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MERCADO FINANCEIRO – Responsável pela captação de recursos de investidores para

financiar atividades produtivas ou simplesmente gerar lucros para quem empresta dinheiro. Não
é só no banco, participam várias instituições do sistema financeiro. Dividido em 4 segmentos
principais:
Mercado monetário – onde se concentram as operações para controle da oferta da moeda e das
taxas de juros. Custo do dinheiro. Importância da liquidez, criar moeda. A ponte entre o
mercado monetário e de crédito é o BACEN.
Mercado de crédito - financiar as pessoas emprestar recursos para as pessoas físicas e jurídicas
para as suas necessidades. BACEN cuida.
Mercado de capitais – dinheiro de longo prazo, investimentos, comprar ações, titulos e valores
mobiliários. CVM cuida
Mercado de cambio – negócios de troca de moeda estrangeira. Bacen cuida.

ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (SFN)

SFN – conjunto de instrumentos financeiros que tem função de captar recursos de quem tem
sobrando (superavitário) e oferecer a quem está precisando (Deficitário). Pode-se dividir em
subsistema normativo, órgãos normativos, fiscalizadores e executivos; e subsistema operativo
contendo as instituição onde são feitas as operações financeiras.

Subsistema Normativo – formado pelos órgãos reguladores e fiscalizadores: conselho


monetário nacional (CMN), banco central do Brasil (BACEN) e conselho de valores mobiliários
(CVM).

Subsistema operativo - Formado pelas demais instituições financeiras. Trata da intermediação,


suporte operacional (como bolsa de valores) e administração das operações.

SUBSISTEMA NORMATIVO

CMN – Órgão máximo do SFN. Estabelece as diretrizes, as normas, linhas gerais de


funcionamento. Criado pela lei 4595/64. Composto por 3 membros: Min. Fazenda (Presidente),
Min. Do Planejamento, Presidente do BACEN (status de ministro de estado). Compete ao
CMN:
 Estabelecer – diretrizes gerais das políticas monetária, cambial e creditícia.
 Regular – condições de constituição, funcionamento e fiscalização das IF’s.
 Disciplinar – os instrumentos de política monetária e cambial.
Dentre suas funções estão:
 Adaptar – O volume dos meios de pagamento às reis necessidades da economia
(quantidade de moeda no mercado).
 Regular – O valor interno e externo da moeda e o equilíbrio do balanço de pagamentos (
dar ferramentas ao BACEN para atuar efetivamente)
 Orientar – a aplicação dos recursos das instituições financeiras (tem que ter crédito para
a agricultura, indústria ou pessoa física)
 Propiciar – o aperfeiçoamento das instituições e dos instrumentos financeiros (novos
produtos e serviços, novas formas e melhora das existentes)
 Zelar – pela liquidez (facilidade para conseguir o dinheiro na mão) e solvência(ter
recursos para honrar com as dívidas) das IF’s.
 Coordenar – as políticas monetária creditícia, orçamentária, e da dívida pública interna
e externa.
 Autorizar emissão de moeda (se for para pagar dívida o congresso nacional tem que
autorizar). O BACEN pode emitir até 10% do orçamento anterior sem autorização
 Fixar - meta de inflação
 Fixar - taxa de juros de quem usa o BNDES. Taxa de juros de longo prazo (TJLP).
BACEN – Principal executor das diretrizes dadas pelo CMN. Criado junto com o CMN.
Diretoria colegiada (o presidente indica, o senado aprova, o presidente nomeia). Atribuições:
 Emitir – papel-moeda e moeda metálica (a casa da moeda fabrica, mas o BACEN põe
em circulação).
 Executar – os serviços do meio circulante (recolher cédulas velhas e etc..).
 Receber – recolhimentos compulsórios e voluntários das instituições financeiras e
bancárias. (é banco para os bancos, guarda parte do dinheiro dos bancos para eles não
criarem moeda sem limites.)
 Realizar – Operações de redesconto e empréstimo às instituições financeiras.
 Regular - a execução dos serviços de compensação de cheques e outros papéis.(ele não
faz, REGULA, diz como faz. Os bancos fazem a compensação e o BB organiza).
 Efetuar – compra e venda de títulos públicos federais (NÃO EMITE!)
 Exercer – o controle de crédito
 Exercer – a fiscalização das IF’s
 Autorizar - o funcionamento das IF’s (As IF’s estrangeiras necessitam de um decreto
executivo para funcionar).
 Estabelecer – as condições para o exercício de quaisquer cargos de direção nas IF’s.
 Vigiar – a interferência de outras empresas nos mercados financeiros e de capitais e
controlar o fluxo de capitais estrangeiros no país.

