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Palhoça
2018
ANDRÉ LUIS MADEIRA NEVES BARRETO
IVAN JOSÉ FERREIRA
Palhoça
2018
RESUMO
Com a necessidade cada vez maior de uma fonte de energia livre de faltas e outros
distúrbios nas mais variadas áreas, o uso dos nobreaks vem ganhando espaço. Este
trabalho foi elaborado com o objetivo de ser um tutorial para utilização em fontes de
energia ininterrupta, visando melhorar a eficiência e confiabilidade do sistema. Foi
realizado um estudo demonstrando: as aplicações de nobreaks em diversas áreas, os
principais fatores que determinam a qualidade do equipamento, uma sequência de
instruções quanto a ensaios realizados em fábricas, de acordo com a norma IEC
6240-3 (1999), e instruções para o correto dimensionamento do Nobreak e do banco
de baterias, além de uma coletânea de informações sobre como melhorar a vida útil
das baterias com ênfase nas baterias de chumbo-ácido. A metodologia utilizada foi
uma sequência de estudos e pesquisas relativos em: áreas de atuação, buscando
conhecimentos de como e onde fontes de energia ininterrupta são utilizadas e seu
objetivo. Quais as instruções das normas para ensaios e dimensionamento de UPS e
quais os procedimentos para melhorar a vida útil das baterias, entre outros. Como
resultado da nossa pesquisa, concluímos que as características mais relevantes para
a melhor eficiência e confiabilidade de uma UPS são obtidas por ensaios nas duas
partes que compõem o sistema: o nobreak e o banco de baterias. Cada ensaio é
demonstrado no capítulo de especificação, junto de uma breve explicação de porque
essas características são relevantes. Como instrução tutorial, também foi
demonstrado como são feitos os dimensionamentos do Nobreak e do banco de
baterias nos capítulos 4 e 5, reforçando os aspectos de eficiência e confiabilidade por
uso correto dos equipamentos envolvidos.
With the ever-increasing need for a power supply free of faults and other disturbances
in the most varied areas, the use of nobreaks has been gaining ground. this work was
done with the objective of becoming a tutorial of the use of uninterrupted power
sources aiming at improving the efficiency and reliability of the system. a study was
carried out showing: the applications of nobreaks in several areas, the main factors
determining the quality of the equipment, a sequence of instructions for the tests
carried out in factories according to IEC 62040-3 (1999) and instructions for the
correct dimensioning of the Nobreak and battery bank, plus a collection of
information on how to improve battery life with an emphasis on lead-acid batteries.
The methodology used was a sequence of studies and research related to: areas of
action seeking knowledge, how and where uninterruptible power supplies are used
and for which purpose, what are the instructions of the standards for testing and
designing UPS, what procedures to improve the life of the batteries, among others.
As a result of our research we conclude that the most relevant characteristics for the
best efficiency and reliability of a UPS are obtained by tests in the two parts that
compose the system, the nobreak and the bank of batteries, each test is demonstrated
in the specification chapter together with a brief explanation as to why these
characteristics are relevant. As a tutorial instruction, it was also demonstrated how
the Nobreak and battery bank dimensions are made in Chapters 4 and 5, reinforcing
the aspects of efficiency and reliability for the correct use of the equipment involved.
TI-Tecnologia da Informação
PB-Componente chumbo
H-Componente hidrogênio
S-Componente enxofre
O-Componente oxigênio
%-Por cento
Kt-Fator K
e- -Elétron
m-Mili 10-3
L-Litros
FC-Fator de crista
I-Corrente elétrica
W-watts
g-Gramas
s-Segundos
V-Volts
A-Ampères
K-Quilo-103
P-Potência
η-Rendimento
THD-Distorção harmônica
CA-Corrente alternada
CC-Corrente contínua
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................. 12
1.1 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA ...................................................................................... 13
1.2 JUSTIFICATIVA ............................................................................................................ 14
1.3 OBJETIVOS .................................................................................................................... 14
1.3.1 Objetivo Geral ............................................................................................................. 14
1.3.2 Objetivos Específicos................................................................................................... 14
1.4 DELIMITAÇÕES ............................................................................................................ 15
1.5 METODOLOGIA ............................................................................................................ 15
1.6 ESTRUTURA DO TRABALHO .................................................................................... 15
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA ........................................................................................ 17
2.1 DISTÚRBIOS NA REDE ELÉTRICA ........................................................................... 17
2.1.1 Interrupção (Falta de Rede CA) ................................................................................ 18
2.1.2 Afundamento Instantâneo da Tensão (SAG) ............................................................ 18
2.1.3 Elevação Instantânea de Tensão (Surge)................................................................... 19
2.1.4 Afundamento Momentâneo de Tensão (Brownouts) ................................................ 19
2.1.5 Elevação Momentânea de Tensão - Sobretensão (Swell) ......................................... 19
2.1.6 Transitório Impulsivo (Spikes) ................................................................................... 19
2.1.7 Variação na Frequência .............................................................................................. 20
2.1.8 Ruídos ........................................................................................................................... 20
2.1.9 Distorção Harmônica .................................................................................................. 20
2.2 TOPOLOGIAS DE NOBREAKS.................................................................................... 21
2.2.1 Nobreak Stand-by (Off-Line) ...................................................................................... 21
2.2.2 Nobreak linha interativa (Line Interactive)............................................................... 22
2.2.2.1 Nobreak linha interativa de simples conversão .......................................................... 23
2.2.2.2 Nobreak linha interativa convencional ....................................................................... 24
2.2.3 Nobreak Stand-by Ferro Ressonante ......................................................................... 25
2.2.4 Nobreak Online Dupla Conversão ............................................................................. 26
2.3 ÁREAS DE APLICAÇÃO DE NOBREAK.................................................................... 27
2.3.1 Aplicação de Nobreak na área de Centro Urbano ................................................... 28
2.3.2 Aplicação de nobreak na área de Telecomunicações ............................................... 28
2.3.3 Aplicação de nobreak na área Médica ...................................................................... 29
2.3.5 Aplicação de Nobreak na área industrial .................................................................. 29
