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OPEN ACCESS

ESTUDOS
IBERO-AMERICANOS
Estudos Ibero-Americanos, Porto Alegre, v. 46, n. 1, p. 1-5, jan.-abr. 2020
e-ISSN: 1980-864X | ISSN-L: 0101-4064

http://dx.doi.org/10.15448/1980-864X.2020.1.36710

APRESENTAÇÃO

Escrevendo a história ambiental da América Latina: processos de


ocupação, exploração e apropriação da natureza (séculos XIX e XX)
Writing the Environmental History of Latin America: Processes of Occupation,
Exploitation and Appropriation of Natural Environments (XIXth and XXth Centuries)
Escribiendo la historia ambiental de América Latina: procesos de ocupación,
explotación y apropiación del ambiente natural (siglos XIX y XX)

Luciana Murari1 Tendo-se implantado no cenário acadêmico latino-americano apenas


orcid.org/0000-0003-1517-1016
luciana.murari@pucrs.br
no início do século XXI, depois de já bem estabelecida nos Estados
Unidos e na Europa, a história ambiental é um campo jovem da produção
científica no subcontinente, mas podemos considerar que já dotado
Georg Fischer2
orcid.org/0000-0003-4791-5884 de firmes alicerces. Desde então, a pesquisa na área ganhou espaço
fischer@cas.au.dk
nas instituições universitárias de muitos países, abrindo caminho para
uma renovação dos horizontes teóricos, temáticos e interpretativos da
historiografia. Sua presença tem se mostrado crescente em programas
Recebido em: 30 jan. 2020. de pós-graduação, dando origem a grupos, laboratórios e centros de
Aprovado em: 31 jan. 2020. investigação, conduzindo à organização de sociedades científicas e
Publicado em: 28 abr. 2020.
eventos de dimensão variada. Ao estudar as interações ativas entre os
agrupamentos humanos e os elementos da natureza, com base em
abordagens dinâmicas que intersecionam áreas como a geografia, a
biologia, a antropologia, os estudos culturais e a produção discursiva,
a história ambiental mostra-se capaz de configurar objetos ainda não
explorados e gerar perspectivas originais de leitura do passado.
No contexto latino-americano, o campo tem oferecido referenciais
capazes de conduzir à problematização de diversos aspectos da trajetória
desses países: os modos de exploração colonial do território e seus
desdobramentos; a incorporação do imaginário da natureza nas culturas
nacionais; a geração de ferramentas intelectuais e técnico-científicas
para o escrutínio da base físico-geográfica das nações; a apropriação
do território e dos elementos do ambiente como “recursos naturais” e
“matérias-primas”; as formas de ocupação humana do espaço; os impactos
ambientais da produção econômica e de suas externalidades; a circulação
e a comodificação de espécies; os movimentos sociais conservacionistas
e ambientalistas; os aspectos sensoriais, perceptivos e emocionais
Artigo está licenciado sob forma de uma licença
Creative Commons Atribuição 4.0 Internacional. do contato com a natureza. Esses estudos caracterizam-se por seus
aspectos interdisciplinares, seus diversificados temas, problematizações,

1
  Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil.
2
  Aarhus Universitat (AU), Aarhus, Dinamarca.
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bases conceituais, escalas de referência e e possibilidades por ele representados desde a