Comitê de Politica Monetária (COPOM) – Comitê onde a diretoria colegiada do BACEN se


reúne a cada 45 dias. O COPOM tem também objetivo de estabelecer as diretrizes da política
monetária e definir a taxa básica de juros. Definição da meta da taxa Selic e seu viés (dá-se ao
presidente do BACEN a possibilidade de alterar a taxa entre as reuniões), e analisar o Relatório
de Inflação e as metas de inflação. Taxa Selic – valor do custo do dinheiro para o mercado;

Comissão de Valores Mobiliários (CVM) – regulamenta, fiscaliza, controla e desenvolve, em


geral, atua no mercado de títulos, ações e etc. É vinculada ao Min. Da fazenda. A Diretoria é
colegiada da mesma forma que o BACEN, mas diferentemente do BACEN os dirigentes tem
mandato de 5 anos, todo ano sai um dirigente e entra outro novo. Exerce funções de:
 Assegurar – o funcionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa e balcão
(comercio de títulos fora da bolsa de valores). A CVM protege o comercio de títulos de
valores mobiliários.
 Promover – a expansão e o funcionamento eficiente e regular do mercado de ações.
 Estimular – as aplicações permanentes em ações do capital social das companhias
abertas.

Conselho de Recursos do SFN (CRSFN) – Órgão para recorrer contra punições do BACEN e
da CVM. Ao CRFSN compete julgar em segunda e ultima instancia, os recursos colocados por
quem sofreu aplicação de penalidades administrativas por infrações (ou aparentemente)
previstas em lei, pelo BACEN ou CVM. Composto por oito conselheiros com conhecimentos
profundos em mercados financeiros, de câmbio, de capitais, de consórcios e de credito rural e
industrial; 2 representantes do Min. Da Fazenda; 1 do Bacen; 1 da CVM e 4 do mercado
financeiro. Os conselheiros tem mandato de 2 anos e são nomeados pelo Min. Da Fazenda, e um
dos representantes do Min da fazenda Presidem o conselho tendo como vice 1 representante dos
4 que representam a classe (do próprio mercado).

SUBSISTEMA OPERATIVO (INSTITUIÇÕES OPERADORAS) – Compostas por IF’s


públicas e privadas. Agem na intermediação de recursos econômicos, suporte operacional,
gestão das operações, administração das atividades.

INSTITUIÇÕES MONETÁRIAS- QUE CAPTAM DEPÓSITOS Á VISTA:


Bancos comerciais – IF’s privadas ou públicas com principal objetivo proporcionar recursos
para financiar, a curtos(360 dias/ 1 ano) e médios prazos (até 720 dias/2 anos), o comércio,
indústria, empresas prestadoras de serviços, pessoas físicas e terceiros em geral. Base do
sistema monetário, que criam, sob efeito multiplicador mais moeda, a moeda escritural (total de
depósitos à vista nestas instituições, quantidade de valor recebido). Os bancos pegam esse valor
depositado e emprestam a juros e assim criam moeda. Por isso há necessidade do depósito
compulsório.

Bancos Múltiplos – IF’s privadas ou públicas que realizam operações ativas (eles emprestam),
passivas(recebem depósitos e etc.) e acessórias (outros serviços, pagamento de conta, gestão de
fundo de investimento, câmbio e etc.) das diversas IF’s, por intermédio das carteiras (segmentos
de mercado do banco):
 Comercial (abrir conta corrente)
 Investimento (privado) e/ou desenvolvimento (somente banco público) (adquirir cotas
de um fundo de investimento)
 Crédito imobiliário (comprar uma casa)
 Arrendamento mercantil (Leasing)
 Crédito, financiamento e investimento (um simples empréstimo).
Essas operações estão sujeitas às normas que regem as instituições singulares correspondentes
às suas carteiras (O que vale para um banco comercial vale para um banco múltiplo com carteira
comercial e etc.).
O Banco Múltiplo deve ter pelo menos duas carteira, sendo uma delas obrigatoriamente,
comercial ou de investimento e ser organizado na forma de S.A. Instituições com carteira
comercial podem captar depósitos a vista.

