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educação básica
ARTIGO ORIGINAL
GARCIA, Denise Fiuza. RÊGO, Gabriel Gaudencio do. As funções executivas em alunos com
transtorno do TDAH na educação básica. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do
Conhecimento. Ano 05, Ed. 01, Vol. 10, pp. 24-56. Janeiro de 2020. ISSN: 2448-0959
Contents
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 TRANSTORNO DO TDAH
2.2 ASPECTOS NEUROBIOLÓGICOS DO TDAH
3. AS FUNÇÕES EXECUTIVAS E SUA IMPORTÂNCIA NO DESENVOLVIMENTO ESCOLAR
3.1 MEMÓRIA DE TRABALHO
3.2 ATENÇÃO SELETIVA
3.3 CONTROLE INIBITÓRIO
3.4 FLEXIBILIDADE COGNITIVA
3.5 PLANEJAMENTO E MONITORAMENTO, RACIOCÍNIO E SOLUÇÕES DE PROBLEMAS, METACOGNIÇÃO
3.6 ASPECTOS NEUROBIOLÓGICOS DAS FUNÇÕES EXECUTIVAS
3.7 ÁREAS RESPONSÁVEIS PELAS FUNÇÕES EXECUTIVAS
4. DISFUNÇÕES EXECUTIVAS NO PROCESSO ENSINO APRENDIZADO DO TDAH
5. AS INTERVERSÕES ESCOLARES PARA TDAH
6. CONSIDERAÇÕES
REFERÊNCIAS
APÊNDICE – REFERÊNCIAS DE NOTA DE RODAPÉ
RESUMO
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proporcionar qualidade de vida nas esferas sociais e proporcionar estratégias para alcançar
seus objetivos educacionais e profissionais. A pesquisa discorre as relações e implicações das
disfunções executivas no portador do Transtorno de déficit de atenção e hiperatividade
(TDAH) na conjuntura escolar apresenta os dilemas enfrentados para executar tarefas
elaboradas que demandam o bom funcionamento das funções executivas para obter sucesso
na realização das referidas. O TDAH apresenta como característica proeminentes a
desatenção, a agitação e a impulsividade. Ele pode ser classificado em três subtipos: o
predominante desatento, o predominante hiperativo-impulsivo e o predominante combinado.
Cada um possui suas próprias singularidades que refletem influências nas esferas familiar,
social e escolar proporcionando dificuldades nas realizações das funções executivas. O
assunto será tratado através de uma revisão sistemática com embasamento bibliográfico
através de literaturas, revistas, jornais, artigos de revisão e experimentais tais como as teses
que se encontram disponíveis para pesquisa. O objetivo é apresentar a importância do treino
das funções executivas no portador de TDAH para melhor desempenho no contexto escolar e
social.
1. INTRODUÇÃO
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O portador do TDAH usualmente apresenta problemas nas esferas da vida social, educacional
e profissional. Malloy-Dinis et al. (2010) através de pesquisas e experiências clínicas
apontam que os pacientes pediátricos com TDAH podem apresentar disfunções nas funções
executivas. Willcutt (2005) também menciona que um dos principais indicadores do TDAH é a
disfunção executiva, que leva o portador a apresentar comprometimentos nas realizações de
tarefas e de tomada de decisão. Contudo, o portador do TDAH contém algumas dificuldades
cognitivas que podem comprometer o processo de ensino e aprendizagem no âmbito escolar.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Pontua-se o início dos estudos sobre a hiperatividade segundo Barkley (2008), que desde
1865 o médico Heinrich Hoffman apresentava em seus escritos as experiências de suas
práticas clínicas referente as doenças com as características do TDAH, apontadas como
doenças típicas da infância. Porém, os créditos científicos referente ao transtorno foram
dedicados a George Still e Alfred Tredgold mencionados como pioneiros nos estudos clínicos
do TDAH. No século XX os estudos da neurologia e da psicologia da aprendizagem apontam a
existências de crianças com dificuldades de reter informações, a falta de constância e com o
comportamento agitado (KAEFER, 2008; MARTINEZ-BADÍA, 2015; DE VINUESA FERNÁNDEZ,
2017).
