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Anatomia Humana

Material Teórico
Sistemas Digestório, Urinário e Reprodutor

Responsável pelo Conteúdo:


Prof. Esp. Danilo Cândido Bulgo

Revisão Textual:
Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin
Sistemas Digestório,
Urinário e Reprodutor

• Sistema Digestório;
• Principais Estruturas;
• Sistema Urinário;
• Sistema Reprodutor.

OBJETIVOS DE APRENDIZADO
• Compreender os principais órgãos e funções dos Sistemas Digestório, Urinário e Reprodutor;
• Diferenciar o Sistema Reprodutor masculino e feminino, funções e anatomia.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
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para estudar.

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da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;

Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma


alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;

No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos
e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua
interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;

Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Sistemas Digestório, Urinário e Reprodutor

Sistema Digestório
O Sistema Digestório possui como principais funções realizar a mastigação dos
alimentos, digerir, absorver e excretar os resíduos provenientes desses alimentos.
Ele inicia sua atividade com a degradação do alimento em moléculas pequenas, ab-
sorvíveis pelas células, que são utilizadas no desenvolvimento e na manutenção do
organismo e nas suas necessidades energéticas (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 2013).

É um sistema constituído por uma série contínua de cavidades e tubos interliga-


dos, que se estendem desde a boca até a abertura anal. Do ponto de vista histoló-
gico, o Sistema Digestório, ao longo de sua extensão, é composto pelas camadas
mucosa, submucosa, muscular e serosa.

As principais divisões do Sistema Digestório são:


• Cavidade bucal: Língua, dentes e glândulas salivares;
• Faringe e esôfago;
• Estômago;
• Intestino delgado: Duodeno, jejuno e íleo;
• Intestino grosso;
• Glândulas anexas: Fígado, pâncreas e vesícula biliar.

Cacidade oral Glândula Parótida


Boca Faringe
Glândulas Submandibulares
e Glândulas Sunlinguaus Esôfago
Fígado
Estômago
Vesícula Biliar
Duodeno
Pâncreas
Cólon Tranverso Jejuno
Cólon Ascendente
Cólon Descendente
Intestino Delgado
Ceco Reto

Apêndice Cecal Ânus

Figura 1 – Sistema Digestório humano com seus principais órgãos

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Principais Estruturas
Cavidade Oral (Boca)
A cavidade oral é uma região coberta por uma túnica mucosa e pela qual o
alimento entra no tubo digestivo, a boca.

Nesse espaço encontram-se os dentes e a língua, que preparam o alimento para


a digestão, por meio da mastigação. Os dentes reduzem os alimentos em peque-
nos pedaços, misturando-os à saliva, o que irá facilitar a futura ação das enzimas.
A saliva é um líquido produzido por três pares de glândulas salivares: as parótidas,
as submandibulares e as sublinguais.

A saliva tem como função propiciar a lubrificação e a diluição do alimento (faci-


litando a mastigação, a gustação e a deglutição), além de proteger contra bactérias
e umedecer a boca.

A saliva é composta por ar (por isso o aspecto espumoso), água (99,5%), ptialina,
nitrogênio, enxofre, potássio, sódio, cloro, cálcio, magnésio, ácido úrico e ácido cí-
trico, e possui, também, proteínas enzimáticas, estruturais e imunológicas.

As glândulas salivares são glândulas anexas à cavidade bucal e secretam a saliva


que umedece a boca e o alimento e auxiliam o processo de formação do bolo ali-
mentar e posterior deglutição com auxílio da língua.

Além de umedecer a saliva, possui a ptialina, que é uma enzima que atua na
quebra de açucares e inicia a digestão dos carboidratos na boca.

A cavidade bucal comunica-se com a bucofaringe por meio do istmo da garganta.


O “teto” da cavidade é o palato popularmente conhecido como “céu da boca” e o
assoalho é em grande parte ocupado pela língua e seus músculos.

O palato pode ser dividido entre palato duro, que possui uma placa óssea (mais
anterior) e o palato mole (mais posterior) que possui uma borda livre chamada de
úvula, popularmente conhecido como “sininho da garganta”.

Os dentes são órgãos, estruturas mineralizadas, resistentes, localizados nos pro-


cessos alveolares do osso maxilar e da mandíbula.

Distribuem-se em duas fileiras, que são denominadas arcadas dentárias e tem


como função incisão, perfuração, esmagamento e trituração dos alimentos.