delimitações espaciais, em uma demonstração ocupação europeia e, particularmente, desde a
da heterogeneidade e do dinamismo do campo. colonização da região por imigrantes alemães. As
Este dossiê apresenta uma amostra da múltiplas dimensões da simbiose entre cidade e rio
produção contemporânea em história ambiental são descritas a partir do estudo do ordenamento
latino-americana. “A agricultura e floresta dos espacial, das práticas econômicas, dos modos
alemães no Brasil: mobilidade, conhecimentos de ocupação e distribuição populacional ao
e transfers no Urwald (século XIX)”, assinado longo de sua evolução histórica. À medida
por Eduardo Relly, abre horizontes inovadores que aborda os resultados dessa interação, que
para o campo. O autor questiona, sobretudo, compreendem o desmatamento das áreas
o que denomina “nacionalismo metodológico”, ribeirinhas e o consequente assoreamento do rio,
perspectiva que conduz a uma abordagem o estudo permite acompanhar as rotinas sociais
estática da dimensão espacial, reduzindo o e econômicas do município, que consagraram a
escopo das análises a referências territoriais navegação fluvial como fator de impulsionamento
estanques. No contexto da história das migrações da atividade produtiva. Ao mesmo tempo, enfoca
em massa dos séculos XIX e XX, ele propõe os prejuízos causados pelas enchentes periódicas,
uma abordagem transcultural em que a região tão recorrentes que passaram a ser vistas tanto
e a localidade sejam trabalhadas a partir da quanto eventos naturais como culturais. Ao longo
dinâmica das construções e práticas sociais, do artigo, o panorama histórico permite descrever
que conduzem à constante reelaboração das a dinâmica da relação entre o rio e o município,
fronteiras. Aplicando o conceito de transfers exemplificando a reciprocidade das interações
à história agrícola e florestal, ele enfatiza, ao entre sociedade e ambiente.
contrário da definição do processo migratório Questões similares são tratadas pelo artigo de
como ruptura cultural, até hoje privilegiada, a Alfredo Ricardo Silva Lopes, “Uma história social
necessidade de também atentar para os fluxos de dos desastres de 1974 na bacia do rio Tubarão
informação e experiência entre o Brasil e a Europa, (SC- Brasil)”, que analisa o impacto das enchentes
escrevendo a história de uma agropecuária, e deslizamentos de terra então ocorridos na região
por exemplo, teuto-brasileira. Sua pesquisa catarinense. O autor reconstitui o evento conforme
esclarece que, para além da incorporação de as narrativas de suas testemunhas, registradas pela
técnicas e produtos agrícolas próprios da cultura imprensa e pela escrita memorialística locais. O
brasileira, os imigrantes também aportaram estudo dessa produção textual permite observar o
conhecimentos europeus relacionados ao manejo impacto imediato da catástrofe a partir dos modos
do fogo e introduziram sementes e mudas de de representação e significação da experiência,
sua sociedade de origem. A própria escolha dos ao mesmo tempo que explicita as estratégias de
setores agropecuários a serem adotados por mobilização empregadas para a reorganização da
eles nas colônias refletiu, como observa o autor, vida urbana em função da profunda crise social que
afinidades culturais prévias. se seguiu. As fortes ondas emigratórias foram sua
Também em um contexto relacionado à manifestação mais visível, além do desalojamento,
colonização neoeuropeia, o trabalho de Claudia das dificuldades de subsistência, da desorganização
Schemes, Magna Lima Magalhães e Cleber das atividades produtivas, da generalização da
Cristiano Prodanov, “Um rio, uma cidade: caminhos violência e sua decorrente política de controle e
que se cruzam – São Sebastião do Caí (RS)” repressão social. O autor demonstra como, com a
exemplifica a pesquisa em história ambiental reconstrução da cidade, obras públicas lograram
urbana, estudando a relação de uma cidade com manter sob controle uma região caracterizada
o rio que a cruza. Acompanhando a história do como uma “bacia de inundação”, onde as condições
município pelo viés de suas interações com o rio geográficas apontam para um elevado risco de
Caí, o estudo explora os condicionamentos, limites enchente. Para além da excepcionalidade do
Luciana Murari • Georg Fischer
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evento em questão, esse estudo de caso ilustra o compartilhamento da responsabilidade


