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O autor desta epístola se identifica como sendo Judas, servo de Jesus Cristo e irmão de
Tiago. O nome Judas (hebraico Judá) era comum entre judeus do século I, e pelo menos oito
pessoas com esse nome são mencionadas no Novo Testamento, incluindo dois dos discípulos de
Jesus. O autor não pode, então, ser identificado como base exclusiva em seu nome (BÍBLIA
SHEDD,1990, p.4279)
De acordo com SHEDD (1990) a melhor pista para sabermos a sua identidade é a
descrição irmão de Tiago (v.1). O único Tiago conhecido na igreja primitiva a ponto de poder ser
mencionado desta maneira incondicional é Tiago, o destacado líder da igreja, o autor da epístola
que tem o seu nome e meio-irmão de Jesus (Mt 13:55), que, assim como os seus outros irmãos,
SHEDD ainda afirma, que Judas pode ter sido uma daquelas pessoas mencionadas em
outro lugar no Novo Testamento, na referência de Paulo ao ministério ambulante dos irmãos do
Senhor e de suas esposas ( 1Co 9:5). “Provavelmente seja a humildade de Judas que explica
Várias oposições à autenticidade de Judas têm sido levantadas, mas todas se baseiam em
suposições questionáveis. A maioria está relacionada com a proposta de uma data que é muito
posterior ao período de existência possível para Judas (COMENTÁRIO RITCHIE DO NT, 1996,
p.158).
1
Bíblia Shedd,1990 , p. 1755
2
Bíbliia de Estudo Genebra, 1999, p. 1520
5
Green (1996) afirma que se Judas, irmão do Senhor, escreveu esta carta, então não pode
ser datada posteriormente a 70 D.C. Provavelmente Judas não viveu mais que isso. Se esse Judas
não a escreveu, então supomos que foi escrita no começo do século II D. C., como um tratado
contra o gnosticismo da época. Visto que é mencionado no cânon muratoriano, da última porção
do século II D. C., o livro não pode ter sido escrito muito depois da metade daquele século. Já
que II Pedro incorpora grande parte do mesmo; então sua data deve ter precedido tal escrito. Se II
Pedro pertence genuinamente a Pedro, então Judas deve ter sido escrito realmente cedo. Em caso
contrário, então o começo de século II D. C. é uma boa suposição acerca da data de Judas, tão
Green (1996) ainda afirma que os detalhes fornecidos por Judas são surpreendentes, e nos
concede informações sobre eventos ocorridos no VT que as escrituras não narram, como por
exemplo o relato que houve disputa sobre o corpo de Moisés, e que dois dos maiores poderes
espirituais estavam envolvidos no conflito; também, que Enoque profetizou e falou do juízo
vindouro4.
apóstolo, e irmão do Senhor, o autor deste livro. A qualidade do grego usado nesta epístola é
bilíngüe (grego e aramaico), e sabe-se muito pouco sobre o grego de Judas para se concluir que
ele não poderia ter escrito esta carta. Pode-se aceitar que o autor é Judas, o irmão de Jesus, filho
de Maria e José, nascido depois de Cristo. Judas, era o mais novo, ou o segundo mais novo, da
3
Comentário Richie do Novo Testamento,1996, p.166
4
id. 1996, p.193
6
Champlin (1991) afirma que a confirmação antiga naturalmente tem uma relação direta
com a questão da autoria. “Poder-se-ia crer”, indagam alguns, que se Judas, um apóstolo e irmão
autêntico do Senhor, tivesse escrito algo, que a igreja dos primeiros séculos teria ignorado ou
duvidado de sua autenticidade? Mas o testemunho antigo é que as coisas não foram realmente
assim, pelo que teríamos à frente uma pseudepígrafe, isto é, um livro cujo autor não é aquele
obra forjada, fraude e desonestidade. No entanto, isso é ignorar o fato que os antigos aceitavam
tais escritos com naturalidade, pois eram freqüentemente produzido em honra a algum mestre,
como tributo prestado a algum bem conhecido professor, com propósito de fomentar seu prestígio
e suas doutrinas5.
Muitos escritores anônimos, que ligavam o nome de alguns mestres a seus escritos,
simplesmente não viam a questão do modo como a vemos. O advento de Cristo produziu grande
atitude literária, que trazem nomes de famosos cristãos primitivos, como apóstolos e outros,
quando não foram realmente escritos pelos tais. Não se deve estranhar, pois, se o cânon final do
N.T., que precisou de alguns séculos para atingir seu apogeu, tenha incluído um ou mais desses
escritos pseudepígrafes. Além disso, a investigação no campo da autoria dentro dos estudos
não foram escritos pelos autores cujos nomes aparecem na introdução dos mesmos, não
afirmamos mais do que o fizeram quase todos os pais mais antigos da igreja, cuja fé estava acima
de reprimenda, e que estavam em melhor posição para julgar essas coisas que nós, os modernos
5
O Novo Testamento Interpretado, 1991, p. 326
7
De acordo com Champlin (1991) vários eruditos, não aceitando que Judas, o apóstolo, ou
Judas, irmão do Senhor, escreveu o livro, mas não querendo dar-lhe o título de pseudepígrafe,
tem procurado vinculá-lo a certo bispo de Jerusalém se lê em Eusébio; e alguns têm o autor
sagrado. Todas essas conjecturas, porém, não têm qualquer possibilidade de prova, e quando
muito, são tentativas precárias. Outros, esperando preservar o título Judas, conjecturam que as
palavras irmão de Tiago são uma interpolação antiga, que visa a identificar o livro com o círculo
apostólico. Nesse caso então, algum Judas desconhecido escreveu o livro, e isso explicaria por
que a igreja primitiva essencialmente o ignorou, até ao século IV D.C. Porém, não há qualquer
evidência textual em favor dessa idéia, e ela não se recomenda a nós como válida6.
Segundo Champlin (1991) quanto ao testemunho antigo, percebe-se que essa epístola fora
recebida no cânon das escrituras no século IV D. C. Jerônimo reconhece seu caráter genuíno, mas
observa que em conseqüência de citar do livro de Enoque, era repelida pela maioria tal rejeição,
pois, não tinha bases objetivas e históricas. Eusébio a classifica entre as antilegômena,e adiciona
que embora muitos dos antigos não a tenham mencionado, era publicamente usada pela maioria
apostolo Judas; e Orígenes também chama-o de apóstolo em dois lugares. Vimos que realmente
esta epístola foi escrita por Judas e é totalmente espirado por Deus7.
6
O Novo Testamento Interpretado, 1991, p. 324
7
id. 1991, p.325
8
I . Introdução; do 1-4 Judas se apresenta aos seus leitores dando o seu nome, seu
relacionamento com seu irmão Tiago, e seu relacionamento com Cristo. Ele começa usando as
seguintes afirmações:
Endereço e saudação
O propósito da Epístola
A razão em escrever
Judas enfrenta uma ameaça semelhante à que é combatida em 2Pedro: falsos mestres que
estavam usando a liberdade cristã e a livre graça de Deus como licença para a imoralidade. A
maior parte da epistola (vs. 4-19) se dedica à severa denuncia dos falsos mestres com a finalidade
de impressionar os leitores com a seriedade desta ameaça. Mas a estratégia de Judas é mais do
que somente uma oposição negativa. Ele exorta aos leitores para que cresçam no conhecimento
da verdade cristã (v. 20), para que tenham um testemunho firme pela verdade (V. 3) e para que
procurem resgatar aqueles cuja fé estava hesitante (s. 22-23). Esta receita para confrontar erros
espirituais é tão eficaz hoje quanto o era quanto foi escrita (BÍBLIA SHEDD,1998, p.1756).
9
Judas cita Enoque como sendo o sétimo depois de Adão (Vrs 14), este é um personagem
histórico, foi o sétimo dos patriarcas pré-histórico, conforme se vê no quinto capítulo do livro de
Gênesis. O registro bíblico mostra-nos que ele viveu por trezentos e sessenta e cinco anos, tendo
sido homem especialmente piedoso, porquanto andava com Deus, até que finalmente foi
arrebatado, sem ter experimentado a morte física. Foi apenas natural, portanto, que alguns livros
místicos tivessem sido escritos acerca das contemplações de tal personagem (O NOVO
Champlin (1991) afirma que em referência ao número sete, para muitos tinha
significações místicas, por seu significado perfeito e término de ciclos. Portanto, Enoque era
estimadíssimo, a piedade foi aperfeiçoada nele, tendo sido também profeta de acontecimentos
apocalípticos e escatológicos, sobre o fim de um ciclo terreno e sobre o começo de estado eterno.
