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Equipe técnica
Elson Lyra
Elaboração
Lygia Bellotti
Adaptação de linguagem
Fabrícia Resieri
Fabrício Zucolotto
Fernando Emeterio de Oliveira
Ilustração
Vitória
2009
© 2009. Senai - Departamento Regional do Espírito Santo
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei nº 9.610, de 19/02/1998. É proibida a reprodução total ou parcial desta publicação, por
quaisquer meios, sem autorização prévia do SENAI/ES.
Senai/ES
Divisão de Educação e Tecnologia - Detec
Inclui bibliografia.
CDU: 614.8:537
Sinalização de segurança...................................................................................................... 23
Nesta unidade você vai aprender algumas normas que envolvem a orga-
nização do Sistema Elétrico de Potência (SEP). Primeiramente, serão abor-
dados os aspectos organizacionais da atividade, em seguida, questões
relacionadas à operação dos sistemas elétricos.
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
NR10 - Sep Avançado
9
As estruturas dos sistemas de energia elétrica possuem organização ver-
tical e horizontal, conforme você pode conferir na ilustração a seguir.
{
SUBTRANSMISSÃO
DISTRIBUIÇÃO
SECUNDÁRIO
PRODUÇÃO
TRANSMISSÃO
NÍVEL DE
TRANSMISSÃO
SITEMA DE
NÍVEL DE
SISTEMA DE SUB-
TRANSMISSÃO
NÍVEL DE
PRIMÁRIO
DISTRIB.
SISTEMA
{
{ Muito Grandes
INTERLIGAÇÃO
LINHA
{{ {
TRANSMISSÃO
SISTEMA DE SUB-
PRODUÇÃO
SITEMA DE
TRANSMISSÃO
Pequenos
Grandes
Médios
DISTRIB.
SISTEMA
{
Aspectos organizacionais
A regulamentação e a fiscalização da geração, transmissão e distribuição
de energia elétrica no Brasil são feitas pela Constituição Federal. Assim,
as concessões para empresas que atuam nesse setor devem ser emitidas
pelo Ministério das Minas e Energia (MME), já a fiscalização e a regula-
ção são responsabilidades da Agência Nacional do Setor Elétrico (Aneel).
Além desses órgãos, há ainda outras instituições encarregadas de coor-
denar a expansão e a operação do sistema, como:
Segmentos
Há três segmentos que compõem o sistema elétrico: a geração, a transmissão
e a distribuição de energia elétrica. Para facilitar a sua compreensão sobre as
questões que envolvem cada uma dessas etapas que fazem parte da organi-
zação vertical do sistema, elas serão abordadas separadamente a seguir.
Geração ou produção
Os termos geração ou produção podem ser também compreendidos
como a conversão de uma forma qualquer de energia em energia elé-
trica. Conforme dados apresentados pela Aneel, no Brasil, há mais de 1,5
mil empreendimentos em operação que geram quase 102.364.691 mi-
lhões de kW de potência. A atual Matriz de Energia Elétrica do País está
representada na ilustração a seguir:
Transmissão
A transmissão pode também ser definida como o transporte de energia
elétrica de acordo com o valor nominal de tensão entre a subestação ele-
vadora de uma usina elétrica e a subestação abaixadora em que se inicia
a subtransmissão. Nessa fase, o sistema de distribuição é alimentado e
fornece energia elétrica a um grande consumidor.
Distribuição
Por definição, “é a transferência de energia elétrica para os consumidores,
a partir dos pontos em que se considera terminada a transmissão (ou
subtransmissão), até a medição de energia, inclusive”.
• Redes primárias;
• Redes secundárias;
• Medidores;
• Transformadores de distribuição,
O controle da tensão pode ser feito remotamente nas usinas, através dos
reguladores automáticos de tensão, podendo também ser efetuado em
nível de transmissão, de subtransmissão e de distribuição. De um modo
geral, o controle junto à carga é bem mais efetivo, uma vez que o contro-
le remoto pode não ser suficiente. O controle é feito automaticamente
por meio de transformadores com controle de TAP por compensadores
síncronos ou compensadores de reativos estáticos e, manualmente, por
meio de conexão ou desconexão de bancos de capacitores e/ou reatores
em derivação.
A habilitação para todos os profissionais dessa área deve ser emitida pelo
Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) baseada
na Lei n.º 5.194/66, que regula o exercício das profissões de engenheiro, ar-
quiteto e engenheiro-agrônomo e na Lei n.º 5.524/68, que normaliza as atri-
buições dos técnicos industriais de nível médio em diversas modalidades.
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
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19
O esquema a seguir irá ajudá-lo a entender como funcionam as questões
apresentadas até agora. Confira:
FORMAÇÃO
SISTEMA OFICIAL DE ENSINO NA EMPRESA
QUALIFICAÇÃO
CAPACITAÇÃO ESPECÍFICA
DIRIGIDA E SOB
PROFISSÃO OCUPAÇÃO RESPONSÁBILIDADE DE UM
PROFISSIONAL HABILITADO
AUTORIZADO
REGISTRO
NO
CONSELHO
AUTORIZADO INSTRUÍDO
(INSTALACÕES BT / NÃO SEP)
POR EXEMPLOS, PINTURA / LIMPEZA DE
CAPACITADO - TRABALHO SOB RESPONSÁBILIDADE DE HABILITADO
SUBESTAÇÕES
AUTORIZADO
AUTORIZADO TREINADO
INSTALAÇÕES AI / SEP E NAS (PARA TRABALHOS EMÁREAS
SLAS PROXIMIDADES OU CLASSIFICADAS MEDIANTE PT)
SIMILARES
Sinalização
As sinalizações aplicadas em ambientes que apresentam risco elétrico e
seus respectivos significados devem ser identificados por todos os pro-
fissionais da área, mesmo os que não estejam diretamente envolvidos
com o risco. Conheça algumas delas a seguir.
