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A UTILIZAÇÃO DE POLÍMEROS COMO COMPOSTO EM BLOCOS


DE CONCRETO PARA FINS CONSTRUTIVOS

BRUNA MEDEIROS SANTOS¹


HELOÍSA MARIA COUTO MONTE²

RESUMO

A preservação ambiental é um assunto muito debatido desde a Conferência das Nações


Unidas, a Rio-92. Atrelada à preocupação da conservação esta a temática da reutilização de
produtos recicláveis. A construção civil pode ser um fator determinante partindo do
pressuposto que seu modo de produção causa grande impacto ambiental, principalmente com
a utilização de recursos naturais. Surge então a necessidade de uma alternativa que seja
sustentável e economicamente viável. Para isto, o objetivo geral da presente pesquisa foi
verificar a utilização de polímeros como composto em blocos de concreto para fins
construtivos. E, para responder o objetivo proposto o método foi a pesquisa bibliográfica do
tipo exploratória onde foi realizado um levantamento bibliográfico que permitiu a análise e
interpretação dos dados obtidos através de livros, revistas, monografias, leis pátrias, códigos,
entre outros. O bloco de concreto com fibra de PET é uma alternativa ecológica tendo em
vista que há substituição de parte dos agregados naturais não renováveis. No entanto os dados
obtidos mostram diminuição da resistência à compressão, limitando o seu uso para obras que
não exija elevada resistência, além de ser uma opção economicamente inviável devido ao
elevado custo da obtenção do PET reciclado comercializado.

Palavras-chave: Concreto de PET, reciclagem de polímero

1 INTRODUÇÃO

Desde a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento,


as questões sobre a preservação ambiental aliada ao desenvolvimento socioeconômico
ganharam maior visibilidade. A preservação e conservação ambiental é uma maneira de
cuidar da saúde da natureza e de todos os seres humanos, garantindo também que as
gerações futuras tenham acesso a ela.
A indústria da Construção Civil pode realizar um importante papel na conservação
ambiental, haja vista que seu modo de produção causa grande impacto através do elevado
consumo de água, energia, e na utilização de recursos naturais. O aproveitamento de
resíduos reciclados para fabricação de materiais que possam ser utilizados na construção
civil é um modo de produção sustentável, visando diminuição do número de resíduos
descartados de forma inadequada e redução da necessidade de utilização de matérias-
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primas virgens.
Para muitos, o resíduo domiciliar é apenas lixo. No entanto, esse material pode ser
otimizado em prol do melhor aproveitamento e ser utilizado como matéria-prima. Os
plásticos, a partir do momento em que são descartados de maneira incorreta, representam
riscos tanto ao meio ambiente, julgando pelo seu tempo elevado de decomposição, quanto à
saúde pública quando descartados em locais como lixões, rios, vias públicas, entre outros.
Há uma importância sustentável no ato de lidar com esses materiais descartados buscando
diminuir as agressões a natureza de forma entrelaçada a atender às necessidades da
população.
Partindo desse pressuposto, justifica-se a importância da elaboração desse estudo
que consiste em um levantamento bibliográfico sobre materiais criados a partir do resíduo
plástico, que possa se estabelecer no mercado como uma alternativa ambientalmente
adequada e economicamente viável. Visando isso, o objetivo geral desse estudo foi
verificar a
utilização de polímeros como composto em blocos de concreto para fins construtivos.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Meio Ambiente

O meio ambiente é harmonia conjunta dos elementos naturais, artificiais, culturais e


do trabalho, cujo haja desenvolvimento equilibrado da vida. Não havendo ambiente sadio
caso não exista qualidade na integração e interação desse conjunto (MIGLIARI, 2001). O
ambiente, de acordo com Amos Rapoport (1978 apud Holzer, 1997) é “qualquer condição
ou influência situada fora do organismo, grupo ou sistema que se estuda”. Está previsto na
Constituição Federal (C.F.) de 1988 no seu artigo 225 que “Todos têm direito ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia
qualidade de vida [...]”(BRASIL, 1988).
A Lei nº6.938, de 31 de agosto de 1981, que trata da Política Nacional do Meio
Ambiente (PNMA) define o conceito de meio ambiente como sendo “o conjunto de
condições, leis, influências e interações de ordem física, química e biológica, que permite,
abriga e rege a vida em todas as formas”(BRASIL, 1981, p.01). Já a ISO 14001:2004,
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norma que define e especifica um sistema da gestão ambiental (SGA), define meio
ambiente como uma “circunvizinhança em que uma organização opera, incluindo-se ar,
água, solo, recursos naturais, flora, fauna, seres humanos e suas inter-relações”, neste
contexto, entende-se por circunvizinhança desde o interior de um organismo até o sistema
global (BRASIL, 2004, P.02).
O avanço econômico vem estimulando uma crescente demanda dos recursos
naturais, intensificando, consequentemente, os impactos ambientais e produções não
sustentáveis. Os recursos naturais podem ser divididos em duas vertentes: a) recursos
naturais renováveis, são aqueles que ao serem retirados da natureza podem ser recolocados,
um exemplo esta na retirada dos vegetais para consumo humano; b) recursos naturais não
renováveis: como o próprio nome já diz, são os recursos que não podem ser recolocados na
natureza e o tempo de produção desses recursos é longo, tais como o petróleo e os
minerais.
A geração de resíduos está atrelada diretamente ao modo de consumo. Conforme
cresce as condições socioeconômicas, as inovações tecnológicas e os estímulos das
campanhas publicitárias crescem o consumo e o padrão adotado pela sociedade, exigindo
cada vez mais produção de produtos e alimentos industrializados, contribuindo, dessa
forma, para o aumento dos resíduos sólidos (GONÇALVES, 2011) (FONSECA, 1999).

2.2 Construção Civil e Construção Sustentável

Houve um intenso êxodo rural no Brasil que contribuiu para sua urbanização, esse
fenômeno foi responsável por um crescimento populacional de 17,4% no período de 1950-
1960. As pessoas migram em busca de melhoria de vida e no período de 1950-1980 às
políticas de industrialização incentivava essa migração, e criou um mercado de trabalho
diversificado (ALVES; SOUZA; MARRA, 2011). Com o crescimento da urbanização de
forma rápida e desordenada acarretou uma série de consequências, entre elas, a falta de
planejamento urbano, e o crescimento na construção civil.
Mikail (2013) ressalta que Construção Civil é a expressão utilizada para se referir a
todo e qualquer tipo de construção que interaja com uma comunidade, e tem como
princípios a inclusão social, divisão entre espaços particulares e públicos e fornecer bem-
estar a população. O setor de construção sempre precisou de grandes quantidades de
recursos, tanto dos renováveis quanto dos não renováveis, para desenvolver uma obra.
Além da elevada abundância dos recursos necessários, o processo de construção gera
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outros impactos ambientais como visto no Quadro 1.


Quadro 1: Impactos da construção civil
Alguns impactos da construção civil
A operação dos edifícios consome mais de 40% de toda energia produzida no mundo;
Consome 50% da energia elétrica e 20% do total de energia produzida no Brasil;
A construção civil gera de 35% a 40% de todo resíduo produzido na atividade humana;
Na construção e reforma dos edifícios se produzem anualmente perto de 400 kg de entulho por habitante;
A produção de cimento gera 8% a 9% de todo o CO2 emitido no Brasil, sendo 6% somente na
descarbonização do calcário;
Assim como o cimento, a maioria dos insumos usados pela construção civil é produzida com alto consumo de
energia e grande liberação de CO2;
Consumo de 66% de toda a madeira extraída;
34% do consumo mundial de água.
Fonte: Beltrame, 2013.
O termo Construção Sustentável surgiu na busca pela diminuição dos impactos
ambientais utilizando tecnologias sustentáveis, com o intuito de preservar e respeitar o
meio ambiente. É aquela que é projetada, construída e reformada visando proporcionar um
bem estar aos ocupantes sem causar tantos impactos ambientais. Aplicável tanto para
construções pequenas quanto para grandes construções (SIMAS, 2009).
A Rio-92 é considerada um marco referente à inclusão dos impactos causados pela
construção civil. A partir dela surgiu a Agenda 21 que traduz em ações o conceito de
desenvolvimento sustentável. Condeixa (2013) mostra os pontos mais significativos da
Agenda 21 no contexto da construção no Brasil de acordo com a Tabela 01.
Tabela 1: Blocos da Agenda 21 para a construção civil brasileira
Bloco Aspectos
Definição de padrões e melhoria da qualidade ambiental das construções:
projeto (de forma multidisciplinar e integrada), processo (melhorando a gestão,
Gerenciamento e aumentando a segurança no ambiente de trabalho, integrando disciplinas,
organizações de processos incluindo novas tecnologias, qualificando a mão de obra, reciclando e
reutilizando Resíduos de Construção Civil – RCC, normalização e
conscientização pública), produto.
Processos e produtos de construção segundo aspectos de qualidade do ar
interior;
Qualidade ambiental Avaliação ambiental dos edifícios, e de produtos para a construção com base em
de edifícios seu ciclo de vida;
Seleção de materiais ambientalmente saudáveis;
Poluição em canteiros e indústrias.
Redução de desperdício e gestão de resíduos;
Reciclagem de Resíduos de Construção e Demolição – RCD e aumento do uso
de reciclados como materiais de construção;
Redução de consumo Uso racional de água;
de recursos naturais Uso racional de energia e aumento da eficiência energética do setor;
Aumento da durabilidade e planejamento da manutenção;
Melhoria da qualidade da construção.
Fonte: Condeixa, 2013.

