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FICHA

CENTRO DE INSTRUÇÃO MILITAR


DE
INSTRUÇÃO “ZECA SANTOS”

COMANDO DA 1ª REGIÃO MILITAR INDIVIDUAL Código: TTI

A – OBJECTIVO DE APRENDIZAGEM
1. TAREFA

ACTUAR COMO ELEMENTO DE UMA SecAt NOS DESLOCAMENTOS EM


CONTACTO IMINENTE.

2. CONDIÇÕES

Integrando uma SecAt

3. NÍVEL DE EXECUÇÃO

Mantendo segurança, ligação e posição relativa na formação.

B - APOIOS À INSTRUÇÃO/AVALIAÇÃO
1. MÉTODO DE ENSINO

Método da Execução

2. ELEMENTOS DE DOUTRINA

A SecAt desloca-se no terreno usando uma técnica de movimento e uma formação. É da


responsabilidade do Cmdt de Pelotão decide que técnica de movimento e que formação
pretende que as suas Secções adoptem. Esta sua escolha baseia-se no MITM(T).

1. Formações:
A Sec. At. pode usar as seguintes formações

 Cunha
 Coluna
 Linha

a. Secção de Atiradores em cunha:


Esta é a formação mais usada pela Secção em deslocamentos porque tem boa dispersão
lateral e em profundidade facilitando a manobra e sentido.

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Soldado Atirador

Cmdt. Esquadra

Cmdt. Secção

b. Secção de Atiradores em linha:


Usada quando se pretende o máximo de poder de fogo para a frente.

c. Secção de Atiradores em coluna:


Sempre que o terreno ou as condições de visibilidade impeçam que a secção se desloque
em cunha ou linha.

Coluna por Um Coluna por Dois

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Quadro Comparativo das Formações

Características
Formação Controlo Flexibilidade Poder de Fogo Segurança
Cunha Bom para Flanco
Bom Bom Todas as Direcções
Limitado para Frente
Linha Muito Bom Frente Boa Frente
Regular Limitada
Muito Mau Flancos Limitada Flancos
Coluna Muito Bom Flancos
Fácil A Menos Flexível A Menos Segura
Muito Mau Frente

2. Técnicas de Progressão
A técnica de progressão baseia-se na probabilidade de contacto com o inimigo. As técnicas
de progressão não têm formações fixas. As distâncias entre os homens, as esquadras e as
secções variam consoante os factores de decisão.
Os homens têm que poder ver o seu Cmdt Esquadra. O seu Cmdt Secção deve ver os seus
Cmdts Esquadra. O movimento da secção é controlado por sinais braço e mão e pela
técnica da imitação.
O Cmdt de Esquadra comanda pelo exemplo: quando ele se desloca para a esquerda os seus
homens deslocam-se para a esquerda; quando ele para e se baixa, os seus homens param e
baixam-se; quando ele dispara, todos eles disparam. Para que isto seja possível, o Cmdt de
Esquadra desloca-se sempre na frente da sua esquadra possibilitando assim que todos os
seus homens o vejam.
O intervalo normal entre homens é de 10 metros.
A configuração do terreno ou a má visibilidade podem causar uma mudança temporária da
cunha (formação base).
Pode ser necessário fechar os lados da cunha, até à coluna simples para se poder observar
uma passagem estreita numa montanha, cruzar um campo de minas ou passar através de
vegetação densa ou quando a visibilidade a exige.
Pode ser necessário também abrir a cunha à linha para permitir o máximo poder de fogo
para a frente.
Assim que estas circunstâncias extraordinárias desaparecerem a cunha volta a ser formada
sem ser necessária qualquer indicação do Cmdt Secção.

Quadro Comparativo das Técnicas de Progressão

Técnica de Probabilidade de Velocidade Segurança Dispersão


Progressão Contacto E
Controlo
Contínua Improvável Rápida Pouco Segura Pouca
Sobreapoiada Provável Normal Segura Normal
Lanços com Iminente Lenta Muito Segura Grande
Sobreapoio

a. Tarefas individuais dos elementos de secção


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 Observar o sector tiro atribuído;
 Manter a ligação à retaguarda;
 Manter a sua posição relativa na formação;
 Usar sempre a técnica da imitação;
 Transmitir todos os sinais de combate;
 Manter a disciplina de ruídos ao longo do deslocamento.