Alta tensão
Sinalização que adverte os trabalhadores sobre o risco de choque elétri-
co, no caso de ultrapassar as áreas demarcadas.
PERIGO DE
MORTE
ALTA TENSÃO
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
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23
Restrições e impedimentos de acesso
Alerta sobre exposição a perigos ao entrar na área.
DTAO
CUIDAAL
TENSÃO
LTA
Equipamentos de travamento
Usado para bloquear dispositivos e sistemas de manobra e comandos.
Sinalização de áreas
Aplicada em áreas de circulação de pessoas, como vias públicas e ao re-
dor de veículos e de cargas que estejam sendo movimentadas.
Sinalização de painéis
É uma bandeira imantada ou outro elemento similar que demonstra o
bloqueio de operação do equipamento.
Outros dispositivos
Outros dispositivos de segurança importantes são invólucros, obstáculos
e barreiras. Conheça-os a seguir.
PERIGO DE
MORTE
ALTA TENSÃO
EPI
Nos trabalhos em instalações elétricas, quando as medidas de proteção
coletiva forem tecnicamente inviáveis ou insuficientes para controlar os
riscos, devem ser adotados equipamentos de proteção individual (EPI)
específicos e adequados para cada atividade desenvolvida. Essa medida
é normatizada pela Norma Regulamentadora do Ministério do Trabalho
e Emprego, a NR 6.
Máscara e respiradores
Equipamento destinado à utilização em áreas confinadas e sujeitas à
emissão de gases e poeiras.
Calçados
Também conhecidos como botinas sem biqueira de aço. Esses equipa-
mentos têm a função de minimizar consequências de contatos com par-
tes energizadas, selecionadas de acordo com o nível de tensão, de isola-
ção e de aplicabilidade.
CINTO DE SEGURANÇA
ABDOMINAL
CINTO DE SEGURANÇA
TIPO PÁRA-QUEDISTA
Protetor auricular
Esses dispositivos têm a função de reduzir as consequências de ruídos que
possam vir a prejudicar a audição dos profissionais. No caso de trabalho
com eletricidade, os protetores não devem possuir elementos metálicos.
Cinturão de segurança
Artigo 167 – O Equipamento de Proteção Individual (EPI), só poderá ser
posto à venda ou utilizado com a indicação do Certificado de Aprovação
do Ministério do Trabalho.
Conjunto de aterramento
Equipamento destinado à execução de aterramento temporário, visando
a evitar os efeitos da ocorrência de sobretensões.
VARA PARA
CONEXÃO DOS
GRAMPOS
TAPETE DE BORRACHA
CIRCUITO
FALHA DE ISOLAÇÃO EQUIVALENTE
IF
IA IC
RT
RA
RT
Placas de sinalização
A função das placas de sinalização é demonstrar perigos e situações dos
equipamentos - equipamentos energizados; não manobre este equipa-
mento; sobre carga, entre outras. O objetivo desses objetos é proteger
profissionais que atuem no circuito e demais pessoas.
PLACAS DE SINALIZAÇÃO
PERIGO
DE MORTE
ALTA TENSÃO
ESTA CHAVE PERIGO
NÃO DEVERÁ
SER MANOBRADA NÃO OPERE
EM CARGA ESTA CHAVE
Cone em PVC
São elementos usados para sinalizar, isolar, balizar ou interditar áreas de
tráfico ou serviços com extrema rapidez e eficiência. Fabricados a partir
de polietileno, PVC, ou borracha, os cones são altamente duráveis e resis-
tentes a intempéries e maus tratos.
Roteadores de máquinas
São anteparos usados para impedir contatos acidentais com partes ener-
gizadas ou partes móveis de equipamentos.
Documentação técnica
Essa documentação inclui conhecimentos e técnicas que devem ser dis-
ponibilizados para consulta ou análise durante ou após a execução dos
projetos. Normalmente, os profissionais da construção civil desconhe-
cem a documentação das instalações elétricas, apesar de elas possuírem
muitas informações essenciais.
- Plantas.
- Memorial de cálculo.
- Lista de materiais.
Projeto elétrico
Projeto é um conjunto de estudos e realizações desenvolvidas desde a
concepção inicial até a materialização de uma ideia concretizada. Esse
trabalho tem grande relevância técnica, pois inclui experiência e signifi-
cativa abrangência de conhecimentos normativos, físicos, matemáticos
e da legislação e sua realização. Visa a proporcionar segurança, conforto
e melhor custo e benefício para usuário e o empreendimento.
- Projeto básico.
- Projeto executivo.
- Projeto “as built” (conforme construído).
Etapas da programação
A programação é feita em algumas etapas que serão descritas a seguir.
Procedimentos gerais
Se o responsável pelo serviço não possuir o PES e a Autorização para Exe-
cução de Serviços (AES), a área funcional responsável não permitirá execu-
ção do desligamento. Esse processo de desativação do equipamento está
condicionado à solicitação direta do responsável pelo serviço ao setor res-
ponsável, que deve visitar o local em que serão executados os serviços.
Para cada PES deve ser gerada uma Ordem de Serviço (OS) ou um Pedido
de Turma de Emergência (PTE). Depois de confirmar os dados do serviço
com o responsável, as atividades são liberadas e serão comandadas pela
área funcional, que coordenará o processo de retorno à configuração
normal de operação, retirando toda a documentação vinculada à execu-
ção do serviço.
- Motivo do impedimento.
- O nome do solicitante e do responsável pelo serviço.
- Descrição sucinta e localização das atividades a serem executadas.
- Tempo necessário para a execução das atividades.
- Elemento a ser impedido.
