GRUPO I
«O utilitarismo é uma ideia filosófica que exerceu grande influência no mundo dos afazeres
práticos. Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart-Mill (1806-1873) envolveram-se
profundamente nas controvérsias políticas da sua época. Ambos defenderam o utilitarismo
em publicações que as classes educadas inglesas liam com grande atenção. O utilitarismo
não era uma teoria «torre de marfim» abstrata, que apenas os professoresconsiderassem
merecedora de discussão.
Despertou o interesse de um grande número de pessoas que se preocupavam com as
instituições da sua sociedade. Bentham e Mill pensavam que muitas destas instituições
precisavam de ser reformadas porque não promoviam o bem-estar dos seres humanos.
Uma preocupação política fundamental dessa época era a extensão do direito de voto aos
homens que não possuíam propriedades. Mill escreveu também a favor do direito de voto
para as mulheres, embora as mulheres só tenham recebido esse direito muito mais tarde. A
abolição da escravatura era outra luta política na qual os utilitaristas participaram.
Neste e noutros casos, os utilitaristas defenderam que as instituições tinham de ser
mudadas porque promoviam os interesses de minorias em detrimento dos interesses da
maioria.»
Elliott Sober, Core Questions in Philosophy, pp. 430-431 (adaptado).
1.1. Exponha as ideias principais da ética utilitarista e explique por que razão, à luz desta
ética, instituições que promovam os interesses das minorias são moralmente erradas.
1.2. Como deveria agir um utilitarista perante a eventualidade de ter de mentir para salvar
a vida de uma pessoa? Porquê?
Esta ação é moralmente correta, pois mesmo apesar de mentir não seja o mais correto, em
situação especiais, no utilitarismo podem existir situações especiais em que mentir é o
melhor que o agente poderá fazer, pois as consequências poderão ser melhores e trazer
mais felicidade e bem-estar à maioria das pessoas
GRUPO II
«Islamistas só libertam reféns se a França acabar com ofensiva no Mali», in Público de 16.01.2013
2.1. A ação dos islamitas argelinos é moral ou imoral à luz da ética de Kant?
A ação dos islamitas argelinos é imoral à luz de Kant pois devido a fórmula da humanidade
ou do fim em si, é moralmente errado utilizar pessoas como meio para fazer os nossos
deveres, e neste exemplo os islamitas argelinos estão a utilizar os reféns como meio para
acabar com a ofensiva em França.
Duas críticas apresentadas contra esta teoria são, por exemplo, a afirmação de que existem
deveres absolutos, pois mentir por vezes não é errado. Por vezes existem razões morais
fortes para que mentir seja uma obrigação, como evitar a morte de inocentes.
E a outra é que a fórmula da humanidade ou do fim em si é limitada, pois a fórmula da
humanidade parece incapaz de de justificar que tenhamos o dever de tratar pessoas como
fins e não como meios, e que esses seres não são pessoas.