2.4 APLICAÇÃO DE NOBREAK EM PARALELO ........................................................... 30
2.5 APLICAÇÃO DE NOBREAK MODULAR ................................................................... 32
2.6 APLICAÇÃO DE NOBREAK COM TRANSFORMADOR ISOLADOR NA
ENTRADA ............................................................................................................................... 33
2.7 CARGAS NÃO-LINEARES ........................................................................................... 33
2.7.1 Fator de Crista ............................................................................................................. 34
2.8 BATERIAS ...................................................................................................................... 35
2.8.1 Baterias de Chumbo-Ácido ........................................................................................ 36
2.8.1.1 Baterias de chumbo-ácido estacionárias ..................................................................... 38
2.8.1.2 Baterias de chumbo-ácidos Tracionárias .................................................................... 39
2.8.1.3 Baterias de chumbo-ácidos de Partida ........................................................................ 39
2.8.2 Vida útil média ............................................................................................................ 39
2.8.2.1 Temperatura de Operação........................................................................................... 40
2.8.2.2 Regime de carga ......................................................................................................... 40
2.8.2.3 Profundidade de descarga ........................................................................................... 41
2.8.2.4 Número de ciclo de carga e descarga ......................................................................... 41
2.8.3 Vantagens e desvantagens das baterias de chumbo-ácido....................................... 42
2.8.4 Monitoramento ............................................................................................................ 43
2.8.5 Descarte ........................................................................................................................ 44
2.8.5.1 Reciclagem ................................................................................................................. 44
3 ESPECIFICAÇÃO DO NOBREAK ............................................................................... 46
3.1 RENDIMENTO ............................................................................................................... 48
3.2 FATOR DE POTÊNCIA ................................................................................................. 49
3.3 DISTORÇÃO HARMONICA ......................................................................................... 50
3.4 RIPPLE ............................................................................................................................ 51
3.4.1 Ripple na tensão de bateria ......................................................................................... 51
3.4.2 Ripple na corrente de bateria ..................................................................................... 52
3.5 REGULAÇÃO DE TENSÃO .......................................................................................... 52
3.5.1 Regulação estática ....................................................................................................... 53
3.5.2 Regulação dinâmica .................................................................................................... 54
3.6 DESEQUILIBRIO DE CARGA ...................................................................................... 56
3.7 TEMPO DE TRANSFERÊNCIA DA CHAVE ESTÁTICA .......................................... 57
3.8 TESTE DE CURTO CURCUITO NÃO PERMANENTE .............................................. 58
3.9 TESTE DE CURTO CIRCUITO PERMANENTE ......................................................... 59
3.10 ENSAIO DE CURVA DE DESCARGA DO BANCO DE BATERIAS ........................ 60
3.11 RUÍDO ACÚSTICO ........................................................................................................ 61
4 DIMENSIONAMENTO NOBREAK.............................................................................. 63
4.1 MEDIÇÃO DAS POTÊNCIAS ATIVAS E REATIVAS ............................................... 63
4.2 FATOR DE CRISTA DA CARGA ................................................................................. 63
4.3 DINÂMICA DA CARGA ............................................................................................... 64
4.4 REGULAÇÃO ESTÁTICA............................................................................................. 64
4.5 FATOR DE POTÊNCIA ................................................................................................. 64
4.6 RUÍDO ACÚSTICO ........................................................................................................ 64
4.7 DISTORÇÃO HARMÔNICA MÁXIMA ....................................................................... 65
5 DIMENSIONAMENTO DO BANCO DE BATERIA................................................... 66
5.1 NÚMERO DE ELEMENTOS ......................................................................................... 66
5.1.1 Fatores limitantes ........................................................................................................ 67
5.2 CAPACIDADE DA BATERIA ....................................................................................... 68
5.2.1 Fator de capacidade (Fator Kt).................................................................................. 68
5.3 CLASSIFICAÇÃO DE CARGAS PARA DIMENSIONAMENTO .............................. 69
5.4 DIMENSIONAMENTO PARA CARGA CONTÍNUA ................................................. 70
5.4.1 Cálculo da corrente ..................................................................................................... 70
5.4.2 Dimensionamento de bateria com uma corrente de descarga contínua ................. 71
5.5 CÁLCULO DE DIMENSIONAMENTO DE CARGAS ALEATÓRIAS ...................... 72
5.6 CONSIDERAÇÕES ADICIONAIS ................................................................................ 80
5.6.1 Correção da capacidade em função da temperatura ............................................... 80
5.6.2 Fator de envelhecimento ............................................................................................. 81
5.6.3 Fator de segurança ...................................................................................................... 81
6 CONCLUSÃO ................................................................................................................... 82
6.1 RECOMENDAÇÕES PARA TRABALHOS FUTUROS .............................................. 83
12
1 INTRODUÇÃO
tempo até que as baterias comecem a alimentar as cargas, não garantindo assim a confiabilidade
para todos os tipos de equipamento na carga), os Interativos com linha (onde a energia
provem tanto da linha como da rede, diminuindo assim o “delay” de tempo) e os On-line (que
são considerados os Nobreak verdadeiros, onde a energia é proveniente totalmente do banco de
baterias). Existem também os nobreaks inteligentes que são de muita utilidade na informática,
capazes de enviar mensagens para computadores avisando de quedas de energia e permitindo
assim o usuário (ou um algoritmo na programação) salvar os trabalhos antes que as baterias
cheguem a atingir energia insuficiente e tudo em que se estava trabalhando seja perdido.
