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Sistema músculo-esquelético
• Músculos
• Tendões
• Ligamentos
• Cápsulas articulares
• Articulações
• Osso
Músculos
As lesões musculares são a causa mais frequente de incapacidade física na prática desportiva.
Contusão muscular
Laceração muscular
É uma lesão muscular causada na maioria das vezes por um objeto penetrante.
Esta lesão forma uma cicatriz fibrosa no tecido muscular, desencadeando dor e restrição do movimento.
Estiramento/rutura muscular
O estiramento é uma rutura de fibras musculares, provocada por alongamento excessivo das fibras musculares
• Isquiotibiais
• Quadríceps
• Adutores
• Grande peitoral
• Tríceps
• Oblíquo interno
Fatores predisponentes
• Fadiga muscular
• Lesões prévias
• Deficiências de flexibilidade, desequilíbrios de força entre músculos de ações opostas (agonistas e
antagonistas),
• Distúrbios nutricionais e hormonais,
• Infeções,
• Fatores relacionados com o treino, má coordenação de movimentos, técnica incorreta, sobrecarga e
fadiga muscular, má postura durante a execução do treino, insuficiência no aquecimento inicial antes
da prática dos exercícios,
• Discrepância de comprimento dos membros inferiores,
• Diminuição da amplitude de movimento
Os estiramentos/rutura podem ser classificados de acordo com as dimensões da lesão, sendo os sintomas
diferentes em cada caso:
Grau I
• Estiramento de uma pequena quantidade de fibras musculares (< 5% do músculo). A dor ocorre num
ponto específico, surge durante a contração muscular contra uma resistência e pode estar ausente
durante o repouso. O edema pode estar presente, mas, de um modo geral não é evidente.
• Ocorrem danos estruturais mínimos, a hemorragia é pequena, a resolução é rápida e a limitação
funcional é leve.
• Apresenta bom prognóstico e a restauração das fibras é relativamente rápida.
Grau II
• O número de fibras lesionadas e a gravidade da lesão são maiores ( > 5 e < 50% do músculo), com as
mesmas características da lesão de primeiro grau, porém com maior intensidade.
• Acompanha-se de dor, moderada hemorragia, processo inflamatório local mais acentuado e redução
da função muscular.
• A resolução é mais lenta.
Grau III
• Ocorre uma rotura completa do músculo ou de grande parte dele (> 50% do músculo), resultando
numa importante perda da função com presença de um defeito palpável.
Patologia Do Adulto E Do Idoso
• A dor pode variar de moderada a muito intensa, provocada pela contração muscular passiva, e a
hemorragia são grandes. Uma rotura completa é muito rara, sendo as roturas subtotais mais
frequentes
Diagnóstico
Como regra, recomenda-se começar o diagnóstico pela história detalhada da ocorrência, seguida de uma
observação médica minuciosa.
Quando se suspeita de lesão da estrutura do músculo, a ressonância magnética é muito importante, por
permitir observar o padrão e a extensão dessa lesão, bem como o grau de envolvimento do tendão.
Tratamento
O membro deve permanecer elevado e em repouso, devendo o período de imobilização ser o mais curto
possível de modo a se evitar a perda de força muscular e de sensibilidade do movimento.
Analgésicos e anti-inflamatórios
A intervenção cirúrgica é necessária em pacientes com grandes hematomas intramusculares, lesões ou roturas
completas (grau III) e lesões parciais em que mais da metade do músculo esteja roto. Também pode ser
considerada se o paciente se queixa de dor persistente por mais de quatro a seis meses, particularmente se
houver défice de extensão
Tendinite
Tendinite é a inflamação de um tendão que surge usualmente através do excesso de repetições de um mesmo
movimento.
Causas intrínsecas:
• Alterações genéticas;
• Diferenças anatómicas;
• Alterações da postura;
• Presença de calcificações (tendinopatia calcificada).
Causas extrínsecas:
Sintomas
Tratamento
Articulação
• Entorse
o Alteração de uma articulação, devido a um movimento bruscos que leva ao ultrapassar da
amplitude articular fisiológica.
o Mais frequentes tornozelo e joelho.
o Habitualmente são lesões benignas e resolvem sem sequelas, mas mesmo as lesões mais
graves podem evoluir favoravelmente, se sujeitas a uma abordagem terapêutica adequada.
Os ligamentos do tornozelo mantêm os ossos e articulação na sua posição, protegendo a
articulação do tornozelo contramovimentos anormais, como as torções, rotações e
rolamentos do pé.
o Estes ligamentos são estruturas elásticas que esticam até ao seu limite regressando à sua
posição normal. Se um ligamento for forçado para lá da sua normal capacidade, ocorre uma
entorse que, em casos graves, pode associar-se a uma rotura das fibras elásticas que o
compõem.
o Fatores de risco
§ Alterações anatómicas predisponentes,
§ Existência de antecedentes de entorses de repetição
§ Desportos que envolvem movimentos de impulsão/salto e corrida
o Sintomas
§ Dor imediata e lancinante
§ Perceção de rotura na face externa do tornozelo acompanhada de estalido/ruído e o
aparecimento rápido de tumefação/edema,
§ Formação de hematoma, instabilidade nos movimentos e a impossibilidade de
suportar carga sobre o tornozelo,
o Classificação
§ Grau 1, o mais ligeiro, ocorre apenas um estiramento ligeiro do ligamento
§ Grau 2 verifica-se rotura parcial do ligamento
§ Grau 3 a rotura é total.
o Diagnóstico
§ O diagnóstico é realizado com base nos elementos clínicos.
§ A radiografia permite excluir uma fratura associada.
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Ossos
Fraturas
“A fratura é uma interrupção da continuidade do tecido ósseo, normalmente provocada por agentes
traumáticos”
• Segundo a causa
o Fraturas traumáticas
o Fraturas de fadiga, de stress ou por sobrecarga
o Fraturas patológicas
• Segundo a lesão das partes moles
o Fraturas expostas
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o Fraturas complicadas
o Fraturas simples
• Segundo os traços de fratura
o Fraturas completas
o Fraturas incompletas
o Fraturas cominutivas
o Fraturas por esmagamento ou por compressão
• Sinais e sintomas
o Deformidade visível ou palpável
o Tumefação local
o Equimose
o Dor
o Impotência funcional
o Edema
o Mobilidade anormal
o Crepitação óssea
• Diagnósticos
Aspetos relevantes
Objetivos
o Diminuir a dor
o Controlar a posição dos fragmentos
o Obter a união
o Recuperar a função
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• Cuidados imediatos
o Imobilização provisória (tração manual)
o Diminui a dor
o Evitar lesões provisórias enquanto se aguarda o tratamento definitivo
• Tratamento definitivo: Redução / fixação
o redução fechada por manipulação e fixação externa por gesso;
o redução fechada por manipulação e fixação por tração cutânea ou esquelética;
o redução por manipulação com controlo radiológico e fixação com fios percutâneos
o redução aberta e fixação interna com placa e parafusos ou com vareta endomedular
o redução aberta e fixação interna transcutânea com fixador externo
• Consolidação óssea
o Formação do hematoma fraturaria
o Organização do hematoma
o Formação do calo ósseo
o Consolidação por osso lamelar definitivo
o Remodelação
• Condições Básicas para a Consolidação da Fratura:
o Existência de vascularização
o Imobilização eficaz, para proteger tecidos recém-formados
o Estimulação mecânica capaz de promover o processo de reparação biológica
• Tempo de consolidação:
Adulto
Pseudartrose
o Atrófica (impossibilidade de união por necrose isquémica dos topos com ou sem infeção)
o Hipertrófica (impossibilidade de união por movimento por uma fratura que não formou calo
ósseo
• Causas:
o infeção
o persistência de topos isquémicos
o movimento excessivo entre os topos
o deficiente contacto
o interposição de partes moles
o má rigidez da fixação interna
o doença subjacente nas fraturas patológicas
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Artrose
• Classificação:
Artrose idiopática ou primária: pode atingir (sem etiologia conhecida), mais de uma articulação e é responsável
por mais de 70% dos casos
Artrose secundária: Forma mono-articular quando se relaciona com irregularidade das superfícies articulares
resultantes de um traumatismo ou doença prévia
Qualquer doença que possa danificar uma estrutura articular pode predispor à artrose daí a sua etiologia
poder ter várias origens (congénitas, traumáticas, inflamatórias, infeciosas, etc…)
Causas:
• Agressão articular
o Traumatismo único
o Traumatismo repetido
o Infeção
o Hemartrose
• Alterações na arquitetura articular
o Displasia: um defeito no desenvolvimento do teto acetabular
o Doença de Legg-Perthes: ocorre necrose avascular na épifise proximal do fémur que pode
ocasionar colapso tornando-a achatada, em que cogumelo, o que leva a incongruência
articular
o Epifisiolise proximal do fémur: existe um deslizamento progressivo da epífise, que leva à
deformidade da cabeça
• Doenças metabólicas
o Ocronosis ou alcaptonúria: Defeito do metabolismo do ácido homogentísico que se deposita
nas cartilagens articulares originando a sua degradação
o Acromegalia: Resulta da hiperprodução da hormona de crescimento no adulto que leva a um
engrossamento da cartilagem articular levando a um processo de degenerescência
• Sobrecargas mecânicas
o Varismo e valgismo
• Dados clínicos
o Dor
o Rigidez
o Deformidade
o Sinais inflamatórios (mínimos)
o Crepitação
o Claudicação
Patologia Do Adulto E Do Idoso
• Diagnóstico:
o Radiografia
o Nos casos secundários: provas de atividade inflamatória, provas reumáticas, análise do líquido
sinovial, RMN, biópsia
• Tratamento:
o Conservador – Anti-inflamatórios, condroprotectores, viscosuplementação, restrição de
carga, fisioterapia
o Cirúrgico – artroscopia, osteostomia, artroplastia
Doença de Dupuytren
o Esta síndrome é devido à diminuição relativa do calibre do túnel cárpico por onde o nervo
mediano tem acesso à mão.
Escoliose
Uma curvatura lateral (que pende do centro para um dos lados) da coluna vertebral que pode ocorrer no
segmento torácico ou lombar.
Lordose
o Será importante distinguir o local da curva da cifose e da lordose, como tal, na parte superior,
do tórax, a curva normal é convexa, denominando-se de cifose, e na parte inferior na região
lombar, a curva é concava sendo denominada de lordose
o Deformidades com aumento dessas curvaturas são denominadas de hiperlordose
o A hiperlordose é um exagero com acentuação da curva lombar que está diretamente
relacionada com a retificação cervical e com o aumento da cifose dorsal.
o A etiologia mais frequente das hiperlordose são os distúrbios músculo-esquelético
Cifose
o São exageros da curvatura torácica fora dos eixos dos limites fisiológicos.
o Várias etiologias podem ser causas de cifose na coluna vertebral:
o Os defeitos congénitos, infeções, fraturas, doenças ósseas como a osteoporose e a doença de
Scheuermann ou dorso curvo do adolescente.
Hernias discais
o Fatores de risco
o Atividades ocupacionais
o Posturas inadequadas por tempo prolongado
o Movimentos repetitivos de flexão e rotação da coluna Sintomas
o Lombalgias
o A dor é agravada pela flexão, pela tosse e pelo espirro
Estenose do canal
Hallux valgus
o Valgus falangico, frequentemente acompanhado de uma rotação para cima e para dentro
o Varus do 1º metatarso
o Desalinhamento muscular do 1º dedo do pé e dos sesamóides que se encontram para fora
o Alterações dérmicas
o Três fatores podem influenciar esta patologia – a hereditariedade, o calçado e o tipo do pé.
Patologia Do Adulto E Do Idoso
Infeção osteoarticular
o Qualquer infeção óssea que compromete a Zona cortical, esponjosa e o canal medular
o Infeção com rápida progressão, grave, podendo comprometer a vida do utente
o A destruição óssea causada pela necrose tende à cornificação se não for tratada
o A demora no diagnóstico, o tratamento errôneo ou tardio são erros que comprometem o
prognóstico
veiculada pela
Hematogenea
corrente sanguinea
Contacto círurgico ou
Via de infeção Direta traumático com o
exterior
Osteomielite
o É a infeção, por bactérias piogénicas, de um osso na sua totalidade, ou seja, incluindo a medula
óssea
o A infeção afeta os espaços medulares, os canais haversianos e o espaço subperiósteo.
