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MOVIMENTO DO PÊNDULO GRAVÍTICO

OBJETIVOS DO TRABALHO
Com este trabalho pretendemos caracterizar o movimento do pêndulo gravítico; identificar as
variáveis que o afetam; verificar como se dá a variação da aceleração durante o movimento;
identificar as forças que atuam no corpo em diferentes posições do movimento; verificar a
periodicidade do pêndulo gravítico; e finalmente, identificar em que situações e/ou objetos
que tem por base este movimento.

PÊNDULO GRAVÍTICO OU SIMPLES


Primeiramente, o que é um pêndulo simples ou gravítico?
Este consiste numa montagem de um corpo suspenso a um fio inextensível de massa
desprezável. Sendo a resistência do ar desprezível e com amplitudes pequenas, a extremidade
superior do fio é fixada num ponto para que possa oscilar livremente. Assim, se o movimento
for restrito a pequenas oscilações, este pode ser um exemplo de um movimento harmónico
simples, ou seja, quando uma massa oscila periodicamente em torno de uma posição
equilíbrio, sob a ação de uma força restauradora.

FORÇAS QUE ATUAM NO MOVIMENTO


Agora, que forças atuam durante o movimento de um pêndulo?
Tendo em consideração que desprezamos a resistência do ar, o corpo está sujeito a duas
forças:
O seu peso e a tensão do fio, que varia em direção e em módulo durante o movimento. Como
a tensão do fio não realiza trabalho, sendo que é sempre perpendicular à trajetória, e como o
peso é uma força conservativa, há conservação de energia mecânica.
Pela análise da figura é possível salientar que a componente tangencial da força resultante
tem a intensidade de mgsen, e aponta sempre para a posição de equilíbrio, tratando-se,
assim, de uma força restauradora.
EXPLICAR CALCULOS
Portanto, para um pêndulo de massa m e comprimento l, a tensão do fio varia com a
velocidade do pêndulo e com a posição considerada (pois altera-se com a variação do ângulo).

ACELERAÇÃO NO
Da expressão 1 retiramos que o valor da componente tangencial da aceleração varia com o
angulo teta. Deste modo, como o angulo teta aumenta à medida que o pêndulo sobe, a
componente tangencial da aceleração também aumenta. O seu valor é nulo quando o corpo
está na posição mias baixa e é máximo quando o corpo inverte o sentido do movimento, isto
é, na altura máxima que se pode atingir.
A componente tangencial da aceleração tem, portanto, um sentido dirigido para a posição de
equilíbrio do pendulo.

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Quanto à componente normal da aceleração, esta tem valor máximo quando o pendulo passa
na posição mais baixa, isto é, na posição de velocidade máxima, e é nula quando o pêndulo
inverte o sentido do movimento, ou seja, a velocidade é nula.

FORÇAS/ACELERAÇÃO/VELOCIDADE EM POSIÇÕES DISTINTAS


Vamos agora verificar como variam as forças, a aceleração e a velocidade em posições
distintas.
Na posição de equilíbrio, quando o teta é de 0 graus, a componente tangencial da força
resultante é nula e, por isso, segundo a 2º lei de Newton, a aceleração tangencial é
igualmente nula.
Sabendo que a componente tangencial da força resultante é igual à tensão do fio menos o
peso, substituímos Frt pela fórmula previamente apresentada e o peso por mg, descobrimos a
intensidade da tensão do fio.
Nesta posição a velocidade do pêndulo é máxima… (ler esta parte do ppt; se for preciso
apontar ou desenhar as forças velocidade e aceleração).
Na posição genérica:
Sabemos que a componente normal da força resultante é igual à tensão menos a componente
normal do peso. A partir daí conseguimos obter a intensidade da tensão do fio. Já a
componente tangencial da força resultante é igual à do peso. Através da 2 lei de Newton e
simplificando a equação obtemos que at=gsin de teta.

Na posição extrema, ou seja, quando o ângulo é máximo:


Sabemos que a força resultante normal é nula, pelo que a tensão do fio vai ser igual à
componente normal do peso.
Já a força resultante tangencial é igual à componente tangencial do peso, assim a aceleração
tangencial, pela segunda lei de newton, é igual a aceleração gravítica vezes sin do teta
máximo.
Deste modo, a velocidade do pêndulo é nula, ... (ler do ppt e se preciso apontar e desenhar as
forças, aceleração e velocidade).