De maneira complementar, uma definição idealizada é proposta por Bekiarov e
Emadi (2002):
um nobreak ideal deveria ter as seguintes características: tensão de saída senoidal
regulada com reduzida Taxa de Distorção Harmônica (THD) independente de
mudanças na tensão de entrada ou na carga, operação on-line que Implique em tempo
de transição "zero" entre os modos rede e bateria e vice-versa, reduzido THD da
corrente senoidal na entrada e Fator de Potência (FP) unitário, elevada confiabilidade,
elevada eficiência, reduzida Interferência Eletromagnética (EMI) e isolação acústica,
isolação elétrica, baixa manutenção, e baixo custo, volume e tamanho.
1.2 JUSTIFICATIVA
1.3 OBJETIVOS
• Levantar os aspectos relevantes para manter a vida útil das baterias, visando sua
autonomia máxima.
1.4 DELIMITAÇÕES
1.5 METODOLOGIA
Neste trabalho foi feita uma análise sobre as áreas de aplicação de Nobreaks
demonstrando sua necessidade e utilidade nas áreas: hospitalares, industriais, sistemas de
comunicação e informática. Na sequência foi feito um estudo de especificação demonstrando
ensaios realizados em fábricas para obter características do equipamento, o funcionamento do
UPS nas suas variedades de ensaios e de dimensionamento para demonstrar o uso adequado do
mesmo.
2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
correntes de partida, curto-circuito ou por intermitentes falhas nas conexões dos cabos do
sistema, segundo Ferreira (2010).
Como o nome sugere, é caracterizado por uma drástica redução no valor da tensão
eficaz da rede elétrica por um intervalo relativamente longo de tempo, segundo Rocha, (2014).
As causas são relacionadas com problemas no funcionamento das concessionárias ou
sobrecargas na rede elétrica. Acabam por danificar as cargas, provocando a queima dos
equipamentos.
Conforme Arruda (2003), estes distúrbios são definidos como variações do valor
fundamental da frequência (50 ou 60 Hz). Como o valor da frequência está diretamente
relacionado com a velocidade de rotação do gerador, que não funciona de forma idealizada,
devido a variações abruptas de cargas do sistema ou causado por faltas nos sistemas de
transmissão, como desligamento de um bairro, cidade ou saída de geradores de grande porte do
sistema elétrico. Valores que ultrapassam o limite de 0,5 Hz são considerados distúrbios.
Segundo o site SMS (http://www.sms.com.br/respostas-sms/sobre-
energia/disturbios-energia/variacoes-frequencia/variacoes-frequencia.asp - s.d.), esses
distúrbios são mais facilmente encontrados em sistemas que utilizam grupos geradores que
assumem o fornecimento de energia, na falta da rede da concessionaria. A resposta inadequada
do controle desses geradores a variações abruptas de carga pode gerar desvios sensíveis na
frequência de saída, segundo as normas IEC 61000-2-2, são aceitáveis variações de até +⁄−
1Hz.
As fontes chaveadas são menos sensíveis a grandes variações de frequência da rede,
o que não ocorre com fontes lineares, pois o transformador pode sofrer um sobreaquecimento
e até mesmo queimar, em concordância o SMS (s.d.).
2.1.8 Ruídos
São sinais elétricos com frequência inferior a 200 kHz, que se somam ao sinal de
potência principal, podendo afetar tanto a tensão quanto a corrente ocasionando problemas na
rede. Esse distúrbio é provocado de várias formas, podendo ser de natureza interna, quando o
ruído já vem agrupado ao sinal de origem, ou por influencias externas, onde é causado por
diversos componentes com características eletromagnéticas ao longo do sistema. As áreas mais
afetadas por esse tipo de ruído são as que trabalham com valores de tensão muito baixos e se o
sinal sofrer um ruído pode ocorrer um erro na leitura confundindo o sistema, em conformidade
com Pimentel (2016).
Equipamentos eletrônicos modernos com cargas não lineares são responsáveis pela
inserção de correntes ou tensões com diferentes níveis, frequências e até outras formas de onda
21
na rede elétrica. Tal onda acaba tendo sua forma alterada pelo somatório com as formas de
ondas geradas pelos equipamentos, prejudicando assim a qualidade no sistema supridor além
de causar mau funcionamento em sistemas com fontes lineares e motores e diminuindo a vida
útil de transformadores, conforme Arruda (2003).
onda quadrada na saída do inversor e com elevado conteúdo harmônico, por apresentar uma
tensão de saída de baixa qualidade e tempo de interrupções longo nas transferências entre rede
para inversor ou vice-versa. Não são recomendados para alimentar cargas sensíveis a esse
tempo de interrupção de tensão, levando o equipamento ao desligamento.
Essa topologia apresenta um inversor dimensionado para operações eventuais,
apenas por alguns minutos e o carregador de baterias possui pequena capacidade de recarga das
baterias. Não recomendado em aplicações com longo tempo de autonomia. Conforme
fabricante de nobreak PHD online(http://www.phdonline.com.br/home/diferentes-topologias-
de-no-breaks-qual-escolher/ - S.D.).
A figura 1 é o diagrama unifilar do funcionamento deste modelo, onde a linha
contínua representa a alimentação primária, e a linha tracejada o sistema carregador de bateria
e inversor, utilizado para alimentação do sistema durante a falta de energia.
Essa topologia possui uma estrutura interna muito semelhante à do standby, tendo
como a rede da concessionária como preferencial, pois a carga está sempre conectada à rede
enquanto a mesma estiver com os parâmetros preestabelecido normais. Essa estrutura oferece
23
proteção contra falta de rede e variações da amplitude da rede, tendo proteção nos três tipos de
distúrbios apresentados na tabela 1, de acordo com o site DMESG
(https://www.dmesg.com.br/tipos-de-nobreak-formas-de-onda-e-suas-aplicacoes/ - 2011).
Os modelos de linha interativa são utilizados na maioria das vezes em pequenas e
médias empresas e são classificados em três tipos de estruturas: interativo de simples conversão,
interativo convencional e interativo ferro-ressonante, segundo o site dmesg
(https://www.dmesg.com.br/tipos-de-nobreak-formas-de-onda-e-suas-aplicacoes/ - 2011).
Nobreaks são cada vez mais utilizados nos centros urbanos para garantir o
funcionamento do monitoramento através de câmeras de segurança sendo cada vez mais
eficazes, não permitindo a perda do monitoramento durante uma falta de energia. Com isso
promovendo maior segurança no intuito de comprovação da veracidade ou não de um fato
ocorrido nos centros urbanos, em Semáforos instalados em cruzamos críticos, garantindo
funcionamento normal dos mesmos durante uma falta de energia, em alarmes, conforme o site
Nobreak do Brasil (https://nobreakdobrasil.com.br/aplicacoes/ - 2017).
Os nobreaks não servem apenas para proteger os computadores, uma residência
possui vários equipamentos sensíveis a perturbações da rede elétrica, pois equipamentos
eletrônicos são muito suscetíveis a tais perturbações, como as TVs, vídeo games, home teathers
ou modens de internet. A utilização dos mesmos pode ir bem mais além do que preservar
equipamentos eletrônicos, de acordo com o site do fabricante NHS (https://nhs.com.br/conheca-
5-servicos-que-voce-nem-imaginava-que-precisa-de-um-nobreak/ - s.d.).
De acordo com o site Nobreak do Brasil
(https://nobreakdobrasil.com.br/aplicacoes/ - 2017), este modelo também possui aplicação na
segurança da residência, sendo utilizado nas câmeras de vigilância, alarmes, em portões
eletrônicos, onde o indivíduo não precisará descer do veículo para abrir o portão promovendo
uma segurança.
Quando um equipamento apresentar defeito a carga sempre vai estar alimentada por
um deles, mantendo o sistema seguro.
A descrição do funcionamento do sistema da figura 6 é descrito abaixo:
Fonte: jsnardy.com.br
interagem com a impedância do sistema de distribuição de energia para criar distorção de tensão
que pode afetar o equipamento do sistema de distribuição e as cargas conectadas a ele.
No passado, as cargas não lineares eram encontradas principalmente em aplicaçoes
industriais, tais como fornos, inversores de frequencia (VFD), retificadores de grande porte para
eletrônicos, etc. Os harnomicos que neles eram gerados eram tipicamente localizados e tratados
por especialistas experientes.
Problemas com harmônicos são agora comuns em aplicações não só industriais, e
em edifícios comerciais. Isso se deve principalmente à novas tecnologias de conversão de
energia, como a fonte de alimentação comutada, que pode ser encontrada em praticamente todos
os dispositivos eletrônicos (computadores, servidores, monitores, impressoras, fotocopiadoras,
sistemas de telecomunicações, equipamentos de transmissão, máquinas bancárias, etc).
2.8 BATERIAS
estruturas. Conforme Timóteo (2011), bateria é um dispositivo que transforma energia química
em energia elétrica, possuindo três partes: os eletrodos, os eletrólitos e o recipiente.
• Eléctrodos: condutores de corrente;
• Eletrólitos: solução que age sobre os eléctrodos;
• Recipiente: guarda o eléctrodo e suporta o eletrólito;
Reação total
Pb + PbO2 + 2H2SO4 → 2PbSO4 + 2H2O
37
De acordo com o site ENGINEERS EDGE, a soma das massas moleculares dos
reagentes é de 642,6 g/mol, portanto teoricamente uma célula pode produzir dois dias de carga
(192.971 coulombs) a partir de 642,6 g de reagentes, ou 83,4 amperes-hora por quilograma (ou
13,9 amperes por quilograma para uma bateria de 12 volts). Para uma célula de 2 volts, isso
chega a 167 watts-hora por quilo de reagentes, mas uma célula de chumbo-ácido na prática dá
apenas 30-40 watts-hora por quilo de bateria, devido à massa da água e outras partes
constituintes.
Na visão de SOUZA (1999), existem dois grupos principais de acumuladores de
chumbo-ácidos:
• Acumuladores de chumbo-ácido ventilados, cujos materias ativos são o chumbo
e seus compostos e o eletrodo é uma solução aquosa livre de acido sulfurico,
segundo o site rta;
• Acumuladores de chumbo-ácido regulados por válvulas (seladas). São baterias
fechadas que apresentam eletrolidos imibilizados e dispõe de válvulas
reguladoras para escape de gases, quando a pressão interna do acumulador
exceder a um valor pre determinado, conforme o site rta .
Fonte: mexcom.com.br
38
Fonte: cablematic.pt
São baterias que operam em locais fixos, podendo ser diferenciadas de acordo com
sua aplicação, como para telecomunicações, sistemas fotovoltaicos e sistemas de corrente
alternada ininterrupta.
Como afirma SOUZA (1999), para cada tipo aplicação, as baterias apresentam
caracteristicas construtivas diferentes, tendo diferentes espessura de placas, volume e densidade
do eletrólito. Na aplicação em sistema interruptos, as baterias são projetadas para sustentar o
consumidor apenas durante uma falha do fornecimento de energia da concessionária em um
determinado tempo, entre 15 à 60 minutos até a falha estar resolvida, ou até que entre o grupo
gerador ou tempo para desligar os equipamento para que não danifique o mesmo ou a perda no
processo produtivo.
Silva (2000), aborda que as baterias para aplicação em sistemas ininterruptos de
energia apresentam placas com espessuras reduzidas apropriadas para suportar grandes picos
de correntes e a densidade do eletrólito é de 1210 g/dm³ quando está totalmente carregada.
Essas baterias normalmente estão em tensão de flutuação, só entram em modo de tensão carga
quando à uma descarga da bateria, e só é descarregada quando à falta da energia da rede CA.
39
São baterias que possuem placas extremamente fina entre 1 e 2,5mm, contruídas
para correntes muito elevadas entre 300 a 3000 amperes, por um cuto tempo entre 1 a 10
segundos. Com carga plena apresenta densidade do eletrólito entre 1210 a 1250 g/dm³, segundo
Silva (2000).
Como as UPS estão essencialmente relacionados com as baterias, a vida útil das
baterias é diretamente ligada com o bom funcionamento de uma UPS, de modo que esta tenha
um bom controle no carregamento.
Segundo o site DATALINK (http://datalink.srv.br/artigos-tecnicos/porque-usar-
baterias-vrla-em-no-break/ - s.d.), os principais fatores que influenciam na vida útil das
baterias são:
• Temperatura de operação, Temperatura ambiente diferente de 25°C ou fora do
especificado pelo fabricante;
• Regime de carga;
• Profundidade de descarga: descarga além da tensão de corte recomendada para
o regime de descarga;
• Número ciclos de carga/descarga.
• Tensão de flutuação inadequada para a temperatura ambiente, gerando
sobrecarga ou sulfatarão;
• Tensão de carga, quando a tensão de carga excede o tempo e o nível, pode
ocorrer sobreaquecimento da bateria;
40
As baterias que são carregadas com uma tensão de flutuação (tensão aplicada à
bateria que evita sua auto descarga) acima das especificadas pelo fabricante tendem a sofrer
sobre temperatura e, consequentemente, danos nas placas e no eletrólito, e quando são
alimentadas com tensão de flutuação abaixo pode ocorrer a sulfatação da mesma, com isso
reduzindo sua vida útil, segundo Menezes (2013).
Conforme Libert (s.d), baterias que estão armazenadas correm um grande risco,
podendo sofrer um processo irreversível de sulfatação das placas, isso se chama de auto
descarga formando pequenos grãos de sulfato, que com o tempo vão se acumulando, criando
barreiras isolantes e diminuindo ou interrompendo o fluxo de corrente entre os polos, sendo de
41
extrema necessidade fazer ciclo de carga das baterias a cada 3 meses para não ocorrer a
sulfatação.
Segundo Libert (s.d.), o tempo de vida da bateria também varia de acordo com o
quanto ela é descarregada à cada ciclo. Descargas profundas são prejudiciais para baterias de
Chumbo Ácido.
Como afirma Menezes (2013), quando as baterias fazem ciclos de descargas e
permanecem após a tensão da bateria estar abaixo do valor final de descarga, estabelecido pelo
fabricante, podem ocorrer redução de sua vida útil ou até mesmo à danos irreversíveis a baterias.
Descargas regulares ultrapassando à 80% de sua capacidade sem recargas de equalização
também podem resultar em danos nas células. A tensão de corte de uma bateria de chumbo
ácido típica é de 1,75 volts por elemento, não fazendo descarga com tensão abaixo desta, as
baterias não terão sua vida útil comprometida e nem a perda de sua garantia.
A tabela 2 relaciona a tensão de corte na descarga da bateria, com o tempo de
autonomia com a corrente de descarga. Exemplo: para uma tensão de corte de 10,5 volts
indicado na primeira coluna, e uma autonomia de 5 minutos teremos uma corrente de descarga
de 18,01 amperes conforme indicado na segunda coluna.
Segundo a NBR 15254, 2005, a duração da bateria, ou vida útil, ou tempo de vida
é o tempo de vida em que a capacidade efetiva da bateria atinge 80% de sua capacidade nominal
e que é influenciada de diferentes formas dependendo das condições em que são tratadas e em
42
uma série de fatores de design, como por exemplo, o estresse da bateria, a seleção dos materiais
e os processos de fabricação. Geralmente, a duração da bateria é estabelecida pelo número de
ciclos que é esperado para executar, conforme Luna Filho (2017).
