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Bola Aberta
Sejam p ∈ Rn e r ∈ R com r > 0. A bola aberta de centro em p e raio r é o conjunto:
No R2 , a bola aberta de centro em p = (x0 , y0 ) é constituída por todos os pontos (x, y) que são internos a
circunferência de centro em p e raio r.
No R3 a bola aberta de centro em p = (x0 , y0 , z0 ) é formada por todos os pontos (x, y, z) que são internos
a esfera de centro em p e raio r.
Continuidade de funções
Exemplo: f : R2 −→ R denida por:
(
1, se x2 + y 2 > 1
f (x, y) =
2, se x2 + y 2 ≤ 1
Todos os pontos da circunferência de centro na origem e raio 1 e os pontos internos dessa circunferência
são levados no 2 pela função f . Dos pontos externos a essa circunferência são levados por f no 1.
Gráco de f :
2
Consideremos um ponto p0 = (x0 , y0 ) que esteja sobre a circunferência de centro na origem e raio 1.
Sejam agora um intervalo I de "centro"em 2 e "raio"menor que 1. Temos que toda bola aberta de centro
em p0 sempre conterá um ponto p tal que f (p) não pertence ao intervalo I . Isso sempre acontecerá por menor
que seja o intervalo I .
Portanto, em se tratando dos valores de f , a função apresenta um salto em p0 . Isso é nitidamente observado
no gráco da função.
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Diremos que uma função f : A ⊂ R2 −→ R é contínua em p0 ∈ Df se ela não apresentar um salto em seus
valores tal como a função do exemplo anterior.
Uma função f : A ⊂ Rn −→ R é contínua em p0 ∈ Df se, para todo > 0, existe δ > 0 tal que:
Diremos que uma função f é contínua em B ⊂ Df se f é contínua em todos os pontos de B . Se uma função
f é contínua em Df , diremos, simplesmente, que f é contínua.É fácil ver que toda função constante é contínua.
O gráco de uma função contínua, referente as componentes conexas do domínio da função, não apresenta
saltos. Outra função contínua é a função f (x, y) = x. De fato, mostremos que f é contínua em p0 = (x0 , y0 ).
Dado > 0, consideremos δ = . Assim, para todo x = (x, y) tal que ||x − p0 || < δ , temos:
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||x − p0 || < δ1 ⇒ |f (x) − f (p0 )| <
2
||x − p0 || < δ2 ⇒ |g(x) − g(p0 )| <
2
para x ∈ A. Seja δ = min{δ1 , δ2 }. Tomemos x ∈ A com ||x−p0 || < δ . Logo ||x−p0 || < δ1 , e ||x−p0 || < δ2 .
Assim, temos:
∴ f + g é contínua em p0 .
2xy
h(x, y) =
x2+5
é contínua. Com efeito, a função xy é contínua, pois é o produto das funções f (x, y) = x e g(x, y) = y ,
que são contínuas.
A função 2xy é contínua, pois é o produto de uma constante por uma função contínua.
A função x2 é contínua, pois é o produto da função f (x, y) = x por ela mesma.
A função x2 + 5 é contínua, pois é a soma da função x2 coma função constante, que são contínuas.
2xy
Finalmente, a função é contínua, pois é o quociente de duas funções contínuas, coma função do
x2 + 5
denominador sempre não nula.
Procedendo desse mesmo modo, podemos mostrar que todas as funções a seguir são contínuas. Por exemplo:
• f (x, y) = x2 + y 2
1
• f (x, y) =
x2 + y2
• f (x, y, z) = 2xy 2 − x2 z − z 3
O próximo teorema aumenta a nossa capacidade de reconhecer se uma dada função é contínua.
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Demonstração: Dado > 0, como ϕ é contínua em f (p0 ), existe δ1 > 0 tal que:
g(x, y) = cos(5xy 2 − x3 )
• f (x, y) = ln(x2 + y 2 + 1)
• f (x, y) = ex arctan( xy )
|z|
• f (x, y, z) = p
x2 + y4 + 1
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Limite
Sejam A ⊂ Rn e p0 ∈ R dizemos que p0 é um ponto de acumulação de A se toda bola aberta de centro em
p0 contém um ponto de A diferente de p0
A = (x, y) ∈ R2 ; 1 ≤ y < 3
lim f (x) = L,
x→p0
se, para "todo"x "próximo"de p0 , o valor de f (x) está "próximo"de L. Quando isto não acontece, diremos
que o limite lim f (x) não existe. Por exemplo, consideremos a função
x→p0
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2xy
f (x, y) =
x2 + y 2
lim f (x, y)
(x,y)→(0,0)
existe ou não. Se tomarmos pontos próximos de (0, 0), mas que estão sobre o eixo x, isto é, pontos da
forma (x, 0), temos que
2x.0 0
f (x, 0) = = 2 =0
x2 + 0 2 x
Agora se tomarmos pontos próximos de (0, 0), mas que estejam sobre a bissetriz do primeiro quadrante, ou
seja, pontos da forma (x, x), temos:
2xx 2x2
f (x, x) = = =1
x2 + x2 2x2
2xy
Portanto, o limite lim não existe, pois para certos pontos do R2 próximos de (0, 0) o valor
(x,y)→(0,0) x2
+ y2
desses pontos estão "próximos"(na verdade são iguais) de zero e para outros pontos do R2 próximos da origem,
o valor de f está próximo (na verdade são iguais) de 1.
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lim f (x) existe e
x→p0
f é contínua em p0 ⇔
lim f (x) = f (p0 )
x→p0
xy 2 + 8
lim =2
(x,y)→(−2,1) x2 − y 3
xy 2 + 8
pois f (x, y) = é uma função contínua, logo
x2 − y 3
−2.12 + 8 6
lim f (x, y) = f (−2, 1) = 2 3
= =2
(x,y)→(−2,1) (−2) − 1 3
x cos(x − y) 2 cos(2 − 2) 2 1
2. lim = = =
(x,y)→(2,2) x2 + y 2 22 + 22 8 4
√
3.
p p
lim 2x + y 2 + 5z = 2.1 + (−2)2 + 5.2 = 16 = 4
(x,y,z)→(1,−2,2)