2.2.1 Materiais de construção


Materiais de construção são definidos como sendo todo e qualquer material que é
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utilizado para realização de quaisquer produtos da engenharia civil, podendo ser simples ou
composto, obtidos diretamente da natureza ou resultado de trabalho industrial. De acordo
com Hagemann (2011) a compreensão das propriedades possibilita a otimização de um
empreendimento podendo ir desde seu desempenho à sua viabilidade econômica. Algumas
das propriedades listadas por Hademann esta a dureza, a tenacidade, a plasticidade, a
porosidade, o desgaste, o volume, a resistência aos esforços, entre outros.

Alvenaria Estrutural é um sistema construtivo onde as paredes da edificação têm


função estrutural, não sendo necessário o uso de vigas e pilares de sustentação. Surgiu com
o objetivo de substituir o método tradicional de concretagem tornando a obra mais barata,
mais rápida e mais limpa. Pode ser armada, em caso de edifícios altos, ou não para
edifícios com até 4 pavimentos (WENDLER, 2001) .
Dentre as vantagens desse sistema construtivo pode-se citar: a) maior rapidez na
construção; b) custo reduzido em relação ao sistema convencional com vigas, pilares e
lajes;
c) redução do consumo de formas de madeira, aço e concreto; d) maior organização no
canteiro de obras; e) facilidade no treinamento de mão obra. Em contra partida o design
fica restringido pelo tamanho e forma dos blocos estruturais, necessita de mão de obra
especializada, e qualquer alteração que precise ser realizada é preciso avaliação de um
engenheiro, tendo em vista que a estrutura pode cair ao ser retirada uma parede sem os
devidos cuidados (HOFFMANN et al, 2012).
Os blocos de alvenaria estrutural podem ser de concreto ou cerâmica, para essa
pesquisa iremos abordar os blocos de concreto. Sendo estes obtidos através da mistura de
cimento, areia, pedrisco, pó de pedra e água. O pedrisco é uma pedra de forma arredondada
variando o tamanho entre 4,8 a 9,5mm. O pó de pedra é um derivado do pedrisco,
semelhando a areia média/grossa que tem função de ligar o pedrisco ao cimento. Alguns
fabricantes já fornecem uma mistura meio a meio do pedrisco com o pó de pedra, chamado
de pedrisco- misto. A areia utilizada é a media/grossa, tendo a possibilidade de utilizar uma
porcentagem de areia mais fina para fechar os poros dos blocos (SALVADOR FILHO,
2007).
O processo de fabricação pode ser totalmente automatizado ou produzido
manualmente. Utiliza dosagem de concreto com consistência seca para que após a
compactação possam ser desmoldados, podendo ser reutilizado o molde mais rapidamente
(SALVADOR FILHO, 2007). Esse processo deve obedecer às legislações vigentes, dentre
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as normas técnicas que regem o bloco de concreto as que se destacam na ABNT são: NBR
12118, NBR 6136 e NBR 15961. Conforme a Figura 1 a seguir.
Figura 1 - Processos da fabricação de blocos de concreto
/

Fonte: Vibraforma, 2015.