As baterias VRLA-AGM (selada) possuem um número limitado de ciclos de carga
que dependem da profundidade da descarga (depth of discharge, DOD), conforme apresentado
no gráfico 1. Quanto mais profunda for a descarga, menor o número de ciclos possíveis, devido
a características construtivas das placas.
2.8.4 Monitoramento
online das baterias, programação de limites e aviso de alarmes, tendo assim uma supervisão
detalhada do comportamento do banco.
Fonte:researchgate.net
2.8.5 Descarte
2.8.5.1 Reciclagem
3 ESPECIFICAÇÃO DO NOBREAK
3.1 RENDIMENTO
𝑷𝒔𝒂𝒊𝒅𝒂
𝜼=𝑷 (2).
𝒆𝒏𝒕𝒓𝒂𝒅𝒂
Nesse ensaio também pode sem feito a medição das distorções harmônicas
individuais impares, para melhor conhecimento do equipamento.
3.4 RIPPLE
Os valores determinados pela norma IEC 62040-3 (1999) é que a tensão de ripple
não pode ultrapassar à 1% da tensão total da tensão de bateria (tensão de link).
Os valores determinados pela norma IEC 62040-3 (1999) é que a corrente de ripple
não pode ultrapassar à 1% da corrente de carga da tensão de bateria.
parâmetros, como variações de tensão na entrada, variações de carga.). A IEC 61000-3 (2014)
recomenda a definição da tensão de referência como a tensão nominal do sistema.
Para uma fonte ininterrupta a regulação estática ajuda a determinar como uma
variação na rede pode afetar a tensão na carga. Neste ensaio é feita uma variação de +/- 10% da
tensão de entrada do retificador, medindo a tensão de saída, não podendo variar +/- 1% em
relação a tensão nominal, conforme a IEC 62040-3 (1999), o valor da regulação em
porcentagem se dá pela seguinte equação:
𝑽𝒓𝒆𝒈.−𝑽𝒏𝒐𝒎
𝑹% = 𝟏𝟎𝟎% (3).
𝑽𝒏𝒐𝒎
𝑽𝒅𝒊𝒏.−𝑽𝒏𝒐𝒎
𝑹% = 𝟏𝟎𝟎% (4).
𝑽𝒏𝒐𝒎
Este teste é realizado para verificar a capacidade de uma UPS trifásica para manter
a tensão na carga caso haja o desligamento da carga em uma ou duas fases. Durante o teste é
desligado uma das fases, verificando a variação de tensão das três fases, repetido o teste para
todas as fases.
Para realizar esse ensaio é necessário seguir a sequência de teste:
Tabela 4 – Tabela para anotação das medições do ensaio de curva de descarga do banco de
baterias.
N° de série Tempo de ensaio Medição Tempo de ensaio Medição Tempo de ensaio Medição
da bateria Circuito aberto 15 minutos 1 hora
V elem. Densid. Temp. V elem. Densid. Temp. V elem. Densid. Temp.
(volts) (°C) (volts) (°C) (volts) (°C)
• Quinto passo é iniciar o ensaio, ligando a carga e conectar em série com a bateria
um medidor de corrente (shunt); fazendo a primeira medição 15 minutos depois
do início do ensaio;
• Sexto passo é fazer a medições dos elementos a cada uma hora de ensaio;
• Sétimo passo, o ensaio deve ser encerrado quando qualquer elemento atingir a
tensão final de descarga especificada, ou no termino da última hora de ensaio,
realizar a última medição, e fazer as verificações, quais baterias não atingiram a
autonomia, verificando se a tensão de descarga não abaixou do valor, conforme
manual do fabricante, verificar a densidade e a temperatura da solução ácida se
não teve variações entre eles quando for ventilada. Diferenças de temperatura
maior do que 3 °C e tensão maior do que 0,03 V em baterias de um mesmo banco
isso é sinal que tem alguns elementos com problemas, que não podem chegar a
sua vida útil estimada;
• Oitavo passo é recarregar o banco de baterias com o nobreak, as baterias devem
atingir carga plena conforme especificado pelo fabricante, depois desligar, após
1 horas refazer as medições, tensão de todos elementos verificar se estão
equalizados, quando for ventilada verificar se a densidade da solução atingiu o
valor especificado pelo fabricante.
4 DIMENSIONAMENTO NOBREAK
O primeiro passo a ser feito é fazer a medição das potências ativas e reativas das
cargas e seu fator de potência, pois os nobreaks possuem uma limitação quanto essas potências,
normalmente o fator de potência dos nobreaks de médio e grande porte é de 0.8.
Outro ponto a ser analisado é a regulação estática que a carga precisa para o seu
perfeito funcionamento, quando for preciso uma regulação menor que 1%, é necessário verificar
se a UPS é capacitada para essa regulação com o fabricante.
O local onde vai ser instalado a UPS é um fator importante, pois dependendo do
ruído acústico produzido pelo equipamento pode gerar um desconforto na área de trabalho.
Os nobreaks de médio e grande porte geram ruídos devido a ventilação interna,
com isso se faz necessário verificar o local de instalação e o nível de ruído acústico que a UPS
pode gerar.
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𝑉𝑁𝑜𝑚𝑖𝑛𝑎𝑙
𝑁= (5).