exemplarmente o dinamismo, a reciprocidade e sob sua administração, nas perspectivas do
a busca de um equilíbrio – por vezes precário – desenvolvimento e da integração regional.
característicos da interação entre as sociedades Seria necessário promover, simultaneamente, o
e seu ambiente físico. fortalecimento de seus nexos com os estados
Compreendendo um âmbito geográfico mais brasileiros e a criação de diretrizes comuns para a
amplo, o trabalho de Eduardo di Deus, “A borracha gestão da Amazônia entre os países que dividiam
que apaga o café: notas para uma história tecno- seu território. Definem-se, a partir daí, tanto medidas
ambiental da seringueira em São Paulo”, aborda diplomáticas de abrangência internacional, como
a expansão do plantio da Hevea spp no planalto a assinatura do Tratado de cooperação amazônica
ocidental paulista, desde as primeiras experiências (1978), quanto a formação de uma infraestrutura
como árvores laticíferas no final do século XIX até de transportes e comunicação entre a região e os
o auge da produção no final dos anos 1980. O estados brasileiros. Através de uma abordagem
trabalho reconstitui o processo de implantação que combina as teorias da geopolítica e das
da heveicultura em seus aspectos tecnológicos e relações internacionais, o artigo reflete, assim,
produtivos, atentando também para fundamentos sobre as bases intelectuais das políticas públicas
institucionais e econômicos, para sua articulação que, nas últimas décadas, intentaram imprimir
com a tradicional agricultura cafeeira e para ao território amazônico diretrizes institucionais
a circulação internacional de informação e de de controle, ao mesmo tempo inserindo-o nas
meios tecnológicos no setor. Ao mesmo tempo, o redes nacionais e internacionais de intercâmbio
estudo demonstra a centralidade das instituições material e simbólico.
de pesquisa e desenvolvimento agrícola do Outro dos grandes biomas brasileiros foi
estado na prestação de assistência técnica aos tematizado por Sandro Dutra e Silva e Altair Sales
produtores, enquanto atenta para as demandas Barbosa em “Paisagens e fronteiras do Cerrado:
do setor industrial, para as condições de manejo, ciência, biodiversidade e expansão agrícola nos
transporte e processamento da produção. Como chapadões centrais do Brasil”. O trabalho explora
se vê, o artigo integra os múltiplos aspectos os recentes desenvolvimentos na produção de
que condicionaram a produção da seringueira uma história ambiental do cerrado como sistema
como alternativa econômica em São Paulo, biogeográfico, enquanto promove uma reflexão
demonstrando a importância de considerar sobre os danos a ele causados pelo recente
os processos produtivos a partir das relações avanço da fronteira agrícola em seu território, que
das sociedades humanas com os elementos demonstram o dramático processo de destruição
ambientais, e identificando na apropriação de de sua fisionomia primitiva, hoje residual. Os
tecnologia os meios de sua viabilização. autores inventariam a produção acadêmica
Trazendo para o debate a delimitação de recente sobre a região, apresentando um retrato
uma esfera regional de abrangência a partir de das transformações por ela experimentadas,
um bioma específico, o estudo “As fronteiras sobretudo nas últimas décadas. Através de um
geopolíticas do condomínio panamazônico: viés ecológico, eles interpretam as interações
observações epistemológicas” dedica-se a discutir entre os elementos constituintes desse sistema
o tema da incorporação da dimensão geográfica biogeográfico, demonstrando, por exemplo,
nas políticas públicas, segundo a obra de Carlos o comprometimento da flora do cerrado pela
Moreira Mattos. Tomando como referência seus extinção de elementos de sua fauna. Partindo
escritos sobre a Amazônia, Delmo de Oliveira de conceitos consagrados por textos clássicos
Torres Arguelhes demonstra como, na visão do da história ambiental, pela produção científica
General, cabia trabalhar para a defesa do território ligada à tradição dos naturalistas-viajantes e
amazônico através de programas de cooperação pelos trabalhos acadêmicos contemporâneos
entre os países da região, no sentido de buscar sobre o sistema, o estudo oferece um vasto painel
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da historiografia regional, culminando com a informação científica sobre a Panthera onca e da


