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Nome do recorrente, vem por intermédio de sua procuradora ora signatária, ambos
já devidamente qualificados nos autos supra, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com
base no artigo art.º42 da Lei n.º 9.099/1995 e no artigo art.º 5 da Lei n.º 10.259/2001,
interpor:
RECURSO INOMINADO
Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba/PR, data do protocolo eletrônico.
COLENDA TURMA RECURSAL DO ESTADO DO PARANÁ
EMÉRITOS JULGADORES
1. Da tempestividade
2. Da síntese processual
A parte autora ajuizou a presente ação com o fito de que fosse concedido ao autor o
benefício de prestação continuada ao deficiente físico com pagamento das parcelas vencidas
desde a data do requerimento administrativo referente ao NB 87/577.000.000-0 ; DER
01/01/2015.
Posto isto, cabe esclarecer que ainda que conste que o salário bruto do pai do autor
ser de R$ 1.986,84, seu salário líquido é de R$ 1.297,18.
Desta forma, como o grupo familiar do autor é composto por 6 membros, o autor,
seu pai, sua mãe, sua irmã e duas sobrinhas, a renda per capita do grupo família é de R$
216,20, valor este inferior a ¼ do salário-mínimo. Desta forma, é evidente que o autor se
encaixa no quesito objetivo da miserabilidade.
Vale destacar que o Tribunal Pleno do Supremo Tribunal Federal (STF), quando
declarou a inconstitucionalidade do critério da renda no julgamento do Recurso Extraordinário
n.º 567.985/MT e da Reclamação Constitucional n.º 4.374/PE, o fez por entender que o
legislador deixou de incluir no conteúdo da norma possíveis situações de miserabilidade acima
do limite de ¼ do salário mínimo per capita (por isso a inconstitucionalidade por omissão
parcial do legislador).
Além disso, deve-se levar em consideração que parte da renda da família é gasta
com fraldas e medicamentos, tanto para o autor que consome calmantes quanto para seus
pais que precisam de remédios para o coração e para a pressão. Ainda, a mãe do autor,
também toma remédios para coluna pois sente fortes dores devido a necessidade carregar seu
filho que não se locomove sozinho, para tomar banho de sol, trocar fraldas, fazer sua higiene
etc.
Da mesma forma, deve-se considerar as sobrinhas do autor, uma de 8 anos e outra
de 2 anos e meio, que moram na mesma residência dependendo exclusivamente de seu avô,
pai do autor, para se alimentarem, se vestirem, frequentar escola, remédios etc.
Nessa situação negar o benefício ao autor é o mesmo que consentir com um estado
de ofensa à dignidade de vida do autor e de sua família.
Neste segmento, ainda que a renda do pai do autor fosse considerada em sua
integralidade, veja-se que é claramente possível, como é o caso em questão, comprovar a
miserabilidade de outras maneiras, vide súmula 11 da TNU:
Ante o exposto, a parte autora requer que a reforma da r. sentença a quo para que
seja determinada a concessão do benefício de prestação continuada ao deficiente físico desde
a data do requerimento administrativo referente ao NB 87/000.000.000-0 ; DER 01/01/2015.
4. DO PEDIDO
Ante todo o exposto, requer seja o presente recurso conhecido e provido a fim de
reformar a r. sentença monocrática, julgando totalmente procedente a pretensão inicial, para
que seja devidamente concedido o benefício de amparo assistencial, nos termos da inicial,
com o pagamento das parcelas devidas desde a DER (01/01/2015), com a incidência de
consectários legais: juros de mora à razão de 1% ao mês a contar da data da citação até a data
da elaboração da conta final, com base na Súmula n. 75 do TRF4 e no entendimento firmado
pela TNU, e correção monetária pelo INPC ou IPCA qual seja o mais favorável, por ser questão
de JUSTIÇA!
Ademais, a parte recorrente requer que o INSS seja condenado a pagar honorários
sucumbenciais fixado em 20% do valor da condenação ou sobre valor atualizado da causa.
Nestes termos,
Pede deferimento.
Curitiba/PR, data do protocolo eletrônico.