Procedimentos
Alguns procedimentos gerais são necessários para a liberação dos equi-
pamentos ou circuitos dos quais deve ser obtido o maior número pos-
sível de informações que permitam a realização de um planejamento.
Nesse plano deve constar uma estimativa do tempo de execução dos
serviços, adequação dos materiais, previsão de ferramentas específicas e
diversas, número de empregados.
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
NR10 - Sep Avançado
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Fixo em equipamentos
O aterramento fixo em equipamentos é um sistema de proteção coletiva
desenvolvido para garantir proteção elétrica rápida e eficaz. Isso é feito
por meio do escoamento da energia para potenciais inferiores, geral-
mente, a terra. A medida evita que a corrente passe pelo corpo de uma
pessoa, caso ela toque ocasionalmente a instalação ou ocorra falha no
isolamento. Todas as instalações devem possuir invólucros, carcaças de
equipamentos, barreiras e obstáculos.
Veículos
Em serviços realizados em linha viva, o veículo que realiza o transporte
dos equipamentos deve ser aterrado. Nesse caso, um grampo de cone-
xão é aplicado entre o veículo e o trado e eles são ligados por um cabo
flexível.
Equipotencialização
O aterramento temporário deve ser realizado em todos os circuitos que
estiverem sendo utilizados em conexão com o ponto de terra e por meio
de curto-circuito, ou seja, por equipotencialização. Essa técnica consiste
na aplicação de cabos com potencial elétrico idêntico para diminuir a
diferença de potencial.
- Erros na manobra;
- Fechamento de chave seccionadora;
- Contato acidental com outros circuitos energizados ao longo do circuito;
- Tensões induzidas por linhas adjacentes ou que cruzam a rede;
- Fontes de alimentação de terceiros (geradores);
- Linhas de distribuição para operações de manutenção e instalação e
colocação de trafos;
- Torres e cabos de transmissão nas operações de construção de linhas
de transmissão;
- Linhas de transmissão nas operações de substituição de torres ou ma-
nutenção de componentes da linha.
Indução
Tensões induzidas também podem ser identificadas na linha por causa
de um fenômeno chamado acoplamento capacitivo e eletromagnético.
O efeito capacitivo ocorrerá se um ou dois condutores e o potencial de
dielétrico tiverem potenciais diferentes.
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
NR10 - Sep Avançado
51
Por causa das tensões capacitivas e as tensões estáticas em relação à ter-
ra, as linhas aterradas são drenadas imediatamente. Porém, haverá ten-
são de acoplamento capacitivo e eletromagnético induzida pelos condu-
tores energizados próximos à linha.
Descargas atmosféricas
As descargas atmosféricas são fenômenos que provocam alterações nas
redes aéreas de transmissão e distribuição de energia elétrica e podem
causar prejuízos materiais em construções atingidas por elas. Também
há riscos de morte para pessoas e animais submetidos às descargas, que
podem fazer a tensão atingir um valor maior que 100kV.
Sobretensões transitórias
A queda de um raio na terra pode causar, além dos danos diretamente pro-
vocados pela corrente elétrica e pelo calor intenso, sobretensões em redes
de energia elétrica, de telecomunicações, de TV a cabo, antenas parabóli-
cas, redes de transmissão de dados, entre outros. Esse fenômeno recebe o
nome de sobretensão transitória e traz as seguintes consequências:
Medidas de proteção
Para prevenir a ocorrência de sobretensões indiretas, você deve seguir
algumas recomendações:
Estática
Também conhecida como choque eletrostático, a estática é um tipo de
choque provocado por uma descarga elétrica proveniente do acúmu-
lo de eletricidade em materiais ou equipamentos como, por exemplo,
postos de combustíveis ou montagens de dispositivos eletrônicos. Esse
fenômeno pode ocorrer em redes de alta e baixa tensão, máquinas, fer-
ramentas, aparelhos eletrodomésticos ou em veículos.
Esse também é o motivo pelo qual passarinhos não tomam choque ao pousa-
rem em fios de alta tensão, pois a distância entre os fios impede que eles to-
quem em dois com cargas elétricas diferentes e criem o curto-circuito.
Campo elétrico
Toda a região em volta de uma carga elétrica é conhecida como campo elé-
trico. Essa grandeza é representada geometricamente por linhas de força elé-
trica, que são originadas nas cargas positivas e tem fim nas cargas negativas.
Quanto mais próximos de uma carga, mais intenso será o campo elétrico.
Q
q
F
P3
P1
P4 P5
Q
P1 F
P3
q
F
E = _____
q
P2
P3 Q P1 E
E
P4
Suponha que, no caso a seguir, a carga que cria o campo seja negati-
va. Nesse caso, se fosse aplicada carga de prova positiva em P1, ela seria
atraída por Q com uma força para a esquerda. Assim, o vetor campo elé-
trico estaria agora dirigido para a esquerda – sempre no mesmo sentido
da força que atua na carga de prova positiva. Com isso, você pode chegar
à conclusão de que em P2, P3 e P4 o vetor campo elétrico será represen-
tado pelos vetores E2, E3 e E4 ilustrados a seguir.
P2
E2
P3 E3 Q E1 P1
E4
P4
Como o vetor E1 tem o mesmo sentido dessa força, a carga positiva q ten-
de a se deslocar no sentido do campo elétrico. Se essa mesma carga po-
sitiva for colocada no ponto P1 da figura acima – que é um campo criado
por carga negativa – ela será atraída pela carga Q e tende a se deslocar
no sentido do campo elétrico E1.
Q
E = Kc _____
r
Entretanto, é preciso ressaltar que essa fórmula só pode ser usada para o
caso de campo criado por uma carga pontual.
