67 st
39 av
56 o R
97 o
1 sin
TEMA
01. Os desafios do combate à obesidade infantil no Brasil
02. A importância da prevenção ao suicídio no Brasil
03. A importância da redução do consumo de plástico pelo brasileiro
04. Como combater os crimes de pedofilia no Brasil?
05. A importância da leitura na infância
06. Os desafios do combate ao tabagismo entre os brasileiros
07. Os desafios do ensino a distância no Brasil
08. A contribuição da música para o aprendizado dos estudantes brasileiros
09. Os obstáculos da inclusão do autista no Brasil
1 sin
10. O problema do consumo excessivo de açúcar pelo brasileiro
11. A importância das campanhas de vacinação no Brasil
97 o
56 o R
12. O problema da alienação parental no Brasil
13. O poder de transformação social do esporte no Brasil
14. Caminhos para combater a depressão entre os brasileiros
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1 sin
43. O problema da violência contra os idosos
44. Doação de órgãos: a importância dessa prática solidária
97 o
56 o R
45. O problema da violência urbana em questão no Brasil.
46. O papel da tecnologia na formação educacional do brasileiro
47. A importância da prática de atividades físicas para a saúde dos brasileiros
39 av
48. O que o Brasil precisa aprender para lidar com o novo Coronavírus
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1 sin
De outra parte, a influência midiática dá lugar à tendência de
sobrepeso entre as crianças. Sobre isso, o filósofo alemão Theodor Adorno
desenvolveu o conceito de Indústria Cultural, segundo o qual a publicidade
97 o
utiliza a persuasão constante, a fim de moldar um comportamento de compra.
56 o R
O problema é que as crianças estão muito mais suscetíveis às cores, às músicas
e às demais estratégias denunciadas por Adorno e não possuem
discernimento das consequências de uma alimentação irresponsável, baseada
39 av
papel social — devem contribuir com a reeducação alimentar das crianças, por
meio de projetos pedagógicos como oficinas e aulas lúdicas, capazes de
mostrar as consequências negativas dos “fast-foods”. Essa iniciativa poderia se
chamar “Crescendo com saúde” e teria a finalidade de construir hábitos
alimentares sadios, de sorte que, em breve, o Brasil experimente uma
sociedade justa, solidária e livre da obesidade infantil.
1 sin
voluntária não recebe a devida importância, o que se mostra grave problema
social. Nesse viés, não é razoável que os brasileiros menosprezem a ideação
suicida e sejam omissos aos comportamentos que a revelem.
97 o
Sob outra análise, a omissão às doenças psiquiátricas dá lugar à busca
56 o R
pela morte voluntária. Sobre isso, no século XVIII, o suicídio passou a ser tratado
como uma atitude derivada de distúrbios mentais, a exemplo da depressão.
Nesse sentido, o médico francês Philippe Pinel foi pioneiro em propor o
39 av
1 sin
demanda embalagens e insumos produzidos com material plástico. Logo, é
incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, ainda se perpetue a falta de
conscientização socioambiental.
97 o
De outra parte, em 1992, a Organização das Nações Unidas promoveu um
56 o R
evento conhecido como “Cúpula da Terra” e elaborou a Política da
Sustentabilidade — reduzir, reutilizar, reciclar — com objetivo de desestimular o
comportamento poluente. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser um país
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1 sin
brasileiras é incapaz de oferecer o cuidado historicamente consolidado por
Vargas e pela Carta Magna vigente. Inclusive, os agressores costumam ser
justamente aqueles que deveriam cuidar da integridade da criança. Com efeito,
97 o
os abusos a meninos e a meninas se mostram atitudes cruéis e, se não forem
combatidos a tempo, terão consequências irreparáveis à formação infantil.
56 o R
De outra parte, a OMS classificou a pedofilia como um transtorno
mental, a fim de evidenciar que a exploração sexual às crianças não deve ser
vista apenas como um crime, mas também como um desvio psiquiátrico do
39 av
de modo que campanhas nas mídias sociais — a exemplo do Maio Laranja — são
insuficientes para garantir a proteção da infância e da dignidade humana.
11 Gu
1 sin
Assim, a escassez de recursos e a extrema desigualdade social tornam a literacia
familiar uma realidade distante.
