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O MOVIMENTO AMBIENTALISTA
COMO FONTE MATERIAL DO
DIREITO AMBIENTAL
O MOVIMENTO AMBIENTALISTA COMO
FONTE MATERIAL DO DIREITO AMBIENTAL
Chanceler
Dom Dadeus Grings
Reitor
Joaquim Clotet
Vice-Reitor
Evilázio Teixeira
Conselho Editorial
Ana Maria Lisboa de Mello
Armando Luiz Bortolini
Bettina Steren dos Santos
Eduardo Campos Pellanda
Elaine Turk Faria
Érico João Hammes
Gilberto Keller de Andrade
Helenita Rosa Franco
Jane Rita Caetano da Silveira
Jerônimo Carlos Santos Braga
Jorge Campos da Costa
Jorge Luis Nicolas Audy – Presidente
Jurandir Malerba
Lauro Kopper Filho
Luciano Klöckner
Marília Costa Morosini
Nuncia Maria S. de Constantino
Renato Tetelbom Stein
Ruth Maria Chittó Gauer
EDIPUCRS
Jerônimo Carlos Santos Braga – Diretor
Jorge Campos da Costa – Editor-Chefe
LAURA ROMEU BEHRENDS
do Autor
Rodrigo Valls
Publicação Eletrônica
Modo de Acesso: <http://www.pucrs.br/orgaos/edipucrs/>
ISBN 978-85-397-0117-9 (on-line)
CDD 341.347
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS. Proibida a reprodução total ou parcial, por qualquer meio ou processo, especialmente por sistemas gráficos,
microfílmicos, fotográficos, reprográficos, fonográficos, videográficos. Vedada a memorização e/ou a recuperação total ou parcial, bem como a inclusão de
qualquer parte desta obra em qualquer sistema de processamento de dados. Essas proibições aplicam-se também às características gráficas da obra e à sua
editoração. A violação dos direitos autorais é punível como crime (art. 184 e parágrafos, do Código Penal), com pena de prisão e multa, conjuntamente com
busca e apreensão e indenizações diversas (arts. 101 a 110 da Lei 9.610, de 19.02.1998, Lei dos Direitos Autorais).
Dedico esta obra aos meus pais, tios e avós
que tanto apoiaram e incentivaram o meu
crescimento profissional.
AGRADECIMENTOS
Prefácio..........................................................................................9
1. APRESENTAÇÃO........................................................................10
Canção do exílio.........................................................................13
3. O MOVIMENTO SOCIAL........................................................35
3.1 A reflexão do homem diante do desconhecido......................35
3.2 O início do movimento social brasileiro – 1970:.......................37
3.3 O mundo unido, 1970; Estocolmo, primeiro marco internacional..40
3.4 Ano de 1980, a campanha ambientalista não para................45
3.5 Constituição Federal brasileira de 1988................................49
3.6 Reflexão e interesse: Rio 92, segundo marco internacional...51
3.7 Século XXI, período neutro....................................................54
Juramento de Henrique Luiz Roessler....................................58
5. CONCLUSÃO..........................................................................79
REFERÊNCIAS...........................................................................81
PREFÁCIO
11
Laura Romeu Behrends
de 20”,2 foi criado por um órgão federal, o Serviço Florestal, para que
houvesse a conservação da natureza. Esse foi um marco histórico por-
que, a partir dele, foram originados outros movimentos, proporcionando
a criação de novas instituições, possibilitando a conscientização de novas
pessoas rumo à preservação ecológica. A Sociedade de Amigos das Árvo-
res é um exemplo disto. Criada em 1930 por Alberto Sampaio, essa socie-
dade convocou a primeira conferência brasileira de proteção à natureza.
Ao passo do desenvolvimento, várias instituições governamentais
e não governamentais foram criadas em prol do meio ambiente. Mas o
que unificou todo o movimento foi o Roessler.3 Conforme Augusto Carnei-
ro, ambientalista gaúcho, ele é o fundador da ecologia política no Brasil.
