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01 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – Odontólogo )

Texto I

O médico que ousou afirmar que os médicos erram – inclusive os bons

Em um mesmo dia, o neurocirurgião Henry Marsh fez duas cirurgias. Operou o cérebro de uma
mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno que comprimia o nervo
óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse. Em seguida,
dissecou um tumor do cérebro de uma mulher já na casa dos 50 anos. A cirurgia era mais simples,
mas a malignidade do tumor não dava esperanças de que ela vivesse mais do que alguns meses. Ao
final do dia, Marsh constatou que a jovem mãe acordara da cirurgia e vira o rostinho do bebê, que
nascera em uma cesárea planejada em sequência à operação cerebral. O pai do bebê gritara pelo
corredor que Marsh fizera um milagre. A seguir, em outro quarto do mesmo hospital, Marsh descobria
que a paciente com o tumor maligno nunca mais acordaria. Provavelmente, ele escavara o cérebro
mais do que seria recomendável – e apressara a morte da paciente, que teve uma hemorragia
cerebral. O marido e a flha da mulher o acusaram de ter roubado os últimos momentos juntos que
restavam à família.
É esse jogo entre vida e morte, angústia e alívio, comum à vida dos médicos, que Marsh narra em
seu livro Sem causar mal – Histórias de vida, morte e neurocirurgia (...), lançado nesta semana no
Brasil. Para suportar essa tensão, Marsh afirma que uma boa dose de autoconfiança é um pré-
requisito necessário a médicos que fazem cirurgias consideradas por ele mais desafiadoras do que
outras. Não sem um pouco de vaidade, Marsh inclui nesse rol as operações cerebrais, nas quais seus
instrumentos cirúrgicos deslizam por “pensamentos, emoções, memórias, sonhos e reflexões”, todos
da consistência de gelatina. [...]
(Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/06/o-medico-que-ousou-afrmar-que-os-
medicos-erram-inclusive-os-bons. html. Acesso em 01/01/17)
O texto acima apresenta um caráter mais objetivo e sugere ter como finalidade central:
a) desvalorizar o trabalho dos médicos diante dos pacientes.
b) explicar que existem cirurgias mais simples do que outras.
c) apresentar aos leitores o livro escrito pelo neurocirurgião.
d) descrever a rotina diária de um médico em seu trabalho.
e) mostrar como os pacientes podem ser ingratos.

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02 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – Odontólogo )
Em adequação à ideia apresentada no título, nota-se que o primeiro parágrafo do texto
apresenta duas histórias que são contrastadas, sobretudo, em função:

a) das idades das mulheres serem tão diferentes.


b) dos históricos de vida das duas pacientes.
c) de o neurocirurgião ser um profissional experiente.
d) da reação das famílias com o resultado das cirurgias.
e) do nível de complexidade de cada cirurgia.

03 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – Odontólogo )


Embora o texto seja marcado pela impessoalidade, percebe-se a presença de uma avaliação, um
juízo de valor, por parte do enunciador do texto, na seguinte passagem:
a) “Em um mesmo dia, o neurocirurgião Henry Marsh fez duas cirurgias.” (1º§).
b) “Em seguida, dissecou um tumor do cérebro de uma mulher já na casa dos 50 anos.” (1º§).
c) “O pai do bebê gritara pelo corredor que Marsh fizera um milagre.” (1º§).
d) “É esse jogo entre vida e morte, angústia e alívio, comum à vida dos médicos, que Marsh narra em
seu livro” (2º§).
e) “Não sem um pouco de vaidade, Marsh inclui nesse rol as operações cerebrais,” (2º§).

04 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – Odontólogo )


Considere o período abaixo para responder à questão.

“Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno
que comprimia o nervo óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando
nascesse.”(1º§)
A complexidade da estrutura do período em análise deve-se:

a) ao predomínio de orações subordinadas.


b) ao uso expressivo de frases nominais.
c) à forte ausência de sinais de pontuação.
d) à presença exclusiva do mecanismo de coordenação.
e) à repetição de conectivos de mesmo valor semântico.

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05 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Odontólogo- Morfologia )
Considere o período abaixo para responder à questão.

“Operou o cérebro de uma mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno
que comprimia o nervo óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando
nascesse.”(1º§)
A preposição destacada no trecho acima contribui para a coesão do texto introduzindo o valor
semântico de:

a) concessão.
b) finalidade.
c) adversidade.
d) explicação.
e) consequência.

06 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Odontólogo – Sintaxe )


O pronome relativo destacado em “as operações cerebrais, nas quais seus instrumentos
cirúrgicos deslizam” (2º§) poderia ser substituído, sem prejuízo de sentido e adequando-se à
norma, por:

a) o qual.
b) das quais.
c) que.
d) as quais.
e) em que.

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07 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – Odontólogo )
Texto II

Base do crânio explodiu, descreve legista

A autópsia no corpo de Ayrton Senna começou a ser feita ontem às 10h locais (5h de Brasília)
pelos legistas Michele Romanelli e Pierludovico Ricci, do Instituto Médico Legal de Bolonha. O laudo
oficial tem 60 dias para ser preparado. A Folha conversou com uma médica do IML que viu o corpo
de Senna na segunda-feira de manhã e ontem – antes e depois da autópsia. Segundo sua descrição,
no dia seguinte ao acidente o rosto do piloto estava desfigurado. A médica pediu para que seu nome
não fosse revelado.
Muito inchada, a cabeça quase se juntava aos ombros. Os médicos concluíram, após a autópsia,
que Senna teve morte instantânea na batida a 290 km/h na curva Tamburello. Teve também parada
cardíaca naquele momento e circulação praticamente interrompida.
Quando os médicos o reanimaram – ativando os batimentos cardíacos e a circulação
artificialmente –, o piloto já havia morrido. A atividade cerebral era inexistente. Não há possibilidade
de sobrevivência nesses casos. [...]
(Disponível em: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/5/04/ esporte/9.html. Acesso em: 01/02/17)
O texto acima é uma notícia cujo objetivo é informar. Contudo, uma análise atenta do título
revela seu caráter:

a) técnico.
b) formal.
c) sensacionalista.
d) critico.
e) sofisticado.

08 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – Odontólogo )


O português contemporâneo já registra a característica proclítica da língua. Contudo, a
gramática tradicional aponta que a oração “Quando os médicos o reanimaram” (3º§) deveria
ser redigida da seguinte forma:

a) Quando os médicos reanimaram a ele.


b) Quando os médicos reanimaram-lhe.
c) Quando os médicos reanimaram ele.
d) Quando os médicos reanimaram-no.
e) Quando os médicos lhe reanimaram.

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09 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – Odontólogo )
Texto I

O médico que ousou afirmar que os médicos erram – inclusive os bons

Em um mesmo dia, o neurocirurgião Henry Marsh fez duas cirurgias. Operou o cérebro de uma
mulher de 28 anos, grávida de 37 semanas, para retirar um tumor benigno que comprimia o nervo
óptico a ponto de ser improvável que ela pudesse enxergar seu bebê quando nascesse. Em seguida,
dissecou um tumor do cérebro de uma mulher já na casa dos 50 anos. A cirurgia era mais simples,
mas a malignidade do tumor não dava esperanças de que ela vivesse mais do que alguns meses. Ao
final do dia, Marsh constatou que a jovem mãe acordara da cirurgia e vira o rostinho do bebê, que
nascera em uma cesárea planejada em sequência à operação cerebral. O pai do bebê gritara pelo
corredor que Marsh fizera um milagre. A seguir, em outro quarto do mesmo hospital, Marsh descobria
que a paciente com o tumor maligno nunca mais acordaria. Provavelmente, ele escavara o cérebro
mais do que seria recomendável – e apressara a morte da paciente, que teve uma hemorragia
cerebral. O marido e a flha da mulher o acusaram de ter roubado os últimos momentos juntos que
restavam à família.
É esse jogo entre vida e morte, angústia e alívio, comum à vida dos médicos, que Marsh narra em
seu livro Sem causar mal – Histórias de vida, morte e neurocirurgia (...), lançado nesta semana no
Brasil. Para suportar essa tensão, Marsh afirma que uma boa dose de autoconfiança é um pré-
requisito necessário a médicos que fazem cirurgias consideradas por ele mais desafiadoras do que
outras. Não sem um pouco de vaidade, Marsh inclui nesse rol as operações cerebrais, nas quais seus
instrumentos cirúrgicos deslizam por “pensamentos, emoções, memórias, sonhos e reflexões”, todos
da consistência de gelatina. [...]
(Disponível em: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2016/06/o-medico-que-ousou-afrmar-que-os-
medicos-erram-inclusive-os-bons. html. Acesso em 01/01/17
Texto III
Ofício Circular CAOSAÚDE nº 07/2015.
Goiânia, 24 de abril de 2015.
Senhor (a) Promotor (a),
A par de cumprimentá-lo (a), servimo-nos do presente para encaminhar a V. Exa informações
sobre a campanha estadual de combate à dengue e o papel do Ministério Público nas ações de (1)
prevenção, (2) bloqueio das áreas de transmissão e (3) manejo clínico dos pacientes.
[...]
Ao confrontar a estrutura dos textos I e III de sua prova, assinale a alternativa que apresenta
uma afirmação correta.

a) Os dois textos apresentam os interlocutores de modo explícito.


b) O título do texto I antecipa a ideia a ser desenvolvida.
c) Os dois textos apresentam, exatamente, o mesmo nível de formalidade.