1 sin
Sob outra análise, a Lei Antifumo, publicada em 2011, prevê estratégias
para desestimular o consumo de cigarros e garante a integridade, inclusive, dos
fumantes passivos. Nesse viés, a influência da indústria tabagista brasileira ainda é
97 o
um obstáculo para que a legislação brasileira alcance plenamente seus objetivos. A
56 o R
esse respeito, os cigarros sem fumaça e a facilitação do contrabando dos maços são
estratégias cruéis que desqualificam as campanhas antitabagismo no Brasil. Assim,
enquanto os interesses das grandes empresas tabagistas se mantiverem vivos, ainda
39 av
1 sin
objetivos.
De outra parte, outro grave obstáculo que impede a implementação
97 o
do EAD é a carência de recursos básicos da população. Acerca disso, a
proposta de sistematização do ensino a distância esbarra na falta de
56 o R
urbanização e na miséria extrema de alguns locais negligenciados, como o
município de Melgaço, no Pará — menor IDH do Brasil. Nesse viés, não há
como aprender, presencial ou remotamente, convivendo com a fome e
39 av
1 sin
neuronais. Todavia, o Estado, materializado na figura das escolas, mostra-se
incapaz de perceber o potencial de transformação que a música pode
oferecer aos estudantes, que perdem a oportunidade de desenvolver ainda
97 o
mais sinapses neurais. Assim, a formação educacional poderia ser mais
interessante e mais produtiva, caso os instrumentos e as melodias fizessem
56 o R
parte da rotina escolar.
1 sin
realidade. Portanto, não é razoável que a sociedade do século XXI manifeste posturas
arcaicas em relação à população com TEA.
Medidas devem, pois, ser tomadas para que os indivíduos com autismo sejam
11 Gu
tratados com dignidade. Para isso, as escolas precisam, com urgência, desconstruir o
histórico preconceito enraizado desde o Brasil Colônia, por meio de eventos
pedagógicos, como aulas e palestras, realizados com a participação de pessoas com
TEA. Essa iniciativa teria a finalidade de promover a efetiva inclusão, de forma
isonômica, de modo que os conflitos experimentados por Shaun Murphy sejam, em
breve, apenas ficção.
1 sin
Assim, a presença da sacarose no cotidiano brasileiro oferece mais riscos do
que benefícios.
97 o
Sob outra análise, a cultura de consumo de açúcar prejudica a saúde da
população. Nesse viés, desde o século XVII, a economia do Brasil baseou-se na
56 o R
produção agroindustrial da cana, e, naquele momento, houve forte incentivo do
“ouro branco” — como ficou conhecido após o processo de refino — adquirido
por todas as classes sociais. Todavia, esse costume enraizado desde o Período
39 av
1 sin
100 anos.
De outra parte, a baixa adesão às campanhas se deve à ilusão de que as
doenças deixaram de existir. Nesse viés, o médico Maurice Hilleman desenvolveu
97 o
a vacina tríplice viral em 1963, fundamental para que o sarampo fosse eliminado
56 o R
do Brasil em 2016. Todavia, a doença combatida por Hilleman voltou a ser um
problema para os brasileiros, já que substancial parcela da população nutre a
atitude imprudente e inconsequente de rejeitar a prevenção. Assim, enquanto a
falsa impressão de inexistência dos vírus se mantiver, a sociedade contemporânea
39 av
será obrigada a conviver com um dos mais graves obstáculos para a saúde pública:
a reemergência de doenças.
67 st
falsas, como as que invalidam a eficácia das vacinas, por meio de aulas de biologia
realizadas com frequência, para que a rejeição às campanhas deixe de ser
realidade no país. Por sua vez, os indivíduos — no exercício do seu senso crítico —
podem evidenciar que os vírus e demais agentes etiológicos não deixaram de
existir. Essa iniciativa social seria feita por intermédio de discussões na internet, a
fim de que o combate iniciado por Jonas Salk, enfim, deixe de ser apenas teoria.
1 sin
promoção da dignidade humana desses pequenos indivíduos e são indiferentes.
Esse fenômeno cruel vai de encontro à legislação internacional iluminista, haja
vista a irresponsabilidade de se utilizar da criança como forma de punir o cônjuge
97 o
ou parente. Dessa forma, é incoerente que os genitores, embora responsáveis
56 o R
pelo bem-estar dos filhos, sejam justamente aqueles que lhe prejudicam.
1 sin
atividade: é uma esperança.
