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A influência dos povos indígenas e africanos para a cultura

brasileira

O Brasil é um país com grande diversidade cultural, pelo fato de que em sua
formação abrigou povos de diferentes costumes, tais como: africanos e indígenas.  A
miscigenação entre esses povos e os europeus é a base da formação populacional,
cultural e histórica do Brasil. 

A influência indígena tem relação com os costumes diários e com a arte


praticada no país atualmente. A vontade de andar descalço, o costume de tomar
banho diariamente e de descansar em redes foram heranças nativas para o povo
brasileiro. Mas alem disso, algumas palavras ligadas à fauna e a flora, por exemplo:
abacaxi, caju, tatu, mandioca, etc, e palavras utilizadas como nomes próprios, como:
rio Tietê (nome indígena que significa “rio verdadeiro”) têm origem nativa. Os
indígenas também deixaram seus hábitos culinários como legado ao Brasil, tais
como: a utilização de mandioca e seus derivados, o costume de se alimentar de
peixes e pratos derivados da caça e o hábito de sempre comer frutas. As práticas
populares de cura derivadas das plantas é outra influência cultural nativa.

Arte indígena brasileira é a arte produzida pelos povos nativos do Brasil, antes
e depois da colonização portuguesa. Considerando a grande diversidade de tribos
indígenas no Brasil, pode-se dizer que, em conjunto, elas se destacam na arte da
cerâmica, do trançado e de enfeites no corpo. A arte é representada pelas tradições
da comunidade, por isso os estilos de pinturas corporais, do trançado e da cerâmica
variam de tribo para tribo. Eles usam elementos naturais para realizar seus objetos:
madeiras, caroços, fibras, palhas, cipós, sementes, cocos, couros, ossos, dentes,
conchas  e plumas. As máscaras indígenas são feitas com troncos de árvores,
cabaças e palhas. São usadas geralmente em danças cerimoniais. As cores mais
usadas pelos índios para pintar seus corpos são o vermelho do urucum, o negro
esverdeado do jenipapo e o branco da tabatinga.

Como se não bastasse o legado deixado pelos índios, os africanos também


fizeram sua contribuição de forma diferenciada. Na colonização brasileira, houve um
período de escravidão, no qual muitos africanos tiveram de ceder sua mão de obra.
O fato de as escravas africanas terem sido responsáveis pela cozinha dos
engenhos, fazendas e casas-grandes do campo e da cidade permitiu a difusão da
influência africana na alimentação. São exemplos culinários da influência africana o
vatapá, acarajé, pamonha, mugunzá, caruru, quiabo e chuchu. Temperos também
foram trazidos da África, como pimentas, o leite de coco e o azeite de dendê . No
aspecto religioso, os africanos costumavam manter as tradições de onde vinham,
mas como foram obrigados a aderir o catolicismo europeu, acabaram misturando
sua religião de origem com o cristianismo, processo chamado de sincretismo
religioso. Exemplos de religiões africanas são: o candomblé, a umbanda, a
quimbanda e o catimbó.

As representações que elaboraram dão conta de temas ligados as suas


cosmologias, rituais, a seus sistemas de valores e formas de interação social.
Revestida de alto valor simbólico, impregnada pelo sagrado e marcada pela força do
costume, a arte tradicional africana é um poderoso testemunho da identidade e
originalidade dos que a criaram e a apreciaram ao longo de sua história. São
exemplos a arte pré-histórica saariana, a arte afro-cristã etíope, a arte afro-
muçulmana do Mali e a estatuária em marfim e em bronze do antigo Benin. Com a
implantação da escravidão no Brasil, foram trazidos escravos africanos, que
influenciaram a formação dos usos e costumes. A CAPOEIRA que é vista nas ruas,
tem a sua história relacionada à opressão. Um misto de dança e arte marcial foi uma
forma de defesa, logo depois das primeiras fugas de escravos. Com movimentos de
ginga, saltos e chutes a antes dança comemorativa ganha caráter de luta. O nome
SAMBA é, provavelmente, originário do nome angolano semba, um ritmo religioso,
cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançada. O Samba é a
principal forma de música de raízes africanas surgidas no Brasil.

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