Banco do Brasil (BB) – criado em 1808. É um banco múltiplo. Uma sociedade de economia
mista, uma S.A, onde o maior acionista é o governo, vinculado ao Min. Da Fazenda. Além de
funcionar como um banco público tradicional o BB presta serviços para o governo: é
responsável pela Câmara de Compensação de Cheques e é agente financeiro do Tesouro
Nacional (o caixa do governo). Recebe e envia os recursos que o TN quer direcionar para outros
lugares (ex.: estados, prefeituras e etc.).

Caixa Econômica Federal – criada em 1861. Empresa pública vinculada ao Min da fazenda. É
uma instituição assemelhada aos bancos comerciais e múltiplos (parece um banco, mas tem
características que os bancos não têm: gestão das loterias federais, monopólio do penhor de bens
pessoais). Característica distintiva: prioriza concessão de empréstimos e financiamentos a
programas e projetos nas áreas de assistência social, saúde, educação, trabalho, transporte
urbano e esporte. Administra programas do governo. Agente financeiro das políticas sociais do
governo federal. Parece um banco, mas é uma Caixa Econômica. O nome caixa econômica é
exclusivo da CEF (decreto 756/69) exceto as instituições que usavam o nome antes do decreto.

Cooperativas de Crédito – Associação de pessoas com interesses comuns (agrícolas, de


funcionários de um setor, de livre associação, etc.). Se dividem em:
 A) Singulares – prestam serviços financeiros de captação e de crédito (operações
passivas e ativas) apenas aos respectivos associados. Pode receber repasses de outras
instituições e aplicar no mercado financeiro.
 B) Centrais - prestam serviços ás cooperativas singulares filiadas e são também
responsáveis auxiliares por sua supervisão.
 C) Confederações de cooperativas centrais – prestam serviços a centrais e suas
filiadas.
As cooperativas são regidas pelas leis e normas gerais do sistema financeiro. Se quebrar
quem arca com os prejuízos são os associados, se der lucro tem que repartir entre os
associados, ela não pode reter.
Bancos Comerciais Cooperativos (Banco Cooperativo) – IF’s homologadas pelo Bacen.
Possuem a restrição de limitar suas operações a uma UF garantindo a permanência de
recursos onde são gerados, impulsionando o desenvolvimento local. É um banco comercial
ou múltiplo obrigatoriamente com carteira comercial. Diferencia-se dos demais por ter
como acionistas controladores as cooperativas centrais de crédito. Pode atender a todos, mas
somente na região própria. Deve ter obrigatoriamente na sua denominação “Banco
Cooperativo”.

INSTITUIÇÕES NÃO MONETÁRIAS - em que não se abre conta corrente nem captam
depósitos a vista, elas oferecem outros tipos de produtos e serviços.(os clientes se relacionam
com elas de forma diferente).

Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – Criado em 1952,


enquadrado como empresa pública federal, vinculado ao Min. Do desenvolvimento, indústria e
comércio exterior. É um IF assemelhada a um banco múltiplo sem carteira comercial . Tem
como objetivo apoiar empreendimentos que contribuam para o desenvolvimento do país.
Agente financeiro da política de investimento do governo federal. Faz financiamentos de longo
prazo (acima de 2 anos/720 dias) voltados para projetos de investimento e desenvolvimento que
possam gerar desenvolvimento econômico e social para o país. Pode-se ir diretamente ao
BNDES ou deixar o um banco intermediar a relação captando os recursos do BNDES e
financiando para o cliente.

Bancos de Desenvolvimento – IF’s controladas pelos governos estaduais. O rótulo banco de


desenvolvimento só pode ser usado por instituições regionais. Proporciona suprimento de
recursos necessários ao financiamento, a médio e longo prazo, de programas e projetos que
visem a promover o desenvolvimento econômico e social do respectivo estado. Captam recursos
através da emissão de títulos, depósito a prazo e etc. Fazem empréstimos e financiamentos
prioritariamente para o setor privado. Devem ser formados sob a forma de S.A., e ter sede na
capital do estado e ter na denominação social deve ter a expressão “banco de desenvolvimento”,
seguida do nome do estado em que tenha sede. (Resolução de 76). Agências de fomento
-“evolução dos bancos de desenvolvimento”.

Bancos de Investimentos – São IF’s privadas especializadas em operações de participação


societária de caráter temporário (compra parte de uma empresa temporariamente para injetar
recursos), de financiamento de atividade produtiva para suprimento de capital fixo (maquinas e
equipamentos) e de giro (dinheiro pro dia a dia da empresa) e de administração de recursos de
terceiros (fundos de investimento). Devem ser constituídas na forma de S.A e em sua
denominação social ter a expressão “banco de investimento”. Captam recursos via depósitos a
prazo, repasses de recursos externos (exterior), internos e venda de cotas de fundo de
investimento que eles administram. Financiam instituições, adquirem títulos e valores
mobiliários, depósitos interfinanceiros (CDI - banco empresta pra banco).

Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimento (SCFI) – Mais conhecidas como


financeiras. Instituídas pelo Min da Fazendo em 1959. IF’s privadas que tem como objetivo
básico a realização de financiamento para aquisição de bens, serviços e capital de giro. Devem
ser constituídas na forma de S. A e ter na sua denominação social a expressão “crédito
financiamento e investimento”. Captam recursos por meio de aceite e colocação de Letras de
câmbio e RDB’s.

Sociedades de Arrendamento Mercantil – constituídas na forma de S.A. devendo ter na sua


denominação social a expressão ‘arrendamento mercantil’. Captam recursos emitindo títulos
como: debentures, captam recursos no exterior, empréstimos no banco e financiamentos de IF’s.
suas operações ativas são: compra de títulos públicos, cessão de direitos creditórios e
principalmente, operações de arrendamento mercantil (leasing) de bens móveis, nacionais ou
internacionais, imóveis da arrendadora para uso do arrendatário. São supervisionadas pelo bacen
como as outras não monetárias.

Associações de Poupança e Empréstimos (APE) - constituída na forma de sociedade civil


sendo de propriedade comum de seus associados. A pessoa não abre conta, a pessoa se associa.
Suas operações ativas são financiamentos direcionados ao mercado imobiliário (crédito
imobiliário) e ao sistema financeiro de habitação (SFH). As operações passivas são: emissão de
letras e cédulas hipotecárias, depósitos de caderneta de poupança, depósitos interfinanceiros
(CDI) e empréstimos do exterior. Os depositantes são acionistas e por isso recebem rendimento
e não dividendo.

Sociedade de Crédito Imobiliário (SCI) – captam recursos através de depósitos de poupança,


emissão de letras e cédulas hipotecárias e CDI’s. Atuam ativamente financiando construção de
habitações, abertura de crédito para compra ou construção de casa própria, financiamento de
capital de giro para empresas incorporadoras, produtoras e distribuidoras de materiais de
construção. Devem ser S.A e ter a expressão “crédito imobiliário” em sua denominação social.

MERCADO DE CAPITAIS, MERCADO CÂMBIO, E SUPORTE PARA O


FUNCIONAMENTO DO SISTEMA FINANCEIRO – NÃO ABREM CONTA CORRENTE
(quem presta serviços em outros segmentos ou dá suporte pro funcionamento dos outros,
prestam serviços para o funcionamento e suporte: auxiliares financeiros, gestores e etc. que
ajudam o bom funcionamento do SFN em seus diferentes segmentos)

Sociedades Corretora de Títulos e Valores Mobiliários (SCTVM) (Corretoras) – auxiliares


do SFN que realizam e intermediam a compra e venda de títulos financeiros para seus clientes.
O bacen autoriza a criação e a CVM autoriza suas atividades. Podem sem S.A ou por quota de
responsabilidade limitada (LTDA). Atividades realizadas:
 Operar em bolsas de valores, subscrever emissões de títulos e valores mobiliários no
mercado (quando uma empresa emite títulos/ações a corretora põe no mercado, faz a
subscrição)
 Comprar e vender títulos e valores mobiliários por conta própria e de terceiros
 Encarregar-se da administração de carteiras e da custódia de títulos e valores
mobiliários
 Exercer funções de agente fiduciário (quando se faz a emissão de debenture/titulo de
crédito pra esse segmento (pede dinheiro emprestado para o mercado para pagar
corrigido com juros), quem faz a ponte entre os investidores e a sociedade que emitiu os
títulos é um agente fiduciário, sindico do prédio).
 Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento.
 Operar em bolsas de mercadorias e de futuros por conta própria ou de terceiros
 Podem fazer serviços no mercado de câmbio também. Por isso se diz que as corretoras
prestam serviços nos mercados de capitais e de cambio (troca de moedas)
As bolsas de valores eram das corretoras antigamente, eram instituições civis sem fins
lucrativos onde os associados eram as corretoras.

Sociedades Distribuidoras de Títulos e Valores Mobiliárias (SDTVM) distribuidoras -


Devem ser S.A ou LTDA assim como as corretoras e ter na denominação social a expressão
“distribuidora de títulos e valores mobiliários”. A supervisão é semelhante à das corretoras. A
grande diferença era que as corretoras estavam dentro da bolsa de valores e as distribuidoras
fora, mas isso mudou, hoje estão muito próximas uma da outra, muito parecidas. Suas funções:
 Intermediar a oferta pública e distribuição de títulos e valores mobiliários no mercado.
(quando uma empresa quer vender novas ações, as distribuidoras podem por no
mercado)
 Administrar e custodiar as carteiras de títulos e valores mobiliários (como as corretoras)
 Instituir, organizar e administrar fundos e clubes de investimento. (como as corretoras)
 Operar no mercado acionário, comprando, vendendo e distribuindo títulos e valores
mobiliários, inclusive ouro financeiro (certificados de ouro, investir em ouro), por conta
de terceiros. (só para terceiros)
 Fazer intermediação com as bolsas de valores e de mercadorias.
 Podem fazer serviços de cambio (como as corretoras)
Desde março de 2009 as Distribuidoras podem operar diretamente nos ambientes e sistemas de
negociação dos mercados organizados de bolsa de valores, conforme decisão do bacen e CVM.

Bolsas de Valores – Auxiliar financeiro composto de mercado organizado onde se negociam


ações de empresas (S.A) de capital aberto (públicas e privadas) e outros instrumentos
financeiros como o mercado de opções e debentures. Podem ser associação civil sem fim
lucrativo ou S.A, que é o mais comum atualmente, buscando lucro através de seus serviços.
Devem manter um local e sistema adequado onde os membros realizam transação de compra e
venda de títulos e valores mobiliários, organizado e fiscalizado pelos seus membros e pela
CVM. Em caso de S.A, os que utilizam o serviço irão se autorregular e a fiscalização da CVM.
Possuem autonomia financeira, patrimonial e administrativa.

Bolsas de Mercadorias e Futuros – associações privadas civis, onde se faz registro, a


compensação e liquidação, física e financeira, das operações realizadas em pregão (dentro da
própria bolsa) ou em sistema eletrônico para compra e venda de ativos. Pode-se comprar
mercadorias (ouro, café, arroz, milho, petróleo) e os derivativos que são os segmento
futuros(contratos de café, contratos petróleo, onde se negocia taxas, índices, expectativas de
preços). Como as bolsas de valores, tem autonomia e são fiscalizadas pela CVM. Pode ser
associação civil ou S.A como BM&FBOVESPA S/A.

Bolsa de Mercadorias e Futuros e Bolsa de valores do Estado de São Paulo


-BM&FBOVESPA S/A – companhia de capital brasileiro formada, em 2008, a partir da
integração dessas duas bolsas. Instituição de intermediação para operação no mercado de
capitais e a única bolsa de valores, mercadorias e futuros em operação no Brasil. Tem dois
segmentos, mas uma operação única.

SISTEMAS DE PAGAMENTOS BRASILEIROS (SPB) – conjunto de procedimentos,


regras, instrumentos e sistemas operacionais integrados, para transferir fundos do pagador para
o recebedor pelo sistema financeiro. Sistema que viabiliza o pagamento em qualquer instituição
por meio do sistema (ex.: pagar a conta na padaria com um cartão de crédito, o dinheiro sai da
minha conta e vai para a conta do dono da padaria). Esse sistema está presente quando se
compra ações, CDB no banco, quando se paga uma conta, se usa cartão de créditos, compra e
venda de títulos públicos e etc.

Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic) – depositário central dos títulos


(públicos) emitidos pelo Tesouro Nacional e pelo BACEN (na prática só TN). Realiza a
emissão, o resgate, o pagamento dos juros e a custódia. Não tem papel, só registro eletrônico
(tudo escritural). Taxa Selic – medida pelos valores médios pagos como remuneração dos
títulos públicos (juros). COPOM estabelece a meta desejada para a taxa Selic. Geridos pelo
BACEN e operado em parceria com a associação brasileira de entidades dos mercados financeio
e de capitais (Anbima).