Q3
Q1
E2
Q2
Para calcular o campo elétrico em um ponto P fora da esfera, como mostra a figu-
ra a, seria necessário imaginar a esfera dividida em pequenas porções, de forma
que a carga /\Q em cada porção pudesse ser considerada carga pontual. Cada
uma dessas pequenas cargas /\Q criaria em P um pequeno campo /\ E (figura a),
que poderia ser facilmente calculado. O campo em P, devido à carga total, Q, da
esfera seria obtido somando-se vetorialmente esses pequenos campos.
Q
Q E
P
Q E
Q E
r P E
R
Q
E = K0 _____
r2
Linhas de força
As linhas de força foram conceituadas, no século passado, por um físico
inglês chamado M. Faraday, que pretendia representar o campo elétrico
por meio de diagramas.
Para entender melhor essa concepção, imagine uma carga pontual posi-
tiva Q criando um campo elétrico no espaço em torno dela. Como você já
estudou, em cada ponto do espaço há um vetor E, que tem seu módulo
reduzido à medida que ocorre afastamento da carga. Na figura a estão
representados vetores em alguns pontos em torno de Q.
Considere que E1, E2, E3 têm a mesma direção e trace uma linha passan-
do pelos vetores orientada no mesmo sentido deles, como mostra a figu-
ra b. Essa linha, tangente a cada um dos vetores E1, E2, E3, é conhecida
como linha de força do campo elétrico. Como foi feito na ilustração b, é
possível traçar várias outras linhas de força do campo elétrico criado pela
carga Q. Nessa figura está representado o campo elétrico, como propõe
Faraday. Confira.
E3 Linhas de Força
E2
E1
(b)
(a)
Linhas de Força
(b)
(a)
No caso de a carga de prova q ser deslocada para outro ponto entre as pla-
cas, uma força F de mesmo módulo, direção e sentido de quando estava em
P1 atuará sobre ela. Assim, você pode concluir que o campo elétrico entre as
placas tem, em qualquer ponto, o mesmo módulo, direção e sentido. Esse
campo recebe o nome de campo elétrico uniforme e pode ser represen-
tado por um vetor E, conforme você pode observar na ilustração acima.
+ -
+ -
+ -
-
+ -
+ E -
+ -
+ -
+ -
+ -
-
- -
- - - - --
- -
METAL -- -- -- -
-- - - --
-
- ----- -
- -- -
A
- - - -- - -
- --
- --
-
- METAL --
- -
- ---
-
-- - --
- - - -- -
B
+ + ++
+++ + +
+ ++ + +
+ + + + + METAL
+ ++ + METAL + +
+ ++ + +
+ + +
+ + + + +++
C D
E A
90º E1
+ + + + +
B +
+ + 90º E
+ E= ? + D
+ +
+ +
+ + + + +
C 90º
E
Campo magnético
Durante muito tempo suspeitava-se que havia uma relação entre a eletricidade
e o magnetismo. Mas, somente em 1819 é que essa questão foi definida.
direção da
corrente
S N
N S
N S
S N
Corrente
Regra da mão
a b
d c
- Todo circuito elétrico tende a buscar uma posição que possibilite às cor-
rentes terem direções paralelas e no mesmo sentido. Esse efeito é mais
aplicado em sistemas modernos de energia com grandes capacidades.
Comunicação e identificação
No momento em que chega ao local de trabalho, o responsável pela
equipe deve entrar em contato com o Órgão de Operação do Sistema e
realizar os seguintes procedimentos:
Trabalhos em altura
Algumas medidas específicas são necessárias para trabalhos em altura,
visando a evitar acidentes.
Para todo trabalho realizado sobre andaimes deve ser elaborada uma
análise de risco específica. A atividade deve ser acompanhada direta-
mente pelo supervisor técnico e pelo técnico de segurança. A NR-18
deve ser consultada e seguida para assegurar a integridade física dos
profissionais.
Uma inspeção rigorosa deve ser promovida antes da utilização de escadas, pois
é comum encontrar pessoas usando o acessório danificado ou sem as sapatas
de segurança. No processo de assentamento, a escada tem que ser amarrada
com a observação de pontos seguros de sustentação. É comum ver cintos de
segurança amarrado em escadas sem amarração. Jamais permita que um tra-
balhador suba a escada carregando ferramentas, objetos, peças, entre outros.
Esses devem ser içados após o correto posicionamento dele na escada.
A utilização de relógios, joias, roupas folgadas e até luvas deve ser evi-
tada nesse processo. Inspeções periódicas nos aparelhos para verificar a
existência de fios com isolamento danificado, emendas mal-executadas
e estado de conservação dos plugues também são recomendadas. A se-
guir, serão descritas algumas das principais máquinas elétricas e os riscos
de acidente que seu uso apresenta.
Policorte
Riscos:
- Ruptura do disco de corte.
- Contato da mão com o disco de corte.
- Emissão de partículas e poeiras.
- Choque elétrico.
- Incêndio.
Máquina de rosquear
Riscos:
- Choque elétrico.
- Lesões corporais diversas.
- Deslocamento da bancada de sustentação da máquina.
Furadeira elétrica
Riscos:
- Desprendimento da morsa ou da broca.
- Quebra da broca.
- Choque elétrico.
- Perfuração da mão.
- Projeção de partículas.
Esmerilhadeiras
Riscos:
- Quebra do disco.
- Choque elétrico.
- Projeção de partículas ou do disco.
- Corte.
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
NR10 - Sep Avançado
73
Dispositivos de bloqueio
O bloqueio ou travamento são operações que visam manter um disposi-
tivo de manobra fixo em uma posição específica, além de impedir ações
não autorizadas. Os dispositivos de bloqueio e travamento realizam essa
função, ou seja, impedem o acionamento ou o religamento de elemen-
tos, como chaves e interruptores, geralmente usando cadeados.
