., 2009). Aproximadamente metade da diminuição da aptidão
cardiorrespiratória (VO2máx), comparando-se jovens e idosos, pode ser explicada pela redução
do volume de ejeção, e a restante pode ser atribuída à menor frequência cardíaca e à menor
diferença arteriovenosa de oxigênio (OGAWA et al., 1992). As reduções no débito cardíaco
(DC, o qual é calculado pelo produto da frequência cardíaca e do volume sistólico) e na
diferença arteriovenosa de oxigênio (a-vDO2) também foram relatadas por outros autores
como sendo os fatores desencadeadores da diminuição da potência aeróbica (HEATH et al.,
1981; JACKSON et al., 1995; WEISS et al., 2006). Alterações na composição corporal
(presença de sarcopenia, aumento de massa gorda e redução de massa muscular, dentre outras
modificações) também está relacionada à redução da aptidão cardiorrespiratória em idosos
(OLIVEIRA et al., 2009). Este decréscimo na aptidão aeróbia foi estimado entre 5 e 15% a
cada década, contando a partir da idade de 25 anos em indivíduos sedentários (HEATH et al.,
66
Tabela 16: Estudos de herdabilidade para potência aeróbia e composição corporal na população brasileira.
Autor (Data) Amostra Variáveis avaliadas (herdabilidade) Comentários
Machado et al. 8 pares de gêmeos do sexo masculino (5 Potência aeróbia – VO2max (87%). Estudo com número amostral
(2008)* pares monozigóticos), com idade entre muito pequeno. Potência
11 e 27 anos. aeróbia não foi avaliada por
ergoespirometria, método
padrão ouro.
de Oliveira et al. 1666 indivíduos de 81 famílias, com o Circunferência da cintura (40,1%), Apesar do grande número
(2008)* tamanho da família variando de 3 a 156 Índice de massa corporal (51%). amostral do estudo, a amostra se
indivíduos, e de 2 a 4 gerações, com 18 Obs.: Herdabilidade estimada em mostra heterogênea, inclusive
anos de idade ou mais velhos. modelo ajustado para sexo e idade. no que tange a presença de
doenças crônicas.
* Estes estudos apresentam também herdabilidade para outras variáveis, entretanto foram apresentadas nesta tabela apenas as varáveis e
interesse para o presente estudo.
Tabela 17: Estudos de herdabilidade para potência aeróbia e composição corporal em populações não brasileiras.
Autor (Data) Amostra Variáveis avaliadas (herdabilidade) Comentários
Hopkins et al, 22 pares de gêmeos (11 monozigóticos VO2pico (80%), mensurado em teste Autores apresentam sugestão
(2010) e 11 dizigóticos), com média de idade incremental na esteira. interessante de que o nível de
de 13,3 e 13,6 anos. Sete pares foram atividade física, o qual
compostos por indivíduos do sexo influencia no VO2, pode ser
masculino, sendo que dois destes entre 30% e 80% geneticamente
estavam no grupo monozigótico. determinado. Número amostral
pequeno.
Portas et al. (2010) 8877 indivíduos (provenientes de 511 Estatura (73%), peso (48%), IMC Além de mostrar a
famílias com 37 membros em média) da (41%). ancestralidade do grupo total,
região isolada de Ogliastra – Sardínia – traz dados de herdabilidade em
Itália. discriminados em 9 regiões, que
suportam diferença de
herdabilidade de acordo com a
estrutura da população.
Bogl et al. (2010) 149 pares de gêmeos de ambos os sexos Massa magra (81%), massa gorda Massa magra correlacionada
(57 monozigóticos), provenientes de (61%), DMO (87%). com DMO, sugerindo que estas
Helsinki – Finlândia. características podem ter mais
genes em comum, comparando-
se a massa gorda.
Silventoinen et al. 154.570 pares de irmãos, 1582 pares de Estatura (81%), Massa corporal Número amostral satisfatório.
(2008) gêmeos monozigóticos e 1864 pares de (64%), IMC (59%).
gêmeos dizigóticos, do sexo masculino,
adultos jovens, da Suécia.
Souren et al. 378 pares de gêmeos de ambos os sexos Massa corporal (84% homens e 74% Mensurações fora do padrão
(2007) (240 monozigóticos), provenientes da mulheres, IMC (85% homens e 75% outro: Massa magra mensurada
Bélgica. mulheres), massa gorda (81% homens através de bioimpedância e
e 70% mulheres), massa magra (81%, massa gorda estimada pela
sem diferenciação entre os sexos). subtração da massa magra da
massa corporal total.
Macgregor et al. 1673 pares de gêmeos de ambos os Estatura (≈ 90%) h2 da estatura auto relatada
(2006) sexos, adultos e provenientes da apresentou-se menor (≈ 85%),
Austrália (857 pares monozigóticos). fato justificado em decorrência
do erro de mensuração mais
elevado nesta medida.
Li et al. (2006) 478 indivíduos de 105 famílias mexico- IMC (62%) Além da herdabilidade o estudo
americanas. apresenta avaliação de
microssatélites indicativa de
ligação entre o IMC com o
cromossomo 5q36.
Obs.: Estes estudos apresentam também herdabilidade para outras variáveis, entretanto foram apresentadas nesta tabela apenas as varáveis e
interesse para o presente estudo. DMO = densidade mineral óssea, IMC = índice de massa corporal.
71
Bouchard et al. 170 pais e 259 filhos de 86 famílias VO2max (≈ 50%) VO2max mensurado em
(1998) brancas. cicloergômetro em duplicata.
Modelo ajustado para: a) idade
e sexo; b) idade, sexo e massa
corporal; c) idade, sexo, massa
corporal e massa magra e massa
gorda (obtidas em pesagem
hidrostática).
Obs.: Estes estudos apresentam também herdabilidade para outras variáveis, entretanto foram apresentadas nesta tabela apenas as varáveis e
interesse para o presente estudo.
exercício. Um dos polimorfismos mais estudados para o fenótipo de potência aeróbia nesta
via metabólica é o polimorfismo de inserção/deleção da ACE, embora haja publicações que
apresentaram associação com o genótipo II – homozigoto para inserção (HAGBERG et al.,
1998; HAGBERG et al., 2002), com o genótipo DD – homozigoto para ausência da inserção
(ZHAO et al., 2003) e ausência de associação (DAY et al., 2007). Atualmente, múltiplas
investigações têm sido desenvolvidas nos demais polimorfismos nos genes desta via
metabólica, assim como revisado em Konoshita (2011). Para o presente estudo, foram
selecionados polimorfismos candidatos ao longo da via metabólica do SRAA, representados
na Figura 10, abaixo. Estes SNPs foram selecionados baseando-se estudos prévios com
evidência de associação com fenótipos cardiovasculares diversos, a partir dos quais surge o
potencial de associação com a potência aeróbia (BRAND et al., 2002; FUCHS et al., 2002;
ORTLEPP et al., 2003; BORIGHT et al., 2005; DELMONICO et al., 2005; MIYAKI et al.,
2006; ISRANI et al., 2007; MOORE et al., 2007; PEREIRA et al., 2008; ZAKRZEWSKI-
JAKUBIAK et al., 2008; COOPER WOROBEY et al., 2009; JIANG et al., 2009; TSAI et al.,
2009; CARSTENS et al., 2010; CHANG et al., 2010; HUBER et al., 2010; SARZANI et al.,
2010; VANGJELI et al., 2010; BRUGTS et al., 2011; SAAB et al., 2011; XIANG et al.,
2011; YUGAR-TOLEDO et al., 2011).
Figura 10: Esquema representativo do SRAA, incluindo os SNPs genotipados em cada componente.
3 OBJETIVOS
3.1 Geral
3.2 Específicos
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Amostra
Foram selecionadas 225 voluntárias, do sexo feminino, com idade igual ou superior a
60 e inferior a 80 anos, brasileiras, residentes no Distrito Federal. Após a realização do
eletrocardiograma de repouso e avaliação médica inicial, 17 destas idosas foram
contraindicadas pelo médico para realização do teste ergoespirométrico devido à presença de
um ou mais fatores de risco tais como: histórico de dor ou aperto no peito; uso de marcapasso;
bloqueio completo de ramo esquerdo; bloqueio completo de ramo direito; arritmias; infarto
prévio; bigeminismo de extrassístoles em repouso; onda R que não progride de V1 a V3.
