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SÃO PAULO,
2019
FÁTIMA APARECIDA DE OLIVEIRA LIMA
São Paulo,
2019
AGRADECIMENTOS
Aos nossos professores, que nos incentivou e não nos deixou desistir quando o
cansaço nos desanimava.
Aos nossos familiares: marido, filho, mãe, irmãos que caminharam junto conosco
nesse novo desafio e que com palavras de amor acreditaram mais em nós do que
nós mesmos.
Aos colegas de faculdade que nos inspiraram e nos fizeram sorrir e perceber que
cada um de nós tínhamos uma fragilidade e uma força.
A minha Diretora Marcia Borges, por me ensinar o valor de uma boa liderança, e
acima de tudo a Deus, que nos permitiu chegar até aqui.
RESUMO
INTRODUÇÃO ....................................................................................................5,6
CAPITULO I............................................................................................................7
GESTÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA.......................................7
O QUE É GESTÃOESCOLAR.....................................................................7,8,9,10
GESTÃO ESCOLAR E A LEGISLAÇÃO BRASILEIRA.............................11,12,13
BREVE HISTÓRICO DA GESTÃO ESCOLAR NO BRASIL......................13,14,15
CAPITULO II..........................................................................................................16
OS SEIS PILARES DA GESTÃO ESCOLAR.......................................................16
2.1 GESTÃO PEDAGÓGICA................................................................................16
2.2 GESTÃO ADMINISTRATIVA..........................................................................16
2.3 GESTÃO FINANCEIRA...................................................................................17
2.4 GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS...........................................................17
2.5 GESTÃO DA COMUNICAÇÃO.......................................................................18
2.6 GESTÃO DO TEMPO E EFICIÊNCIA DOS PROCESSOS ......................18,19
CAPITULO III...............................................................................................20,21,22
GESTÃO DEMOCRÁTICA E PARTICIPATIVA.........................................20,21,22
CAPITUOIV ...........................................................................................................23
A GESTÃO DEMOCRÁTICA E SEUS DESAFIOS.....................................23,24,25
CAPITULO V.........................................................................................................26
GESTÃO DEMOCRÁTICA E SEUS COLEGIADOS.............................................26
5.1 GRÊMIO ESTUDANTIL...............................................................27,28,29,30,31
5.2 CONSELHO DE CLASSE..........................................................................31,32
5.3 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES.......................................................32,33
5.4 PROJETO POLÍTICO PEDAGÒGICO (PPP)............................................33,34
CAPITULO IV........................................................................................................35
COLETA DE DADOS – QUESTÕES...........................................35,36,37,38,39,40
CAPITULO V.........................................................................................................41
CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................41,42
REFERÊNCIAS..................................................................................... 43,44,45,46
INTRODUÇÃO
CAPITULO I
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GESTÃO ESCOLAR NA EDUCAÇÃO DEMOCRÁTICA
A gestão escolar surge como nova proposta de gerir a escola e realizar uma
educação participativa, diferente da educação tradicional e transmissora de
conhecimento, sem a devida participação do aluno e da comunidade.
9
(apud SILVA, J.B. p.22). Portanto, a palavra administração e gestão estão
associadas com diferenciações nos objetivos a que se direcionam cada uma delas.
Gestão vista como administração de uma escola pode ser compreendida como
um conceito que supera a simples administração realizada nas empresas. Paro
(PARO, 2010a, P.25) usa o sentido de administração como sinônimo de gestão e
define: “Administração é a utilização racional de recursos para a realização de fins
determinados” (apud, PARO, V.H. p.765). Contudo, a utilização dos recursos
financeiros, patrimoniais e humanos do espaço escolar tem fins educativos, bem
diferentes dos fins empresariais, e por esse motivo demanda atenção especial em
cumprir objetivos específicos relacionados à educação. Sendo assim, administração
ou gestão é mediação que se utiliza com a importância e os esforços específicos
condizente com cada área em que se utiliza.