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Diamond (2016) visualiza as funções executivas como uma família repleta de habilidades que
dependem do circuito neural do córtex pré-frontal que desempenha um papel central e
indispensável para a concentração, o pensamento e o gerenciamento dos impulsos motores
e verbais. Elas consistem em uma agregação de processos cognitivos que permitem o
homem a administrar os seus comportamentos e metas. Como também a avaliar a eficiência
e a adequação delas, e do mesmo modo a abandonar as estratégias ineficazes em prol das
mais eficientes e por fim, capaz de resolver os problemas imediatos e de médio e longo prazo
(MALLOY-DINIZ et al., 2008, apud MALLOY-DINIZ et al., 2010).
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Na fundamentação teórica pretendo conversar com estes autores citados e os demais nas
referências bibliográficas deste trabalho para compreender TDAH e o funcionamento das
funções executivas e com e a importância dela no desenvolvimento escolar da educação
básica.
No século XX no ano de 1968 foi incluído o TDAH na literatura médica no DSM-2, foi
classificado como a Reação Hipercinética da infância, era conhecida como a síndrome da
criança hiperativa. Na edição seguinte do DSM-3 no ano de 1980 incluiu-se a termologia
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No DSM-5 “são apresentadas como excessiva (como uma criança que corre por
tudo), inquieta (quando não apropriado ou remexer, batucar ou conversar em
excesso). Nos adultos, a hiperatividade pode se manifestar como inquietude
extrema ou esgotamento dos outros com sua atividade. A impulsividade refere-se
a ações precipitadas que ocorrem no momento sem premeditação e com elevado
potencial para dano à pessoa (por exemplo: atravessar uma rua sem olhar). A
impulsividade pode ser reflexo de um desejo de recompensas imediatas ou de
incapacidade de postergar a gratificação. Comportamentos impulsivos podem se
manifestar com intromissão social (por exemplo, interromper os outros em
excesso) e/ou tomada de decisões importantes sem considerações acerca das
consequências de longo prazo (por exemplo: assumir um emprego sem
informações adequadas)” (DSM-5, 2014, p.61).
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2. Tipo predominante Desatento: apresenta dificuldades em fixar a atenção, não consegue terminar as
tarefas, distraem com facilidade, necessita de supervisão para trabalhar, muda frequentemente de
atividade sem que tenha terminado. Parece confuso e sonhando acordado, não conseguem cumprir
adequadamente as regras, é desorganizado. Possui a hipoatividade, dificuldade de coordenação
motora, déficit na memória de trabalho e dificuldade na execução das funções executivas (DIAS, 2009).
Segundo Fuentes et al. (2014) às características do sujeito desatento abrange também a timidez e a
passividade social. Este subtipo tende ser desleixados com seus pertences, esquecem itens
relacionados a tarefas geralmente tendem a procrastinar o início de uma tarefa (DIAMOND, 2005).
4. Tipo predominante Hiperatividade-impulsividade: falta de inibição associada a hiperatividade,
dificuldade para esperar para obter algo, hiperatividade e impulsividade, dificuldade em cumprir
regras. São incapazes de terminar uma tarefa sem supervisão, inquietos, agitados. Caracterizam por
falantes, desprovido de autocontrole, imaturos, autocentrados, irresponsáveis, preguiça e rudeza,
desastrados. Possuem agitação nos pés e mãos, déficit de memória de trabalho e seletiva, e
dificuldade na execução das funções executivas (DIAMOND, 2005).
6. Tipo predominante Combinado: é a junção dos sintomas do desatento e Hiperatividade-impulsividade,
possui muita dificuldade em cumprir regras e obedecer a limites. É opositor, rude, insensível, dispersos
e constituem dificuldades de socialização. Eles são caracterizados por hiperativos verbais e motores,
são demasiadamente falantes e inquietos com movimentos repetitivos. São desorganizados e
impacientes, costumam responder sem ouvir toda a pergunta e extremamente resistentes a regras e a
rotina (DIAMOND, 2005).