PERIDIOCIDADE DO PÊNDULO
O período de um pêndulo depende do lugar onde o mesmo se encontra, uma vez que
depende da aceleração da gravidade. Aliás, uma das aplicações dos pêndulos simples é a
determinação da aceleração da gravidade.
Pode-se calcular o período de um pêndulo, quando a sua amplitude é pequena, utilizando a
seguinte expressão:

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Vamos agora realizar uma pequena experiência:
Como podem ver o comprimento do fio influencia o período da oscilação. Porém este último
está independente da massa do corpo suspenso. (para um angulo pequeno).
Se o angulo for pequeno, as amplitudes das quais o corpo é lançado não influenciam em nada
o período de oscilação do pêndulo.

GALILEU GALILEI
Foi Galileu quem começou por estudar o pêndulo, imaginando-o como um possível relógio.
Diz-se que foi ao observar as oscilações de um candelabro na catedral de Pisa que este
compreendeu a relação entre a força resultante aplicada a um corpo e as características do
seu movimento.
Galilei descobriu, assim, o isocronismo das oscilações do pêndulo ao comparar o número das
suas pulsações com o movimento do candelabro. Foi ainda o primeiro a observar que o
período da oscilação do corpo só depende do comprimento do fio e é independente da sua
massa.
RELÓGIO DE PÊNDULO
O pêndulo simples foi por muitos anos o “coração” do relógio. Na primeira imagem podemos
ver o holandês Christian Huygens, que baseado nos estudos de Galileu Galilei, aperfeiçoou e
materializou a ideia, isto é, a invenção do relógio de pêndulo, em 1656.
Este é o seu esboço inicial sobre o movimento pendular e um gráfico sobre este estudo.
O peso aqui presente tem como função armazenar e fornecer energia ao relógio de pendulo,
uma vez que este não funciona indefinidamente devido ao atrito entre as engrenagens e eixos
que o compõe. Quando o peso é elevado é fornecida energia potencial gravitacional a este
sistema.

À medida que o “peso” desce, a energia potencial gravitacional armazenada é transformada


em energia cinética nas engrenagens do relógio. Quando o peso embate com a base/solo é
necessário puxá-las de novo para cima.
Existe um sistema de escape formado por duas peças: a roda de escape e a âncora. Tal
conjunto é responsável por transmitir o período de oscilação do pêndulo para as engrenagens
do relógio.
A âncora trabalha libertando e travando a movimentação da roda de escape, de forma que
esta adquire o mesmo ritmo de movimento que o pêndulo.
É devido ao contacto da âncora com a roda de escape que os relógios de pêndulo fazem o
famoso “tic-tac”.

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EXEMPLOS DO MOVIMENTO DO PÊNDULO SIMPLES
Vamos agora mostrar alguns vídeos com exemplos de movimentos que têm por base o do
pêndulo gravítico.
Atenção: no bungee jumping o fio é extensível, porém nos momentos finais o fio está
completamente esticado, daí ser um movimento pendular.
Este exemplo final é perfeito para demonstrar a variação da periodicidade quando variamos o
comprimento do fio.

CONCLUSÃO
Concluímos que é fácil de verificar que quanto maior for a amplitude de oscilação menor será
o seu período, isto para ângulos superiores ou iguais a 10 graus.
Para pequenas oscilações o período de oscilação é praticamente independente da amplitude
do movimento, podendo, assim, ser considerado um movimento harmónico simples.
Para pequenas oscilações quanto maior for o comprimento do pêndulo maior será o período
do movimento oscilatório. Além disso, foi provado que a periodicidade do movimento é
independente da massa do corpo.
Demonstramos a variação das forças, aceleração e velocidade em diferentes posições do
movimento.
Aprendemos, ainda, que foi Galileu Galilei estudou a periodicidade das oscilações do pêndulo
gravítico, permitindo que no futuro se criassem relógios de pêndulo com base nos seus
estudos.
Deste modo, atingimos todos os objetivos do trabalho.

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