2.2.3 Materiais Ecológicos


Com o desenvolvimento de materiais de construção que causam menos impacto
ambiental acarreta considerável redução nas consequências causadas pela extração de
recursos naturais, tais como: erosão do solo, perda da biodiversidade e a quantidade de
resíduos dispostos de maneira errada. Esses materiais podem ser chamados de Materiais
de Construção Sustentável (MCS) ou até mesmo de Materiais Ecológicos (SANTOS;
SANTANA, 2017). Segue o Quadro 2 com alguns materiais ecológicos que já estão foram
e estão sendo implantados na industria da construção civil.
Quadro 2: Lista de materiais sustentáveis para construção civil
Materiais Benefícios Disponível em:
- O novo concreto é alta resistência e ainda usa menos cimento que o
Concreto tradicional. Ele é bem competitivo porque em obras de maior dimensão, USP
Verde como edifícios altos, pontes e viadutos, podem ser usadas peças menores
e se economiza nas dimensões de pilares e outras estruturas de
sustentação.
Bloco de - Capacidade de absorver energia após fisisuração;
concreto com - Melhora a resistência do concreto sob carregamento dinâmico. ROCHA
fibras de PET
- Opção sustentável altamente resistente imune a pragas, cupins, insetos
Madeira e roedores, sua fabricação é feita com diversos tipos de plástico Ecocasa
plástica reciclados e resíduos vegetais de agroindústrias.
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- A Locaville desenvolveu uma fibra reciclada a partir do aço.


Tecnologia, chamada de Eco Fibra, é usada na mistura de concreto
Piso reciclado aplicado aos pisos. Sendo assim a indústria do aço emite 1,46 toneladas Locaville
de CO2 para cada tonelada de aço produzido, não terá de fabricar mais
tanto material.
- Material 100% reciclado pós-consumo;
- Baixa absorção de umidade (4%);
- Resistente a agentes químicos em geral;
Placas - Isolante termo-acústico; IDHEA
ecológicas - Auto-extinguível não propaga chamas;
- Fácil fixação, não trinca sob penetração de pregos e parafusos.
- Anti-mofo, anti-fungo;
- Não trincam, não quebram, não propagam chamas;
Telhas Tetra - Máxima resistência a chuva de granizos 100% impermeáveis; Telhados Tec
Pak - Protege até 85% da temperatura solar, suporta até 150kgs/m²; Fort
- Semi-acústicas, não propagam som;
- 0% celulose (papel/papelão).
- é ecológico porque diferentemente do tijolo tradicional não precisa ser
Tijolo cozido em fornos, eliminando assim a utilização de lenha e a derrubada IDHEA
ecológico de dez árvores para a fabricação de mil tijolos. Sem lenha, sem fumaça,
sem emissão de gases de efeito estufa.
Fonte: Wieczynski, 2014 (adaptado).
2.2.4 Bloco de Concreto com a adição de fibras de PET
A incorporação do resíduo plástico PET no interior de blocos de concreto visa uma
forma ecológica para destinação do polímero e os benefícios que ocorrem quando este é
atrelado ao concreto (FERREIRA et al, 2007). Seu processo de fabricação é semelhante ao
do bloco de concreto convencional; a única diferença é a substituição de uma porcentagem
dos agregados pela partícula de pet. Com essa substituição o bloco com a adição do PET
chega a ficar até metade do peso ao ser comparado ao bloco de concreto convencional.
Figura 2 – Bloco de concreto com adição de PET

Fonte: Santos et al, 2017.


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3 METODOLOGIA

3.1 Materiais e métodos

O método adotado para realização do projeto foi a pesquisa bibliográfica do tipo


exploratória subsidiada pela pesquisa, leitura, análise e interpretação de dados encontrados
em livros, revistas, monografias, artigos, dissertações de mestrados, anais, códigos e leis
pátrias, além de sites e blogs acadêmicos. Sendo que, em sua maioria, foram fontes
retiradas da internet através do Google Acadêmico.
A pesquisa bibliográfica é segundo Ander-Egg (1978, p.28) um método reflexivo e
minucioso, uma busca que permite a descoberta de novos dados e fatos, relações ou leis,
em qualquer área do conhecimento. Ainda segundo o autor a pesquisa do tipo exploratória
refere- se a um estudo preliminar do objeto de pesquisa, permitindo ao pesquisador definir
seu problema e formular a hipótese decidindo sobre as questões que carecem de uma
investigação mais aprofundada. (apud MARCONI; LAKATOS, 2003, p.155).

3.2 Procedimento analítico

Para desenvolvimento da pesquisa foi realizada uma busca por fontes de


informações sobre o tema possibilitando a coleta de dados necessários, sendo
posteriormente o levantamento das alternativas viáveis para desenvolvimento sustentável
reutilizando os polímeros na construção civil. Para a determinação da viabilidade
econômica foi levado em consideração o custo de fabricação e o custo de manutenção; o
valor da mão de obra não foi um critério, considerando não ter relevância para esse estudo.
O projeto foi dividido em 3 etapas:
I. Pesquisa e estudo detalhado sobre resíduos sólidos;
II. Classificação das formas de disposição final;
III. Discussão e análise da viabilidade técnica/econômica sobre a utilização de
polímeros como composto em blocos e madeira plástica para fins construtivos;
A viabilidade econômica do bloco de concreto com fibras de PET foi levada em
consideração apenas o seu custo de fabricação, tendo em vista que o custo de manutenção
para ambos os blocos tem valores equivalentes. Para a determinação do custo seu de
fabricação foi levada em consideração apenas a quantidade de agregados que
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confeccionariam os blocos feitos manualmente, com o traço geralmente utilizado na


fabricação dos blocos de concreto convencionais (1:6:3:0,6 – cimento, pó de brita,
pedrisco e água) e foi definido que as fibras de pet substituiria 15% no total dos agregados.
A quantificação dos insumos foi feita por milheiro conforme detalhado no Quadro 2.
Quadro 2: Quantidade de insumos para o traço
MATERIAL QUANTIDADE CONSUMO TOTAL (KG)
Cimento – 1 saco (50 kg) 25 sacos 1250
Pó de pedra – m³ (1500 kg) 5 m³ 7500
Pedrisco – m³ (1300 kg) 3 m³ 3900
Fonte: Autor
Realizou-se a cotação dos insumos com base de preços na região de Itabuna – BA,
utilizando o método de média aritmética com os valores obtidos das 3 empresas que
forneceram os orçamentos. O valor do PET foi obtido por orçamentos virtuais em
indústrias de reciclagem no Estado da Bahia. Foi feito um quadro comparativo dos custos
da fabricação entre os blocos convencionais e os com adição da fibra para determinar sua
viabilidade econômica, conforme o Quadro 3.
Quadro 3: Preços dos insumos
MATERIAL VALORES
Cimento – 1 saco (50 kg) X
Pó de pedra – m³ (1500 kg) X
Pedrisco – m³ (1300 kg) X
PET – kg X
Fonte: Autor
Baseado na tabela de insumos - dos blocos de concreto - utilizados no processo de
fabricação foi realizado uma viabilidade técnica, onde foi feito também um quadro-análise
de desempenho levando em consideração a resistência dos produtos. A análise de
resistência foi realizada baseado nos dados obtidos através do levantamento bibliográfico
de 3 autores, tendo em vista a complexidade dos procedimentos que precisam ser adotados
para realização dos ensaios e ao pequeno período, não sendo possível assim a realização de
tais ensaios. Devido há falta de pesquisas na área, foram utilizadas referências de estudos e
ensaios com diferentes traços, no entanto todos com corpos-de-prova confeccionados
conforme NBR 5738/94 (Moldagem e cura de corpos de prova cilíndricos ou prismáticos
de concreto – Procedimento) com secção cilíndrica de diâmetro de 10cmx20cm e aparelhos
para realização dos ensaios similares seguindo exigências da NBR 5739/94 (Concreto –
Ensaio de compressão de corpos de prova cilíndricos – Método de ensaio); como mostra o
Quadro 4 a seguir.
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Quadro 4: Referências utilizadas para os blocos de concreto com adição de fibra de PET
AUTOR ANO TRAÇO a/c PET (%) Idade (dias)
Oliveira et al. 2016 1:2,62:3,77 0,70 10 e 15 7
Pereira 2016 1:3,05:2,03 0,61 5 e 10 7 e 28
Correa 2015 1:2:3 0,52 10 28 e 90
Fonte: Autor

