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EB60-N-06.

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MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO

NORMAS PARA O PLANEJAMENTO E CONDUTA DO ENSINO NOS CENTROS E


NÚCLEOS DE PREPARAÇÃO DE OFICIAIS DA RESERVA

3ª Edição
2016

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EB60-N-06.001

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E CULTURA DO EXÉRCITO
DIRETORIA DE EDUCAÇÃO SUPERIOR MILITAR
(Diretoria de Instrução/1952)

APROVAÇÃO

De acordo com o inciso I do art. 6º, da Seção I, do Capítulo III, do Regulamento da Diretoria
de Educação Superior Militar (R-118), aprovo as Normas para o Planejamento e Conduta do Ensino
nos Centros e Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva (EB60-N- 06.001).

Em consequência:

- revogo a 2ª Edição das presentes Normas;

- determino que as referidas Normas entrem em vigor a contar de 1º de janeiro de 2017; e

- os interessados tomem conhecimento e as providências decorrentes.

__________________________________
Gen Div JÚLIO CESAR DE ARRUDA
Diretor de Educação Superior Militar

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ÍNDICE DE ASSUNTOS
Art
CAPÍTULO I - DA FINALIDADE............................................................................... 1º
CAPÍTULO II - DOS OBJETIVOS............................................................................ 2º
CAPÍTULO III - DO PLANEJAMENTO, SUPERVISÃO GERAL E GESTÃO DO
ENSINO
SEÇÃO I - Do Planejamento Escolar....................................................................... 3º/5º
SEÇÃO II - Da Avaliação do Ensino........................................................................ 6º
SEÇÃO III - Da Gestão do Ensino........................................................................... 7º/9º
SEÇÃO IV - Da Gestão Escolar............................................................................... 10/14
SEÇÃO V - Da Orientação Técnico-Pedagógica..................................................... 15/16
SEÇÃO VI - Da Montagem do Plano Geral de Ensino............................................ 17/25
SEÇÃO VII - Do Programa de Leitura...................................................................... 26/28
SEÇÃO VIII - Dos Jogos Desportivos...................................................................... 29
SEÇÃO IX - Das Especificidades das Disciplinas e Complementação Do Ensino.. 30/34
CAPÍTULO IV - DA ADMINISTRAÇÃO ESCOLAR
SEÇÃO I - Do Regime Escolar................................................................................ 35/44
SEÇÃO II - Do Controle Médico............................................................................... 45/48
SEÇÃO III - Da Comunicação Social....................................................................... 49/51
SEÇÃO IV - Da Informatização................................................................................ 52/53
SEÇÃO V - Das Salas de Aula................................................................................ 54/55
SEÇÃO VI - Das Bibliotecas.................................................................................... 56/58
SEÇÃO VII - Das Datas Comemorativas, Solenidades e Formaturas..................... 59/61
SEÇÃO VIII - Das Atividades Fora da Sede............................................................ 62/64
SEÇÃO IX - Da Prevenção de Acidentes................................................................ 65/67
SEÇÃO X - Das Revistas......................................................................................... 68/70
SEÇÃO XI - Dos Grêmios........................................................................................ 71
SEÇÃO XII - Dos Serviços de Escala...................................................................... 72/74
CAPÍTULO V - DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS................................................... 75/83
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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CAPÍTULO I
DA FINALIDADE

Art. 1º Estas Normas têm por finalidade orientar o planejamento e a execução


do ensino no Sistema de Formação de Oficiais da Reserva de 2ª Classe (SisFOR), com-
posto pela Diretoria de Educação Superior Militar (DESMil) e pelos Órgãos de Formação
de Oficiais da Reserva (OFOR).

Parágrafo único. Os OFOR são constituídos pelos Centros de Preparação de


Oficiais da Reserva (CPOR) e pelos Núcleos de Preparação de Oficiais da Reserva
(NPOR).

CAPÍTULO II
DOS OBJETIVOS

Art. 2º Estas Normas têm por objetivo:

I - normatizar o planejamento do ensino nos estabelecimentos (Estb Ens) do


SisFOR;

II - estabelecer as condições para supervisão geral de ensino e para a adminis-


tração escolar no SisFOR; e

III - orientar o desenvolvimento de atividades particulares dos OFOR.

CAPÍTULO III
DO PLANEJAMENTO, SUPERVISÃO GERAL E GESTÃO DO ENSINO

Seção I
Do Planejamento Escolar

Art. 3º O planejamento escolar realizado nos OFOR deve ser uniforme, efetivo
e participativo, contendo propostas de ações educacionais, sendo consolidado no Plano
Geral de Ensino (PGE).

Art. 4º A uniformidade das ações educacionais visa a estabelecer uma proposta


pedagógica comum, com base na doutrina militar, estabelecendo um processo de ensino-
aprendizagem orientado para a formação de Oficiais da Reserva de 2ª Classe do Exército
Brasileiro.

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Art. 5º O PGE deve cumprir fielmente estas Normas e, observando o princípio


da flexibilidade, conciliar o regime de trabalho no OFOR com as exigências acadêmicas
universitárias, a fim de proporcionar ao discente as melhores condições para o prosse-
guimento do seu ensino superior.

Seção II
Da Avaliação do Ensino

Art. 6º A avaliação educacional é tratada em legislação específica.

Seção III
Da Gestão do Ensino

Art. 7º A gestão do ensino no SisFOR fundamenta-se no fiel cumprimento de


todos os documentos relacionados ao ensino, na preparação e estímulo dos corpos do-
cente e discente, no acompanhamento de suas atividades e no suporte pedagógico e ad-
ministrativo que facilite o desenvolvimento da ação educacional.

Art. 8º Para atingir um nível de excelência nessa área, torna-se imprescindível


a obtenção, manutenção e desenvolvimento de padrões que caracterizem a eficiência do
processo educacional. Desta forma devem ser observados os seguintes princípios:

I - comprometimento das lideranças: não há objetivo educacional que possa


ser alcançado sem o comprometimento das lideranças com o mesmo. Este princípio se
manifesta, dentre inúmeras ações, pela fixação de diretrizes, pela manifestação, exalta-
ção e fortalecimento dos valores institucionais, pelo incentivo ao autoaperfeiçoamento dos
agentes de ensino e pelo envolvimento pessoal da direção em atividades como planeja-
mento e análise crítica dos processos finalísticos e de apoio;

II - valorização dos recursos humanos: os recursos humanos constituem o


maior patrimônio da instituição. O aproveitamento de suas experiências e de seus conhe-
cimentos agregará valor intangível à relação custo/benefício. Assim, deve-se investir con-
tinuadamente no aprimoramento dos agentes envolvidos no processo ensino-
aprendizagem visando, permanentemente, o desenvolvimento de competências e o
aperfeiçoamento de habilidades, seja por meio da educação e do condicionamento, seja
pelo incentivo à iniciativa e à criatividade;

III - responsabilidade social: é a relação ética e transparente da Instituição


com os públicos (interno e externo), estabelecendo diretrizes compatíveis com o desen-
volvimento sustentável da sociedade à que serve. Assim, a responsabilidade social do
Exército se manifesta na busca permanente do perfeito desempenho da atividade fim e no
grau de satisfação das comunidades atendidas, por intermédio de programas de ativida-
des complementares;

IV - visão prospectiva: é o estabelecimento de um espaço de conhecimento


orientado para a aplicabilidade efetiva do preparo técnico e profissional de seus agentes,
de forma a garantir a fidelização e o permanente autoaperfeiçoamento, através de uma
proposta pedagógica que contemple a qualidade do processo ensino-aprendizagem; e

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V - melhoria contínua: este princípio, por si só, constitui a essência do pro-


cesso educacional de forma a introduzir práticas de avaliação, incentivar a formação de
equipes de trabalho, estimular o entendimento e o atendimento das necessidades das
partes interessadas, buscar referências externas, estimular a criatividade e a inovação
para a introdução de melhorias e, finalmente, acompanhar a evolução tecnológica para a
obtenção de ganhos de qualidade e de produtividade.

Art. 9º A gestão do ensino abrange todos os setores dos OFOR. Assim, todo o
esforço para a sua implementação deve ser meta prioritária em face dos benefícios que
trará para o Exército. O comprometimento de todos os componentes do SisFOR com os
meios e os fins da gestão é o passo essencial para que todo o processo se desenvolva e
seja bem sucedido.