O DSM-5 tipifica a gravidade da tríade equivalendo como a leve os casos onde os sintomas
são poucos e trazem pequenos prejuízos nas esferas social, acadêmico e profissional. A
moderada refere-se aos sintomas que se fazem presentes tanto na leve quanto na grave,
porém os prejuízos são medianos. E a grave que corresponde os casos que apresentam
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muitos sintomas e podem a desenvolver diversos prejuízos nas esferas social, acadêmico e
profissional.
Figura 1.
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Segundo Jadidian (2015) o déficit das funções executivas do TDAH é prejudicado sendo
atribuídos sintomas como a hiperatividade controle inibitório. Através de neuroimagens
concluiu que o processamento límbico demonstra déficits em suas funções básicas como o
tempo de respostas sendo especificamente demorada concluindo um atraso no
desenvolvimento da maturação na área posterior do cérebro.
As funções executivas são primordiais para que o estudante obtenha sucesso em todas as
etapas da educação. Contudo, é preciso levar em conta que elas se desenvolvem
gradualmente ao longo da infância e adolescência (COSENZA e GUERRA, 2011). Para o TDAH
o baixo desempenho escolar é um dos prejuízos funcionais frequente relacionados aos
sintomas de desatenção que pode permanecer até a fase adulta. Os déficits de aprendizados
compartilhados estão relacionados a problemas com a leitura, a escrita, a velocidade de
processamento, problemas de atenção inibição e a memória operacional. Também possuem
dificuldades com habilidades específicas como a consciência fonológica, o processamento
numérico e de raciocínio geral e lógico (FUENTES et al., 2014).
As funções executivas nos permitem a interação com o mundo frente os diferentes episódios
que encontramos ao longo da vida. Através dela organizamos nosso pensamento
considerando as experiências e os conhecimentos registrados na nossa memória, bem como
as expectativas em relação ao futuro. Elas são espectadoras e executoras do nosso
cotidiano, das tomadas de decisão, nas tarefas rotineiras e fazem parte dos planejamentos
ao longo e curto prazo (COSENZA e GUERRA, 2011).
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Segundo Baddeley (2000), sua ação é integrada pelo sistema de controle da central
executiva que se subdivide em alça fonológica e a prancha viso-espacial. Ela é responsável
pelo processamento das atividades cognitivas e pelo controle da atenção. Podemos dizer
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O controle executivo central é estruturado por três subsistemas que são subordinados a
central executiva que se beneficia de seus recursos para realizar as tarefas cognitivas. Para
entender as subdivisões do sistema de controle da central executiva, se faz necessário
definir suas áreas de atuação: a alça fonológica recebe e codifica as informações verbal e
acústicas armazenando temporariamente. A prancha viso-espacial ampara a informações
visuais e espaciais que são associadas no hemisfério direito que contempla a área pré-
motora, a áreas visuais secundárias, giro supramarginal e giro frontal inferior mutualmente
(BADDELEY, 2000). Posteriormente Baddeley (2000) remodelou sua proposta original
incluindo um quarto componente chamado “buffer episódico” que é responsável pelo o
armazenamento temporário e limitado de informações provinda de diversas fontes
fonológicas e viso-espaciais. Através de uma representação temporária e multimodal é feita
uma analogia com back-up (DIAS, 2009). O buffer episódico possui três funções sendo a
primeira (1) receber a informação temporal que é fundamental para registrar
acontecimentos, também (2) fornece espaço para sustentar as informações recebidas da
memória de longo prazo e sua última função é de (3) permitir a integração de informações
visuais, fonológicas, espaciais (BADDELEY, 2000).
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A atenção seletiva possibilita fazer uma triagem e direcionar o estímulo que irá focalizar a
atenção e ignorar outros estímulos que estão disponíveis no momento e são irrelevantes
(GAZZANINGA, 2006). Compreende-se que a filtragem de informação realizada pela atenção
seletiva é um mecanismo facilitador das respostas neurais na concentração e a realização da
tarefa que precisa ser executada nos processos mentais deixando outros estímulos em um
segundo plano (LENT, 2008).
Segundo Dias (2009) a atenção pode ter distintas orientações apresentadas nas literaturas
como voluntária e automática. A atenção voluntária relaciona-se aos processos acessíveis e
dependente do controle consciente que abrange o controle descendente top-down. A atenção
automática tem um envolvimento menor grau exigindo pouco ou nenhum esforço na
realização da tarefa, ela tem o controle ascendente bottom-up (GAZZANINGA, 2006). Esta
atenção seletiva está presente em todas as ações voluntárias ou involuntárias tornando parte
integrante na codificação de informações e realizações de tarefas, sendo ela um integrante
importante no processo das funções executivas. É através delas que a leitura é codificada
dos recursos atencionais, e passa pelo processo de filtragem para identificar o estímulo que
necessita os esforços da atenção e execução propriamente dito (STERNBERG, 2010).
Para que a atenção seletiva opere corretamente ela precisa do apoio da atenção sustentada
que a capacita manter o foco por um período prolongado. O foco consciente ao estímulo
específico, este aspecto é denominado de concentração ou vigilância. (LENT, 2008). As
funções executivas atuam como naipes de uma orquestra que produzem uma linda sinfonia
(BARKLEY, 2009).
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A flexibilidade cognitiva baseia-se no controle inibitório, ela engloba a ser flexível e ajustar as
demandas ou prioridades, também é capaz de admitir o erro e mudar o curso de decisões
tomadas (DIAMOND, 2013).
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METACOGNIÇÃO
Dias (2009) aponta que o monitoramento estabelece relação e influência com a flexibilidade
cognitiva que é integrante indispensável para auto regulação e auto -reflexão que se faz
necessária para o desenvolvimento da monitoração.
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De acordo com as literaturas as funções executivas são mediadas pelo lobo frontal que é
uma espécie de diretor executivo do funcionamento das atividades mentais humana. No
entanto, o gerenciamento envolve diferentes sistemas de neurotransmissão, assim sendo
que as alterações neste sistema também estão ligadas ao desempenho das funções
executivas. Exemplificando, as vias dopaminérgicas estão correlacionadas a memória
operacional, controle inibitório, atenção, planejamento, flexibilidade cognitiva, tomada de
decisão. As alterações na neurotransmissão dopaminérgica danificam as funções
mencionadas conforme podemos detectar em transtornos como o TDAH (FUENTES et al.,
2014).
Figura 2.
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A área pré-frontal possui conexões com quase todas as áreas corticais, vários núcleos
talâmicos principalmente o núcleo dorsomedial, amígdala, hipocampo, núcleos de base,
cerebelo, tronco encefálico suas conexões abrange quase todo o encéfalo. Através destas
vastas conexões permite exercer coordenadas funções neurais sendo o principal responsável
pelo nosso comportamento inteligente (MACHADO, 2014)
De acordo com Fuentes et al. (2014), o circuito dorsolateral está relacionado a processos
cognitivos que envolvem estabelecimento de metas, planejamentos, soluções de problemas,
categorização, memórias operacional, monitoração da aprendizagem e da atenção,
flexibilidade cognitiva, capacidade de abstração, autoregulação, julgamento, tomada de
decisão, foco e sustentação da atenção. A área de atuação do circuito orbitofrontal é o
processamento cognitivo emocional, estando associado a aspectos do comportamento social
como a empatia, o cumprimento de regras sociais, o controle inibitório e a automonitoração.
Já o circuito do cíngulo anterior é importante para a motivação, a monitoração de
comportamento, o controle executivo da atenção e a seleção e controle de respostas.
Para Fuentes et al. (2014), alguns teóricos dividem as funções executivas em dois domínios
gerais: (1) Frio (cool), mais abstrato-cognitivo que incluem a inibições de respostas motoras,
atenção, flexibilidade cognitiva. (2) Quente (hot) que envolve o processamento de
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recompensas que incluem incentivo e a motivação que engloba a tomada de decisão afetiva
ou impulsiva.
Barkley (2008), menciona que o TDAH expressa uma alteração no funcionamento executivo
especialmente na capacidade de inibir o comportamento repercutindo sobre o autocontrole.
Os pacientes com lesões pré-frontais podem acarretar vários problemas que caracterizam as
chamadas “disfunções executivas”. Alguns pacientes podem apresentem um nível de
inteligência inalterado, serem incapazes de tomar decisões necessárias no dia a dia, ou
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A disfunção executiva é a dificuldade que o ser possui para realizar tarefas cotidianas de
maneira autônoma. Umas das principais características são a lentidão psicomotora, a perda
rápida do reflexo vestibular ocular a comportamentos antissociais. (LENT, 2008). Estes
déficits das funções executivas envolvem os circuitos pré-frontais que resulta a
comprometimentos cognitivos como estabelecimento de metas, planejamentos e soluções de
problemas, memória operacional, monitoração de aprendizagem, flexibilidade cognitiva,
abstração e julgamento. e comportamentais como apatia, desmotivação, dificuldades de
controle atencional e desinibição de respostas instintivas. Os quadros que procedem de
lesões que abrangem os circuitos pré-frontais orbitofrontais são classificados são abalizados
por alterações abruptas de personalidade e apresenta dificuldades para inibir
comportamentos impróprios e imediatistas, tomar decisões e considerar consequências ao
longo prazo (MALLOY-DINIZ et al., 2010).
A função executiva é ampla e abrange quatro domínios (1) cognitivo executivo, (2)
autoregulação, (3) comportamental, (4) metacognitivo. Estes quatros domínios podem
apresentar disfunções executivas levando ao comprometimento funcionais executivas que
necessitem de uma reabilitação holística direcionada e interversões terapêuticas que se
apropriem de múltiplas abordagens com objetivo de elucidar os mecanismos utilizados para
as intervenções as funções executivas (CICERONE et al., 2006).
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A partir das evidências cientificas de que cada cérebro é único e tem sua particularidade que
o distingui dos demais, o professor tem a função de conhecer cada aluno e encara-lo como
um ser único. Também compactua com os conhecimentos da neuroeducação para auxiliar
neste conhecimento e compreender como o aluno aprende, também observa seu
comportamento dentro e fora da sala de aula, a sua estrutura familiar, a alimentação e se
dorme devidamente que são tópicos fundamentais desenvolvimento cognitivo. É importante
compreendermos que fatores externos influenciam positivamente ou negativamente o
processo de aprendizagem. Segundo pesquisas apontam que alunos em condições
socioeconômicas podem sofrer apresentar problemas com a nutrição e com horas
inadequadas de sono prejudicando o desenvolvimento cognitivo (ALMEIDA, 2019).
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primeira fase, dos 7 ao 9 a segunda fase e entre os 16 aos 19 a terceira fase, elas podem ser
influenciadas pelos fatores ambientais que trará um desenvolvimento individual. Cada
pessoa ao longo da vida adquirirá habilidades distintas de acordo com os estímulos e
experiências que ela foi exposta no período do seu crescimento.