𝑉𝐹𝑙𝑢𝑡𝑢𝑎çã𝑜
Onde:
• N é o número de baterias.
• V Nominal é a tensão de flutuação do nobreak.
• V Flutuação é a tensão de flutuação da bateria.
Ou:
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𝑉𝑒𝑞𝑢𝑎𝑙𝑖𝑧𝑎çã𝑜
𝑁= (6).
𝑉𝑒𝑏
Onde:
• N é o número de baterias.
• Vequalização é a tensão de carga do nobreak.
• Veb tensão de equalização da bateria, (tensão de carga da bateria).
O número de elementos, calculado pela equação 8, deve ser limitado pela tensão
necessária para efetuar uma carga eficiente, não podendo exceder a tensão máxima do sistema.
𝐶𝑛
𝐾𝑡 = (11).
𝐼𝑡
Fonte: Teleco.com.br
• Cargas não contínuas (intermitentes): São aquelas que podem ocorrer a qualquer
tempo durante o perfil de descarga das baterias, podendo, ou não,
permanecerem ligadas até o final do perfil. São, tipicamente, as cargas com
tempo de operação maior que 1 minuto;
• Cargas momentâneas (eventuais): São aquelas que podem ocorrer uma ou mais
vezes durante o perfil de descarga das baterias, não excedendo em qualquer das
ocorrências o tempo de duração de 1 minuto;
• Cargas aleatórias: São cargas cuja operação pode se dar a qualquer instante;
𝑃
𝐼𝑚á𝑥 = 𝑉 𝑖𝑛𝑣 (12).
𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
Onde:
Gráfico 3 – Valores de K para bateria- Hypothetical composite rating curve for XYZ cell
manufactured by ABC company
Fonte: Teleco.com.br
72
𝐶𝑛 = 𝐼𝑚𝑎𝑥 ∗ 𝐾𝑡 (14).
C1=A1 x K1 (15).
Para a segunda seção, a capacidade é calculada, pela equação 16, assumindo-se que
a corrente requerida no primeiro período (A1), continua ao longo do segundo período. Esta
capacidade é então ajustada para a variação da corrente (A2-A1) durante o segundo período.
Novamente é utilizado o fator Kt para determinar a capacidade do elemento que deve fornecer
a corrente necessária.
C2=(A2-A1) x K2 (16).
𝐶𝑑 = 𝑚𝑎𝑥 ∑𝑝=𝑛
𝑝=1 (𝐴𝑃 − 𝐴𝑃−1 )𝑥𝐾𝑡 (17).
• Cd é a capacidade dimensionada;
• S é a seção do ciclo do perfil de descarga em analise;
• P é período em análise;
74
• N é o número de interações;
• 𝐴𝑃 é a corrente requerida (em amperes) para o período P;
• 𝑡 é o tempo de início do período P até o final da seção S;
• 𝐾𝑡 é o fator de capacidade.
Se a corrente para o período P+1 for maior que a corrente para o período P, então a
seção S=P+1 deve requerer um elemento maior do que a seção S=P. Consequentemente, os
cálculos para a seção S=P podem ser omitidos.
Primeiramente devemos fazer o levantamento das cargas e seus respectivos tempos
que estão ligadas, e depois calcular a corrente Imax para descarga, pelas equações 18 e 19.
Para fazer o cálculo da corrente de descarga é necessário saber a tensão de corte da
bateria e o rendimento do nobreak.
Neste exemplo de cálculo vamos adotar Vcorte na descarga de 357 Vcc e um
rendimento do inversor de 92%.
∑ 𝑃𝑐𝑎𝑟𝑔𝑎
𝑃𝑖𝑛𝑣 = (18).
𝜂𝑖𝑛𝑣𝑒𝑟𝑠𝑜𝑟
𝑃
𝐼𝑚á𝑥 = 𝑉 𝑖𝑛𝑣 (19).
𝑐𝑜𝑟𝑡𝑒
𝐶𝑑 = 𝑚𝑎𝑥 ∑𝑝=𝑛
𝑝=1 (𝐴𝑃 − 𝐴𝑃−1 )𝑥𝐾𝑡 (20).
76
• Cd é a capacidade dimensionada;
• S é a seção do ciclo do perfil de descarga em analise;
• P é período em análise;
• N é o número de interações;
• 𝐴𝑃 é a corrente requerida (em amperes) para o período P;
• 𝑡 é o tempo de início do período P até o final da seção S;
• 𝐾𝑡 é o fator de capacidade.
A Primeira seção
Segunda seção
Terceira seção
Quarta seção
t = 30 + 60 = 90 minutos
Para esse valor, considerou-se o fator K de 2,46, conforme gráfico 3.
A capacidade é:
C3 = 180 x 2,46= 442,8 Ah
Continuando:
A4=200 A, logo: A4 - A3 = -80 A
O tempo t é o somatório dos períodos, conforme indicado na tabela 5.
t = 60 minutos
Para esse valor, considerou-se o fator K de 2, conforme gráfico 3.
A capacidade é:
C4 = -80 x 2= -160 Ah
Logo, o total da sessão 4 deve ser:
C = C1 + C2 + C3 + C4 = 573,8 Ah
Quinta seção
Sexta seção
A capacidade é:
C2=-220 x 3,72=-818,4 Ah
Continuando:
A3=280A, logo: A3-A2=180A
O tempo t é o somatório dos períodos, conforme indicado na tabela 5.
t=30+60+60=150 minutos
Para esse valor, considerou-se o fator K de 3,33, conforme gráfico 3.