Seção IV
Da Gestão Escolar

Art. 10. A gestão escolar é uma ação coadjuvante à ação de comando, em to-
dos os níveis, e caracteriza-se pelo exercício da autoridade, pelo conhecimento dos as-
pectos peculiares ao processo ensino-aprendizagem, pelo acompanhamento das ativida-
des escolares, pela validação do processo, pela avaliação educacional, pelas pesquisas e
entrevistas dos corpos docente e discente, pela fiscalização do cumprimento da legislação
de ensino, pela atualização das normas escolares, pelas reuniões pedagógicas e pela
busca da integração e da interação interpessoal.

Art. 11. A gestão escolar e os fundamentos a aplicar nos estabelecimentos de


ensino do Exército estão regulados em legislação específica.

Art. 12. A capacitação dos agentes de ensino será conduzida mediante cursos
e estágios promovidos e/ou autorizados pelo Departamento de Educação e Cultura do
Exército (DECEx), cabendo ao Diretor de Ensino (Dir Ens) incentivar a capacitação dos
seus recursos humanos por intermédio de solicitação ao escalão enquadrante.

Art. 13. Em busca da permanente melhoria da qualificação do corpo docente e


do corpo técnico-pedagógico e administrativo, o Dir Ens deve incentivar o aperfeiçoamen-
to profissional de seus comandados, mediante a participação em eventos pedagógicos ou
em cursos e estágios, militares ou civis.

Art. 14. As particularidades do ensino nos OFOR determinam características


próprias às Divisões de Ensino (Div Ens) quanto à gestão escolar, exigindo particular
atenção da ação supervisora. Para tanto, devem ser designados especialistas em educa-
ção com a função específica de exercê-la.

Seção V
Da Orientação Técnico-Pedagógica

Art. 15. Cabe aos CPOR realizar a orientação técnico-pedagógica aos NPOR
situados em suas áreas de jurisdição, suprindo a inexistência da estrutura de suporte pe-
dagógico representada pelas Seções Técnicas de Ensino (Seç Tec Ens) e pelas Seções

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Psicopedagógicas (Seç Psc Pdg). Todo o esforço deve ser desenvolvido no sentido de se
estabelecer ligações rápidas e eficientes com os NPOR vinculados, de modo a fazê-los
contar com uma orientação permanente e adequada à condução do processo ensino-
aprendizagem.

Art. 16. Os CPOR devem procurar obter informações quanto à validade dos
currículos em vigor nos NPOR e ao aprimoramento dos Cursos de Formação de Oficiais
da Reserva, mediante o acompanhando do desenvolvimento dos Estágios de Instrução e
Preparação de Oficiais Temporários (EIPOT) em suas áreas de influência. Para isso, deve
ser estabelecida uma adequada ligação entre os CPOR, as Regiões Militares (RM) e as
organizações militares (OM) incumbidas da condução dos respectivos Estágios.

Seção VI
Da Montagem do Plano Geral de Ensino

Art. 17. O PGE é o documento básico em que são previstas todas as atividades
de ensino a serem desenvolvidas no ano letivo considerado, sendo elaborado em confor-
midade com a legislação em vigor.

Art. 18. Os CPOR terão a responsabilidade de aprovar os PGE propostos pelos


NPOR vinculados.

Art. 19. Caso o CPOR julgue necessário inserir tópicos que não atendam à le-
gislação específica para a elaboração do PGE, deverá propô-los à DESMil para análise.

Art. 20. Além dos anexos estabelecidos pela legislação específica para a elabo-
ração do PGE, deve ser elaborado o Anexo “P” (NPOR VINCULADOS).

Art. 21. O PGE somente poderá ser divulgado ao corpo docente após aprova-
ção pelo Comandante Estb Ens (Esc Sp).

Art. 22. Uma vez aprovado o PGE, eventuais modificações somente poderão
ser introduzidas mediante aprovação do Comandante Estb Ens.

Art. 23. Somente poderão ser executadas as atividades que constarem do


PGE.

Art. 24. A duração do ano letivo será, no máximo, de quarenta e duas sema-
nas contínuas (fixadas pelo Estado-Maior do Exército - EME), de efetivo trabalho escolar,
dividido em dois períodos:

I - Básico (PB): com duração de quinze semanas; e

II - de Formação e Aplicação (PFA): com duração de vinte e sete semanas.