Os dentes possuem 4 tipos, que são: incisivos, caninos, pré-molares e molares.

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Figuras 2 – Cavidade bucal interna e suas principais estruturas


Fonte: Netter, 2014

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Faringe
A faringe está situada no final da cavidade bucal. É um canal comum aos Siste-
mas Digestório e Respiratório: por ela passam o alimento, que se dirige ao esôfago,
e o ar, que se dirige à laringe.

É um órgão com cerca de 12cm que irá receber o bolo alimentar deglutido en-
viando ao esôfago. Divide-se em 3 partes:
• Nasofaringe;
• Bucofaringe; e
• Laringofaringe.

A nasofaringe é a continuação da cavidade nasal até as coanas e sua ligação


com a cavidade bucal ocorre no istmo da garganta.

A bucofaringe é a continuação da cavidade bucal e se inicia no istmo da garganta,


que é formado pelo palato e pelos pilares palatoglosso e palatofaríngeo, em que en-
contramos a tonsila palatina (amígdalas).

Posteriormente, a bucofaringe se estende até a raiz da língua e a epiglote.


A laringofaringe é a parte anterior à laringe e se comunica com o esôfago.

Cavidade Nasal

Cavidade Oral

Úvula

Lábios Faringe

Epiglote

Esôfago
Queixo
Língua
Laringe

Figura 3 – Esquema de órgãos do sistema digestório e as principais regiões da faringe


Fonte: Adaptado de Getty Images

Esôfago
O esôfago é um canal com aproximadamente 20cm e 1,5cm de diâmetro, que
possui três segmentos: no pescoço: segmento cervical; no tórax: segmento torácico,
e no abdômen: segmento abdominal.

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O esôfago faz conexão entre a faringe e o estômago, localiza-se entre os pulmões,


atrás do coração, e atravessa o músculo diafragma, que separa o tórax do abdômen.

O bolo alimentar leva de 5 a 10 segundos para percorrê-lo. A deglutição eso-


fágica é efetivada por movimentos peristálticos e gravidade até a porção anterior
(cárdia) do estômago, que possui mecanismo de abertura e fechamento regulado
para a passagem do alimento.

Estômago
O estômago é a continuação do esôfago; possui uma curvatura no formato de
“J” e é o órgão que possui a maior dilatação do Sistema Digestório.

Mede cerca de 18cm quando se encontra vazio e pode atingir 25cm, quando
cheio. Seu volume atinge em média 1200ml e se localiza abaixo do diafragma.
Possui duas curvaturas de tamanhos diferentes, sendo uma maior que a outra.

O estômago é dividido em três regiões principais: a cárdica (próxima à união do


esôfago), o fundo, o corpo e a região pilórica já próxima do duodeno. Sua principal
função é continuar o processo digestivo (principalmente, de proteínas); absorve
parte dos líquidos e impele seu conteúdo, o quimo, para o intestino delgado.

Internamente, possui em sua parede a mucosa em forma de vilosidades, na qual


estão localizadas glândulas especiais que secretam o suco gástrico no interior do es-
tômago. Ao final, quando se liga ao duodeno, é denominado piloro, local onde está
o esfíncter pilórico, que irá atuar regulando a passagem do alimento para o intestino.

Sua mucosa interna possui epitélio prismático simples mucíparo, ou seja, pro-
duz muco para proteger a parede do estômago do ácido que ela mesma produz.
A mucosa da parede gástrica possui as glândulas gástricas que se subdividem em
cárdicas ou pilóricas (ambas produtoras de muco) e as fúndicas ou próprias, sendo
essas últimas em grande número e distribuídas por todo o corpo e fundo do órgão.

As glândulas fúndicas são as responsáveis pela produção de enzimas como a


pepsina (células zimogênicas ou principais) e o ácido clorídrico (células parietais).

O estômago possui quatro camadas principais:


• Mucosa;
• Submucosa;
• Muscular;
• Serosa ou fibrosa.

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Boca
Palato
Úvula
Língua
Dentes Faringe

Glândulas Esôfago
salivares
Sublingual
Submandibular
Parótida

Fígado

Vesícula Estômago
biliar
Pâncreas
Ducto biliar Ducto
comum pancreático

Intestino Intestino
delgado grosso
Duodeno Cólon
transverso
Jejuno
Cólon
Íleo ascendente
Ceco
Cólon
descendente
Apêndice Sigmoide
Ânus Reto

Figura 4 – Sistema digestório


Fonte: Wikimedia Commons

Intestino Delgado
O intestino delgado é um tubo com pouco mais de 6m de comprimento por
4cm de diâmetro e pode ser dividido em três regiões: duodeno (cerca de 25 cm),
jejuno (cerca de 5 m) e íleo (cerca de 1,5 cm).

A porção superior ou duodeno tem a forma de ferradura e compreende o piloro,


esfíncter muscular da parte inferior do estômago pela qual este esvazia seu conte-
údo no intestino, sendo o local primário para absorção de nutrientes de materiais
ingeridos, e recebe as secreções do fígado e do pâncreas. Tanto o intestino delgado
quanto o intestino grosso estão ligados à parede da região abdominal por meio de
dobras de peritônio chamadas de mesentério e mesocólon, respectivamente.

No intestino delgado, são lançadas três substâncias:


• Bile: é produzida pelo fígado e armazenada na vesícula biliar. Tem a função de
emulsionar lipídios, facilitando a atuação das lipases. Essa substância determi-
na a coloração das fezes;

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• Suco pancreático: é um líquido produzido pelo pâncreas e de grande impor-


tância na digestão de substâncias como: proteínas, carboidratos, triglicerídeos e
ácidos nucleicos. No processo digestivo, segregam-se cerca de 750ml de suco
pancreático por dia. O suco pancreático é do tipo alcalino e muito rico em
bicarbonato de sódio, contendo como principais enzimas: tripsina e quimotrip-
sina, que dão continuidade na digestão das proteínas: lipase, que decompõe as
gorduras em ácidos graxos e glicerina; amilase, que hidrolisa parcialmente o
amido; maltase, sacarase e lactase, que decompõem os correspondentes dissa-
carídeos em monossacarídeos constituintes; glicose, frutose e galactose;
• Suco intestinal: é produzido pelas células da parede do  intestino delgado. 
Em sua composição, existem muco e enzimas que deverão completar a digestão
dos alimentos.

As principais enzimas presentes são:


• Sacarase: atua na digestão da sacarose, liberando glicose e frutose;
• Lactase: atua na lactose (dissacarídeo presente no leite), desdobrando-a em
galactose e glicose;
• Maltase: atua nas moléculas de maltose formadas na digestão prévia doa ami-
do, liberando moléculas de glicose;
• Nucleotidases: atuam nos nucleotídeos formados na digestão dos ácidos nu-
cleicos, liberando pentoses, fosfatos e bases nitrogenadas;
• Peptidases: atuam nos peptídeos, levando à liberação de aminoácidos.

Figura 5 – Esquema representando o intestino delgado com suas principais divisões


Fonte: Adaptado de Getty Images

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Intestino Grosso
O Intestino Grosso é a parte final do intestino, sendo a que possui maior calibre
em relação ao delgado e recebe os líquidos da digestão e absorção.

É dividido em 7 partes que se inicia no cécum, junto ao apêndice vermiforme;


cólon ascendente, cólon transverso, cólon descendente, cólon sigmoide que dará
origem ao reto que se comunica com o exterior com o ânus que possui o esfíncter
anal que regula a abertura e o fechamento do ânus.

O intestino grosso mede cerca de 1,50m e possui segmentos com grande mobili-
dade e se inicia na válvula ileoretal. A mucosa do cólon, assim como a do reto, não
possui vilosidades, apenas glândulas mucígenas assim como células caliciformes e
nódulos linfoides.

Os resíduos que permanecem no intestino são restos da digestão, produtos não


digeríveis dos alimentos e muco adicionado na parte inferior do canal alimentar,
além de resíduos do metabolismo dos tecidos eliminados pelo fígado na bile.

Com isso, a partir do reto, que é a penúltima parte do sistema digestório e se


localiza atrás da bexiga e da próstata (no homem) ou útero e na vagina (na mulher),
segue-se o canal anal, que se encontra no períneo e se abre, e ao exterior pelo ânus.

O interior da parede do canal possui colunas anais que são longitudinais e para-
lelas, são unidas em seus extremos inferiores pelas válvulas anais. O esfíncter inter-
no possui musculatura própria e lisa, enquanto o esfíncter externo possui músculo
estriado voluntário e é mais forte.

Representação Real da Região Digestória: http://bit.ly/35zEf0a


Explor

Representação do Processo Digestório: http://bit.ly/2rvaUFA

Sintetize o seu conhecimento adquirido assistindo o vídeo sobre o processo digestório.