Uma de suas frases de grande impacto foi “a história universal comprova
que os povos que se desfizeram de seus recursos naturais, cujo maior
é a floresta, empobreceram, se tornaram escravos e desapareceram do
mundo”.4 Ele nos quis dizer, com essas sábias palavras, que, quando o
homem desmata, justificando o ato por causa do progresso, ele está se
matando, porque se for destruído o essencial, o complemento fica de fora.
O caminhar que fizemos no passado é o mesmo do presente,
não regredimos em nada, pelo contrário, cada vez mais andamos acele-
radamente para frente; a tecnologia nos fascina, o desenvolvimento nos
persegue. Esse pensar não é errado, porque o ser humano é curioso,
mas devemos utilizar toda a nossa racionalidade prudentemente, e isso
começa a se tornar presente quando a natureza se manifesta mostrando
ao homem seu caminhar torto.
2
MARCONDES, Sandra Amaral. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005.
3
CENTENO, Ayrton Roessler: O primeiro ecopolítico. Porto Alegre: JÁ, 2006.
4
Entrevista Augusto Carneiro.
12
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
Canção do exílio
Minha terra tem palmeiras,
Onde canta o sabiá;
As aves que aqui gorjeiam,
Não gorjeiam como lá.
5
DIAS, Gonçalves. Coleção Nossos Clássicos. Poesia. 9. Rio de Janeiro: Agiar, 1979 p.11.
13
2. HISTÓRIA DO MOVIMENTO AMBIENTALISTA:
6
CARNEIRO, Augusto. A História do Ambientalismo. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003, p.100.
7
Em 22 de abril de 1500 chegavam ao Brasil 13 caravelas portuguesas lideradas por Pedro Álvares
Cabral. À primeira vista, eles acreditavam tratar-se de um grande monte e chamaram-no de Monte
Pascoal. No dia 26 de abril, foi celebrada a primeira missa no Brasil. Após deixarem o local em direção
à Índia, Cabral, com a incerteza de que a terra descoberta era um continente ou uma grande ilha,
alterou o nome para Ilha de Vera Cruz. Após exploração realizada por outras expedições portuguesas,
foi descoberto que se tratava realmente de um continente, e novamente o nome foi alterado. A nova
terra passou a ser chamada de Terra de Santa Cruz. Somente depois da descoberta do pau-brasil,
ocorrida no ano de 1511, nosso país passou a ser chamado pelo nome que conhecemos hoje: Brasil.
SUA PESQUISA disponível em: <http://www.suapesquisa.com/historia/descobrimentodobrasil/>
Acesso em: 20 Ago. 2009.
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
15
Laura Romeu Behrends
10
É a diversidade da natureza viva. Este uso coincidiu com o aumento da preocupação com a extin-
ção, observado nas últimas décadas do Século XX. Pode ser definida como a variedade e a variabili-
dade existente entre os organismos vivos e as complexidades ecológicas nas quais elas ocorrem. Ela
pode ser entendida como uma associação de vários componentes hierárquicos: ecossistema, comuni-
dade, espécies, populações e genes em uma área definida. BIODIVERSIDADE. in WIKIPÉDIA. 2009.
Disponível em: <http://pt.WIKIPEDIA.org/wiki/Biodiversidade> Acesso em 23 Ago. 2009.
11
É o primeiro pesticida moderno largamente usado após a Segunda Guerra Mundial para o com-
bate dos mosquitos causadores da malária e do tifo. Trata-se de inseticida barato e altamente efi-
ciente a curto prazo, porém a longo prazo, de acordo com a bióloga norte-americana Rachel Carson,
que denunciou em seu livro Primavera Silenciosa que DDT causava doenças como o câncer e
interferia na vida animal causando por exemplo o aumento de mortalidade dos pássaros. DDT. in
WIKIPÉDIA. 2009. Disponível em: <http://pt.WIKIPEDIA.org/wiki/DDT> Acesso em 23 Ago. 2009.
12
CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. São Paulo: Melhoramentos, 1969.
13
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.131.
16
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
14
SILVA, De Plácido. Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p.463.
15
Ecologia designa a ciência que estuda as relações dos seres vivos com o meio ambiente.
SILVA, De Plácido. Vocabulário jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p.505.
16
CARNEIRO, Augusto. A História do Ambientalismo. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003, p.17.
17
Entrevista realizada com Augusto Carneiro no dia 21 de Janeiro de 2009.
18
CENTENO, Ayrtin. Roessler: O primeiro ecopolítico. Porto Alegre: Já, 2006, p.67.
17
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19
CARNEIRO, Augusto. A História do Ambientalismo. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003, p.18.
20
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.189.
21
CARNEIRO, Augusto. A História do Ambientalismo. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003, p. 65.
22
BONES, Elmar. Pioneiros da Ecologia: breve história do movimento ambientalista do Rio Gran-
de do Sul. Porto Alegre: Já, 2007, p. 35.
18
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
23
O PNUMA, estabelecido em 1972, é a agência do Sistema ONU responsável por catalisar a ação
internacional e nacional para a proteção do meio ambiente no contexto do desenvolvimento susten-
tável. Seu mandato é prover liderança e encorajar parcerias no cuidado ao ambiente, inspirando,
informando e capacitando nações e povos a aumentar sua qualidade de vida sem comprometer a
das futuras gerações. ONU-BRASIL. Disponível em: <http://www.onu-brasil.org.br/agencias_pnu-
ma. php> Acesso em: 27 Ago.2009.
24
A Organização das Nações Unidas (ONU) foi fundada oficialmente a 24 de Outubro de 1945 em
São Francisco, Califórnia, por 51 países, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. ONU-BRASIL.
Disponível em: <http://www.onu-brasil.org.br/agencias_pnuma. php> Acesso em: 27 Ago.2009.
25
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p.34.
26
CARNEIRO, Augusto. A História do Ambientalismo. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003, p. 92.
27
PNUD. Disponível em: <http://www.pnud.org.br/meio_ambiente/index.php?lay=mam> Acesso
em: 27 Ago. 2009.
19
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20
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
2.5 – Agapan:
21
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22
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24
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
45
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p. 209.
46
Idem, p. 210.
47
Idem, p. 210.
48
Lei 11.428, de 22 de dezembro de 2006.
25
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26
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
27
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57
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p. 242.
58
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p. 43.
59
Meio Ambiente é o lugar onde habitam os seres vivos, formando um conjunto harmonioso de
condições essenciais para a existência da vida como um todo. (SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual
de Direito Ambiental. São Paulo: Saraiva, 2009, p.39).
28
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
60
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p. 247.
61
A Carta da Terra é uma declaração de princípios fundamentais para a construção de uma so-
ciedade global no século XXI, que seja justa, sustentável e pacífica. REVIVERDE. Disponível em:
<http://www.reviverde.org.br/CARTAdaTERRA.pdf>. Acesso em: 01 Set. 2009.
62
O Protocolo de Kyoto é um instrumento internacional, ratificado dia 15 de março de 1998, que
visa reduzir as emissões de gases poluentes. Estes são responsáveis pelo efeito estufa e o aqueci-
mento global. O Protocolo de Kyoto entrou oficialmente em vigor dia 16 de fevereiro de 2005, após
ter sido discutido e negociado em 1997, na cidade de Kyoto, no Japão. SUA PESQUISA. Disponível
em: <http://www.suapesquisa.com/geografia/protocolo_kyoto.htm>. Acesso em: 02 Set. 2009.
63
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p. 42.
29
Laura Romeu Behrends
64
CARNEIRO, Augusto. A História do Ambientalismo. Porto Alegre: Sagra Luzzatto, 2003, p. 107.
65
Idem, p. 108.
30
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
66
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p. 299.
67
Idem, p. 301.
31
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32
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
até hoje. Batalhamos por conquistas e obtivemos vitórias; mais dia ou menos
dia, o êxito pleno será alcançado e o desespero cessará.
74
Poema de Antônio Carlos Jobim.
33
Laura Romeu Behrends
Na terra ferida,
Na terra que nós amputamos
Na terra que nós envenenamos
Esquecendo que dela vem a nossa vida
Lembra-te
A minha vida é tua vida
E a vida dos filhos de teus filhos
Hoje, amanhã e para todo sempre.76
75
Em 1987 criou-se a Fundação Gaia, que, entre as várias atividades para a promoção do
desenvolvimento sustentável, trata da difusão da agricultura regenerativa, educação ambiental
e reciclagem de lixo urbano.
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.194. A Fun-
dação Gaia nasceu da vontade de possibilitar uma ampliação da atuação na luta ambiental de seu
fundador e presidente, José Lutzenberger.
FGAIA. Disponível em: <http://www.fgaia.org.br/> Acesso em: 03 Set. 2009.
76
BONES, Elmar. Pioneiros da ecologia. Porto Alegre: Já, 2007, p.192.
34
3. O MOVIMENTO SOCIAL:
siderados limitados, são chamados de potencialmente renováveis. E ainda não renováveis como
petróleo e minérios em geral. RECURSO NATURAL. In: WIKIPÉDIA. 2009. Disponível em: <http://
pt.WIKIPEDIA.org/wiki/Recurso_natural> Acesso em: 06 Set. 2009.
80
Ecossistema designa o conjunto formado por todas as comunidades que vivem e interagem em
determinada região e pelos fatores abióticos que atuam sobre essas comunidades. ECOSSISTEMA.
In: WIKIPÉDIA. 2009. Disponível em: <http://pt.WIKIPEDIA.org/wiki/Ecossistema> Acesso em: 06 Set.
2009.
81
CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. São Paulo: Melhoramentos, 1969.
SOARES, Guido Fernando Silva. A proteção internacional do meio ambiente. Barueri, SP.
82
36
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
37
Laura Romeu Behrends
38
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
39
Laura Romeu Behrends
40
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
98
ECHECHURI, Héctor. Diez años despues de Estocolmo. Desarrollo, Medio Ambiente y
supervivencia. Madri, Espanha, 1983, p.15.
99
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p.31.
41
Laura Romeu Behrends
SOARES, Guido Fernando Silva. A proteção internacional do meio ambiente. Barueri, SP:
100
42
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
2005, p.27.
110
ONU BRASIL. Disponível em: <http://www.onu-brasil.org.br/conheca_hist.php> Acesso em: 11
Set. 2009.
43
Laura Romeu Behrends
111
ONU BRASIL. Disponível em: <http://www.onu-brasil.org.br/conheca_onu.php> Acesso em: 11
Set. 2009.
112
As Organizações não governamentais são associações do terceiro setor, da sociedade civil, que
se declaram com finalidades públicas e sem fins lucrativos, que desenvolvem ações em diferentes
áreas e que, geralmente, mobilizam a opinião pública e o apoio da população para modificar de-
terminados aspectos da sociedade. ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS. In: WIKIPÉDIA.
2009. Disponível em: <http://pt.WIKIPEDIA.org/wiki/Organiza%C3%A7%C3%A3o_n%C3%A3o_
governamental> Acesso em: 12 Set. 2009.
113
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.195.
114
A organização, criada em 1971 no Canadá por imigrantes americanos, é financiada com dinheiro
de pessoas físicas apenas, não aceitando recursos de governos ou empresas. Tem atualmente cer-
ca de três milhões de colaboradores em todo o mundo - quarenta mil no Brasil - que doam quantias
mensais que variam de acordo com o país. GREENPEACE. In: WIKIPÉDIA. 2009. Disponível em:
<http://pt.WIKIPEDIA.org/wiki/Greenpeace> Acesso em: 13 Set. 2009.
115
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.195.
44
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
45
Laura Romeu Behrends
119
Política Nacional do Meio Ambiente. Art.2° da Lei n°6.938/81.
120
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p.67.
121
Idem, p.67.
122
Idem, p.67.
123
Política Nacional do Meio Ambiente. Art.4°, inc.III da Lei n°6.938/81.
124
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. São Paulo: Saraiva, 2009, p.134.
125
CONAMA. Disponível em: <htt://www.mma.gov.br/port/conama/estr.cfm> Acesso em: 14
Set. 2009.
126
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. São Paulo: Saraiva, 2009, p.182.
46
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
foco: uma contribuição multidisciplinar. Curitiba, São Paulo: ANNABLUME, 2006, p. 15.
130
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.203.
GONÇALVES, Pólita. A reciclagem integradora dos aspectos ambientais, sociais e econô-
131
47
Laura Romeu Behrends
48
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
135
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.210.
136
OLIVEIRA, Gilson Batista; SOUZA - LIMA, José Edmilson. O desenvolvimento sustentável
em foco: uma contribuição multidisciplinar. Curitiba, São Paulo: ANNABLUME, 2006, p. 21.
137
MATA ATLÂNTICA. In: WIKIPÉDIA. 2009. Disponível em: <http://pt.WIKIPEDIA.org/wiki/Mata_
Atl%C3%A2ntica> Acesso em: 15 Set. 2009.
138
SOS Mata Atlântica é uma entidade privada, sem vínculos partidários ou religiosos e sem fins
lucrativos. Seus principais objetivos são defender os remanescentes da Mata Atlântica, valorizar a
identidade física e cultural das comunidades humanas que os habitam e conservar os riquíssimos pa-
trimônios naturais, históricos e culturais dessas regiões, buscando o seu desenvolvimento sustentado.
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.235 e 236.
139
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.235.
49
Laura Romeu Behrends
50
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
144
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.240.
51
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O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
53
Laura Romeu Behrends
54
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
160
O objetivo principal da Conferência seria rever as metas propostas pela Agenda 21 e direcio-
nar as realizações às áreas que requerem um esforço adicional para sua implementação, porém,
o evento tomou outro direcionamento, debatendo quase que exclusivamente sobre problemas de
cunho social. Houve também a formação de blocos de países que quiseram defender exclusivamen-
te seus interesses, sob a liderança dos EUA. ECO-92. In: WIKIPÉDIA. 2009. Disponível em: <http://
pt.WIKIPEDIA.org/wiki/ECO-92> Acesso em: 20 Set. 2009.
161
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2009 p.49.
162
Idem, p.49.
ALEXANDRE, Agripa Faria. A perda da radicalidade do movimento ambientalista brasileiro:
163
55
Laura Romeu Behrends
56
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
168
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito Ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p.57.
57
Laura Romeu Behrends
Juro solenemente,
como filho do Brasil,
orgulhoso de suas belezas e
riquezas naturais,
zelar pelas suas florestas,
sítios e campos,
protegendo-os contra o fogo e
a devastação,
fomentar o reflorestamento,
conservar a fertilidade do solo,
a pureza das águas e
a perenidade das fontes e
impedir o extermínio
dos animais silvestres, aves e peixes.169
169
BONES, Elmar. Pioneiros da ecologia: breve história do movimento ambientalista do Rio Gran-
de do Sul. Porto Alegre: Já, 2007, p.6.
58
4. LEIS, O MANIFESTO SE CONSUMA:
59
Laura Romeu Behrends
e prevenir novos atos de atrocidades era a meta, mas não eram todos
que a cumpriam, por isso, “não obtendo a legislação o efeito desejado,
a autoridade legal lançava mão da mesma legislação e a reeditava, com
agravamento da pena, na tentativa de que fosse cumprida”.173
A fase colonial foi marcada por muito desrespeito com a nature-
za, e a legislação foi feita com o intuito de conter os avanços desmedi-
dos de um povo desregrado pelo capitalismo. A importância que o meio
ambiente já implicava, nesta época, fica nítida pelo fato ocorrido em 17
de outubro de 1754, quando “autoridades proibiram o corte de todas
as árvores produtoras de madeiras presentes em terras de uso exclu-
sivo da coroa, visando à preservação das espécies adequadas à cons-
trução naval”.174 Nota-se que, a preocupação da época, em relação
à natureza, era de que, se ela não fosse explorada adequadamente,
projetos futuros não se consumariam, então a preservação deveria ser
posta em prática, para que, mais tarde, a natureza estivesse mais forte.
Isto fica mais claro quando o Rei Dom José, em 9 de julho de 1760,
expede um alvará “demonstrando preocupação com o corte desmedi-
do de árvores cuja consequência poderia ser a falta delas com sérias
implicações para o comércio”.175
O meio ambiente, na maioria das vezes, foi conservado para que
futuras explorações vingassem; por ser de uma riqueza extraordinária
atraiu pessoas sem valores, prepotentes e incrédulas, que transformaram
a natureza em um grande palco de homicídios. Por ter um valor apenas
econômico, o explorador nunca foi condenado e a devastação era realiza-
da diariamente sem existir um basta; os valores eram outros e a curiosida-
de falava mais alto; conhecer o desconhecido se tornava o maior prazer
de estrangeiros ambiciosos, realizados a cada árvore que caia ao chão.
Em 1861, sob orientação de Dom Pedro II:
173
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p. 48.
174
Idem, p. 66.
175
Idem, p. 67.
176
Idem, p.106. O termo reflorestamento tem sido utilizado para todo tipo de implantação de
60
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
florestas, porém não é correto falar em reflorestamento em uma área que nunca foi coberta por
floresta. Por isso, o termo aplica-se apenas à implantação de florestas em áreas naturalmente flo-
restais que, por ação antrópica ou natural, perderam suas características originais.
REFLORESTAMENTO. In: WIKIPÉDIA. 2009. Disponível em: <http://pt.WIKIPEDIA.org/wiki/Reflo-
restamento> Acesso em: 21 Set. 2009.
177
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p.107.
61
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62
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
63
Laura Romeu Behrends
64
O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
190
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p.220.
191
ABREU FILHO, Nylson Paim. Constituição Federal, Legislação Administrativa, Legislação
Ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p.593. Decreto-Lei n° 1.413, de 14 de agosto de
1975. Art. 1° - As indústrias instaladas ou a se instalarem em território nacional são obrigadas a
promover as medidas necessárias a prevenir ou corrigir os inconvenientes e prejuízos da poluição e
da contaminação do meio ambiente. Art. 2° - Compete exclusivamente ao Poder Executivo Federal,
nos casos de inobservância do disposto no artigo 1° deste Decreto-Lei, determinar ou cancelar a
suspensão do funcionamento de estabelecimento industrial cuja atividade seja considerada de alto
interesse do desenvolvimento e da segurança nacional.
192
SCHMIDT, Caroline Assunta; FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Tratados internacionais
de direito ambiental: textos essenciais ratificados pelo Brasil. Curitiba: Juruá, 2004, p.29. Decreto
n° 76.623, de 17 de novembro de 1975; em seu Artigo I, a, estabelece a definição de espécie, que
é toda espécie, subespécie ou uma população geograficamente isolada. E em seu Artigo I, b, define
o que seriam espécimes qualquer animal ou planta, vivo ou morto.
65
Laura Romeu Behrends
193
SCHMIDT, Caroline Assunta; FREITAS, Mariana Almeida Passos de. Tratados internacionais
de direito ambiental: textos essenciais ratificados pelo Brasil. Curitiba: Juruá, 2004, p.33.
194
Art. 2° da Lei 6.766 de 19 dezembro de 1979. O parcelamento do solo urbano poderá ser feito
mediante loteamento ou desmembramento, observadas as disposições desta lei e as das legisla-
ções estaduais e municipais pertinentes.
195
Lei 6.766 de 19 dezembro de 1979.
196
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p.39.
197
Idem, p.325.
198
TEIXEIRA, Orci Paulino Bretanha. O direito ao meio ambiente: ecologicamente equilibrado
como direito fundamental. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2006, 92.
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O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
Ambas podem ser criadas pela União, pelo Estado ou pelo município.
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Ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p.606. Art. 2° da Lei n° 6.938, de agosto de 1981.
204
ABREU FILHO, Nylson Paim. Constituição Federal, Legislação Administrativa, Legislação
Ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p.606. Art. 2°, inc.II da Lei n° 6.938, de agosto de 1981.
205
SILVA, De Plácido e. Vocabulário Jurídico. Rio de Janeiro: Forense, 2007, p.1324.
206
CARSON, Rachel. Primavera Silenciosa. São Paulo: Melhoramentos, 1969.