Parágrafo único. A data de matrícula é a constante das Instruções Complemen-


tares de Convocação (ICC), expedidas pelo Departamento-Geral do Pessoal (DGP), por
se tratar da prestação do Serviço Militar Inicial obrigatório, regulado pela Lei do Serviço
Militar e seu Regulamento.

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Art. 25. Devem constar do Calendário Escolar:

I - período da seleção complementar (antes do início do ano letivo);

II - início e término de cada período do ano letivo;

III - exercícios de longa duração (ELD) e dias com atividade intensiva (turnos
da manhã e da tarde);

IV - feriados, datas comemorativas, festivas, dias sem expediente, data de es-


colha das Armas, aniversário da OM;

V - outras julgadas de fundamental importância para o OFOR.

Seção VII
Do Programa de Leitura

Art. 26. O Programa de Leitura (PL) para o corpo discente deverá ser
elaborado em dois ciclos de leitura, sendo um em cada período de instrução.

Art. 27. O PL deve ser executado da seguinte maneira:

I - no PB: uma obra de livre escolha; e

II - no PFA: duas obras:

a) uma imposta; e

b) uma de livre escolha.

§ 1º Temas relacionados à História Militar do Brasil, Liderança e Ética Militar e


História do Brasil, devem ser considerados prioritários para as obras impostas.

§ 2º O PL será desencadeado da seguinte maneira:

I - leitura da obra em domicílio;

II - reunião ao final de cada período, com a leitura individual do resumo da


obra;

III - debates sobre a obra; e

IV - recolhimento do resumo.

§ 3º Os debates devem ser coordenados por alunos (supervisores) e


assistidos por um instrutor.

§ 4º Esta atividade deve ser computada para o conceito atitudinal do aluno.

Art. 28. Para o corpo docente e demais membros da administração, o PL

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deverá ser elaborado em dois ciclos de leitura, sendo um por semestre, com a leitura de
uma obra no primeiro semestre e duas obras no 2º semestre, devendo ser conduzido de
forma idêntica ao PL dos alunos, dispensando-se a entrega de resumos.

Seção VIII
Dos Jogos Desportivos

Art. 29. Os alunos podem participar de competições internas entre os cursos,


com outros OFOR ou com entidades civis, sempre autorizados pelo Dir Ens nos dois últi-
mos casos.

§ 1º As competições desportivas entre os CPOR deverão ocorrer, em princípio,


na trigésima terceira semana.

§ 2º Caso não possa haver as competições entre os CPOR, na semana desti-


nada para tal evento deverão ocorrer as competições internas.

Seção IX
Das Especificidades das Disciplinas e Complementação do Ensino

Art. 30. Na disciplina História Militar:

I - sugere-se as seguintes atividades conexas às aulas formais:

a) pesquisa em grupo, antecedendo às sessões;

b) apresentação de uma visão interdisciplinar dos problemas históricos milita-


res; e

c) visitas a sítios históricos, museus, monumentos e exposições, sempre que


possível;

II - a realidade regional de cada OFOR propiciará destaque específico a certos


assuntos da disciplina;

III - todas as oportunidades devem ser aproveitadas para destacar vultos e fei-
tos do Exército Brasileiro, assim como para ressaltar sua participação na História do Bra-
sil, enaltecendo a contribuição da Instituição na integração, consolidação e defesa da na-
cionalidade e mostrar sua permanente identificação com os legítimos anseios do povo
brasileiro; e

IV - seu estudo deve ser focado sobre a compreensão do quadro geral em que
cada fato ocorreu. Tratando-se de conflitos, sempre que couber, é necessário explorar os
seguintes aspectos:

a) a visão política do conflito;

b) as estratégias militares presentes;

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c) o papel das lideranças na condução do fato;

d) os princípios de guerra aplicados; e

e) as táticas e o posicionamento da população (nação) em relação à luta.

Art. 31. Na disciplina Treinamento Físico Militar (TFM), deve-se observar a ob-
tenção dos índices estabelecidos para o Padrão Básico de Desempenho (PBD), previstos
para qualquer militar na ativa.

