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TEMPERATURA
A temperatura é uma das sete grandezas
fundamentais do SI. Ela representa um potencial
termodinâmico fácil de ser medido mas de difícil
definição teórica. Definir conceitualmente a
temperatura exige o desenvolvimento de outros
conceitos que serão discutidos ao longo do estudo
da termodinâmica. Por ora, ficaremos limitadoS ao
discurso de sua medição. Os físicos medem
temperatura na escala Kelvin (K). Embora não exista
limite superior para a temperatura, existe limite
inferior. Este limite é o Zero Kelvin (0 K).
LEI ZERO DA TERMODINÂMICA
A lei Zero da Termodinâmica tem como enunciado:
𝑇3 = 273,16 𝐾 𝑒 𝑃3 = 611 𝑃𝑎
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
MEDINDO TEMPERATURA:
Para criar uma escala de temperatura é necessário
utilizar um fenômeno físico reprodutível como referencial. O
SI utiliza o ponto triplo para definir as escalas de
temperatura e como padrão para a calibração de
termômetros.
A escala Kelvim, por exemplo, é definida
tecnicamente como sendo uma escala com unidade
estabelecida como 1/273,16 da diferença entre o zero
absoluto e o ponto triplo da água.
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TERMÔMETRO DE GÁS A VOLUME COSNTANTE:
Um termômetro de gás está baseado na medição da
pressão de um gás confinado em um sistema a volume
constante. Este é considerado como o termômetro
padrão, onde todos os outros tipos de termômetro são
calibrados. Ele é composto por um bulbo cheio de gás
ligado a um manômetro de mercúrio. O reservatório R
serve para manter o nível do mercúrio sempre na escala
zero do lado esquerdo do manômetro, garantindo que o volume do gás no
fique constante no bulbo.
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TERMÔMETRO DE GÁS A VOLUME COSNTANTE:
Como o volume do gás é mantido constante no bulbo, a
temperatura (T) de qualquer sistema em contato com
este bulbo será diretamente proporcional a medição de
pressão no monômetro (P). Então:
𝑇 =𝑘∙𝑃 𝑇3 = 𝑘 ∙ 𝑃3 𝑃 = 𝑃0 − 𝜌𝑔ℎ
Onde k é uma constante de proporcionalidade (volume
constante), T3 e P3 são as condições de temperatura e
pressão críticas, ρ é a massa específica do mercúrio, h é a deflexão medida
pelo manômetro, P0 e g são, respectivamente, a pressão atmosférica e a
aceleração gravitacional padrão do local da medição.
MEDIÇÃO DE TEMPERATURA
TERMÔMETRO DE GÁS A VOLUME COSNTANTE:
Isolando a constante “k” e aplicando nas outras equações:
𝑃
𝑇= 𝑇3 e 𝑃 = 𝑃0 − 𝜌𝑔ℎ
𝑃3
∆𝐿 = α𝐿0 ∆𝑇 𝑜𝑢 𝐿 = 1 + α∆𝑇 𝐿0
Onde L é o comprimento final da barra e α é uma
constante conhecida como coeficiente de dilatação
linear.
DILATAÇÃO TÉRMICA
DILATAÇÃO VOLUMÉTRICA:
Se todas as dimensões de um sólido variam com a temperatura, obviamente o
seu volume também varia. No caso de líquidos, a dilatação volumétrica é a
única que faz sentido. Se a temperatura de um sólido ou um líquido de volume
V varia numa proporção ΔT, o volume também varia na proporção:
∆𝑉 = 𝛽𝑉0 ∆𝑇 𝑜𝑢 𝑉 = 1 + 𝛽∆𝑇 𝑉0
Onde V é o volume final do sólido ou do líquido e β é uma constante conhecida
como coeficiente de dilatação volumétrica. Geralmente β está diretamente
relacionado com α na proporção:
𝛽 = 3𝛼
DILATAÇÃO TÉRMICA
Exemplo 2: Em um dia quente no Rio de Janeiro (33°C), um caminhão-tanque
foi carregado com 37 m³ de óleo diesel (β=0,00095/°C). Ele encontrou tempo
frio ao chegar em Uruguaiana, RS (10 °C). Determine: a) qual foi o volume de
diesel descarregado em Uruguaiana? b) Se o coeficiente de dilatação linear do
aço que é feio o tanque é de α=0,000011/°C, qual a proporção de variação do
volume do tanque em porcentagem?
TEMPERATURA E CALOR Ambiente, TA
Q<0
CALOR: Sistema, Ts
TA<TS
Calor é a energia transferida de um sistema para o ambiente Ambiente, TA
(vice-versa) devido a uma diferença de temperatura Q=0
Sistema, Ts
TA=TS
Ambiente, TA
Q>0
Sistema, Ts
TA>TS
TEMPERATURA E CALOR
CAPACIDADE TÉRMICA E CALOR ESPECÍFICO:
A capacidade térmica (C) de uma substância é definida pela proporcionalidade
entre o calor recebido ou cedido por tal substância para variar uma quantidade
ΔT de temperatura.