o Começa habitualmente na metáfise de um longo, e tem uma evolução séptica que pode
terminar de um modo fatal
• Sintomatologia
o Dor violenta
o Temperatura elevada
o Profunda prostração
o Pele quente e distendida por um ligeiro edema
• Diagnostico
o Os dois primeiros dias é a altura fundamental para o diagnóstico, que é essencialmente clínico
o Existe dor forte à palpação da metáfise atingida
• Exames de diagnóstico
o Rx
o Hemoculturas
o Hemograma
o Velocidade de sedimentação
• Tratamento
o Antibióticos
o Imobilização
Patologia Do Adulto E Do Idoso
Artrite Séptica
Artrites inflamatórias
Tumores ósseos
Os tumores malignos chamam-se sarcomas, não havendo nome genérico correspondente para os tumores
benignos
• Diagnóstico
o Anamnese (idade, sexo, dor, antecedentes)
o Exame físico (localização, características clínicas, mobilidade articular,
o Exames laboratoriais
o Radiologia convencional
o Biopsia
• Tumores ósseos benignos
Osteoma osteoide
Este tumor é mais frequente nas diáfises dos ossos longos do membro inferior.
O tumor tem aspeto de um nicho arredondado de coloração castanho-avermelhada, delimitado por uma
reação de ósteo-esclerose. Este nicho é formado por tecido conjuntivo bem irrigado, onde predominam os
osteoblastos
• Sinais e sintomas
o Dores intensas
o Concomitantemente pode existir um compromisso da articulação vizinha, com atrofia
muscular
o Nas localizações peri ou intra-articulares podem existir sinais inflamatórios, devido á
correspondente sinovite simuladora de um processo reumatismal
Displasia fibrosa
Caracteriza-se por uma proliferação de tecido fibroso nos ossos longos, chatos e planos, aumentando de
volume, mas diminuindo a consistência
Atinge com maior incidência as crianças do sexo feminino nas zonas metafisárias e diafisárias dos ossos longos
Estas zonas tendem a estabilizar na idade adulta, embora possam complicar com dores e fraturas patológicas
Encondroma
Tem predileção pelas extremidades das mãos e pés, mas também são frequentes no fémur proximal e distal
Alguns são assintomáticos e constituem achados radiográficos, outros porem, podem causar dor, edema e
fratura patológica, como é comum principalmente nas mãos
Osteossarcoma convencional
Surge como uma lesão nova ou desenvolve-se numa lesão pré-maligna, como a doença de Paget, osteomielite
crónica, displasia fibrosa, tumor de células gigantes, osteoblatoma etc.
Ocorre, frequentemente, abaixo dos 30 anos, com pico dos 15 aos 19.
As metáfises dos ossos tubulares são os locais mais atingidos, sobretudo no joelho.
Patologia Do Adulto E Do Idoso
O sintoma mais frequente é a dor insidiosa, com duração de vários meses, por fim, com duração de vários
meses, e por fim uma tumefação local
• Tratamento
o Cirurgia
o Quimioterapia
Sarcoma de Ewing
É uma neoplasia óssea composta por células pequenas e redondas, relativamente uniforme
Constitui cerca de 6 a 10% dos tumores ósseos malignos primários e é o 4º mais comum, atrás do mieloma,
osteossarcoma e condros sarcoma
Constitui cerca de 6 a 10% dos tumores ósseos malignos primários e é o 4º mais comum atrás do mieloma,
osteossarcoma e condros sarcoma
Cerca de 80% ocorrem nas primeiras décadas de vida, sendo a média das idades 13 anos, tendo maior
incidência no sexo masculino
Os sintomas mais frequentes são dor localizada e tumefação, no entanto existem outros que podem levantar
suspeita, nomeadamente:
A lesão mais clássica localiza-se na diáfise do fémur, mas qualquer diáfise, e mesmo metáfise, de um osso
longo, podem ser atingidas. A bacia e as costelas são também locais de atingimento frequente
• Tratamento
o Cirurgia
o Quimioterapia
o Radioterapia
• Meios de diagnóstico
o Densitometria óssea
Excelente método para se medir a densidade mineral óssea e comparado com padrões para idade e sexo.
Essa é condição indispensável para o diagnóstico e tratamento da osteoporose e de outras possíveis doenças
que possam atingir os ossos
o Radiografia:
o Ressonância magnética
Técnica não invasiva, aniónica, que produz imagens em corte transversal através de energia magnética, ou
seja, sem utilizar radiações
Patologia Do Adulto E Do Idoso
Imagem que representa uma secção do corpo. É obtida através do processamento por computador de
informação recolhida após expor o corpo a uma sucessão de raios X.
o Artroscopia
Exame endoscópico que permite visualizar o interior das articulações, através de um sistema endoscópico de
fibra ótica.
o Eletromiografia