Art. 32. Na disciplina Liderança Militar:

I - compreensão da Liderança como um fenômeno essencial aos condutores de


homens em qualquer situação;

II - deve ser conduzida por um instrutor experimentado, particularmente pelo


Dir Ens, seguida de estudos e debates com visão interdisciplinar aplicada a casos da His-
tória Militar, da Ética Militar, dos componentes da área atitudinal e da vida cotidiana na
caserna; e

III - em todas as situações da vida escolar, os princípios que orientam a postura


da chefia e do comando no contexto da Liderança devem ser objeto de permanente ênfa-
se, para que sejam exercitados constantemente pelos alunos nas diversas oportunidades
que se lhes apresentem.

Art. 33. Na disciplina Assuntos da Atualidade:

I - enfatizar os assuntos que tenham interesse para o Brasil e, particularmente,


para o poder militar brasileiro; e

II - a pesquisa em grupo, orientada a partir de um pedido prévio, é excelente


técnica de instrução a adotar. Nesse pedido, a título de sugestão, devem constar itens
como:

a) compreensão geral da situação;

b) causas do problema;

c) consequências/ensinamentos dos fatos em curso para o Exército Brasileiro e


para o Brasil;

d) papel das lideranças nos casos em estudo; e

e) papel da população nas questões em foco.

Art. 34. Nas disciplinas típicas do combatente, deve prevalecer sempre, inclusi-
ve na realização das avaliações, o caráter prático e realista.

Parágrafo único. A ênfase na exploração dos atributos da área atitudinal, em


quaisquer circunstâncias, sempre será objeto do maior interesse, visto que o conjunto de
valores manifestos no comportamento e nas atitudes que compõem o espírito militar é a

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razão maior do curso, por estar diretamente ligado ao desenvolvimento da Liderança.

CAPÍTULO IV
DA ADMINISTRAÇÂO ESCOLAR

Seção I
Do Regime Escolar

Art. 35. Nos trabalhos diários:

I - em dias normais, realizado no turno da manhã, a permanência do aluno no res-


pectivo OFOR será de cinco horas, destinando-se quatro horas aos tempos de instrução;

II - em dias de expediente integral, com dois turnos (manhã e tarde), a permanência


do aluno no OFOR será de dez horas, destinando-se oito horas aos tempos de instrução;
e

III - em dias com jornada em três turnos, a previsão de tempos de aulas será con-
forme o quadro abaixo:

a) no período de internato:

(2ª a 5ª feira) (6ª feira)


Horas Diurnas Horas Noturnas Horas Diurnas
oito duas quatro

b) no período de ELD:

Total
2ª Feira 3ª Feira 4ª Feira 5ª Feira 6ª Feira
Semanal
Horas Diurnas 12 12 12 12 8 56
Horas Noturnas 12 12 12 12 - 48
Total 24 24 24 24 8 104

c) no ELD, considerando-se as vinte e quatro horas diárias, dez horas devem ser
destinadas às atividades de higiene pessoal, alimentação e pernoite, tudo sob o título de
Marchas e Estacionamentos.

IV - o tempo de instrução deverá ter a duração de quarenta e cinco minutos.

Art. 36. Em geral, cada semana terá vinte tempos de atividade escolar, em um re-
gime de trabalho de vinte e cinco horas.

Parágrafo único. A carga horária diferente da constante do caput deste artigo deve-
rá constar dos Quadros de Distribuição do Tempo (QDT), com a respectiva justificativa.

Art. 37. Haverá semanas com jornadas em dois turnos (manhã e tarde). Em princí-
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pio, as semanas integrais deverão coincidir com o período de férias universitárias dos
alunos.

Art. 38. Poderá haver até cinco semanas com jornadas em três turnos.

Parágrafo único. O internato deverá ocorrer, obrigatoriamente, nas duas primeiras


semanas de instrução.

Art. 39. As formaturas deverão ser aproveitadas para aprimorar a Ordem Unida.

Art. 40. Em princípio, o TFM deverá ser realizado no primeiro ou último tempo de ins-
trução.

Art. 41. Cada OFOR terá a flexibilidade de estipular em seu PGE os dias com ativi-
dade integral, inclusive os ELD.

Parágrafo único. A realidade regional, em consonância com a disponibilidade univer-


sitária, ditará os ajustes necessários, mantendo-se, sempre, o cumprimento total da carga
horária curricular.