Explor

Sistema Digestivo Apresentação: https://youtu.be/BE-I9ZDGqZ4

Sistema Urinário
O Sistema Urinário é o principal responsável por filtrar e eliminar diversas subs-
tâncias presentes no sangue circulante. O sistema urinário é composto pelos rins,
ureteres, bexiga e uretra. Os três primeiros são iguais nos homens e nas mulheres.

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UNIDADE Sistemas Digestório, Urinário e Reprodutor

Os rins são os principais órgãos desse sistema: estão localizados junto à parede
posterior do abdômen, atrás do peritônio parietal. Comumente os indivíduos possuem
dois órgãos, com formato de feijão, cor avermelhada, pesando cerca de 140g cada
um, com dimensão média de 12cm de comprimento e são revestidos por uma cápsula
fibrosa: a cápsula renal.

A borda dos rins é convexa e sobre o polo superior encontra-se a glândula su-
prarrenal, que desempenha importante papel na função endócrina. A borda medial
é côncava e nela se localiza o hilo renal, que é o local de onde penetram e saem as
estruturas do pedículo renal.

O hilo renal, que leva até o seio renal, é o local onde são encontrados os vasos
renais e a pelve renal, que é uma dilatação que marca o início do ureter, que é o con-
dutor muscular que irá se conectar à bexiga.

A pelve renal penetra para o interior do rim por 2 ou 3 condutores chamados


de cálices maiores e cada um desses cálices subdivide-se em condutores menores
chamados de cálices renais menores. Esses, por sua vez, irão receber os túbulos
coletores, que provém dos glomérulos renais.

Figura 6 – Rim e suas estruturas


Fonte: GUYTON, 2006

Os ureteres são condutores musculares que irão conectar os rins à bexiga. Pos-
suem cerca de 25 a 30cm de comprimento e diâmetro de 10 a 15mm.

Os ureteres se encontram junto à parede posterior abdominal, atrás do peritô-


nio, e possuem 4 partes: lombar, ilíaca, pélvica e vesical.

A bexiga é o local de armazenamento da urina. Fica situada na pelve, em sua porção


anterior e média, quando vazia, apresenta 3 faces, e quando cheia, adquire forma variável.

A bexiga é recoberta pelo peritônio nas faces posterior e superior, sendo que a
camada média da bexiga é formada por músculos entrelaçados das fibras muscula-
res e internamente é revestida por mucosa, na qual se observam pregas.

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A relação da bexiga varia no homem e na mulher, sendo que, nos homens, ela se
relaciona à próstata e a vesícula seminal, e na mulher, relaciona-se ao colo do útero
e à vagina.

Figura 7 – Esquema representando a bexiga e a uretra


Fonte: UDC

A uretra é o condutor excretor da bexiga, conduzindo a urina ao meio externo.

No homem, tem função urogenital, pois possui a função de eliminar a urina e o


líquido espermático.

Na fisiologia masculina, a uretra se divide em 3 partes principais, sendo a pri-


meira logo após a bexiga, que é a uretra prostática, pois o canal uretral atravessa
a próstata.

Na uretra prostática, localiza-se o colículo seminal, no qual se abrem os ductos


ejaculatórios que irão conduzir o esperma desde a vesícula seminal até a uretra.

A segunda parte da uretra masculina é a uretra membranosa, e a terceira porção é


a uretra esponjosa ou peniana, que se estende desde o bulbo da uretra até o óstio ex-
terno dela, na glande do pênis. Essa parte é envolvida pelo corpo esponjoso do pênis.

Já na fisiologia feminina, a uretra é consideravelmente menor que a masculina;


estende-se por 4cm desde a bexiga até a vulva. A uretra feminina não possui rela-
ção com a via genital e se destina exclusivamente à eliminação de urina.

Tanto a uretra masculina quanto a feminina possuem, em seu percurso, dois esfínc-
teres que irão regular a abertura e o fechamento, permitindo o escoamento da urina.

O primeiro se localiza próximo à bexiga, no início da uretra, e é o esfíncter liso da


bexiga; o segundo, logo abaixo, é o esfíncter estriado da uretra e ambos possuem esses
nomes devido à musculatura que os constitui.

