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NP2 – PSICOPATOLOGIA ESPECIAL

TRANSTORNOS ESPECIFICOS DA PERSONALIDADE:


É um transtorno que afeta toda a personalidade, inclusive o temperamento, seus
padrões de interação interpessoais estão desviantes da norma, o desempenho do
indivíduo como também na área profissional e sua vida privada que pode ficar
comprometido.
Paranoide: perseguição, ideias delirantes como ‘’alguém está me perseguindo...’’,
desconfiança e uma tendência invasiva a distorcer suas experiencias.
 Recusa a perdoar insultos, tendência em guardar rancores persistente.
 Desacordo com a situação real – tudo que é paranoia.
Esquizoide: preferencia quase invariável por atividades solitárias (uma pessoa que
prefere ter atividades solitárias, mesmo que convidem ela a se unir com outros).
 Capacidade limitada de expressar sentimentos calorosos.
 Frieza emocional.
 Pouco interesse em ter experiencias sexuais com outros.
 É aquela pessoa que quer ficar sozinha independente do que você fala.
 Insensibilidade marcante para com as normas e convenções sociais.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANTISSOCIAL:
Caracteriza-se pelo padrão social de comportamento irresponsável, explorador e
insensível constatado pela ausência de remorsos. Essas pessoas não se ajustam às
leis do Estado simplesmente por não quererem, riem-se delas, frequentemente têm
problemas legais e criminais por isso. Mesmo assim não se ajustam.
 Apresenta prazer no sofrimento dos outros, uma indiferença insensível pelo
sentimento dos outros.
 Incapacidade de manter relacionamentos, embora não haja dificuldades de
estabelece-los.
 Há uma baixa tolerância frustrações. Incapacidade de experimentar culpa e
de aprender com essas experiencias.
 Frequentemente manipulam os outros em proveito próprio, dificilmente
mantêm um emprego ou um casamento por muito tempo.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE EMOCIONALMENTE INSTÁVEL:
(Borderline / Limítrofe)
Caracteriza-se por um padrão de relacionamento emocional intenso, porém confuso
e desorganizado. A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno,
que se apresenta por flutuações rápidas e variações no estado de humor de um
momento para outro sem justificativa real.
 Agem por impulsos sem considerar as consequências.
 Impulsivo: uma falta grande de controle dos impulsos.
 Borderline: instabilidade emocional, sentimentos crônicos de vazio e
ameaça de suicídio e também automutilação. Pessoa se acha feia, um
grande sentimento de dor por causa da tristeza, sentimento de desamparo.
 Instabilidade de comportamento. Está entre a linha da neurose e da psicose.
A instabilidade das emoções é o traço marcante deste transtorno, que se apresenta
por flutuações rápidas e variações no estado de humor de um momento para outro
sem justificativa real.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE HISTRIONICA:
É o que antigamente já se chamou de histeria. Tendência a ser dramático, buscar
as atenções para si mesmo, ser um eterno "carente afetivo", comportamento
sedutor e manipulador, exibicionista, fútil, exigente e lábil (que muda facilmente de
atitude e de emoções).
 Expressões exageradas de emoções.
 Auto-dramatização e afetividade superficial.
 Sedução inapropriada em aparência ou comportamento.
 Busca continua por excitação.
 Busca frequentemente elogios, aprovações e reafirmações dos outros em
relação ao que faz ou pensa.
 Sente-se desconfortável nas situações onde não é o centro das atenções.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE OBSESSIVA (ANANCÁSTICA):
Tendência ao perfeccionismo, comportamento rigoroso e disciplinado consigo e
exigente com os outros. Emocionalmente frio. É uma pessoa formal,
intelectualizada, detalhista.
 Dificilmente está satisfeito com seu próprio desempenho, achando que deve
melhorar sempre mais. Seu perfeccionismo o faz uma pessoa indecisa e
cheia de dúvidas.
 Sentimento de dúvida e cautela excessiva. Preocupação excessiva por
higiene e organização.
 Teimosia e rigidez excessiva.
 As coisas devem ser do jeito da pessoa, de acordo como ele organizou.
TRANSTORNO DE PERSONALIDADE ANSIOSA:
Em poucas palavras, seria o máximo da Fobia Social. Algo tão profundo e intenso
que passa a ser chamado de problema de personalidade. Caracteriza-se pelo
padrão de comportamento inibido e ansioso com autoestima baixa. É um sujeito
hipersensível a críticas e rejeições, apreensivo e desconfiado, com dificuldades
sociais.
 É tímido e sente-se desconfortável em ambientes sociais. Tem medos
infundados de agir tolamente perante os outros. No entanto, os sintomas
causam sofrimento: o paciente anseia pelo contato social.
 Sentimento persistente e invasivo de tensão e apreensão.
 Evitação de atividades sociais. Uma preocupação excessiva de receber
críticas.

TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE:


Caracterizam-se pelo excessivo grau de dependência e confiança nos outros. Estas
pessoas precisam de outras para se apoiar emocionalmente e sentirem-se seguras.
 Geralmente não conseguem evoluir na vida produtiva ou afetiva:
permanecem muitas vezes pueris. Permitem que os outros tomem decisões
importantes a respeito de si mesmas.
 Sentem-se desamparadas quando sozinhas.
 É incapaz de tomar decisões do dia-a-dia sem uma excessiva quantidade de
conselhos ou reafirmações de outras pessoas.
 O desejo dos outros está sempre à frente do meu.

ALTERAÇÃO PERMANENTE DA PERSONALIDADE NÃO ATRIBUÍDA A LESÃO


CEREBRAL:

Acontece após uma experiencia Catastrófica

 Exemplo: uma pessoa que foi a guerra.

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS:

Questão de prova e possível Dissertativa: As substâncias Psicoativas ativam o


Sistema Nervoso Central.

 Existem 3 tipos de substâncias: 2 quantitativa (Depressoras e Estimulantes) e


1 qualitativa (perturbadoras).

Substâncias Depressoras do Sistema Nervoso Central:

 Álcool, Maconha, Cannabis, Solventes e inalantes, Benzodiazepínico


(tranquilizantes e Ansiolíticos), Calmantes ou sedativos (Barbitúricos),
Heroína e Morfina.

Essas substancias se interagem no organismo, levando ao desaceleramento das


funções.

Substâncias Estimulantes do Sistema Nervoso Central:

 Anfetamina (remédios para emagrecer, etc), cocaína/crack (estimulante do


SNC), nicotina (presente no cigarro), cafeína, tamina (presente nos
energéticos), metilfenidato/ritalina (um psicoestimulante que muitas pessoas
usam para concentração ou para criança hiperativa.

Substâncias Perturbadoras do SNC/ alucinógenos:

 Cogumelos, cactos e outras plantas, perturbadores sintéticos (LSD),


MDAM/êxtase. Geram perturbações e alucinações.

Vale lembrar que a maioria das vezes o uso de substâncias está ligado a
vulnerabilidade do sujeito como:

 Aspectos Individuais, personalidade, genética, aspectos sociais, aspectos


programáticos (se não existem programas de políticas públicas, sujeito fica
mais vulnerável a situação social e seu contexto).

Questão de Prova: Em quais aspectos se faz o uso de substâncias Nocivas?

 Sociais, contexto familiar/estrutural, personalidade.

O QUE SÃO AS DROGAS?

São elementos que provocam alterações psíquicas, fisiológicas e comportamentais,


modificando a percepção do sujeito, a sua sensibilidade e humor, prejudicando-o na
sua sociabilidade.

TERMINOLOGIA DAS SUBSTÃNCIAS:

Uso: ingestão ou contato com as substâncias.

Intoxicação: contato que gera perturbação no organismo.

Abuso: uso em grandes quantidades.

Uso nocivo: uso num quadro que já está sendo agravado, gerando mais danos ao
sujeito.

Dependência: envolvem vários sintomas como a diminuição do seu repertório


comportamental, sujeito deixa de fazer suas tarefas para fazer o uso das
substâncias.

Tolerância: a mesma dose da substância já não faz mais efeito nenhum, aí a


pessoa toma mais na tentativa de sentir algum efeito.

Fissura: vontade de usar, busca constante das substâncias.

Síndrome de Abstinência: falta da substância no organismo, pode causar até


queda da consciência.
O QUE É SÍNDROME DE DEPENDENCIA? (QUESTÃO DE PROVA).

O uso continuado e intenso de substâncias psicoativas pode levar ao quadro clínico


de dependência. Esta síndrome é caracterizada por um padrão mal adaptado de
consumo da substância gerando diversos problemas na vida da pessoa.

 O indivíduo com esta síndrome pode necessitar de quantidades


gradativamente maiores da substância utilizada a fim de obter os efeitos
desejados, pois o uso continuado determinou redução do efeito provocado.

COMORBIDADE:

A presença de uma patologia qualquer em um indivíduo em concomitância com


outra doença, com a possibilidade de potencialização recíproca entre estas, é
definida como comorbidade.

 Ocorre quando duas ou mais doenças estão etiologicamente relacionadas.


 Exemplo: Transtorno do humor, déficit, conduta, ansiedade e pânico.

Transtornos por uso de substâncias pode causar um conjunto de sintomas cognitivo,


comportamental e físico. O uso das substâncias está a despeito de problemas
significativos, há também uma dependência farmacológica.

ASPECTOS CULTURAIS QUE INFLÊNCIAM O USO DE SUBSTÃNCIAS:

São substâncias aceitas e também incentivadas.

 Também relacionada ao tráfico e a estigmatização.

Os sujeitos fazem o uso como uma forma de escape da realidade em que vive.

 Tornar a realidade um pouco mais suportável.

‘’Tudo vale a pena se o prazer não é pequeno’’.

 Necessidade de evitar conflitos, dores e faltas.


 Busca de prazer, lazer e liberdade.

É importante saber que os sujeitos nessas situações não conseguem se reconhecer


como sujeitos de direitos.

TRANSTORNOS ORGÂNICOS E MENTAIS:

Síndromes Mentais Orgânicas: a causa é orgânica, por isso chamamos de uma


doença, não um transtorno, pois é observado no cérebro através de equipamentos.

 Aqui todo fenômeno psíquico tem uma correlação orgânica.


Transtorno Mentais Orgânicos:

Doenças como, Alzheimer, Demência Vascular Cerebral, Síndrome Amnésica


Orgânica, Delirium.

Demência: ligada a perda da memória.

 Pensamentos, compreensões, linguagem, julgamentos prejudicados.


 Perda da vida psíquica. Sentida também por pessoas próximas do paciente
que sofre junto com ele pela perda da memória.
 É progressivo e quase sempre irreversível.
 Pode ser causada por AVC, Alzheimer, Parkinson, Traumatismo Craniano ou
abusos de substâncias psicoativas.

Qual a principal função alterada na Demência?

 É a alteração da memória e é irreversível.

Delirium: alteração da consciência e é reversível.

 Paciente confuso, psicose tóxica, estado confusional agudo, etc.


 A instalação geralmente aguda ou subaguda.
 É uma síndrome orgânico cerebral.
 Alteração da percepção do paciente.
 Alucinações visuais ou táteis.
 Ansiedade intensa.
 Apresenta-se mais intensivo a noite.

3 Subtipos de Delirium:

Hiperativo: caracteriza-se por inquietação, agitação e labilidade emocional, sendo


mais facilmente detectado.

Hipoativo: é definido pela presença de apatia e redução da capacidade de


respostas. Há evidências de que esteja relacionado a maior mortalidade.
Infelizmente, é o tipo menos diagnosticado e, muitas vezes, é confundido com
depressão.

Misto: é caracterizado pela alternância entre os tipos hipo e hiperativo.

QUESTÃO DE PROVA DISSERTATIVA:

Qual a diferença de Delírio e Delirium?


O Delirium é um transtorno de base orgânica associado a alterações quantitativas
de consciência, possibilitando o desenvolvimento de estado confusional. Enquanto o
Delírio é uma alteração do juízo de realidade caracterizado por apresentar uma
convicção subjetivamente irracional.

COMPORTAMENTO ALIMENTAR:

A oralidade é importante na compreensão psicodinâmica dos sujeitos.

 O transtorno alimentar está ligado a aspectos genéticos, psicológicos,


afetivos e culturais.

Conduta Alimentar: motivada conscientemente pelas sensações básicas de fome,


sede e saciedade.

 Controlada por diversas áreas do organismo (hipotálamo).

Anorexia Nervosa: perda de peso, comportamentos de vômitos para emagrecer,


exercícios excessivos, etc.

 É mais comum em mulheres.


 Estão envolvidas questões sociais e culturais.
 O sujeito não come com medo de engordar.

Bulimia Nervosa: compulsão em comer exageradamente, sujeito está na média ou


acima do peso por conta do seu comportamento excessivo em comer, as vezes
quase não é possível notar que possui o transtorno.