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d) A indicação de número e ano, no topo do texto III, é dispensável.
e) Os dois textos empregaram a mesma pessoa do discurso para o emissor.

10 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR – Odontólogo )


O texto abaixo é parte de um gênero técnico denominado ofício. Sobre ele, responda à
questão.

Texto III

Ofício Circular CAOSAÚDE nº 07/2015.


Goiânia, 24 de abril de 2015.
Senhor (a) Promotor (a),
A par de cumprimentá-lo (a), servimo-nos do presente para encaminhar a V. Exa informações
sobre a campanha estadual de combate à dengue e o papel do Ministério Público nas ações de (1)
prevenção, (2) bloqueio das áreas de transmissão e (3) manejo clínico dos pacientes.
[...]
Sendo o texto III o primeiro parágrafo de um ofício, conclui-se que ele tem como principal
função de:
a) apresentar a finalidade pela qual o texto foi escrito.
b) descrever o perfl do emissor da mensagem.
c) demonstrar uma postura elogiosa ao interlocutor.
d) estabelecer um histórico detalhado para o problema.
e) apresentar uma visão crítica sobre a questão proposta.

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11 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade )
Texto I

Paternidade Responsável

Quantos filhos você gostaria de ter?


Ao responder a essa pergunta com certeza uma outra vai passar pela sua cabeça: “Será que vou
conseguir sustentar um filho?”.
Certamente você gostaria de ter tantos filhos quantos pudesse sustentar, garantindo-lhes uma
boa escola, um lugar com algum conforto para morar e remédios quando necessários.
Segundo especialistas, pode ser perigoso para a mãe a para a criança engravidar durante a
adolescência porque o corpo da menina ainda não está preparado para o parto. Problemas como a
gestante adolescente apresentar anemia ou o bebê nascer prematuramente são comuns. Além de
eventuais problemas de saúde, tem-se um problema de ordem social: como sustentar uma criança, já
que, para tanto, o adolescente, se não contar com a ajuda dos pais ou responsáveis, terá de
abandonar a escola?
Desesperadas, muitas jovens acabam optando pelo aborto. Vale lembrar que, salvo raras
exceções (estupro ou risco de morte para a mãe), o aborto no Brasil, é considerado crime. A mulher
recorre, então, a clínicas clandestinas, sem fiscalização, e põe sua saúde em risco. Quem não tem
condições de pagar tais clínicas faz uso de métodos ainda mais precários.
Isso acontece, em parte, porque não existe no Brasil um projeto amplo de planejamento familiar
que assegure aos mais pobres o direito de decidir quantos filhos desejam ter. Assim, muitos casais
têm quatro, seis, dez filhos, quando, na verdade, conseguiriam sustentar apenas um ou dois.
(DIMENSTEIN, Gilberto. O cidadão de Papel. Ed. Ática. São Paulo, 2011, p. 106)
Embora o título do texto seja “Paternidade responsável”, pode-se concluir que, em seu
desenvolvimento, o autor dá ênfase à seguinte questão:
a) à falta de escolaridade dos pais.
b) o abandono de recém-nascido.
c) à qualidade do sistema educacional.
d) à gravidez na adolescência.

12 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade – Morfologia )


A palavra “Desesperadas”, no início do quinto parágrafo, refere-se ao substantivo “jovens” e
deve ser classificada morfologicamente como:

a) advérbio. b) adjetivo.
c) pronome. d) verbo.

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13 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade – Sintaxe )
Em “Assim, muitos casais têm quatro, seis, dez filhos,” (6º§), nota-se que o acento do verbo em
destaque deve-se a uma exigência de concordância. Assinale a alternativa correta em relação
ao emprego desse mesmo verbo.

a) No Brasil, a sociedade têm várias questões.


b) O jovem têm um grande desafio pela frente.
c) As pessoas tem muitos planos.
d) A mentira tem perna curta.

14 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade – Sintaxe )


Texto II

Família

(Titãs, fragmento)
Família, família
Papai, mamãe, titia,
Família, família
Almoça junto todo dia,
Nunca perde essa mania
Mas quando a filha quer fugir de casa
Precisa descolar um ganha-pão
Filha de família se não casa
Papai, mamãe, não dão nenhum tostão
Família êh!
Família áh!
Em relação ao verso “Almoça junto todo dia” (v.4), percebe-se que a palavra “família” exerce a
função sintática de:

a) sujeito.
b) objeto direto.
c) objeto indireto.
d) predicado.

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15 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade )
Texto I - Paternidade Responsável

A pergunta que inicia o texto emprega um pronome “você” que faz referência:

a) ao autor.
b) às adolescentes.
c) ao leitor em geral.
d) aos especialistas.

16 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade )


Na visão de especialistas, no quarto parágrafo, dois problemas são apontados para indicar o
perigo de uma gravidez na adolescência. Um refere-se à saúde e outro é, na verdade, uma
questão:

a) econômica.
b) moral.
c) emocional.
d) educacional.

17 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade - Morfologia – Verbos )


A forma verbal “gostaria”, presente no primeiro parágrafo, está flexionada no seguinte tempo
verbal:

a) futuro do pretérito.
b) pretérito perfeito.
c) pretérito imperfeito.
d) futuro do presente.

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18 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade )
Texto II - Família

No sétimo verso, a palavra “ganha-pão” pertence a uma modalidade mais informal da língua e
deve ser entendida como sinônimo de:

a) refeição.
b) educação.
c) trabalho.
d) diversão.

19 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade )


Assinale a opção que traz uma afirmação verdadeira a partir da visão apresentada no texto II.

a) Não há problemas na família descrita.


b) Acredita-se que as filhas devem se casar.
c) A mania de comer junto diariamente é passageira.
d) Os filhos é que controlam a parte financeira da casa.

20 - ( 2017 - MGS - Técnico de Contabilidade – Pontuação )


Nos três primeiros versos, as vírgulas foram usadas para:

a) indicar uma sequência infinita de termos.


b) separar elementos de uma enumeração.
c) marcar uma pausa longa entre as palavras.
d) enumerar termos de classes gramaticais distintas.

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21 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação - Interpretação de Textos )
Texto I

Entre palavras

Entre coisas e palavras – principalmente palavras – circulamos. A maioria delas não figura nos
dicionários de há trinta anos, ou figura com outras acepções. A todo momento impõe-se tornar
conhecimento de novas palavras e combinações de.
Você que me lê, preste atenção. Não deixe passar nenhuma palavra ou locução atual, pelo seu
ouvido, sem registrá-la. Amanhã, pode precisar dela. E cuidado ao conversar com seu avô; talvez ele
não entenda o que você diz. O malote, o cassete, o spray, o fuscão, o copião, a Vemaguet, a
chacrete, o linóleo, o nylon, o nycron, o diafone, a informática, a dublagem, o sinteco, o telex...
Existiam em 1940?
Ponha aí o computador, os anticoncepcionais, os mísseis, a motoneta, a Velosolex, o biquíni, o
módulo lunar, o antibiótico, o enfarte, a acupuntura, a biônica, o acrílico, o tá legal, o apartheid, o som
pop, a arte pop, as estruturas e a infraestrutura. Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro
Mundo, a descapitalização, o desenvolvimento, o unissex, o bandeirinha, o mass media, o Ibope, a
renda per capita, a mixagem.
Só? Não. Tem seu lugar ao sol a metalinguagem, o servomecanismo, as algias, a coca-cola, o
superego, a Futurologia, a homeostasia, a Adecif, a Transamazônica, a Sudene, o Incra, a Unesco, o
Isop, a OEA, e a ONU. Estão reclamando, porque não citei a conotação, o conglomerado, a
diagramação, o ideologema, idioleto, o ICM, a IBM, o falou, as operações triangulares, o zoom, e a
guitarra elétrica.
Olhe aí na fila – quem? Embreagem, defasagem, barra tensora, vela de ignição, engarrafamento,
Detran, poliéster, filhotes de bonificação, letra imobiliária, conservacionismo, carnet da girafa,
poluição. Fundos de investimento, e daí? Também os incentivos fiscais. Know-how. Barbeador
elétrico de noventa microrranhuras. FenoliteBaquelite, LP e compacto. Alimentos super congelados.
Viagens pelo crediário, Circuito fechado de TV Rodoviária. Argh! Pow! Click!
Não havia nada disso no Jornal do tempo do Venceslau Brás, ou mesmo, de Washington Luís.
Algumas coisas começam a aparecer sob Getúlio Vargas. Hoje estão ali na esquina, para consumo
geral A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer. Está aí, na vida de todos os
dias. Entre palavras circulamos, vivemos, morremos, e palavras somos, finalmente, mas com que
significado?
(Carlos Drummond de Andrade, Poesia e prosa, Rio de Janeiro, Nova Aguiar, 1988)
Uma leitura atenta do texto permite ao leitor inferir, quanto ao potencial nomeador das
palavras, que:

a) as expressões de uso técnico não podem ser entendidas por um falante comum.
b) as tecnologias inventadas são consideradas inovações em qualquer época.
c) uma vez construído um sentido para a palavra, ela não pode ter outros.
d) as coisas sempre existiram, faltava ao homem apenas nomeá-las.
e) as classificações econômicas foram culturalmente construídas.
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22 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação )
Com o objetivo de aproximar-se do leitor do texto, o autor faz uso de vários mecanismos
linguísticos. Assinale, dentre os listados abaixo, o único que não seria uma ferramenta de
interlocução.

a) O emprego do pronome de tratamento “Você” (2º§).


b) O uso de formas verbais de imperativo como em “Ponha” (3º§).
c) A pergunta retórica “Só?” presente no quarto parágrafo.
d) O advérbio de negação “Não” no início do último parágrafo.
e) A presença do advérbio “aí ” no terceiro parágrafo.