análise da situação contemporânea. No que toca atuação de entidades dedicadas a projetos efetivos
ao processo recente de expansão da fronteira voltados para sua conservação. Compreender a
agrícola, os autores examinam os expressivos articulação entre a pesquisa e o conservacionismo
impactos ambientais da agricultura sobre o é um dos objetivos alcançados pelo artigo, após
bioma, demonstrando os severos danos causados uma caracterização da espécie e uma recensão
a seu equilíbrio ecológico, que abrangem o solo, historiográfica em que obras escritas por caçadores
a fauna, a flora, o clima e os recursos hídricos. O são identificadas como os primórdios da produção
diagnóstico demonstra o comprometimento de de conhecimento sobre a onça-pintada. Os autores
seu patrimônio genético – e, consequentemente, demonstram que as iniciativas efetivamente
de seu potencial farmacêutico –, apontando para dedicadas à pesquisa sistemática sobre a espécie
a insustentabilidade desse modelo de exploração. datam da década de 1970, quando se iniciam os
A incorporação de espécies vegetais exóticas, estudos sobre suas características ecológicas.
um dos fatores observados por Sandro Dutra e Silva Demonstrando o imbricamento entre a investigação
e Altair Barbosa como uma das características da científica e os projetos protetivos, já esses primeiros
inserção do Centro-oeste brasileiro no mercado estudos apresentavam propostas de medidas
mundial de alimentos e energia, é o tema do conservacionistas. Esse aspecto seria uma constante
estudo seguinte, de autoria de Marília Teresinha também nos empreendimentos de cunho científico
de Sousa Machado, José Augusto Drummond desenvolvidos no século XXI, quando se intensifica
e Cristiane Gomes Barreto. O artigo “Leucaena a atuação de entidades ambientalistas, centros de
leucocephala (Lam.) de Wit in Brazil: history of pesquisa ligados ao poder público, fundações e
an invasive plant” busca analisar a dispersão da organizações não governamentais. Considerando
espécie, uma das mais invasivas do mundo, no a ameaça de extinção da espécie, sobretudo nos
território brasileiro. Os autores observam que o biomas da Mata Atlântica e da Caatinga, seus projetos
fenômeno da propagação de espécies fora de seu têm alcançado, simultaneamente, repercussão
bioma nativo, intencionalmente ou não, representa acadêmica e colaboração de ativistas. O artigo nos
uma das áreas de investigação mais relevantes permite também observar o diálogo entre a história
na história ambiental para a abordagem das ambiental e outras áreas do saber – em particular
relações entre as sociedades humanas e o meio a zoologia, a veterinária e a genética –, e, também,
físico-natural. Considerando que a dispersão de entre ela e os movimentos sociais ambientalistas.
plantas atende a diversos propósitos humanos, Como concluem os autores, a ciência tem sido o
sua propagação na atualidade tem sido objeto principal instrumento para a conservação da espécie.
de estímulo, considerada a facilidade com que Desde o trabalho de seus pioneiros, o
se reproduz e sua utilidade econômica como tratamento dos aspectos culturais e intelectuais
forragem para a criação de gado. Sendo assim, essa da relação entre homem e natureza é uma das
pesquisa examina, em primeiro lugar, a chegada linhas mais produtivas da história ambiental,
da espécie ao País, muito anterior à data em que como demonstram os dois artigos seguintes do
foi introduzida oficialmente por uma instituição de dossiê. Em “José Mármol e o ambiente brasileiro do
pesquisa. Com base nesse estudo, são observados século XIX visto por um exilado”, Amanda da Silva
os padrões de sua difusão por grande parte do Oliveira e Maria Eunice Moreira empreendem uma
território nacional, chegando a atingir uma área análise dos aspectos identitários relacionados à
de preservação, o Parque Nacional de Brasília. elaboração, pelos intelectuais latino-americanos,
O artigo seguinte também se debruça sobre de concepções acerca da originalidade da região.
uma espécie em particular. “História, ciência Nesse texto, elas analisam os artigos publicados
e conservação da onça-pintada nos biomas pelo escritor argentino José Mármol durante seu
brasileiros”, de José Luiz de Andrade Franco e Lucas exílio brasileiro, entre 1845 e 1846, e observam
Gonçalves da Silva, faz um balanço da produção de que suas impressões etnográficas difundem uma
Luciana Murari • Georg Fischer
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concepção paradisíaca da natureza, que lhe inspira O dossiê finaliza com uma entrevista concedida
sentimentos do sublime, em contraposição a visões aos organizadores por John Soluri, professor da
da sociedade urbana como espaço conspurcado Carnegie Mellon University, nos Estados Unidos.
pelo cosmopolitismo. Em sua escrita, enquanto a Soluri narrou sua trajetória como pesquisador
natureza carrega as insígnias do americanismo, em história ambiental da América Latina e
incorrupta, copiosa e opulenta, a sociedade, apresentou reflexões sobre diversos temas
em contato com a cultura europeia, prendia-se relativos ao campo: o estado atual da pesquisa;
a laços de dependência que inviabilizavam o as áreas e temas mais promissores e imperiosos;
projeto de uma identidade americana comum. perspectivas de investigação globais versus
Assim, observa-se na análise das autoras a regionais e locais; as relações do conhecimento
plasticidade dos conceitos de natureza e cultura científico com os problemas sociais e ambientais
e sua capacidade de traduzir concepções e do mundo contemporâneo; a história ambiental
representações sobre a vida social que incorporam nos Estados Unidos; as oportunidades de
aspirações e projetos de cunho político-ideológico. intercâmbio entre pesquisadores e estudantes; a
Também nessa categoria direcionada aos responsabilidade dos intelectuais. Ao final, refletiu
estudos da cultura e da vida intelectual, o trabalho sobre o significado da história ambiental no meio
de Rodrigo Antonio Vega y Ortega Baez, “Matías científico, suas particularidades, desafios e riscos.
Romero, las ciencias geográfico-naturales y la Convidamos todos os leitores da revista
transformación ambiental del sureste de México, Estudos Ibero-americanos a conhecer esse dossiê.
1870-1883”, ilustra a crença, pelos letrados latino- Agradecemos aos autores que nos confiaram
americanos, de que o desenvolvimento científico seus artigos e aos pareceristas que contribuíram
proporcionaria a prosperidade econômica do País anonimamente para sua apreciação e aprimoramento.
por meio de ações efetivas sobre o território. Caberia
promover, segundo o político, o direcionamento
Luciana Murari
das forças produtivas nacionais no sentido do
fomento ao plantio de gêneros de exportação Doutora em História Social pela Universidade de São
Paulo. Professora da Escola de Humanidades e do
para os mercados norte-americano e europeu, por Programa de Pós-graduação em História da Pontifícia
meio da ampliação e da diversificação da oferta. A Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