b. A Secção de Atiradores em Lanços com Sobreapoio

 Utiliza-se quando o contacto com o inimigo é iminente ou quando a secção


pressente que o inimigo está nas proximidades (movimento, ruído, reflexos,
pegadas frescas, lixo ou mesmo por palpite) ou quando é necessário atravessar uma
área perigosa aberta.
 Uma das esquadras avança em cunha ou coluna (se por itinerário desenfiado), em
lanços, enquanto a outra esquadra sobreapoia.
 A escolha do terreno é fundamental para as duas esquadras. A esquadra que execute
o lanço, deve deslocar-se sempre que possível por terrenos desenfiados sem nunca
entrar no sector de tiro da esquadra de sobreapoio. Esta deve colocar-se em terreno
que domine o itinerário da esquadra que execute o lanço e permitir boa observação
e campos de tiro.
 Um lanço não vai além dos 150 m para a frente da esquadra que sobreapoia, por
forma a que esta possa fazer fogo para posições IN que se encontrem além da
esquadra que faz o lanço e dentro do alcance prático das armas ligeiras.
 A esquadra da frente é a primeira a sobreapoiar e cada homem ocupa uma posição
que lhe garanta cobertura, abrigo, observação e campo de tiro.
 Se houver boa cobertura e abrigos a esquadra pode deslocar-se toda ao mesmo
tempo. Em caso contrário, os homens poderão deslocar-se isoladamente ou em
parelhas, em lanços curtos e rápidos de abrigo em abrigo ou rastejando.

Fig. 1

(1) Acções da esquadra que executa o lanço:


 Utiliza, sempre que possível, itinerários cobertos e abrigados

(2) Antes da Esquadra que faz o lanço iniciar o mesmo, o Cmdt de Esquadra tem que
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obter do seu Cmdt de Secção as seguintes informações:

 Direcção ou localização mais provável do inimigo.


 Onde se encontra a esquadra em sobreapoio e qual o seu sector de tiro.
 Qual o itinerário que vai usar.
 Qual o local de sobreapoio que vai ocupar.
 Onde estará o Cmdt. Secção e como obterá as instruções seguintes.

c. Acções da Esquadra em sobreapoio:


Antes da esquadra sobreapoiar o seu Cmdt. de Esquadra, tem que obter do Cmdt de
Secção as seguintes informações:

 Itinerário da Esquadra que faz o lanço.


 Local de sobreapoio que a Esquadra que faz o lanço vai ocupar.
 Sector de tiro da sua Esquadra.
 Ocupa a posição que domine o itinerário seja coberta e abrigada e tenha boa
observação e campos de tiro.
 Orienta as armas para o sector de tiro atribuído com principal incidência para locais
prováveis de posições inimigas.
 Cmdt de Secção deve colocar-se numa posição em que possa ver a esquadra a
executar o lanço. Para isso deve colocar-se sempre junto à esquadra em sobreapoio
trocando de esquadras quando a esquadra de manobra passa pela esquadra de
sobreapoio.

Fig. 2

 Os lanços poderão ser alternados ou sucessivos consoante se pretende maior velocidade


(os alternados) ou maior controle e segurança (sucessivos).

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Fig. 3
3. OUTROS ELEMENTOS (TEXTOS DE APOIO)

Nada a referir.

4. MEIOS (HUMANOS E MATERIAIS)

 Uma Secção de Atiradores


 Armamento de uma Secção de Atiradores

5. REFERÊNCIAS

 “O Pelotão e a Secção de Atiradores”, DAI


 “Manual de Tarefas Críticas do Pelotão e Secção de Atiradores”, EPI
 “FM 7-8- Infantry Rifle Platoon and Squad”, USAIS

C – NORMAS DE SEGURANÇA
1. NORMAS GERAIS

Devem ser feitas as operações de segurança às armas antes e no final da instrução.

2. NORMAS ESPECÍFICAS

Nada a referir.

3. REFERÊNCIAS
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Nada a referir.

D – INSTRUÇÕES PARA A AVALIAÇÃO


1. PROCEDIMENTOS DE VERIFICAÇÃO

A secção desloca-se ao longo de um eixo de aproximação atribuído para atingir um


objectivo já determinado GDH onde é iminente o contacto com o inimigo.
A formação da secção é indicada pelo instrutor ao Cmdt Secção designado.

2. CONDUTA DA AVALIAÇÃO

a. Resultado a obter
A Secção desloca-se em lanços com sobreapoio chegando ao destino até à hora indicada.
Os elementos da secção executam as 6 tarefas individuais durante toda a progressão.

b. Resultado obtido

O instruendo em avaliação: SIM / NÃO

 Observa o seu sector de tiro atribuído.-------------------------------

 Mantém a ligação à retaguarda.---------------------------------------

 Mantém a posição relativa na formação.-----------------------------

 Usa a técnica da imitação.----------------------------------------------

 Transmite todos os sinais de combate,-------------------------------

 Mantém a disciplina de ruídos.----------------------------------------

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