O sétimo mundo é o reino de Deus, e Enoque foi o profeta especial a esse respeito8.
Nos escritos rabinos encontra-se as seguintes palavras: “O número sete é o número mais
sagrado de todos. Enoque foi sétimo depois de Adão e andou com Deus; Moisés foi o sétimo
depois de Abraão; Finéias foi o sétimo depois de Jacó, nosso progenitor, tal como Enoque foi o
sétimo depois de Adão. Eles correspondem ao sétimo dia, que é o sábado, o dia de descanso.
341)9.
8
O Novo Testamento Interpretado, 1983, p.340.
9
Ap. Wetstein, (SD) p. 737
10
De acordo com Champlin (1991) Enoque viveu tantos anos quantos são os dias do ano
solar, a saber, trezentos e sessenta e cinco; e então foi arrebatado, pelo que até mesmo os seus
anos de vida nesta terra falam do término de um ciclo. O sétimo depois de Adão, Enoque,
agradou a Deus e foi arrebatado, tal como haverá um sétimo dia de descanso, em que todos serão
arrebatados, os quais, durante o sexto dia da história do mundo foram novamente criados pela
Palavra encarnada10.
Enoque foi o filho mais velho de Caim ( Gn 4:17), que deu nome à cidade assim
descendência por intermédio de Sete, através da qual o conhecimento de Deus foi preservado.
Enoque é o personagem simbólico dos crentes arrebatados, pois ele foi retirado desta cena ímpia,
tendo assim escapado da morte, entrado na glória, nos lugares celestiais (NOVO DICIONÁRIO
Segundo Douglas (2001) Enoque foi um dos dois homens do Antigo Testamento que
foram arrebatados corporalmente para a presença de Deus, sem experimentar a morte (2 Rs:1:1-
11). Enoque aparece em (Lc 3:37) e a epístola aos Hebreus atribui sua translação à sua fé notável
(Hb 11:5); e por último, é citado por Judas como tendo profetizado acerca da “vinda do Senhor
Visto que Enoque foi arrebatado vivo para o céu, seu nome se tornou, no judaísmo
posterior, o centro de uma grande tradição apocalíptica, onde ele estaria relatando os segredos
dos céus e do futuro que vira nas visões e viagens através dos céus. Três livros trazem o nome de
Enoque, como autor, um dos quais recua até os dois primeiros séculos A.C., e que é de grande
10
O Novo Testamento Interpretado, 1983, p.341(Ap. Agostinho, em resposta a Fausto, o Maniqueu, XII.XIV).
11
Novo Dicionário da Bíblia, 2001, p. 504
11
importância para que se entenda melhor o pano de fundo do Novo Testamento (O NOVO
A citação feita por Judas, aparece em Enoque 1:19.O livro de Enoque trata-se de uma
obra, na qual suas várias porções foram compostas em ocasiões diferentes durante os dois últimos
séculos A.C. As seções mais antigas pertencem ao período dos macabeus (COMENTÁRIO
Existem cinco divisões principais no livro chamado de Enoque conforme ele existe
atualmente. A primeira descreve uma visão dada a Enoque sobre o juízo futuro, especialmente
dos anjos caídos. A segunda, conhecimento as similitudes de Enoque, consiste de três paralelos
que tratam primeiramente do tema do julgamento contra o mundo, mas com a certeza de
segurança dada aos justos por intermédio da esperança messiânica. A terceira porção é um livro
de astronomia. A quarta porção consiste de duas visões, uma acerca do mundo até à época
messiânica. A quinta porção é uma coleção miscelânea de exortações e outros materiais, dentro o
que o mais importante é o Apocalipse das Semanas, que divide a história do mundo em dez
semanas,as três últimas das quais são apocalípticas. Esse livro se reverte de grande importância
interesse por haver sido citado na epístola neo-testamentária de Judas (NOVO DICIONÁRIO DA
4 A CITAÇÃO EM JUDAS
Hagee (2001), afirma que O propósito de Judas (vs.1-4); é dirigir sua epístola aos crentes
que são chamados “ amados” e “ guardados” e deseja a eles ação tripla da misericórdia, paz e
amor (vs.1-2). Notícias desagradáveis a respeito do abuso dos falsos mestres nas igrejas
impeliram Judas a deixar de lado seus comentários sobre a salvação para escrever esta palavra
oportuna de alerta (vs. 3 e 4), por causa dos apóstatas que “transformam em libertinagem a graça
de nosso Deus” e negam a Cristo, é crucial que os crentes batalhem, “diligentemente, pela fé”12.