No total, 205 idosas realizaram o teste de potência aeróbia, entretanto, 19 delas
interromperam precocemente o teste por outros motivos que não a exaustão voluntária. Dentre
as causas de testes incompletos, observou-se: falta de ar; extra-sístoles bigeminando de forma
sustentada durante o esforço físico, ou seja, chegando a 30 segundos; tonturas; queimação
torácica; e infradesnivelamento retificado do segmento ST, sugerindo isquemia do miocárdio.
Sendo assim, 186 idosas completaram o teste. Entretanto, foi adotado como critério de
exclusão o uso de medicação relacionada ao SRAA (inibidores de ECA e antagonistas do
receptor de angiotensina), invalidando 38 dos testes completos os quais foram excluídos da
análise final. Logo, a amostra final do estudo foi composta por 148 voluntárias.
A coleta de dados foi realizada após a aprovação pelo Comitê de Ética da
Universidade Católica de Brasília, registrado sob o número CEP/UCB 014/2007 (Anexo D),
bem como da apresentação de um termo de consentimento livre e esclarecido (Anexo F), que
foi explicado e assinado por cada participante.
individual, validado por Benedetti et al.(2004) para a população de idosos brasileiros. Nas
questões do IPAQ validado por estes autores foram incluídos exemplos de atividades que são
comuns às pessoas idosas e foi especificada a informação do tempo médio habitual para cada
dia da semana (segunda a domingo) ao invés de indicar apenas a frequência semanal e o
tempo médio semanal de realização das atividades físicas. Segundo o estudo de Rabacow et
al. (2006), o questionário IPAQ versão 8 apresenta as melhores condições para ser aplicado
em idosos brasileiros, apesar de se tratar de um instrumento longo e demorado para ser
aplicado em grandes populações.
A mensuração dos níveis correntes de atividade física utilizando este questionário leva
em consideração a duração e a frequência das atividades físicas realizadas em uma semana,
computando-se apenas sessões superiores a 10 minutos contínuos e diferencia atividades
moderadas como sendo as ações que produzem um aumento moderado na frequência cardíaca
e na taxa respiratória, e vigorosas, que são as ações que produzem maiores aumentos nestes
parâmetros (CRAIG et al., 2003). Os resultados do questionário possibilitam a divisão em
cinco categorias: sedentários, insuficientemente ativos "B", insuficientemente ativos "A",
ativos e muito ativos (Anexo H).
4.4 Genotipagem
Tabela 19: Descrição das sequências e tamanhos dos iniciadores da PCR (F e R) e da extensão de única base (S).
Direção do Tamanho do
Iniciadores Sequência Alelos
iniciador iniciador
rs699-F AGGCTGTGACAGGATGGAAG Direto 20
rs699-R GGTGGTCACCAGGTATGTCC Reverso 20
rs699-S gactgactgacAAGACTGGCTGCTCCCTGA Direto 30 C/T
A caracterização amostral foi realizada por meio de cálculo da média e desvio padrão
das variáveis: idade, massa corporal, estatura, índice de massa corporal (IMC), percentual de
gordura, massa magra, pressão arterial sistólica e diastólica (PAS e PAD, respectivamente)
em repouso, frequência cardíaca (FC) em repouso e contribuições ancestrais europeia,
87
africana e ameríndia. Estas variáveis foram ainda testadas quanto à distribuição normal
utilizando o teste de Kolmogorov-Smirnov, e, quando necessário, dados pontuais discrepantes
(escores com mais de 2 desvios padrão acima ou abaixo da média) fora substituídos por
valores iguais à média mais ou menos 2 desvios padrão, respectivamente.
A ancestralidade genética foi calculada com o programa ADMIXMAP versão 3.8
(http://homepages.ed.ac.uk/pmckeigu/admixmap/) utilizando 2.500 interações no período de
burn-in e 10.000 interações para medir os parâmetros dos dados. Amostras das populações de
Botsuana, Camarões, Gana e Senegal (n=120), euroamericanos de Baltimore e de Chicago
(n=78) e zapotecos do México (n=29) foram utilizados como representativos das populações
africana, europeia e nativo americana, respectivamente. Para testar a associação entre a
ancestralidade genômica e a aptidão cardiorrespiratória foi utilizado o coeficiente de
correlação não paramétrico de Spearman.
O equilíbrio de Hardy-Weinberg e o desequilíbrio de ligação entre os marcadores
genotipados para o SRAA no grupo amostral foi realizado utilizando o programa PLINK
versão 1.07 (PURCELL et al., 2007), disponível em
http://pngu.mgh.harvard.edu/purcell/plink/.
A associação de cada marcador com as variáveis cardiovasculares mensuradas ao final
do teste máximo foram testadas utilizando análise general linear models, incluindo
covariantes relevantes (descritas abaixo). As variáveis mensuradas pré e pós exercício (PAS,
PAD e FC) foram analisadas pela análise de variância para medidas repetidas (ANOVA
mista) para acessar diferenças entre os grupos (genótipos) nos diferentes momentos. Idade e
composição corporal são variáveis que influenciam na potência aeróbia (VO2pico). Utilizando
uma regressão multivariada step-wise, foi verificado que a idade (β =-0,25; p=0,001),
percentual de gordura corporal (β =-0,30; p<0,001) e massa corporal magra (β =0,24;
p=0,002), em conjunto, explicam aproximadamente 22% da variação no VO2pico (R2 = 0,22; p
< 0,001), e, portanto, foram incluídas como covariáveis no modelo de associação genética
para o VO2pico. O mesmo processo foi utilizado para as outras variáveis dependentes
relacionadas ao VO2pico, identificando possíveis covariáveis e ajustando a análise
correspondente: tempo máximo de teste (idade e percentual de gordura); ventilação (massa
magra, massa corporal e estatura); escala de Borg (nenhuma); razão de troca respiratória
(nenhuma) e frequência cardíaca máxima (idade e frequência cardíaca de repouso). Para os
testes dos efeitos principais de cada marcador com as variáveis cardiovasculares mensuradas
ao final do teste máximo, seguida à análise general linear models, foi aplicada correção de
Bonferroni para comparações múltiplas ao nível de significância.
88
scree plot (Figura 11) e o escore de cada autovalor para verificar quantos componentes seriam
extraídos.
ou sem inserir covariantes no modelo. O teste consiste basicamente de 3 fases (CALLE et al.,
2008a; CALLE et al., 2008b; CALLE et al., 2010):
Fase 1: Cada combinação genotípica é testada para associação com a resposta e é
então classificado como alto risco, baixo risco ou não significativo, sendo que os genótipos de
mesma classe são agrupados. O nível de significância padrão estabelecido para esta fase é de
p=0,1. Fase 2: Para cada categoria supracitada, um novo teste de associação é realizado,
resultando em um escore estatístico Wald para a categoria de alto e de baixo risco. Fase 3: A
significância do teste é explorada através de teste de permutação do máximo Wald (diferença
no escore entre as categorias).
O PC1 foi testado em associação com os polimorfismos do SRAA utilizando o método
MB-MDR no programa R, testando-se as interações gene-gene de 2ª e de 3ª ordem (ou seja, 2
e 3 SNPs combinados). As interações de ordem superior não foram analisadas devido ao
grande número de combinações gerado em relação ao tamanho amostral do presente estudo
(por exemplo, as interações de 4ª ordem geram 81 combinações em marcadores bialélicos).
As variáveis de caracterização amostral foram previamente investigadas quanto à
associação com as variáveis dependentes (obtidas no teste ergoespirométrico máximo)
utilizando regressão linear step-wise para identificar potenciais covariantes (adotado nível de
significância ≤ 0,10). Desta forma, idade, massa magra total e percentual de gordura foram
identificadas em associação com os fenótipos de aptidão cardiovascular estudados, e foram
inseridas no modelo MB-MDR como covariáveis, juntamente com a ancestralidade genômica
estimada no ADMIXMAP. Especificamente, foi utilizada a proporção de ancestralidade
europeia, pois as proporções de ancestralidade africana e europeia se mostraram inversamente
proporcionais, não sendo necessário utilizar ambas. Por sua vez, a ancestralidade ameríndia
não foi utilizada por ser a de menor proporção e menor variação entre os indivíduos, com
pouco conteúdo informativo para o presente estudo.