Capacidade é;
C3=180 x 3,33=599,4 Ah.
Continuando:
A4=200 A, logo:A4-A3=-80A
O tempo t é o somatório dos períodos, conforme indicado na tabela 5.
t=60+60=120 minutos
Para esse valor, considerou-se o fator K de 2,91, conforme gráfico 3.
A capacidade é:
C4=-80 x 2,91=-232,8 Ah.
Continuando:
A5=40 A, logo:A5-A4=-160A
O tempo t é o somatório dos períodos, conforme indicado na tabela 5.
t=60 minutos
Para esse valor, considerou-se o fator K de 2, conforme gráfico 3.
A capacidade é:
C5=-160 x 2=-320 Ah.
Continuando:
A6=120 A, logo:A6-A5=80A
O tempo t é o somatório dos períodos, conforme indicado na tabela 5.
t=1 minutos
Para esse valor, considerou-se o fator K de 0,77, conforme gráfico 3.
A capacidade é:
C5=80 x 0,77=61,6 Ah.
Logo o total da sessão 6 deve ser:
C=C1+C2+C3+C4+C5+C6=480,2 Ah
80
1
𝐹𝑡 = 1+𝜆(𝑇−25) (21).
Onde:
• Ft é o fator de correção da capacidade com a temperatura, em graus célsius;
• 𝜆 é o coeficiente que varia em função do tempo de descarga, sendo geralmente
aplicado ao valor de 0,006 para regimes de descarga superiores a 1h e 0,01 para
regimes iguais ou menores a 1 h ou outros valores informados pelos fabricantes;
• 𝑇 é a temperatura de operação em graus Celsius;
81
Se for necessário que a bateria atenda totalmente ao perfil de descarga até o final
de sua vida útil, um fator de correção de envelhecimento de 25% deve ser usado.
Se a bateria for instalada em um local onde a energia CA não seja confiável e cause
descargas freqüentes, um fator de segurança de 15% será alcançado.
82
6 CONCLUSÃO
Concluímos que das topologias que existem a que possui uma maior confiabilidade
e robustez é a topologia online, protegendo o sistema contra vários distúrbios da rede da
concessionária.
Durante o desenvolvimento do trabalho percebemos que cada vez mais as UPS´s
são utilizadas para várias áreas de aplicação, devida a necessidade de ter o meio a informação
ou trabalho contínuo sem interrupção. As áreas residenciais têm a utilização de fontes
ininterruptas com objetivo de proteger computadores e outros equipamento eletrônicos
sensíveis a distúrbios. Nas áreas dos centros urbanos, os Nobreaks têm como principal objetivo
reforçar a garantia de equipamentos de segurança fazendo que continuem funcionando mesmo
durante faltas da rede. Nas telecomunicações, os UPS garantem a possibilidade de nos
comunicarmos a distância mesmo durante a falta de energia. Na área médica os Nobreaks são
essenciais porque equipamentos médicos devem manter o funcionamento durante distúrbios da
rede salvando vidas em risco. A aplicação industrial do UPS tem objetivo de não deixar que a
empresa sofra prejuízos financeiros com a perda do produto durante defeitos na rede elétrica.
Os principais fatores que determinam a qualidade de um nobreak são;
• O rendimento, pois cada fez buscamos equipamentos com eficiência
energética melhor devido a questões financeiras e ambientais.
• O fator de potência e a taxa de distorção harmônica, devido a qualidade de
energia absorvida da rede, gerando o mínimo possível de energias reativas
e poluições na rede da concessionária;
• O ripple na corrente e na tensão das baterias, são fatores importantes para
vida útil da bateria;
• A regulação estática e a regulação dinâmica são características das cargas
que o nobreak tem que suprir, pois cada carga possuiu características
diferentes.
• É fundamental saber a tensão em um desequilíbrio de carga, pois em
algumas aplicações os nobreaks trifásicos alimentam cargas monofásicas,
na redução da carga em uma fase pode ocasionar a elevação de tensão nas
demais;
• O tempo de transferência da chave estática é necessário saber, pois possui
cargas sensíveis a certo tempo de interrupção de energia;
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Como neste trabalho não foi utilizado um estudo de caso, sugere-se realizar um
estudo de caso, utilizando os estudos realizados neste trabalho, fazendo um dimensionamento
completo de um sistema ininterrupto de energia.
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Referências
Revista Controle & Automação (2011), Flores, Jeferson Vieira et al. Síntese de
controladores repetitivos chaveados: uma aplicação à fontes ininterruptas de energia
(UPS). Sba Controle & Automação, Abr 2011, vol.22, no.2, p.184-200. ISSN 0103-1759
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S010317592011000200007&lng=en
&nrm=iso >. Acessado em: 04 de 2018
WEG Critical Power – 0502051. Manual de instalação e operação enterprise PFC. Disponivel
em < https://static.weg.net/medias/downloadcenter/he0/h9d/WEG-enterprise-pfc-manual-de-
instalacao-e-operacao-00-manual-portugues-br.pdf >. Acessado em: 04 de 2018.
Rocha,M.(2014).fontessistemasdeenergia.Fonte:https://fontessistemasdeenergia.wordpress.co
m: https://fontessistemasdeenergia.wordpress.com/2014/04/04/94/ Acessado em 05 de 2018