Lição nº: 25
Data: 6/11/2020
Sumário
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extensão e a substancia divina (res divina) que tem vários atributos, todos
eles numa perfeição infinita. Terminando por aqui o resumo da matéria
lecionada na aula passada.
De seguida a docente remeteu-nos para a pag 165 onde está presente o
fundacionalismo de Descartes, e que, antes de mais alertou para
revermos as pag. 148 e 149 matéria já lecionada sobre o fundacionalismo
e onde fizemos a distinção de crenças básicas e não básicas ou crenças
fundacionais.
Então vimos que Descartes era um filósofo fundacionalista e elegeu a
razão (o cogito) como sendo uma crença básica ou fundacional, o cogito
forneceu-nos o critério de evidência que assenta na clareza e distinção
das ideias, e vimos que é a partir do cogito que Descartes reconstrói todo
o seu sistema de saber. A razão, como vimos enquanto crença
fundacional é portadora de ideias inatas, as principais verdades podem
ser conhecidas como as três substâncias: a res cogita, a res divina e res
extensa.
Posto isto, vimos o percurso intelectual de Descartes na ordem do
conhecimento. Temos primeiro o cogito que se assume como primeiro
principio da filosofia cartesiana e deste deduz-se a partir da ideia de ser
prefeito, Deus. Na ordem do tempo, como vimos pelas provas da
existência de Deus, se o Homem não tem a capacidade de se conservar a
si próprio, deve essa conservação a Deus, pois é o seu criador, sendo que
Deus é o criador do Homem e de si próprio, e por isso consegue
conservar-se a si próprio, temos primeiro Deus e depois o Homem. Isto
leva-nos ao círculo cartesiano, por um lado o cogito é uma crença básica
ou fundacional a partir da qual são deduzidas outras verdades, por outro
lado o cogito enquanto fundamento do conhecimento depende de Deus
que é o princípio de toda a verdade, o que nos leva a falácia da petição do
princípio, ou argumento circular. Depois a professora pediu para a aluna
Diana Neagh ler o paragrafo anterior do texto 18 e de seguida o texto 18
respetivamente. No final da leitura a docente ditou o seguinte
apontamento: «A crítica a Descartes consiste em acusá-lo de usar o
critério da evidência para provar a existência de Deus e, simultaneamente
usar Deus para fundamentar o critério da evidência, por outras palavras,
prova-se a existência de Deus partindo do principio de que tudo o que é
claro e distinto é verdadeiro, mas este critério só é seguro se Deus
existir.», ou seja, se nós raciocinamos a partir da ideia clara e distinta que
temos de Deus, que é a ideia de perfeição, por outro lado é Deus que
garante a verdade e a objetividade destas ideias claras e distintas e por
isso é que Descartes, segundo os críticos, ocorre no argumento circular
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ou petição do principio.
Posto isto demos inicio ao estudo do empirismo de David Hume, antes
de mais a professora referiu que já tínhamos dado as características
gerais do empirismo, que estão presentes nas paginas 157/148. Vimos
também de que modo é que para os empiristas a experiência é
simultaneamente origem e limite do conhecimento e que para estes não
há ideias inatas, todas as ideias têm uma base empírica, mesmo as mais
complexas e por isso é que a nossa mente se assemelha a uma folha de
papel em branco. Vimos também que para os empiristas o conhecimento
não é universal mas sim contingente, e vimos o papel privilegiado que os
empiristas dão a indução enquanto raciocínio, que nos permite a partir da
análise dos casos particulares chegar a formulação de uma lei geral
permitindo assim os juízos, a posteriori aumentar o conhecimento.
Relativamente aos elementos do conhecimento, David Hume considera
existir dois tipos de perceções humanas, e dentro das perceções ele
distingue as impressões das ideias.
As impressões são as perceções mais vivas e fortes, nelas estão incluídas
as sensações, as emoções e paixões.
As ideias derivam das impressões e por isso são mais fracas e menos
vivas que as impressões, e é por isso que as ideias são cópias ou
representações das impressões. As ideias que não tem uma impressão
que lhes corresponda não existem, logo não existe ideias inatas.
Então podemos concluir que as impressões são as origens e as ideias são
originadas das impressões, derivam delas.
Posto isto a professora pediu para os alunos lerem o texto 19 da página
167 e identificar a tese e os argumentos. E quem não acabasse a tarefa
em aula iria para trabalho de casa.
De seguida deu-se por terminada a aula.
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