Art. 42. Para fins de contagem de tempo de serviço, que deve ser realizada individu-
almente, deve-se aplicar o estipulado no Estatuto dos Militares (Lei nº 6.880, de 9 DEZ
1980) e na Lei do Serviço Militar (Lei nº 4.375, de 8 AGO 1964) e seu Regulamento (De-
creto nº 57.654, de 20 JAN 1966).

§ 1º Nas datas de 19 ABR, 25 AGO e 19 NOV, somente deverão ser computados


dois tempos de trabalho, e nas datas de 07 SET e de aniversário do OFOR, cinco tempos
de trabalho.

§ 2º Na previsão de serviço de escala em dias sem expediente, somente poderão


ser computados dez dias de serviço.

§ 3º As punições disciplinares não deverão ser computadas para fins de contagem


de tempo de serviço.

Art. 43. A aula inaugural do ano letivo deve ser conduzida pelo Dir Ens e dirigida aos
corpos discentes e docentes, oportunidade em que podem ser convidados os familiares
dos alunos matriculados.

Parágrafo único. Nesse evento, deverão ser apresentadas a visão geral do Exército,
a proposta pedagógica do OFOR e o papel do Oficial da Reserva de 2ª Classe na socie-
dade brasileira. Na mesma ocasião deve-se abrir a oportunidade para a permanente liga-
ção entre a família do aluno e o OFOR.

Art. 44. A data do Aspirantado deverá coincidir com a data praticada pela Academia
Militar das Agulhas Negras (AMAN) ou ser posterior a esta.

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Seção II
Do Controle Médico

Art. 45. O controle médico deverá seguir a legislação específica, especialmente com
vistas à prática do TFM.

Art. 46. Os TAF devem ser precedidos de exames de saúde (exames pré-TAF), se-
gundo critérios adotados em legislação específica.

Art. 47. Não poderá haver, em hipótese alguma, privação de água aos alunos, mes-
mo, e particularmente, na realização de ELD.

Art. 48. Especial atenção deve ser proporcionada aos alunos que apresentarem bai-
xo rendimento físico ou hipertrofia muscular exagerada, que deverão ser submetidos a
acompanhamento médico a fim de se investigar as causas e de se adotar as medidas ca-
bíveis, se for o caso.

Seção III
Da Comunicação Social

Art. 49. A prática da Comunicação Social obedecerá às orientações do Centro de


Comunicação Social do Exército (CComSEx) e do DECEx.

Art. 50. O Noticiário do Exército (NE), a Vídeo-Revista (VR), periódicos publicados


pela Força e material de propaganda institucional de ordem geral devem ser amplamente
divulgados para o público interno.

Art. 51. Mensalmente, os OFOR devem remeter assuntos de interesse geral para se-
rem acrescidos à página eletrônica do SisFOR, existente na intranet do DECEx/ DESMil.

Seção IV
Da Informatização

Art. 52. Os Cmt OFOR devem empenhar-se para informatizar todos os órgãos do
ensino e da administração da OM, com a finalidade de agilizar a consulta de dados e a
geração de documentos.

Art. 53. As homepages dos OFOR devem obedecer à legislação específica para a
sua montagem e exposição de matéria.

Parágrafo único. Qualquer alteração de endereço eletrônico dos OFOR deve ser, de
imediato, informada à DESMil.

Seção V
Das Salas de Aula

Art. 54. Todas as salas de aula deverão:

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I - possuir a Bandeira do Brasil;

II - ser batizadas em homenagem a um dos vultos da nossa história, ou ter a deno-


minação de unidade das Forças Armadas localizada na sede do OFOR;

III - ser arejadas; e

IV - possuir iluminação adequada.

Art. 55. As salas para estudos ou simulações táticas ou técnicas devem merecer alta
prioridade do comando na sua manutenção, modernização e reaparelhamento, ainda que
seja com material rústico (salas com caixões de areia, oficinas com viaturas para simula-
ção de panes, simuladores, dentre outros), a fim de proporcionar um melhor rendimento
do processo ensino-aprendizagem.

Seção VI
Das Bibliotecas

Art. 56. Caso existam, a utilização das bibliotecas pelos alunos deve ser incentivada
por intermédio do desenvolvimento de trabalhos que exijam a realização de pesquisas.