Judas inicia sua extensa exposição ilustrando o juízo final deles com três exemplos de
julgamento divino tirado do Pentatêuco (vs. 5-7). Como animais irracionais, os falsos apóstolos
são dominados pelo abuso e destruídos pelas coisas que praticam (vs. 8-9). Até mesmo o arcanjo
Miguel é mais cuidadoso quando lida com os poderes sobre-humanos do que esses homens
arrogantes. Eles compara esses homens aos três rebeldes espirituais de Gênesis (Caim) em
Números (Balaão) e (Coré), que incorreram na condenação de Deus (v. 11) (BÍBLIA DE
Sproul (2001) ao referir-se a profecia de Enoque citada por Judas, não confirma nem
tampouco nega a atribuição popular desse texto apócrifo ao Enoque bíblico. A citação extraída de
1Enoque, concorda com uma hoste de profecias do Antigo Testamento ( Dn 7.9-10; Zc 14.3-5),
ensinando que Deus virá com seus exércitos celestiais para julgar os ímpios, estando Judas, dessa
forma, justificado por aplicar essa idéia bíblica à sua situação específica13.
12
Bíblia de Estudo das Profecias, 2001, p.1464.
13
Bíblia de Estudo Genebra 1998, p. 1522.
13
semelhante ao livro de Enoque (1:9) que não pertence ao cânon, escrito por uma pessoa
desconhecida que usou o nome de Enoque como título do livro. A confusão dos dois Enoques
pode ser explicada de duas maneiras: 1)A profecia original do Enoque bíblico talvez fosse
apropriada pelo autor do livro de Enoque sem lhe dar o devido crédito . 2) Considerando que os
mais antigos manuscritos existentes são mais recentes do que a Epístola de Judas, também é
possível que a citação encontrada em Judas fosse inserida no livro de Enoque por algum escritor
posterior. A profecia do piedoso Enoque é a revelação mais antiga registrada sobre a segunda
Teria Judas razão em afirmar que Enoque teria profetizado acerca da vinda do Senhor?
SHEDD (1998) afirma que não se deve duvidar da veracidade profética pronunciada por Enoque
a despeito da segunda vinda de Cristo, apesar de a profecia ser registrada fora da Bíblia, no livro
apócrifo Enoque 1:9. A inclusão de tais citações no cânon inspirado, como ilustração ou como
fossem inspirados, nem que tudo o que está contido neles é aprovado pela Bíblia. É o uso da
Não pode haver dúvida de que Judas conhecia e fez uso de pelo menos dois escritos
como o Testamento de Naftali no v.6, e o Testamento de Aser no v.8. Judas agora confirma esta
análise final dos seus oponentes com uma profecia de julgamento inescapável, o julgamento que
acompanhará a volta de Jesus Cristo. Ele Cita o Livro de Enoque para enfatizar seu argumento.
14
Bíblia Vida Nova, 1999, p.290
14
De acordo com Green (1983) Judas cita Enoque 1.9 no v. 15, quase palavra por palavra.
No v. 14 chama Enoque “o sétimo depois de Adão,” descrição esta que ocorre em Enoque 40:8,
e há muita coisa em Enoque que é usada na descrição que Judas fez dos anjos caídos nos vv.6 e
1315.
Green (1983) ainda afirma que tanto a assunção quanto Enoque eram altamente estimados
na igreja primitiva, mas não temos meios de saber se Judas considerava canônicos estes livros.
Cita-os como sendo relevantes para a situação para a qual escreve, e bem conhecidos tanto a ele
por Judas, afirma que, de início, alguns deste escritos foram aceitos porque levavam o carimbo da
aprovação de Judas. Destarte, Clemente de Alexandria escreveu: “com estas palavras ele
corrobora o profeta” ( i. e., Enoque), e, outra vez: “aqui confirma a Assunção de Moisés” , e tanto
Tertuliano quanto Barnabé consideravam estes livros como sendo Escritura. Mais tarde, porém
mudou-se o clima, e ficou sendo aparente quanto perigo havia no uso irrestrito da matéria
apócrifa. Os apócrifos e suas “fábulas blasfemas” foram atacados por Agostinho e Crisóstomo.
Não somente era insuficiente a autoridade de Judas para Salvar os escritos apócrifos, como
também o próprio Judas foi sujeitado a suspeita, e descobrimos, conforme que Dídimo de
Alexandria tinha de pedir que a citação por Judas de livros apócrifos não fosse contada contra
ele17.
Para evitar a realidade das ameaças de juizo que ele fez contra estes homens, Judas cita
uma das mais antigas profecias existentes, pronunciada antes do dilúvio. As palavras de Enoque,
15
INTRODUÇÃO E COMENTÁRIO DE PEDRO E JUDAS, 1983, p.47
16
ibid. p. 47
17
id. p. 48
15
o sétimo depois de Adão, mostram claramente que mesmo naqueles dias distante Deus estava
De acordo Green (1983) há quem afirme que Enoque proferiu estas palavras e, agora que
estão incluídas nesta epístola, fazem parte da palavra inspirada de Deus. Talvez, além de deixar
que Enoque não era o descendente de Caim com o mesmo nome, há uma razão especial pela qual
ele recebe o título “sétimo depois de Adão”. Sente, que significa algo completo, talvez sugeriu a
Judas que estas palavras foram proferidos num tempo quando o pecado era praticamente
universal18.
Enoque foi contemporâneo de Adão por mais de trezentos anos, portanto, a corrupção que
resultava no dilúvio desenvolveu-se muito rápido, até mesmo durante a vida dos nossos primeiros
pais. Enquanto o cumprimento desta profecia é ainda futuro, no entanto foi pregada, sem dúvida,
como um aviso aos ante-diluvianos, e foi cumprida, em menor escala (COMENTÁRIO RITCHIE
18
ibid. p. 48
16
4 CONCLUSÃO
Conclui-se que, o livro de Judas é realmente um livro de confiança e que não devemos
desconfiar da veracidade deste livro tão rico e importante para todos. Faz-se necessário uma
compreensão devida acerca da situação em que Judas está escrevendo, bem como de seus
leitores. O uso do evento narrado, corresponde à uma contextualização a seus ouvintes; posto os
Judas aplicou o que eles conheciam ao evento posto em pauta na epístola, que era a
questão da apostasia. A citação do livro apócrifo em Judas, não diminui a autenticidade desse
livro, nem tampouco afirma a inspiração do livro de Enoque, mas que ele “profetizou”. O
BIBLIOGRAFIA
HAGEE, John C. Bíblia de Estudo das Profecias. Editora Atos, Belo Horizonte-
MG. Sociedade Bíblica do Brasil, Barueri- São Paulo 1998, 1524p.
SHEDD, Russell P. Bíblia Shedd. Edições Vida Nova. São Paulo-SP. 1938p.
SHEDD, Russell P. Bíblia Vida Nova. Edições Vida Nova. São Paulo-SP, 1980,
1296p.
1. INTRODUÇÃO
A epístola de Judas foi alvo de muitas discussões sobre sua inclusão ou não no Cânon do
NT. Isto por conter em seu corpo uma passagem de um livro apócrifo. Esta citação fez com que
muitos duvidassem da inspiração, e a inerrância dessa epístola. Contudo esta pesquisa não se
propõe a provar a inspiração dessa epístola, pois se tem crido na veracidade de sua inspiração.
Diante deste assunto tão polêmico, esta pesquisa propõe uma análise do assunto de modo
resumido, tendo em vista uma confirmação da inerrância bíblica. O campo de estudo será
limitado apenas ao livro de Judas, onde um versículo será enfocado: Judas 14.
Um estudo sobre este assunto é de relevância considerável para todo o cristão. É lamentável
o fato de muitos não compreenderem o porque desta passagem ser citada no livro de Juadas.
Muitos pensadores falam sobre esse assunto, argüindo sobre qual seria o motivo de já que fora
Com o fim de um melhor conhecimento sobre esse assunto, esse material se propõe
apresentar de formar panorâmica e objetiva o por que desta citação por Judas. Os objetivos
primários são apresentar uma descrição do assunto através de análise textual, explicitá-lo por
apontamentos aqui destacados sobre o relato bíblico. Mais especificamente o estudo do texo em
Judas 14, pois será um caminho para o entendimento desse assunto tão questionado.
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