23 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação )


Assinale a alternativa correta. A opção de Drummond pelo modo como escolheu organizar seu
texto cumpre papel expressivo e essa escolha é melhor representada pela seguinte passagem
do texto:
a) “A maioria delas não figura nos dicionários de há trinta anos” (1º§).
b) “Não esqueça também (seria imperdoável) o Terceiro Mundo” (3º§).
c) “A enumeração caótica não é uma invenção crítica de Leo Spitzer.” (6º§).
d) “Não havia nada disso no Jornal do tempo do Venceslau Brás,” (6º).
e) “Olhe aí na fila – quem?” (5º§).

24 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação – Morfologia )


No segundo parágrafo, o vocábulo destacado, em “Você que me lê, preste atenção”, cumpre
papel coesivo e é classificado, morfologicamente, como:
a) pronome relativo.
b) conjunção integrante.
c) pronome interrogativo.
d) conjunção coordenativa.
e) pronome demonstrativo.

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25 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação – Sintaxe )
Ao encerrar seu texto, Drummond reforça a ampla importância atribuída às palavras na
existência humana. Na oração “e palavras somos”, o termo destacado ganha expressividade ao
exercer a função sintática de:

a) objeto direto.
b) sujeito.
c) predicativo do sujeito.
d) adjunto adverbial.
e) adjunto adnominal.

26 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação )


Em “Entre palavras circulamos, vivemos, morremos,” (6º§), ocorre uma enumeração de:
a) frases.
b) períodos.
c) orações adjetivas.
d) orações coordenadas.
e) orações substantivas.

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27 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação )
Texto II

Ressalva

Este livro foi escrito


por uma mulher
que no tarde da Vida
recria e poetiza sua própria
Vida.

Este livro
Foi escrito por uma mulher
Que fez a escalada da
Montanha da Vida
removendo pedras
e plantando fores.

Este livro:
Versos ... Não
Poesia ... Não.
um modo diferente de contar velhas estórias.
Assinale a alternativa correta. O texto II é o poema de abertura do livro Poemas dos Becos de
Goiás e Estórias Mais, da escritora Cora Coralina. Esse poema apresenta uma aparente
contradição na caracterização do livro à medida que se afirma:

a) que o livro foi escrito por uma mulher e a autora chama-se Cora Coralina.
b) na 1ª estrofe, que a autora poetiza a vida e, na última, que o livro não é de poesia.
c) que a escrita do livro seria um modo diferente de contar velhas estórias.
d) ter a autora recriado a sua própria vida por meio da escritura do livro em questão.
e) tratar-se de três livros distintos, o que se percebe pela divisão do poema em três estrofes.

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28 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação )
Atentando para as construções dos sentidos apreendidos, ao longo do poema, nota-se que
todas as opções abaixo ilustram linguagem figurada, EXCETO:

a) “Este livro foi escrito / por uma mulher” (v. 1,2).


b) “que no tarde da Vida” (v.3).
c) “Que fez a escalada da/ Montanha da Vida” (v. 8, 9).
d) “removendo pedras “ (v. 10).
e) “e plantando flores” (v. 11).

29 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação )


Assinale a alternativa correta. Quanto à tipologia textual predominante no texto II, nota-se que
ela está corretamente indicada e justificada na seguinte opção:
a) dissertativa, em função da defesa de um ponto de vista por meio de argumentos.
b) narrativa, pois nota-se a presença de uma sequência progressiva de ações.
c) dissertativa, sobretudo em função da linguagem impessoal adotada.
d) narrativa, em função da delimitação clara das noções de espaço e tempo.
e) descritiva, já que se destaca a caracterização de um objeto e de uma pessoa.

30 - ( 2017 - AGERBA - Especialista em Regulação – Morfologia )


No último verso, considerando-se o contexto, o adjetivo “velhas” poderia ser adequadamente
substituído por:
a) raras.
b) antigas.
c) pobres.
d) idosas.
e) tristes.

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31 - ( 2017 - EBSERH – Advogado )
Texto

Há algum tempo venho afinando certa mania. Nos começos chutava tudo o que achava. [...] Não
sei quando começou em mim o gosto sutil. [...]
Chutar tampinhas que encontro no caminho. É só ver a tampinha. Posso diferenciar ao longe que
tampinha é aquela ou aquela outra. Qual a marca (se estiver de cortiça para baixo) e qual a força que
devo empregar no chute. Dou uma gingada, e quase já controlei tudo. [...] Errei muitos, ainda erro. É
plenamente aceitável a ideia de que para acertar, necessário pequenas erradas. Mas é muito
desagradável, o entusiasmo desaparecer antes do chute. Sem graça.
Meu irmão, tino sério, responsabilidades. Ele, a camisa; eu, o avesso. Meio burguês, metido a
sensato. Noivo...
- Você é um largado. Onde se viu essa, agora! [...]
Cá no bairro minha fama andava péssima. Aluado, farrista, uma porção de coisas que sou e que
não sou. Depois que arrumei ocupação à noite, há senhoras mães de família que já me
cumprimentaram. Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confança. Acham, sem dúvida, que
estou melhorando.
- Bom rapaz. Bom rapaz.
Como se isso estivesse me interessando...
Faço serão, fco até tarde. Números, carimbos, coisas chatas. Dez, onze horas. De quando em vez
levo cerveja preta e Huxley. (Li duas vezes o “Contraponto” e leio sempre). [...]
Dia desses, no lotação. A tal estava a meu lado querendo prosa. [...] Um enorme anel de grau no
dedo. Ostentação boba, é moça como qualquer outra. Igualzinho às outras, sem diferença. E eu me
casar com um troço daquele? [...] Quase respondi...
- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal. Assobia sambas de Noel com alguma bossa. Agora,
minha especialidade, meu gosto, meu jeito mesmo, é chutar tampinhas da rua. Não conheço
chutador mais fno.
(ANTONIO, João. Afinação da arte de chutar tampinhas. In: Patuleia: gentes de rua. São Paulo: Ática,
1996)
Vocabulário:
Huxley: Aldous Huxley, escritor britânico mais conhecido por seus livros de ficção científica.
Contraponto: obra de ficção de Huxley que narra a destruição de valores do pós-guerra na Inglaterra,
em que o trabalho e a ciência retiraram dos indivíduos qualquer sentimento e vontade de revolução.
Ao representar os irmãos, o texto estabelece uma oposição básica entre dois comportamentos
que os caracterizam. Assinale a alternativa em que se transcrevem dois fragmentos que
evidenciem esse contraste.

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a) “Chutar tampinhas que encontro no caminho” (2º§)/ “-Bom rapaz. Bom rapaz.” (6º§).
b) “Meu irmão, tino sério, responsabilidades”(3º§)/ “Faço serão, fico até tarde.” (8º§).
c) “Você é um largado.” (4º§)/ “Como se estivesse me interessando” (7º§).
d) “Meio burguês, metido a sensato.” (3º§)/ “Aluado, farrista” (5º§).
e) “Cá no bairro minha fama andava péssima.” (5º§)/ “Onde se viu essa, agora!” (4º§).

32 - ( 2017 - EBSERH – Advogado )


O narrador emprega, no primeiro parágrafo, a construção “Nos começos chutava tudo o que
achava.” que evidencia uma construção incomum marcada por uma atípica flexão de número.
Esse emprego expressivo sugere que:
a) o personagem não pode delimitar quando a mania começou.
b) é impossível precisar o local em que ocorreu o primeiro chute.
c) não se trata de uma atitude exclusiva do personagem narrador.
d) não houve um início, de fato, para a prática dessa mania.
e) foram várias situações em que se chutava tudo que achava.

33 - ( 2017 - EBSERH – Advogado )


Ao longo do texto a visão que o narrador tem de si é alternada com o modo pelo qual os outros
o veem. Assim, percebe-se que o rótulo de “Bom rapaz. Bom rapaz.” (6º§) deve-se ao fato de o
narrador:
a) dedicar-se ao chute de tampinhas.
b) ler o livro de um autor famoso.
c) ter uma péssima fama no bairro.
d) passar a cumprimentar as senhoras.
e) conseguir um emprego noturno.

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34 - ( 2017 - EBSERH - Advogado – Morfologia )
Em “Há algum tempo venho afinando certa mania.” (1º§), nota-se que o termo destacado
pertence à seguinte classe gramatical:

a) substantivo. b) adjetivo.
c) pronome. d) advérbio.
e) interjeição.

35 - ( 2017 - EBSERH – Advogado )


No terceiro parágrafo, no trecho “Ele, a camisa; eu, o avesso.”, foi empregado um recurso
coesivo que confere expressividade ao texto. Trata-se da:

a) elipse. b) anáfora.
c) catáfora. d) repetição.
e) sinonímia.

36 - ( 2017 - EBSERH – Advogado )


No nono parágrafo, ao referir-se à moça que sentou a seu lado no lotação, o narrador revela
uma visão:

a) objetiva.
b) depreciativa.
c) idealizada.
d) contestadora.
e) indiferente.

37 - ( 2017 - EBSERH - Advogado – Morfologia )


A oração “Depois que arrumei ocupação à noite,”(5º§) é introduzida por uma locução
conjuntiva que apresenta o mesmo valor semântico da seguinte conjunção:

a) porquanto.
b) conforme.
c) embora.
d) quando.
e) pois.
19
38 - ( 2017 - EBSERH - Advogado – Crase )
O emprego do acento grave em “Às vezes, aparecem nos rostos sorrisos de confiança.“ (5º§)
justifica-se pela mesma razão do que ocorre no seguinte exemplo:

a) Entregou o documento às meninas.


b) Manteve-se sempre fiel às suas convicções.
c) Saiu, às pressas, mas não reclamou.
d) Às experiências, dedicou sua vida.
e) Deu um retorno às fãs.

39 - ( 2017 - EBSERH - Advogado – Sintaxe )


No último parágrafo, o período “- Olhe: sou um cara que trabalha muito mal.” é composto e sua
última oração pode ser classificada como:
a) subordinada adjetiva.
b) subordinada adverbial.
c) coordenada sindética.
d) subordinada substantiva.
e) coordenada assindética.

40 - ( 2017 - EBSERH - Advogado - Morfologia – Verbos )


A locução verbal “venho afinando”, presente no primeiro período do texto, constrói um sentido
de ação:
a) passada e concluída.
b) que ainda será realizada.
c) pontual e ocorrida no presente.
d) com ideia de continuidade.
e) passada que não mais se realiza.

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41 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo - Morfologia – Verbos )
Texto I

Vivendo e...

Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais. Duvido que se hoje pegasse uma bola de gude
conseguisse equilibrá-la na dobra do dedo indicador sobre a unha do polegar, e quanto mais jogá-la
com a precisão que eu tinha quando era garoto. Outra coisa: acabo de procurar no dicionário, pela
primeira vez, o significado da palavra “gude”. Quando era garoto nunca pensei nisso, eu sabia o que
era gude. Gude era gude.
Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando
pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento
das mãos. Hoje não sei que jeito é esse. [...]
(VERÍSSIMO, Luis Fernando. Comédias para se ler na escola. Rio de Janeiro: Objetiva. 2001)
Utilize o Texto I para responder a questão.

Os verbos “sabia” e “Duvido”, no início do texto, apontam para dois momentos distintos na vida
do narrador. Tais verbos estão flexionados, respectivamente, no:

a) pretérito perfeito e presente.


b) pretérito mais-que-perfeito e pretérito perfeito.
c) pretérito perfeito e futuro do pretérito.
d) pretérito imperfeito e futuro do pretérito.
e) pretérito imperfeito e presente.

42 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo )


A partir da leitura atenta do texto, percebe-se um posicionamento sobre o tema e é possível
concluir que:

a) há uma valorização da experiência adulta em detrimento da infância inocente.


b) se revela o quanto as crianças são enganadas por não conhecerem tudo.
c) ocorre a indicação de que o aprendizado infantil é sempre muito útil ao adulto.
d) se privilegia mais a experiência da infância do que a racionalidade dos adultos.
e)ignora-se completamente o aprendizado da infância para inserir-se no mundo adulto.

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43 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo – Morfologia )
Para relacionar as orações, em “Eu sabia fazer pipa e hoje não sei mais”, o autor faz uso de
uma conjunção que deve ter seu sentido inferido pelo contexto. Trata-se do valor semântico
de:

a) adição.
b) conclusão.
c) explicação.
d) alternância.
e) oposição.

44 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo – Pontuação )


O emprego das reticências no título, sugere:
a) a incapacidade do autor em completar a ideia.
b) a caracterização de uma enumeração infinita.
c) um convite para que o leitor reflita sobre o tema.
d) a sinalização de um questionamento do leitor.
e) a representação de uma ideia polêmica.

45 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo – Morfologia )


Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.
“Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e
assoprando pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o
posicionamento das mãos.” (2º§)
Os dois termos destacados cumprem papel sintático adverbial e expressam os seguintes
valores semânticos respectivamente:

a) causa e meio.
b) modo e meio.
c) meio e lugar.
d) lugar e modo.
e) modo e lugar.

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46 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo - Morfologia – Verbos )
Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.
“Juntando-se as duas mãos de um determinado jeito, com os polegares para dentro, e assoprando
pelo buraquinho, tirava-se um silvo bonito que inclusive variava de tom conforme o posicionamento
das mãos.” (2º§)
Os verbos que se encontram na forma nominal de gerúndio contribuem para a representação
de uma ação que sinaliza:

a) um processo.
b) uma interrupção.
c) um passado remoto.
d) uma possibilidade.
e) uma descontinuidade.

47 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo )


Utilize o Texto II para responder a questão.

Texto II

Maria chorando ao telefone

O telefone toca aqui em casa, atendo, uma voz de mulher estranhíssima pergunta por mim, e antes
que eu tome providências para dizer que é minha irmã que fala, ela me diz: é você mesma. O jeito foi
eu ficar sendo eu própria. Mas... ela chorava? Ou o quê? Pois a voz era claramente de choro contido.
“Porque você escreveu dizendo que não ia mais escrever romances.” “Não se preocupe, meu bem,
talvez eu escreva mais uns dois ou três, mas é preciso saber parar. Que é que você já leu de mim?“
“Quase tudo, só falta A cidade sitiada e A legião estrangeira.” “Não chore, venha buscar aqui os dois
livros.” “Não vou não, vou comprar.” ”Você está bobeando, eu estou oferecendo de graça dois livros
autografados e mais um cafezinho ou um uísque.” [...]
(LISPECTOR, Clarice. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999)

No trecho “e antes que eu tome providências para dizer que é minha irmã que fala,”, percebe-
se uma clara intenção da narradora que corresponde:

a) ao desejo de não mais escrever seus romances.


b) à intenção de mudar seu estilo de vida e ser como a irmã.
c) à tentativa de irritar a pessoa que havia ligado.
d) à vontade de não conversar com quem estava ao telefone.
e) ao hábito de promover a divulgação de suas obras.

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48 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo – Morfologia )
Na fala “Quase tudo, só falta A cidade sitiada e A legião estrangeira”, o vocábulo em destaque
denota um sentido de:

a) retificação.
b) explicação.
c) exclusão.
d) adição.
e) anulação.

49 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo )


Em função do contexto em que os fatos são contados, a percepção sensorial é explorada.
Desse modo, um dos sentidos ganha potencial expressividade. Trata-se:
a) da audição.
b) do olfato.
c) do tato.
d) do paladar.
e) da visão.

50 - ( 2017 - EBSERH - Assistente Administrativo - Morfologia – Pronomes )


No trecho “Você está bobeando”, percebe-se que, com o emprego do pronome de tratamento,
a autora consegue:
a) dirigir-se aos leitores de modo geral.
b) fazer referência a um interlocutor específico.
c) criar uma intervenção formal no diálogo.
d) afastar-se de um projeto de leitor ideal.
e) mostrar que não tem intimidade com quem fala.

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51 - ( 2016 - EBSERH – Advogado )
Texto

Minhas maturidade

Circunspecção, siso, prudência.