10
está associado ao fortalecimento da democratização do processado pedagógico (...)”
(LÜCK, 2009, p.1). Desta forma, podemos afirmar que gestão traz novo modo de
gerir, tendo agora a atuação da comunidade e a cooperação de uma equipe que
realiza uma educação democrática.
“ Gestão escolar é o ato de gerir a dinâmica cultural da escola, afinado com as diretrizes
e políticas educacionais públicas para a implementação de seu projeto político-
pedagógico e compromissado com os princípios da democracia e com os métodos que
organizem e criem condições para um ambiente educacional autônomo (soluções
próprias, no âmbito de suas competências), de participação e compartilhamento
(tomada de decisões conjunta e efetivação de resultados) e autocontrole
(acompanhamento e avaliação com retorno de informações)”. (Lück 2009, p.24):
Lück afirma ainda que uma escola de maior competência exige uma gestão
com maiores habilidades, para corresponde as demandas do ensino. (LÜCK, 2009).
11
alcance dos objetivos desejados. (NASCIMENTO 2007 p.44, apud
LOPES, Ana Paula Padilha Custódio, 2013. p.28). A missão em gestão, conforme
observamos, é alcançar a excelência no processo educativo.
Na prática da gestão se espera mais que ações simplistas para o alcance dos
objetivos educativos. Segundo Lück as ações do gestor escolar serão amplas ou
limitadas, conforme a sua concepção de educação, de gestão e seu papel
profissional na liderança e organização da escola. (LÜCK, 2009, p.32).
Sendo assim, o gestor deve ser líder do seu grupo para, no cotidiano, realizar
os objetivos educativos pertinentes ao seu trabalho gestor.
12
A gestão escolar está amparada pela Lei de Diretrizes e Bases, LDBN/1996.
Sabe se que gestão escolar centrada em decisões individuais e celetistas está
praticamente superada. A escola do hoje e o que se praticará no futuro é aquela que
trabalha com participação, cooperação, inclusão e desenvolvimento humano. A
regulamentação na LDBN (BRASIL/1996) do tema gestão escolar e gestão
democrática se deu nos Art. 12 e 18, de forma clara. No Brasil a educação está
regulamentada por leis específicas que visam contribuir para o crescimento da
educação, essas leis estão na LDBN (BRASIL/1996) organizadas em sistema
Federal, Estadual e Municipal de ensino. Vejamos:
2011. p.2)
A gestão escolar precisa ainda atentar para o que determina os sete incisos da
LDBN (BRASIL/1996), quanto ao seu papel na gestão de pessoas e a preocupação
com a integração com a comunidade, valores imprescindíveis no fortalecimento dos
laços escola-comunidade na efetivação de uma educação democrática. O que se
pode observar do que foi estabelecido como gestão escolar é que não se trata de
13
uma mera substituição do cumprimento dos deveres administrativos antes
praticados mecanicamente dentro da escola pelo seu diretor. A palavra gestão está
investida de significações diferenciadas da simples administração. Conforme (CURY
2002, p.165), gestão: "(...) é a geração de um novo modo de administrar uma
realidade e é em si mesma democrática já que traduz pela comunicação, pelo
desenvolvimento coletivo e pelo diálogo". (apud SANTOS RODRIGUES, Marcio,
2011, p.3). Conclui se que nessa nova gestão regulamentada, os objetivos da
educação sejam efetivados nos esforços do trabalho em grupo, que visa tornar a
escola progressiva e atual.
14
papel gestor e as o desenvolvimento do estudante como sujeito. (BNCC, 2018
p.60).
Gestão escolar é um conceito novo, que segundo Luck (2010, p.23): “(...)
supera o enfoque limitado de Administração, a partir do entendimento de que os
problemas educacionais são complexos, em vista do que demandam visão global e
abrangente (...)”. A gestão escolar sofreu influências e tem aspectos da
administração geral, mas não se restringe a organização de comando e de controle,
como ocorre dentro de uma empresa, visto que atuar no sistema de ensino exige
ações coletivas e a visão de transformação da educação.
Por volta dos anos 1980 a questão da gestão escolar passou a ser pensada
como uma nova forma de gerir a escola, porém desde década de 20 estudiosos da
educação notaram semelhanças entre a administração escolar e a administração
das empresas comuns da sociedade, a qual influenciou a gestão escolar. Na
definição de (TEIXEIRA, Anísio, 1961, p. 2) clareia a diferença entre a administração
geral escolar e a administração escolar da seguinte maneira:
Sem administração, a vida não se processaria. Mas há dois tipos de administração: e daí
é que parte a dificuldade toda. Há uma administração que seria, digamos, mecânica, em
que planejo muito bem o produto que desejo obter, analiso tudo que é necessário para
elaborá-lo, divido as parcelas de trabalho envolvidas nessa elaboração e dispondo de
boa mão-de-obra e boa organização, entro em produção. É a administração da fábrica. É
a administração, por conseguinte, em que a função de planejar é suprema e a função de
executar, mínima. E há outra administração - à qual pertence o caso da Administração
Escolar - muito mais difícil. (apud HAMERMÜLLER, Douglas Ortiz e
Sendo assim, fica claro que administração geral e sua disciplina foram
incorporadas aos aspectos coletivos da gestão escolar, esta para efetivar um
processo de mudança no indivíduo pela instrumentalidade da educação.
CAPITULO II
18
materiais. Gestão das finanças é importante como são os outros pilares da gestão
escolar. Da gestão financeira são as responsabilidades das contas a pagar e
receber, a avaliação da aplicação de recursos, negociação de recebimento de
valores de inadimplentes, cuidado com matrículas e garantia de aplicações em
novos bens patrimoniais, como tecnologias e móveis escolares, são atribuições da
gestão financeira. Segundo Lück, o diretor conta com apoio de várias pessoas: “Esta
gestão é exercida com o apoio de uma estrutura colegiada (Caixa Escolar, Conselho
Escolar, Associação de pais e professores e semelhantes) que se constitui em
personalidade jurídica própria, sem fins lucrativos (...)” (2009, p. 112). Portanto,
segundo a autora a gestão financeira é descentralizada, mas necessita de cuidados
e amparo da lei dos recursos públicos aplicados na educação. A lei de nº. 8.666/93
trata das normas legais definidas para o uso adequado dos recursos empregados na
educação.
A área da gestão escolar voltada para a administração dos recursos humanos tem como
papel fundamental motivar a equipe de colaboradores e manter os professores
motivados com o projeto de ensino. O gestor deve criar um ambiente agradável no qual
todos se sintam estimulados para contribuir com o rendimento da escola como um todo.
(LÜCK, Heloísa. 2009ª apud CERETA, Maria José dos Santos e Profº.
JESUS, Anderson de).
19
Conforme o exposto compreende-se equipe dos recursos humanos de uma
escola como o que há de mais importante em recursos para realizar uma gestão
coesa e organizada.
Comunicar significa tornar algo comum. Esse algo pode ser uma mensagem, uma
notícia, uma informação, um significado qualquer. Assim, a Comunicação é uma ponte
que transporta esse algo de uma pessoa para outra ou de uma organização para outra.
(CHIAVENATO, 2004, p.417 apud DOS SANTOS, Jodilce Pereira. 2011,
p.5)
Dentre tantas atribuições do Diretor, Lück, alerta para o fato de que o Diretor
conta com a participação dos profissionais dentro da escola de forma que não deve
haver divisão do trabalho, ficando o diretor com a responsabilidade administrativa e
a equipe pedagógica com sua parte. O Diretor tem muitas atribuições dentro da
escola porque a ele compete cuidar da escola como um todo, e em cada ação visa a
aprendizagem dos alunos. (LÜCK, 2009, p. 23).
CAPITULO III
21
As mudanças ocorridas na educação no Brasil nos anos 1990, pretendia
reformar questões sobre eficiência e também apontavam para a necessidade da
democratização da educação. Fonseca (FONSECA, 1995, P. 53) define a aplicação
da gestão como meta de mudança das escolas:
“[...] tornar as escolas eficazes torna-se então, a principal meta das reformas, o que por
sua vez, implicaria, adotar também uma outra visão de gestão escolar, que sinalizasse
para a emergência de uma nova cultura na escola, ancorada em três Gestão escolar:
concepções, processos democráticos e participativa na escola Daiane de Lourdes Alves
105 Revista FAROL – Rolim de Moura – RO, v. 5, n. 5, p. 105-113, set./2017 eixos: a
descentralização, a autonomia e a liderança escolar” (Apud DE LOURDES ALVES,
CAPITULO IV
A GESTÃO DEMOCRÁTICA E SEUS DESAFIOS
Não se estabelece uma forma nova de gerir uma escola sem que haja
desafios. Os muitos desafios da gestão democrática ainda persistem, mesmo após
mais de três décadas da sua implantação a partir da Constituição Federal de 1988 e
24
a LDBN (BRASIL/1996), que determina e assegura a gestão democrática, com fins
de alcançar uma educação de mais qualidade para todos.
Segundo Lück:
25
Mediante ao exposto, surge então, a questão da consolidação da gestão
democrática, ainda que a ideia seja uma realidade, o fato é discutido por muitos
teóricos como não sendo uma realidade efetiva. Para Barroso, (BARROSO, 1996, P.
106), construir a autonomia da gestão escolar passa pela eleição dos diretores, a
formação de órgãos colegiados e a descentralização dos recursos financeiros. (apud
DE LOURDES ALVES, Daiane, 2017). Sendo esses componentes necessários,
ainda há carências que deixam duvidas sobre a relação de poder existente na
educação que se oferta.
26
CAPITULO V
27
Paulo, SEC, em 1996 fez uma revisão de normas do colegiado, conforme o
estabelecido como gestão educacional que consta na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, LDBN. Desse trabalho surgiu a Lei nº 6.981, de 25/07/96, constituindo o
colegiado como órgão de gestão democrática da escola, sendo que através do
Decreto nº. 6.267, de 11/03/97, tornou obrigatório esse colegiado nas escolas
públicas do estado, tendo como função fiscalizar as questões pedagógicas
administrativas e financeiras da escola.
Para que haja gestão democrática, tem que haver participação e essa garantida
pela lei e oportunizada por meio de mecanismos que efetive a democracia dentro da
escola. Para Libâneo (2004, p.102, apud CADERNOS, P. D. E. Os desafios da
escola pública paranaense na perspectiva do professor pde. 2016. P.15) “a
participação é o principal meio de assegurar a gestão democrática da escola,
possibilitando o envolvimento de profissionais e usuários no processo de tomada de
decisões e no funcionamento da organização escolar”. Observamos que a
participação é fundamental para garantir o direito à democracia e a qualidade da
educação pública no Brasil.
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Quando falamos em Gestão Democrática, não podemos esquecer-nos das
ações que são inerentes a ela. O Grêmio Estudantil no novo sistema educacional,
vêm fortalecer e construir uma base sólida para a ocorrência do Protagonismo
juvenil, fundamental para a Gestão Democrática acontecer dentro do ambiente
escolar.
29
A educação passa por grandes transformações, já não cabe mais uma gestão
pautada em autoritarismo, de poder de cima para baixo, de forma uniforme e sem
diálogo de ambas as partes. Deixamos a educação bancária, para cairmos em uma
educação ao molde do mundo globalizado em que a comunicação é a forma de
produção mais vendida no planeta. Mas a pergunta é: Estamos preparados para
vivermos a democracia juvenil? O Grêmio Estudantil abre a possibilidade para o
exercício democrático e à formação política e da cultura política por meio dos
colegiados do Grêmio Estudantil ou dos Clubes Juvenis das escolas de tempo
integral.