1 sin
De outra parte, é urgente que o brasileiro valorize a sua saúde mental, cuja
deficiência dá ensejo à depressão. Nesse viés, na obra “O Mal-estar da Civilização”,
97 o
Sigmund Freud desenvolveu o conceito de Cultura de Sucesso, segundo o qual o
indivíduo moderno deve ter êxito em todas as tarefas que se propõe a fazer, e essa
56 o R
imposição seria capaz de subjugá-lo ao mal-estar da modernidade. Essa busca
frustrada pelo sucesso constante, tal como Freud descreveu, se mostra frequente no
Brasil, e a sua principal consequência é a depressão. Nesse sentido, é necessário que
39 av
depressão.
1 sin
também com o preconceito.
1 sin
desses indivíduos, que são expostos diariamente ao risco de contaminação de
graves doenças. Dessa maneira, não é razoável que a escassez de recursos
sanitários permaneça em um país que almeja o desenvolvimento nacional.
97 o
De outra parte, o médico Oswaldo Cruz — responsável pelas políticas
56 o R
sanitárias — implementou medidas como a coleta de lixo e o tratamento de
esgoto: caminhos imprescindíveis para o equilíbrio ambiental. Todavia, a
revolução iniciada no século passado é incapaz de favorecer toda a população
39 av
Estado evidencia cruel retrocesso para uma sociedade que antes fora
beneficiada pela conquista de Oswaldo Cruz. Dessa forma, enquanto a
11 Gu
1 sin
família. Assim, não é razoável que se mantenha a burocracia, mesmo após a
revogação do Código Civil de 1916.
1 sin
parcela da população é indiferente à necessidade de adesão aos projetos de
doação de sangue. Além disso, esse grave problema afeta diretamente os
pacientes que esperam a transfusão sanguínea para preservação da vida. Logo, é
97 o
incoerente que, mesmo sendo nação pós-moderna, a cultura individualista
56 o R
continue sendo a regra, visto que a solidariedade será exceção.
estar público. Nesse contexto, embora o Brasil busque ser Estado desenvolvido, as
ações governamentais de estímulo ao ato de doar sangue são incapazes de
sensibilizar os cidadãos, o que vai de encontro ao que foi proposto pela OMS.
67 st
Sob uma primeira análise, a omissão dos pais Sob uma primeira análise, a omissão familiar
afeta a situação educativa do público infanto-juvenil. prejudica a formação educacional das crianças e dos
A esse respeito, no século XX, Paulo Freire defendeu, adolescentes. A esse respeito, Paulo Freire —
em sua obra “Pedagogia do Oprimido”, que a família renomado educador brasileiro —, em sua obra
mostra-se opressora ao depositar aa “Pedagogia do Oprimido”, abordou que a família
responsabilidade da educação dos filhos sobre as mostra-se opressora ao depositar a responsabilidade da
escolas e os profissionais de ensino. Ocorre que, educação dos filhos sobre as instituições escolares.
1 sin
mesmo depois de décadas, a ideia defendida pelo Ocorre que essa indiferença dos pais ao processo
pedagogo ainda é a realidade, na medida em que há educativo dos jovens, como retratado por Freire,
crianças e adolescentes como se estivessem órfãos evidencia cruel mazela para esses indivíduos no Brasil.
em suas próprias casas, o que representa um grave Tal descaso afeta a relação família-escola, em que se
97 o
problema social e é capaz de causar o esgotamento mostra necessário que os responsáveis participem
físico e psicológico dos professores, cada vez mais
56 o R
efetivamente na construção e no desenvolvimento
sobrecarregados pela carência de compromisso dos educacional dos filhos. Desse modo, é incoerente que
pais. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação os pais sejam omissos em um país que requer ajuda da
pós-moderna, a educação até agora não consiga ser família na educação.
libertadora, tal como Freire resguarda.
39 av
sentido, Zygmunt Bauman desenvolveu, em seu livro manteve — a qualquer custo — a sua forma. Nesse
“Modernidade Líquida”, o conceito de Instituições viés, os lares brasileiros se enquadram na teoria
Zumbis, segundo o qual visa descrever, denunciada por Bauman, na medida em que perderam
11 Gu
metaforicamente, a falência das grandes instituições a capacidade de educar e de agregar valores sociais aos
da modernidade, já que mantiveram a sua forma, mas seus filhos. Além disso, essa falha pode gerar graves
perderam a sua essência — a exemplo das consequências para a formação social das crianças e
organizações familiares. Nesse contexto, embora o dos adolescentes, como o aumento da criminalidade,
Brasil busque ser Estado desenvolvido, substancial da gravidez na adolescência e do consumo de álcool.