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UNIDADE Sistemas Digestório, Urinário e Reprodutor

Explor
Sistema Urinário Masculino e Feminino: http://bit.ly/35He73z
Explor

Função do Sistema Urinário: http://bit.ly/2QWlUpU

Sistema Reprodutor
O sistema reprodutor abriga os órgãos destinados à reprodução da espécie,
agrupa os órgãos responsáveis pela produção dos gametas masculino e feminino,
que são os testículos e ovários e os órgãos relacionados à condução desses gametas.

O sistema reprodutor masculino é formado por: testículos, próstata e pênis.

• Testículos: são glândulas internas apresentando-se como um órgão par, nos


quais ocorre a produção dos espermatozoides, ou seja, processo chamado de
espermatogênese. Esse é um processo sensível à temperatura elevada, e aconte-
ce em uma temperatura ideal média de 33°C. A localização dos testículos, abri-
gados no saco escrotal, fora da cavidade abdominal, propicia essa redução de
temperatura. O escroto é uma bolsa externa de pele e músculo que protege os
testículos. A testosterona (hormônio sexual masculino), também é produzida nos
testículos, mais precisamente, pelas células intersticiais. Cada testículo é oval e
mede cerca de 5cm de comprimento, situado no interior da cavidade abdominal
até por volta de dois meses antes do nascimento; depois, eles deixam o abdome
e descem para o escroto, ficando ali suspensos pelos funículos espermáticos;

• Próstata: a principal função é proporcionar o armazenamento e a secreção


de um fluido claro (líquido prostático) levemente alcalino, que constitui parte
do fluido seminal que, junto com os espermatozoides e o líquido seminal,
constituem o sêmen. A alcalinidade do fluido seminal ajuda a neutralizar a
acidez do trato vaginal, prolongando o tempo de vida dos espermatozoides.
A próstata também contém alguns músculos que ajudam a expelir o sêmen
durante a ejaculação;

• Pênis: o pênis contém a parte esponjosa da uretra e três corpos cilíndricos


longos de tecido erétil. Esse tecido erétil é uma rede esponjosa de tecido
conjuntivo e músculo liso, contendo muitos espaços vasculares (“cavernas”)
(MARIEB, HOEHN, 2009). A glande, que é a extremidade anterior do pê-
nis, é coberta por uma prega de pele conhecida por prepúcio. Além da glan-
de, o corpo do pênis também é recoberto por pele até a raiz do órgão, na
região do períneo. O corpo cavernoso e esponjoso do pênis se torna ereto
pelo influxo de sangue, quando em atividade.

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Figura 8 – Sistema Reprodutor Masculino
Fonte: SILVA, C. J; SASSON, S; BEDAQUE, P; 2013

O sistema reprodutor feminino é formado pelos: ovários, tubas uterinas, útero


e vagina:
• Ovários: são glândulas situadas na cavidade pélvica próxima à tuba uterina e
junto ao útero, pelo ligamento útero-ovárico. São responsáveis pela produção
de óvulos e hormônios endócrinos. Cada ovário tem aproximadamente 4cm
de comprimento, 2cm de largura e 8mm de espessura, pesando entre 2g e
3,5g e contém um hilo, o qual serve de passagem para nervos e vasos, tanto
sanguíneos quanto linfáticos. A ovulação é o momento em que ocorre a libera-
ção da célula reprodutiva feminina, ovócito secundário (ou ovócito II), que está
pronta para ser fecundada. É quando o ovócito II sai dos ovários e é enviado
para as tubas uterinas, pelo auxílio de movimentos peristálticos. A ovulação
ocorre em intervalos regulares em mulheres na fase reprodutiva e, geralmente,
acontece na metade do ciclo menstrual;
• Tubas uterinas: são pares e estão uma de cada lado, estendendo-se por 12cm
de comprimento, com a extremidade livre conhecida por pavilhão ou infundíbulo
da tuba. É o local onde acontece a fecundação! Seu tecido interno é formado
por células ciliadas. Os batimentos dos cílios microscópicos e os movimentos
peristálticos das tubas uterinas enviam o gameta feminino, o óvulo, até o útero;
• Útero: é um órgão oco situado na cavidade pélvica anteriormente à bexiga e
posteriormente ao reto, de parede muscular espessa e com formato de pera.
É revestido internamente por um tecido vascularizado rico em glândulas – o
endométrio, que é a camada que reveste internamente o útero. Essa camada fica
mais espessa para receber o embrião. É o endométrio que permite o alojamento
do embrião na parede do útero. Esse processo de fixação do embrião na parede
do útero chama-se nidação. É o endométrio que, durante os primeiros meses
de gravidez, permite a formação da placenta, que vai proporcionar, ao longo
de toda a gestação, nutrientes, oxigênio, anticorpos e outros elementos, bem
como eliminar todos os produtos tóxicos resultantes do metabolismo, essencial
à sobrevivência, saúde e desenvolvimento do novo ser. O espessamento do

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UNIDADE Sistemas Digestório, Urinário e Reprodutor

endométrio é estimulado pelos hormônios ovarianos: estrogênio e progesterona.