Como esta capacidade é proporcional ao tamanho do sistema (massa da
substância), também é conveniente definir uma capacidade térmica por
unidade de massa, ou calor específico (c).
Em muitas circunstâncias, pode ser conveniente expressar o calor específico
por unidade molar, neste caso, é chamado de calor específico molar.
TEMPERATURA E CALOR
CALOR SENSÍVEL E CALOR LATENTE:
O calor sensível é a quantidade de calor necessária para variar a temperatura
de uma substância que não esteja em processo de mudança de fase:
𝑄 = 𝐶 ∙ ∆𝑇 ou 𝑄 = 𝑚 ∙ 𝑐 ∙ ∆𝑇
Calor latente (ou calor de transformação) é a quantidade de calor necessária
para a mudança de fase de uma quantidade determinada substância
(temperatura constante):
𝑄 =𝐿∙𝑚
TEMPERATURA E CALOR
TEMPERATURA E CALOR
Exemplo 3: Seja uma quantidade de gelo (720 g, -10°C): a) qual a quantidade
de calor necessária para transformar este gelo em água líquida (15°C)? b) Se
existe apenas 210 kJ de energia disponível, qual o estado e a temperatura final
da amostra; c) Pra o caso da letra b, qual a quantidade de gelo residual?
Exemplo 4: Um lingote de cobre (m = 75 g, T = 312°C) foi colocado em um
recipiente de vidro (C = 45 cal/K) que estava em equilíbrio térmico com água (m
= 220 g, T = 12°C, c = 1 cal/gK). Determine a temperatura final de equilíbrio.
Suponha que o sistema é isolado (não transfere calor para as vizinhanças) e que
a água não vaporiza ao entrar em contato com o cobre.
CALOR E TRABALHO
Um sistema termodinâmico executa ou recebe trabalho
quando toda a energia liberada ou recebida da forma de calor
pode ser convertida na forma de energia mecânica.
𝑉𝑓
𝑊 = න 𝐹 𝑑𝑥 𝑊 = න 𝑃𝑑𝑉
𝑉𝑖
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
Quando um sistema muda de um estado inicial para um estado final, tanto as
quantidades de trabalho e de calor dependem da natureza do processo.
Observações experimentais mostram que uma grandeza, definida como
Energia Interna (ΔEin) é a mesma para qualquer processo, e depende apenas
das condições inicial e final (temperatura e pressão).
∆𝐸𝑖𝑛 = 𝑄 − 𝑊 ou 𝑑𝐸𝑖𝑛 = 𝑑𝑄 − 𝑑𝑊
Assim, a Primeira Lei da termodinâmica tem como enunciado:
“A energia Interna de um sistema tende: a aumentar se adicionamos energia
na forma de calor (recebe calor) e diminuir se removemos energia na forma
de trabalho (executa trabalho)”.
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
PROCESSOS ADIABÁTICOS:
Um processo adiabático é aquele que ocorre sem troca de calor entre o sistema
e as vizinhanças. Em termos práticos, é possível observar processos adiabáticos
(ou pseudoadiabáticos) quando o sistema é eficientemente isolado
termicamente ou quando o processo ocorre com velocidade tão alta de modo
que as trocas de calor apresentam proporções muito pequenas em relação ao
trabalho. Nestas condições, só é possível variar a energia interna do sistema
através de trabalho mecânico:
𝑄=0 ∆𝐸𝑖𝑛 = −𝑊
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
PROCESSOS ISOCÓRICOS:
Um processo isocórico é aquele que ocorre a volume constante. Em termos
práticos, como o volume do sistema é constante, o sistema não é capaz de
receber ou executar trabalho. Nestas condições, só é possível variar a energia
interna do sistema através de trocas de calor:
𝑊=0 ∆𝐸𝑖𝑛 = 𝑄
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
PROCESSOS CÍCLICOS:
Um processo cíclico é aquele que após uma série de trocas
de calor e trabalho, o sistema retorna para a mesma condição
inicial. Neste caso, nenhuma propriedade intrínseca do
sistema pode variar. Os processos cíclicos descrevem uma
trajetória fechada no diagrama PV. Nestas condições, não é
possível variar a energia interna do sistema através de trocas
de calor e trabalho:
∆𝐸𝑖𝑛 = 0 𝑄=𝑊
PRIMEIRA LEI DA TERMODINÂMICA
EXPANSÕES LIVRES:
Uma expansão livre sé quando um processo
adiabático ocorre sem que o sistema execute nenhum
trabalho. Nestas condições, não existe variação de
energia interna do sistema, pois não existem trocas
de calor e trabalho: