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GOVERNO REGIONAL
S E C R E T A R I A R E G IO N A L D E E D U C A Ç Ã O
CONSERVATÓRIO – ESCOLA PROFISSIONAL DAS ARTES DA MADEIRA, ENG.º LUIZ PETER CLODE
TRABALHO DE RECUPERAÇÃO
de 4 a 11 de Janeiro
Interpretação: 11 horas.
Voz: 3 horas.
Dramaturgia: 2 horas.
Este trabalho será composto por duas partes: uma correspondente a Interpretação e Voz e
outra correspondente a Dramaturgia. Será classificado com uma nota (de 0 a 20) a cada uma
das disciplinas e terá também uma nota geral. A nota geral não conta para nada, mas as notas
de cada parte contam para as respetivas disciplinas.
Das 11 horas de interpretação, 3 já ficaram feitas na segunda-feira o que ficam 8 horas para
fazer neste trabalho.
Será simples.
Estarei disponível quando precisarem via WhatsApp, e estarei sempre presente no TEAMS
durante o horário de qualquer uma das aulas. Poderão marcar videochamadas para tirar
duvidas.
O trabalho terá que ser entregue até ás 23h59m59s do dia 11 de Janeiro.
Turma: 2º CPAE-I
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INTERPRETAÇÃO e VOZ
8 + 3 = 11 horas
Eu sinceramente, acho que não descobri algo verdadeiramente tão extraordinário nesta peça,
mas uma cena que eu desobri que foi verdadeiramente novo para mim foi a questão do riso
involuntário, sinceramente não me lembro de rir e também não me sentia que estava a rir nas
cenas. Eu descobri isso ao decorrer dos ensaios quando diziam que estava a rir em cena
quando sintia que não estava. Não sei porquê que isso acontecia talvez tinha de estar 100%
concentrado para não acontecer, mas de qualquer das formas acho que já estou a controlar
melhor essa questão. (Espero que sim)
A
Nós os professores temos medo de que os alunos se cheguem a nós por isso criamos essa
distância, entre o texto que fala por si e o que nós dizemos em cima dele.
B
Eles querem aprender. Isto digo eu, mas não entendo nada porque sou a cozinheira da
cantina. (Pausa.) Eles querem sair da sala de aula porque querem ir lá para fora aprender.
C
E agora falamos nós, nós numa corda, a fazer de professores no tempo em que eram alunos.
Querem saber o que dizíamos? Sim queremos. Dizíamos assim: a escola é o sítio onde se passa
10 minutos á espera de estar 50 minutos á espera que toque.
A – (mesmo sabendo que as três falas são da mesma peça) A fala “A” cativou-me ou
interessou-me mais pela história da peça e pela mensagem que a peça poderia dar acerca de
uma relação entre professor e aluno, como se fosse um “prólogo” dessa mesma relação, uma
relação que os professores têm medo de criar com alunos. Seria intressar saber o porquê
desse medo.
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3 – Imagina a seguinte situação: a educação vai ser julgada em tribunal. Partindo desta
circunstância, faz a tua distribuição de personagens.
Como “atores”, tens os agentes do ensino:
- alunos, professores, auxiliares educativos, diretores, pais, explicadores, empregados
domésticos.
3.1 - Faz corresponder os 7 “atores” às 7 personagens.
Arguido Diretores
(o que é acusado)
Advog. Defesa Auxiliares educativos
(o que defende)
Advog. Acusação Alunos
(aquele que acusa)
Testemunha 1 Explicadores
(a que tenta provar a defesa)
Testemunha 2 Pais
(a que tenta provar a acusação)
Juiz Empregados domésticos
(o que decide)
Assistente Professores
(aquele que está só a ver e sabe a verdade)
Primeiramente a educação está a ser julgada pois a educação está a ser mal dada, ou seja,
excesso de matérias sendo algumas “inúteis”, excesso de disciplinas para os alunos deixando
eles sobrecarregados e estressados, não existe um ensinamento acerca de coisas mais
importantes para o futuro dos alunos, como por exemplo o preenchimento de um formulário
de trabalho. É por estes motivos que os diretores são os acusados, pois apesar de os
professores darem a tal matéria inutel, são eles (diretores) que obrigam os professores a dar
matéria “ínutel” aos alunos, em vez de lhes dizer para ensinar coisas mais importar para a vida
futura. (mesma coisa com os alunos que são obrigados a aprender). Eles também são acusados
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por colocar muitas disciplinas aos alunos deixando-os mais sobrecarregados e exaustos e
sabendo que alguns deles não iram precisar para a vida futura. Os auxiliares educativos são
advog. Defesa pois, acham que os alunos estão a exagerar e que o método de educação está
correto. Os alunos são os advog. acusação, pois são eles que estão a ser mais afetados e
querem justiça. Os explicadores são a testemunha 1, pois discordam que os alunos estão
sobrecarregados pois dizem que sabem das matérias dos alunos, pois como explicadores eles
ajudam os alunos e como ajudam os alunos eles ficam a par da matéria e das disciplina dos
mesmos. Os pais são a testemunha 2, porque eles sabem que os alunos (que são seus filhos)
estão sobrecarregados com imensas disciplinas e matérias, pois vivem com eles e sabem da
vida dos mesmos. Os empregados domésticos são os juizes, pois não têm muito haver com a
educação, fazendo assim eles fazerem uma escolha certa e sensata. Os professores são os
assistentes, pois apesar de também eles serem os culpados por estarem a dar matéria “ínutel”
eles também são obrigados a da-la, é o que diferencia entre eles e os diretores, além disso eles
concordam com os alunos e com os diretores preferindo não se intrometer.
DRAMATURGIA
2 horas
1 – Lê a seguinte transcrição do texto “Tudo Certo” de David Ives. Após leres, vais perceber
que o dispositivo de jogo teatral é um ciclo controlado pela mulher através de uma campainha.
Após a leitura, propõe a continuação da cena até ao momento em que ele também toca numa
campainha que não é a dela.
(Betty, uma mulher com os seus vinte e muitos anos, está a ler numa mesa de café. Tem à sua frente
uma cadeira vazia e em cima da mesa está uma campainha. Bill, com a mesma idade, entra.)
Bill: Olhe, desculpe, está ocupada?
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Betty: Desculpe?
Bill: A cadeira está ocupada?
Betty: Está, sim.
Bill:: Ah, desculpe.
Betty: Tudo certo.
(uma campainha toca, levemente)
Bill: Olhe, desculpe, está ocupada?
Betty: Desculpe?
Bill: A cadeira está ocupada?
Betty: Não, mas estou à espera de uma pessoa.
Bill: Ah, obrigado na mesma.
Betty: Tudo certo.
(a campainha toca levemente)
Bill: Olhe, desculpe, está ocupada?
Betty: Não, mas estou à espera de uma pessoa que está mesmo, mesmo a chegar.
Bill: Importa-se que eu me sente até que ele ou ela ou o que quer seja chegue?
Betty (olha para o relógio): Bem, de facto já estão bastante atrasados…
Bill: Nunca se sabe quem se pode estar a recusar.
Betty: Mm…não! Mas boa tentativa.
Bill: Tudo certo.
(a campainha toca)
Bill: Este lugar está ocupado?
Betty: Não, não está.
Bill: Importa-se que eu me sente?
Betty: Importo, sim.
Bill: Oh…
(campainha)
Bill: Esta cadeira está ocupada?
Betty: Não, não está.
Bill: Importas-te que me sente aqui?
Betty: Não, força.
Bill: Obrigado (senta-se; ela continua a ler) É que os lugares estão todos ocupados…
Betty: Pois estão (sempre com os olhos no livro)
Bill: O que está a ler?
Betty: Nada, que te interesse...
Bill: Oh, tem a certeza? (Animado) É que eu também gosto de ler
Betty: (Num tom de rudez) Que bom para ti!
Bill: Desculpe... (fica em silêncio e quieto)
Betty: Não te deves meter na vida dos outros (continua a ler o livro)
(entra um empregado)
Empregado: Já escolheram?
Bill: Ah... Eu quero...
Betty: (Interrompe ele) Ele... não vai querer nada...
Bill: Mas...
Betty: Ele daqui a pouco está de saída
Bill: Mas...
Betty: Eu também não vou querer nada (dispensa a empregada)
Bill: Desculpe... (Fica outra em silênico e quieto)
Betty:(Em silêncio continua a ler o livro)
(Bill tira uma campainha do bolso. É igual á de Betty.)
Betty: O que tens aí?
Bill: Uma campainha...
Betty: Estranho, também tenho uma igual
Bill: Pois... Eu sei
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FIM