(Mario Prata)
É o que o homem pensa durante anos, enquanto envelhece. Já está perto dos 50 e a pergunta
ainda martela. Um dia ele vai amadurecer
Quando um homem descobre que não é necessário escovar os dentes com tanta rapidez, tenha
certeza, ele virou um homem maduro. Só sendo mesmo muito imaturo para escovar os dentes com
tanta pressa.
E o amarrar do sapato pode ser mais tranquilo, arrumando-se uma posição menos incômoda,
acertando as pontas.
[...]
Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca. Mas já é capaz de assistir à sessão da
tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.
É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.
Homem maduro não bebe, vai à praia.
Não malha: a malhação denota toda a imaturidade de quem a faz. Curtir o corpo é ligeiramente
imaturo.
Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda estão, finalmente,
acabando. Restam uns cinco.
Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.
O homem maduro gosta de mulheres imaturas. Fazer o quê?
Muda muito de opinião. Essa coisa de ter sempre a mesma opinião, ele já foi assim.
[...]
Se ninguém segurar, é capaz do homem maduro ficar com mania de apagar as luzes da casa.
O homem maduro faz palavras cruzadas!
Se você observar bem, ele começa a implicar com horários.
A maturidade faz com que ele não possa mais fazer algumas coisas. Se pega pensando: sou um
homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.
O homem maduro começa, pouco a pouco, a se irritar com as pessoas imaturas.
Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos imaturos.

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Será que os imaturos são mais felizes?, pensa, enquanto começa a escovar os dentes depressa,
mais depressa, mais depressa ainda.
O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.
Meu Deus, o que será de nós, os maduros?
O texto começa a estabelecer uma lógica sobre a ideia de maturidade que, ao final, é
desconstruída. Isso fica marcado, de modo descontraído, principalmente porque:

a) há um questionamento sobre a felicidade dos imaturos.


b) é feito um apelo a Deus pela maturidades dos maduros.
c) o maduro começa a escovar os dentes cada vez mais depressa.
d) os imaturos sentem inveja da vida dos maduros.
e) os maduros revelam uma certeza em relação ao futuro.

52 - ( 2016 - EBSERH – Advogado )


Em “O homem maduro é de uma imaturidade a toda prova.” (19º§), para provocar
expressividade, foi empregada uma figura de estilo que se caracteriza, sobretudo:

a) pela comparação implícita entre objetos concretos.


b) por uma associação lógica de uma parte que remete ao todo.
c) pela tentativa de suavização de uma ideia considerada ilógica.
d) pelo emprego de palavras que apontam para sentidos contrários.
e) pela atribuição de características humanas a seres inanimados.

53 - ( 2016 - EBSERH - Advogado – Morfologia )


No terceiro parágrafo, o vocábulo destacado em “E o amarrar do sapato pode ser mais
tranquilo,” deve ser classificado morfologicamente como:

a) verbo.
b) adjetivo.
c) substantivo.
d) advérbio.
e) pronome.

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54 - ( 2016 - EBSERH - Advogado – Sintaxe )
A oração destacada em “Não sente culpa de nada. Mas, se sente, sofre como nunca.” (4º§)
introduz no período em que se encontra um valor semântico de:

a) condição. b) concessão.
c) consequência. d) conformidade.
e) causa.

55 - ( 2016 - EBSERH - Advogado – Sintaxe )


Em “Sorri tranquilo quando pensa que a pressa é coisa daqueles imaturos.”, o termo em
destaque exerce a função sintática de:
a) adjunto adnominal. b) predicativo do sujeito.
c) adjunto adverbial. d) objeto direto.
e) complemento nominal.

56 - ( 2016 - EBSERH - Advogado – Pontuação )


Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte:
“Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos imaturos.” (17º§)
O emprego da vírgula justifica-se por:

a) isolar uma oração subordinada adverbial.


b) marcar a presença de um aposto explicativo.
c) separar orações coordenadas assindéticas.
d) indicar a presença de um vocativo.
e) acompanhar um termo deslocado da ordem direta.

57 - ( 2016 - EBSERH – Advogado )


Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte:

“Depois de um tempo, percebe que está começando é a sentir inveja dos imaturos.” (17º§)
A presença do verbo “começando” permite ao leitor inferir a seguinte postura do maduro.

a) sempre sentiu inveja dos imaturos. b) acha que a vida dos imaturos é pior.
c) nunca desejou a vida dos imaturos. d) espera que sua vida madura melhore.
e) acreditava antes que sua vida era melhor.

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58 - ( 2016 - EBSERH – Advogado )

A ideia de plural proposta pelo pronome do título não concorda com o termo “maturidade”,
mas com as ideias do subtítulo. A “prudência” é uma delas. Seria um exemplo dessa
característica a seguinte atitude descrita no texto:

a) “Mas já é capaz de assistir à sessão da tarde sem a culpa a lhe desviar a atenção.” (4º§)
b) “É um homem mais bonito, não resta a menor dúvida.” (5º§)
c) “Nada como a maturidade para perceber que os intelectuais de esquerda estão, finalmente,
acabando.”(8º§)
d) “Se pega pensando: sou um homem maduro. Um homem maduro não pode fazer isso.” (15º§)
e) “O homem maduro faz palavras cruzadas!” (13º§)

59 - ( 2016 - EBSERH – Advogado )


O vocábulo “circunspecção”, também presente no subtítulo, deve ser entendido como
sinônimo de:

a) precaução.
b) animação.
c) dedicação.
d) organização.
e) limitação.

60 - ( 2016 - EBSERH – Advogado )


No quarto parágrafo, o pronome destacado em “Mas já é capaz de assistir à sessão da tarde
sem a culpa a lhe desviar a atenção.” cumpre um papel coesivo à medida que retoma a
seguinte ideia:

a) desviar.
b) maduro.
c) culpa.
d) capaz.
e) sessão.

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61 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo )
O Sudoeste e a Casuarina

(Joel Silveira)
Entre a fuga do vento Nordeste e o primeiro sopro frio do Sudoeste, há um instante vazio e ansioso:
as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam indolentes,
imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes. Os urubus debandam das palmeiras, os
pescadores recolhem as velas, e daqui da varanda vejo os lagartos procurarem medrosos os seus
esconderijos. “É o sudoeste”, penso, e logo ele chega carpindo penas e desgraças que não são suas.
“Estou vindo do mar alto, trago histórias”, diz ele com a sua voz agourenta. Ao que responde,
enfastiada, a Casuarina: “Detesto as tuas histórias”.
Também eu, porque sei o que signifca pra mim o pranto desatado e frio. Logo esta varanda, que o
Nordeste amornara para o meu sono, estará tomada por tudo o que o vento ruim traz consigo: a baba
do oceano doente, a escuma amarela e pútrida, o calhau sangrento, o grito derradeiro dos náufragos,
os olhos esbugalhados das crianças afogadas que não entenderam o último instante, o hálito pesado
do marinheiro que morreu bêbado e blasfemo, o lamento do grumete que o mastaréu partido matou e
atirou ao mar.
Assim são as histórias do Sudoeste. Ouvindo-as (e tenho de ouvi-las, como se elas viessem de
dentro de mim, como se por dentro eu tivesse mil frinchas por entre as quais o Sudoeste passa e
geme) ressuscito os meus mortos e minhas tristezas e a eles incorporo a amargura dos incertos e a
angústia sobressaltada dos que têm medo – tão minhas agora. E vejo, destacada na escuridão como
uma medusa no mar, a mão lívida do meu pai morto, imobilizada no gesto, talvez amigo, que não
chegou a ser feito; e os pequenos dentes do meu irmão Francisco, que morreu sorrindo; e escuto,
nos soluços do vento, aquele terrível convulso regougar de Maria que a morte levou num mar de
sangue e vômito; e tremo e me apavoro, não por receio de não ter enterrado para sempre meus
mortos, mas por medo de tê-los enterrado antes de ter pago tudo o que lhes devia.
Vocabulário:
Casuarina – espécie de árvores e arbustos
Cipreste – planta usada para arranjos às quais se associa a ideia de tristeza
Carpindo – capinar
Calhau – pedra de pequena dimensão
Grumete – graduação mais inferior da Marinha
Mastaréu – mastro pequeno
Regougar – soltar a voz
O texto estabelece uma relação entre elementos da natureza e os sentimentos do narrador.
Isso porque:

a) o narrador tem medo das histórias trazidas pelo vento Sudoeste.


b) a natureza sempre provoca, no narrador, lembranças tristes.
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c) as tristezas trazidas pelo vento ressuscitam as perdas do narrador.
d) o vento Sudoeste foi responsável por mortes na família do narrador.
e) o vento do Nordeste leva consigo lembranças do vento do Sudoeste.

62 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo – Sintaxe )


Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte.

“as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam indolentes,
imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.” (1º§)

Ocorre, nessa passagem destacada, um predomínio de orações:

a) subordinadas adverbiais.
b) subordinadas adjetivas.
c) subordinadas substantivas.
d) reduzidas.
e) coordenadas.

63 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo – Morfologia )


Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte.

“as cigarras calam, se eriçam as águas da lagoa e as casuarinas, que se balançavam indolentes,
imobilizam-se na rigidez morta e reta dos ciprestes.”(1º§)

O termo em destaque é uma locução adjetiva que se relaciona, por dependência sintática, com
o seguinte vocábulo:

a) “rigidez”. b) “imobilizam”.
c) “morta”. d) “indolentes”.
e) “reta”.