parcela dos responsáveis é incapaz de educar a Dessa maneira, enquanto a ausência familiar se
juventude, o que corrobora com a concepção de mantiver, os jovens serão obrigados a conviver com um
Bauman e constitui cruel desdobramento na sociedade dos piores obstáculos para a modernidade: a má
civil, visto que a inexistência da prática de disciplina é formação social.
fatos preponderantes na formação moral e da ética. No
entanto, enquanto o descuido com os valores for a Impende, pois, que as famílias cumpram o seu
regra, o país será obrigado a conviver com uma triste papel na educação de crianças e de adolescentes. Para
realidade: indivíduos antiéticos e imorais. isso, as instituições de ensino, em parceria com as
famílias, devem proporcionar o efetivo vínculo família-
Impende, pois, que o acesso pleno à escola, por meio de projetos nas próprias escolas
educação seja, de fato, assegurado. Dessa maneira, o capazes de impulsionar a participação ativa da família
Ministério da Educação, no exercícios do seu papel no processo educativo. Essa iniciativa terá a finalidade
civil, deve modificar a mentalidade dos familiares de desconstruir a omissão dos pais e reduzir os
acerca da formação educacional, por meio de projetos prejuízos causados na formação educacional e social
de políticas públicas nas grandes mídias, capazes de dos jovens. Assim, as dificuldades enfrentadas por
delimitar aos responsáveis qual é a sua própria função Matilda, mesmo fora da ficção, deixarão de ser
dentro dos desenvolvimentos dos jovens, a fim de realidade.
minimizar a sobrecarga dos professores, bem como
estimular o ensino de princípios morais para o convívio
social harmônicos. Assim, serão garantidos os direitos
de um Estado Democrático, e o Brasil será justo, livre e
solidário.
1 sin
ações humanitárias e o voluntariado justamente por causa da visão
individualista. Assim, enquanto for imposta a meritocracia, a benevolência será
a exceção, sobretudo em contextos de crise.
97 o
Sob outra análise, há de se incentivar o trabalho voluntário,
56 o R
fundamental em sociedades onde as ambições capitalistas são a regra. Nesse
viés, a partir de 1970, as nações passaram a adotar o neoliberalismo, segundo
o qual o Estado deve se omitir intencionalmente para que as empresas
privadas vendam serviços básicos, como saúde e educação. Ocorre que a
39 av
população carente é incapaz de pagar por benefícios, tal como impõe a lógica
neoliberal, o que mostra a relevância das ações humanitárias e da
67 st
1 sin
necessidade de se medicar com remédios ansiolíticos, sob pena de sofrer
com efeitos colaterais. Logo, é incoerente que, mesmo sendo nação pós-
moderna, a sociedade viva uma cultura de excessos, o que torna os jovens
97 o
cada vez mais ansiosos.
56 o R
Sob outra análise, a Nomofobia — distúrbio de comportamento —
consiste na angústia pela falta de contato com dispositivos digitais, o que
evidencia o vício pela informação constante e provoca ainda mais a
ansiedade. Com efeito, substancial parcela dos jovens brasileiros é afetada
39 av
1 sin
muitos indivíduos se acostumaram a consumir produtos do comércio ilegal.
Logo, é incoerente que a infração às leis faça parte do comportamento cultural
do brasileiro. 97 o
Nesse sentido, desde o Período Colonial, parte considerável da
56 o R
população é excluída do acesso a condições financeiras dignas, o que obrigou
— e ainda obriga — o indivíduo pobre a encontrar formas alternativas de acessar
cultura e entretenimento. Nesse sentido, os crimes de pirataria, embora sejam
injustificáveis sob o ponto de vista legal, representam opções para que homens
39 av
que a arte e o lazer sejam consumidos apenas pela minoria, assim como ocorria
no Brasil Colônia. Assim, enquanto a concentração de renda for a regra, o
11 Gu
1 sin
sociedade brasileira ainda não compreende o poder de controle do discurso.
1 sin
disso, o chorume acarreta a contaminação da água, do solo e dos lençóis
freáticos, e evidencia que não só a coletividade é prejudicada, como também
todo o ecossistema entra em desequilíbrio, o qual vai de encontro à garantia da
97 o
Constituição. Desse modo, não é razoável que, embora o país almeje tornar-se
56 o R
nação desenvolvida, ainda persista a má gestão do lixo.
Impende, pois, que a gestão do lixo deixe de ser um desafio no Brasil. Para
isso, o Ministério do Meio Ambiente precisa, com urgência, fomentar novas
medidas eficazes, por meio de legislação que garanta a punição e a ação dos
responsáveis pelos resíduos gerados e descartados em locais irregulares. Essa
iniciativa poderia se chamar “Sociedade consciente” e seria capaz de combater
os danos causados pela decomposição dos detritos ao ecossistema e à saúde da
população, cuja finalidade seria desconstruir a inércia do Governo motivada pelo
interesse econômico. Assim, os cidadãos brasileiros poderão viver em uma
sociedade livre, justa e solidária.
Tema – Os desafios dos brasileiros na luta contra o câncer
No ano 2000, a atriz Carolina Dieckmann protagonizou uma das cenas mais
icônicas da teledramaturgia nacional: o momento em que a personagem Camila
perde seus cabelos para o câncer. Nesse viés, substancial parcela dos brasileiros
se sensibiliza com a ficção, mas é incapaz de reconhecer o drama de indivíduos
reais que lutam diariamente contra a doença. Com efeito, a solução do problema
pressupõe que se combata a ineficiência do Estado, bem como a rejeição da
sociedade.
1 sin
saúde prevista da Carta Magna deixe de ser um direito de todos e se torne um
privilégio de poucos. Assim, enquanto a ineficácia do Sistema Único de Saúde se
mantiver, o combate ao câncer continuará sendo uma luta cruel.
97 o
Outro desafio na luta contra o câncer tem origens culturais: o preconceito.
56 o R
Sobre isso, na Idade Média, os indivíduos associavam os tumores a questões
espirituais, e a sociedade da época evitava, inclusive, pronunciar palavras do
campo semântico da doença. Essa repulsa social à discussão, embora simbolize
39 av
uma mentalidade medieval, ainda persiste entre o povo brasileiro, o que evidencia
o imaginário retrógrado e preconceituoso em relação ao câncer. Assim, enquanto
a repulsa ao diálogo se mantiver, não haverá como estabelecer a cultura de
67 st
1 sin
fortalece a cultura de transgressão e motiva a existência de um falso Estado de
Direito. Nesse viés, não é razoável que a hierarquia estabelecida Hans Kelsen
seja tratada com indiferença em uma nação que almeja tornar-se
97 o
desenvolvida.
56 o R
Nesse sentido, a “Cordialidade” — fenômeno popularmente conhecido
como “jeitinho brasileiro” — é um conceito criado por Sérgio Buarque de
Holanda e caracteriza o cidadão que busca burlar as normas para benefício
39 av
1 sin
o trabalhador contemporâneo será obrigado a conviver com um dos principais
problemas ocupacionais: o esgotamento profissional.
econômica, tal como ocorreu na Crise de 29, na medida em que o indivíduo vivencia
constante instabilidade e competitividade no mercado laboral, o que se mostra
grave obstáculo à saúde mental do trabalhador.
67 st
1 sin
Ademais, não só a indiferença social, mas a escassa inserção tecnológica
também afasta o idoso da oportunidade de emprego. Nesse viés, a partir do século XX,
a Terceira Revolução Tecnológica — período de crescimento da informática — exigiu
97 o
constante aperfeiçoamento frente à tecnologia. Todavia, substancial parcela da terceira
idade no Brasil não acompanhou a evolução científica advinda da Revolução Técnico-
56 o R
Informacional, o que reflete diretamente o nocivo ideal de indivíduo obsoleto para o
ambiente laboral e fragiliza a inclusão dos idosos. Com efeito, enquanto a falta de
incentivo e de apoio ao aprimoramento tecnológico dessa parte da população se
mantiver, a sociedade brasileira continuará a conviver com uma das mais incoerentes
39 av
Diante desse cenário industrializado, aprender a aprender: essa será uma das mais
importantes características do trabalhador do futuro. Ocorre que o atual sistema de ensino é baseado
no modelo ultrapassado do Iluminismo, que insiste em tratar os alunos como dependentes e em
considerar o professor como único detentor do conhecimento. Esse formato educacional — fundado
no século XVIII — ainda está vigente e é incapaz de estimular os estudantes a criar o conhecimento de
1 sin
forma ativa e constante, o que inviabiliza o desenvolvimento da atualização fundamental para as
futuras profissões.
aprimorar sua inteligência emocional. Esse termo inteligência emocional. Esse termo foi descrito
foi descrito pelo psicólogo norte-americano pelo psicólogo norte-americano Daniel
Daniel Goleman e consiste na capacidade de Goleman e consiste na capacidade de
67 st
relacionar-se com o outro de forma saudável, relacionar-se com o outro de forma saudável,
delegar tarefas e evitar o esgotamento delegar tarefas e evitar o esgotamento
profissional. Todavia, a proposta de Goleman profissional. Todavia, a proposta de Goleman
11 Gu
ainda não é a realidade no mercado de trabalho ainda não é a realidade no mercado de trabalho
atual, marcado pela ansiedade, pelo estresse e atual, marcado pela ansiedade, pelo estresse e
pela competitividade hostil. pela competitividade hostil.
1 sin
prioridade aos estudos, em virtude da escassez de comida e de recursos para a
sua permanência na escola. Assim, essa desigualdade evidencia um retrocesso
e retoma a cruel realidade da colônia, e, enquanto tal problema se mantiver, o
97 o
letramento não será garantido aos brasileiros na primeira infância.
56 o R
Nesse sentido, Paulo Freire desenvolveu a obra “Pedagogia do
Oprimido” e defendeu que a educação seria libertadora, bem como capaz de
oferecer novas perspectivas aos indivíduos marginalizados. Todavia, a
alfabetização tardia — aquela que ocorre após os 6 anos — pode prejudicar o
39 av
Inclusive, aqueles que são incapazes de escrever o próprio nome também serão
privados de reivindicar melhorias de vida e estarão submissos à opressão
11 Gu
1 sin
discurso ofensivo se apoiam na aparente impunidade das redes sociais para
tecer os mais cruéis comentários, o que prejudica a dignidade humana e vai de
encontro ao Estado Democrático de Direito.
97 o
Inclusive, George Orwell desenvolveu a obra “1984” e ilustrou uma
56 o R
sociedade hostil que, a cada dia, dedicava dois minutos diante da teletela para
xingar e agredir verbalmente os inimigos do Partido — movimento chamado de
“Dois minutos de ódio”. Fora da ficção, os usuários da rede reproduzem esse
mesmo comportamento do livro “1984” e se colocam diariamente diante das
39 av
telas dos “smartphones” para hostilizar outros indivíduos. Ocorre que, em vez
de criticar por apenas dois minutos, como narrou Orwell, as agressões ocorrem
67 st
por horas, por dias ou, até mesmo, por semanas. Assim, a cultura do
cancelamento evidencia uma das mais graves mazelas sociais: a maldade
11 Gu
humana.
Diante desse cenário, até meados do século XX, era comum que a família
internasse definitivamente as crianças deficientes em clínicas de isolamento, e,
inclusive, havia comerciais na televisão que fomentavam a internação vitalícia,
considerada benéfica ao “demente” ― expressão frequente naquele momento.
Ocorre que esse tratamento discriminatório permanece enraizado na sociedade e
1 sin
se manifesta por meio de atitudes e de linguagem preconceituosas e, até mesmo,
pela indiferença às pessoas com deficiência, que, segundo o IBGE, representam
25% da população brasileira. Todavia, é paradoxal que a sociedade civil seja
97 o
incapaz de conviver com diferenças tão comuns, mesmo na pós-modernidade.
56 o R
Ademais, o Estado busca oferecer a integração, mas é incipiente no
trabalho de inclusão aos deficientes. Nesse contexto, o Estatuto da Pessoa com
Deficiência deixa implícito que o simples fato de agregar uma criança com
39 av
deficientes se mantiver, o Brasil será obrigado a conviver com um dos mais graves
11 Gu
1 sin
deslocamento nas cidades. Ocorre que o modelo econômico excludente
proposto por JK promoveu — e ainda promove — a desigualdade social,
na medida em que se mostra ineficiente e restrita à minoria detentora do
97 o
poder econômico. Com efeito, é incoerente que, mesmo no Estado
56 o R
Democrático de Direito, o poder público persista em não oferecer
mobilidade inclusiva.
1 sin
exceção.
Sob outra análise, John Locke — filósofo conhecido como Pai do
Liberalismo — construiu a tese de que os indivíduos cedem sua confiança ao
97 o
Estado, que, em contrapartida, deve garantir segurança aos cidadãos. Ocorre
56 o R
que a ideia de Locke está distante de ser a realidade nas escolas brasileiras, já
que muitas se omitem acerca dos casos de intimidação sistemática. Dessa forma,
o silêncio de diretores e de professores permite a ocorrência de histórias como
39 av
Em 1955, João Cabral de Melo Neto escreveu a obra “Morte e vida severina” e
objetivou promover a valorização dos falares regionais e da pluralidade da língua.
Entretanto, substancial parcela dos brasileiros se mostra incapaz de aceitar a diversidade
linguística retratada pelo autor modernista, e, justamente por isso o preconceito
linguístico se mostra um paradoxo no Brasil. Nesse sentido, para que essa contradição
seja desfeita, há de se valorizar a linguagem dos grupos excluídos, bem como combater
a imposição da norma gramatical.
Sob uma primeira análise, em 1948, a ONU estabeleceu que um dos principais
direitos de um indivíduo é a sua cultura linguística — conhecida como Patrimônio
Imaterial — e seria fundamental à dignidade humana. Ocorre que os frequentes discursos
de ódio acerca das variantes linguísticas consideradas de baixo prestígio representam
grave problema e vão de encontro àquilo que as Nações Unidas declararam como
indispensável: a liberdade da língua. Nesse viés, é incoerente que o Brasil seja conhecido
1 sin
como nação multicultural, mas ainda mantenha o preconceito linguístico como prática
comum e capaz de fragilizar o Patrimônio Imaterial garantido em 1948.
97 o
De outra parte, enquanto se mantiver a prescrição do conceito de certo e de
errado, haverá preconceito linguístico. A esse respeito, Marcos Bagno — um dos mais
56 o R
importantes linguistas brasileiros — entende que a língua possui a função social da
comunicabilidade e deve colaborar para a inclusão dos grupos marginalizados. Todavia,
a visão de que existe uma única variante correta impede que a ideologia de Bagno seja a
realidade na nação, que consegue ser, ao mesmo tempo, multicultural e preconceituosa.
39 av
errado, por meio de projetos pedagógicos, como aulas e palestras, capazes de mostrar
que as variantes da língua são importantes patrimônios imateriais e não podem ser objeto
de riso ou de brincadeiras ofensivas. Essa iniciativa poderia se chamar “Cada língua conta”
e teria a finalidade de desconstruir o paradoxo de uma nação que é multicultural, mas
que insiste em manter o assédio linguístico como prática comum.
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97 o
56 o R
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TEMA - A importância do combate aos maus-tratos aos animais
1 sin
ainda existem no país locais que utilizam animais para a diversão humana e os
submetem a condições degradantes, o que deve ser desconstruído sob pena de
prejuízos para a sociedade e a biodiversidade.
97 o
Ademais, o desrespeito aos animais pode colocar em risco o
56 o R
equilíbrio ambiental. Nesse contexto, a Arara Azul — conhecida espécie em
extinção — alimenta-se das sementes da árvore Manduvi e faz seus ninhos na
cavidade do tronco dessa planta, cuja existência é importante à biodiversidade
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majoritariamente pobre.
1 sin
Ademais, a omissão da sociedade dá lugar a narrativas análogas ao poema
modernista. Nesse viés, Simone de Beauvoir — expoente filósofa francesa —
desenvolveu o conceito conhecido como invisibilidade social, que consiste na
97 o
estratégia racional de ignorar grupos em vulnerabilidade. Ocorre que o egoísmo
56 o R
denunciado por Beauvoir aprofunda desigualdades sociais e é ainda mais cruel para
este grupo: as crianças em situação de rua, que, embora sejam obrigadas a trabalhar,
são incapazes de prover o próprio sustento. Assim, invisibilidade é sinônimo de
39 av
A moradia deve ser, portanto, uma garantia da infância, tal como defendem as
Nações Unidas. Nesse sentido, o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos
11 Gu
1 sin
engravidam e largam as salas de aulas estão impedidas de experimentar a
liberdade descrita por Freire e estarão fadadas a serem oprimidas pela
sociedade com baixos salários e com a dependência do marido, tal como é
97 o
denunciado no livro “Pedagogia do Oprimido”.
56 o R
Inclusive, os altos índices de gravidez na adolescência equiparam o
Brasil a nações onde a exploração sexual é a regra. A esse respeito, a OMS fez
39 av
1 sin
integridade em risco. Assim, é incoerente que, mesmo após décadas de
evolução científica, ainda sejam comuns o comportamento
antivacinação. 97 o
Ademais, a falta de cultura de autocuidado dificulta a
56 o R
manutenção da saúde coletiva. Sobre isso, o conceito de "self-care",
vinculado inicialmente aos cuidados femininos, diz respeito à nossa
capacidade de perceber a necessidade de cuidados médicos
39 av
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casos de desaparecimento infantil, o que evidencia o despreparo da polícia.