 Ataques de hiperfagia (comer em excesso).


 Comer demais e depois vomita.

Vigorexia: comum em homens, desejo de ficar cada vez mais musculoso com o
corpo perfeito.

Obesidade e Compulsão Alimentar:

A obesidade é uma questão complexa, determinada por fatores genéticos,


psicológicos, familiares e culturais.

 Mais frequente em sujeitos de baixo nível econômico, talvez por conta do seu
estilo de vida, descontando suas dificuldades e ansiedade interiores nos
alimentos, como uma forma de sentir prazer.
 Nos aspectos culturais, está ligado ao padrão de beleza, comum entre as
mulheres e a mídia.

TRATAMENTO EM SAÚDE MENTAL:

O que é saúde?

 Saúde é um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não


apenas a ausência de doenças.

O que é Saúde Mental?

A Saúde Mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às
exigências da vida e ao modo como harmoniza seus desejos, capacidades,
ambições, ideias e emoções.

TER SAÚDE MENTAL É...

 Estar bem consigo mesmo e com os outros;


 Aceitar as exigências da vida;
 Saber lidar com as boas emoções e também com aquelas desagradáveis,
mas que fazem parte da vida;
 Reconhecer seus limites e buscar ajuda quando necessário.
 Todas as pessoas podem apresentar sinais de sofrimento psíquico em
alguma fase da vida

A Saúde envolve:

 Liberdade: prazer, amor, vínculo.


 Condições básicas de conhecimento.
 Acesso as políticas públicas.
 Acesso ao trabalho digno.
 Viver sem preconceito/estigma.

Existem 3 Níveis do cuidado em saúde: 1° Básico, 2° Especializado, 3°


Intensivo/Hospitalar.

Devemos atentar-se a medicalização da vida. Para Alfredo Simonetti, isso é a


tendência de enxergar, cada vez mais, características humanas como doenças, e,
portanto, objeto para medicina.

Tratamento Ideal: em liberdade, interdisciplinar, no território do sujeito e com o


objetivo de promover autonomia.

 O paciente deve ser entendido antes de mais nada, um cidadão de bem.


 O acolhimento como dispositivo clínico: no modelo hospitalocentrico, os
pacientes sofriam contenção. Já no modelo território, recebem acolhimento e
escuta.
 Necessário enfrentamento de estigmas na saúde mental.

DO RISCO A VULNERABILIDADE:

Vulnerabilidade em 3° categorias: 1° Individual, 2° Social, 3° Programática.

O que define o adicto (dependência) não é a quantidade, mas sim o tipo de relação
que se estabelece.

Os quadros de intoxicação, abuso e dependência de álcool e outras substâncias


psicoativas, caracterizam-se por uma forma particular de relação entre os seres
humanos e as substâncias químicas que apresentam ação definida sobre o sistema
nervoso central (SNC) e, consequentemente, sobre o psiquismo.

 Substância Psicoativa é qualquer substância química que, quando ingerida,


modifica uma ou várias funções do SNC, produzindo efeitos psíquicos e
comportamentais. São consideradas substâncias psicoativas: álcool,
maconha, cocaína, café, chá, diazepan, nicotina, heroína, etc.

Políticas de Álcool e Drogas:

Laicidade e Ciência: não envolver religião no tratamento, o sujeito pode ser


discriminado ou se sentir excluído por não se enquadrar no perfil religioso.

 Autonomia do usuário e protagonismo em seu tratamento.


 Redução de danos e abandono de abstinência como única meta possível.
 Clínica pautada nos Direitos humanos e superação das perspectivas
idealistas, manicomiais e assistencialistas.

A Política Nacional de Saúde Mental compreende as estratégias e diretrizes


adotadas pelo país com o objetivo de organizar a assistência às pessoas com
necessidades de tratamento e cuidados específicos em Saúde Mental.

As políticas de álcool e drogas devem focar suas atenções no bem-estar dos


indivíduos e do ambiente social, e nos princípios de justiça, direitos humanos,
desenvolvimento e saúde, e enfatizando que as estratégias de combate ao
problema devem tornar-se mais amplas através do fortalecimento da perspectiva da
redução de danos aos indivíduos, famílias e sociedade, dentro de um contexto
multisetorial e multidisciplinar

ASSI. ANDERSON GOUVEIA – PSICOLOGIA 2018/ 09/11/2018

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