64 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo )


Na passagem “diz ele com a sua voz agourenta.“ (2º§), o pronome destacado tem como
referente:

a) narrador. b) mar.
c) leitor. d) vento.
e) casuarina.

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65 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo – Morfologia )
O emprego dos artigos, no título do texto, cumpre papel expressivo à medida que representam
um sentido de:

a) especificação.
b) equivalência.
c) suavização.
d) relativização.
e) generalização.

66 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo )


O Sudoeste e a Casuarina ganham expressividade, ao longo do texto, sobretudo pelo emprego
da seguinte figura de linguagem:
a) metáfora.
b) prosopopeia.
c) metonímia.
d) hipérbole.
e) ironia.

67 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo – Sintaxe )


Em “Ao que responde, enfastiada, a Casuarina” (2º§), o adjetivo em destaque exerce a função
sintática de:
a) sujeito.
b) objeto direto.
c) adjunto adverbial.
d) predicativo.
e) adjunto adnominal.

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68 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo – Sintaxe )
O vocábulo “também”, que introduz o terceiro parágrafo, contribui para a progressão das
ideias estabelecendo um sentido de:

a) retificação.
b) conclusão.
c) adição.
d) oposição.
e) explicação.

69 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo - Morfologia – Verbos )


No primeiro parágrafo, o emprego recorrente do presente do indicativo sugere:
a) uma ação do momento da enunciação.
b) uma ideia que ainda ocorrerá.
c) uma ação que se limita ao passado.
d) um caráter atemporal.
e) um sentido de possibilidade.

70 - ( 2016 - EBSERH - Assistente Administrativo )


Ao final do texto, pode-se inferir que o medo a que o narrador faz referência poderia ser
provocado, especificamente, pelo seguinte sentimento:

a) tristeza.
b) saudade.
c) confiança.
d) dependência.
e) remorso.

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71 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista )
Ensinamento

Minha mãe achava estudo


a coisa mais fina do mundo.
Não é.
A coisa mais fina do mundo é o sentimento.
Aquele dia de noite, o pai fazendo serão,
ela falou comigo:
“Coitado, até essa hora no serviço pesado”.
Arrumou pão e café, deixou tacho no fogo com água quente.
Não me falou em amor.
Essa palavra de luxo.
(Adélia Prado)
Em um texto, as palavras cumprem papel expressivo na construção de sentidos. Assim, indique
o par de palavras que, no poema, funcionam como sinônimos.
a) “fina” (v.2)/ “luxo” (v.10)
b) “estudo” (v.1)/ “serviço” (v.7)
c) “pão”(v.8)/ “café” (v.8)
d) “tacho” (v.8)/ “água” (v.8)
e) “dia” (v.5)/ “noite” (v.5)

72 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista )


Após a leitura atenta do texto, deve-se entender o “Ensinamento”, a que o título faz referência,
como a:

a) utilização do estudo como possibilidade de diferenciação social


b) valorização do trabalho através da dedicação do pai ao “fazer serão”
c) importância das atitudes de amor representadas pelo cuidado da mãe com o pai
d) irrelevância do trabalho doméstico diante da atividade desenvolvida pelo pai
e) obrigatoriedade de observação do cotidiano familiar por parte dos filhos

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73 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista )
No texto, percebe-se a presença de mais de um ponto de vista. São eles:

a) o do enunciador e o da mãe
b) o da mãe e o do pai
c) o do leitor e o da mãe
d) o do enunciador e o do leitor
e) o do enunciador e o do pai

74 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista - Morfologia – Pronomes )


O último verso do texto emprega o pronome “essa” como recurso coesivo. Seu uso pode ser
explicado uma vez que:
a) antecipa uma ideia que será apresentada
b) faz referência a algo próximo ao leitor
c) sinaliza uma referência temporal
d) resume elementos de uma enumeração
e) retoma um termo citado anteriormente

75 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista – Sintaxe )


Em “Não me falou em amor.” (v.9), o pronome destacado participa da estrutura da oração
exercendo a função sintática de:

a) sujeito
b) objeto direto
c) complemento nominal
d) objeto indireto
e) adjunto adnominal

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76 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista )
Carnaval de trazer por casa

Quinze dias antes já os olhos se colavam aos pés, com medo de uma queda que acabasse com o
Carnaval. Subíamos e descíamos as escadas, como quem pisa algodão. [...] Nós éramos todas
meninas. Tínhamos a idade que julgávamos ser eterna. Sonhávamos com os cinco dias mais
prometidos do ano. A folia começava sexta-feira e só terminava terça quando as estrelas iam muito
altas. Havia o cheiro das bombinhas que tinham um odor aproximado ao dos ovos podres e que se
misturava com o pó do baile que se colava aos lábios. Que se ressentiam vermelhos de dor. Havia o
cantor esganiçado em palco a tentar a afinação, que quase nunca conseguia: [...] Depois os bombos
saíam à rua, noite fora, dia adentro. [...] E na noite que transformava o frio do inverno no calor do
Carnaval, eu tinha a certeza de que aquele som dos bombos fazia parte do meu código genético. E
que o Carnaval ia estar sempre presente nas ruas estreitas da minha aldeia, assim, igual a si próprio,
com os carros de bois a chiar pelas ruas, homens vestidos de mulheres com pernas cheias de pelos,
mulheres vestidas de bebês, o meu pai vestido de François Mitterrand e eu com a certeza de que o
mundo estava todo certo naqueles cinco dias, na minha aldeia.
O outro, o que via nas televisões, não era meu.
(FREITAS, Eduarda. Revista Carta Capital. Disponível em: http://
www.cartacapital.com.br/sociedade/carnaval-de-trazer-por-
casa/?autor=40. Acesso em set. 2016.)
A expressão “O outro”, presente no último parágrafo encerra uma oposição que deve ser
entendida como:

a) juventude e velhice
b) televisão e paixão
c) organização e desordem
d) realidade e fantasia
e) rapidez e eternidade

77 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista )


No início do texto, ao dizer que “já os olhos se colavam aos pés”, emprega-se uma linguagem
simbólica para reforçar o sentido pretendido. Isso ocorre por meio da seguinte figura de estilo:

a) ironia
b) metáfora
c) metonímia
d) antítese
e) comparação

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78 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista – Sintaxe )
Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“E na noite que transformava o frio do inverno no calor do Carnaval, eu tinha a certeza de que aquele
som dos bombos fazia parte do meu código genético.” (1º§)
A preposição destacada acima tem seu emprego justificado por uma relação de regência cujo
termo regente é:

a) eu
b) tinha
c) certeza
d) aquele
e) som

79 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista - Funções morfossintáticas da palavra QUE )


Considere o fragmento abaixo para responder à questão seguinte.

“E na noite que transformava o frio do inverno no calor do Carnaval, eu tinha a certeza de que aquele
som dos bombos fazia parte do meu código genético.” (10§)
Há duas ocorrências do vocábulo “que” no trecho em análise. Contudo, possuem
classificações morfológicas distintas. Assim, nota-se que, respectivamente, são:

a) pronome relativo e conjunção integrante


b) conjunção consecutiva e pronome interrogativo
c) pronome relativo e conjunção explicativa
d) conjunção integrante e pronome relativo
e) conjunção explicativa e pronome relativo

80 - ( 2016 - EBSERH - Médico urologista )


O texto expõe memórias coletivas através do olhar de um narrador. Assinale a opção em que
se destaca um vocábulo que evidencie essa ideia de coletividade.

a) “Quinze dias antes já os olhos se colavam aos pés”


b) “Subíamos e descíamos as escadas, como quem pisa algodão.”

c) “A folia começava sexta-feira e só terminava terça”

d) “Que se ressentiam vermelhos de dor.”


e) “E que o Carnaval ia estar sempre presente nas ruas estreitas”

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81 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho )
Texto

Setenta anos, por que não?