O ajuste para comparações múltiplas não é fornecido no pacote MB-MDR, cabendo ao
usuário aplicar o ajuste para testagem múltipla adequado (CALLE et al., 2010). Para este fim,
foi aplicada correção FDR (do inglês, False Discovery Rate), que pode ser interpretada como
taxa de descobertas falsas, ou ainda, taxa de falsos positivos (BENJAMINI e HOCHBERG,
1995; BENJAMINI e YEKUTIELI, 2001), previamente recomendadas em sequência à
análises de redução de dimensionalidade multifatorial, tais como MB-MDR, MDR, FAM-
MDR (MENG et al., 2005; MEI et al., 2007; CATTAERT et al., 2010; HUA et al., 2010). A
correção FDR-BH (BENJAMINI e HOCHBERG, 1995) compara o p não ajustado ao valor
crítico de p (gerado de acordo com o número de hipóteses testadas e o nível de significância
91
escolhido) e rejeita-se a hipótese nula se o p bruto for menor que o nível de significância
crítico, sendo que para análise os valores de p não ajustados são ordenados de forma
crescente. A comparação deve ser realizada a partir do maior valor p, decrescendo
progressivamente, sendo que a identificação de um p bruto menor que o p crítico rejeita tanto
a hipótese pontual quanto as demais, seguindo a direção de análise do maior para o menor p.
A Tabela 21 resume os procedimentos utilizados nesta análise de associação trabalhada no
programa R. O mesmo procedimento aplicado ao PC1 foi repetido utilizando o VO2pico como
variável dependente.
5 RESULTADOS
Branca 74 (50%)
Cor de pele Parda 36 (24,3%)
Preta 30 (20,3%)
Amarela 6 (4,1%)
Vermelha 2 (1,4%)
A maioria das idosas avaliadas foi classificada quanto ao nível de atividade física
como ativas (74,3%), com apenas 4 mulheres muito ativas (2,7%). Nas categorias de menor
nível de atividade física, 30 idosas foram classificadas como irregularmente ativas (20,3%) e
4 como totalmente sedentárias (2,7%).
A cor de pele autorrelatada, avaliada de acordo com a classificação do IBGE (2000),
também está apresentada na Tabela 23. Em sua maior parte, a amostra se classificou como
Branca (50%), com quantidades equivalentes de idosas que se classificaram como Pardas
(24,3%) ou Pretas (20,3%). Seis (4,1%) e 2 (1,4%) mulheres se classificaram como Amarelas
e Vermelhas, respectivamente, que para o IBGE engloba pessoas de etnia asiática e indígena.
Esforço máximo
Tempo para exaustão (sec) 592,63±127,22
VO2pico (mL/kg/min) 17,17±2,95
R 1,02±0,09
FC (bpm) 134,38±16,50
VE (L/min) 37,54±9,17
Borg 16,95±1,68
Recuperação pós-exercício
PAS (1º min) 162,06±17,34
PAD (1º min) 93,91±7,85
PAS (3º min) 145,24±10,44
PAD (3º min) 85,74±6,86
FC (1º min) 117,34±16,66
FC (3º min) 107,36±15,28
VO2pico = potência aeróbia de pico; R = razão de troca respiratória; FC =
frequência cardíaca; VE = ventilação; Borg = escala de percepção
subjetiva de esforço de Borg; PAS = pressão arterial sistólica; PAD =
pressão arterial diastólica; FC = frequência cardíaca.
Ancestralidade européia utilizadas como covariáveis para todos os fenótipos. *Demais covariáveis: tempo (idade e
% de gordura), VO2pico (idade, massa magra e % de gordura), VE (massa corporal, massa magra e estatura),
FCmax (idade e frequência cardíaca de repouso).
p tempo < 0,001 para todas as variáveis; p interação = genótipo*tempo; PAS = pressão arterial sistólica; PAD = pressão arterial diastólica; FC =
frequência cardíaca.
Tabela 28: Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA (3 SNPs).
SNP1 SNP2 SNP3 Wmax Perm.P CI.lower CI.upper p crítico (FDR-BH)
Entretanto, estes resultados não foram considerados para análise deste estudo, devido ao
tamanho reduzido da amostra (n=148) em relação ao número possível de combinações (cada 4
SNPs geram 81 combinações de genótipos, cada 5 SNPs geram 243 combinações genotípicas,
e assim por diante).
O programa MB-MDR trata cada combinação genotípica multilocus classificando-a
com relação ao fenótipo em alto risco, baixo risco ou ausência de risco, estando também
englobados nesta última categoria os casos em que não há amostra suficiente. Esta
classificação inicial é realizada adotando-se um nível de significância liberal (p<0,10) através
de regressão logística para variáveis dependentes caso-controle e de regressão linear para
variáveis contínuas. No caso de estudos caso-controle, esta primeira fase da análise MB-MDR
fornece o número amostral em cada combinação genotípica, o que não se repete para variáveis
dependentes contínuas, para as quais o primeiro passo da análise apenas registra qual a
classificação em cada combinação (alto, baixo ou nenhum risco). Diante desta faceta da
análise, se deveu a atitude mais conservadora do presente estudo, adotando somente as
interações de ordem menor (2 e 3 SNPs), apesar da análise para combinações de maior
número de SNPs (Anexo J).
100
6 DISCUSSÃO
Em sua totalidade, o grupo amostral foi composto por mulheres idosas pós-
menopausa. O IMC médio verificado nesta pesquisa, de 27,24 kg/m2, é classificado na
categoria de sobrepeso de acordo com a WHO (2000). Discriminando os valores de IMC
individuais, 40 (27%) idosas foram classificadas como normais (IMC entre 18,5 e 24,9), 71
(48%) idosas foram classificadas como sobrepeso (IMC entre 25,0 e 29,9) e 37 (25%) idosas
foram classificadas como obesas (IMC maior ou igual a 30,0). Entretanto, alguns autores
postulam que IMC não é um bom indicador da massa gorda e da distribuição de gordura em
idosos, não podendo assumir que altos valores de IMC são diretamente relacionados ao
aumento da massa gorda e do acúmulo de gordura no tronco observado em idosos (JANSSEN
e MARK, 2007).
De acordo com Baumgartner (2000), a composição corporal de idosos deve ser
avaliada por métodos acurados e preferencialmente não invasivos, como o método DXA, pois
esta variável é mais dificilmente mensurada em indivíduos idosos que em jovens. Este método
foi utilizando no presente estudo, e foram registrados valores médios de massa corporal,
massa magra e de percentual de gordura corporal de 63,83kg, 37,12kg e 39,7%,
respectivamente (Tabela 22). Estes valores são semelhantes aos apresentados para uma
amostra de 97 mulheres idosas (64,4±4,8 anos de idade), também recrutadas na cidade de
Brasília, a qual apresentou 64,8±11,2kg de massa corporal total e 38,7±4,77kg de massa
magra (CHAVES et al., 2005).
102
que que há associação entre ancestralidade genômica e cor de pele autorrelatada na população
brasileira (apesar da presença de sobreposição da ancestralidade entre estas categorias de
classificação étnica), foi comparado o VO2pico entre as mulheres do presente estudo que se
autodeclararam como pretas (n=30) e como brancas (n=74), verificando-se escores de
16,20mL/kg/min e 17,36mL/kg/min, respectivamente. A comparação entre estes grupos,
utilizando uma ANOVA ajustando para massa magra total e percentual de gordura, não
mostrou diferenças estatisticamente significativas (p=0,087), apesar da tendência de maior
aptidão cardiorrespiratória em mulheres brancas ao observar os dados descritivos.
Não foram encontrados estudos para a população brasileira com abordagem da
ancestralidade genética em associação à potência aeróbia, com dados referentes à
diferenciação de fenótipos entre as subpopulações ancestrais.
Em outras populações, Brutsaert et al (2003) e Brutsaert et al (2005) verificaram que a
potência aeróbia de nativos americanos (Quechua – região dos Andes Peruanos) comparada a
de jovens com ascendência espanhola apresenta melhores repostas à altitude. Roy et al. (2006)
compararam mulheres afro-americanas (n=20) e euro-americanas (n=30) e, após teste
incremental em esteira, verificaram diferenças na aptidão cardiorrespiratória entre estes
grupos. Observaram ainda uma correlação negativa entre a ancestralidade africana (estimada
por um painel de 20 AIMs), mesmo ajustando esta variável para o peso corporal e massa
muscular magra (r= -0,48, p<0,01).