Art. 57. As bibliotecas devem assinar, no mínimo, um periódico. Sugere-se as revis-


tas de renome e de circulação nacional.

Art. 58. O acervo da biblioteca deve ser permanentemente renovado, com obras de
real interesse para a área militar (História, Ética, Liderança, Estratégia, Tática e Logística
Militar) e para os assuntos ligados ao Brasil.

Parágrafo único. O acervo de manuais militares utilizados nos cursos deve ser atua-
lizado anualmente e atender às exigências curriculares.

Seção VII
Das Datas Comemorativas, Solenidades e Formaturas

Art. 59. O início do ano letivo e o encerramento dos cursos serão realizados em so-
lenidade militar regulada em ordem de serviço.

Art. 60. Os feriados, datas comemorativas e outras datas significativas serão regula-
dos por intermédio da legislação militar, federal, estadual e municipal em vigor.

Art. 61. Haverá expediente nas datas comemorativas, que serão ressaltadas em so-
lenidade alusiva ao evento, de preferência aproveitando a formatura geral da OM.

Parágrafo único. Os textos alusivos aos eventos comemorativos deverão ser elabo-
rados por alunos, como parte dos trabalhos escolares.

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Seção VIII
Das Atividades Fora da Sede

Art. 62. Os deslocamentos para a realização de atividades de ensino, em locais afas-


tados das respectivas guarnições, devem se restringir aos absolutamente essenciais, de-
vendo estar previstos no PGE.

Art. 63. As normas de segurança para os deslocamentos e a publicação antecipada


do ato em boletim interno (BI) devem ser observadas.

Art. 64. Deverão ser evitados deslocamentos noturnos, que ficarão restritos às situa-
ções excepcionais, a critério do Dir Ens.

Seção IX
Da Prevenção de Acidentes

Art. 65. Todas as instruções devem ser cercadas por todas as medidas de seguran-
ça cabíveis, tomando-se por base o estabelecido pelo Comando de Operações Terrestres
(COTer) em legislação específica.

Parágrafo único. Todas as medidas de segurança a serem adotadas pelo instrutor


devem estar contidas em documento específico.

Art. 66. Nenhuma instrução em que possa ocorrer risco de acidente poderá ser mi-
nistrada sem a presença de um médico.

§ 1º Algumas das atividades de Instrução Militar, como o Tiro das Armas Portáteis e
o TFM, por força de legislação, exigem a presença obrigatória de oficial médico junto às
equipes de saúde.

§ 2º Uma equipe de Atendimento Pré-hospitalar (APH), dotada de material apropria-


do, poderá substituir a presença física do oficial médico, liberando-o para ser empregado
em atividades que exijam o emprego exclusivo deste profissional de saúde, ou mesmo
para coordenar, à distância, mais de uma equipe de APH.

Art. 67. O Plano de Prevenção e Combate a Incêndio deverá ser bem treinado, de
forma que todos os integrantes do OFOR tenham conhecimento exato de suas atribuições
e de sua execução.

Seção X
Das Revistas dos OFOR

Art. 68. Além das tradicionais reportagens fotográficas, as revistas devem conter tra-
balhos de natureza técnica e científica produzidos por alunos e integrantes do corpo do-
cente ou colaboradores.

Art. 69. O Dir Ens deve cumprir o que determina a legislação específica para a con-
fecção e registro dos trabalhos científicos.

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Art. 70. Para efetuar o cadastramento e a catalogação, e a fim de permitir que a Di-
retoria de Patrimônio Histórico e Cultural do Exército (DPHCEx) realize um efetivo traba-
lho de orientação e acompanhamento dos aspectos técnicos das publicações, os OFOR
devem remeter, a cada edição, um exemplar para o respectivo órgão.

Seção XI
Dos Grêmios

Art. 71. O funcionamento dos grêmios deve ser voltado ao convívio social, ao culto
aos hábitos tradicionais da caserna e ao lazer, mantendo situação regular perante o fisco,
e tendo um oficial designado como o responsável pelas atividades desenvolvidas.

§ 1º Os grêmios devem ser compostos por alunos, em número suficiente para o de-
senvolvimento das atividades julgadas importantes, não devendo ultrapassar o número de
cinco.