Acho essa coisa da idade fascinante: tem a ver com o modo como lidamos com a vida. Se a gente
a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga, ou do começo de barriguinha, então
viver é de certa forma uma desgraceira que acaba na morte. Desse ponto de vista, a vida passa a ser
uma doença crônica de prognóstico sombrio. Nessa festa sem graça, quem fica animado? Quem não
se amargura?
[...]
Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na mão lendo na poltrona
junto à janela, com vestidos discretíssimos, pretos de florzinha branca (ou, em horas mais festivas,
minúsculas flores ou bolinhas coloridas), hoje aos 70 estamos fazendo projetos, viajando (pode ser
simplesmente à cidade vizinha para visitar uma amiga), indo ao teatro e ao cinema, indo a restaurante
(pode ser o de quilo, ali na esquina), eventualmente namorando ou casando de novo. Ou dando
risada à toa com os netos, e fazendo uma excursão com os filhos. Tudo isso sem esquecer a
universidade, ou aprender a ler, ou visitar pela primeira vez uma galeria de arte, ou comer sorvete na
calçada batendo papo com alguma nova amiga.
[...]
Não precisamos ser tão incrivelmente sérios, cobrar tanto de nós, dos outros e da vida, críticos o
tempo todo, vendo só o lado mais feio do mundo. Das pessoas. Da própria família. Dos amigos. Se
formos os eternos acusadores, acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas
próprias palavras e sentimentos. Se não soubermos rir, se tivermos desaprendido como dar uma boa
risada, ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas, dos remendos e
intervenções para manter ou recuperar a “beleza”. A alma tem suas dores, e para se curar necessita
de projetos e afetos. Precisa acreditar em alguma coisa.
(LUFT, Lya. In: http://veja.abril.com.br. Acesso em 18/09/16)
O modo pelo qual o texto é iniciado permite ao leitor concluir tratar-se de:

a) uma exposição pessoal de ponto de vista


b) uma representação consensual a respeito do tema
c) uma comprovação incontestável sobre o assunto
d) uma orientação consolidada como norma
e) uma explicação sem defesa de ponto de vista

37
82 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho )
Para ampliar a expressividade de seu texto, a autora faz uso reiterado da linguagem figurada.
Assinale a opção em que NÃO se percebe um exemplo desse recurso linguístico.

a) “Se a gente a considera uma ladeira que desce a partir da primeira ruga” (1º§)
b) “a vida passa a ser uma doença crônica de prognóstico sombrio.” (1º§)
c) “Pois se minhas avós eram damas idosas aos 50 anos, sempre de livro na mão” (2º§)
d) “acabaremos com um gosto amargo na boca: o amargor de nossas próprias palavras e
sentimentos.” (3º§)
e) “ficaremos com a cara hirta das máscaras das cirurgias exageradas” (3º§)

83 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho – Pontuação )


As aspas empregadas em “dos remendos e intervenções para manter ou recuperar a “beleza” ”
(3º§) permitem a leitura de uma crítica à ideia de que:

a) cada idade tem sua beleza própria


b) a beleza só está associada à juventude
c) a beleza interior deve valer mais do que a exterior
d) o conceito de beleza é subjetivo, bastante relativo
e) trabalhando a mente, o corpo fica belo

84 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho )


No segundo parágrafo do texto a autora sugere que:

a) o hábito da leitura indica que a pessoa está envelhecendo


b) as pessoas idosas, atualmente, têm mais ânimo que as jovens
c) a noção de velhice não se altera independente da época
d) os idosos de hoje ocupam-se a ponto de esquecer a família
e) as pessoas idosas, atualmente, aproveitam melhor a vida

38
85 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho – Sintaxe )
No último parágrafo do texto, a repetição da conjunção “Se”, no início de algumas orações,
representa uma ênfase ao valor semântico de:

a) concessão
b) causa
c) condição
d) conformidade
e) consequência

86 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho )


Em “Não precisamos ser tão incrivelmente sérios” (3º§), o vocábulo destacado poderia ser
substituído, sem prejuízo de sentido, por:
a) perigosamente
b) possivelmente
c) controladamente
d) exageradamente
e) impulsivamente

87 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho – Pontuação )


A pontuação empregada em “Das pessoas. Da própria família. Dos amigos.” (3º§) cumpre um
papel expressivo ao gerar o seguinte efeito:
a) ritmo mais rápido do que com o emprego das vírgulas
b) ênfase a cada um dos termos da enumeração
c) hierarquização de valor aos termos da enumeração
d) ressignificação do sentido dos termos empregados
e) atribuição e valor imperativo aos termos enumerados

39
88 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho - Funções morfossintáticas
da palavra SE )
Considerando o emprego do pronome “se” em:

“A alma tem suas dores, e para se curar necessita de projetos e afetos.” (3º§),
Nota-se uma ambiguidade oriunda do emprego incomum da forma passiva sintética. Desse
modo, NÃO entendendo a construção como passiva, o leitor compreenderia a passagem da
seguinte forma:

a) A alma tem suas dores, e para que cure a si mesma necessita de projetos e afetos
b) A alma tem suas dores, e para que seja curada necessita de projetos e afetos
c) A alma tem suas dores, e para que se sinta curada necessita de projetos e afetos
d) A alma tem suas dores, e para que a curem necessita de projetos e afetos
e) A alma tem suas dores, e para que busque a cura necessita de projetos e afetos

89 - ( 2016 - EBSERH - Técnico em Segurança do Trabalho )


A expressão “Desse ponto de vista,”, empregada no primeiro parágrafo, cumpre um papel
coesivo à medida que:

a) resgata uma ideia apresentada e progride no seu desenvolvimento


b) apresenta uma ideia completamente nova em relação à anterior
c) antecipa uma informação que será desenvolvida no texto
d) contesta a informação apresentada anteriormente
e) ilustra uma ideia que ainda será apresentada

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90 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

Texto I

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina e envolve o


preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais

O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza,
de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes,
e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais
exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção,
entre outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.

E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser
necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da atividade cerebral adequada.

Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos
que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito tempo, também
achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.

Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico
são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade de conceituar
formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos
transplantes de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com
morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.

Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos
aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas características clínicas, que
são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação,
ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter
recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes
aspectos foi regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo
que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja. [...]

Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados
(caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente poderá ajudar a salvar várias
vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-morte-cerebral/ Acesso em:


07/02/17)

De acordo com o texto, ser considerada uma relativa novidade a declaração de morte cerebral
ocorre em função de:

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a) o cérebro coordenar muitas funções necessárias à atividade humana.

b) o cérebro possibilitar que se fale, pense, além de organizar as ideias.

c) seu diagnóstico envolver o preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais.

d) muitos indivíduos receberem medicação nas 24h que antecedia a morte cerebral.

e) até pouco tempo, acreditar-se que o indivíduo morria quando seu coração parava.

91 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

No período “Possibilita que pensemos, falemos e organiza, de uma forma ou outra, todo nosso
consciente e inconsciente.” (1º§), foram empregados todos os mecanismos coesivos descritos
abaixo, EXCETO:

a) A ocultação do sujeito na primeira oração.

b) Sequência de orações coordenadas.

c) Emprego de oração subordinada.

d) Presença do pronome relativo “que”.

e) O uso de sujeito desinencial “nós”.

92 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

O caráter informativo do texto em análise deve-se, sobretudo:

a) à linguagem essencialmente técnica empregada na sua redação.

b) à inclusão do autor e do leitor por meio do uso da primeira pessoa.

c) à exposição da visão pessoal do autor em detrimento dos fatos.

d) ao emprego excessivo de exemplos na argumentação proposta.

e) a uma mensagem centrada no assunto em questão.

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93 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia – Sintaxe )

Em “Aprimoram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção” (1º§), o verbo


destacado está flexionado no plural concordando com:

a) o sujeito “eles” que se encontra oculto.

b) o núcleo do sujeito simples “mecanismos”.

c) o sujeito composto “de defesa, de alimentação, de locomoção”.

d) o pronome “se” que o acompanha indicando sujeito indeterminado.

e) os complementos verbais “de defesa, de alimentação, de locomoção”.

94 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

No quarto parágrafo, em ‘Apesar disto parecer “bom senso”’, considerando o contexto, nota-se
que o pronome destacado faz referência à seguinte ideia:

a) Crer que alguém morre quando seu coração para.

b) Acreditar que sensações emanavam do coração.

c) Saber que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre.

d) Associar o amor a um sentimento provocado pelo coração.

e) As funções ficam descoordenadas sem a atuação do coração.

95 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

De acordo com o texto, a necessidade de conceituação formal do diagnóstico de morte


cerebral deveu-se:

a) ao início da era dos transplantes de órgãos.

b) à necessidade de desmitificar “o poder do coração”.

c) a uma primeira ocorrência datada de morte cerebral.

d) à capacitação de neurologistas para a observação clínica.

e) à diversidade de definições de morte cerebral em países distintos.

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96 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

O seguinte fragmento “ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc,” (5º§)
aponta ações que são empregadas, no texto, a fim de:

a) orientar os leitores em geral para que estejam aptos ao diagnóstico.

b) sugerir a popularização desses procedimentos para vários profissionais.

c) indicar a complexidade de uma prática clínica e especializada.

d) divulgar a especificação de um protocolo médico adotado.

e) explicar ações que não são compreendidas por um leitor comum.

97 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia – Fonologia )

Dentre as palavras abaixo, presentes no texto, assinale a opção cujo vocábulo é acentuado por
uma regra diferente da que justifica a acentuação dos demais.

a) cérebro.

b) indivíduo.

c) únicos.

d) achávamos.

e) diagnóstico.

98 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

Em linguagem técnica adequada ao público leitor, ao final do texto, foi empregada a expressão
“medidas de suporte de vida” que, no contexto, deve ser entendida como:

a) encaminhamento de órgãos para transplante.

b) apoio psicológico a pacientes terminais.

c) manutenção da vida por meio de aparelhos ou afins.

d) exigências de diferentes laudos em busca de um consenso.

e) emprego de analgésicos e outros inibidores de dor.