Hunter et al. (2010) estudaram 187 mulheres pré-menopausa (média de ≈35 anos de
idade) saudáveis e verificaram VO2max(mL/kg/min) de 29,0±3,7 para o grupo formado por
euro-americanas (n=93) e de 27,5±3,3 para o grupo formado por afro-americanas (n=94),
valores estatisticamente diferentes (p<0.01). Estes autores mensuraram também a
ancestralidade genômica (estimada pelo programa ADMIXMAP a partir de 85 AIMs), sendo
que o grupo de afro-americanas e o grupo de euro-americanas apresentaram ancestralidade
africana estimada em 65,8% e 17,9%, respectivamente (HUNTER et al., 2010).
Entretanto, essa relação entre a ancestralidade/etnia e a potência aeróbia nem sem
sempre é observada, como mostraram Temfemo et al. (2007), que ao compararem o VO2max
em jogadores de futebol americano africanos (negros) com caucasianos não verificaram
diferença entre os grupos, com potência aeróbia de 54,3 e 56 mL/kg/min, respectivamente. O
resultado destes autores corrobora o observado no presente estudo, para o qual era esperada
associação entre ancestralidade e aptidão cardiorrespiratória, mas os resultados do presente
estudo não apontaram associação da potência aeróbia com ancestralidade europeia, africana
ou ameríndia.
105
maior duplo produto (duplo produto = pressão arterial sistólica x frequência cardíaca) sem a
necessidade de maiores incrementos na pressão arterial sistólica. O duplo produto é um bom
indicativo da aptidão cardiovascular durante o exercício e está altamente correlacionado com
o consumo de oxigênio (TANAKA et al., 1997).
Os SNPs rs11091046 (C3123A) e rs1403543 (+1675G/A) foram analisados no gene
AGTR2. O primeiro não apresentou associação com os fenótipos, e foi observada frequência
do alelo C de 0,43, ligeiramente menor que a frequência de 0,59 (MIYAKI et al., 2006) e de
0,68 (BAE et al., 2007) reportadas na literatura, respectivamente em homens japoneses e em
mulheres coreanas. Taylor et al. (2010), ao investigarem lesões cerebrovasculares em
pacientes hipertensos, apresentaram associação destas ocorrências com o polimorfismo
C3123A apenas em homens, fato que merece consideração já que este marcador localiza-se
no cromossomo X, e efeitos relacionados ao sexo podem estar presentes. Como a presente
pesquisa foi composta apenas por mulheres, não foi viável explorar os possíveis efeitos (ou
mesmo diferença em frequência alélica) relacionados ao sexo. Já o segundo SNP, rs1403543,
com frequência do alelo A de 0,49, apresentou uma tendência de associação com a percepção
subjetiva de esforço de Borg (p=0,023), sendo observado no grupo GA os menores escores. A
frequência do alelo A para o polimorfismo +1675G/A foi similar àquela apresentada por
Carstens et al. (2010), de 0,37, em um estudo que exibiu associação com hipertrofia do
coração, sendo o alelo G responsável pela maior espessura das parede deste órgão. Estes
autores não verificaram interação deste marcador com o sexo.
O último SNP analisado na via metabólica do SRAA, localizado no gene citocromo
P450, família 11, subfamília B, polipeptídio 2 (CYP11B2), o qual é responsável pela síntese
da aldosterona, foi o marcador rs1799998 (-344C/T). Este polimorfismo não apresentou
associação com nenhum dos fenótipos estudados. A frequência do alelo C do rs1799998, de
0,37, é um pouco menor que a observada em brasileiros da região norte do país por Freitas et
al. (2007), os quais verificaram frequência de 0,41 para normotensos e 0,44 para hipertensos,
sem diferença na frequência alélica entre estes dois grupos. Contrário a este estudo que não
apresentou diferença de frequência alélica em casos de hipertensão e controles, Brand et al.
(1998) observaram na população brasileira que o alelo T do polimorfismo -344C/T se
apresentou em maior frequência em hipertensos (0,56) que em controles normotensos (0,48),
sugerindo então uma associação deste marcador com a hipertensão. Inversamente, Cheng e
Xu (2009) sugeriram associação do alelo -344C com a susceptibilidade de hipertensão na
população chinesa. A frequência alélica apresentada por Brand et al. (1998) foi ligeiramente
maior que a apresentada na presente pesquisa, mas menor em comparação a estudos em
109
sendo criticado inclusive o pressuposto de variante comum/doença comum que deu origem
aos estudos de genoma total (MCCLELLAN e KING, 2010). Entretanto, Visscher et al.
(VISSCHER et al., 2012) revisaram e pontuaram diversas das críticas feitas aos GWAS e
apresentaram alguns argumentos mostrando a importâncias destes estudos: a identificação de
inúmeros polimorfismos de efeitos desconhecidos há apenas 5 anos atrás (comparando-se as
descobertas pré e pós 2007); apresentação de grande número de associações robustas e
replicáveis para fenótipos complexos; e explicação de 10 a 20% da variação genotípica para
algumas doenças (ex.: diabetes tipo 2 com 10% de determinação genética). Sendo assim,
apesar das críticas, não se podem negar os avanços na genética humana obtidos pelos estudos
de genoma total, que mostraram, acima de tudo, quão complexa é a arquitetura genética.
Em relação à discussão entre o papel de alelos comuns e alelos raros, há argumentos a
favor e contra cada uma destas teorias (GIBSON, 2012), e o provável é que nenhuma seja
totalmente incorreta, com alelos raros, alelos comuns e outros fatores ainda desconhecidos
interagindo para determinação dos fenótipos complexos.
influenciada por associações individuais. Na presente pesquisa, assim como descrito no tópico
anterior, não foi observada associação entre cada polimorfismo e os fenótipos estudados, não
sendo, portanto, necessária esta correção no modelo estatístico para efeitos principais.
Sabendo-se da característica miscigenada da população investigada (SANTOS et al.,
2009; LINS et al., 2010; LEITE et al., 2011), foi genotipado um painel com 19 marcadores
informativos de ancestralidade, a partir dos quais foi estimada a ancestralidade genômica,
utilizando o programa ADMIXMAP. A proporção de ancestralidade europeia foi então
utilizada como covariável, para controlar possíveis efeitos de estratificação populacional.
Além desta, a idade, a massa magra total e o percentual de gordura foram identificados em
associação com os fenótipos de aptidão cardiovascular estudados, e também foram inseridas
no modelo MB-MDR como covariáveis.
Para reduzir a testagem múltipla, foi utilizada a técnica de componentes principais nos
fenótipos cardiorrespiratórios registrados no teste incremental, pela qual estes dados foram
reduzidos a uma dimensão (1 PC). Sendo assim, o componente principal gerado a partir das
respostas agudas dos fenótipos cardiovasculares ao teste máximo (PC1) foi analisado em
associação com os polimorfismos do SRAA, buscando possíveis efeitos epistáticos que
possam influenciar na aptidão aeróbia, utilizando o pacote estatístico MD-MDR. A análise de
efeitos epistáticos com o MB-MDR também foi desenvolvida utilizando-se o VO2pico como
variável dependente, em vez do componente principal representativo do conjunto de variáveis
obtidas no teste incremental, para explorar os genótipos determinantes da potência aeróbia,
em específico.
De acordo com os resultados apresentados, a análise de interação entre 2 SNPs, dentre
os 11 polimorfismos do SRAA genotipados não revelou associação com o PC1 ou com o
VO2pico (o Anexo J traz o resultado desta análise para as interações mais fortes, apesar de não
significativas estatisticamente). Portanto, o resultado da análise de interação dos
polimorfismos 2 a 2 não identificou efeitos destas combinações genotípicas na aptidão
cardiorrespiratória. Entretanto, é interessante o fato de que os 2 SNPs com maior efeito para
análise do PC1 (rs7539596 e rs12750834) e do VO2pico (rs1800764 e rs699) apresentaram-se
novamente na análise subsequente para interação entre 3 SNPs (Anexo J).