Assim, enquanto a omissão do Estado for a regra, pais e mães continuarão
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órfãos dos próprios filhos.
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Ademais, há quem se emocione com o sumiço de Nemo, mas seja
indiferente aos casos reais de crianças desaparecidas. Nesse sentido, o
UNICEF — órgão da ONU especializado em infância — defende que os
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para construir a necessidade de status. Ocorre que a superexposição pode
causar baixa autoestima e depressão naqueles que não alcançam a
perfeição imposta no ciberespaço.
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Nesse sentido, a exposição excessiva favorece a ocorrência de
crimes. A esse respeito, o ex-presidente Getúlio Vargas saiu da vida para a
história com a criação do Código Penal brasileiro, que décadas depois
passou a tratar dos cibercrimes. Entretanto, embora haja punição para
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cruel quando não é percebida ou quando as suas necessidades não são
tratadas com atenção, o que manifesta na prática a invisibilidade denunciada
por Beauvoir. Desse modo, não é razoável que homens e mulheres ignorem a
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existência daqueles cuja idade depende de atenção.
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Nesse sentido, o silêncio do Estado permite a manutenção de posturas
cruéis contra a população sênior. Sobre isso, em 2003, foi sancionado o
Estatuto do Idoso, que prevê tratamento digno e isonômico, como a garantia
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obrigada a conviver com uma das mais graves mazelas sociais: a violência.
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no momento da dor em função da perda de um parente, são incapazes de
compreender a morte encefálica e nutrem a falsa expectativa de que o
paciente voltará à vida, o que representa grave obstáculo à doação dos seus
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órgãos. Todavia, não é razoável que a falta de informação a respeito da
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falência cerebral dê lugar a filas de transplante cada vez maiores.
De outra parte, em 1968 foi promulgada a primeira lei que
estabeleceu a doação consentida, segundo a qual a decisão final estaria sob
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previsto desde 1968 e sem o qual haverá cada vez mais prejuízos àqueles
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armado, o que deixa implícito que o Estado Democrático experimenta uma
guerra não oficial, cujos números são tão — ou mais — cruéis do que os da
Síria.
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Ademais, em 1966, o então presidente Castelo Branco instituiu
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os autos de resistência, que são documentos capazes de justificar as mortes
cometidas pelos policiais militares. A motivação desses autos era justificar
execuções extra-judiciais a indivíduos que se opunham à ditadura e evitar a
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menor IDH do Brasil. Nesse viés, não há como aprender, presencial ou
remotamente, convivendo com a fome e com a ausência de recursos básicos, assim
como ocorre na cidade paraense. Desse modo, é inviável usufruir dos benefícios da
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internet e das videoaulas enquanto o saneamento e a alimentação continuarem
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sendo privilégios – e não direitos.
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o conforto excessivo for a regra, a atividade física será a exceção.
competições de saúde.
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que estavam ocultas e que devem, urgentemente, ser solucionadas.
coronavírus.
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social e acabam por delegar à população a solução de problemas. Assim, a fragilidade
do Sistema Único de Saúde é uma das causas para a cultura de automedicação, que se
mostra grave problema na contemporaneidade.
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Ademais, a administração irrestrita de medicação pode favorecer o
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surgimento das chamadas superbactérias. Nesse contexto, a presença de antibióticos
em dose inadequada e sem orientação médica permite a replicação dos genes na
estrutura dos vírus, e, de acordo com as orientações neodarwinistas, são capazes de
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esses insumos sejam a regra entre a população global, o que impede a cultura
de autocuidado, já que o colesterol ruim (LDL) pode acarretar prejuízos
irreparáveis, como a diabetes.
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Ademais, o autocuidado não pode ser confundido com
automedicação. A esse respeito, a partir do ano 2000, os EUA identificaram
bactérias que haviam sofrido mutações genéticas em decorrência do uso
indiscriminado de remédios. Essa prática imprudente de administrar substâncias
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indivíduo, mas também a saúde pública. Assim, apesar de o acesso a médicos ser
um obstáculo, a prática da automedicação oferece mais riscos do que benefícios.
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