Para Barkley (2008), o sucesso educacional do portador do TDAH envolve uma tecnologia
comportamental documentada e a presença de professores envolvidos no processo de ensino
dos alunos portadores do TDAH. Verifica-se que um relacionamento construtivo entre
professor e aluno se baseia na compreensão que o professor possui referente ao aluno
portador do TDAH. Barkley (2008) pontua que os professores necessitam estar cientes dos
seguintes pontos: (1) o TDAH é considerável uma deficiência educacional de base biológica
tratável mas não curável; (2) o TDAH não se deve a falta de habilidade ou conhecimento,
mas na dificuldade de manter a atenção, o esforço e a motivação e a inibir comportamento
ao longo do tempo; (3) para estudantes portadores do TDAH é mais difícil fazer o mesmo
trabalho acadêmico e apresentar o comportamento social esperado dos outros estudantes;
(4) as interversões mais efetivas para melhorar o desempenho escolar são aplicadas de
forma coerente dentro do ambiente escolar; (5) as interversões escolares têm de ter
estratégias proativas e reativas para maximizar a mudança de comportamento; (6) os
professores necessitam considerar o uso dos colegas, pais ou computadores para administrar
interversões em sala de aula.
Outro ponto importante a ser considerado é a relação entre o lar e a escola que beneficia o
desenvolvimento acadêmico. Através da clareza e entendimento dos sintomas e dificuldades
do TDAH no processo de aquisição de conhecimento, os pais e a escola e sua equipe de
profissionais necessitam deixar de lado os conflitos de culpa e responsabilidade, e, ambos
prosseguir com estratégias educacionais e comportamentais que possam possibilitar e
facilitar o ensino do portador do TDAH. Estas estratégias podem ser orientadas e
supervisionadas através de profissionais da área da saúde e auxílios terapêuticos e quando
necessário farmacológico (BARKLEY, 2008).
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pontuaram abaixo da média acadêmica conseguiram melhorar sua pontuação nas quesito
leitura e matemática (BREAUX et al., 2018).
6. CONSIDERAÇÕES
“O córtex cerebral”, diz ele sobre a camada fina e mais externa do cérebro,
“refina seletivamente suas capacidades de processamento para se adaptar a cada
tarefa.” Isto não é simplesmente aprender; sempre é “aprender a aprender”. O
cérebro que Merzenich descreve não é um recipiente inanimado que
preenchemos; na realidade, parece mais uma criatura viva dotada de apetite,
uma criatura que pode crescer e se transformar com nutrição e exercícios
adequados. (NORMAN, 2016)
Esta pesquisa coadjuva a compreensão dos sintomas e dificuldades que o TDAH compactua
nas esferas sociais e cognitivas. A tríade apresentada constituída segundo o DMS-5 (1) tipo
predominante desatento, (2) tipo predominante hiperativo-impulsivo e (3) tipo predominante
combinado. É classificada segundo suas particularidades e estratégias de interversão no
campo escolar. Assim como salientamos a importância de interversões terapêuticas e
farmacológicas quando necessárias para uma melhor qualidade de vida e desempenho
escolar e profissional. Igualmente é mencionado que um dos principais indicadores do TDAH
é a disfunção executiva, que leva o portador a apresentar comprometimentos nas realizações
de tarefas e de tomada de decisão.
É importante reedificar que Barkley (2008) pontua que o sucesso educacional do portador do
TDAH envolve uma tecnologia comportamental documentada e a presença de professores
envolvidos no processo de ensino dos alunos portadores do TDAH. O relacionamento
construtivo entre professor e aluno se baseia na compreensão que o professor possui
referente ao aluno ao TDAH. As interversões mais efetivas podem melhorar o desempenho
escolar e as interversões escolares têm de ter estratégias proativas e reativas para
maximizar a mudança de comportamento e o por fim, o professor necessita considerar o uso
dos colegas, pais ou computadores para administrar interversões em sala de aula.
Segundo Diamond (2013) as funções executivas nos permitem a brincar com as ideias
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REFERÊNCIAS
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As funções executivas em alunos com transtorno do TDAH na
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[1]
Mestrado em andamento em Educação, Arte e História da Cultura. Especialização em
andamento em Neurociências e psicologia aplicada. Especialização em Orientação
Educacional. Graduação em Pedagogia.
[2]
Doutorado em Distúrbios do Desenvolvimento. Mestrado em Distúrbios do
Desenvolvimento. Especialização em Neuropsicologia. Graduação em Psicologia.
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