A análise de 3ª ordem para o PC1, apresentou tendência de associação para 3
interações gene-gene, sendo que o rs7539596 manifestou-se nestes 3 casos. Este SNP,
também conhecido como -5434C/T, localiza-se no gene da REN, mais especificamente na
região promotora, e foi relatado por Fuchs et al. (2002), que o identificou como novo
polimorfismo deste gene, embora não tenha observado associação do mesmo com taxa de
113
transcrição da renina. Não foram identificados outros estudos, até a presente data, com
investigação do polimorfismo -5434C/T, mas a presença do mesmo nas 3 associações mais
fortes com o PC1 (representativo dos fenótipos de aptidão aeróbia) é um indício de que este
SNPs pode atuar de alguma forma no funcionamento da via metabólica do SRAA.
Ainda quanto à análise de 3ª ordem para o PC1, os SNPs rs12750834 e rs5182 se
manifestaram em duas destas interações e os rs11091046 e rs699 se manifestaram apenas na
1ª e 2ª combinações, respectivamente (Tabela 28).
O rs12750834 também se localiza no gene da REN, é identificado pelo nome -
5312C/T, e foi previamente associado à taxa de transcrição da renina, sendo que o alelo -
5312C apresenta aproximadamente metade da transcrição em comparação ao alelo -5312T, o
que validou este polimorfismo como sendo funcional (FUCHS et al., 2002). Konoshita et al.
(2009) genotiparam este polimorfismo em 231 pacientes com hipertensão arterial, observando
as respostas de 3 meses de uso do medicamento Valsartana (um anti-hipertensivo bloqueador
dos receptores de Angiotensina II), e verificaram maior redução na PA em portadores do
genótipo CC comparados aos portadores do alelo T (genótipos CT e TT), concluindo ainda
que o genótipo CC está relacionado a uma melhor resposta da pressão arterial sistólica ao
tratamento (Odss ratio = 2,03, p= 0,002). Este resultado corrobora o estudo de Fuchs et al. , já
que o alelo C foi identificado com menor transcrição da REN, o que pode desencadear menor
conversão de AGT em Angiotensina I, e, consequentemente, menor atividade do SRAA.
Comparando estes achados ao presente estudo, existe a possiblidade desse marcador ter
apresentado tendência de associação com o PC1 pela menor atividade do SRAA
desencadeando um maior fluxo sanguíneo, aumentando a oferta de oxigênio aos tecidos em
atividade durante o teste incremental. O SNP rs12750834 se localiza próximo ao rs7539596,
como pode ser observado pela localização física de ambos no cromossomo 1 (Tabela 18).
Entretanto, não foi observado desequilíbrio de ligação entre eles (R2=0,13). A presença de
dois marcadores localizados no gene da REN indica que este gene pode ter influência no
fenótipo cardiorrespiratório.
O rs5182 (T573C), localizado no exon 4 do gene AGTR1, foi investigado por
Martinez-Rodrigues et al. (2011), que ao compararem 329 indivíduos hipertensos com 371
indivíduos não portadores de hipertensão verificaram diferenças na frequência genotípica
entre estes dois grupos, sendo que sob análise do modelo aditivo, o genótipo CC associou-se a
risco aumentado para hipertensão (Odds ratio = 1,83, p=0,009). Fung et al. (2011)
compararam concentrações plasmáticas de colesterol, glicose, insulina, leptina e dos
marcadores inflamatório interleucina-6 em indivíduos de pressão arterial normal (n=213) com
114
hipertensos (n=242) e não identificaram associação do SNP rs5182 com qualquer destes
fenótipos em nenhum dos dois grupos. A frequência do alelo T observada na presente
pesquisa (0,41) foi menor que a observada em estudos anteriores, os quais observaram alelo T
com frequência de 0,46-0,47 (ABDOLLAHI et al., 2007; FUNG et al., 2011).
O rs11091046, também chamado de polimorfismo C3123A, localizado no gene
AGTR2, cromossomo X. Uma investigação deste polimorfismo em indivíduos com
hipertensão arterial revelou que os portadores do alelo C apresentaram menor volume de
lesões cerebrais decorrentes da hipertensão que portadores do alelo A, resultado observado em
homens e não replicado no grupo de mulheres analisadas (TAYLOR et al., 2010). Como este
SNP é ligado ao cromossomo X, esta diferenciação entre os sexos é esperada, se, por
exemplo, estes alelos exercem efeitos aditivos na determinação dos fenótipos. Em mulheres,
foi observada diferença da incidência de hipertensão em portadoras do genótipo CC, com
12,8% de incidência, comparadas às portadoras dos genótipos AC e AA, com incidência de
32,8 e 34%, respectivamente (TAYLOR et al., 2010). Portanto, o alelo A apresentou-se como
fator de risco associado à hipertensão arterial. Miyaki et al. (2006) verificaram que sujeitos
que ingerem grande quantidade de sal têm risco até 10 vezes maior de desenvolver
hipertensão arterial quando portadores do alelo A, comparados aos portadores do alelo C
(Odds ratio = 13,6, p = 0,007). A frequência do alelo C do presente estudo, de 0,43, é
consideravelmente menor que a frequência de 0,68 observada por Bae et al. (2007) em
mulheres coreanas saudáveis, o que pode ser devido a diferenças de frequência alélica entre
populações. Sendo assim, este SNP também apresentou associação com hipertensão arterial
em estudos anteriores, sendo o A o alelo de risco, o que indica um possível caminho para a
tendência observado no presente estudo, com este polimorfismo contribuindo em epistasia
para determinação na aptidão cardiorrespiratória.
O marcador rs699, cujo polimorfismo também é chamado de M235T (o alelo C
codifica uma Treonina e o alelo T codifica uma Metionina), é um dos mais estudados do
SRAA, apesar disso, muitos dos resultados são conflitantes. Este SNP localiza-se no gene
AGT, éxon 2, e já foi associado à hipertensão arterial em diversas pesquisas, com o alelo
235T (alelo C na genotipagem) como fator de risco aumentado para esta doença (PEREIRA et
al., 2003; FANG et al., 2010; MEHRI et al., 2011; YUGAR-TOLEDO et al., 2011;
TOUSOULIS et al., 2012). Por outro lado, alguns estudos apresentam a relação inversa, com
o alelo 235T como fator de proteção para risco de hipertensão arterial (SAAB et al., 2011;
XIANG et al., 2011). Há ainda estudos que não apresentaram de qualquer dos alelos do
M235T com a pressão arterial (ORTLEPP et al., 2003; COTO et al., 2010). Alguns estudos
115
7 CONCLUSÃO
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350-356.
130
ANEXOS
ANAMNESE GERAL
I – Identificação
NOME..........................................................................................SÉRIE....................
IDADE..................... DATA NASCIMENTO / /
DATA DA AVALIAÇÃO / /
II – Anamnese de Saúde
Você tem alguma doença crônica como: Doenças cardíacas, Doenças pulmonares, asma
crônica, Artrite Reumatóide, Paraplegia, Mal de Parkinson, Aids, Diabetes, Fibromialgia
(forma de reumatismo), Câncer?
( ) sim ( ) não Se sim, qual é a doença?_______________
Você tem alguma doença que impeça a prática regular de exercícios físicos?
( ) sim ( ) não Se sim, qual é a doença?_______________
Você tem algum problema ortopédico que limita a sua capacidade de correr?
( ) sim ( ) não Se sim, qual é o problema?______________
Muito obrigado por participar de nosso estudo. Por favor, preencha a ficha abaixo para
podermos conhecê-la melhor.
Nome:______________________________________________________________________
Data de nascimento:_____/_____/_____
Cidade/Estado de nascimento:_______________________
Você fuma?
( ) Não ( ) Sim. Há quanto tempo? _________________________________________
Muito Obrigado!
132
Nome:______________________________________________________________
O tempo aproximado para realização de todos os testes é de 01h00, podendo ter uma segunda
visita caso não sejam realizados no mesmo dia.
2. AMOSTRAS BIOLÓGICAS
As amostras sanguíneas serão utilizadas para a extração do DNA e suas associações com a
densidade mineral óssea. Todas as amostras biológicas coletadas neste trabalho serão
armazenadas no Laboratório do Programa de Ciências Genômicas e Biotecnologia da
Universidade Católica de Brasília, localizado no Campus II (SGAN 916 Módulo B).
Dadas as características funcionais e fisiológicas do gene estudado, avalia-se que os dados
obtidos não terão impacto negativo sobre o participante, a família, ou meio em que ele vive.