Divide-se em corpo, porção mais estreita do útero, e um colo que se comunica
com a vagina. Possui três camadas, sendo a primeira a serosa (peritônio) que
reveste externamente, uma camada muscular média, conhecida por miométrio,
e uma mucosa conhecida por endométrio. O útero é o órgão da gestação e do
parto, ou seja, o ovo proveniente da tuba se fixa no útero e se desenvolve até o
momento do parto, quando, por contrações uterinas, o feto é expulso;
• Vagina: é formada, principalmente, por musculatura e membranas; vai desde o
colo do útero até a vulva, com extensão variando entre 8 e 10cm. Comunica-se
com o útero por meio do óstio da vagina. Sua superfície é revestida por mucosa,
tem pregas e rugosidades que possuem glândulas e mantém o órgão umedecido;
possui relação com a uretra, situada anteriormente, e com o canal anal poste-
riormente. A vagina se abre nos grandes e pequenos lábios, clitóris e vestíbulo
da vagina (vulva) pelo óstio vaginal, local onde se encontra o hímen, que é uma
membrana na entrada da vagina. A vulva é formada pelas genitais externas, que
são os grandes lábios, sendo eles formados por pregas cutâneas de cada lado da
abertura vaginal e uretra. Os lábios menores situam-se entre os lábios grandes
e limitam o vestíbulo da vagina, que se estende sobre a glande do clitóris, for-
mando o prepúcio dele. O clitóris é equivalente ao pênis nos homens; também é
formado por tecido erétil e se situa anteriormente aos lábios menores.

Figura 9 – Sistema Reprodutor Feminino


Fonte: SILVA, C. J; SASSON, S; BEDAQUE, P; 2013

Assista o vídeo: A formação de um bebê na barriga. Veja como é o processo do sistema


Explor

reprodutor. Disponível em: https://youtu.be/E-Cm5eoe6CU

Após a leitura e o estudo do Material teórico e de consultar o Material Comple-


mentar, chegou a hora de você ir para o seu Ambiente Virtual de Aprendizagem e
acessar a Videoaula referente à Aula.

Bons estudos!

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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:

Vídeos
Os Rins O Corpo Humano
https://youtu.be/JXbdkqYMU5k

Leitura
Anatomia
Leia mais sobre o Sistema Urinário. Acesse o Capítulo 21.
http://bit.ly/2R0utAm
Anatomia
Leia mais sobre o Sistema Reprodutor. Acesse e leia o capítulo 22.
http://bit.ly/2R0utAm
Sistema Digestório
http://bit.ly/2L2lJWC

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UNIDADE Sistemas Digestório, Urinário e Reprodutor

Referências
FATTINI, C. A., DANGELO, J. G. Anatomia Humana Sistêmica e Segmentar.
3.ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2007.

GUYTON, A. C; HALL, J. E. Tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2006.

JUNQUEIRA, L. C.; CARNEIRO, J. Histologia básica. 11.ed. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 2008. p.339-58.

MARIEB, E. N.; HOEHN, K. Anatomia e fisiologia. Artmed Editora, 2009.

NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 4.ed. Rio de Janeiro: Campos, 2008.

NETTER, F. H. Atlas de Anatomia Humana. 6.ed. Rio de Janeiro: Campos, 2015

SILVA, C. J; SASSON, S; BEDAQUE, P. Ciências entendendo a natureza: a


matéria e a energia. 24. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.

SOBOTTA. Atlas de Anatomia Humana. 23.ed. Local: Editora, 2013. 3 volumes.

TORTORA, G. J.; GRABOWSKI, S. R.  Princípios de Anatomia e Fisiologia.


9.ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002.

________; DERRICKSON, B. Principles of Anatomy and Physiology. 12.ed.


New Jersey: John Wiley & Sons, Inc., 2009.

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