44
99 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

O deslocamento da expressão destacada, em “Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas
características clínicas,”, provocaria estranhamento no sentido e na estruturação do enunciado
apenas na seguinte reescritura:

a) O indivíduo, em primeiro lugar, deve ter algumas características clínicas,

b) O indivíduo deve, em primeiro lugar, ter algumas características clínicas,

c) O indivíduo deve ter, em primeiro lugar, algumas características clínicas,

d) O indivíduo deve ter algumas características clínicas em primeiro lugar,

e) O indivíduo deve ter algumas, em primeiro lugar, características clínicas,

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100 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

Texto I

Afinal: o que é a “morte cerebral”?

A declaração de morte cerebral é um conceito relativamente novo na medicina e envolve o


preenchimento de critérios clínicos e laboratoriais.

O cérebro humano é o órgão que nos torna únicos. Possibilita que pensemos, falemos e organiza,
de uma forma ou outra, todo nosso consciente e inconsciente. Claro, todos os órgãos são relevantes,
e, sem o conjunto, não poderíamos funcionar de maneira adequada. Mas a verdade é que, do ponto
de vista evolutivo, todos os órgãos desenvolveram-se para permitir manter um cérebro cada vez mais
exigente e complexo. Aprimoraram-se os mecanismos de defesa, de alimentação, de locomoção,
entre outros, para que as sensações e ordens trabalhadas no cérebro fossem elaboradas.

E quando o cérebro deixa de funcionar, ou seja, morre, todas as outras funções deixam de ser
necessárias; muitas delas ficam descoordenadas pela simples falta da atividade cerebral adequada.

Até pouco tempo atrás, o indivíduo morria quando seu coração parava de bater. Hoje sabemos
que o indivíduo está morto quando seu cérebro morre. Mas, não há muito tempo, também
achávamos que as sensações (o amor, por exemplo), emanavam do coração.

Apesar disto parecer “bom senso”, o conceito de “morte cerebral” e seu adequado diagnóstico
são tópicos recentes e datam de apenas algumas décadas. A necessidade de conceituar
formalmente a “morte cerebral” ou “morte encefálica” tomou impulso quando se iniciou a era dos
transplantes de órgãos, e tornou-se necessário protocolizar seu diagnóstico, já que indivíduos com
morte cerebral poderiam então ser considerados possíveis doadores.

Existem algumas diferenças para a definição de morte cerebral em diferentes países, mas muitos
aspectos são comuns. Em primeiro lugar, o indivíduo deve ter algumas características clínicas, que
são facilmente reconhecidas por um neurologista: falta de reação à dor, falta de movimentação,
ausência de respiração, pupilas dilatadas e não responsivas à luz etc. Claro, o indivíduo não pode ter
recebido nenhuma medicação nas 24 horas anteriores que possa causar isto. Cada um destes
aspectos foi regulamentado: ver se o paciente respira, ver a reação à dor, as pupilas etc, de modo
que a avaliação pudesse ser replicada, independente do ambiente em que o indivíduo esteja. [...]

Uma vez definida adequadamente a morte encefálica, o indivíduo poderá ter seus órgãos doados
(caso tenha havido consentimento para tal), um ato que possivelmente poderá ajudar a salvar várias
vidas. A partir deste momento, as medidas de suporte de vida são, em tese, desnecessárias.

(Disponível: http://veja.abril.com.br/blog/letra-de-medico/afnal-o-quee-a-morte-cerebral/ Acesso em:


07/02/17)

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Texto II

ORDEM DE SERVIÇO 608 - INSS

Perícia Médica

PERDA AUDITIVA NEUROSSENSORIAL POR EXPOSIÇÃO CONTINUADA A NÍVEIS ELEVADOS DE

PRESSÃO SONORA DE ORIGEM OCUPACIONAL

NORMA TÉCNICA DE AVALIAÇÃO DE INCAPACIDADE PARA FINS DE BENEFÍCIOS


PREVIDENCIÁRIOS

APRESENTAÇÃO

A presente atualização da Norma Técnica sobre Perda Auditiva Induzida por Ruído – PAIR, objetiva
simplificar, uniformizar e adequar o trabalho do médico perito ao atual nível de conhecimento desta
nosologia.

A evolução da Medicina do Trabalho, da Medicina Assistencial e Preventiva, dos meios diagnósticos,


bem como a nova realidade social, motivou, sobremaneira, esta revisão, tornando-a mais completa e
eficaz.

Dessa concepção surgiram dois momentos que passaram a constituir os módulos do presente
trabalho: a Atualização Clínica da Patologia e a Avaliação da Incapacidade Laborativa. Este estudo
resultou de iniciativa da Divisão de Perícias Médicas do INSS, que buscou parceria com diversos
segmentos da sociedade, num debate aberto, visando abordar todos os aspectos relevantes sobre o
assunto, no período compreendido entre junho de 1996 e junho de 1997, com a efetiva participação
de representantes das Perícias Médicas, Reabilitação Profissional, Núcleo de Referência em Doenças
Ocupacionais da Previdência Social – NUSAT/SRMG e Procuradoria Estadual do Instituto Nacional do
Seguro Social - INSS; Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho -
Fundacentro/MTb; Associação Brasileira de Medicina do Trabalho - ABMT; Centro de Referência de
Saúde do Trabalhador do Estado de São Paulo - Cerest; Confederação Nacional das Indústrias - CNI;
Confederação Nacional do Comércio - CNC; Central Única dos Trabalhadores - CUT; e especialistas
de renome. [...] Disponível em: www.cofp.com.br/legislacao/download/19/Acesso em 07/02/2017)

A partir de uma leitura atenta, nota-se que o autor utilizou como estratégia de construção do
seu texto:

a) a caracterização do cérebro para, em seguida, falar sobre morte cerebral.

b) uma argumentação que distinga o cérebro humano do dos demais animais.

c) as alterações em torno do conceito de morte cerebral ao passar dos anos.

d) apresentação de posicionamentos de profissionais distintos sobre a morte cerebral.

e) o exemplo de um caso particular que permitiu uma orientação mais geral.

47
101 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

Ao comparar os dois textos que compõem a sua prova, pode-se concluir, em relação à
adequação, que:

a) Ambos exploram temas relacionados à medicina em linguagem técnica.

b) Os dois textos são voltados a um mesmo público, portanto há equivalência linguística.

c) Embora os dois textos explorem a linguagem formal, a do segundo é mais técnica.

d) A diferença entre os textos deve-se, sobretudo, ao conhecimento dos seus autores.

e) Os dois textos apresentam temáticas semelhantes e objetivos específicos idênticos.

102 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia )

Texto II - ORDEM DE SERVIÇO 608 - INSS

O texto II é um fragmento da parte intitulada “apresentação” em uma Ordem Serviço. Assim, os


dois primeiros parágrafos, em relação à atualização proposta pelo texto, cumprem a função de
apresentar respectivamente:

a) finalidade e consequências.

b) descrição do problema e solução.

c) objetivos e motivação.

d) motivação e críticas.

e) críticas e objetivos.

103 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia – Sintaxe )

Texto II - ORDEM DE SERVIÇO 608 - INSS

No terceiro parágrafo do texto, percebe-se um desvio de regência em relação à Norma Padrão,


na seguinte passagem:

a) “com a efetiva participação de representantes das Perícias Médicas”.

b) “Este estudo resultou de iniciativa da Divisão de Perícias Médicas do INSS”.

c) “que buscou parceria com diversos segmentos da sociedade”.

d) “visando abordar todos os aspectos relevantes sobre o assunto”.

e) “no período compreendido entre junho de 1996 e junho de 1997,”.


48
104 - ( 2017 - POLÍCIA CIENTÍFICA-PR - Auxiliar de Necrópsia – Sintaxe )

Em relação à construção do último parágrafo do texto, pode-se afirmar que se trata do uso de
apenas:

a) orações coordenadas.

b) um período composto.

c) uma frase nominal.

d) uma oração absoluta.

e) uma oração subordinada.

GABARITO
01: C 02: D 03: E 04: A 05: B 06: E 07: C 08: D 09: B 10: A
11: D 12: B 13: D 14: A 15: C 16: A 17: A 18: C 19: B 20: B
21: E 22: D 23: C 24: A 25: C 26: D 27: B 28: A 29: E 30: B
31: D 32: E 33: E 34: C 35: A 36: B 37: D 38: C 39: A 40: D
41: E 42: D 43: E 44: C 45: E 46: A 47: D 48: C 49: A 50: B
51: C 52: D 53: C 54: A 55: B 56: E 57: E 58: D 59: A 60: B
61: C 62: E 63: A 64: D 65: A 66: B 67: D 68: C 69: D 70: E
71: A 72: C 73: A 74: E 75: D 76: D 77: B 78: C 79: A 80: B
81: A 82: C 83: B 84: E 85: C 86: D 87: B 88: A 89: A 90: E
91: D 92: E 93: B 94: C 95: A 96: D 97: B 98: C 99: E 100: A
101: C 102: C 103: D 104: B

49

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