Entretanto, os dados coletados têm caráter confidencial, com acesso restrito aos pesquisadores
responsáveis e ao próprio indivíduo, podendo este retirar seus dados dos bancos de
armazenamento a qualquer momento. As amostras biológicas serão utilizadas somente nesse
estudo e caso elas forem necessárias para o desenvolvimento de um novo estudo, você será
chamado para dar nova autorização para o novo(s) projeto(s). Caso isso seja impossível, seu
material biológico somente será utilizado mediante aprovação do novo(s) projeto(s) pelo CEP
e ou pela CONEP.
3. RISCOS E DESCONFORTOS POSSÍVEIS
Durante a realização dos testes, poderão surgir alguns desconfortos. No caso específico da
coleta de sangue, semelhante a uma coleta laboratorial rotineira, será necessário realizar a
inserção de uma agulha no antebraço, o que pode trazer algum tipo de desconforto, porém
todo esforço será feito para minimizar estes desconfortos. Além disso,
O teste de força muscular pode gerar fadiga muscular excessiva ou dores musculares pós-
exercício. Para diminuir esse risco o teste será realizado após uma sessão de aquecimento, e
será supervisionado pelo próprio pesquisador e pelo médico responsável pelo laboratório da
Universidade. Suas filhas serão orientadas a parar o teste se sentir algum tipo de mal-estar.
4. BENEFÍCIOS ESPERADOS
Os participantes deste projeto serão informados sobre seu status atual de força e massa
muscular e densidade mineral óssea, avaliados em equipamentos internacionalmente
reconhecidos como instrumentos válidos e precisos. Em adição, serão fornecidas informações
sobre as características genéticas atuais e aconselhamento de condutas adequadas a perfil
obtido nos resultados.
O benefício possível dessa pesquisa diz respeito à busca de um gene que seja fator de risco
para o desenvolvimento de osteoporose. Caso seja identificado esse gene, futuramente, será
possível identificar indivíduos propensos a desenvolver a patologia citada, o que possibilitará
a intervenção apropriada de forma precoce, consequentemente, minimizando os efeitos
deletérios desses quadros indesejáveis. Pesquisas dessa natureza certamente beneficiarão as
futuras gerações.
5. RESPONSABILIDADE DO PESQUISADOR E DA INSTITUIÇÃO
O pesquisador responsável suspenderá a pesquisa imediatamente ao perceber algum risco ou
dano à saúde da participante, mesmo riscos não previstos neste termo de consentimento. O
pesquisador assumirá a responsabilidade de dar assistência integral e indenização às
complicações e danos decorrentes dos riscos. Caso constatada a superioridade de um método
em estudo sobre outro, o pesquisador será responsável por oferecer a todos os sujeitos os
benefícios do melhor regime.
6. RESPONSABILIDADE DAS PARTICIPANTES
Estar presente no local dos testes nos dias e horários marcados. Informar ao professor
pesquisador qualquer desconforto que por acaso venha a perceber.
7. RESULTADOS OBTIDOS
136
As informações obtidas neste experimento, por meio dos resultados de todos os testes,
poderão ser utilizadas como dados de pesquisa científica, podendo ser publicados e
divulgados, sendo resguardada a identidade das participantes.
LIBERDADE DE CONSENTIMENTO
O estudo não envolve nenhum gasto para a participante ou sua família. Todos os materiais
necessários para os testes serão providenciados. O transporte das alunas entre escola a
Universidade Católica de Brasília ficará por conta do responsável, quando a mãe puder
participar do estudo, ou será por responsabilidade do próprio pesquisador. Se você tiver
qualquer pergunta sobre o estudo, você pode entrar em contato com o próprio pesquisador:
Prof. Ms. Rômulo Maia C. Fonseca (fone: 9908-5253, email: fonsecarmc@terra.com.br) ou
com sua orientadora de pesquisa: Profª Dr.ª Nanci M. França (Universidade Católica de
Brasília - QS 07 Lote 1 EPCT, Sala G-119, 71966-700 Águas Claras – Taguatinga – DF.
Fone: 3356-9349; email (nfranca@ucb.br). A sua permissão para que suas filhas possam
participar desta pesquisa é voluntária. Tanto você quanto elas estão livres para negá-la ou para
em qualquer momento desistir da mesma se assim desejar.
__________________________________ _________________
RG e Assinatura do responsável Data
_______________________________________ _______________________
_______________________________________ _______________________
Assinatura das participantes Data
__________________________________ _________________
Assinatura do pesquisador Data
137
Nome:______________________________________________________________
3. BENEFÍCIOS ESPERADOS
Você será informado sobre seu status atual de capacidade aeróbia, avaliado em
equipamentos internacionalmente reconhecidos como instrumentos válidos e precisos. Em
adição, serão fornecidas informações sobre suas características genéticas atuais e
aconselhamento de condutas adequadas ao perfil obtido nos resultados.
O benefício possível dessa pesquisa diz respeito à busca pela identificação de uma
variável genética que seja fator de risco para o desenvolvimento de baixa potência aeróbia.
Caso seja observada essa variação, futuramente, será possível identificar indivíduos propensos
a desenvolver esta patologia, o que possibilitará a intervenção apropriada de forma precoce,
conseqüentemente, minimizando os efeitos deletérios desses quadros indesejáveis. Pesquisas
dessa natureza certamente beneficiarão as futuras gerações de idosos.
6. RESULTADOS OBTIDOS
As informações obtidas neste experimento, por meio dos resultados de todos os testes,
poderão ser utilizadas como dados de pesquisa científica, podendo ser publicados e
divulgados, sendo resguardada a identidade e privacidade das participantes.
139
LIBERDADE DE CONSENTIMENTO
A sua permissão para participar desta pesquisa é voluntária. Você estará livre para
negá-la ou para em qualquer momento desistir da mesma se assim desejar.
_______________________________
Assinatura – RG Participante
________________________________
Assinatura – RG Testemunha
________________________________
Assinatura – RG Pesquisador
Nós estamos interessados em saber que tipos de atividade física as pessoas fazem como parte do seu
dia a dia. Este projeto faz parte de um grande estudo que está sendo feito em diferentes países ao redor
do mundo. Suas respostas nos ajudarão a entender que tão ativos nós somos em relação à pessoas de
outros países. As perguntas estão relacionadas ao tempo que você gasta fazendo atividade física em
uma semana ultima semana. As perguntas incluem as atividades que você faz no trabalho, para ir de
um lugar a outro, por lazer, por esporte, por exercício ou como parte das suas atividades em casa ou no
jardim. Suas respostas são MUITO importantes. Por favor, responda cada questão mesmo que
considere que não seja ativo. Obrigado pela sua participação!
Esta seção inclui as atividades que você faz no seu serviço, que incluem trabalho remunerado ou
voluntário, as atividades na escola ou faculdade e outro tipo de trabalho não remunerado fora
da sua casa. NÃO incluir trabalho não remunerado que você faz na sua casa como tarefas
domésticas, cuidar do jardim e da casa ou tomar conta da sua família. Estas serão incluídas na
seção 3.
1a. Atualmente você trabalha ou faz trabalho voluntário fora de sua casa?
( ) Sim ( ) Não – Caso você responda não Vá para seção 2: Transporte
As próximas questões são em relação a toda a atividade física que você fez na ultima semana como
parte do seu trabalho remunerado ou não remunerado. NÃO inclua o transporte para o trabalho. Pense
unicamente nas atividades que você faz por pelo menos 10 minutos contínuos:
1b. Em quantos dias de uma semana normal você anda, durante pelo menos 10 minutos
contínuos, como parte do seu trabalho?Por favor, NÃO inclua o andar como forma de
transporte para ir ou voltar do trabalho.
1c. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA caminhando como parte do seu
trabalho ?
1d. Em quantos dias de uma semana normal você faz atividades moderadas, por pelo menos 10
minutos contínuos, como carregar pesos leves como parte do seu trabalho?
1e. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA fazendo atividades moderadas como
parte do seu trabalho?
1f. Em quantos dias de uma semana normal você gasta fazendo atividades vigorosas, por pelo
menos 10 minutos contínuos, como trabalho de construção pesada, carregar grandes pesos,
trabalhar com enxada, escavar ou subir escadas como parte do seu trabalho:
1g. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA fazendo atividades físicas vigorosas
como parte do seu trabalho?