Escadas
As escadas também podem ser de vários tipos:
Cestas aéreas
Plataformas
Geralmente, as plataformas para degraus de escada e as gaiolas são fei-
tas de material isolante, como fibra de vidro ou madeira. Grua, “munck”,
guindaste, extensão isolante para grua estão entre alguns exemplos de
plataformas utilizadas em trabalhos com eletricidade.
Andaime isolante
Gancho de escada
O gancho de escada é aplicado em caso de necessidade de escalar torres
de transmissão. Nele, é fixada a corda guia com um trava-quedas. À me-
dida que o operador escala a torre, o dispositivo modifica sua posição e
o encaixa em um ponto superior da torre.
Gancho de
escada
Varas de manobra
As varas de manobra são dispositivos, geralmente de cor laranja, fabri-
cados a partir de materiais isolantes, como fibra de vidro e epóxi. Esses
elementos têm segmento de aproximadamente um metro cada, que são
aumentados de acordo com a necessidade de alcance da operação.
Veículos das equipes de campo devem sempre estar equipados com ins-
trumentos de detecção de tensão. O uso de aparelhos improvisados para
fazer essa conferência pode provocar acidentes fatais. A aferição e a cer-
tificação dessa condição também são essenciais.
Os detectores podem ser dos seguintes tipos:
- Seccionamento;
- Impedimento de reenergização;
- Confirmação da ausência de tensão;
- Instalação de aterramento temporário com equipotencialização dos
condutores dos circuitos;
- Proteção dos elementos energizados existentes,
Achou importante? - Instalação da sinalização de impedimento de energização.
Faça aqui suas anotações.
NR10 - Sep Avançado
85
Manutenção com linha energizada
A manutenção com linha energizada pode ser feita somente mediante a apli-
cação de procedimentos que garantam a segurança dos profissionais envol-
vidos, já que eles estão expostos a riscos oferecidos por redes de alta tensão.
Há três técnicas que podem ser utilizadas para que essas operações sejam
promovidas de modo seguro. Confira mais detalhes sobre elas a seguir.
Método ao contato
Nesse caso, o profissional tem contato direto com a rede energizada, mas
não fica no mesmo potencial da rede elétrica, ou seja, está isolado dela
por meio de sua localização dentro de uma cesta aérea, em cima de uma
plataforma isolada ou escada isolada (fiberglass). Esse trabalhador tam-
bém usa ferramentas selecionadas de acordo com a tensão da rede e
equipamentos de proteção individual, como mangas de borracha, luvas
de borracha isolante, entre outros, para realizar seu trabalho com segu-
rança. Veja a ilustração a seguir que demonstra essa operação.
Método ao potencial
O método ao potencial é utilizado em locais que possuem campo mag-
nético elevado e, por isso, demanda maior afastamento do profissional
em relação ao potencial. Nesse caso, é necessária a adoção de medidas
de segurança que o corpo do trabalhador tenha mesmo potencial elé-
trico em toda sua extensão. Para isso, ele deve utilizar um conjunto de
vestimentas, como roupas, capuzes, luvas e botas, chamadas de roupas
condutivas, que realizam blindagem elétrica e anti-chamas. Nesse mé-
todo, o profissional realiza as operações utilizando um cabo condutor
elétrico e cinto, ligados à rede e ao objeto da atividade. Veja a ilustração.
Nos locais de difícil acesso, como em alto de morros ou locais que não po-
dem ser alcançados por cesta aérea, esse método pode ser aplicado com
eficiência. Também é bastante útil em estruturas das subestações para se
executar manutenção, limpeza de isoladores, pára-raios, entre outros.
Definições
Algumas definições são essenciais para o trabalho em espaços confi-
nados, como:
Requerimentos gerais
Os espaços confinados devem ser adequadamente sinalizados, identifi-
cados e isolados de modo que impeça a entrada de pessoas não autori-
zadas. Caso o empregador não autorize a entrada de profissionais con-
tratados ou subcontratados, é necessário que ele tome medidas eficazes
para evitar que isso ocorra. Já no caso de conceder autorização, é obriga-
tório que seja desenvolvido e implantado um programa escrito de espa-
ços confinados com permissão de entrada, que deve ser disponibilizado
para conhecimento de todos os profissionais ligados à atividade.
- Concentração de oxigênio;
- Gases e vapores inflamáveis,
- Contaminantes do ar potencialmente tóxicos.
Esses dados também têm que ser registrados e disponibilizados para todos.
Equipamentos
Os empregadores devem oferecer, sem custos, equipamentos adequa-
dos e em perfeito estado aos trabalhadores, além de assegurar a utiliza-
ção correta deles. Entre os equipamentos necessários para o trabalho em
Procedimentos
Depois de reconhecer e avaliar os espaços confinados existentes em uma
área de trabalho, é necessário cadastrá-los e sinalizá-los. O acesso a qual-
quer local que apresente possibilidade de oferecer risco às pessoas deve
ser restrito e essa condição divulgada para todos os demais profissionais
que não tenham autorização.
Permissão de entrada
Antes de autorizar a entrada, o empregador deve documentar o conjun-
to de medidas necessárias para garantir que o processo seja realizado
em condições seguras. A permissão de entrada deve ser assinada pelo
supervisor e ficar à disposição para a consulta dos trabalhadores autori-
zados em um local de fácil acesso.
Treinamento
É função do empregador oferecer treinamento e atualização periódica
para os trabalhadores que atuam em espaços confinados, a fim de per-
mitir que eles adquiram capacitação, conhecimento e habilidades neces-
sárias para o desempenho seguro de suas atividade. É necessário promo-
ver capacitação nas seguintes situações:
Deveres
Todas as pessoas envolvidas com o trabalho em espaços confinados ter
deveres específicos a serem cumpridos. A seguir, vamos conhecê-los.
A saída deve ser realizada o mais rápido possível e assim que o vigia ou
supervisor ordenarem ou for acionado alarme de abandono.