base para tal seria a incorporação dos saberes da


geografia e das ciências naturais, que conduziriam Georg Fischer
a uma racionalização das iniciativas econômicas.
Doutor em História pela Universidade Livre de Berlim.
Em particular, buscavam-se plantas nativas ou Professor associado da Escola de Cultura e Sociedade
aclimatadas que possuíssem alto valor comercial da Universidade de Aarhus, Dinamarca.

e que poderiam ser cultivadas em terras até então


tidas como inférteis. Por meio de um trabalho de
Endereço para correspondência:
propaganda, Romero promoveu a divulgação
Luciana Murari
dos conhecimentos adquiridos em suas leituras
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul
científicas, e que exploraram as possibilidades de
Av. Ipiranga, 6.681, Prédio 4, sala 2
uso produtivo de parcelas intocadas do território.
Partenon 97010-082
Nessa análise de sua obra, Vega y Ortega Baez
explora, assim, as bases intelectuais de uma Porto Alegre, RS, Brasil

transformação do meio ambiente mexicano a partir


das últimas décadas do século XIX que estimulou Georg Fischer

a conversão de “terras ociosas” – selvas, bosques Aarhus Universitet. Institut for Kultur og Samfund.
e manguezais – em campos agrícolas, conduzindo Jens Chr. Skous Vej 7, bygning 1467, 324. 8000 Aarhus
C. Danmark.
a uma sensível alteração da paisagem do País.

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