Estas questões se referem à forma típica como você se desloca de um lugar para outro, incluindo seu
trabalho, escola, cinema, lojas e outros.
2a. O quanto você andou na ultima semana de carro, ônibus, metrô ou trem?
2b. Quanto tempo no total você usualmente gasta POR DIA andando de carro, ônibus, metrô
ou trem?
_____horas _____minutos
Agora pense somente em relação a caminhar ou pedalar para ir de um lugar a outro na ultima
semana.
2c. Em quantos dias da ultima semana você andou de bicicleta por pelo menos 10 minutos
contínuos para ir de um lugar para outro? (NÃO inclua o pedalar por lazer ou exercício)
2d. Nos dias que você pedala quanto tempo no total você pedala POR DIA para ir de um lugar
para outro?
2e. Em quantos dias da ultima semana você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos
para ir de um lugar para outro? (NÃO inclua as caminhadas por lazer ou exercício)
2f. Quando você caminha para ir de um lugar para outro quanto tempo POR DIA você gasta?
(NÃO inclua as caminhadas por lazer ou exercício)
Esta parte inclui as atividades físicas que você fez na ultima semana na sua casa e ao redor da sua casa,
por exemplo, trabalho em casa, cuidar do jardim, cuidar do quintal, trabalho de manutenção da casa ou
para cuidar da sua família. Novamente pense somente naquelas atividades físicas que você faz por
pelo menos 10 minutos contínuos.
3a. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades moderadas por pelo menos 10 minutos
como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer, rastelar no jardim ou quintal.
3b. Nos dias que você faz este tipo de atividades quanto tempo no total você gasta POR DIA
fazendo essas atividades moderadas no jardim ou no quintal?
3c. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades moderadas por pelo menos 10 minutos
como carregar pesos leves, limpar vidros, varrer ou limpar o chão dentro da sua casa.
3d. Nos dias que você faz este tipo de atividades moderadas dentro da sua casa quanto tempo no
total você gasta POR DIA?
3e. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades físicas vigorosas no jardim ou quintal
por pelo menos 10 minutos como carpir, lavar o quintal, esfregar o chão:
3f. Nos dias que você faz este tipo de atividades vigorosas no quintal ou jardim quanto tempo
no total você gasta POR DIA?
Esta seção se refere às atividades físicas que você fez na ultima semana unicamente por recreação,
esporte, exercício ou lazer. Novamente pense somente nas atividades físicas que faz por pelo menos
10 minutos contínuos. Por favor, NÃO inclua atividades que você já tenha citado.
4a. Sem contar qualquer caminhada que você tenha citado anteriormente, em quantos dias da
última semana você caminhou por pelo menos 10 minutos contínuos no seu tempo livre?
143
4b. Nos dias em que você caminha no seu tempo livre, quanto tempo no total você gasta POR
DIA?
4c. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades moderadas no seu tempo livre
por pelo menos 10 minutos, como pedalar ou nadar a velocidade regular, jogar bola, vôlei ,
basquete, tênis :
4d. Nos dias em que você faz estas atividades moderadas no seu tempo livre quanto tempo no
total você gasta POR DIA?
4e. Em quantos dias da ultima semana você fez atividades vigorosas no seu tempo livre
por pelo menos 10 minutos, como correr, fazer aeróbicos, nadar rápido, pedalar rápido ou fazer
Jogging:
4f. Nos dias em que você faz estas atividades vigorosas no seu tempo livre quanto tempo no total
você gasta POR DIA?
Estas últimas questões são sobre o tempo que você permanece sentado todo dia, no
trabalho, na escola ou faculdade, em casa e durante seu tempo livre. Isto inclui o tempo
sentado estudando, sentado enquanto descansa, fazendo lição de casa visitando um
amigo, lendo, sentado ou deitado assistindo TV. Não inclua o tempo gasto sentando
durante o transporte em ônibus, trem, metrô ou carro.
5a. Quanto tempo no total você gasta sentado durante um dia de semana?
______horas ____minutos
5b. Quanto tempo no total você gasta sentado durante em um dia de final de semana?
______horas ____minutos
144
4. SEDENTÁRIO: aquele que não realizou nenhuma atividade física por pelo menos 10
minutos contínuos durante a semana.
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com VO2pico (2 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 Wmax Perm.p IC.Inf. IC.Sup.
(FDR-BH)
15 rs1800 rs699 8,212786 0,0842 0,078757 0,089643 0,004545
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com VO2pico (3 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 SNP3 Wmax Perm.p IC.inf. IC.sup.
(FDR-BH)
105 rs1800 rs5049 rs1109 17,85164 0,0276 0,024389 0,030811 0,000543
133 rs5049 rs1109 rs699 16,69787 0,045 0,040937 0,049063 0,001087
74 rs5182 rs1800 rs699 17,03982 0,0541 0,049666 0,058534 0,00163
106 rs1800 rs5049 rs699 15,12165 0,0745 0,069353 0,079647 0,002174
96 rs1800 rs5050 rs5049 11,96429 0,0936 0,087891 0,099309 0,002717
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com VO2pico (4 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 SNP3 SNP4 Wmax Perm.p IC.inf. IC.sup.
(FDR-BH)
284 rs1800 rs5049 rs1403 rs1109 23,32168 0,0604 0,055731 0,065069 0,00017
280 rs1800 rs1275 rs5049 rs699 22,30056 0,0653 0,060458 0,070142 0,00034
305 rs1799 rs5049 rs1109 rs699 25,78541 0,0689 0,063936 0,073864 0,00051
62 rs7539 rs5182 rs1403 rs699 31,39789 0,0715 0,06645 0,07655 0,00068
165 rs4762 rs1800 rs5049 rs699 21,26244 0,0754 0,070225 0,080575 0,00085
3 rs7539 rs4762 rs5182 rs5050 15,07614 0,0978 0,091978 0,103622 0,00102
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com VO2pico (5 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 SNP3 SNP4 SNP5 Wmax Perm.p IC.inf. IC.sup.
(FDR-BH)
17 rs7539 rs4762 rs5182 rs5050 rs1109 27,10686 0,0539 0,049474 0,058326 0,00011
423 rs1800 rs1799 rs5049 rs1403 rs1109 34,85653 0,0772 0,071969 0,082431 0,00022
450 rs1799 rs5050 rs5049 rs1109 rs699 30,40428 0,0852 0,079728 0,090672 0,00033
149
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com PC1 (2 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 Wmax Perm.p IC.inf. IC.sup.
(FDR-BH)
2 rs7539 rs1275 5,411747 0,118 0.1116770 0.1243230 0,004166667
*Nenhuma interação com p <0,10.
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com PC1 (3 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 SNP3 Wmax Perm.p IC.inf. IC.sup.
(FDR-BH)
13 rs7539 rs5182 rs1109 19,55709 0,0172 0,014652 0,019748 0,00046296
33 rs7539 rs1275 rs699 14,17063 0,0307 0,027319 0,034081 0,00093
10 rs7539 rs5182 rs1275 12,91932 0,0443 0,040267 0,048333 0,00139
91 rs5182 rs1275 rs1109 11,89306 0,0612 0,056502 0,065898 0,00185
144 rs5049 rs1109 rs699 13,68055 0,094 0,08828 0,09972 0,00231
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com PC1 (4 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 SNP3 SNP4 Wmax Perm.p IC.inf. IC.sup.
(FDR-BH)
52 rs7539 rs5182 rs5050 rs1109 23,69295 0,0189 0,016231 0,021569 0,00016447
304 rs1799 rs1275 rs5049 rs699 25,52089 0,0204 0,017629 0,023171 0,00032895
56 rs7539 rs5182 rs1275 rs1109 23,74454 0,0209 0,018096 0,023704 0,00049342
93 rs7539 rs1799 rs1275 rs699 23,50461 0,0233 0,020343 0,026257 0,00065789
7 rs7539 rs4762 rs5182 rs1109 23,75212 0,0267 0,02354 0,02986 0,00082237
114 rs7539 rs1275 rs1403 rs699 25,2932 0,0277 0,024483 0,030917 0,00098684
48 rs7539 rs5182 rs1799 rs699 29,45623 0,0425 0,038546 0,046454 0,00115132
140 rs4762 rs5182 rs1275 rs1109 17,27177 0,0515 0,047168 0,055832 0,00131579
30 rs7539 rs4762 rs1275 rs699 16,24699 0,0615 0,056791 0,066209 0,00148026
240 rs5182 rs5050 rs1275 rs1109 14,92276 0,0764 0,071194 0,081606 0,00164474
49 rs7539 rs5182 rs5050 rs1275 13,81369 0,0948 0,089059 0,100541 0,00180921
150
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com PC1 (5 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 SNP3 SNP4 SNP5 Wmax Perm.p IC.inf. IC.sup.