Dos vigias
O trabalho dos vigias é muito importante em todos os procedimentos
realizados nos espaços confinados, especialmente a coordenação da en-
trada e o desenvolvimento de medidas de segurança. Esses profissionais
devem conhecer os riscos e as medidas de prevenção que podem ocorrer
na entrada, incluindo informação sobre o modo, sinais ou sintomas e con-
sequências da exposição. Eles também devem conhecer os riscos que a
O abandono deve ser determinado pelo vigia, se ele identificar uma con-
dição de perigo ou situação externa que apresente riscos aos trabalha-
dores. Caso o vigia não possa desempenhar seus deveres de forma segu-
ra, o abandono também é recomendado.
Do supervisor de entrada
Saber quais são os riscos envolvidos durante o processo de entrada e
conhecer os modos, sinais, sintomas e as consequências à exposição é
essencial para um supervisor de entrada. Esse profissional deve certifi-
car-se de que a entrada será realizada conforme estabelece a permissão
de entrada e que todos os testes especificados por ela também tenham
sido feitos.
Dirigir segundo essas técnicas significa não cometer infrações, não abu-
sar da velocidade e ser cortês no trânsito. O motorista que procede dessa
forma planeja bem sua viagem e programa com antecedência a sua che-
gada e, se houver algum atraso, ele não tenta solucionar fazendo mano-
bras arriscadas na estrada. Prefere chegar com segurança ao seu destino.
Em suma, esse condutor dá prioridade à sua vida.
Condições adversas
Uma condição adversa significa uma circunstância desfavorável com a
qual uma pessoa pode se deparar ao conduzir um veículo ou realizar seu
trabalho no trânsito. Muitos acidentes ocorrem pela falta de conheci-
mento e de habilidade dos motoristas para contorná-las. É isso que você
vai aprender a seguir.
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
NR10 - Sep Avançado
99
Luz
A intensidade da luz, forte ou fraca, prejudica o desempenho do moto-
rista, pois compromete sua visão. O excesso de luz é consequência de
um fenômeno natural, como a incidência de raios solares ou artificial,
causado pelo uso de faróis altos de veículos que se aproximam na dire-
ção oposta.
Luz natural
A incidência direta de luz solar sobre os olhos do motorista pode provo-
car o ofuscamento de sua visão e, normalmente, ocorre no período da
manhã ou no final da tarde, quando a inclinação da incidência dos raios
solares é muito acentuada. A reflexão de luz solar em objetos polidos,
como por exemplo, vidro de outros veículos, também pode provocar o
fenômeno.
A proteção dos olhos, nesse caso, pode ser feita com o uso da proteção
interna automóvel e/ou óculos de sol. Utilizar faróis baixos para ser per-
cebido por outros motoristas também contribui para reduzir os riscos.
Luz artificial
A luz artificial também pode ofuscar a visão do motorista. Nessa situa-
ção, é recomendado piscar os faróis do seu veículo, para alertar ao outro
motorista que o farol alto dele está aceso. Caso ele não o reduza, procure
voltar os olhos para o acostamento do lado direito.
Tempo
Os fenômenos atmosféricos, como chuva, vento, neblina, entre outros, de-
mandam a observação de medidas preventivas adequadas. Chuvas fortes
ou nevoeiro denso, por exemplo, atrapalham a visão da estrada e das pes-
soas, que também não conseguem vê-lo. As más condições do tempo tam-
bém deixam as estradas escorregadias e podem provocar derrapagens.
Estrada
Conhecer com antecedência as condições de conservação das estradas, o
seu contorno, largura e acostamentos é fundamental. Se isso não for possí-
vel, a melhor alternativa é conduzir o veículo com atenção e ter cautela nas
curvas, morros, elevações e prevenir-se contra desníveis, buracos, lomba-
das, trechos escorregadios, entre outros, para não ser surpreendido.
Se ficar sem freios, não entre em pânico. Reduza a marcha aos poucos,
buzine continuamente, e quando conseguir reduzir a velocidade, saia
para o acostamento e utilize o freio de mão.
Veículo
A falta de conservação do veículo é um fator que causa acidentes. Por
isso, é essencial realizar vistorias periódicas para identificar defeitos, tro-
car peças gastas e manter o veículo em boas condições. Isso evita proble-
mas e colabora para a melhoria da qualidade do trânsito.
Entre os defeitos mais comuns de veículos que podem provocar aciden-
tes estão: pneus gastos, freios desregulados, lâmpadas queimadas, entre
outros. De acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, o motorista que
insistir em dirigir um veículo nessas condições pode ser punido.
Motorista
O motorista também pode ser considerado uma condição adversa para o
trânsito, pois a direção segura depende de suas condições físicas e men-
tais. Dirigir sob efeito de álcool ou drogas, acima do limite de velocidade
ou não usar o cinto de segurança são atitudes que vão ao sentido contrá-
rio da direção defensiva e causam acidentes e até morte no trânsito.
Conduzindo de modo agressivo e ignorando medidas de segurança, o
motorista e os passageiros do veículo ficam vulneráveis e causam riscos
também para as demais pessoas.
Ergonomia
O conceito de ergonomia representa a indicação da postura a ser ado-
tada nos postos de trabalho. Recomendações do Ministério do Trabalho,
como a nota técnica 0602001, visam a oferecer orientação a emprega-
dos, empregadores, auditores fiscais, profissionais ligados à área e outros
interessados sobre a melhor postura a ser adotada na concepção dos lo-
cais onde serão realizadas as atividades.
Posto de trabalho
Normalmente, quando são definidos os postos de trabalho, o conforto
do trabalhador não é levado em consideração. Em longo prazo, isso pode
causar lesões para ele. Conheça agora os tipos de postos de trabalho.