§ 2º As atividades desenvolvidas pelos grêmios não devem prejudicar a carga horá-


ria estipulada para a instrução.

Seção XII
Dos Serviços de Escala

Art. 72. Os alunos participarão do serviço de escala, objetivando o processo ensino-


aprendizagem.

Art. 73. Cada aluno executará, somente, dez serviços ao longo do ano letivo, nas
seguintes funções:

I - Plantão às instalações do OFOR;

II - Sentinela;

III - Cabo da Guarda do Quartel;

IV - Cabo de Dia à guarda do OFOR;

V - Auxiliar do Comandante da Guarda;

VI - Auxiliar do Sargento de Dia; e

VII - Auxiliar do Oficial de Dia.

Art. 74. Em situações de crise, relacionadas com a garantia da lei e da ordem ou de


guerra, os alunos integrarão a segurança do aquartelamento.

Parágrafo único. Esta situação será determinada previamente pelo DECEx, median-
te determinação do Cmt Ex.

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CAPÍTULO V
DAS PRESCRIÇÕES DIVERSAS

Art. 75. Os documentos e os processos pedagógicos devem ser objeto de perma-


nente validação, a fim de que não se tornem obsoletos nem sejam modificados sem fun-
damentação validada.

Art. 76. Os Dir Ens deverão estimular o estabelecimento de metas e de projetos, a


fim de desenvolverem comportamentos voltados a essa prática.

Art. 77. A conclusão do PB com aproveitamento representará a aquisição da habili-


tação à categoria de combatente básico, fazendo o aluno jus ao Certificado de 2ª Catego-
ria, caso seja afastado do Serviço Militar Inicial sem possibilidade de retorno.

Parágrafo único. Outros afastamentos do Serviço Militar Inicial devem ser apreciados
à luz da Lei do Serviço Militar e de seu Regulamento, fazendo jus o aluno ao respectivo
certificado militar.

Art. 78. A segunda matrícula, caso ocorra, obrigatoriamente deverá ser efetuada no
início do segundo ano letivo seguinte ao trancamento da matrícula.

Art. 79. Os OFOR devem considerar que suas atividades não têm por finalidade for-
mar por completo o oficial, mas habilitá-los a incorporar-se ao Corpo de Oficiais da Reser-
va (CORE).

Art. 80. Os NPOR devem remeter a documentação de ensino aos CPOR de vincula-
ção.

Art. 81. A documentação de ensino deverá seguir o Calendário Anual de Eventos pa-
ra sua remessa ao Esc Sp.

Art. 82. O exame intelectual, realizado por ocasião da seleção complementar, deve
ser composto de uma redação (máximo de vinte linhas) e de uma prova objetiva, no nível
do 3º ano do ensino médio, abrangendo as seguintes disciplinas: Matemática, Português,
História do Brasil e Geografia (dez itens de cada disciplina).

§ 1º O exame intelectual deve ser aplicado a todos os que forem considerados aptos
na seleção complementar.

§ 2º Deverão ser matriculados os que obtiverem os melhores resultados no exame


intelectual, respeitado o número de vagas disponíveis.

§ 3º O exame intelectual pode ser mostrado aos interessados, mediante solicitação


destes.

§ 4º O OFOR deverá nomear uma comissão para a elaboração do exame intelectual,


publicando-a em BI.

§ 5º Especial atenção deve ser destinada ao sigilo do processo de elaboração, ar-

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mazenamento e aplicação do exame intelectual.

§ 6º A redação, sempre que possível, deverá ser corrigida por um(a) professor(a) de
Português.

§ 7º A nota da redação servirá como vetor de desempate, caso haja o empate.

§ 8º Para o desempate, a nota deverá atingir até a casa dos milésimos.

§ 9º Persistindo o empate, o candidato de idade mais avançada será considerado


vencedor.

Art. 83. O levantamento do primeiro colocado geral, dentre os primeiros colocados


de cada curso nos CPOR, será realizado mediante a aplicação de uma média ponderada
levando-se em consideração as seguintes parcelas:

I – média do Período Básico, com peso 3 (três);

II – média do TFM, com peso 2 (dois); e

III – média do Período de Formação e Aplicação, com peso 1 (um).

Art. 84. Os casos omissos serão definidos pelo Diretor de Educação Superior Militar.

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