(FDR-BH)
188 rs7539 rs1799 rs1275 rs5049 rs699 40,56524 0,007 0,005366 0,008634 0,000109
21 rs7539 rs4762 rs5182 rs1275 rs1109 32,47903 0,0116 0,009501 0,013699 0,000219
147 rs7539 rs1800 rs1799 rs1275 rs1403 37,86973 0,0136 0,01133 0,01587 0,000328
30 rs7539 rs4762 rs1800 rs1799 rs1275 29,23377 0,0264 0,023258 0,029542 0,000438
419 rs1800 rs1799 rs1275 rs5049 rs699 35,98843 0,0274 0,0242 0,0306 0,000547
314 rs4762 rs1799 rs1275 rs5049 rs699 30,86922 0,0282 0,024955 0,031445 0,000656
17 rs7539 rs4762 rs5182 rs5050 rs1109 26,19862 0,0358 0,032159 0,039441 0,000766
123 rs7539 rs5182 rs5050 rs1275 rs1109 26,35673 0,0374 0,033681 0,041119 0,000875
364 rs5182 rs1800 rs1275 rs5049 rs699 35,66163 0,0402 0,03635 0,04405 0,000985
149 rs7539 rs1800 rs1799 rs1275 rs699 34,31649 0,0443 0,040267 0,048333 0,001094
26 rs7539 rs4762 rs5182 rs1403 rs1109 30,7802 0,0453 0,041224 0,049376 0,001204
299 rs4762 rs1800 rs5049 rs1403 rs699 34,41973 0,046 0,041894 0,050106 0,001313
13 rs7539 rs4762 rs5182 rs1799 rs699 35,04388 0,048 0,04381 0,05219 0,001422
12 rs7539 rs4762 rs5182 rs1799 rs1109 33,36503 0,0488 0,044577 0,053023 0,001532
117 rs7539 rs5182 rs1799 rs5049 rs699 40,09888 0,0516 0,047264 0,055936 0,001641
114 rs7539 rs5182 rs1799 rs1275 rs699 33,25417 0,0647 0,059879 0,069521 0,001751
417 rs1800 rs1799 rs1275 rs5049 rs1403 31,28937 0,0649 0,060072 0,069728 0,00186
444 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 rs699 25,52089 0,0682 0,063259 0,073141 0,001969
200 rs7539 rs5050 rs1275 rs1403 rs699 25,2932 0,0706 0,065579 0,075621 0,002079
179 rs7539 rs1799 rs5050 rs1275 rs699 23,50461 0,0737 0,068579 0,078821 0,002188
14 rs7539 rs4762 rs5182 rs5050 rs1275 18,43845 0,0812 0,075847 0,086553 0,002298
139 rs7539 rs5182 rs5049 rs1109 rs699 35,74177 0,0843 0,078854 0,089746 0,002407
92 rs7539 rs5182 rs1800 rs5050 rs5049 28,92157 0,0906 0,084974 0,096226 0,002516
110 rs7539 rs5182 rs1799 rs5050 rs699 29,45623 0,0963 0,090518 0,102082 0,002626
151
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com PC1 (6 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 SNP3 SNP4 SNP5 SNP6 Wmax Perm.p IC.Inf. IC.Sup.
(FDR-BH)
63 rs7539 rs4762 rs1800 rs1799 rs1275 rs1403 50,18667 0,0026 0,001602 0,003598 0,000108
437 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 rs699 42,43214 0,0136 0,01133 0,01587 0,000216
234 rs7539 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 rs699 40,56524 0,0232 0,02025 0,02615 0,000325
447 rs1800 rs1799 rs1275 rs5049 rs1109 rs699 45,38725 0,027 0,023823 0,030177 0,000433
39 rs7539 rs4762 rs5182 rs5050 rs1275 rs1109 32,47903 0,0294 0,026089 0,032711 0,000541
127 rs7539 rs5182 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 39,45763 0,0295 0,026184 0,032816 0,000649
207 rs7539 rs1800 rs1799 rs1275 rs5049 rs1403 42,37229 0,0414 0,037495 0,045305 0,000758
335 rs4762 rs1800 rs1799 rs1275 rs5049 rs699 38,97267 0,0527 0,048321 0,057079 0,000866
369 rs4762 rs1799 rs1275 rs5049 rs1403 rs699 40,48328 0,0603 0,055634 0,064966 0,000974
360 rs4762 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 rs699 30,86922 0,0624 0,057659 0,067141 0,001082
142 rs7539 rs5182 rs1800 rs5050 rs1275 rs5049 36,03334 0,0647 0,059879 0,069521 0,00119
104 rs7539 rs4762 rs1799 rs1275 rs5049 rs699 37,39152 0,0662 0,061327 0,071073 0,001299
47 rs7539 rs4762 rs5182 rs1275 rs5049 rs1403 38,49796 0,0681 0,063163 0,073037 0,001407
174 rs7539 rs5182 rs1799 rs1275 rs5049 rs699 42,69488 0,0719 0,066837 0,076963 0,001515
44 rs7539 rs4762 rs5182 rs5050 rs1403 rs1109 30,7802 0,0796 0,074295 0,084905 0,001623
25 rs7539 rs4762 rs5182 rs1799 rs5050 rs1109 33,36503 0,0808 0,075459 0,086141 0,001732
209 rs7539 rs1800 rs1799 rs1275 rs5049 rs699 40,56524 0,0809 0,075556 0,086244 0,00184
26 rs7539 rs4762 rs5182 rs1799 rs5050 rs699 35,04388 0,0874 0,081865 0,092935 0,001948
33 rs7539 rs4762 rs5182 rs1799 rs5049 rs699 41,64733 0,0878 0,082253 0,093347 0,002056
401 rs5182 rs1800 rs5050 rs1275 rs5049 rs699 35,66163 0,0938 0,088086 0,099514 0,002165
200 rs7539 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 rs699 34,31649 0,0979 0,092075 0,103725 0,002273
Teste MB-MDR para associação dos polimorfismos do SRAA com PC1 (7 SNPs)
p crítico
ID SNP1 SNP2 SNP3 SNP4 SNP5 SNP6 SNP7 Wmax Perm.p IC.Inf. IC.Sup.
(FDR-BH)
325 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 rs1109 rs699 45,387253 0,0401 0,036255 0,043945 0,000152
185 rs7539 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 rs699 46,059477 0,0415 0,037591 0,045409 0,000303
72 rs7539 rs4762 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 rs1403 40,863449 0,0559 0,051397 0,060403 0,000455
84 rs7539 rs4762 rs1800 rs1799 rs1275 rs1403 rs1109 42,834594 0,0618 0,057081 0,066519 0,000606
81 rs7539 rs4762 rs1800 rs1799 rs1275 rs5049 rs1403 43,944977 0,0741 0,068966 0,079234 0,000758
193 rs7539 rs1800 rs1799 rs1275 rs5049 rs1403 rs1109 44,068176 0,0742 0,069063 0,079337 0,000909
1 rs7539 rs4762 rs5182 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 39,457628 0,0775 0,072259 0,082741 0,001061
46 rs7539 rs4762 rs5182 rs1799 rs1275 rs5049 rs1403 45,536136 0,0785 0,073229 0,083771 0,001212
289 rs4762 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 rs1403 rs699 40,483278 0,0844 0,078952 0,089848 0,001364
269 rs4762 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 rs699 38,972669 0,0879 0,08235 0,09345 0,001515
127 rs7539 rs5182 rs1800 rs1799 rs5050 rs1275 rs5049 42,980108 0,0933 0,087599 0,099001 0,001667
56 rs7539 rs4762 rs5182 rs5050 rs1275 rs5049 rs1403 38,497964 0,0989 0,093049 0,104751 0,001818