Posição em pé
Mesmo os músculos do tronco sendo vigorosos para sustentar a postu-
ra gravitacional contra o tronco, eles não são adequados para manter
a postura em pé. Eles são mais eficazes na produção dos movimentos
necessários às principais mudanças de postura. Por mais econômica que
possa ser em termos de energia muscular, a posição em pé ideal não é
Achou importante? usualmente mantida por longos períodos, pois as pessoas tendem a uti-
Faça aqui suas anotações.
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lizar alternadamente a perna direita e a esquerda como apoio, para pro-
vavelmente facilitar a circulação sanguínea ou reduzir as compressões
sobre as articulações.
Posição sentada
Na posição sentada, o esforço sobre as articulações é bem menor que em
pé. Nessa posição é possível controlar melhor os movimentos e reduzir
o esforço de equilíbrio. Por isso, essa postura é ideal para o desempenho
de atividades que demandem precisão.
As desvantagens são:
- Pequena atividade física geral.
- Adoção de posturas desfavoráveis, como lordose ou cifoses excessivas.
- Estase sanguínea nos membros inferiores, que pode ser agravada quan-
do há compressão da face posterior das coxas ou da panturrilha contra a
cadeira, se estiver mal posicionada.
Medidas para oferecer mais conforto em cada uma das posições apre-
sentadas serão abordadas a seguir.
- Dos espaços para pernas e pés: A falta de espaço suficiente para per-
nas e pés induz o trabalhador a adotar posturas que podem ser prejudi-
ciais a ele, como inclinação e torção do tronco, pernas muito flexionadas,
aumento do braço de alavanca.
A seleção do assento
A seleção do assento ideal vai depender do tipo de atividade e das di-
mensões do profissional que irá executá-la. Um exemplo dessa necessi-
dade é uma cadeira confortável para assistir à televisão, que não é ade-
quada para uma secretária a qual precisa se movimentar entre a mesa,
um arquivo e uma impressora, por exemplo.
A altura do assento deve permitir que os pés estejam bem apoiados. De-
pois, é ajustada a altura do assento em função da superfície de trabalho.
Teoria de Maslow
A teoria de Maslow explica o comportamento motivacional das pesso-
as, com base na hierarquia das necessidades humanas. A motivação é
o resultado de estímulos que levam os indivíduos a agir. Para que uma
ação ou reação sejam realizadas, é necessário um estímulo proveniente
de algo externo ou do próprio organismo, que resulta no chamado ciclo
motivacional.
Ter uma necessidade não satisfeita não significa que a pessoa ficará eter-
namente frustrada, pois de alguma forma essa necessidade será transfe-
rida ou compensada. Com isso, é possível concluir que a motivação é um
ciclo que se realiza constantemente na vida das pessoas.
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
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Maslow considerou não só as questões financeiras como elemento mo-
tivacional e apresentou uma teoria de motivação, segundo a qual as
necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, numa
hierarquia de importância e de influência numa pirâmide. Na base dela
estão as necessidades mais baixas – fisiológicas – e no topo as necessida-
des mais elevadas - as necessidades de realização pessoal. Confira.
Necessidades de
Auto Realização
necessidades de segurança
necessidades fisiológicas
Motivação
A motivação de uma pessoa é um estímulo que vem dela mesma, de suas
próprias necessidades e não das dos outros. Por isso, é simples identificar
pessoas que atribuem a outros, necessidades e vontades que, na verda-
de, são delas.
Motivação não é algo que pode ser diretamente observado, ela só pode
ser identificada após a observação do comportamento de cada indiví-
duo. Um comportamento motivado é caracterizado pela energia contida
nele, que está diretamente dirigida para o alcance de uma meta ou rea-
- Reconhecimento.
- Ser bem tratado.
- Ser ouvido.
- Ter desafios a superar.
- Vislumbrar novas oportunidades.
- Sentir orgulho do próprio trabalho.
- Possuir condições de trabalho adequadas.
- Ter sensação de ser útil.
- Ser aceito como é.
Comunicação
Comunicar significa entender e se fazer entendido. E por isso é uma ques-
tão essencial para qualquer atividade humana. O êxito de uma empresa
depende essencialmente da habilidade de os indivíduos se comunicarem.
Feedback
O feedback é uma avaliação ou parecer sobre o comportamento do ser
humano em relação a determinadas atividades ou metas e tem grande
relevância para o comportamento humano e para as relações entre as
pessoas. A partir dele, é possível identificar sinais que visam a reorientar
o comportamento das pessoas em relação a metas buscadas.
Para ter uma vida profissional produtiva e de alta qualidade, fique atento
a algumas atitudes:
Nesta unidade você vai aprender alguns conceitos relacionados aos aci-
dentes de trabalho, doenças profissionais e do trabalho e saber como
proceder em cada uma dessas situações.
Bons estudos!
Acidente de trabalho
O acidente do trabalho ocorre durante o exercício do trabalho ou duran-
te a realização de serviço pela empresa e que provoca lesão corporal ou
perturbação funcional. Recebem essa denominação acidentes que cau-
sam morte, perda ou redução, permanente ou temporária, da capacida-
de para o trabalho.
- O acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa úni-
ca, haja contribuído diretamente para a morte do segurado, para redu-
ção ou perda da sua capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que
exija atenção médica para a sua recuperação.
Doença Profissional
A doença profissional é um tipo de doença desencadeada pelo exercício
de trabalho em uma atividade específica e que faz parte de uma relação
elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Doença do Trabalho
Ocorre em função das condições em que o trabalho é realizado e com
ele se relacione diretamente. Esse tipo de doença também faz parte da
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social.
Não são consideradas doenças do trabalho, as seguintes:
- Doença degenerativa.
- Relacionada a um grupo etário.
- Doença que não produz incapacidade para o trabalho.