4 RESULTADOS E DISCUSÃO

4.1 Comparativo do uso de Bloco com adição de PET e Convencional

Avaliando a produção de um milheiro de blocos, levando-se em consideração os


materiais necessários para sua fabricação pode-se determinar o custo unitário para cada
bloco, como demonstrado na Tabela 2 abaixo:
Tabela 2: Estimativa de custo para fabricação de blocos
ESTIMATIVA DE CUSTO PARA FAB RICAÇÃO DO BLOCO CONVENCIONAL
MATERIAL QUAN. CONSUMO VALOR VALOR POR VALOR TOTAL
TOTAL (KG) UNITÁRIO KG
CIMENTO – 1 25 sacos 1250 24,00 0,480 600,00
SACO (50 KG)
PÓ DE PEDRA 5 m³ 7500 48,00 0,0320 240,00
– M³ (1500 KG)
PEDRISCO – 3 m³ 3900 51,00 0,0392 153,00
M³ (1300 KG)
PET (KG) - - - - -
TOTAL - - - 0,551 993,00
VALOR POR UNIDADE (R$ 943/1.000) = 0,993
ESTIMATIVA DE CUST O PARA FABRICAÇÃO DO BLOC O COM 15% DE FIBRA DE PET
MATERIAL QUAN. CONSUMO VALOR VALOR POR VALOR TOTAL
TOTAL (KG) UNITÁRIO KG
CIMENTO – 1 25 sacos 1250 24,00 0,480 600,00
SACO (50 KG)
PÓ DE PEDRA 4,25 m³ 6375 48,00 0,0320 204,00
– M³ (1500 KG)
PEDRISCO – 2,55 m³ 3315 51,00 0,0392 129,95
M³ (1300 KG)
PET (KG) - 1710 - 3,370 5.762,7
TOTAL - - - 3,921 6.696,65
VALOR POR UNIDADE (R$ 6.696,65/1.000) = 6,696
Fonte: Autor.
O custo de fabricação para 1 unidade de bloco com PET é de aproximadamente R$
6,70, já o convencional sai por R$ 0,99 (tabela 2). Essa diferença de valor de R$ 5,70 esta
diretamente ligada ao elevado custo do PET reciclado comercializado. O PET reciclado já
vem moído e pronto para aplicação e seu custo médio gira em torno de R$ 3,37, caso fosse
optado pela obtenção em sua forma original o valor cairia para R$ 1,67 /kg. A Figura 3 a
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seguir mostra o PET já pronto para inserção no processo de fabricação dos blocos.
Figura 3 – PET após processo de reciclagem

Fonte: Santos et al (2017).


Supondo que, para esse estudo, o PET fosse adquirido em sua forma original, antes
do processo de reciclagem, o seu custo de produção reduziria para R$ 3,79 a unidade.
Observando a Tabela 6 e fazendo comparação aos resultados encontrados na Tabela 2
pode-se perceber que mesmo caindo pra quase metade a diferença dos custos, comparando
com o bloco de concreto convencional não é tão significativa. E vale salientar que ao optar
em comprar o PET em seu estado original para inserir ele ao processo de produção de
blocos ele precisaria passar pelo procedimento de moagem, e esse procedimento
ocasionaria todo custo adicional por trás disso, que inclui a aquisição de maquinário
próprio que facilite esse processo. Destacando que além da moagem a matéria prima
precisa passar pela lavagem, a fim de garantir que nenhuma impureza comprometa a
resistência do bloco (SPINACÉ, PAOLI, 2005).
Tabela 3 - Estimativa de custo com a PET obtida em sua forma original
MATERIAL CONSUMO VALOR VALOR POR VALOR
TOTAL (KG) UNITÁRIO (R$) KG (R$) TOTAL (R$)
CIMENTO – 1 SACO (50 KG) 1250 24,00 0,480 600,00
PÓ DE PEDRA – M³ (1500 KG) 6375 48,00 0,0320 204,00
PEDRISCO – M³ (1300 KG) 3315 51,00 0,0392 129,95
PET (KG) 1710 - 1,67 2.855,70
TOTAL - - 2,221 3.789,65
VALOR POR UNIDADE (R$ 3.789,65/1.000) = 3,79
Fonte: Autor.
Segundo a Associação Brasileira da Indústria do PET (ABIPET) a reciclagem do
PET potencializa os benefícios para o meio ambiente, pois pode ser utilizado como
matéria-prima substituindo matérias virgens. Baseado nos resultado obtidos nas Tabelas
anteriores, pode-se notar que com a substituição de 15% dos agregados naturais por PET,
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foi possível deixar de consumir 1710 kg matérias primas não renováveis, acarretando
economia por unidade fabricada. Sabendo-se que 1 kg do PET moída corresponde a 22
unidades de garrafa de 2 litros, pode-se afirmar que ao produzir 1000 blocos utilizando as
fibras na substituição dos agregados reciclaria 37.620 unidades de garrafa PET.
O maior empecilho seria a obtenção do PET com boa qualidade, que segundo
Gonçalves-Dias e Teodósio (2006) a principal dificuldade em relação à coleta diz respeito
à contaminação por outros materiais plásticos, além de cola e sujeira, que causa degradação
e diminui a qualidade, limitando as suas aplicações. Em contra partida, segundo a ABIPET
a reciclagem desse resíduo é responsável por cerca de um terço do faturamento total de
toda a Indústria Brasileira do PET, gerando assim benefícios econômicos e
consequentemente sociais, tendo em vista a geração de empregos.
Quadro 5: Resistências à compressão dos corpos de prova aos 7 dias de idade
Corpo de prova Força Máxima (KN) Tensão máxima (MPa) Média (MPa)
Padrão 1 100,78 12,83 12,83
Padrão 2 60,58 7,71 -
Padrão 3 25,58 3,26 -
10% PET 1 87,57 11,15
10% PET 2 58,81 10,93 11,04
10% PET 3 - - -
15% PET 1 62,34 7,94
15% PET 2 59,88 7,62 8,76
15% PET 3 84,26 10,73
Fonte: Oliveira, et al 2016.
Oliveira et al (2016) avaliaram o efeito da adição de resíduos poliméricos na
resistência à compressão do concreto, onde foi substituído ate 15% da areia por fibras de
PET, usando a proporção a/c de 0,7 e traço 1:2,62:3,77. Ao realizarem o ensaio obtiveram
12,83 MPa de resistência do concreto sem a adição de fibras; para os corpos de prova que
em seu traço foi substituído 10% dos agregados naturais, a resistência obtida foi de 11,04
MPa, já para a porcentagem de 15% foi de 8,76, conforme detalhado no Quadro 5 acima.
Quadro 6: Resultados dos ensaios de resistência à compressão
TRAÇOS Resistência à Compressão (MPa)
7 dias 51,13
T0 – s/ PET 28 dias 70,20
7 dias 11,88
T1 – c/ 5% 28 dias 15,42
7 dias 7,53
T2 – c/ 10% 28 dias 9,33
Fonte: Pereira, 2016 (adaptado).
Para os ensaios realizados por Pereira (2016) foi utilizado o traço 1:3,05:2,03 e o
fator a/c = 0,61 e com os resultados obtidos foi possível analisar uma queda de até 86,5%
da resistência dos corpos de prova (cp) com 10% de adição de fibra ao ser comparado aos
cp sem PET. Os ensaios foram realizados em duas idades: 7 dias e 28 dias; como é possível
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observar o Quadro 6.

Figura 4 - Resultado do ensaio de compressão com 10% de PET

Fonte: Correa, 2015 (adaptado).


Ao avaliar a Figura 4, que mostra os resultados encontrados por Correa (2015),
pode- se analisar que, assim como os outros autores aqui citados, as amostras ou corpos de
prova do concreto com o PET apresenta uma resistência inferior ao serem comparados ao
concreto convencional. Correa (2015) realizou os ensaios de resistência com o traço 1:2:3,
fator a/c = 0,52 e 10% de flocos de PET e PP, mas para a presente pesquisa é interessante
apenas os resultados que foram obtidos através dos ensaios com o PET.

4.2 Viabilidade Técnica e Financeira

A viabilidade visa medir e/ou analisar uma determinada inversão comparando os


imagináveis retornos que possam ser obtidos com os investimentos. Mostrando assim uma
possível exequibilidade e a vantagem e desvantagem sobre tal perspectiva. Para só então
decidir se vale a pena investir ou não.
Para os blocos de concreto com adição de fibras de PET pode-se analisar que a
substituição do agregado miúdo gera uma diminuição considerável na resistência do
concreto. Isso se da ao fato do PET possuir resistência inferior comparada à areia e possuir
granulometria incapaz de preencher a maioria dos vazios presentes no processo de
fabricação do concreto. Sob essa perspectiva a substituição de parte dos agregados não é
uma opção viável, visto que não poderá ser utilizado para fins estruturais partindo do
pressuposto que o concreto para estrutura precisa ter resistência igual ou superior a 20
MPa.
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Além da baixa resistência, os blocos também não são viáveis economicamente,


tendo em vista que a produção de um milheiro custa R$ 6.696,65 enquanto a produção dos
blocos convencionais sai por menos de R$ 1.000,00. Esse elevado custo se da ao fato do
PET reciclado comercializado possuir um valor alto; e ainda que o PET fosse obtido em
seu estado natural a substituição seria inviável sabendo-se que para o processo de lavagem
(necessário para retirar os produtos que possam afetar na resistência do concreto) e
moagem (etapa onde o PET é triturado para obter granulometria semelhante ao do
agregado natural) é preciso obtenção de maquinário.
No entanto, do ponto de vista sustentável pode-se concluir sua viabilidade a partir
do momento em que se deixa de utilizar 1710 kg de matérias primas não renováveis e
reutiliza mais de 37.500 garrafas PET de 2 litros que seriam descartadas, em sua maioria de
forma incorreta sendo levados a lixões a céu aberto, diminuindo a quantidade do volume de
resíduo encaminhado aos aterros sanitários acarretando o aumento de sua vida útil,
atendendo desta forma quesitos de sustentabilidade que reduz impactos ambientais.
Tornando-se assim uma alternativa ecológica que pode ter sua aplicação em áreas da
construção civil que não exijam elevada resistência à compressão, tais como: calçamentos,
pisos de estacionamentos, bancos, entre outros.
Já para a madeira plástica observa-se que apesar do seu investimento inicial ser
elevado é economicamente viável partindo do pressuposto que seus benefícios lhe atribuem
longevidade e ela não necessita de manutenção e reparos da mesma maneira que a madeira
convencional. Dentre as diversas desvantagens da madeira convencional comparada a
madeira plástica esta sua menor resistência térmica, chegando a propagar as chamas até
45% mais rápida. No entanto, vale ressaltar que tais propriedades podem variar muito de
acordo com o fabricante e o tipo de polímero utilizado no processo de fabricação.

Dentre os resultados estudados na presente pesquisa pode-se verificar que a


resistência à compressão da madeira plástica é inferior a madeira natural. Portanto, é um
material não recomendado para finalidade estrutural. Mas sua utilização dentro da
construção civil é ampla, podendo ser aplicada tanto em exteriores como decks de piscina,
cercas e fachadas; quanto em interiores como móveis, pisos e revestimentos. Além de ser
um produto ecologicamente correto 100% reciclável e reciclado, onde as sobras tanto no
processo de fabricação quanto no processo de utilização na construção podem ser
reutilizadas ou reinseridas no ciclo produção, diminuindo impactos ambientais decorrentes
do descarte incorreto dos polímeros e desmatamentos.
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Um dos maiores entraves para realização dessa pesquisa se deu ao fato da não
realização dos ensaios de resistência em laboratório devido ao pequeno período; No
entanto, isso não impossibilitou que os objetivos propostos fossem respondidos. O objetivo
geral foi analisar o gerenciamento dos resíduos sólidos urbanos e a utilização dos
polímeros para fabricação de materiais de construção civil. Grande parte dos municípios
brasileiros ainda não possuem políticas públicas de gestão de resíduos sólidos, o que faz
com que o lixo seja descartado sem maiores cuidados na natureza, deixando de aproveitar
grande parte desses resíduos.
Para isso foram selecionados dois materiais que tivesse como base em sua
fabricação o polímero reciclado, onde ambos escolhidos para estudo são viáveis
ecologicamente, porém, apenas a Madeira Plástica é viável economicamente – apesar de
seu alto investimento inicial. Nenhum dos materiais é recomendado para uso estrutural
devido às baixas resistências obtidas através dos ensaios, mas podem ser utilizados em
diversas áreas da construção civil.
Tendo em vista que a reciclagem é uma opção para diminuição dos impactos
ambientais que os resíduos sólidos causam, foi possível através de o presente estudo
perceber e analisar alternativas que são ecologicamente viáveis e, ainda, possui potencial
financeiro para se estabelecer no mercado por terem diversas aplicações na área da
construção civil. Para tanto, é preciso o incentivo de políticas públicas juntamente a
iniciativas privadas para que o desenvolvimento de materiais ecológicos cresça e tornem-se
opções mais comuns entre os consumidores.
Sugere-se que novos estudos sejam realizados onde sejam criados novos traços de
concreto com adição de fibra de PET alterando a relação água/cimento com porcentagens
diferentes de substituição e adição de aditivos que possibilitem aumento de resistência; e
estudos de resistência na área de madeira plástica onde especifique quais foram os tipos de
polímero utilizados para a fabricação de tal peça; além de trabalhos sociais de divulgação e
educação ambiental onde conscientize a população sobre descarte indevido do lixo e das
possibilidades de reutilização do resíduo sólido.
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