Cetip S/A Balcão Organizado de Ativos e Derivativos – Empresa que trabalha com títulos
privados. Companhia de capital aberto que oferece produtos e serviços de registro, custódia,
negociação e liquidação de ativos e títulos (Ex. CDB). Ela processa a emissão, o resgate e a
custódia dos títulos, o pagamento de juros, quando é o caso e os demais eventos relacionados
(toda a etapa, desde a compra no banco até o recebimento de volta). Só trabalha com títulos
escriturais (eletrônicos). Se tiver algum titulo físico (papel) fica custodiado por banco
autorizado
SISTEMA NACIONAL DE SEGUROS PRIVADOS (SNSP) – Parte integrante do SFN, é
formado por órgãos de regulação e instituições públicas e privadas que atuam no mercado de
seguros, capitalização e previdência complementar aberta. Ramo do SFN que cuida só dos
seguros privados (seguradoras, títulos de capitalização, previdência, fundos de pensão).
Possuem órgão regulador, fiscalizador, operador. Tem subsistema normativo e etc.
É formado por Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP), Superintendência de Seguros
Privados (SUSEP), o IRB-Brasil Resseguros, pelas seguradoras e sociedades de capitalização,
as entidades de previdência privada aberta, os corretores de seguros e as sociedades de seguro
saúde

ÓRGAOS NORMATIVOS

CNSP – fixa diretrizes e normas da política de seguros privados. O CNSP está para esse
segmento como o CMN está para o sistema financeiro. Composto pelo Ministro da fazenda ou
seu representante, por superintendente da SUSEP, e representantes do Min. Da justiça, Min. Da
previdência Social, do Bacen e da CVM, totalizando 6 pessoas.

SUSEP – responsável pelo controle e fiscalização do mercado de seguro, previdência privada


aberta e capitalização. O SUSEP no SNSP tem a mesma função do BACEN e da CVM no
SFN.

ÓRGÃOS OPERADORES PÚBLICOS

Resseguradores – Devem ser S/A. tem por objeto exclusivo a realização de operações de
resseguro e retrocessão. Fazem seguro do seguro. Quando uma companhia assume um contrato
de seguro superior à sua capacidade financeira, ela necessita repassar esse risco, ou parte dele, a
uma resseguradora, se a resseguradora repassar parte para outra resseguradora, isso é uma
retrocessão. Instituto de Resseguros do Brasil (IRB – Brasil Re) é uma sociedade de economia
mista, vinculada ao Min. Da Fazenda que atua no resseguro. O grande objetivo é diminuir risco,
preservar a estabilidade da seguradora e garantir o pagamento da indenização. IRB está para
esse segmento como o BB está para o SFN.

Seguradoras – Devem ser S/A. não estão sujeitas a falência nem podem impetrar concordata.
Podem ser liquidadas, voluntária ou compulsoriamente. As cooperativas também podem atuar
como seguradora, mas unicamente com seguros agrícolas ou de saúde.

Sociedades de Capitalização – consideram-se sociedades de capitalização aquelas que


fornecem ao público um plano com prazo indicado no contrato no qual eu tenho um título de
capitalização que define regras para a aquisição, pagamento e resgate. Por exigência legal
devem ser S/A. títulos de capitalização são de médio e longo prazo.

Sociedades Administradoras de Seguro-Saúde – opera um tipo de contrato para prestar


serviço de saúde pela seguradora. No seguro-saúde, o consumidor tem liberdade de escolher
médico ou hospital, devendo a seguradora arcar com o pagamento, diferentemente do plano de
saúde que possui uma rede credenciada. A lei 10185/01 exigiu que as seguradoras que atuavam
no segmento seguro-saúde se transformassem em seguradoras especializadas, equiparando-as às
operadoras de assistência à saúde, estando subordinada, regulada, fiscalizada e vinculada ao
Min. Da Saúde, através da ANS.

Corretoras de Seguros – A lei 4594/64 regula a profissão de corretor de seguros. O corretor,


que pode ser pessoa física ou jurídica, está autorizado a angariar e promover contratos de
seguros entre as seguradoras e os segurados. Fazem a intermediação, a ponte.
Entidades Abertas de Previdência Complementar – Devem ser obrigatoriamente S/A.
Instituem e operam planos de previdência complementar. Acessível a qualquer pessoa física
pode adquirir (aberta). S/A aberta – quem fiscaliza é o SUSEP.

CDB – titulo de crédito, pode-se passar/ vender para outra pessoa.


RDB – não se pode passar para outra pessoa.
Ações - título que representa um capital social, torna quem compra sócio/dono da empresa, tem
direitos e obrigações
Debentures – pedido de empréstimo ao mercado, quem empresta é credor, não é sócio/dono
Opções – comprar direitos pra comprar títulos (comprar lugar na fila para comprar o bilhete)

BB – S.A governo maior acionista, mas tem capital privado.


CEF - só capital público
BNDES - só capital público
Banco de Investimento – S.A só capital privado
Banco de Desenvolvimento – S. A economia mista

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