- Doença endêmica adquirida por segurado habitante de região em que
ela se desenvolva, salvo comprovação de que é resultante de exposição
ou contato direto determinado pela natureza do trabalho.
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Para que as perdas sejam cada vez menores na ocorrência dos aciden-
tes, é necessário conhecer as causas deles e tentar evitá-las. Um Modelo
Causal de Perdas apresentado a seguir exemplifica a sequência em que
um acidente ou incidente pode ocorrer.
Fatores pessoais
- Capacidade física e fisiológica inadequadas;
- Capacidade mental ou psicológica insuficientes;
- Tensão física ou fisiológica;
- Tensão mental ou psicológica;
- Falta de conhecimento;
- Falta de habilidade,
- Pouca motivação.
Fatores de trabalho
- Liderança ou supervisão inadequada;
- Engenharia inadequada;
- Compra inadequada;
- Manutenção incorreta;
- Ferramentas, equipamentos e materiais errados;
- Padrões de trabalho inadequados;
- Uso e desgaste,
- Abuso e maltrato.
Causas imediatas
As causas imediatas são as circunstâncias que precedem imediatamente
o contato e que podem ser vistas ou sentidas.
Atualmente, os termos a seguir constituem padrões e condições baixos e
podem manifestar-se da seguinte forma:
Perdas
As perdas são os resultados de um acidente, que geram prejuízos diver-
sos às pessoas, à propriedade, aos produtos, ao meio ambiente e aos ser-
viços. O tipo e o grau das perdas vão depender da gravidade de seus efei-
tos, que podem ser insignificantes ou catastróficos, e variam conforme as
circunstâncias casuais e as ações realizadas para minimizá-las, como:
Perdas gerais
As perdas decorrentes de um acidente incluem ainda:
- Danos a estruturas;
- Danos a equipamentos e ferramentas;
- Danos a produtos e materiais;
- Interrupções e atrasos de produção;
- Custos legais;
- Despesas com equipamentos e provisões de emergência,
- Aluguel de equipamentos de substituição.
Esse comunicado deve ser feito até o 1º dia útil depois da ocorrência e,
em caso de morte, de imediato, à autoridade competente, sob pena de
multa. A CAT é composta por documentos que relacionam a história dos
acidentes na empresa. Essas informações possibilitam, por exemplo, se-
lecionar os acidentes por ordem de importância, de tipo, de gravidade
da lesão ou localizá-los no tempo, além de possibilitar o resgate das atas
da CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - com as investi-
gações e informações complementares relacionadas aos acidentes.
Relatório de acidentes
A empresa deve também elaborar um relatório de investigação e análise
de acidente, conduzido e assinado pelo SESMT - Serviço Especializado
em Engenharia de Segurança e Medicina do Trabalho e a CIPA, com todo
o detalhamento necessário ao perfeito entendimento da ocorrência. Es-
ses documentos devem conter as seguintes informações:
- Qualificação do acidentado;
- Descrições do ambiente e dos fatos da ocorrência;
- Entrevistas com o acidentado, quando possível;
- Entrevistas com testemunhas e outros empregados;
- Descrições dos métodos e processos, dos procedimentos de trabalho
prescritos, da habitualidade e práticas regularmente adotadas, dos equi-
pamentos ou sistemas de proteção coletiva adotados e dos equipamen-
tos de proteção individuais,
Acidente de geração
Caso 1: O empregado estava debruçado sobre a tampa da turbina, reali-
zando reparo em chave-boia, utilizada para comandar bomba de drena-
gem. Ele retirou a proteção que envolvia o relé de acionamento, expon-
do fiações energizadas com 127 VCA. Ao esticar o braço para concluir o
reparo na boia, tocou na parte energizada e o aterramento elétrico ocor-
reu através de seu corpo.
Acidentes de transmissão
Caso 1: Uma equipe de manutenção de Linhas de Transmissão efetuava
a substituição de cruzetas em regime de linha desenergizada, em uma
estrutura 69 kV. Em certo momento, houve a quebra do topo do poste de
concreto fazendo com que os cabos tocassem a Rede Primária da Distri-
buição, em cruzamento logo abaixo, levando três eletricistas a sofrerem
choque elétrico.
Condições meteorológicas
As condições meteorológicas também devem ser consideradas em todo
o trabalho em equipamentos energizados. Eles só devem ser iniciados,
se houverem boas condições. Por isso, não são permitidos os trabalhos
sob chuva, neblina densa ou ventos. Isso porque a presença de umidade
reduz a rigidez dielétrica do ar.
Achou importante?
Faça aqui suas anotações.
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A existência de umidade no ar propicia a diminuição da capacidade dis-
ruptiva do ar e aumenta, desta forma, o risco de acidentes elétricos.
De Apoio
No Colo
Nas Costas
Arrasto de Bombeiro
Por meio desta técnica o acidentado deve ser colocado em decúbito ven-
tral, conforme mostra a figura. Em seguida, ajoelha-se no chão com um
só joelho e, com as mãos passando sob as axilas do acidentado, o levan-
ta, ficando agora de pé, de frente para ele.
Transporte de apoio
Cadeirinha
b) Cada uma das pessoas que está prestando os primeiros socorros se-
gura um dos seus braços e um dos braços do outro, formando-se um
assento onde a vítima se apoia, abraçando ainda o pescoço e os ombros
das pessoas que a estão socorrendo.
• A entrada não pode ser permitida se algum campo não for preenchi-
do ou contiver a marca na coluna “não”. Obs.: “N/A” não se aplica, “S” sim
e “N” não;
BRASIL. Consolidação das leis do trabalho. 29. ed. atual. e aum. Cola-
boração de Antonio L. de Toledo Pinto, Mércia V. dos Santos Windt e Lívia
Céspedes. São Paulo: Saraiva, 2002. 1167 p.