207
Pouco antes da Lei n° 6.938/81, três normas de cunho ambiental já trataram de temas que
foram retomados por ela: o Decreto-Lei n° 1.413, de 14 de agosto de 1975, que dispõe sobre o
controle da poluição do meio ambiente provocada por atividades industriais; a Lei n° 6.803, de 2 de
julho de 1980, que dispõe sobre as diretrizes básicas para o zoneamento industrial nas áreas críti-
cas de poluição; e a Lei n° 6.902, de 27 de abril de 1981, que dispõe sobre a criação de Estações
Ecológicas e Áreas de Proteção Ambiental.
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p.67.
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Ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p.97 da Constituição Federal brasileira.
211
OLIVEIRA, Cláudia Alves de. Meio ambiente cotidiano: a qualidade de vida na cidade. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2008, p.05.
212
Um exemplo desta adequação da legislação brasileira em futuras normas fica evidente na Lei n°
65 de 22 de dezembro de 1981, que serviu de base, para que, o Decreto n° 8.186 de 07 de março
de 1983 fosse estabelecido dois anos depois de sua vigência. Coletânea de legislação ambiental
de Porto Alegre. Porto Alegre: Secretaria Municipal do Meio Ambiente, 2004, p.12 e 13.
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O movimento ambientalista como fonte material do direito ambiental
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Ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p.97. Art. 225, parágrafo 1°, V, da CF.
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221
GRANZIERA, Maria Luiza Machado. Direito ambiental. São Paulo: Atlas, 2009, p.43.
222
Idem, p.43.
223
A Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente e Desenvolvimento, no Rio de Janeiro de 3
a 14 de junho de 1992; reafirma a Declaração da Conferência das Nações Unidas sobre Ambiente
Humano, adotada em Estocolmo a 16 de junho de 1972. RANGEL, Vicente Marotta. Direito e rela-
ções internacionais. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2005, p.509.
224
RANGEL, Vicente Marotta. Direito e relações internacionais. São Paulo: Revista dos Tribu-
nais, 2005, p.509.
225
Resolução n° 005, de 05 de agosto de 1993.
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tempo ainda, mas ficarmos parados esperando qual estrago virá, é que
não podemos nos permitir. É agindo e educando as futuras gerações que
a utopia se tornará uma realidade diária.
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nós possuímos, o que falta é permitir que ela seja eficaz, e isso é pos-
sível se pusermos em prática nossa vasta teoria, permitindo que os
interesses coletivos sejam postos em primeiro plano, e o individual em
segundo lugar, fazendo com que a coletividade tenha vez neste siste-
ma legislativo democrático.
234
OLIVEIRA, Cláudia Alves de. Meio ambiente cotidiano: a qualidade de vida na cidade. Rio de
Janeiro: Lumen Juris, 2008, p.02.
235
Dispositivo inicial da Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000.
236
Art.4°, XII, da Lei n° 9.985, de 18 de julho de 2000.
237
SIRVINSKAS, Luís Paulo. Manual de direito ambiental. São Paulo: Saraiva, 2009, p.11.
OLIVEIRA, Cláudia Alves de. Meio ambiente cotidiano: a qualidade de vida na cidade. Rio de
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Legislação Administrativa, Legislação Ambiental. Porto Alegre: Verbo Jurídico, 2007, p.680.
242
MARCONDES, Sandra. Brasil, amor à primeira vista. São Paulo: Peirópolis, 2005, p. 300
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que foi previsto não aconteceu, e o homem se sentiu mais forte, pois se
nem o seu ato ilícito foi capaz de derrubar a vida universal, então significa
que suas diretrizes estão corretas, tanto que hoje ainda sofremos com
o problema de desmatamento na Floresta Amazônica e com a poluição
desmedida de indústrias. “A natureza também tem direitos, os animais têm
direito à vida e as plantas têm direito à existência. Então, preço e valor,
neste enfoque, não representam uma igualdade”.243 Onde vamos parar?
Este é o grande clichê do momento, mobilizando várias pessoas com o
pensamento, “o mundo está acabando”, e ninguém está se dando conta.
243
MOTA, José Aroudo. O valor da natureza: economia e política dos recursos naturais. Rio de
Janeiro: Garamond, 2001, p.87.
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5. CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS
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