“existem duas correntes das ciências sociais sobre a noção de juventude como
período de desajuste, de desvio: a geracional, que acredita que os jovens atuais não
estariam adaptados aos valores das gerações anteriores, e a classista, que acredita que
o jovem não está incluído nas classes dominantes”. (apud Curso de Formação em
30
principalmente nas escolas. É exatamente nesse período de transição que ocorrem
todas as dúvidas possíveis e inimagináveis. Mas também é nesse momento, que
nós educadores, teremos que nos despir de qualquer preconceito e ensinar
aprendendo, e inserir valores por meio da educação da cidadania.
“Tudo que acontece no mundo, seja no meu país, na minha cidade ou no meu bairro,
acontece comigo. Então, eu preciso participar das decisões que interferem na minha
vida. Um cidadão, com um sentimento ético forte e consciência de cidadania, não deixa
passar nada, não abre mão desse poder de participação.” (SOUZA, 1994, apud
Definimos política, tudo que está ligado à vida pública, então, todos os
envolvidos em uma sociedade são praticantes da política, pois todas as decisões
públicas envolvem e mexem com a vida de todos. Assim como a democracia
gestacional não pode ser apenas teoria, mas representativa. Ao formamos um jovem
com consciência política, estamos também nos resguardando de uma nova geração
com uma cultura política voltada pelas orientações patriarcais ou geracionais e não
como jovem reflexivo senhor de suas próprias ações e comandos. O jovem cidadão
com formação política séria capaz de identificar problemáticas e discutir soluções a
curto e longo prazo, encalcar reformas nas infraestruturas sócio governamentais
com maturidade e responsabilidades.
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Para José Álvaro Moisés e Gabriela Carneiro as experiências pessoais de cada
indivíduo são agentes influenciadores de suas atitudes de confiança na política, bem
como são como o funcionamento concreto das instituições e do governo. Como
vemos, a palavra cidadania é um mote para fundamentar a atuação juvenil e
alicerçar o protagonismo destes mesmos jovens. A cidadania retrata e reforça o
pertencimento de um país, cidade, comunidade ou escola. É por meio da cidadania
que o jovem aprende a ter um raciocínio crítico a respeito do local em que vive.
Thomas Marshall, em sua obra; Cidadania, Classe Social e Status (1963 apud Curso
de Formação em Gestão Democrática: Grêmio Estudantil-EFAPE) diz: “aquele
indivíduo que é membro pleno de uma comunidade e a igualdade de direitos e
deveres é a tônica da exposição”. Assim sendo, o jovem estudante por meio do
Grêmio estudantil, passa ter voz e ser representado legalmente, democraticamente
através do sufrágio juvenil, começando a ser ator principal das ações de bem-estar
da comunidade escolar planejando, executando e avaliando os resultados das suas
ações.
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Durante pesquisa acadêmica, os autores Zibas, Ferretti e Tartuce (2006 apud
Curso de Formação em Gestão Democrática: Grêmio Estudantil-EFAPE)
encontraram grêmios descontínuos, imaturos e, por vezes, manipulados. Todavia,
como manifestado pelos autores e corroborado por este curso, estes mesmos
frágeis grêmios podem e devem ser agentes de “inquietação” dentro do ambiente
micro político da escola, pois contestações, reclamações e pleitos são os
instrumentos democráticos de ação dos jovens e requer da gestão escolar uma
responsividade que remete a um raciocínio associado a todos os autores da teoria
democrática. Os ideais democráticos de um país só podem ser alcançados, sê
iniciados desde cedo através da educação, formando discentes preparados para
lidar com conflitos, jogos de poder, e estratégias para um mundo político
democrático. O Grêmio Estudantil não só passa a ser seu próprio protagonista,
como auxilia na construção e divulgação da Educação em Direitos Humanos. A
prática cidadã e o fomento às práticas pedagógicas democráticas, leva a vivência de
valores como; respeito, igualdade e a sapiência de lidar coma diversidade de
pensamentos. Valores não nascem, se aprende.
A participação dos colegiados, segundo Vitor Paro (2001), deve transmitir aquilo que
anseia a comunidade, que em suas ações demonstra o compromisso com a função
que a escola tem na sociedade, sendo o homem o seu produto. A participação
política e democrática na sociedade é construída demonstrando os conhecimentos
agregados por essas ações dos homens, vindo de alguma forma a contribuir para a
participação significativa dos sujeitos na vida da escola. Contudo, é necessário que
haja interesse dos beneficiários desta mudança para que haja participação. (apud
RODRIGUES, Maria Inez; MOLINA, Adão Aparecido. 2014, p .6).
A associação de pais e mestre (APM) teve sua criação em 1978, instituída por
meio do decreto – nº. 12.983/78, modificado nos decretos nº. 40.785/96, e decreto
nº. 48.408/2004 e decreto nº. 50.756/2006. A criação da associação teve a intenção
de cooperar com o aperfeiçoamento da educação. A (APM) é um órgão que atua
juntamente com o Conselho Escolar, não possui fins lucrativos e torna possível o
engajamento da comunidade escolar, ainda que não em grande expressão de toda a
comunidade.
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A participação de pais, professores, alunos e funcionários por meio da APM dará
autonomia à escola, favorecendo a participação de todos na tomada de decisões no que
concerne às atividades curriculares e culturais, à elaboração do calendário escolar,
horário de aulas etc.; enfim, a definição da política global da escola, ou seja, a
construção do seu projeto político pedagógico. (apud SILVA, K.S. (2011. p.48).
Observamos que o gestor democrático tem como dever realizar uma educação
embasada no Projeto Político Pedagógico, que desde sua constituição foi pensado
na efetivação do ensino de qualidade, cujo interesse e participação alcance a
comunidade e agentes escolares.
CAPITULO VI
Resposta: A equipe gestora da EMEF. CEU Alto Alegre em conjunto com a equipe
docente desenvolve ações constantes buscando oportunizar o desenvolvimento
integral dos estudantes, considerando suas dimensões intelectual, social, emocional,
física e Cultural. Para que isso ocorra a Unidade desenvolve projetos anuais de
Dança, Robótica, Flauta e Handebol, ministrados por professores efetivos da
prefeitura de São Paulo, no contra- turno.
37
a reflexão como prevenção de preconceitos, violência, bullying que tem ocorrido no
atual contexto das escolas brasileiras?
3. Quanto ao uso das tecnologias como recursos digitais para o ensino em sala de
aula. Quais tecnologias são usadas?
Resposta: A EMEF possui uma sala específica de vídeo equipada com um projetor
de multimídia e um computador, conta também com um laboratório de Informática
Educativa que tem como responsáveis dois (POIEs) Professores Orientadores de
Informática Educativa.
38
Resposta: A Unidade Escolar conta com uma Gestão democrática que busca
oportunizar a participação de todos os segmentos nas tomadas de decisões.
7. Existem na educação duas realidades? Aquilo que está na legislação e nos livros
sobre educação e outra na prática diária, tanto no fazer dos professores quanto nas
ações dos gestores?
Resposta: A equipe gestora da EMEF CEU Alto Alegre desenvolve seu trabalho de
acordo com a Legislação vigente. Portanto, realizamos uma educação que
corresponde ao que determina a legislação, fazendo todas as intervenções possíveis
para efetivar uma educação transformadora.
1) Nome completo
39
normas legais que atribuem atividades ao trabalho de supervisão de ensino.
Democrática é a ação supervisora vinculada aos direitos de acesso à educação, aos
direitos humanos da classe dos alunos (direitos de: inclusão, acesso, igualdade de
condições de aprendizado e permanência na escola), assim como o entendimento e
atuação no sentido da universalização do ensino disponibilizado para todas as
camadas sociais e faixas etárias.
5) De que forma o diretor escolar pode realizar uma gestão democrática? Defina.
R.: A direção de uma unidade escolar pode realizar a gestão de forma democrática
na medida em que incentiva e proporciona condições de participação da
comunidade escolar nas decisões quanto ao projeto pedagógico, aplicação de
verbas, regimento escolar, correta formação no conselho de escola e dos conselhos
de classe e série, apoio à formação de grêmios estudantis, definições de normas
internas coerentes com o regimento escolar e legislação nacional.
R.: Sim - Não. Os professores da escola pública poucas vezes fazem algo “coletivo”.
Quando fazem, referem-se aos projetos temporários, ao trabalho coletivo nas
ATPCs e, mais raramente, em algumas ações interdisciplinares. Uma certa parte dos
professores, provavelmente a maioria, trabalha na solidão de suas salas de aula,
frequentemente escondendo suas dificuldades dos colegas e das coordenações e
direção.
R.: Poderia ser. Mas não temos alta rotatividade de gestores nas escolas estaduais
estando, alguns, há muitos anos seguidos na mesma unidade escolar. Ocorrem
mudanças derivadas de remoções, ingressos, aposentadorias e designações
quando a escola fica sem diretor efetivo. Os professores também têm direito às
remoções e aposentadorias, por óbvio. O que os alunos e pais percebem, é a
40
quantidade de professores afastados por motivo de doenças, especialmente
doenças profissionais. Esses professores são substituídos por outros profissionais
nem sempre vinculados à mesma escola, às vezes mais de um, causando,
eventualmente, prejuízos de aprendizado.
R.: O que você quer dizer com gestão democrática, pelo teor das perguntas, não
ocorre nas escolas públicas. Nas escolas particulares, nas filantrópicas e nas
confessionais, nada a ver. Eventualmente algumas escolas se consideram ou são
consideradas mais “democráticas” pela forma como são administradas quando se
utilizam de muitas consultas aos conselhos, transparência nos procedimentos
administrativos e pedagógicos, formação correta dos conselhos e grêmios
estudantis, etc. A gestão democrática está disposta na Constituição de 1988, na
LDB, nos Planos Nacionais, Estaduais e Municipais de Educação, além de outros
documentos legais ou profissionais. É citada em centenas de livros de autores
pedagógicos e outras publicações. Mas não há definição exata que eu conheça do
que vem a ser a gestão democrática ou como poderia ser operacionalizada. Já vi
centenas de “fórmulas” em congressos, conselhos, conferências municipais e
estaduais e... nenhuma que funcione, mesmo com as “eleições” internas (em alguns
estados e municípios, etc.) onde o “poder” é disputado, dividido, serve de moeda de
41
troca com políticos locais, etc. (outra vez), mas os resultados de aprendizagem e
permanência continuam democraticamente lá em baixo.
CAPITULO VII
CONSIDERAÇÕES FINAIS
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REFERÊNCIAS
BRASIL, MEC. Base Nacional Comum Curricular. Ensino Médio. 2018. Disponível
em: <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/> Acesso em: 28 03 de 2019.
44
CADERNOS, P. D. E. “Os desafios da escola pública paranaense na perspectivado
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<http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_p
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30 de Abril de 2019.
45
DEZORZI, Viviane Cristina Assumpção. Os avanços e desafios da gestão escolar
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46
<www.revistafarol.com.br/index.php/farol/article/view/67> Acesso em 29 de junho
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<http://abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2007_TR660483_9457.pdf> Acesso em 25
de Abril de 2019.
48